A
palavra “Baphomet” em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se
a cifra Atbash (método de codificação usado pelos cabalistas judeus), obtem-se
Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que se soletra Sophia, palavra grega para Sabedoria.
O
símbolo do Baphomet é fálico, haja vista que em uma de suas representações há a
presença literal do falo, devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da
vulva). O Baphomet de Levi possui mamas de mulher, e o pênis é metaforicamente
representado por um caduceu (símbolo de Mercúrio, usado hoje na Medicina). Esse
tipo de simbologia sexual aparece com frenquencia na alquimia, (o coito do rei
e da rainha). com o qual o ocultismo tem muito relação, semelhante as
simbologias do Sol e a lua, ou o sol e Venus. Venus é a estrela matutina e
vespertina, ao qual faz alusão a Phosforus, Lúcifer ou o portador da Luz.
Pode
ser interpretado em seu aspecto metafísico, no qual pode representar o espírito
divino que “ligou o céu e a terra”, tema recorrente na literatura esotérica.
Isso pode ser visto no Baphomet de Eliphas Levi, que aponta com um braço para
cima e com o outro para baixo (em uma posição muito semelhante a representações
de Shiva na Índia). No ocultismo, isso representaria o conceito que diz: “Assim
é em cima, como é embaixo”.
“Toda intenção que não se manifesta por atos é uma
intenção vã, e a palavra que a exprime é uma palavra ociosa. É a ação que prova
a vida, e é também a ação que prova e demonstra a vontade. Por isso está
escrito nos livros simbólicos e sagrados que os homens serão julgados, não
conforme seus pensamentos e suas idéias, mas segundo suas obras. Para ser é
preciso fazer…” Eliphas
Levi - Dogma e Ritual da Alta Magia
A
ilustração mais famosa Eliphas Levi sobre Baphomet, que muitos conhecem, seja
de cartas de Tarot, como o demônio, seja como símbolo ocultista, é esta:
“Figura panteística e mágica do absoluto”. O facho colocado entre os dois
chifres representa a inteligência equilibrante do ternário; a cabeça de bode,
cabeça sintética, que reúne alguns caracteres do cão, do touro e do burro,
representa a responsabilidade só da matéria e a expiação, nos corpos, dos
pecados corporais. As mãos são humanas, para mostrar a santidade do trabalho;
fazem o sinal do esoterismo em cima e em baixo, para recomendar o mistério aos
iniciados e mostram dois crescentes lunares, um branco que está em cima, o
outro preto que está em baixo, para explicar as relações do bem e do mal, da
misericórdia e da justiça. A parte baixa do corpo está coberta, imagem dos
mistérios da geração universal, expressa somente pelo símbolo do caduceu.
O
ventre do bode é escamado e deve ser colorido em verde; o semicírculo que está
em cima deve ser azul; as pernas, que sobem até o peito, devem ser de diversas
cores. O bode tem peito de mulher e, assim, só traz da humanidade os sinais da
maternidade e do trabalho, isto é, os sinais redentores. Na sua fronte e em
baixo do facho, vemos o signo do microcosmo ou pentagrama de ponta para cima,
símbolo da inteligência humana que, colocado assim, embaixo do facho, faz da
chama deste uma imagem da revelação divina”.
Esse
panteu deve ter por assento um cubo e, para estrado, uma bola e um escabelo
triangular. É uma boa representação; no entanto, peca historicamente e não deve
ser tomado como “verdadeiro” Baphomet, pois essa figura é muito parecida com a
curiosa representação do Diabo, esculpida alguns anos antes da sua “tese”, em
1842, no pórtico da igreja de Saint-Merri, em Paris.
Spectrum,
ordem ocultista renomada, nos dá alguns esclarecimentos: “…Em meio às diversas
polêmicas que compõem o tema do satanismo, alguns pontos não ficam totalmente
esclarecidos. Por exemplo, a representação de uma cabra com corpo humano
encontrada nos cultos do satanismo religioso é denominada Baphomet, que já era
conhecida desde os tempos pré-cristãos. Portanto, não possui nenhuma relação
com o demônio conhecido no cristianismo. Para os satanistas, Baphomet é uma
energia da natureza que os motiva a conseguir nossos objetivos. Nesse caso, a
cabra com corpo humano e asas simboliza força, fertilidade e liberdade,
características muito valorizadas pelos povos pagãos.
Os
chifres duplos simbolizavam a natureza bipolar da força que era tanto boa
quanto má, luz e escuridão, beleza e terror, positivo e negativo. Ainda mais, a
imagem do Deus Cornudo dava uma impressão da espantosa e temível natureza desse
tipo de poder.
Helena
Blavatsky, famosa ocultista do século XIX, relaciona Baphomet a Azazel, o bode
expiatório do deserto, de acordo com a Bíblia Cristã, cujo sentido original –
segundo a célebre ocultista russa – foi deploravelmente deturpado pelos
tradutores das Sagradas Escrituras. Ela ainda explica que Azazel vem da união
das palavras Azaz e El, cujo significado assume a forma de um interessante
“Deus da Vitória”. Não obstante a essa definição, Blavatsky vai além em seus
preceitos, quando equipara Baphomet – O Bode Andrógino de Mendes – ao puro
Akasha, a Primeira Matéria da Obra Magna.
O
Akasha é o princípio original, o espaço cósmico, o éter dos antigos, o quinto
elemento cósmico. Ele é o substrato espiritual do Prakriti diferenciado.
Segundo a Teosofia, ele está relacionado a uma força chamada Kundalini. Eliphas
Levi o chamou de Luz Astral. Na Filosofia Hindu é um lugar, o elemento éter.
Também significa ar, atmosfera, luz. Designa o espaço sutil onde estão
armazenados todos os conhecimentos e feitos humanos, desde os primórdios.
Ao
longo das obras de Crowley, são fartas as referências a Baphomet, chamado por
ele de “Mistério dos Mistérios”, no cânone central de sua religião, composto na
forma de um missal denominado Liber XV – A Missa Gnóstica. Tal era sua
identificação com Baphomet, que esse nome foi adotado como um de seus mais
importantes pseudônimos, ou motes mágicos.
O
assunto é tão relevante que nos Rituais de Iniciação da Ordo Templi Orientis,
uma das Ordens lideradas por Crowley, praticamente todas as consagrações são
feitas em nome de Baphomet, não importando se os consagrados estejam
conscientes ou não a respeito do sentido de tal ato e muito menos de suas
implicações futuras. Tamanha é a proeminência do conceito implícito ao termo
Baphomet que a palavra é declarada como aquela que comporta os Oito Pilares (as
oito letras que formam a palavra) que sustentam o Céu dos Céus, a Abóbada do
Templo Sagrado dos Mistérios, no qual está o Trono do Rei Salomão. Isso
acontece no VI Grau da referida Ordem, a título de ilustração, numa clara
referência a suas supostas raízes orientais.
Ainda
em sua Missa Gnóstica, Crowley identifica Baphomet com um símbolo chamado
“Leão-Serpente”, que, assim como Baphomet, é a representação do andrógino ou
hermafrodita. Mais especificamente, ele é um composto que possui em si mesmo o
equilíbrio das forças masculinas e femininas transmu-tadas num só elemento.
O
Leão-Serpente, na verdade, é uma forma cifrada de mencionar a concepção humana,
a união dos princípios masculinos (Leão) com os femininos (Serpente), ou do
espermatozoide com o óvulo, formando o zigoto. Há, seguindo com os preceitos de
Crowley, diversos modos de mencionar essa dualidade: Sol e Lua, Fogo e Água,
Ponto e Círculo, Baqueta e Taça, Sacerdote e Sacerdotisa, Pênis e Vagina, além
de várias outras duplas de eternos polares. Originalmente, o símbolo
representado pelo Leão-Serpente consta em alguns dos mais antigos documentos
gnósticos, os quais remontam ao começo do século II d.C.
Apresentado
sob a forma de uma figura arcôntica com cabeça de leão e corpo de serpente, o
Leontocéfalo era a própria imagem do Demiurgo do Mundo, sendo a versão gnóstica
para o Jeová mosaico. Crowley, ao se utilizar desse mesmo simbolismo, pretendia
resgatar os cultos de um cristianismo hoje considerado primitivo.
Crowley
considerava Baphomet como o supremo Mistério Mágico dos Templários, segredo
este que estaria concentrado nos graus superiores de sua Ordem. Da mesma forma,
ele clamava que esse era o mesmo mistério oculto nos graus superiores da
Maçonaria.
Origem da expressão "Baphomet"
A
origem da palavra Baphomet ficou perdida, e muitas especulações podem ser
feitas, desde a impossível derivação (corruptela, deformação) de Mahomet (o
nome do profeta do Islã), até Baph+Metis do grego "Batismo de
Sabedoria". Outra teoria nos leva a uma composição do nome de três deuses:
'Baph', que seria ligado ao Deus Baal; 'Pho', que derivaria do deus Moloc; e
'Met', advindo de um deus dos egípcios, Set.
A
palavra "Baphomet" em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf.
Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas
judeus), obtem-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega
para "Sabedoria".
Significados
possíveis
O
símbolo do Baphomet é fálico, haja visto que em uma de suas representações há a
presença literal do falo devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da
vulva). O Baphomet de Levi possui mamas de mulher e o penis é metaforicamente
representado por um Caduceu. Este tipo de simbologia sexual aparece com
freqüência na alquimia (o coito do rei e da rainha), com a qual o ocultismo tem
relação.
Pode
ser interpretado em seu aspecto metafísico, onde pode representar o espírito
divino que "ligou o céu e a terra", tema recorrente na literatura
esotérica. Isto pode ser visto no Baphomet de Eliphas Levi, que aponta com um
braço para cima e com o outro para baixo (em uma posição muito semelhante a
representações de Shiva na Índia). No ocultismo isto representaria o conceito
que diz "assim em cima como embaixo".
Eliphas
Levi lista as mais freqüentes representações do Baphomet:
1.
um ídolo com cabeça humana;
2.
uma cabeça com duas faces;
3.
com barba;
4.
sem barba;
5.
com a cabeça de um bode;
6.
com a cabeça de um homem;
7.
com a cabeça de um bode e o corpo de homem.
Baphomet Por Eliphas Levi
Baphomet,tambem chamado de bafomet,bafometto ou bafome era o suposto idolo.Sua figura foi adulterada com a apariçao do livro Dogma e Ritual Da Alta Magia,de levi.
Na
classificação e explicação das gravuras de seu livro Dogma e Ritual da Alta
Magia, Eliphas Levi classifica a imagem de Baphomet como a figura panteística e
mágica do absoluto. O facho representa a inteligência equilibrante do ternário
e a cabeça de bode, reunindo caracteres de cão, touro e burro, representa a
responsabilidade apenas da matéria e a expiação corporal dos pecados. As mãos
humanas mostram a santidade do trabalho e fazem o sinal da iniciação esotérica
a indicar o antigo aforismo de Hermes Trismegisto: o que está em cima é igual
ao que está embaixo. O sinal com as mãos também vem a recomendar aos iniciados
nas artes ocultas os mistérios. Os crescentes lunares presentes na figura
indicam as relações entre o bem e o mal, da misericórdia e da justiça. A figura
pode ser colorida no ventre (verde), no semicírculo (azul) e nas penas
(diversas cores). Possuindo seios, o bode representa o papel de trazer à
Humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, os quais são signos
redentores. Na fronte e embaixo do facho encontra-se o signo do microcosmo a
representar simbolicamente a inteligência humana. Colocado abaixo do facho o
símbolo faz da chama dele uma imagem da revelação divina. Baphomet deve estar
assentado ou em um cubo e tendo como estrado uma bola apenas ou uma bola e um
escabelo triangular.
Baphomet Arquétipo
Baphomet
como arquétipo pode ser tão subjetivo quanto objetivo e como un
sujeito arquétipico representativo. No primeiro caso, representa um coletivo, no
segundo um paradigma e no terceiro um personagem.
Como
um arquétipo subjetivo poderíamos dizer que Baphomet é o Senhor, o Senhor
Enlil, Baal, Deus, o diabo, um demônio, um demiurgo ou qualquer outro
personagem histórico ou mitológico de acordo com o arquétipo que representa.
Baphomet
arquétipo objetivo representa o paradigma Cabalista atual e todos os
que executam este paradigma, seja deste mundo ou não. Pode ser um estrangeiro,
uma raça alienígena, uma corporação, etc.
Como
sujeito representativo Baphomet representa um personagem, ASBaphometto o
Amesterdamo (comandante e diplomata) que concordou com Moisés, mas também um
demônio adorado pela Igreja Católica, Judaísmo e outras religiões.