Samuel Liddell nasceu em 08 de janeiro de 1854 em Hackney, Londres, Inglaterra. Seu pai, William M. Mathers, morreu enquanto Samuel Liddell ainda era um menino. Sua mãe, cujo nome de solteira era Collins, morreu em 1885. Ele frequentou a Bedford Grammar School, e posteriormente foi trabalhar como balconista em Bournemouth, Dorset, antes de se mudar para Londres após a morte de sua mãe.
Sua esposa foi Moina Mathers (née Mina Bergson), irmã do filósofo Henri Bergson.
Estilo de Vida
Mathers era um excêntrico, cujo estilo de vida escolhido era incomum em seu tempo. Ele acrescentou o apelido "MacGregor" alegando uma herança das terras altas (Highlands) escocesas, embora haja pouca evidência de tal em sua formação familiar. Ele era um vegetariano praticante (segundo alguns relatos veganiano), um franco anti-vivisseccionistas, e um não-fumante. Sabe-se que seus principais interesses eram a magia e a teoria da guerra, tanto que seu primeiro livro foi uma tradução de um manual militar francês.
Sociedades Iniciáticas
Mathers foi introduzido à Maçonaria por um vizinho, o alquimista Frederick Holland, tendo sido iniciado na 195º Loja de Hengist em 04 de outubro de 1877. Ele foi alçado a Mestre Maçom em 30 de janeiro de 1878 e em 1882 desligou-se da Maçonaria.
No mesmo ano foi admitido na Faculdade Metropolitana da Societas Rosicruciana in Anglia, bem como em um número de graus marginais maçônicos.
Trabalhando duro para e na SRIA ele foi premiado com um 8º grau honorário em 1886. Ele se tornou Celebrante de Metropolitan College em 1891 e foi nomeado como suplente Junior Mago do SRIA em 1892, na qual ele serviu até 1900. Ele deixou a ordem em 1903, por não ter conseguido devolver o dinheiro que ele havia pego emprestado.
Em 1888 foi um dos co-fundadores da Ordem Hermética da Aurora Dourada. Após a morte de William Robert Woodman, em 1891, Mathers assumiu a liderança da ordem. Depois do cisma em 1900, Mathers formou um grupo chamado Alpha et Omega.
Críticas
Além de muitos apoiadores, ele tinha muitos inimigos e críticos. Um de seus inimigos mais notáveis foi seu velho amigo e discípulo Aleister Crowley, que retratou Mathers como um vilão chamado SRMD em seu romance de 1929 Moonchild.
De acordo com as memórias de Crowley, As Confissões de Aleister Crowley, Mathers tinha o hábito de jogar ostensivamente partidas de xadrez contra vários deuses pagãos. Mathers costumava montar o tabuleiro e sentar-se atrás das peças brancas, com uma cadeira vazia à sua frente. Depois de fazer um movimento para si, Mathers então cerrava seus olhos e fitava a cadeira vazia, à espera de seu adversário para sinalizar um movimento. Mathers então movia uma peça preta em conformidade para em seguida, fazer a sua próxima jogada, e assim por diante. Crowley não registrou quem ganhou.
Morte
Mathers morreu em 05 de novembro ou 20 de novembro, 1918. A maneira de sua morte é desconhecida, sua certidão de óbito não registra nenhuma causa de morte. Violet Firth afirmou que sua morte foi o resultado da gripe espanhola de 1918. Como poucos fatos conhecidos sobre a vida privada de Mathers, a verificação de tais alegações é difícil.
Traduções
Mathers era um poliglota, entre as línguas que ele dominava estavam o inglês, o francês, o latim, o grego, o hebraico, o gaélico e o copta, embora tivesse maior domínio de algumas línguas do que outros.
Suas traduções de livros foram responsáveis por fazer com que um vasto material obscuro e inacessível, passasse a estar amplamente disponível para os não-acadêmicos de países de língua inglesa.
Enquanto que (e provavel justamente) criticadas em relação à qualidade, suas obras exerceram uma influência considerável sobre o desenvolvimento do pensamento esotérico e oculto desde as suas publicações.
Obras
O Livro da Sagrada Magia de Abramelin o Mago
A Cabala Revelada (Kabbalah Unveiled) (1887)
A Chave do Rei Salomão
A Chave Menor de Salomão
Grimório de Armadel