domingo, 18 de outubro de 2015

Eliphas Levi e Baphomet

A palavra “Baphomet” em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos cabalistas judeus), obtem-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que se soletra Sophia, palavra grega para Sabedoria.
O símbolo do Baphomet é fálico, haja vista que em uma de suas representações há a presença literal do falo, devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da vulva). O Baphomet de Levi possui mamas de mulher, e o pênis é metaforicamente representado por um caduceu (símbolo de Mercúrio, usado hoje na Medicina). Esse tipo de simbologia sexual aparece com frenquencia na alquimia, (o coito do rei e da rainha). com o qual o ocultismo tem muito relação, semelhante as simbologias do Sol e a lua, ou o sol e Venus. Venus é a estrela matutina e vespertina, ao qual faz alusão a Phosforus, Lúcifer ou o portador da Luz.
Pode ser interpretado em seu aspecto metafísico, no qual pode representar o espírito divino que “ligou o céu e a terra”, tema recorrente na literatura esotérica. Isso pode ser visto no Baphomet de Eliphas Levi, que aponta com um braço para cima e com o outro para baixo (em uma posição muito semelhante a representações de Shiva na Índia). No ocultismo, isso representaria o conceito que diz: “Assim é em cima, como é embaixo”.
“Toda intenção que não se manifesta por atos é uma intenção vã, e a palavra que a exprime é uma palavra ociosa. É a ação que prova a vida, e é também a ação que prova e demonstra a vontade. Por isso está escrito nos livros simbólicos e sagrados que os homens serão julgados, não conforme seus pensamentos e suas idéias, mas segundo suas obras. Para ser é preciso fazer…”  Eliphas Levi - Dogma e Ritual da Alta Magia
A ilustração mais famosa Eliphas Levi sobre Baphomet, que muitos conhecem, seja de cartas de Tarot, como o demônio, seja como símbolo ocultista, é esta: “Figura panteística e mágica do absoluto”. O facho colocado entre os dois chifres representa a inteligência equilibrante do ternário; a cabeça de bode, cabeça sintética, que reúne alguns caracteres do cão, do touro e do burro, representa a responsabilidade só da matéria e a expiação, nos corpos, dos pecados corporais. As mãos são humanas, para mostrar a santidade do trabalho; fazem o sinal do esoterismo em cima e em baixo, para recomendar o mistério aos iniciados e mostram dois crescentes lunares, um branco que está em cima, o outro preto que está em baixo, para explicar as relações do bem e do mal, da misericórdia e da justiça. A parte baixa do corpo está coberta, imagem dos mistérios da geração universal, expressa somente pelo símbolo do caduceu.
O ventre do bode é escamado e deve ser colorido em verde; o semicírculo que está em cima deve ser azul; as pernas, que sobem até o peito, devem ser de diversas cores. O bode tem peito de mulher e, assim, só traz da humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, isto é, os sinais redentores. Na sua fronte e em baixo do facho, vemos o signo do microcosmo ou pentagrama de ponta para cima, símbolo da inteligência humana que, colocado assim, embaixo do facho, faz da chama deste uma imagem da revelação divina”.
Esse panteu deve ter por assento um cubo e, para estrado, uma bola e um escabelo triangular. É uma boa representação; no entanto, peca historicamente e não deve ser tomado como “verdadeiro” Baphomet, pois essa figura é muito parecida com a curiosa representação do Diabo, esculpida alguns anos antes da sua “tese”, em 1842, no pórtico da igreja de Saint-Merri, em Paris.
Spectrum, ordem ocultista renomada, nos dá alguns esclarecimentos: “…Em meio às diversas polêmicas que compõem o tema do satanismo, alguns pontos não ficam totalmente esclarecidos. Por exemplo, a representação de uma cabra com corpo humano encontrada nos cultos do satanismo religioso é denominada Baphomet, que já era conhecida desde os tempos pré-cristãos. Portanto, não possui nenhuma relação com o demônio conhecido no cristianismo. Para os satanistas, Baphomet é uma energia da natureza que os motiva a conseguir nossos objetivos. Nesse caso, a cabra com corpo humano e asas simboliza força, fertilidade e liberdade, características muito valorizadas pelos povos pagãos.
Os chifres duplos simbolizavam a natureza bipolar da força que era tanto boa quanto má, luz e escuridão, beleza e terror, positivo e negativo. Ainda mais, a imagem do Deus Cornudo dava uma impressão da espantosa e temível natureza desse tipo de poder.
Helena Blavatsky, famosa ocultista do século XIX, relaciona Baphomet a Azazel, o bode expiatório do deserto, de acordo com a Bíblia Cristã, cujo sentido original – segundo a célebre ocultista russa – foi deploravelmente deturpado pelos tradutores das Sagradas Escrituras. Ela ainda explica que Azazel vem da união das palavras Azaz e El, cujo significado assume a forma de um interessante “Deus da Vitória”. Não obstante a essa definição, Blavatsky vai além em seus preceitos, quando equipara Baphomet – O Bode Andrógino de Mendes – ao puro Akasha, a Primeira Matéria da Obra Magna.
O Akasha é o princípio original, o espaço cósmico, o éter dos antigos, o quinto elemento cósmico. Ele é o substrato espiritual do Prakriti diferenciado. Segundo a Teosofia, ele está relacionado a uma força chamada Kundalini. Eliphas Levi o chamou de Luz Astral. Na Filosofia Hindu é um lugar, o elemento éter. Também significa ar, atmosfera, luz. Designa o espaço sutil onde estão armazenados todos os conhecimentos e feitos humanos, desde os primórdios.
Ao longo das obras de Crowley, são fartas as referências a Baphomet, chamado por ele de “Mistério dos Mistérios”, no cânone central de sua religião, composto na forma de um missal denominado Liber XV – A Missa Gnóstica. Tal era sua identificação com Baphomet, que esse nome foi adotado como um de seus mais importantes pseudônimos, ou motes mágicos.
O assunto é tão relevante que nos Rituais de Iniciação da Ordo Templi Orientis, uma das Ordens lideradas por Crowley, praticamente todas as consagrações são feitas em nome de Baphomet, não importando se os consagrados estejam conscientes ou não a respeito do sentido de tal ato e muito menos de suas implicações futuras. Tamanha é a proeminência do conceito implícito ao termo Baphomet que a palavra é declarada como aquela que comporta os Oito Pilares (as oito letras que formam a palavra) que sustentam o Céu dos Céus, a Abóbada do Templo Sagrado dos Mistérios, no qual está o Trono do Rei Salomão. Isso acontece no VI Grau da referida Ordem, a título de ilustração, numa clara referência a suas supostas raízes orientais.
Ainda em sua Missa Gnóstica, Crowley identifica Baphomet com um símbolo chamado “Leão-Serpente”, que, assim como Baphomet, é a representação do andrógino ou hermafrodita. Mais especificamente, ele é um composto que possui em si mesmo o equilíbrio das forças masculinas e femininas transmu-tadas num só elemento.
O Leão-Serpente, na verdade, é uma forma cifrada de mencionar a concepção humana, a união dos princípios masculinos (Leão) com os femininos (Serpente), ou do espermatozoide com o óvulo, formando o zigoto. Há, seguindo com os preceitos de Crowley, diversos modos de mencionar essa dualidade: Sol e Lua, Fogo e Água, Ponto e Círculo, Baqueta e Taça, Sacerdote e Sacerdotisa, Pênis e Vagina, além de várias outras duplas de eternos polares. Originalmente, o símbolo representado pelo Leão-Serpente consta em alguns dos mais antigos documentos gnósticos, os quais remontam ao começo do século II d.C.
Apresentado sob a forma de uma figura arcôntica com cabeça de leão e corpo de serpente, o Leontocéfalo era a própria imagem do Demiurgo do Mundo, sendo a versão gnóstica para o Jeová mosaico. Crowley, ao se utilizar desse mesmo simbolismo, pretendia resgatar os cultos de um cristianismo hoje considerado primitivo.
Crowley considerava Baphomet como o supremo Mistério Mágico dos Templários, segredo este que estaria concentrado nos graus superiores de sua Ordem. Da mesma forma, ele clamava que esse era o mesmo mistério oculto nos graus superiores da Maçonaria.


Origem da expressão "Baphomet"

A origem da palavra Baphomet ficou perdida, e muitas especulações podem ser feitas, desde a impossível derivação (corruptela, deformação) de Mahomet (o nome do profeta do Islã), até Baph+Metis do grego "Batismo de Sabedoria". Outra teoria nos leva a uma composição do nome de três deuses: 'Baph', que seria ligado ao Deus Baal; 'Pho', que derivaria do deus Moloc; e 'Met', advindo de um deus dos egípcios, Set.
A palavra "Baphomet" em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas judeus), obtem-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega para "Sabedoria".
Significados possíveis
O símbolo do Baphomet é fálico, haja visto que em uma de suas representações há a presença literal do falo devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da vulva). O Baphomet de Levi possui mamas de mulher e o penis é metaforicamente representado por um Caduceu. Este tipo de simbologia sexual aparece com freqüência na alquimia (o coito do rei e da rainha), com a qual o ocultismo tem relação.
Pode ser interpretado em seu aspecto metafísico, onde pode representar o espírito divino que "ligou o céu e a terra", tema recorrente na literatura esotérica. Isto pode ser visto no Baphomet de Eliphas Levi, que aponta com um braço para cima e com o outro para baixo (em uma posição muito semelhante a representações de Shiva na Índia). No ocultismo isto representaria o conceito que diz "assim em cima como embaixo".
Eliphas Levi lista as mais freqüentes representações do Baphomet:
1. um ídolo com cabeça humana;
2. uma cabeça com duas faces;
3. com barba;
4. sem barba;
5. com a cabeça de um bode;
6. com a cabeça de um homem;
7. com a cabeça de um bode e o corpo de homem.

Baphomet Por Eliphas Levi
Baphomet,tambem chamado de bafomet,bafometto ou bafome era o suposto idolo.Sua figura foi adulterada com a apariçao do livro Dogma e Ritual Da Alta Magia,de levi.

Na classificação e explicação das gravuras de seu livro Dogma e Ritual da Alta Magia, Eliphas Levi classifica a imagem de Baphomet como a figura panteística e mágica do absoluto. O facho representa a inteligência equilibrante do ternário e a cabeça de bode, reunindo caracteres de cão, touro e burro, representa a responsabilidade apenas da matéria e a expiação corporal dos pecados. As mãos humanas mostram a santidade do trabalho e fazem o sinal da iniciação esotérica a indicar o antigo aforismo de Hermes Trismegisto: o que está em cima é igual ao que está embaixo. O sinal com as mãos também vem a recomendar aos iniciados nas artes ocultas os mistérios. Os crescentes lunares presentes na figura indicam as relações entre o bem e o mal, da misericórdia e da justiça. A figura pode ser colorida no ventre (verde), no semicírculo (azul) e nas penas (diversas cores). Possuindo seios, o bode representa o papel de trazer à Humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, os quais são signos redentores. Na fronte e embaixo do facho encontra-se o signo do microcosmo a representar simbolicamente a inteligência humana. Colocado abaixo do facho o símbolo faz da chama dele uma imagem da revelação divina. Baphomet deve estar assentado ou em um cubo e tendo como estrado uma bola apenas ou uma bola e um escabelo triangular.

Baphomet Arquétipo

Baphomet como arquétipo pode ser tão subjetivo quanto objetivo e como un sujeito arquétipico representativo. No primeiro caso, representa um coletivo, no segundo um paradigma e no terceiro um personagem.
Como um arquétipo subjetivo poderíamos dizer que Baphomet é o Senhor, o Senhor Enlil, Baal, Deus, o diabo, um demônio, um demiurgo ou qualquer outro personagem histórico ou mitológico de acordo com o arquétipo que representa.
Baphomet arquétipo objetivo representa o paradigma Cabalista atual e todos os que executam este paradigma, seja deste mundo ou não. Pode ser um estrangeiro, uma raça alienígena, uma corporação, etc.
Como sujeito representativo Baphomet representa um personagem, ASBaphometto o Amesterdamo (comandante e diplomata) que concordou com Moisés, mas também um demônio adorado pela Igreja Católica, Judaísmo e outras religiões.


Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...