quarta-feira, 5 de setembro de 2018

A luz para um homem bom (Annie Besant)


…que se vê rodeado de condições infelizes. Ele construiu seu caráter e também construiu as circunstâncias da sua vida. Seus bons pensamentos e desejos fizeram dele o que ele é; sua incompetência criou o ambiente dentro do qual ele sofre. Portanto, que ele não se contente em ser bom, mas trate também de que a sua influência em derredor seja benéfica. Então, isso reagirá sobre ele trazendo-lhe um bom ambiente. Por exemplo: uma mãe muito egoísta estraga o filho cedendo, à sua própria custa, a todos os seus caprichos, impedindo-o de dominar suas inclinações egoístas, alimentando sua natureza inferior e deixando que se definhe sua natureza superior. O filho cresce egoísta, sem controle, escravo de seus próprios caprichos e desejos. Traz infelicidade para o seu lar, talvez lhe traga dívidas e vergonha. Essa é a reação criada pela mãe na sua insensatez, e ela terá de suportar as angústias que daí resultarem. 
Um homem egoísta, por outro lado, pode criar para si próprio, no futuro, um ambiente visto como afortunado pelo mundo. Com a esperança de obter um título, ele constrói um hospital, aparelhando-o inteiramente; muitos sofredores ali encontrarão alívio, muitos doentes, prestes a morrer, ali acharão um bálsamo para seu derradeiro instante, muitas crianças serão cuidadas amorosamente para se conservarem sadias. A reação para isso tudo será um ambiente bom e agradável para ele próprio: essa pessoa colherá a safra do bem físico que semeou. Mas seu egoísmo também fez a sua semeadura, e mental e moralmente ele colherá também a sua safra, que será de desapontamento e dor.