quarta-feira, 8 de abril de 2020

Caminho da Alquimia


A alquimia é a arte de terminar algo que a natureza não realiza sem ajuda do homem. Então, torna-se muito saboroso o pão do trigo, muito delicioso o vinho da videira e um bom professor estimula o desenvolvimento dos germes da alma de seus alunos.

Aprendemos na arte da alquimia hermética que a fórmula original da vida é como um germe unigênito em toda criatura e em todo objeto que, no curso do processo da eterna evolução, se realiza de degrau em degrau. “Deus dorme na pedra, respira na planta, sonha no animal e desperta no homem.” É a tarefa do homem sábio liberar essa semente divina do escuro abraço da matéria. Paracelso diz: “Santo é o espírito que acende a luz da natureza.” Na “Voz do Silêncio”, de H.P. Blavatsky, lemos: “Ajudai a natureza, trabalhai em conjunto com ela, e a natureza vos terá como seu criador e vos obedecerá.” Alexander von Bernus, o alquimista e poeta do século 20, escreveu em palavras alegóricas: “A luz está adormecida no sal e a meta da alquimia é despertar de novo essa luz encantada”.

A visão “vertical” do Mundo

A frase núcleo da alquimia foi enunciada por Hermes Trismegisto: “Assim como é em cima, também é embaixo.” Essa verdade se encontra nos três pilares da cultura da humanidade: a religião, a ciência e a arte… Oramos: “Assim no céu, como na terra” (Pai Nosso). Paracelso nos lembra: “Como o cosmo, também o homem.” Ou seja, como o macrocosmo, assim o microcosmo.  C. G. Jung afirma: “Como a imaginação, assim a obra”. O neo-gnóstico físico conclui: “Como o elétron, assim o universo.” E a filosofia quântica sabe: “De acordo com a consciência do observador é o resultado do experimento.” A arte da alquimia, que é uma ciência espiritual universal, prova que a mesma fórmula original da vida é ativa de modo sincrônico em todos os níveis, material, anímico e espiritual. Então, para a arte da alquimia, a partir dessa visão “vertical” do mundo, se explicam todos os fenômenos da vida, do mais alto espírito até o menor grão de poeira.

Ora, sabemos todos e aprendemos diariamente que a nossa realidade humana de hoje pune a desobediência do axioma hermético. Então, porque o homem não age mais de acordo com as leis celestiais, o seu mundo não é mais paradisíaco. Assim, ele vive em uma realidade fragmentada, porque ele projeta no mundo as formas-pensamento de seu ego. Mas, a fórmula original divina ainda vive dentro dele, e também em seu mundo caído da Unidade. Lemos no Bhagavad Gita: “Brahma – sublime acima de todas as criaturas, mora, todavia, em todos. Ele não está fragmentado nas criaturas, mas age em todas.”

Agora é a obra da arte da alquimia reconduzir essa lei à sua realidade. Por isso, sublinha Paracelso: “A alquimia é uma arte proveniente de Deus e a correta arte da natureza”, para que a lei da unidade entre o macrocosmo e o microcosmo seja restabelecida novamente. Ela é um auxílio do Criador para os filhos da luz decaídos.

Os três princípios da alquimia

Os três níveis, do espírito, da alma e do corpo, encontramos em todos os lugares na arte hermética e, portanto, em sua filha, a alquimia. Lá o enxofre simboliza o nível espiritual, ele como elemento é de fogo e volátil. Na linguagem hermética consta: “O espírito usa o mais rápido dos elementos, o fogo.” O nível da alma é representado por mercúrio. Mercúrio, como elemento, tem duas naturezas, ele é gasoso e líquido. O mercúrio simboliza a mente do homem, a sua alma. Ele tem uma forma baixa de consciência, o pensamento, e uma forma mais elevada, o conhecimento direto, a iluminação. Por isso, os alquimistas falam de duplo mercúrio e compreendem a sua missão central de preparar o “Mercúrio de Mercúrio”. Isso significa: Elevar a mente do transitório para o eterno, e abrir a razão para a iluminação divina. Portanto, o mercúrio é o princípio central da Opus alquímica. O nível da forma material é representado pelo sal. Sal simboliza a matéria, os metais, e também o homem físico.

Paracelso fala de uma alquimia menor e uma alquimia superior. A alquimia menor é a obra engenhosa realizada, em laboratório, em dedicação incansável, com paciência e firmeza. No entanto, antes de qualquer trabalho em laboratório, o alquimista realiza o Invocatio Dei, a invocação do Altíssimo. Este ora et labora acompanha o trabalho dos verdadeiros alquimistas por toda a vida, unindo a alquimia menor com a superior. Assim, é simultâneo o trabalho de transmutação do verdadeiro alquimista em sua retorta e em seu microcosmo. O trabalho complexo e sutil é descrito com as palavras: “Solve et Coagula”.

Nesse processo algo também vai ser dissolvido, purificado de todas as escórias inúteis, para depois se tornar uma nova criação. No trabalho de dissolução deve ser liberada a “Quinta Essência”. O quinto elemento de base é a “Semente da Luz” que está presa à matéria. É uma força que atrai tudo que tem vida, livre de toda impureza e separada de todos os elementos. É o Spiritus Vitae, o “Espírito da Vida”, a sua essência. O Espírito da vida de todas as coisas (“Lebensgeist des Dinges”)

A matéria em si é composta de forças e características dos quatro elementos — do fogo, ar, água e terra. O processo de “Solve et Coagula” é repetido até que todos os elementos de base estejam em sua perfeição e a escória material, como Caput Mortuum, como um corvo negro ou um crânio, seja repelida.  O objetivo desse trabalho interior e exterior era a recuperação da “Pedra Filosofal”, o elixir pelo qual todas as coisas não nobres podem ser convertidas em perfeição e tudo o que é doente pode ser curado. A preparação dessa pedra Lapis philosophorum no homem se realiza pelo renascimento da Água e do Espírito, dessa realidade mais elevada da grande Opus alquímica.

Os sete metais planetários como pontes intercósmicas

Por que os metais tem uma posição chave na grande obra da alquimia? Os metais são ligados de três maneiras com a obra. No plano material, os metais formam substâncias resistentes, cujo germe de luz não morre quando são retirados fora de seus minérios. Quando se colhem plantas, elas morrem e, nesse caso, a quinta essência escapa rapidamente.  Portanto, os metais são, desde os tempos antigos, as substâncias mais adequadas para a Opus alquímica menor e essa é a razão pela qual a metalurgia já era bem desenvolvida nos primórdios da civilização.

Mas os metais têm também uma função-chave para a Opus superior da alquimia. São germes que os planetas semearam na Terra para acompanhar e estimular o desenvolvimento dela. Eles ligam o superior do mundo planetário com a terra mais baixa. Penetram todos os reinos da natureza e catalisam com oligoelementos todos os processos metabólicos dos seres vivos. Mas, além disso, os metais também determinam as disposições da alma do homem e formam as suas antenas internas através das quais as forças espirituais dos planetas se tornam ativas. Rudolf Steiner confirmou esse conhecimento quando disse: “O Homem é uma metalidade sétupla”.

Essa relação íntima do homem com os metais possibilita compreender os processos transmutativos síncronos dos metais em laboratório e a transformação da alma do adepto, a Opus no laboratório como uma metáfora visual de um processo espiritual de converter o chumbo da matéria em ouro do espírito. O “Martírio dos Metais” no laboratório, de que os alquimistas falam, se assemelha ao padecimento do adepto em seu caminho espiritual. Na realidade, ambos os aspectos, a alquimia inferior e a superior são idênticas; elas se condicionam e se possibilitam reciprocamente. Por isso, um texto alquímico diz: “O Alquimista somente pode encontrar a pedra filosofal quando antes a houver encontrado em si mesmo”.

A Magnum Opus alquímica, nos dois níveis, é o trabalho de uma vida, pois que, em última instância, a meta é o conhecimento. Alexander von Bernus expressa essa ideia em palavras poéticas, quando escreve: “Esta é a alquimia, ela é sem tempo, antiquíssima, gradualmente proporciona a elevação, em conhecimento, aos mundos cósmicos, até a sua origem, até a árvore da vida”.

A Tabula Smaragdina, a chave para a alquimia

O “Livro Sagrado” da alquimia baseia-se na Tabula Smaragdina de Hermes Trismegisto. De um lado do painel verde, uma imagem aponta simbolicamente para a Opus Magnum, do outro lado, podemos encontrar a missão de Hermes. Ela é criptografada (cifrada) três vezes. É possível deduzir no nível mais baixo uma instrução para dois processos sucessivos no laboratório, a produção de sulfato ferroso e de ácido sulfúrico, o “vitriolo verde” como Paul Chevallier realizou em laboratório. Mas, ao mesmo tempo, pode ser encontrada no texto pictórico: A “pequena obra”, a purificação da alma até a sua prima matéria, sua prontidão virginal; e a “grande obra”, que mostra o caminho para a realização do homem perfeito, ressuscitado no microcosmo. Apresentamos aqui o texto da Tabula Smaragdina, para que você possa assimilar de novo o seu ensinamento:

É verdade! É certo! É a verdade toda! 
O que está embaixo é como o que está em cima,
o que está em cima é como o que está embaixo,
para que os milagres do Uno se realizem.
E assim como todas as coisas se fizeram do Uno
através de uma mediação,
todas elas nasceram desse Uno por transmissão.
O seu pai é o sol,
a sua mãe é a lua,
o ar as teve em seu regaço,
e a sua ama foi a terra.
O pai de todos os talismãs é onipresente no mundo inteiro. 
Sua força permanece imaculada quando é usada na terra. 
Separa, com grande amor e profunda visão interna e sabedoria,
a terra do fogo, o que é delicado do que é duro, denso e solidificado. 
Da terra sobe ao céu, e de lá desce novamente à terra, adquirindo,
assim, para si a força do que está em cima e do que está embaixo. 
Assim possuirás a glória do mundo todo,
e por isso toda a treva fugirá de ti.
Essa é a força mais poderosa de todas as forças,
porque vencerá tudo o que é mole
e penetrará tudo o que é duro.
Assim o mundo foi criado. E dele se originarão, do mesmo modo,
criações maravilhosas. Por isso fui chamado Hermes,
o três vezes grande, porque possuo os três aspectos da
doutrina de sabedoria do mundo inteiro.
Completo está o que eu disse com referência à preparação do ouro.

Passamos agora para os sete degraus ou estágios de toda a Opus alquímica – e nos surpreende como os passos de purificação da alma e a revelação espiritual da nova criatura imortal estão em relação íntima com o mistério iniciático cristão; por isso não tem que se admirar que precisamente os místicos cristãos identificaram-no tão intimamente com o caminho interior da alquimia. Os primeiros degraus da Opus referem-se à purificação da alma que é uma condição necessária para garantir que a grande obra espiritual se realize. O objetivo do trabalho interior é de novo reconduzir a alma ao seu estado original em que ela começou a sua jornada no mundo da matéria. Uma frase básica da alquimia diz mesmo: ”Os corpos não podem ser transformados, mas retornarem a sua primeira matéria” (Eduard Kelly). Também os metais devem ser devolvidos à sua matéria original, antes de serem transformados (transmutados e transfigurados).

A “Prima Matéria”, o segredo da alquimia

A prima matéria é o desmedido mar primordial de maneira inominável. É o caos antes da obra do espírito de criação do mundo, a infantil inocência. É a essência, a semente de todas as coisas, a natureza eterna de Deus, a ideia que é a base da existência. Quando uma forma morre, a prima matéria sempre retorna outra vez para uma nova realização.

A representação anímica da prima matéria é o estado inocente da alma, o “aspecto-Eva” antes de ela ter provado do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e, assim, ter se tornada culpada. Mas, através da vontade de divisão – do homem do paraíso, cresceu, ao mesmo tempo, a oportunidade de se desenvolver a consciência individual no caminho da experiência no mundo bipolar de espaço e de tempo.  Por esse caminho, então, a alma humana se envolveu e se ligou cada vez mais com o mundo da materialidade e acabou sendo capturada inteiramente e incluída no campo terrestre, onde ela espera a sua salvação. Bem, este Opus da alquimia interna prepara esta salvação via a força da alma do mundo, o espírito de Cristo.

Na alquimia é dito: “A prima matéria deve ser gerada do estado final do chumbo material satúrnico”. No nível da alma, isso significa: Nesse processo, o homem de hoje estando no estado individual e consciente, passo a passo, é enobrecido ao estado de alma pura, como simboliza a virgem Maria que esmaga a cabeça da serpente da tentação, prepara-se para a recepção do Espírito Santo e traz para o nascimento o filho da Luz. 

Os sete passos da “Opus Magnum”

Vamos olhar para as sete etapas por que passam os metais na retorta; e o homem em seu microcosmo antes de estar maduro para esse novo nascimento.

A Calcinatio 
Essa é a operação do fogo.

No laboratório se realiza a calcinatio quando um material é durante muito tempo aquecido até se transformar em pó fino e branco. Análogo a esse evento, a alma é nesse fogo da calcinatio livre de todas as escórias de origem terrena. O “Arcano” – a  nova alma, deve ser puro de elementos materiais brutos; Indestrutível pela dúvida e não passível de ser queimado com o fogo de paixão. A calcinatio pode ser realizada – ou pelos movimentos do destino, ou pelo homem que se tornou razoável e livremente se submete a este processo. Uma alma que não se movimenta, não pode também ser erguida e ficará petrificada. O inferno dos cristãos, que Dante na Divina Comedia também relatou, é uma calcinatio projetada no além. O fogo é a chave de toda a opus magnum. Assim, é importante fazer a sutil distinção entre as diversas qualidades do fogo e a sua origem. Há também o princípio do em cima e do embaixo. Para o nosso caminho interior, a alquimia superior, a qualidade do fogo superior é crucial. Há novamente três aspectos:

O primeiro aspecto é o mais alto poder do fogo, o divino arqui-fogo central que vive, como uma centelha do mar de Luz da divindade, no coração de nosso microcosmo. Essa centelha de fogo é a semente da vida eterna, livre do ouro terreno e vaidoso, e do amor-próprio no lótus do coração.

O segundo aspecto é o fogo Luz de Cristo, o fogo do amor, em cujo poder a purificação da alma pode ser concluída.

O terceiro aspecto do fogo, por fim, é o fogo de vida etérico, o Arqueus, como é chamado por Paracelso, que circula no corpo etérico e, por intermédio dos sete chacras, servirá como fonte de força ao homem material.

Os três aspectos do fogo inferior são:

O fogo natural interno, inato, a natureza de Arqueus, a semente universal latente da matéria;
O fogo natural gerado na retorta do alquimista, portanto, que decorre da separação realizada quimicamente dos princípios de enxofre, mercúrio e sal; e
O fogo elementar externo que é consumido no processo. Para manejá-lo, o alquimista precisa de grande experiência, prática e paciência.

Com isso, apenas temos descrito diferentes qualidades do fogo que é para que se possa entender que a verdadeira calcinatio acontece a partir do fogo superior, o amor radiação de Cristo que vive como a rosa das rosas em nossos corações, e ela não pode ser uma ação forçada da vontade do ego, o qual, pelo contrário, muitas vezes faz com que a flama interior fique asfixiada.

Cristo fala para os seus discípulos: “Sem mim nada podeis”. Nesse fogo interior, a nossa alma será tocada, completamente purificada e sempre de novo erguida, para um dia ser bem-vinda na casa do Pai.

E no evangelho de Tomé ele diz: “Aquele que está perto de mim, está perto do fogo, e aquele que está distante de mim, está distante da casa do Pai”.

As diferenças na qualidade do fogo superior que purifica e do fogo inferior que consome revelam-se muito impressionantes na figura de duas árvores de fogo – do místico Jacob Boheme. Ele diz: “A árvore da vida era acesa como fogo do Espírito Santo e a sua qualidade era queimada na inescrutável Luz e claridade. E a árvore da qualidade sombria, que é a outra parte da natureza, era acesa e queimada na ira de Deus”.

O “punitivo” aspecto do fogo inferior consumidor é manifestado nos símbolos cristãos do inferno e do julgamento. Devemos entender que o fogo infernal é um fogo autocriado, cuja alimentação provém de nossas próprias faltas. A vontade desenfreada e a ira devem ser queimadas. Esse é um processo doloroso, necessário para remover a raiz do mal. Ele faz sangrar o coração e faz gritar a natureza torturada.

O fogo divinal torna-se a inspiração para a alma purificada. Com perplexidade, vemos o milagre de Pentecoste, em que o Espirito Santo, na forma de línguas de fogo, desce sobre os apóstolos que o esperavam. O segredo pelo qual podemos acender o fogo interior é a flama do anseio de salvação.

Em um Yantra de fogo indiano, de Sri Poonja, podemos sentir a força de atração da saudade que “queima”: ”Se você tem um desejo ardente de liberdade, você tem tudo que precisa. Todo o universo é queimado por este desejo, também o seu ego e a sua identificação com o corpo. Abana as flamas de seu desejo e, se alguma coisa restar, jogue-a imediatamente de novo no fogo”.


O solutio
              Essa é a operação da água.

No solutio, a substância desaparece e se transforma em líquido; a matéria diferenciada retorna a um estado não-diferenciado primordial. A partir da analogia do que acontece no laboratório, somos rapidamente introduzidos no sentido interior do processo. Heráclito diz: ”Para as almas da natureza é morte se tornar água.” Essa dissolução completa na retorta conduz a um escurecimento do vaso. Mas como podemos ver a partir do tratado ”Aureus Hermetis” essa morte não é realmente o fim. Nele se afirma mesmo: ”Bendita é a fôrma da fonte de água que dissolve os elementos. Então o dia da elevação esta lá, então fogem as trevas e a morte e, lá em frente, a sabedoria progride”. E o rei ”eu” está se afogando para que um rei renovado possa ascender das águas do lago da vida.

No batismo cristão temos um símbolo do solutio. O batizando é submergido em uma energia transcendente, purificadora e rejuvenescedora, que o envolve como um manto protetor e lhe tira das limitações polares individuais e o leva de volta para o nível da prima matéria. A linguagem de Paulo é clara quando diz: “Para quantos fostes batizados em Cristo, atraindo o Cristo, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo”.

O dilúvio é um solutio mandado por Deus. Todo o velho foi dissolvido e o mundo foi reduzido na Prima Materia, por uma troca para uma nova-realização. Os alquimistas dizem: ”Cada coisa resulta naquilo em que deve ser diluída de novo”. Um grupo gnóstico antigo fala, em conexão com o processo do solutio, do “mar vermelho”. O mar vermelho devorou os egípcios (os ignorantes); no entanto, para os conscientes, pelo contrário, é um símbolo da água batismal de renascimento.

Então agora entendemos a profundidade do processo alquímico do solutio para alma: o verdadeiro eu deve mergulhar no mar vermelho dos contrários impulsos sanguíneos para emergir de lá renovado. O solutio significa a dissolução voluntária do ego no verdadeiro eu, o afogamento do ego na alma do mundo. Por isso, os Rosacruzes clássicos disseram: ”In Jesu morimur” – em Jesus morremos.

No final desta reflexão sobre o solutio, gostaríamos de citar uma palavra de João que nos liga diretamente com o núcleo do solutio bem sucedido:

“Aquele que bebe da água que eu (Jesus) lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der será para ele de uma fonte borbulhante cuja água dá a vida eterna.”

O Coagulatio
           Esta é a operação da terra

Aqui, a parte superior, o volátil, torna-se “fixo”, isto é, ligado com a parte inferior.

No laboratório, por arrefecimento ou por evaporação, forma-se uma substância tal como, na nossa cozinha, o processo de aquecimento coalha o branco do ovo. Algo será concretizado em um molde transformado em “terra”, mas sem a solidificação final total.

Nos Upanishads, é nos dada uma imagem clara: ”Como a manteiga escondida no leite assim a pura consciência habita em cada ser”.

O processo de coagulação é promovido por meio de ação. Para assentar o espírito é necessária a coagulação; colocar uma idéia fugaz expressa em uma palavra significa um processo de coagulação. A analogia é por si já uma coagulação para o entendimento. O processo de encarnação é uma coagulação – o espírito será ligado à individualidade.

Em um texto neoplatônico lemos: ”Assim como a alma, do pico mais alto e da Luz eterna, olha para baixo e pondera com o desejo secreto a tendência instintiva do corpo; desce, gradualmente, por seus meros pensamentos terrenos para um mundo inferior”.

Em cada esfera particular ela recebe uma capa etérica, a fim de que, assim, passo a passo, possa entrar em comunhão com vestuário terrestre. E assim “ela chega por tantas mortes, pela travessia das esferas, nesta chamada vida na terra”.

Que bela é a parábola da canção da pérola dos atos apócrifos de Tomé, em que o filho do rei deixa o palácio celestial de seus pais, tira o seu vestido de raios, desce para o Egito e veste as roupas do povo que vive lá. Sua missão era conquistar a pérola escondida no mar – a semente da Luz aprisionada, que era guardada por um dragão, e trazê-la para a sua casa. Isto se torna possível apenas com o auxilio de seus pais celestiais. Após o seu retorno, depois de receber o seu vestido de raios com o emblema de vencedor, ele é levado ao trono do rei dos reis. Reconhecemos nesta lenda antiga uma relação interior com a parábola cristã do filho pródigo. O desejo da vida na matéria provoca a encarnação e está sempre associada com a culpa.

Buda diz: ”Você somente é livre para o Nirvana quando a sua fome por vida estiver totalmente silenciada”.

Embora o processo do coagulatio seja conectado com o tornar-se culpado, ele contém o seu próprio poder para salvação. Se a pressão do cativeiro na matéria se transformar em nostalgia e arrependimento, a salvação torna-se possível. Sem se tornar culpado por coagulação na carne, não podemos desenvolver a consciência individual e não nos tornamos aptos para a salvação. Por isso se diz em um antigo ritual cristão: ”O feliz falso passo de Adão foi quem nos possibilitou o salvador Cristo.” A coagulação que salva é a encarnação do Verbo, cuja meta é a salvação da raça humana.

O ritual mais sublime da coagulação é a Ceia do Senhor. A força imortal da alma do mundo – Cristo, coagula no pão e liga o homem com o corpo celestial do Cristo. ”E o pão que darei é a minha carne, que darei pela vida do mundo.”

É a tarefa para alma humana em sua opus magnum realizar o nascimento da Luz no vaso terrestre do próprio microcosmo, o Verbo eterno no próprio sistema permite se tornar carne.

O sublimatio
         Esta á a operação do ar

Na sublimação transforma-se um estado sólido em estado gasoso. Há uma operação de elevação. Aqui vemos a inversão da coagulação: o inferior, o sólido, torna-se volátil.

O Sublimatio libera o espírito que está oculto na matéria, a quinta essência, ele separa o baixo do alto, o sutil do denso. No nível da alma, isso significa um avanço consciente para o plano das ideias puras para contemplar as leis da vida divinal e, em seguida, com a seriedade do recolhimento interior, realizá-las na própria personalidade.

Temos muitos símbolos mitológicos para a sublimação:

Hércules se levanta da sua fogueira diretamente para o céu.
Elias foi sublimado pelo fogo. Sua ascensão foi fruto de seu fervor religioso.
Cristo levou 40 dias, após a sua ressurreição, para se elevar ao céu.
A escada para o céu é um símbolo da sublimação. A alma se levanta e sobe degrau a degrau até o céu. Na divina comédia de Dante, encontramos uma bela imagem desta subida.
A sublimação significa um arrebatamento final na eternidade, que a alma realizou no tempo. A sublimação é intimamente ligada com a coagulação. Um texto alquímico diz: ”Sublima o corpo e coagula o espírito”. O movimento ascendente da circulação imortaliza, enquanto o movimento descendente personaliza-se na consciência.

A Tabula Smaragdina diz: “Da terra sobe ao céu, e de lá desce novamente à terra, adquirindo, assim, para si, a força do que está em cima e do que está embaixo. Assim possuirás a glória do mundo todo, e por isso toda a treva fugirá de ti”.

A atenção do verdadeiro alquimista não é direcionada para a sua própria salvação, mas para a libertação de Deus da escuridão da matéria.

O Mortificatio ou o Putrefactio
       Este é um processo de decomposição pela putrefação

O mortificatio vem após o coagulatio porque na morte se realiza a verdadeira dissolução dos corpos. O que se fez carne deve morrer. Na alquimia é dito: ”A decomposição antecede a produção de uma nova forma.” A instrução direta é: ”Conhecei, filhos da sabedoria, que vós deveis deixar o composto se decompor durante 40 dias”. Mais uma vez estamos diante de uma analogia com o mito da iniciação cristã: 40 dias os israelitas marcharam pelo deserto; Elias jejuou 40 dias no deserto; 40 dias Jesus ficou no deserto e foi tentado; 40 dias decorrem entre a ressurreição e a ascensão.

A mortificação está ligada ao medo. A confrontação com a sua própria mortalidade provoca o medo, mas ao mesmo tempo possibilita a consciência. ”O temor ao Senhor” é o início do conhecimento, diz Paulo. No evangelho de João há uma bela parábola do mortificatio: ”Se o grão de trigo não cai na terra e morre, ele permanece grão, mas se morre dá muitos frutos.” Paulo mostrou de uma forma impressionante o processo alquímico da transformação interna da mortificação com as seguintes palavras: ”Semeia-se em corrupção e renasce em incorrupção, semeia-se um corpo natural e ressuscita um corpo espiritual”.

O mortificatio será experimentado na personalidade como uma tragédia – de uma derrota e fracasso, então, ao medo é dado espaço. Na paixão de Jesus, experimentamos também esse medo de morrer: ”Pai se possível afasta de mim este cálice”. ”Pai, por que me abandonaste?” Como um vencedor da cruz da natureza ele transmite a seus sucessores: ”Quem quiser ser meu discípulo, negue a si mesmo e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perde a sua vida por minha causa acha-la-á”.

O mortificatio é o processo do eterno “morrer e devir”, da aceitação da diária morte na cruz da natureza. O segredo desta cruz da natureza é o segredo do fracasso. Nossos pecados originais, pelos quais podemos falhar de novo e de novo, são também ao mesmo tempo as deformações das sete funções dos metais em nossa existência:

O pecado original do chumbo de saturno é a avareza,

Do estanho de Júpiter é a avidez,

Do ferro marciano é a raiva,

Do ouro do sol é a arrogância,

Do cobre de Vênus é a luxúria,

Do mercúrio de Mercúrio é a inveja e

Da prata da Lua é a indolência.

É o Cristo quem transmuda esses nossos pecados-raízes em frutos do espírito, e Deus quem transforma, em seu filho, as nossas derrotas em sua vitória. Assim, os metais em nós finalmente serão transmutados em talismãs, como Apollonius de Tyana experimentou e descreveu em seu livro “O Nuctemeron”.

O separatio
Ela será alcançada por destilação, sublimação e evaporação.

É a ultima grande provação antes da perfeição. Trata-se da separação dos componentes que estão ligados e em parcial oposição em um composto. Dentro deste processo, por meio de repetidas destilações, serão separados, um do outro, os princípios enxofre, mercúrio e sal. Da confusão e da mistura, cria-se ordem. Vemos este processo na historia da criação que é repetida simbolicamente no laboratório. Deus separa a luz das trevas, o céu da terra, o mar da terra. O agente da separação era o Logos, que moldou a si mesmo como matriz onipresente no processo de separação e, portanto, representa o conjunto coeso que prevalece sobre tudo que é separado.

A experiência dos opostos possibilita uma consciência crescente. Por isso, o primeiro homem decidiu comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Mas, com essa decisão, ele realizou um segundo separatio muito incisivo. Ele, o portador de uma alma imortal, mergulhou no mundo efêmero do espaço e tempo. Assim, ele se tornou um cidadão de dois mundos. Ele criou ao mesmo tempo o seu mundo, que é isolado da unidade, e realizou a ruptura entre o superior e o inferior. Por isso, ele deve reverter a decisão de sua vontade e, com ajuda do grande opus da transmutação, reconduzir para o estado da prima matéria a si mesmo, os seus metais, caídos em si mesmo, e, finalmente, todo o mundo, para que a verdade do “em cima como em baixo” seja restaurada.

Mestre Eckhart experimentou esse conhecimento em uma visão mística e a concentrou nas seguintes palavras: ”A pureza da alma depende de que ela seja purificada de uma vida que é dividida, entrando em uma vida que é unidade”.

O processo de separatio repetido sempre no laboratório, através de muitas destilações que freqüentemente duram semanas inteiras, executa uma clara separação de todas as misturas. Para o processo de transmutação da alma, isso significa que a joia do discernimento deve ser sempre de novo desenvolvida com muito cuidado. Por isso, a primeira condição é o conhecimento de o próprio ser e a percepção crescente das duas ordens de natureza em o próprio ser. ”Decompõe a terra do fogo, o sutil do denso, suavemente e com muito cuidado”. O retorno final à unidade consiste em adquirir agudeza de consciência do poder de distinção, para que a separação final do eu e do não-eu se realize. Deve ser realizada a distinção clara do mundo divino, do único bom, e do mundo terrestre espaço-temporal, em que dirigem as forças gêmeas “bem e mal” e seu jogo da confusão. No livro “A voz do silêncio”, de H.P. Blavatsky, lemos: ”Saiba distinguir o falso do verdadeiro, o sempre em movimento do eterno ser, antes de dar o primeiro passo em seu caminho”.

O juízo final é um ato de separatio, mas ao mesmo tempo um ato de justiça compensador. No evangelho de João é dito: ”O filho do homem separará as ovelhas dos carneiros, os perfeitos dos imperfeitos”.

Os imperfeitos serão lançados no fogo de uma nova calcinação. Dessa perspectiva, o separatio não é a ultima etapa no grande Opus, mas vai adiante do conjuntio, assim como no laboratório alquímico. ”Limpa o marido e a mulher, separadamente, de modo que eles se unam mais intimamente, porque se você não os limpa, não podem amar um ao outro”.

O separatio é a ultima operação de limpeza, sobre a qual Johann Valentin Andreae, em seu “Casamento Alquímico do Christian Rosenkreuz”, escreveu uma rima:

“Hoje, hoje, hoje

            É o casamento do Rei…

            Cuida!

            Observa a ti mesmo.

            Se não tomares banho,

            O casamento poderá fazer mal a ti”

O conjunctio
É a culminação do Opus Magnum

No laboratório, temos uma parábola impressionante: Sulfur e Mercurius, enxofre e mercúrio, se ligam e produzem Zinnober (Zinabre), uma nova substância com novas qualidades. Há um menor conjunctio quando a limpeza das duas substâncias ainda não está totalmente realizada; aqui deve seguir novamente o mortificatio.

Uma bela parábola diz: ”Mas este casamento começa com a expressão da felicidade e tem por conseqüência a amargura da tristeza”. Essa amargura é produzida sempre quando “a alma prefere o casamento com o corpo, ao casamento com o espírito”, como lemos no Corpus Hermeticum. Assim, o aspecto de Vênus de amor terreno é uma boa alegoria e uma tentativa de aproximar em harmonia as forças gêmeas da natureza em sua própria alma; é uma virtude especial, mas apenas o primeiro degrau para o grande conjunctio. No processo da transmutação no laboratório, será realizado o refinamento até alcançar o degrau da prata pura.

No grande conjunctio, trata-se da preparação para o casamento alquímico entre a alma purificada e o espírito, o Pymander. A alma que de novo se tornou a água da prima matéria, ”mercúrio do mercúrio”, se casa com o espírito. O estado do início, quando o espírito pairava sobre as águas, é alcançado. É a realização do “nascer de novo da água e do espírito” do mistério de iniciação crístico. Dessa união, nasce uma nova criatura – a partir do poder do Santo Espírito. A alma renascida, a transmutada personalidade do homem e o espírito se tornaram em uma unidade perfeita no vaso microcósmico. Esta nova criatura, este filho da sabedoria, tornou-se para si mesmo em pedra filosofal. Ele personifica o puro ouro do espírito e pode estimular a todos os seres vivos a atingir a perfeição por meio do poder de seu amor e curar todos os doentes, como o ouro purificado transforma no laboratório todos os metais comuns (não nobres) em ouro.

Na alquimia, então, esse é o significado universal de ”multiplicatio”, o aumento maravilhoso que alimenta tudo para o enobrecimento. Alquimia é a arte de enobrecimento, como dissemos no inicio. No nível mais alto da alquimia, a visão de Paulo, para uma manifestação do Espírito, será para nós o que confirma essa lei interior:

Ele escreve na primeira carta aos Coríntios, capítulo 15: ”O primeiro Adão era uma alma vivente, o último Adão será um espírito vivificante”

Aqui você encontrará a arte hermética em plena realização. A forma mais pura de conjunctio é o se tornar Um, do Filho com o Pai Divino. Lembramos as palavras bíblicas: ”o Pai e Eu somos Um”. Então, o filho de luz pródigo, agora filius sapientiae, retorna à casa do Pai. Assim, “em verdade, certamente e sem dúvidas o baixo é o mesmo do alto, e o alto se assemelha ao baixo, para que se realizem os milagres de uma única coisa”.

A atemporal Arte da Alquimia

A alquimia é uma mestra no tear do tempo, que tem à disposição, sem parar, a sua capacidade de transformar. Nestes dias, da era de aquário, em que se trocou uma física mecanicista para uma oitava superior de uma filosofia quântica, uma “Al-física”, encontramos de modo atual uma oportunidade que nos traz de volta para o limiar da Prima Matéria, para a onipotência não manifestada.

Esta porta, aberta pela percepção da presença consciente, ante o mar das infinitas possibilidades e da onipresença, fica franqueada diante de nós. Nesta terra de ninguém, entre o ontem incorrido e o ainda não nascido amanhã, está uma folha não escrita em nosso livro da vida, o Eterno Agora. No espaço da plenitude não-manifestada, nosso eu, que é o do espaço e do tempo, não tem entrada e somos de novo ligados com a nossa fonte interior criadora, o cintilar divino na arca de nosso coração. Nossa consciência associada com esta Fonte se torna um criador que chama da indefinida matriz universal uma nova manifestação.

Assim, podemos, agora e imediatamente, nos tornar verdadeiros alquimistas, alguém que, no processo de transmutação para a perfeição, colabora.

terça-feira, 7 de abril de 2020

La Corriente Entrante (Kenneth Grant)


En el sistema de entrenamiento de la Golden Dawn, ahora obsoleto, que perteneció al Aeón de Osiris, la zona de poder de Tiphereth era el lugar de reunión entre el Ser humano y su Ángel, y (a través de su Ángel) con los Dioses Luminosos del Lado Diurno del Árbol de la Vida. En el Lado Nocturno sin embargo, que es el espejo oscuro hacia donde los aeones futuros lanzan los vectores de sus fuerzas espectrales, Tiphereth es el lugar del Sol Negro que envía sus esencias o rayos (kalas) de Negras Llamas que arden más allá del Sol hacia el Universo Exterior. Desde luego, resulta absolutamente esencial que la Unión con el Ángel en el Lado Diurno, tenga lugar antes de que sean intentadas las Nupcias Nocturnas, porque la oscura entidad que nace de este congreso es la hija del Tetragrammatón, y la Puerta hacia los vacíos dimensionales de más allá de Yuggoth, por la unión de Maat y Horus dentro de la Doble Corriente. "... uno puede crear un vórtice de una "gran extensión"... Esto asegura no sólo la duración del vórtice mismo dentro del Aeón de Maat, sino que también añade una creciente intensidad de poder suplementario procedente del futuro. Los vórtices creados ahora por la Doble Corriente están siendo utilizados y mantenidos por el clero Maatiano "dentro" de la Corriente del Tiempo. Esto incluye también los lugares de poder existentes actualmente sobre los litorales que serán sumergidos en el Aeón de Maat por la actividad sísmica y otras fuerzas geológicas." (1)
El empeño de la humanidad en tratar exclusivamente con el lado diurno del fenómeno, y la utilización del lado frontal del Árbol por los iniciados de los Aeones de Isis y Osiris, ha hecho surgir una situación desequilibrada que tan sólo puede ser corregida por una invocación sistemática de los Qliphoth del lado oscuro, equivalentes con las zonas de poder cósmicas y mundanas. Esta es la razón por la que se está prestando mucha atención por parte de los iniciados de hoy en día, a la subconsciencia del Ser humano, y a las consciencias extra-dimensionales en los organismos planetarios y cósmicos. La invocación de los Qliphoth incumbe por tanto a quienes, después de haber alineado su propia consciencia con los vectores de la fuerza penetrante que emana de su propio Ángel, intentan saltar a través de los vórtices (agujeros negros) y emerger en el Aeón de Maat plenamente iluminados o conscientes. "...El proceso de conscienciación acostumbra a ser violento, así como destructivo y ciertamente "purgativo". Los Demonios huirán de todos los aspectos del ego. La ética demandará que el Silencio y el Círculo (mágico) sean estrictamente empleados por los Magos durante sus invocaciones personales a los Olvidados, de modo que nadie salvo ellos mismos, pueda encontrar sus demonios (2)".
En el mismo documento, Andahadna avisa a los Magos de que: "... El empleo de los trabajos de IXº grado (3), como fuente de la manifestación de sustancia para la invocación de los Olvidados, resulta extraordinariamente peligrosa y potencialmente dañina, si ambos participantes no tienen un grado igual de maestría y no emprenden el trabajo como una invocación dual. La realización del trabajo con alguien no iniciado, o de un grado mucho menor, puede exponer a él o a ella a fuerzas que están más allá de su comprensión o control. Hablando en términos generales, resulta preferible operar en el VIIIº (4), invocando a Maat durante la fase inicial, e imbuyendo el Elixir con su esencia de Equilibrio y Verdad". En un escrito mágico dictado por N'Aton, Andahadna explica que los magos pueden traer a existencia a ciertos "aliados astrales" mientras están trabajando con la Doble Corriente. Ellos pueden ayudar de muchas maneras, pero han de ser cuidadosamente identificados antes de establecer pactos con ellos. "...el espectro de campos operativos se encuentra en la esfera de la Fundación (Yesod) y se extiende en su expansión natural hacia más allá del Kether de nuestro propio Universo. Su Árbol resulta así elevado de plano, lo que también afecta a las esferas superiores, aunque nuestros "aliados astrales" sólo pueden interactuar efectivamente con nosotros en Yesod, que es su Malkuth".
En otro lugar del mismo escrito se dice: "...Un método simple de "análisis de campo" determina la naturaleza de una entidad astral. El procedimiento consiste en irradiarla con la radiación esencial del Halcón Solar y con la radiación negativa de la Llama Negra. Los aliados se unirán a la radiación sintonizando o armonizando sus frecuencias, las entidades extrañas huirán o se quedarán inmóviles. La radiación puede generarse mediante la visualización de una esfera solar en el centro de un Ojo de Horus, y de una llama negra moteada de estrellas. Vibrando el mantram "LUTIS NITRA" nuestro cuerpo astral emitirá radiación visible." La gematría del mantram es 359, que es la mitad de 718, y el número de Shaitán como el complemento Ofidiano de la Doble Corriente (Set-Maat). Es también el número de ShTIM, el "Viento Sagrado"(5) sobre el que cabalgan los aliados. El Viento Tiphoniano que es representado por las siete Cabezas de la Bestia, fue llamado por los Sumerios "El Ángel del Soplo Fatal" (6). Este es el aliento de fuego que "sopla siseante hacia adelante y hacia atrás, penetrando en la noche y retornando en el día". Los aliados son elementos separados de la psique de los magos. A un nivel psicológico pueden ser comparados con los "espasmódicos reflejos del orgasmo" de la psicología Reichiana. Los aliados son encarnaciones astrales de los más poderosos atavismos existentes en la naturaleza y su resurgencia es acompañada de gran peligro para el mago que no esté en pleno contacto con su Ángel. "...Por el encuentro con él y la utilización de su poder, la consciencia es impelida a un salto cuántico hacia el nivel de un nativo del naciente Aeón de Maat. Este no es un método (7) enteramente seguro, porque existe la posibilidad de que la consciencia del mago se identifique con los deseos y anhelos supervivientes de su propia ancestralidad, lo cual puede atraparlo en la consciencia prehumana. En cambio, invocar al Ángel en el Plano Astral mediante Trabajos físicos estrictamente controlados, resulta relativamente más seguro, porque uno no debe utilizar sus energías más allá de estas esferas". (8) Los Olvidados también están emparentados con el Ser humano, habiéndole asistido en su evolución desde su existencia marina a la mundana. Ellos no se encuentran lejos en la línea directa de la evolución humana y el mago es prevenido de nuevo acerca de no formar ninguna alianza con ellos por encima y más allá de los límites del trabajo inmediato para el cual él precisa su ayuda.
La razón para esta advertencia es que: "...durante un cierto tramo de nuestra historia olvidada, nuestras fuerzas de supervivencia fueron controladas y utilizadas por entidades de "más allá" de nuestro Universo. Conocidos como los Dioses Mayores, estos seres intentaron extender su esfera de influencia más allá de sus propios ambientes, para lo cual seleccionaron al pre-homínido como un instrumento potencial para sus propósitos. Extraños, más allá de lo humanamente imaginable, es posible que no fueran creados como "maléficos"; no obstante, su propósito principal es devorar, y desde el punto en que su estructura es incompatible con nuestro Universo físico, ellos sólo pueden comer a través de formas de vida nativas de este Universo. Para esto, el intento de utilización de la proto-raza humana constituyó un conflicto debido al desarrollo autónomo que experimentó el Ser humano; ellos fueron entonces relegados a volver a sus propios reinos, y la Puerta fue sellada. Desde el “Proyecto Manhattan" (9), sin embargo, el sello fue disuelto. Estas entidades extrañas están actualmente preparándose para hacer otro intento sobre "nuestro" Universo. Ellos, claro está, no han perdido las claves de los Olvidados, y tratan periódicamente de acceder a una brecha ocasional en el espacio-tiempo ante la Puerta re-abierta (10). Los Dioses Mayores existen fuera de nuestro Árbol, y la Puerta está en la no-esfera de Daath. Existe un tipo de conexión oculta entre Yesod y Daath, y por tanto, existe allí algún peligro de que los Olvidados y los Dioses Mayores sean reactivados. Mediante la consciencia-gestalt Maatiana es posible prevenir tal reactivación, pero la capacidad de obtención de dicha consciencia por la 'vía' de los Trabajos con los Olvidados, resulta sin embargo insuficiente como para re-sellar la Puerta". (11) Llegados a este punto puede resultar útil resumir sumariamente la información suministrada por Andahadna relativa a la obtención del "Liber Pennae Praenumbra" y a la marea entrante del Aeón de Maat. La Misa de Maat (ver capítulo 12) fue dirigida hacia la obtención de un contacto con las energías del Aeón futuro. El Trabajo fue realizado y el "Liber Pennae Praennumbra" fue uno de sus resultados tangibles. Este es, como su predecesor el "Libro de la Ley","...algo que está más allá de la esfera de la mente. Pasado y futuro son AHORA, y el punto más distante en el cosmos está sencillamente AQUÍ." Soror Andahadna y la "Sombra" se han asegurado de tener una continuación en la guía que ellos recibieron de las entidades Maatianas (vía la Misa de Maat) durante su permanencia en las actuales encarnaciones. Frater Lugis Thor (12) fue el adepto que percibió, junto con Andahadna, la sutil presencia de un Mago del Aeón de Maat. Ha sido expuesto anteriormente (13) que este Mago es idéntico con la entidad LAM (la concentración de MALAT y TALAM) que se apareció a Aleister Crowley durante el Trabajo realizado en Greenwich Village alrededor de 1918. El Mago dirigió la redacción del "Liber Pennae Praenumbra" y también condujo a Sóror Andahadna a enviar una copia del Liber al presente autor, en su calidad de Cabeza Externa de la Ordo Templi Orientis, como Frater Aossic-Aiwass. El presente libro es, en parte, el resultado de esta acción de Andahadna, dando forma al primer mensaje publicado de la irradiación de la Doble Corriente de Horus-Maat (93-696), aunque también ha sido dada alguna información sobre este tema en el "Lado Oscuro del Edén". Según Andahadna, "el triunfo de Tarot que representa más adecuadamente las energías de Maat es el Atu VIII, "La Justicia". "Esta fórmula adscrita a Saturno y Venus es enlazada con el Sol de una manera que sólo resulta comprensible haciendo referencia al Tarot del lado oscuro que subyace bajo él". (14) El Guardián del Túnel que subyace en el Sendero 22 (al que está adscrito el Atu VIII) es Lafcursiax, cuyo nombre vale 671, el número de ADONAI, el Señor (i.e. del Sol, Tiphereth). Bajo este sendero, Adonai llega a ser Aidoneus, una forma de Had-HADES-Señor del Infierno. Aidoneus es por tanto una forma de la Corriente Plutoniana que rige el Abismo. El Poder Mágico atribuido al adepto que puede utilizar esta Corriente es la "habilidad para equilibrarse sobre el traicionero y funambulesco sendero que se extiende desde el lado negativo al positivo en el reino del caos creativo". Esto capacita al mago para tejer una red que cruza el vacío del Abismo. El zootipo de esta fórmula es la araña. La atribución ortodoxa del Sendero 22 lo asocia con Maat, siendo esto fácilmente reconocible en el Túnel que discurre bajo él distorsionando los símbolos Maatianos, la balanza (Libra), la pluma (ala, o genital), y la espada (emblema de la Mujer Escarlata) (15) . En el sigilo de Lafcursiax (16), la Cruz del Equilibrio está torcida, y los Platillos volcados: "...El "Fiel de la Balanza" ha sido puesto debajo, como el Señor del Abismo que abre las Puertas de la Diosa Oscura y da salida a los fantásticos seres que habitan este túnel bajo las formas de pájaros venenosos con caras de mujer que arrebatan las almas de los vivientes de su barro mortal (17) Pero estas consideraciones son limitadas en su significado y aplicación. Por lo cual, debemos recordar las palabras de Crowley en su "Libro de Thoth": "... en el simbolismo mayor de todos... el simbolismo que está más allá de todas las consideraciones planetarias y Zodiacales, esta carta (Atu VIII) es el complemento femenino del Loco (18), porque las letras Aleph y Lamed constituyen la clave secreta del Libro de la Ley, siendo las bases de un sistema cabalístico completo de la mayor profundidad y más sublime que ningún otro." (Los detalles de este sistema no han sido aún revelados.) Paréntesis del presente autor.
Esto hace referencia al Aeón de Maat, el cual, como pertenece a la perfección o culminación del Aeón de Horus, se extiende más allá del trabajo de Crowley. Fue Frater Achad quien asumió el trabajo de revelación, pero lo dejó inacabado. Sin embargo, desde que Andahadna recibió el Liber Pennae Praenumbra el trabajo ha progresado de nuevo. Crowley valoró correctamente la naturaleza de la mujer-diosa Maat, cuando la describió en el libro antes citado de la siguiente manera: "...la última ilusión que es manifestación;... la danza, muchos colores (19), mucha atracción de la Vida misma."
Si la palabra "manifestación" es considerada a la luz de lo apuntado anteriormente sobre el tema (20), llegará a ser obvio que Achad definió correctamente la Palabra de Ma-Ion (i.e. de Maat). La naturaleza de Venus (21) es la esencia del sexo femenino; y la naturaleza de Saturno (22) es la esencia del Tiempo, que es la manifestación a través de la mujer de la eterna ilusión del Ser y Llegar a Ser, del Movimiento y del Devenir. Saturno es por tanto el Señor de los Kalas de la abigarrada danza. El Atu VIII resume así la fórmula de Set (o de la Bestia) y la Mujer Escarlata, identificándola con la fórmula del IXº+ de la O.T.O.; la fórmula del "amor dirigido por la Voluntad". Inmediatamente después de la recepción del Liber Pennae Praenumbra, Sóror Andahadna llegó a convertirse en el vehículo de la entidad cuyo retrato pintó ella misma en un estado de semi-trance, durante el cual produjo también algunos escritos similares. Como Crowley (23), Andahadna enfatiza su negativa a considerar que tales escritos fueran "automáticos" en modo alguno. Estos procedían de una discreta entidad, poseedora de una personalidad y una identidad individual absolutamente distinta de la de Andahadna (24). En varios pasajes de su trabajo Andahadna alude a sus "tres geométricos amigos", Rosarión, Rotat, y Navhem:
"... algunos de los que "regularmente" trabajan a través de mí son: nuestro ángel de la Logia, Terikon, un hombre-medicina de los Adena, llamado Jefe Garra de Oso; un Sacerdote de Saturno que yo conozco sólo como Maestro de Sueño de Tarión, y mis tres amigos geométricos: Rosarión que es como una esfera de luz carmesí, Rotat que es una Cruz Qabalística de color rosa-salmón y azul claro, y Navhem que es un pentagrama azul oscuro (25)." También existen "amigos geométricos" más oscuros, tales como los vistos por Spare durante un curioso trance realizado por los aterrorizados participantes en un control de sueño, en el que, mientras el sueño se desintegraba y quedaba fuera de control, llevaba al soñador al interior de dimensiones extrañas y terroríficas, donde era rodeado por voces y agudos ángulos dentro de mareantes espiras, al final de las cuales el soñador era introducido en un negro éxtasis de vértigo creativo. Muchos de los trabajos de Spare, fueron logrados tras despertar de tales trances. Los amigos geométricos de Andahadna la esperaron en una ocasión en el Templo de Babalón, sobre el más elevado de los niveles astrales de consciencia, en un lugar que ella llamó el Desierto de las Estrellas, y que describió como "una ubicación convenientemente céntrica con múltiples accesos a muchas lugares útiles". Este fue de ese tipo de lugares como los que describe en el Liber Pennae Praenumbra y otros escritos inspirados. Andahadna relató que el 14 de Enero de 1975:
"...Como cuando comienzo a hacer una anotación en mi diario, Liber Pennae Praenumbra comenzó a escribirse él mismo sin parar. Posteriormente mecanografié algunas copias, dando una a Frater Nemo (26) y otra a Frater Ariel (27). Ambos me advirtieron que dejara quieto el asunto hasta que la Corriente revelase la ocasión apropiada para ser liberada. Cuando A(llen) H(olub) me envió el paquete de correspondencia existente en los Archivos, obtuve su dirección (28). No intenté disturbarlo con ninguna comunicación, pero "fue una señal incuestionable ..."
La comunicación de Andahadna (i.e. Liber P.P.) desveló notables similitudes entre su trabajo y la abandonada Operación Amalantrah, la cual terminó, como se recordará, con una referencia críptica a un huevo. Frater Achad, quien estuvo presente con Crowley y otros en varios de los estadios de la Operación Amalantrah, continuó en el punto en que fue abandonada por Crowley. He mostrado en "Cultos de las Sombras", las etapas del Trabajo alcanzadas bajo la dirección de Achad, pero el hecho concluyente es que Andahadna ha tomado sus huellas, lo cual ha sido evidente sólo con posterioridad a mi descubrimiento de que la palabra IPSOS, que es declarada en el Liber Pennae Praenumbra como la Palabra del Aeón de Maat, es idéntica cabalísticamente con RPSTOVAL, un cifrado secreto contenido en AL (29). Uno de los números de esas dos palabras es 456; otro es 696. Durante mi correspondencia con Andahadna, sin haberle informado a ella de la especial significación de estos números, le pedí que los analizase. A lo que me respondió escribiéndome así: "Los números que mencionas no tienen un significado para mi mente consciente, puesto que no los he aprendido, como ya te he dicho, en la ciencia de la Gematría. Sin embargo, los números son seres vivientes y sirven como claves significativas para mí mediante algunos procesos intuitivos que no puedo describir.
456 evoca en mí la imagen de las dos Torres de Heru y Maat. Hay un desierto que se extiende hasta el horizonte. No hay ningún sol a la vista, aunque el cielo se ve luminoso. Bajo la arena yace enterrada una vasta figura sumida en un sueño hibernativo, listo para despertar al ser llamado. El sacerdote que ha despertado se aproxima. Permanece situado en el centro, entre las torres, y eleva una trompeta construida con el cuerno de un carnero hacia su boca. Por la misma boca que hace sonar la nota que despertará a ARUMBAH (30), está siendo bebida la sangre de las naciones como sacramento... 696 es la síntesis interna de la Misa de Maat. Este es el proceso por el cual nace la Gestalt. Está roto por un sendero lateral que corta el programa de la evolución Natural. Esta es la Voluntad de la Nada, el sacrificio de la autoaniquilación que debe ser hecho antes de que el Vaso esté purificado. Este es vaciado y purgado por el fuego negro; Khephera y Maut, la carta o triunfo de La Luna. Este es un ciclo tocando la Tierra, para después ascender... La ciclópea masa de los Vigilantes se cierne cercana esperando que comience la próxima fase del trabajo. Esperan la palabra de la Voluntad, en su nuevo aspecto. 'El Huevo dentro del Huevo debe romper su cascara'; Heru-Pa Kraath debe hablar, y Tahutí asume el silencio. Nosotros flotamos sobre los vientos del Tiempo, y esperamos. Todo ser humano es de Omné (31) sin saberlo. La misión de Omné es devorar las almas de los seres humanos, para incorporarlas a la Gestalt con el pleno consentimiento de la Voluntad "individual"(32). Andahadna, incluyó un talismán en su carta con la siguiente observación: El talismán te ayudará como una clave del Liber Pennae Praenumbra. Es también la clave de la presencia del Maestro de Sueños. Si lo utilizas según las instrucciones, él se te manifestará de acuerdo a tu modo individual de percepción. Considerando la palabra RPST-OVAL, ésta contiene el "Huevo en el Huevo"; el huevo que le apareció a Crowley en el Trabajo de Amalantrah. También debemos considerar que Andahadna no fue consciente de la significación especial de los números que se le pidió analizar, ni del hecho de que RPSTOVAL e IPSOS eran idénticos cabalísticamente. Todo esto constituyó una prueba segura de que su trabajo era una continuación del de Therión (Crowley) y Achad, vía Aossic. Veamos también que la referencia a la vasta figura que yace enterrada en la arena, recuerda el desierto y la palmera "del Trabajo de Amalantrah. El desierto es el dominio de SET, cuyo nombre (ST) aparece con el huevo (OVAL) en la palabra RPSTOVAL; también aparece AL (33) (el Libro de la Ley), y RP, cuyo número es 280. Este es el número de IPSOS y el de los cuadrados que circundan la Cripta de los Adeptos donde yace enterrada la "gran figura". 280 es también el número de KMNPTz, "Justicia" o "Ajuste" (Maat).
El huevo es el depósito femenino de la vida. Sus kalas vitales son absorbidos por la boca del sacerdote con la trompeta de cuerno de carnero que despierta a la forma que yace enterrada en el desierto. Otro hecho que cobró especial significación (algún tiempo después de que Andahadna estableciera contacto con la O.T.O.) es el del valor numérico de su nombre mágico. Este fue comunicado en principio a ella por la transmisión de una Inteligencia como 71. En una carta en la que explica su nombre mágico, escribe: "...El nombre es Andahadna, el número 124. El 71 fue "dado" en (origen), de manera algo forzada, pero su significación ya ha sido encontrada. Esta tiene relación con NAHADA cuya numeración es 62. Así, el número 71 fue sugerido hasta poseer más datos. ADAHAN es la forma reflejada en el espejo-sombrío de NAHADA y, como tal, toma la misma numeración 62. Los "gemelos" combinados como Andaahhaadna (= 124), son contraídos por ablación de las letras superfluas, quedando como ANDAHADNA, pero guardando la numeración de la forma expandida (34).
Setenta y uno, como hemos mostrado anteriormente, es el número de LAM, la Inteligencia con la que contactó Crowley mientras estaba en América. Resulta altamente probable que esta Inteligencia controlara el Trabajo de Amalantrah, que Crowley realizó con Achad y otras personas en 1915. La cara de esta entidad tiene forma de huevo. Andahadna, desconocedora de esto, topó con el simbolismo del huevo en su diseño del TaLAM y MALat y también en su percepción de la relación existente entre el "huevo" blanco y rojo con la Misa de Maat. El número 71 es también el número de la palabra latina "Vagina", el nido, la puerta del pájaro y de la palabra ALIL, la "Imagen de la Nada y el Silencio que representa el pleno cumplimiento de la aspiración" (35). La Aspiración está simbolizada por la HE aspirada, que representa lo femenino; en este caso, la Hija de la fórmula del Tetragrammatón. 71 es también el número de la Paloma, la primitiva ave Tiphoniana que simboliza la vagina. La Palabra de la Paloma es HIRILIU (36). Esta es la palabra creativa vibrada en el Silencio (37) y en el "estridente gemido del orgasmo" (38). Sesenta y dos, otro de los números asociados con Andahadna, es el número de NAVH, el arca, vientre u ombligo. La Vagina es el arca del huevo y, en otro sentido, la cápsula del espacio cósmico, el Vaso del Vacío que transporta la Palabra hasta el Ser humano, desde el Vacío del Silencio. El silencio implicado aquí es el que Crowley estigmatizó como "un número de Pecado (restricción)". Este es el tipo de mal relacionado con el Silencio, así como con los Hermanos Negros" (39). Pero ésta es una interpretación típicamente Solar de los Misterios de la Diosa Luna (Pecado), y de GPV -89-, el cierre del útero y la destrucción del huevo por las aguas. (40)
La designación atlante de la Corriente Lunar fue la palabra ZIN. Uno de sus números es 67, que es también el de la palabra ZAIN, que está asociada con el Aeón Innominado al que Crowley aludió indirectamente con alarma (Ver Cap. 6). Otro de sus números es 717, que es uno menos que el de la frase que significa "Dentro de la Desolación mediante lo Inexpresable", lo que también sugiere al Aeón Innominado. Setecientos diecisiete es también una forma de Aossic, el nombre de un Gran Antiguo cuya conexión con aquel Aeón, no ha sido aún plenamente comprendida. Todas estas ideas están relacionadas con el concepto del Silencio. Obsérvese que DM significa "sangre", y DMMH -89- significa "Silencio", mostrando así de manera inequívoca la identidad primitiva de la Sangre y el Silencio, así como su relación con el Vacío del Silencio, Vacío del cual surge la sangre de la manifestación. Rosarión, la Luz Carmesí, dio a Andahadna un vislumbre de varios de los "tipos" de evolución post-humana, uno de los cuales llegó a ser una estrella en el Universo de HPK(41), desde el que "nuestro" Universo aparecía como una fotografía en negativo. Ella experimentó la existencia como tal estrella, permaneciendo consciente de que tenía en ese momento una "doble" en existencia aquí (42). De esto dedujo que la naturaleza de Maat es análoga a la de una estrella-neutrón:"...Cuando las estrellas han adquirido suficiente experiencia evolucionaría en su forma estelar, deben "morir" para convertirse individualmente en supernovas o estrellas-neutrón... El estado de Estrella-Neutrón es un paso necesario en su 'ir hacia* (43). Esta es una condición, un modo de ser para que la estrella se trascienda a sí misma. Eso es Maat. Ella es la entrada, pero nadie podrá pasar, sin haber antes llegado a ser Suyo". En la misma comunicación, Andahadna amplifica la analogía con la estrellaneutrón. "...Debido a que una estrella-neutrón retiene y absorbe la Luz, se dice que su centro es oscuridad radiante. Eso mismo hace la Llama Negra (44). Maat es sombra y "gemela" de Nuit, es también la relación entre su hermana y ella misma." Maat es también, como hemos visto, el "aspecto-hija" de la fórmula del Tetragrammatón, pero en una forma que fue advertida por los antiguos cabalistas (45). En repuesta a la inevitable pregunta de ¿cómo Maat puede funcionar antes de su propio Aeón?, lo que supone haber emergido, Andahadna responde: "...Para ayudar a preservar el equilibrio en un tiempo de energías Marciales (46) y enormes cambios. Hay mucha gente "golpeada" y derrotada, "* esclavos que pueden lograr unos grandes avances en su evolución adquiriendo un sentido propio del equilibrio." Esta es una advertencia contra la "confusión de planos" o, al menos, símbolos de un nivel diferenciado de otros. Un defecto este de la confusión, contra el que jamás se cansó de advertir Crowley a sus aspirantes. Este defecto ha desanimado a más aspirantes a magos que ninguna influencia maligna del "Otro Lado".
A la pregunta sobre cómo ayuda Maat al equilibrio a través de consolar a las almas agobiadas y sufrientes, Andahadna respondió: "... ¡Duramente!. Ella acumula la presión en su Universo HPK o lado sombrío, hasta hacerlo imposible de soportar; entonces el huevo se rompe y aparece... en otra parte. Nadie puede experimentar esto contra su voluntad. El éxito en esta invocación está determinado por la 'rotura del huevo' y la realización de que uno ha sido siempre Maat (o Tao, o Brahmán, o No-cosa, etc.. porque los nombres no son aplicables realmente). El valor práctico de Maat está en que una vez que se toma consciencia de ella, uno ES equilibrado automáticamente. Entonces ya se es libre para convertirse en un canal totalmente proteico para la 'fuerza-reflejo* que permita a los "otros" percibir su verdadero Ser.
Utilizando la Palabra de Poder Maatiana IPSOS como un mantram, invariablemente se prende la Llama Negra dentro de la percepción. Internamente, ella se manifiesta como un 'rugido tangible', unido al impulso totalmente irresistible de salir fuera del cuerpo a través de la parte más alta de la cabeza. Externamente, las manifestaciones varían. En una ocasión, yo estaba sentada en el sofá vibrando el mantram, y mi asiento se desplazó hasta el centro de la habitación; en otra ocasión, mi hija dijo que mi aura se volvió brillantemente blanca y que 'parecía como una fuente'." Andahadna no tuvo intención de publicar el "Libro de los Olvidados", hasta que hubiera recibido la segunda parte. Por el contrario, estuvo a punto de sucumbir al impulso de "hacerlo trizas". Además, no intentó analizar las Palabras de Poder por su renuencia a interactuar con los nombres en modo alguno. Ella supo que, como en el caso de los Cuadrados de Abramelín (acerca de los cuales advirtió Crowley, en contra de su utilización ociosa o banal), los nombres tienen una vida dinámica por sí mismos que puede ser despertada demasiado fácilmente. En una ocasión mientras trabajaba con Holub en el Templo Subterráneo de N0*, ella vio al dueño de uno de los nombres; así describe lo que vio. "...No* emerge de su capullo de luz color topacio y se coloca alrededor de mi cráneo como un casco, hundiendo sus colmillos dentro de mi cerebro... Yo había sido suficientemente idiota como para invocarlo en un ritual que realicé con la Sombra y el Nómada (47)... luego, las miradas acechantes de dos de ellos alrededor del Círculo, en mi cuerpo, dibujado un cuchillo, carne hambrienta, intento de despedazarme y de todo. Ellos (los Olvidados) son suficientemente 'reales'". Holub por otra parte, juega bastante temerariamente con los nombres y, hasta ahora, impunemente. El siente una particular debilidad hacia los Olvidados y, según Andahadna, su trabajo con Ellos resulta altamente efectivo. Durante un Trabajo conjunto, Holub tuvo la visión de la Dorada, la analogía femenina de N'ATON. Holub resulta así un canal eficiente de la Doble Corriente en su forma Maatiana. N'ATON ha estado en algunas de las comunicaciones recibidas por Andahadna como ésta:
"...todos los datos precisos (48) están actualmente disponibles para vosotros. La traducción en términos inteligibles al presente estado de consciencia iniciada es un ejercicio vital que producirá como efecto el establecimiento de la consciencia Maatiana en: A) el/los traductor/es, B) en quienes estén "maduros y dispuestos" sean lectores u oyentes, y C) en el aura planetaria". Ella añade ominosamente:
Si la raza no es despertada, se hará explotar a sí misma convirtiéndose en escoria radiactiva. Si despierta, gozará de una saludable situación de equilibrio y verdad absolutos; Maat en una palabra. Ella advierte también que no es asunto sencillo el de "liberar globalmente a los Olvidados en el Lado Diurno", i.e. en el lado de acá del Árbol de la Vida. Esto puede resultar casi en un pánico masivo. El ser humano debe lograr el salto mutacional sobre el Lado Oscuro. Esta es la tarea de los Iniciados; extraer la consciencia de la humanidad, como los antiguos egipcios extraían del cráneo el cerebro del muerto. Delicada operación ésta, que sólo es posible si el ego está completamente muerto.
Un aviso precautorio de similar naturaleza fue emitido por Crowley cuando habló acerca del trabajo de hacer el Comentario de AL. El sabía que si no era ejecutado siguiendo exactamente las instrucciones dadas en el propio Libro, años, tal vez siglos de devastación y estragos arrasarían el planeta en "lieu" de la iluminación espiritual; siendo el propósito de AL preparar a la humanidad para este evento.
Los Niños de Maat son el factor instrumental y elemental para la iniciación de la humanidad, partiendo de su actual estado de desarrollo. Ellos proveerán la iniciación "vía" las Ordalías que acelerarán la evolución por medio de un salto mutacional. En conexión con estos acontecimientos, resulta significativo que la imagen de la Rana apareciera a Andahadna por el tiempo en que recibió el Liber Pennae Praenumbra. Por entonces ella tuvo una visión del Triunfo n2 23 del Tarot. Ella supuso que este triunfo estaba fuera del Árbol de la Vida, reconociendo el Sendero 22 como el último. El Atu 23 incluía entre otros símbolos la imagen de una Rana. Como ha sido explicado previamente, la rana es el símbolo de aquellos Adeptos que utilizan la fórmula de los "Voltigeurs" (49) que conlleva un método para "saltar" los senderos del lado oscuro del Árbol. Cuando esta fórmula fue sugerida a Andahadna, ella tuvo una visión tan fugaz como vivida, que expresa así:
"... vi una forma anfibia oscura, recubierta de un color verde fosforescente y sujetando una vara. La vara fue claramente visible porque emitía luz propia, teniendo la forma de un tridente rematado por la letra Shin (50). No tengo ni idea (51) de lo que representaba un símbolo del Fuego/Espíritu como Shin en aquel entorno. Ella (i.e. la forma anfibia) me trajo al recuerdo al Atu 23 (que contenía su imagen), además de las imágenes de una bailarina, un ojo alado, un payaso y una rana. El número 23 es de especial importancia en el aeón de Horus-Maat (52), pero lo que nos ocupa en este momento es la imagen de la rana como símbolo del salto desde un Aeón hacia otro en el "sendero funambulesco" simbolizado por la bailarina y el payaso. El ojo alado por otra parte, es el símbolo de Iannu (53), que según Hollub es la fórmula para el "acceso al presente Aeón de la fuerzas subterráneas atemporales". El simbolismo de la rana es, no obstante, un poco más complejo de lo que puede parecer a primera vista. Los siguientes apuntes efectuados por Andahadna en su Diario Mágico pueden arrojar alguna luz sobre el tema: "...La Rana, es el Tótem de Cthulhu. Cuando es renacuajo se asemeja a un espermatozoo gigantesco. Tiene una boca maravillosa, con su lengua que surge desde detrás de su cabeza, unida a la pequeña mandíbula que bordea el surco de su boca, hasta la parte posterior de la garganta. Cuando va a atrapar una presa, chasquea y lanza su lengua como una flecha, a la velocidad de un rayo atrapando al desprevenido insecto con su adhesiva y ligera lengua bifurcada. La Rana representa a Mercurio-Sagitario, así como también a los Dioses Mayores. La rana deposita sus huevos recubriéndolos de un masa de gelatina espumosa".
En el párrafo anterior vemos cómo son enfatizadas las funciones de la boca y de la lengua. El nombre de la rana es HEKT, palabra egipcia de la que deriva la HECATE Griega. La Diosa con cabeza de rana es uno de los mayores tótems del Culto Draconiano. Además, no es solamente el símbolo de transformación desde la existencia acuática (astral) a la terrestre, o encarnada (54), sino que es también el símbolo de los saltadores que "brincan" los senderos del lado posterior del Árbol de la Vida. Pero lo más importante de todo es que Hécate es el equivalente del número 100, QOPH, el glifo de la magia sexual en su fase lunar (55), y de KOPH, la hija que materializa por virtud del ojo secreto de su luna sexual. La diosa rana constituye así un glifo de Coph-Nia, el Ojo de Manifestación de los Senderos Posteriores y, como tal, una encarnación de Ma-ión o Aeón de Maat, anunciado en el Libro de la Ley. Resulta notable en conexión con esto, que cierta palabra mágica recientemente publicada en un libro (56) que trata sobre el asunto de los platillos volantes, prueba la calidad genuina de sus fuentes, aunque no la validez de la interpretación particular del mensaje que procede de ellas. La palabra es Orissor y es definida como la Sustancia del Alma. Su número es 542 (VRISSVR), que es idéntico qabalísticamente con MQBTh, el foramen o pequeño agujero en el Corazón que resulta idéntico con el Vacío (Sünyátá) que es la base y sustancia de todas las cosas. Quinientos cuarenta y dos es también MSShBR, el "Os Matricis, ruptura uteri", la boca, matriz o madre, que forma la grieta o abertura del vientre. Este es pues un número de Maat, de la Hija de Maat y del proceso de romper o abrir, representado por el cuerno de la Bestia con el que da cumplimiento a la Gran Obra. Este proceso es demostrado gemátricamente por la suma de las iniciales de las dos grandes Ordenes, la A.’. A.'. y la O.T.O., que representan a los Grandes Activo y Pasivo, la Bestia y la Madre, porque OTO + AA = 542. Por otra parte, cuando la Bestia, 666, y la Gran Obra, 418, están en fase de funcionamiento directo, su número llega a ser 1084, que es dos veces 542. Así, la O.T.O. y la A. ' . A. ' . generan la Sustancia Anímica conocida como ORISSOR, cuyo poder informa la Doble Corriente de Horus y Maat. Aquí tenemos otra demostración de la identidad de los orígenes espaciales del ser humano.
Según la pequeña descripción dada por Phillips en su libro, ORISSOR es un ser de otro Orden, de otro mundo, un Gran Antiguo como Aiwass, Amalantrah, Aossic, Abuldiz, y otros. Obsérvese la proximidad fonética de la palabra ORISSOR, con el término africano ORISHA u ORICHA, que significa "fetiche", "oráculo" o "palabra divina". Farrow hace referencias a dioses, orishas malos y "otros que no pueden ser descritos porque no tienen ningún origen humano" (57). Según Farrow: "bajo el término ORISHA se incluyen muchos dioses, que según las declaraciones de los sacerdotes, alcanzan el número de 401..." (58). Cuatrocientos uno fue el número estimado en primer lugar, aunque en posteriores investigaciones alcanzan el número de 600 si no más. El número 401 es el de ATh, esencia, lo cual constituye una definición precisa para ORISSOR y un sinónimo para Azoth, "la suma y esencia de todo concebido como uno". 400 es el número de la manifestación total (59). Cuatrocientos uno es la manifestación de todo en Unidad. Es un número menos que OKBISh, "araña", el tótem supremo de uno de los cultos más primitivos de la humanidad. ATh, "esencia", significa también "fuera de", procedente de la palabra egipcia UT, el "útero" o entrada del alma en la manifestación. Uno de los números de ORISHA es 581, que es el de Pan y Horus (en gematría latina), y de OThlQA, "el Gran Anciano", identificando de nuevo el concepto con ORISSOR. Resulta evidente que los conceptos que son relevantes para los Orisha/s son de importancia también para ORISSOR, y un análisis qabalístico de ambas palabras nos ayuda a entender el Poder que se encuentra más allá de ellas. El libro de Phillips resulta aquí de particular interés porque hace referencia a las secreciones y excreciones que son utilizadas en la magiack sexual relativa a las invocaciones a los Grandes Antiguos y/o a los Olvidados. Ya sea que ORISSOR pertenezca a los de una clase o a los de la otra, no existe gran diferencia. El libro propugna el uso de elixires y dirige la atención hacia ellos como medios valiosos, y posiblemente únicos, que permiten al ser humano eludir las catástrofes, advirtiendo también sobre su mal uso o abuso, ya que el ser humano se permite desperdiciarlos por pura ignorancia. En el antiguo Egipto, estos kalas o elixires vitales fueron representados por el escarabajo, que fue el símbolo de la Luz en la Oscuridad, el Sol de Media Noche. El escarabajo, Kephera, fue también representante de la deidad coprófaga, "el comedor de estiércol en el Día de Estar-Con-Nosotros". En el Aeón de Maat, la representante de este tipo es la abeja que esconde sus dulzuras en la oscuridad, para lo cual este insecto fabrica sus panales emitiendo sus propias secreciones. La Luz es la luna masculina, la Dulzura es la luna femenina. Juntos forman la Luna de Miel que es un glifo de los kalas de Maat (Madre) (60) y de la Hija o Ma-ión. De aquí el énfasis con que escribe Andahadna sobre la Abeja. Ella describe el comité de Estrellas como una "Hermandad inter-galáctica", y apunta que está:
"...empeñada en traer la unidad planetaria a varias razas sensibles en su esfera de influencia, y llevar a cabo la función equivalente con aquellas formas de vida que no se manifiestan ni como raza ni como planeta. Para el ser humano, como persona planetaria unificada, resulta vital dar comienzo a esta super-gestalt. Como se ha dicho, el ser humano no es realmente nativo de la Tierra, sino que fue "plantado" por el Comité hace mucho tiempo, por medio de manipulaciones en el DNA, realizadas sobre los especímenes raciales de las especies de primates dominantes. Este fue el "sabor" de la fruta del Árbol del Conocimiento del Bien y del Mal.
Pero aquí existió un punto de elección. Un grupo o núcleo de antropoides arquetípicos fue inseminado con consciencia "humana" dándoles la opción de reproducirse o ser estériles. El Comité ha ejercido sobre ellos una cerrada vigilancia desde entonces, interviniendo en nuestra historia por medio de agentes humanos, por los mitos, las leyendas, y por el direccionamiento del Inconsciente Racial o Colectivo en el plano astral, focalizando la secuencia cada vez más sutil de la Corriente Mágicka, hacia el desarrollo de la consciencia individual y, por último, designando como guía a N'Atón para que pueda así completar el trabajo de su propio Conscienciamiento (61)". Andahadna sugiere,sin duda correctamente que: "... una de las razones por las que el trabajo con los Olvidados resulta dificultoso, es la que deriva del 'parentesco racial' con los primates sobre cuyos cromosomas fuimos impresos".
Andahadna no vacila en afirmar que la semilla del ser humano fue "plantada" en este planeta por una Inteligencia extra-terrestre. Yo he sugerido en escritos anteriores, que las enseñanzas relativas a las iniciaciones espirituales del ser humano proceden de la A.'.A.'., a la que yo he identificado como la Estrella de Set, conocida astronómicamente como Sirio. Recordaré sin embargo, que Sirio no es sino el símbolo de un foco de influencia extra-cósmica (62). Este hecho de los orígenes extra terrestres del ser humano es ocultado bajo el nombre de ORISSOR, uno de cuyos números es 810, el número de semen, i.e. semilla. Es también el número de LShPTh, que significa "Ad Labium", "al labio", y de la palabra griega CYPRIS, un nombre de Venus mostrando, en este contexto, la naturaleza sexual del labio o boca, y su doble función, de succión (absorción) y de pronunciación (de la palabra). De manera similar, la palabra Orisha que vale 650 contiene referencias a LShOIRM, o "Daemonibus hirsutis", la velluda deidad cabruna (adorada en Egipto), consagrada a Sirio (63). Las tradiciones Árabes mencionan a estas criaturas y las identifican con una clase de JINN. El autor de "El País inexplorado" (64) comenta lo siguiente:
"...uno recuerda inmediatamente los personajes de algunas leyendas de las Tierras Altas, mitad cabra, mitad mujer... Quienes han visto Platillos Volantes, han informado en ocasiones de entidades de este tipo. Los JINN, estaban también cubiertos de pelo y "afectados por formas animales" (65). Estos pueden ser equivalentes con el "ALMASS", el cazador del desierto de Gobi (66), una versión de cuyo nombre aparece en la invocación a los Grandes Antiguos, en una historia de H.P.Lovecraft. (67). La invocación está basada en un ritual preservado por Eliphas Lévi, donde traduce el nombre como ALMOUSIN (68). El número de ALMASS es 192, que es también el de ZLOPH, o simún, el ponzoñoso viento asociado con el Desierto de Set, conectando así la fórmula con la de LShOIRM. Resulta particularmente interesante la fórmula del canibalismo mágico descrita por Andahadna en un documento titulado "El Banquete de la Colmena" (69), un rito al que Lovecraft alude indirectamente en conexión con la "abominable llanura de Leng" y conlleva una fórmula mágica que envuelve aspectos necrofílicos. Este elemento, sin embargo, no es de aplicación aquí. El festín descrito por Andahadna está compuesto de sustancias "vivientes", los kalas mismos, la miel anteriormente mencionada. Este es el Ritual de la Colmena, siendo la Abeja el emblema de Maat en su avatar aeónico. El sistema endocrino contiene como tal una concentración de kalas que, como observa Andahadna, sólo pueden ser ingeridos con impunidad por los Adeptos. Cuando el éxito les acompaña, el resultado es una acumulación de "prana endocrino" que les ayudará, a su debido tiempo, a colaborar en la Transformación Planetaria (70) , realizando el salto hacia la existencia no-corporal en armonía con el resto del Comité.
Los Adeptos a este rito: "...nutren sus glándulas genitales, así como las adrenales, páncreas, tiroides, pituitaria y pineal. Pero esto sólo sucede cuando los Adeptos involucrados deciden que es el momento de desencarnar (71)". Considerando que el Rito del Escarabajo es coprófago, porque implica la utilización del kala menstrual y algunos otros; el Rito de la Abeja lo es solamente en el sentido de que está implicado con kalas de más allá de la esfera de la Luna y fuera de los círculos del tiempo. Sin embargo hay un aspecto de la necrofilia ritual que es enfáticamente Maatiana y conlleva la imbibición de las fragancias de las flores de la muerte, procedentes de las "swvasinis" que están en el campo de cremación y adopta la forma de un "arroyo de miel", que es sustentado en el vacío por los viajeros mágicos desde los variados mundos y espacios de más allá de Kether (Yuggot). Esos "espacios" no son meramente localizaciones imaginarias, sino regiones actualmente inhabitadas e inhabitables, según es manifestado por Andahadna, la cual, aludiendo a los silfos de Amprodias mencionados en "El Lado oscuro del Edén", relata la siguiente experiencia: "... tengo la costumbre de suspenderme o colgarme en un tipo de vacío donde las oportunidades extrañas se encuentran presentes por sí mismas. Hace unos pocos años me sobresalté al observar que no estaba sola en aquel no-lugar. Aquello no era exactamente un globo, sino una vaina semi-transparente de color marrón claro, con vetas semejantes a venas y un tallo. Observando una forma que se movía dentro de ella me aproximé y vi un ser humano dentro de esa envoltura. Moreno y con una barba bien recortada, vestido de forma parecida a la de las figuras del Renacimiento italiano. Gritaba y golpeaba con sus puños las paredes de la vaina, aunque yo no podía oír sonido alguno. No tenía ni idea de cómo liberarlo y además un vago instinto de conservación me indicaba que no debía intentarlo siquiera. El pareció percibir mi presencia y suplicó que lo liberara, pero yo entre tanto había decidido hacer caso a mi corazonada y no intervenir. Enfocó sus ojos sobre mí y supuse por un instante que yo desaparecería por ellos. Puse un pentragrama de luz alrededor de la vaina, a 90s con respecto a su eje longitudinal, y otros dos a su derecha y a su izquierda. Después lo olvidé todo acerca de ese miserable ser hasta que lo recordé al leer el capítulo de Amprodias en "El Lado Oscuro del Edén". (72) Estas zonas-espaciales son exclusivas de los tipos de entidades que acechan normalmente en los Túneles de Set. Existen varias formas de obtener el acceso a estos túneles, desde la curiosa "tos nerviosa" descrita por George MacDonald en "Lilith", hasta las elaboradas danzas ideadas por Andahadna para obtener la entrada a los Túneles y Senderos. Ella apunta que el trance inducido por la danza en el mago conduce a una disociación de la percepción que puede ser semejante a la fórmula del Vértigo Creativo de Austin Osman Spare. (73)
Cada mago debe descubrir individualmente su propio y peculiar modo de acceso. (74) Este no puede ser inventado artificialmente porque será sugerido directamente desde la subconsciencia debido a los cambios producidos por las estimulaciones nerviosas (75) que engendran la atmósfera necesaria para trabajar creativamente en cualquier esfera. La Ciencia de la estimulación de Rimbaud por la fórmula del "dérèglement de tous les sens" ha sido expuesta anteriormente (76). Crowley y otros intentaron inducir este estado artificialmente, mediante drogas, alcohol y/o "sexo-oscuro". El grado de éxito obtenido por estos medios puede ser evaluado según la calidad de "foraneidad" u "otredad" característica del trabajo producido. Crowley, Spare, Dalí, Tanguy y otros, utilizaron la fórmula con éxito, pero muchos artistas, habiendo inducido también el estado requerido de hipersensibilidad, fallaron en su intento de traer y materializar las influencias que fluían a través de ellos. Cuando este fallo es constante, como desgraciadamente ocurre en muchos casos, se produce un corto-circuito, y la maquinaria psico-física resulta deteriorada, fundida y quemada.
La habilidad mágica depende en gran medida de lo acuática que sea la sensibilidad del mago. Esta habilidad es mayor a veces que la sensibilidad del psíquico o el médium espiritista (que son formas de creatividad pasivas); en el ocultista lo que funciona es más bien la activación hiperestésica en una fase inspirada y oracular, representada en este caso por Sóror Andahadna. Esta artista-sacerdotisa está incrementando sus poderes mágicos considerablemente y sus trabajos artísticos son cada vez más buscados y apreciados en los Estados Unidos. En ella se combinan una comprensión iniciada con una toma de consciencia de la crítica situación mundial existente en nuestros días. Ella desea ocultar su identidad mundana y por eso decidió aparecer en este libro bajo el nombre mágico por el que es conocida en la O.T.O., en relación con esto ella escribió:
"... He considerado sugestivo utilizar el nombre de N'Atón como el autor (77) porque éste no desea aparecer como tal, al menos en términos del Siglo XX. Esto no significa que él sea un futuro chauvinista, sino que desea que la claridad en la distinción de los Aeones se mantenga, a menos de repetir de nuevo el error de Fr. Achad (78), lo que daría por consecuencia que el Trabajo del Aeón de Horus fuera menospreciado por ello. El recomienda que cada uno de nosotros, trabajando en la Corriente Maatiana, nos preparemos plenamente para aceptar la responsabilidad por su manifestación, como individuos y como guías. De otro modo, aquellos cuya consciencia responda a las energías de Maat podrán encontrar difícil, si no imposible, obtener el acceso a ellas por sí mismos. IPSOS abrirá las puertas necesarias, pero los efectos del contacto inicial actúan usualmente como un medio de desorientación". Este pasaje acentúa un punto de gran interés y vital importancia. Yo escribí en "Cultos de las Sombras" que Fr. Achad actuó prematuramente anunciando la llegada del Aeón de Maat (lo cual hizo en 1948), porque no existían signos sobre nuestro planeta de que estuviera emergiendo una Era de Verdad y Justicia. Sin embargo, el trabajo de Andahadna ha hecho posible ver este asunto bajo un prisma diferente, como espero haber mostrado en el presente libro. Es indudable que Achad actuó prematuramente en el tiempo quizá con un exceso de optimismo; pero no es menos cierto que el hecho de que el Aeón de Horus vaya a durar durante el periodo (79) considerado normal, resulta ahora algo más que dudoso. Lo que emerge directamente de los escritos de Andahadna, e indirectamente de los de Achad, es el hecho de que el Trabajo del Aeón de Horus consiste específicamente en pavimentar el camino para el advenimiento de "los Ochenta" (80), con todas las implicaciones que ese número tiene (81) recordando el versículo 46 del capítulo III de AL, donde se augura el supremo abatimiento del ser humano respecto de su situación actual (en el tiempo), al borde literalmente de los "ochenta". Cuarenta y seis es el número de MV, la "Voz del Buitre", siendo interesante observar en esta conexión la correspondencia con Maat de los tres estados del Fuego Primordial o Kundalini en el organismo humano. La Shakti o Sekht, es el Fuego-Fuerza del Centro de la Tierra (82), mientras que como Sekhmet ella es el Sol (León) en el Sur. En el centro lunar, Yesod, ella es Sekhmaut, representada por el buitre, siendo ésta el ave asociada con el "muerto" momificado que simboliza a la Sacerdotisa en trance explorando Amenta (la subconsciencia). En el centro más alto Ella llega a ser Sekhmaat que pronuncia la Palabra de Verdad desde la boca del infierno (83). Esta alusión ya ha sido hecha (84) anteriormente en el sentido de confirmar el significado del simbolismo de la boca, en conexión con el aspecto-Hija de Ma-Ión.
Resumiendo, tenemos aquí tres conceptos mayores que demuestran una conexión entre la Muerte (85), la Boca (Pé), y las energías sexuales de la corriente lunar representadas por Qoph. La fórmula de Amor y Muerte es resumida así mediante la imagen del escorpión necrófago. Ralston Skinner (86) advierte que Escorpio "limita con Libra, los platillos, el grafismo de cuyo signo recuerda una antigua almohada sobre la que se apoyaba toda la parte posterior de la cabeza hasta las orejas para descansar". También "el signo o grafismo de Escorpio representa la vida y la muerte". Libra es el glifo astronómico de Maat, pero dibujado en forma invertida a fin de enfatizar la naturaleza esencialmente venusina de la fórmula, porque ISIS MUTH (Maat o Maut) significa Venus en Libra. Además el sol y la luna están en conjunción en Libra, donde la luna representa a QOPH o KOPH (87) que es la imagen mágica de Ma-Ión. Libra es el signo de la caída, del ocaso del año y, simbólicamente, de la "caída del Gran Equinoccio, donde Hrumachis se elevará y el de la doble-vara ocupará mi Trono y mi lugar" (AL, 111-34). Hrumachis significa "Hijo de (Heru) la Estrella", estrella que yo he identificado(88) como Sirio, Shothis, o Set-AN (Satán). Esta es la Estrella de Isis; además, el nombre de Hrumachis contiene los nombres del Hijo (Heru/Horus) y de la hija (Ma), mostrando así la naturaleza dual de la Doble Corriente y la interrelación del Doble Aeón de Horus y Maat.
Horus como Hrumachis es conocido también como Herakhaty, Señor del Equilibrio (i.e. Señor de Maat), la Balanza del Doble Horizonte representado astronómicamente por los dos equinoccios, de la misma forma que Set es el Señor del Doble Solsticio. Hrumachis está más allá del presente Aeón, como Sirio está más allá del Sol. Como he sugerido en "El Renacimiento Mágico": "... es posible que en este concepto Crowley mostrara un vislumbre del Dios Oculto el cual no podrá por tanto asumir "mi trono y mi lugar" *eventualmente', según está escrito en el Libro de la Ley, pero el que está ya entronizado, ha sido y será para siempre". Y ¿qué haremos con las últimas revelaciones contenidas en las Qábalas de Besqul? "Hay Tronos subterráneos..." Esto no resulta significativo a menos que lo apliquemos a los Túneles de Set y a sus Reyes-Guardianes cuyos tronos están debajo de los Senderos y yacen en el Lado Oscuro del Edén. En nombre de HruMAchis contiene la Estrella-Hija en él, y en su forma de Herakhaty o Señor del Doble Horizonte, es el vehículo de la Doble Corriente de Horus-Maat. Maat, Diosa de Justicia y Verdad (89), es el Sendero del Equilibrio, el "sendero funambulesco" que induce un peculiar vértigo creativo en el que la huella de la precaria red cuelga a través de los abismos del Espacio. Ella es también el Sendero de la Pluma, PEN (en inglés pluma) o Pene, que dibuja los Misterios de Mu sobre el velo del abismo. Ella es también el buitre, el acechador necrófago del suelo ardiente y de la "abominable meseta de Léng". Léng tiene un valor de 88, el número de Khabs, la "Estrella" en el KHU o Poder Mágico. La adoración del KHU hace que la Luz de Aiwass (90) se derrame sobre los adoradores. KHU es la terminación del nombre HORMAKHU que es el Poder Mágico del Hijo (Hor) y de la Hija (Ma) combinados. Su unión es Maat cuya Palabra es Verdad. Ochenta y ocho es también el número de ChSK, la "Oscuridad" a través de la cual la luz (o Verdad) brilla; y de NChL "hirviente" o "ardiente". Esto implica también "la Gloria Secreta", porque 88 es el número de IMAHBI, "para los que me aman" (AL 1-60). Tomando las letras finales de Léng (i.e. NG) como el Sonido Primordial en sí mismo (Aing o Ayin, 70), y añadido a "Le", produce un total de 105 que es el número de TzIH, la "tierra desierta". Esta tierra desierta como la meseta de Léng es la Tierra de Netzach regida por Venus, que la riega con MIMH, sus aguas (también 105) (91). Pero la clave del significado de 105 está en conexión con HPK, que significa "Subvertir", "Cambiar", y este cambio es la muerte que decora el Festín de la Abominación. Finalmente, 105 es la suma de los números del 1 al 14, 14 representa el aspecto sexual de la Shakti (poder), y el número de la Puerta que conduce a los espacios interiores.
El número de Léng como 88, incluye también el simbolismo de la Torre (92)y del Cáliz. El número de la Torre de Pé, 80, es el del Cáliz, "cheth" u 8. La función de Marte en la Torre no simboliza aquí la guerra, sino el derramamiento de la sangre de la "boca" (Pé significa boca) de la sacerdotisa Virgen, implicando la penetración sexual. La sacerdotisa es Virgen porque es inconsciente (93); de aquí el simbolismo de la "muerte" y la aparente contradicción de un "festín mortuorio viviente". El número de Hrumachis como 570 es el de ShOR, la Puerta hacia los espacios internos y las dimensiones de Maat como la Hija, i.e. como la virgen o sacerdotisa en trance. También como 582 Hrumachis es idéntico con el complejo Orissa/Orissor, lo que demuestra la interrelación infinitamente sutil de estos cruces de corrientes mágicas. Andahadna, la Sacerdotisa Virgen de Maat, formuló su Voluntad, que es "El Tao debe fluir; el Lado Diurno y el Lado Oscuro deben unirse en la Consciencia para producir la Síntesis, la Niña, el 'estado-Hija' de Maat". Ella dio inicio a esta Corriente por la publicación del grimorio de los Ritos Maatianos incluidos en y sobre la Esfera de Tiphereth. Estos ritos incluyen el Ritual de Destierro de Maat, la Invocación de Maat con la Pluma y la Llama, el Ritual para contactar con los Olvidados, y la totalidad de la Misa de Maat que pertenece a Netzach y a la zona de poder de Venus. Este último es equilibrado en la Esfera de Hod o zona de poder Mercurial, por el "esquema" para la Danza de las Máscaras en relación con el Doble Árbol, anverso y reverso. El Doble Árbol forma la Cruz Onceava y su reflejo (doble once) en la Doble Vara -11-. Uno de los números de la palabra máscara es 121, u once al cuadrado. Este es el número de la Visión Nocturna e implica el funcionamiento de la Sacerdotisa en el lado Oscuro (del Árbol). Es también el número de HGLGLIM, "de movimientos vertiginosos", sugiriendo la Danza como un vórtice creativo recogiendo como en un embudo los kalas de la Suwasini. También puede significar que 121 (11 x 11) es uno de los números de Satán. Cogiendo la letra final de MASK (Máscara) y el valor de Qoph, se obtiene el número 201 que es el número de AR, la palabra caldea para la Luz, la Luz que es ocultada como un niño en el vientre de su Madre, lo que constituye el talismán (94) perfecto de Maat. La niña (hija) es la manifestación perfecta de la Madre (Maat). Hacia el final de su vida, mientras realizaba el ritual semestral de obtención de la Palabra del Equinoccio, el anillo mágico de Crowley cayó sobre la palabra "manifestación", situada al final del primer capítulo de AL. La fecha exacta es desconocida, pero fue poco después de mi primer encuentro con él en 1944. Así como el huevo de la Visión de Amalantah se rompió naciendo de él el trabajo de Achad, así este oráculo de MAnifestacION parece apuntar directamente hacia Ma-Ión, que está siendo dada a luz actualmente por Soror Andahadna.

NOTAS 

1.- Soror Andahadna en un documento sobre la Doble Corriente.
2.- Andahadna en un documento sobre la Doble Corriente.
3.- Magiack sexual con una Shakti objetiva.
4.- Magiack sexual con una Sombra-Shakti.
5.- Ver "El Segundo Anillo de Poder" (Castañeda).
6.- "Lado Oscuro del Edén".
7.- I.e. la fórmula de Resurgencia Atávica.
8.- Andahadna.
9.- La ruptura de un "top-secret" (alto secreto) reveló el programa de investigación y desarrollo para la obtención de la primera bomba atómica americana. Este programa estaba dirigido por el Dr. Enrico Fermi de la Universidad de Columbia en 1941. El proyecto fue continuado por la Universidad de Chicago en 1942.
10.- Ver los trabajos de H.P. Lovecraft (esta nota es de Andahadna). El canibalismo esotérico implicado en los trabajos de Andahadna, fue inspirado en parte por Lovecraft en conexión con los "abominables ritos" de la Meseta de Léng, en Asia central. Sin embargo hay también ciertas consideraciones que pertenecen al grado VIIIº de la O.T.O., relacionadas con el Kala 18. Ver el esquema en la pag. 205 de "El Lado Oscuro del Edén".
11.- Andahadna en un documento sobre los Olvidados.
12.- Él presidió el "Trabajo Atlante". Ver Cap. 12.
13.- Ver Cap. 12.
14.- Ver "El Lado Oscuro del Edén" Parte II, y un apunte de Soror Andahadna titulado "El Tarot de los Qliphoth" publicado en Mezla n9 12.
15.- Ver "Aleister Crowley y el Dios Oculto".
16.- Este se reproduce en "El Lado Oscuro del Edén".
17.- "Lado Oscuro", pg. 214.
18.-La letra Aleph es atribuida al Atu I, el Loco. El Atu VIII, La Justicia se atribuye la letra Lamed.
19.- O muchos Kalas.
20.- Ver Capítulo 9 supra.
21.- Regente de Libra/lamed.
22.- Saturno está exaltado en Libra.
23.- Ver "El Equinoccio de los Dioses" (Crowley) O.T.O. Londres,1936.
24.- C.f. El espíritu familiar de Austin Osman Spare, Águila Negra, fue un emisario de los Grandes Antiguos. Su retrato aparece en "Renacimiento Mágico".25.- Comunicación privada fechada en 1977.
26.- Se han hecho referencias a este hermano en varias ocasiones como la "Sombra".
27.- Un mago que trabajaba con Andahadna por entonces.
28.- I.e., la dirección del presente autor.
29.- Ver "El Lado Oscuro del Edén".
30.- Arumbah tiene un valor de 364, que es el número de Satán según el "Sepher Sephiroth".
31.- La Gestalt. Ver Cap. 12.
32.- Comunicación privada del 28 de Mayo de 1975.
33.- AL significa "antiguo", "fuerte" y es por tanto un sinónimo de los Grandes Antiguos.
34.- Comentarios del autor subrayados en el texto.
35.- Sepher Sephiroth.
36.- Esta palabra ha sido analizada en los capítulos 10 y 17.
37.- Crowley utilizó este retrato de LAM (71) como portada del libro de Blavatsky "La Voz del Silencio".
38.- Sugiriendo el "siseo oculto" de la creación cósmica.
39.- Liber 777 revisado.
40.- Esta fórmula es una alegoría en muchas de las versiones del "Diluvio" mítico.
41.- I.e. Hoor-paar-Kraat; referido aquí al Universo "B".
42.- Su personalidad mundana en el Universo "A" o Universo conocido.
43.- Al "otro Lado" del Árbol de la Vida.
44.- I.e. Maat.
45.- Ver capítulo 7.
46.- Las energía incontroladas durante el presente Aeón de Horus, mientras Horus asume la forma de un "Dios de Guerra y Venganza" (AL III-3).
47.- Gary Straw y Alien Holub.
48.- Concerniente al Aeón de Maat y a la Corriente Maatiana en general.
49.- La fórmula es utilizada por los Adoradores del Culto de la Culebra Negra, dirigido por Michael Bertiaux, y ha sido explicado el "Cultos de las Sombras".
50.- La letra de la Triple Lengua de Fuego y del Espíritu.
51.- Andahadna tiene aquí sus dudas, porque el Sendero 23 conlleva esencialmente asociaciones "acuáticas".
52.- Ver "Cosmic Trigger" de R.A. Wilson, y el documento de Fr. Teloch "Vignitresology: the web of 23".
53.- Ver capítulo 17.
54.- Esto hace referencia al estado de sueño (swapna) en el estado de vigilia (jagrat).
55.- De materialización/manifestación.
56.- "Mi Universo fue Invadido", J.B.Phillips, 1978.
57.- Stephen Farrow, "Faith, Fancies and Fetich" pg.22.
58.- Ibid. pg. 34.
59.- Tau, adscrita a la tierra y con valor 400.
60.- Es significativo que el número de la Madre (en Qabalah griega) sea 456, que es también el número de HR HMVR, la Montaña de Mirra aludida en los Cantares (IV-6). Es también el número del cifrado misterioso de AL, RPSTOVAL, y de IPSOS, la Palabra del Aeón de Maat.
61.- Comunicación privada de 1977.
62.- Ver capítulo 12.
63.- Ver "El Lado Oscuro del Edén" pg. 118, donde se explica la identidad existente entre cabello y Sirio.
64.- El "Undiscovered Country" por Stephen Jenkins.
65.- Ibid. pg. 178.
66.- Ibid. pg. 179.
67.- "The Case of Charles Dexter Ward".
68.- "Ritual de Magia Trascendental", E. Levi.
69.- "Journal of Ceremonial Magick", Vol. I, 3.
70.- I.e., la "Gestalt racial" en su totalidad.
71.- Comunicación privada de Octubre de 1977.
72.- Comunicación privada de Andahadna de 1977.
73.- Comunicación privada. Un miembro a prueba de la O.T.O. ha logrado un estado de disociación similar por medio de la "caída libre" (paracaidismo con apertura voluntaria retardada) que según él afirma, le indujo a un estado de "vértigo creativo". (Ms. Gail Shelton, comunicación privada de 1978).
74.- "Lado Oscuro del Edén", parte II, donde aparecen varios métodos mágicos de entrada.
75.- Cf. La teoría de Proust sobre la memoria involuntaria o inconsciente, que puede hacerse consciente mediante sensaciones cambiantes. Ver "Time Regained" Vol. 12.
76.- Capítulo 1.
77.- I.e., del "Liber Pennae Praenumbra" y el "Libro de los Olvidados".
78.- Ver "Cultos de las Sombras", cap. 8.
79.- Por un periodo aproximado de dos mil años.
80.- Al 111-46.
81.- 80 = Pé, una Boca; el instrumento mágico mediante el que IPSOS, la Palabra del Aeón, es vibrada.
82.- Malkuth.
83.- I.e., Daath, el Lugar de la Palabra de Poder (sekht) y Verdad (Maat).
84.- Ver capítulo 12.
85.- Daath, el lugar del Cruce.
86.- Citado en la "Doctrina Secreta", Vol III, pg. 156.
87.- El "Ojo de la Hija", Coph-Nia.
88.- Ver "Aleister Crowley y el Dios Oculto".
89.- Ver los trabajos de Gerald Massey para la tipología de las Dos Verdades.
90.- Una referencia directa a la invocación de la Inteligencia trans-cósmica. Ver AL I - 8,9.
91.- La palabra Lujuria tiene también ese valor. En el Tarot, la Lujuria es la fórmula de Babalón, la Mujer Escarlata. Ver Atu XI.
92.- Ver capítulo 14.
93.- Ella está sumergida en un sueño mágico.
94.- El valor de la palabra talismán es también 201.

Apéndice

Una reflexión sobre el Tetragrammaton (I H V H) y su relación con los Aeones. Mientras escribía este libro el autor ha recibido cartas de los lectores de sus libros anteriores, en las cuales se resaltaba que el profundo significado del Tetragrammaton, con especial referencia a la secuencia de los aeones, no había sido aún plenamente clarificado. Ese es pues el propósito de este apéndice. El Tetragrammaton o nombre cuádruple I H V H, oculta la fórmula de la sucesión de los aeones, así como también indica el estado de su evolución. La letra inicial YOD (I) representa al Padre, que es un símbolo de los Grandes Antiguos que introdujeron la Semilla de la consciencia (1) en la Madre, que está representada por la segunda letra de el nombre, i.e. HE (H). HE representa a lo femenino, a la fuente líquida de la vida (i.e. sangre) simbolizada por el Agua. Este Agua es insuflada por el aliento del Hijo, que está representado por la tercera letra del nombre VAU (V). Este es el soplo vivificante del Aire o Espacio que es el "menstruum" de los Antiguos. La fusión de estos principios produce la Manifestación en la Materia, en la Tierra, representada por la Hija o HE (H) final del Tetragrammaton. En términos de la sucesión de los Aeones: Yod simboliza a los Grandes Antiguos que depositaron la Semilla de la Consciencia en este planeta, dando inicio a la Corriente Ofidiana que tuvo su apoteosis en el Aeón de Isis (2). Esto conlleva el Culto a los Inmortales, representado por la Momia en Egipto y por las religiones de muerte y resurrección del Aeón de Osiris, así como por las instituciones patriarcales que no fueron sino el reflejo distorsionado del mortecino recuerdo de los Cultos primitivos a los Grandes Antiguos. El Aeón de Osiris resultó abatido porque sus representantes, situados en posiciones de poder sobre la tierra, cayeron en conflictos unos con otros y abandonaron negligentemente el servicio de los Antiguos, a causa de lo cual estos no mantuvieron por más tiempo el contacto directo con la tierra. Por tanto, cuando retornaron los adecuados alineamientos (3) de las estrellas. Ellas inauguraron el Aeón del Hijo (Har u Horus) que preparó la venganza de su Padre (los Grandes Antiguos) y restauró la Corriente Ofidiana, siendo de esta forma preparado el Sendero para la venida del Aeón de Maat, representada por la Hija. En el Aeón de Maat será efectuada la plena materialización de los Grandes Antiguos sobre la tierra. El materialismo del presente Aeón de Horus resulta así un vislumbre de la "materialización" o plena manifestación sobre la tierra del YOD del Tetragrammaton. Los Cristianos malinterpretaron el Nombre Impronunciable (I H V H) y supusieron que causando una ruptura entre los Grandes Antiguos y la "onda de vida" sobre la tierra, ellos podrían "salvar" a la humanidad e, incidentalmente ¡desde luego!, desvelar totalmente el misterio de nuestro planeta. Para esto interpolaron entre la IH y la VH la Sh del Espíritu, con lo que el nombre llegó a ser IHShVH, Jeheshua o Jesús. Ellos identificaron entonces este nombre con un ser humano específico que, según Gerald Massey ha demostrado concluyentemente, pudo haber sido solamente (en un sentido histórico) Joseph-Ben-Pandira (4). Pero la letra Sh representa la triple lengua de Fuego de los Grandes Antiguos, cuya concentración suprema, Choronzón, exhibe la Triple Llama en el número 333. Este se refleja o "manifiesta" por vía de la Hija (5) con lo que llega a convertirse en 666. Este es el número de la Bestia que es a su vez el Hijo de Tiphón, idéntico por tanto con Set o Satán, el Anti-Cristo. El representante planetario de Set es Saturno, y el representante estelar Sirio, la Estrella de Plata, símbolo de la A. ' .A. ‘ . (Astrum Argentum) y fuente de los kalas o emanaciones de la Gran Hermandad Blanca, el reflejo de la cual sobre la tierra es la Gran Logia Blanca. Crowley estableció contacto con la Gran Hermandad Blanca cuando se identificó a sí mismo con la Bestia 666, y con Set o Shaitán, después de que MacGregor Mathers había fallado en el mismo intento. Mathers alude a los Antiguos estúpida pero acertadamente como los Jefes Secretos y Crowley perpetuó esta designación. Habiendo oficiado como Sumo Sacerdote en la inauguración del Aeón de Horus, Crowley fue incapaz de sacar adelante el Misterio de los Aeones, una incapacidad prevista por el Liber AL. Fue Fr. Achad quien retomó el hilo y, después de él, Frater Aossic y Soror Andahadna. El presente libro es por tanto un intento de trazar y revelar las ramificaciones de los modelos producidos hasta la fecha.

Notas

1.- Fuego o luz; la LVX de los Gnósticos.
2.- Ver "Aleister Crowley y el Dios Oculto".
3.- Indicando el amanecer del Nuevo Aeón.
4.- Ver "El Jesús Histórico y el Cristo Místico" de Gerald Massey.
5.- La HE final del Tetragrammaton.