Como tema desta noite teremos O colar de Buddha , inspirado no capítulo 13 da Mensagem de Natal 1966-1967 , escrita pelo Mestre Samael. Não somente nos inspiramos nesta obra, mas também em outros livros do Venerável Mestre tiramos as idéias essenciais para esta aula de hoje. Dentre essas outras obras podemos mencionar a Gnose do Século XX , que é a coletânea de mensagens natalinas até o ano de 1962-1963 e também o Supremo Manifesto Gnóstico , publicado em 1962. Como havíamos anunciado anteriormente, abordaremos uma série de temas tendo como base e fundamento o Buddhismo, as idéias gnósticas do Buddhismo ou buddhismo gnóstico.
Queremos com isso destacar e salientar a importância, o valor do trabalho dos veneráveis Buddhas. Temos uma idéia bastante equivocada acerca dos Buddhas; conhecemos apenas o Buddha histórico e aquilo que ele ensinou e hoje em dia se encontra profundamente adulterado.
Mencionamos anteriormente que os textos mais ortodoxos que permaneceram até os dias de hoje encontramos no Buddhismo Theravada, o Buddhismo dos anciãos em que ainda está contido o Buddhismo de Buddha. Pois bem! O que vem a ser o “Colar de Buddha?”
O Colar de Buddha é o mesmo Japamala que os buddhistas do mundo inteiro utilizam para fazer suas orações. Este colar é formado de 108 contas e isso não é por acaso. 108 são as vidas humanas creditadas a cada alma, ou essência, quando alcança esse reino pela primeira vez. Quer dizer que, em tese, temos 108 oportunidades de encarnar, de desenvolver o Buddha íntimo, eventualmente encarnar o Cristo íntimo também.
Quando terminam as 108 oportunidades que nos foram creditadas no início deste ciclo marcado no Colar de Buddha, se não conseguimos encarnar esses princípios dentro de nós ou desenvolvê-los, a alma humana ingressa no ciclo involutivo. Essa involução é um retrocesso, um descer para estados cada vez mais inferiores, cumprindo o arco descendente do caminho evolutivo. Esta alma, finda as 108 oportunidades, retornos, vidas de um ciclo humano, após passar pelo julgamento final, desce, ocupando novamente corpos animais, vegetais, minerais, sucessivamente.
A Gnose ensina que uma pessoa comum e corrente, quando termina o seu ciclo de 108 oportunidades e, ao ingressar na involução, necessita entre 800 e 1000 anos terrestres para se purificar de seus agregados ou eliminar os venenos da sua mente. Os malvados, os perversos necessitam de 8.000 a 80.000 anos para purificar suas mentes. Os tenebrosos, os demônios, os magos negros, os senhores da guerra, necessitam e passam eternidades inteiras na matriz de nosso planeta. Seja como for, sejam 800 anos ou uma eternidade inteira, haverá um momento em que este sofrimento terminará e, ao terminar o tempo da purificação nos mundos inferiores, na matriz purificadora de cada planeta, esta alma, então, livre do seu karma, livre dos seus agregados, dos venenos de sua mente, entra por uma porta lateral lá no fundo profundo do nono circulo infernal. Entra por uma via paralela de evolução e gradativamente ganhará novas formas ou animará formas minerais, depois vegetais, animais e, por fim, ganha novamente um novo ciclo de 108 vidas no reino humano.
Isso convida-nos à reflexão profunda; uma pessoa comum e corrente necessita entre 800 e 1000 anos terrestres para se purificar nos mundos inferiores. Nós, que vivemos na superfície do planeta, podemos fazer essa purificação em 10,15,20 anos se adotarmos uma disciplina esotérica, iniciática, com esta finalidade. Não é preciso ser muito inteligente para perceber que é muito mais vantajoso dedicarmos uns quantos anos de nossa vida atual para purificar nossa mente do que fazê-lo obrigatoriamente, pelas leis da vida, descendo à matriz purificadora do planeta, onde ficaremos de 800 a 1000 anos terrestres, no mínimo.
Esses ciclos de vida, mortes e renascimentos sucedem, acontecem; essa roda existencial gira neste mundo onde percebemos claramente quatro estados de matéria, quatro regiões bastantes distintas umas das outras; referimo-nos ao mundo mineral, celular, molecular e ao mundo eletrônico. O mundo mineral corresponde ao inferno; o celular corresponde à Terra e a vida aqui na superfície do planeta; a vida molecular é o paraíso e o limbo; e, por último, o chamado mundo eletrônico é o céu ou os céus falados pelas distintas religiões e credos, com distintos nomes obviamente, mas todas elas falam da região do paraíso e das regiões celestiais.
Portanto, colocados, feitos estes comentários iniciais, disso sacamos uma conclusão: A morte é a única certeza da vida. Por isso mesmo, isso deveria receber ou merecer de todos nós a prioridade máxima de nossa existência. Porém, não é assim que as coisas acontecem; não nos preocupamos com essas coisas aqui enquanto vivemos. O que mais queremos é curtir a vida, como se diz popularmente, e poucas são as pessoas que efetivamente sentem e alimentam ou ouvem os apelos, as vozes ou as inquietudes íntimas de ordem espiritual e saem à busca das respostas para iluminar esses enigmas que dizem respeito ao ciclo da vida e também da morte.
Se efetivamente nós todos fôssemos pessoas esclarecidas ou inteligentes, trabalharíamos em vida para ter uma boa morte. O que é ter uma boa morte? – Não é como as pessoas comumente entendem; a boa morte significa alcançar a libertação intermediária. Essa liberação intermediária, que sucede ao fenômeno da morte, é um estado de consciência semelhante ao de Buddha, que corresponde ao mundo eletrônico acima mencionado. Seria interessante que todos nós dedicássemos a vida a nos preparar, a buscar, a realizar em nós as condições necessárias para a liberação intermediária. Esta liberação intermediária, por ser uma região de consciência semelhante à dos Buddhas, é uma região de felicidade ilimitada, e ali passaríamos um determinado período num paraíso. Diz-se liberação intermediária porque esta não é a liberação total ainda.
A liberação total somente é conquistada quando se encarna o Cristo íntimo. Até mesmo os Buddhas do Nirvana estão sujeitos aos ciclos de retorno, bem mais largos evidentemente que os nossos, porém uma vez que um Buddha esgote o seu dharma, deve descer a este mundo e sempre que desce, há o risco de cair, entrar no samsara novamente e tardar milhares ou milhões de anos para retomar a seu antigo estado de consciência.
Todos nós sabemos, em Gnose, que na quarta e na quinta dimensões existem paraísos, ilhas, regiões, continentes, reinos, onde todas as criaturas vivem em imensa felicidade. Ali não há enfermidades, doenças, crimes, exploração econômica, enganação e esbulho político de nenhuma espécie. Todos são felizes porque possuem um grau de consciência compatível e por isso mesmo todos sabem qual é o dever sagrado, todos cumprem as leis de harmonia do Universo sem que ninguém lhes esteja apontando toda hora ou fazendo-lhes lembrar o que devem fazer.
Bem longe, aqui, estamos dessa realidade, porque em nosso mundo as coisas funcionam ao contrário. Todos aqueles que em vida se preparam para isso, poderão obter uma liberação intermediária, passar um tempo em férias ou, pelo menos, podiam – antes que os tempos finais se avizinhassem como se avizinharam e estamos vivendo agora.
Como estas palavras são dirigidas à consciência de cada um, obviamente que não esquecerão disso mesmo que passem pela morte segunda; a consciência não esquecerá dessas advertências ou admoestações. Como muito bem diz o Mestre Samael: “bem poucas são as almas que conseguem essa liberação intermediária, bem poucas”, porque efetivamente poucas são as pessoas que se dedicam a viver aqui em nosso mundo de acordo com os preceitos ensinados pelas distintas escolas iniciáticas, pelos distintos avatares e profetas que desceram a este mundo.
Nós, que pouco caso fizemos destes ensinamentos, obviamente estamos sujeitos à lei do karma, que é a única lei, a lei que ajusta sabiamente os efeitos com as causas, encarregando-se então de dar, trazer a cada um, aquilo que efetivamente merece. Isso se aplica tanto aqui e agora, em vida, como também depois dos processos de desencarne ou de liberação ou transição, quando a morte chega.
Quando mencionamos aqui uma liberação intermediária, obviamente que para estas regiões, ilhas ou continentes ou reinos só vão aquelas almas que acumularam um bom dharma, fizeram boas obras em vida. Uma vez que termina esse dharma, esses méritos, obviamente essa alma retorna novamente a uma matriz humana e, ao retornar, gradativamente, nos primeiros anos de vida, passa a receber, incorpora as partes egóicas que estavam no umbral enquanto ela permanecia no paraíso.
Ainda quando o Mestre Samael vivia entre nós, ele dizia, lá nos anos 60, que por esses tempos bem poucas são as almas que ingressam nestes paraísos, porque o ego, através do tempo, complicou-se, robusteceu-se de tal maneira que a alma havia aprisionado-se totalmente nos corpos lunares; havia muito pouca liberdade – e isso foi há quase cinqüentas anos atrás… Imaginem hoje, decorrido todo esse tempo, o grau de complicação que conseguimos desenvolver, criar para nós mesmos; simplesmente tornamos nossa vida um inferno, aqui mesmo na superfície do planeta.
Por estes dias fomos avisados que a Lei divina está trabalhando intensamente, e todas as pessoas que vivem na superfície, já estão sendo julgadas internamente; isso não quer dizer que essas pessoas, que sejam julgadas internamente, desencarnem no momento desse julgamento. São julgadas e sentenciadas e, obviamente, sua consciência, sua essência, já é encaminhada ao Deus Hades ou Plutão nos mundos inferiores, o qual encaminha respectivamente essas almas aos devidos círculos infernais, de acordo com o karma de cada um.
Também fomos avisados e informados que bem poucas são as almas, nestes tempos finais, por estes dias de agora, que estão subindo. A grande maioria, o grosso da humanidade, não tem méritos para subir, nem para receber estes ensinamentos – e vemos por aí, em comunidades que mantemos pela internet, exemplos vivos de quanto as pessoas tornaram-se perversas nesses tempos finais. Obviamente estão dizendo suas últimas palavras, fazendo suas últimas coisas, tomando as últimas iniciativas enquanto ainda vivem sob a forma humana, mas em verdade suas almas ou suas essências já estão desencarnadas; o que permanece aqui na superfície do planeta são as chamadas “casas vazias”; apenas uma personalidade habitada por um demônio, nada mais do que isso, pois essas criaturas já passaram a viver nos mundos inferiores, uma vez que os 108 retornos que lhes cabiam já se venceram ou, ainda que não tenham vencido, suas maldades ou suas obras negativas ultrapassaram os limites; conseqüentemente, já estão sendo julgadas neste momento e descendo aos mundos inferiores, ainda que disso não se dêem conta aqui, uma vez que estão adormecidas.
Aqueles que conhecem a Gnose ou estudam a Gnose desde há tempos, ou pelo menos que se dedicaram a estudar um pouco que seja dessa doutrina, sabem que a auto-realização íntima, o despertar da consciência, encarnar o Buddha íntimo, só é possível mediante uma disciplina muito especifica e também com base em esforços, ações, trabalhos deliberados, voluntários, no sentido de cristalizar em si esses valores búddhicos ou anímicos, espirituais. É obvio que aquele que não trabalha pela salvação de sua alma não vai salvá-la, o normal é que se perca. O que a humanidade desconhece ou, melhor dito, não faz questão de conhecer e de saber, é que cada um é responsável pela salvação de sua alma.
Espalharam pelo mundo que Jesus derramou o seu sangue para nos salvar; então, essas pessoas, ensinadas por falsas religiões, acreditam que uma vez que Jesus morreu na cruz, ou foi assassinado na cruz, o seu sangue lavou todos os pecados, e assim, nós podemos cometer agora toda sorte de delito porque tudo já foi previamente pago.
É estarrecedor alguém se dar conta deste tipo de pensamento; isto é contrariar, literalmente, todas as leis que mantém o universo em andamento. É não entender absolutamente nada, não compreender absolutamente nada do que é a via espiritual.
Portanto, auto-realização, despertar da consciência, salvar a alma é uma questão de trabalho pessoal; é uma decisão muito íntima e pessoal; ninguém é obrigado a fazer isso, mas aqueles que efetivamente estão interessados em fazer este tipo de trabalho, devem dedicar-se diariamente a este propósito porque nenhuma lei mecânica da vida levará qualquer um de nós a morar definitivamente nos paraísos celestes. Dizer o contrário disso, é o embuste, e esta tem sido uma grande mentira que se espalhou pelo mundo nesses últimos milênios, tanto no Ocidente quanto no Oriente, pois tanto aqui quanto lá, as doutrinas salvadoras, ensinadas pelos Buddhas e Cristos, foram adulteradas, e conseqüentemente, hoje sofremos por causa disso. Agora, é claro que a divindade sempre segue enviando ciclicamente novos mensageiros, profetas, avatares, e a humanidade os têm rechaçado, assassinado, sistematicamente. Esta humanidade, todos nós, não estamos livres de nossos erros supostamente alegando que não sabíamos.
Bem verdade que as religiões foram adulteradas, mas também é verdade que a Lei, a divindade sempre mandou seus filhos, seus representantes para atualizar, resgatar, reavivar o entendimento acerca do caminho da salvação ou da auto-realização íntima do próprio Ser ou, simplesmente, o caminho da salvação da própria alma.
Evidentemente, [a salvação] não é um caminho que as multidões adoram. As multidões querem é viver a vida intensamente, aproveitar todos os prazeres que a vida oferece, o conforto, as sensações oferecidas pelo mundo. Logo, quando se fala em caminho da salvação e quando se mostra a responsabilidade de cada um neste processo, elas preferem, então, fugir dessas escolas e seguir, buscar refúgio, em qualquer lugar que não se lhes fale dessas coisas, porque o normal é simplesmente entregar-se aos prazeres da vida e esperar a morte chegar. Aqui mesmo, muitas vezes dissertamos sobre os fatores da revolução da consciência; muitas vezes falamos o que é necessário fazer para salvar a alma, e nos permitimos, resumidamente, revisar o que temos dito desde o inicio deste ano de 2007.
Todos os dias, devemos rogar pela salvação de nossa alma junto à nossa Mãe Divina. Todos os dias 27 de cada mês devemos rogar à Grande Lei pela salvação de nossa alma, renovar os pactos de salvação, negociar nosso karma junto à Lei divina. Todos os dias devemos fazer obras de caridade e viver retamente. Fazer obras de caridade não é, necessariamente, sair por aí comprando alimentos, dando esmolas pelas ruas e esquinas de nossa cidade; faz-se muita caridade simplesmente vivendo a conduta reta, orando, fazendo cadeias de orações em favor daqueles que sofrem, colaborando com o trabalho dos Buddhas que fazem isso dia e noite no Nirvana para o beneficio daqueles que sofrem.
Podemos seguir o exemplo dos Buddhas e fazer a mesma coisa aqui e agora uma ou duas horas por dia. Esse tempo deve ser retirado de nossas atividades profissionais, de nossos compromissos sociais e familiares, para dedicá-lo à questão prioritária de nossa vida; ou pelo menos assim deveria ser, que é salvar a nossa própria alma. Porém, a auto-realização [a salvação de nossa alma] é a ultima coisa que as pessoas querem na vida; encarnar o Buddha íntimo é uma das últimas prioridades da vida – e até mesmo entre aqueles que sentem o anelo, que saem à busca e têm as inquietudes – quando se deparam com o trabalho prático e concreto, acabam mudando de idéia e desistindo de seguir por esse caminho; preferem voltar a se deixar levar pela correnteza da vida.
Bem verdade que há milhares de pessoas que, aparentemente, querem a auto-realização, buscam-na, filiam-se às distintas escolas que hoje existem pelo mundo. Porém, logo vêem que a disciplina para encarnar o Buddha íntimo ou para despertar Kundalini, para purificar a mente, é uma questão de trabalho prático e concreto diário, a vida inteira, e com isso, caem desanimados, desistem de seguir por este caminho. São pessoas que não têm vontade; são mariposeadores; hoje estão numa escola, amanhã estão em outra; hoje compram um livro, amanhã outro. São pessoas que alimentam suas mentes com todo tipo de teoria, e com isso vão levando a vida, como se encher a cabeça de livros fosse iluminar a mente e se tornar um Buddha. Bem distante está a realidade dessa concepção imaginária.
Por isso, este símbolo do japamala, que é o Colar de Buddha, com suas 108 contas, convida-nos à reflexão… A divindade concede-nos 108 vidas, oportunidades, para trabalhar, para alcançarmos à liberação final; porém, na vida prática, acabamos consumindo as 108 oportunidades em prazeres e complicações com a Lei Divina; afastamo-nos do dever reto, do cumprimento do dever sagrado e preferimos as sensações fisiológicas proporcionadas pelos cinco sentidos de que somos dotados.
Aqui também, neste canal, muitas vezes, mencionamos como parte da disciplina, para avançar neste caminho, três modalidades de trabalho esotérico e espiritual. Queremos nos referir à questão do Karma Yoga , do Bhakti Yoga e também podemos subdividir, ainda, em Jnana ou Jhanna Yoga. O que vem a ser isso?
Há conferências especificas sobre cada um desses temas em nosso site. O Karma Yoga , nas palavras do próprio Mestre Samael, nada mais é do que “o caminho da ação reta”. O Jnana Yoga é caminho da mente, da meditação e o Bhakti Yoga é o caminho da devoção.
Com o Karma Yoga aprendemos a viver retamente e, com isso, colhemos muito dharma, muito prêmio, muitos méritos do coração, mas é evidente que o Karma Yoga, em si mesmo, não fabrica, não forja os corpos solares. A mesma coisa para aqueles que optam pelo caminho da meditação; fazer meditação é muito importante para despertar a consciência e também para purificar a mente, porém, só isso não nos dá os corpos solares, os corpos de ouro que necessitamos para alcançar a liberação final. Aplica-se o mesmo critério ao Bhakti Yoga, que é o caminho devocional. Por meio das práticas do Bhakti Yoga podemos alcançar, inclusive, o êxtase, o samadhi; podemos ter a visão desses paraísos celestiais, porém, por mais agradáveis, lindos, inesquecíveis, extasiantes realmente sejam estas experiências, na realidade, só o Bhakti Yoga em si, não produz, não gera os corpos solares.
Porém, aqueles que, alguma vez em algum passado remoto, tenham criado seus copos solares, obviamente que a disciplina da mente, do caminho devocional e da ação reta, são muitos importantes e poderão mesmo levar à total purificação e até mesmo à encarnação de seu Buddha íntimo. O Buddha Íntimo pode expressar-se, tomar posse de uma alma, de uma pessoa, de uma criatura que tenha construído previamente seus corpos solares e que tenha sua mente e seus centros perfeitamente limpos.
Como vivemos num mundo em que existem milhares de bodhisattwas, de Buddhas caídos, muitos, inclusive, possuem os corpos de ouro porque o fabricaram em idades antigas, mas disso não se dão conta no presente momento. Se essas pessoas, nessas condições, se dedicarem a trabalhar intensamente sobre si mesmos, passando a viver reta conduta, praticando a via devocional, a disciplina da mente e da meditação, poderão efetivamente receber o seu Buddha Íntimo, ainda que vivam uma vida celibatária, não sejam casados ou não tenham parceiro ou parceira. [Ver capítulo 6 do livro Rosa Ígnea – De Samael Aun Weor]
Oxalá eu consiga expressar-me com exatidão, apresentando isso desta forma como acabamos de mostrar, para que não se criem confusões. As pessoas que não têm corpos solares, obrigatoriamente terão que fabricar esses corpos primeiro, para depois encarnarem o seu Buddha Íntimo. Mas aqueles que, alguma vez, criaram seus corpos solares, mediante essas disciplinas do Karma Yoga, do Jnana Yoga e do Bhakti Yoga, poderão encarnar o seu Buddha Íntimo, desde que limpem profundamente seus centros, sua mente, seu kárdias, seus chakras, porque é obvio que se não temos a limpeza profunda ou a purificação necessária, não poderemos encarná-Lo ou expressá-Lo. Oxalá tenhamos sido claros e objetivos ao assim nos expressarmos porque por aí se fala muito, há um axioma popular inclusive, muito conhecido, que diz o seguinte” “todos os caminhos levam a Deus”. Mas nós nos permitimos perguntar: Será?
Por que o Inferno está abarrotado de almas extraviadas… Então, como se pode dizer que todos os caminhos levam a Deus? Há algo aí que precisa ser compreendido, analisado profundamente; o próprio Grande Rabi Jesus, que encarnou o Cristo, dizia que é necessário entrar pela porta estreita; porque a porta larga, o caminho espaçoso, florido, é o caminho que leva à perdição. Isso de dizer que todos os caminhos levam a Deus – e assim justificar suas escolhas pessoais – parece-me um ato típico de Pilatos, que não assume a responsabilidade por sua decisão e lava suas mãos diante do povo, da turba, da população, como se com isso o eximisse da sua responsabilidade ou da sua isenção de assumir a responsabilidade pela salvação de sua alma.
Portanto, vamos meditar profundamente sobre isso que repetimos mecanicamente: “ah! sim, todos os caminhos levam a Deus! “. Se todos os caminhos levassem a Deus não haveria escolas de magia negra e, no entanto, existem. Existem falsas religiões, falsos Mestres, falsos profetas, falsos Cristos por aí, especialmente agora, nestes tempos finais. Então, toda cautela é mais do que necessária porque os tenebrosos são mestres na oratória; são mestres em falar de paz, amor, bondade, justiça – e seduzem, com esses discursos, as almas ingênuas ou incautas e, gradativamente, sem que percebam, vão sendo escravizadas e dominadas. Depois, muito difícil é liberarmo-nos deste tipo de pensamento ou escola.
Uma das maiores mentiras que se cristalizou, espalhou-se por esse mundo, é justamente essa de que “todos os caminhos levam a Deus” ; é uma mentira universal porque a Deus só há um caminho; para encarnar a alma só há um caminho; para encarnar o Buddha Íntimo só há uma maneira, e isso tudo foi amplamente ensinado ao longo dos milênios da história humana.Porém, o que fazemos, é acomodar essas doutrinas aos nossos próprios entendimentos e interesses; não assumimos nossa responsabilidade, nossa participação no processo de salvação da alma.
Isso precisa ser dito; para isso devemos despertar ou acordar porque, do contrário, o tempo passa e os últimos dias que nos restam neste planeta alcançar-nos-ão sem que tenhamos feito algo concreto a nosso próprio favor. Ainda quando o Mestre Samael vivia entre nós, há 40 ou 50 anos atrás, ele já advertia, escrevia, ensinava, alertava: “estamos lutando para lançar uma tábua de salvação ao náufrago”. Assim dizia o Mestre. Estamos tentando jogar uma tábua de salvação aos que estão afogados ou se afogando.
Não importa que as pessoas nos critiquem ou nos insultem; não importa que as pessoas falem mal de nós. Assumimos este compromisso de servir à Causa; o importante é salvar aqueles que desejam ser salvos; quanto aos demais, nas palavras duras do Mestre Samael, “o diabo que as carregue”, porque quando se fala em salvação da própria alma, cada qual é responsável por fazer a sua parte.
Portanto, o propósito da Gnose como doutrina, neste início da Era de Aquário, é formar Buddhas, levar pessoas a encarnar o Cristo Íntimo. No Nirvana, neste momento, existem milhares de Buddhas, mas que, mesmo possuindo grandes perfeições de alma, não encarnaram o Cristo Íntimo, não se lançaram nenhuma vez, na história de suas vidas anteriores, pelo caminho da Iniciação Venusta – a Iniciação que nos permite encarnar o Cristo Íntimo. Entretanto, neste momento atual, nestes anos finais, nosso foco agora é tratar de purificarmo-nos; purificar nossa mente, buscar encarnar e formar em nós o Buddha Íntimo – e para isso o que é exigido de nós? – Simplesmente uma rebeldia bem encausada, pessoas capazes (homens ou mulheres) capazes de dissolver o eu psicológico e cristalizar as virtudes de sua alma, porque somente um homem e uma mulher capazes de renunciar eternamente aos prazeres sensoriais é que podem despertar o fogo interior e criar, gerar, as condições necessárias para encarnar sua alma e seu espírito.
Bem poucos, portanto, são esses rebeldes bem encausados que se lançam no caminho para encontrar, ir em busca do seu Buddha Íntimo e, quem sabe, mais adiante, em outra oportunidade, na Era de Ouro de Aquário, possam descer a este mundo em melhores condições e, aí sim, então, lançarem-se pelo caminho da Iniciação Venusta.
Toda pessoa determinada, aqueles que efetivamente não estão felizes com seu atual estado de vida, seu atual estado interior, podem converter-se em Buddhas, purificarem-se, encarnarem os princípios de seu Buddha se, anteriormente, já criaram os corpos solares; ou podem, então, purificar sua mente, seus centros para que na Idade de Ouro possam ter as condições adequadas para fazê-lo. Porém, mais uma vez lembramos: aqueles que, nestes momentos, nesses últimos dias, não rogarem à sua Mãe Divina diariamente pela salvação de sua alma, para que Ela mostre o que deve ser feito, para que tenham a inspiração e despertem suas consciências, e não tomarem a sério esse processo, esse trabalho, essa tarefa de cristalizar esses valores de alma, obviamente seguirão o destino do grosso desta humanidade. Em oportunidades anteriores já mencionamos que parte descerá ao abismo, aos mundos infernais do planeta Terra, uma parte menor ficará no Limbo aguardando a futura Idade de Capricórnio e muitos outros irão para esse planeta tenebroso, negro, que está se aproximando, que no meio gnóstico mundial é reconhecido como Hercólubus.
Acreditamos que não há mais necessidade de repetir o porquê de uma pessoa comum e corrente não poder encarnar nem o seu Buddha Íntimo, quanto mais o seu Cristo Íntimo. A energia de um Buddha é tão poderosa, tão intensa, tão forte, que literalmente desencarnaria a pessoa se isso hipoteticamente ocorresse. Então, o animal intelectual que somos todos nós, tomados genericamente, a humanidade atual, não tem condições de encarnar o seu Buddha Íntimo. Os bodhisattwas sim, se purificarem-se poderão encarná-Lo; agora, aqueles que nunca criaram os corpos de ouro, evidentemente não poderão receber esse dom, este presente dos Deuses, por assim dizer. Por isso que esta Gnose, trazida pelo Mestre Samael, a partir dos anos 50, aqui nos países da América do Sul, está totalmente fundamentada nos melhores valores do Cristianismo iniciático como também está formado pelo melhor do Buddhismo iniciático.
Esse Buddhismo iniciático é bastante inacessível ou quase que totalmente inacessível nos tempos modernos. Secretamente, em algumas escolas, ensina-se a doutrina da alquimia, que é parte do Buddhismo de Buddha ou da escola Theravada, que é a doutrina dos anciãos. Bem verdade que essa escola aqui, publicamente, não ensina isso, e também é muito provável que, muitos dos seus representantes, também desconheçam esse assunto, mas, sem dúvida nenhuma, os verdadeiros Mestres do Buddhismo do Buddha, conhecem esse ensinamento, pois são os próprios Buddhas que nos revelam tais asseverações; então, bem vale a pena estudarmos, nos dedicarmos a estudar, compreender, a doutrina original do Senhor Buddha, porque ali estão contidos todos os elementos que nos permitem purificar, dominar, iluminar a mente, e na parte mais secreta, na parte mais reservada, também é ensinado o segredo do Grande Arcano, mas que coube à Gnose do Mestre Samael, divulgar publicamente.
Esta Gnose, como todos nós sabemos, é integrada por três fatores específicos de revolução da consciência que já sabemos quais são: morrer, nascer e sacrificar-se em favor da humanidade doente, e sobre isso, há muitas outras aulas e conferências que estão gravadas e disponíveis em nosso site, e não vemos necessidade de repetir-nos aqui e agora.
Até aqui nossas palavras desta noite; ficamos agora à disposição para os eventuais e naturais complementos ou questionamentos que queiram apresentar.
Perguntas
P: Como podemos saber se já esgotamos as 108 vidas?
R: A única maneira de sabermos isso é por revelação direta, percepção direta ou por meio da revelação de um Mestre. Regra geral: todos nós estamos nos últimos retornos, portanto é bom, aconselhável, não adiarmos o inicio do trabalho. Essas 108 vidas são creditadas a todos os seres humanos em todos os planetas, porém como vivemos no planeta Terra, obviamente estamos focando apenas a nossa vida aqui neste planeta, porque isto é uma lei universal, que segue certos princípios ocultos que se escondem através do 1, do 0 e do 8, mas que não vamos aprofundar aqui agora.
P: Quais tipos de pessoas foram julgadas ou estão sendo julgadas e condenadas com o corpo físico ainda vivo?
R: De um modo geral, todos nós, começando dos mais perversos, aqueles que têm karma mais pesado; mas como regra geral, a humanidade inteira. Se não é exagero afirmamos algo mais concreto, cada qual deve observar atentamente a data do seu aniversário, porque é no aniversário que se fecham os ciclos de cada um, portanto, às vezes, no aniversário de determinada pessoa é quando ocorre esse julgamento. É óbvio que as pessoas aqui na superfície, de consciência adormecida, não saberão disso, aqueles que têm alguma facilidade de lembrar-se de sonhos, no dia seguinte, ao acordar, lembrar-se-ão vagamente de que viveram um pesadelo durante a noite, e que foram levados a um determinado local, onde aconteceu julgamento e elas foram condenadas, foram deportadas, aprisionadas, e isso é um pesadelo. E elas se sentem aliviadas quando acordam na cama e dizem para si mesmo “ufa! Que pesadelo, que sonho horrível tive essa noite”, porém não foi só um sonho não; foi real e concreto; ali houve a separação da alma ou da consciência do corpo.
Claro que a personalidade e os egos receberam essa informação através da memória, nada mais do que isso, e ficarão com essa memória cumprindo os últimos dias aqui na superfície do planeta. Estamos afirmando muito claramente isso e sei que seremos ridicularizados por aí em muitos lugares, mas não nos importa; vamos cumprir com o dever sagrado. A nós importa apenas algumas poucas pessoas aqui em nosso país que poderão ser tocadas com essas palavras. Então, se conseguirmos acordar uma, duas, três ou quatro pessoas que sejam, para a realidade do momento presente, desses últimos anos dessa civilização humana especificamente, já terá valido a pena. Sem dúvida nenhuma, a Lei Divina alegrar-se-á com isso, porque o objetivo da Lei não é mandar ninguém para o abismo, para o Inferno.
Os Deuses estão aí para servir à humanidade; os Mestres, os Avatares que descem a este mundo, não vêm para condenar, atacar ou criticar ninguém; eles vêm para apontar alternativas e caminhos, porém, nós nunca soubemos entender corretamente ou retamente o ensinamento sagrado dado por esses enviados do alto ou da Lei. Sempre os recebemos mal, criticamos, condenamos, desprezamos; então, uns anos a mais ou a menos que se riam dessas coisas, não vai alterar o quadro que estamos atravessando. Portanto, para aqueles que lêem essas palavras, se isso tudo pode significar alguma coisa, acordem, despertem, dêem-se conta! Ainda existe tempo para mudar nosso destino [2007], ainda existe tempo para as almas sinceras reverterem a tendência da sua vida; libertem-se de muitos compromissos fúteis e vazios, sociais, familiares, culturais que não servem para absolutamente nada, em termos espirituais, é claro; abandonem isso, renunciem a isso, dediquem mais tempo para si mesmos, comecem a praticar meditação, façam suas orações diárias a Mãe Divina pedindo Iluminação para verem diretamente, não porque estamos dizendo essas coisas, mas para que vejam diretamente, ainda que em forma de sonhos, o que devem fazer. Aproveitem esses dias, pratiquem com dedicação, com sinceridade, entrega, confiem na Divindade.
A Divindade, os Mestres, a Loja Branca não é formada por tiranos; todos eles são Senhores do Amor Consciente; todos eles estão interessados em aliviar os sofrimentos das pessoas, de todos nós, porém todos, sem exceção, estamos sujeitos à Lei; isso é o que nem sempre é adequadamente compreendido e aí acabamos revoltando-nos. Deus não é injusto, vingativo; dá total liberdade de decidirmos e pautarmos nossa vida como nós decidirmos. É claro que de todos e de cada um de nossos atos teremos de prestar contas, isso não pode ser esquecido.
P: Nestes tempos finais devemos levar estes conhecimentos às pessoas a nossa volta, mesmo com a probabilidade deles apenas verem piada nisso?
R: Não cometa esse erro elementar; “não dê pérolas aos porcos” já dizia Jesus. Não perca seu tempo pregando o evangelho nos prostíbulos porque não é ali o local de levar o ensinamento; pregue este ensinamento com tua conduta e aqueles que te procurarem, dê, através de palavras simples, um caminho, um sinal, empreste um livro, oriente sobre buscar algum texto; em nosso site existe esse material todo à disposição ou simplesmente motive-o a seguir o exemplo dos Buddhas, se é uma pessoa que tem problema com o catolicismo, com o cristianismo. A salvação não está só na Gnose, dentro de uma escola gnóstica, de um teto gnóstico, não! A salvação foi dada ao longo de milhões de anos de distintas formas; o que nos falta é cumprir tão somente com aquilo que nos foi ensinado em épocas anteriores, nada mais do que isso.
É claro que a grande aula, a grande cátedra que podemos passar a nossos amigos, familiares, semelhantes, é a conduta diária como muitas vezes enfatizamos aqui. É a conduta que mostra mais do que no discurso aquilo que deve ser feito. Bem verdade que as pessoas, a humanidade, não sabe mais hoje reconhecer conduta reta; aqueles que viveram no tempo de Jesus, muitos daqueles diziam que ele era um agitador; por conseguinte, era uma pessoa que não tinha conduta reta.
Os inimigos da Gnose, os inimigos do último avatar, sem dúvida nenhuma dizem que a conduta de Samael não era reta; aqueles religiosos que o perseguiram de morte nos anos 50 em sua terra natal, em seu país, certamente não pensavam que ele tinha conduta reta. Porque conduta reta, para esta humanidade doente, é ir ao boteco “encher a cara” ou é “pular a cerca” e viver segundo as normas do mundo “enchendo a cara” de cerveja enquanto vê o seu time jogar pela televisão ou no próprio estádio. Isso é ter uma vida reta para esta humanidade; e nós aqui, obviamente, estamos falando de algo que vai contra tudo isso.
P: Nosso Mestre em astral pode nos auxiliar no julgamento junto aos Senhores do Karma?
R: Primeira coisa, como é que você sabe que é um Mestre? As pessoas hoje, mesmo dentro da Gnose, são enganadas por egrégoras, tulpas, fantasmas, cascões, demônios, que se apresentam na forma de um Mestre; de que Mestre estamos falando aqui? Teríamos quee ter discernimento suficiente para saber se é um Mestre; essa é a primeira condição. Porque, como dissemos, os lucíferes, os magos negros, são mestres do disfarce; quando alguém se apresenta diante de nós no astral dizendo-se um Mestre, faça uma conjuração, especialmente aquela Conjuração de Júpiter, e aí então veja se ele reage e saberá se é um Mestre verdadeiro ou disfarçado. Depois, evidentemente, nenhum Mestre verdadeiro irá fazer o trabalho por nós; se não fizermos nossa parte aqui e agora no concreto, vivendo a doutrina dos Buddhas, vivendo os princípios gnósticos, é obvio que nada será feito. Os Senhores da Lei não medem intenções; medem, como já afirmamos aqui inúmeras vezes, nossa coluna vertebral, e é a partir da coluna que podemos visualizar, ver, perceber o brilho e as cores predominantes de nossa aura; é assim que se julga objetivamente uma pessoa, não por critérios subjetivos ou por impressões sensoriais, como acabamos fazendo aqui em nosso mundo. Isso é o que precisa ser entendido definitivamente e oxalá seja!