quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O karma familiar (Annie Besant)


Consideremos o karma coletivo de uma família. A família tem uma atmosfera de pensamento que lhe é própria, em cuja coloração entram suas tradições e costumes, o modo de encarar o mundo exterior, seu orgulho pelo passado e seu forte sentido de honra. Todas as formas de pensamento de um membro da família serão influenciadas por essas condições, formadas durante centenas de anos, e delineando, modelando, colorindo os pensamentos, desejos e atividades do indivíduo nela recém-nascido. As tendências que ele apresentar e que conflitem com a tradição da família, serão suprimidas, sem que ele tenha consciência do fato. As “coisas que um homem não deve fazer” não terão atrativo para ele. Ele será elevado para ficar acima das várias tentações, e as sementes do mal que essas tentações po deriam ter revigorado desaparecem, em silêncio, atrofiadas. O karma coletivo da família lhe dará oportunidade de distinção, abrirá caminhos que lhe serão de utilidade, trará vantagens na luta pela vida e lhe garantirá o sucesso. 
Como lhe aconteceu nascer em condições tão favoráveis? Pode tratar-se de vínculo pessoal com alguém que já faz parte da fa mília, pode tratar-se de um serviço prestado em vida anterior ou de um laço de afeição; nesse caso, são aproveitados os resultados dos velhos karmas familiares, em virtude de seu passado coletivo de coragem, capacidade e utilidade de alguns de seus membros, que dei xaram uma herança de consideração social como patrimônio. 
Quando o karma familiar é mau, o indivíduo nela nascido sofre, como se beneficia no primeiro caso, e o karma coletivo prejudica seu bem-estar, da mesma forma que o promove no primeiro caso. 
Em ambos os casos, porém, o indivíduo formou em si próprio, por hábito, características que pedem, para seu exercício integral, o ambiente proporcionado pela família. Entretanto, um forte laço pessoal, ou um serviço incomum, podem, sem isso, levar um homem a uma família da qual ele se beneficiou, dando-lhe, assim, uma oportunidade que ele geralmente não mereceu, mas que obteve por algum ato especial do seu passado. 

Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...