quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Crescemos quando ofertamos (Annie Besant)


Na verdade, neste mundo de leis, onde ação e reação se equivalem, toda ajuda volta a quem a fez, como a bola atirada contra uma parede volta para a mão de quem a atirou. O que damos volta para nós; assim, mesmo por motivos egoísticos, é bom dar, e dar com abundância: “Atira o teu pão à água e irás encontrá-lo depois de muito tempo.” Dar, mesmo por motivos egoísticos, é bom, porque leva a um intercâmbio de sentimentos humanos úteis, pelos quais tanto quem dá como quem recebe cresce e se expande, de modo que o Divino, dentro de cada um, tem oportunidade de se expressar mais amplamente. Mesmo que a doação, de início, seja coisa interesseira, “quem dá aos pobres empresta a Deus” e vê que o que ele deu lhe será novamente pago – ainda assim, aos poucos, o amor invocado fará com que as dádivas futuras sejam espontâneas e isentas de egoísmo. 
Assim, os laços kármicos ligam ego a ego, em longas séries de vidas humanas. 
Todos os laços pessoais, sejam eles de amor ou de ódio, crescem, vindo do passado, e em cada vida fortalecemos os laços que nos ligam aos nossos amigos e garantem nosso retorno juntos, nas vidas que temos pela frente. É assim que formamos uma verdadeira família, independentemente dos laços de sangue, e volta- mos à Terra muitas e muitas vezes, para ligar mais apertadamente os antigos vínculos.