segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Gnose:Onde Começa o Trabalho Espiritual


Em Gnose se diz que o primeiro grande passo é o despertar da consciência. Isso equivale ao estado de iluminação . Se alguém está determinado a alcançar a iluminação, qual é o método mais eficaz a ser praticado?

Para muitos buddhistas, o método mais importante ou eficaz para obter ou alcançar a iluminação, é contemplar a mente. A mente é a raiz da qual todas as coisas nascem. Se você puder entender a mente, tudo o mais está incluído. É como a raiz de uma árvore: todas as frutas, flores, galhos e folhas de uma árvore dependem da raiz. Se você alimentar a raiz da árvore, ela cresce e se desenvolve. Mas, se você cortar a raiz da árvore, ela morre.

Aqueles que entendem ou descobrem a natureza e o funcionamento da mente, alcançam a iluminação com esforço mínimo. Isso é importante! Mas, aqueles que não entendem ou desconhecem a natureza da mente e seu funcionamento, praticam em vão. Isso também é importante: dar-se conta disso – porque todas as coisas boas e más vêm da própria mente [em certo sentido, claro].

– Como contemplar a mente? Como conhecer a mente? Como estudar ou investigar a própria mente? Devemos agir, fazer e proceder da mesma forma como faz um cientista que passa anos e anos estudando, por exemplo, os hábitos e comportamento dos macacos na África. São pacientes trabalhos anônimos de observação direta, oculta, disfarçada, na floresta, sem que ele julgue, critique, interfira ou queira fazer parte do grupo de macacos que está a observar e a estudar.

Ele apenas observa e anota tudo o que vê, tudo o que fazem; observa o comportamento dos macacos e, depois de muitos anos de perfeita observação, e cadernos de anotações diárias, este estudioso-cientista pode começar a tirar algumas conclusões concretas; não antes disso.

Quando alguém penetra profundamente na sabedoria perfeita, sabe que os quatro elementos e as cinco trevas são destituídas de natureza própria. O que quer dizer isso? Os quatro elementos na natureza todos nós já conhecemos. As cinco trevas é uma expressão bastante conhecida e utilizada dentro do Buddhismo; significa os cinco sentidos.

Esses quatro elementos, que formam a natureza, mais as cinco trevas ou os cinco sentidos, são destituídos de uma natureza própria, assim diz o Buddhismo. Em Gnose sabemos que os quatro elementos possuem composições específicas, mas isso não é o tema dessa noite.

Aquele que penetra profundamente na “sabedoria perfeita”, percebe que a atividade da sua mente tem dois aspectos: puro e impuro.

Por sua verdadeira natureza, esses dois estados mentais estão sempre presentes durante todos os momentos de nossa vida; se alternam como causa ou efeito, dependendo das condições.

A mente pura se compraz, se alegra, se dedica, vive refugiada sempre em bons e nobres pensamentos e atos. Já a mente impura, vive sempre identificada, voltada, pensando sempre no mal, nas coisas negativas ou nisso que chamamos de mal.

A advertência que nos fazem os Buddhas é que aqueles que não são afetados pela impureza, são sábios – porque aprenderam a se desligar dessas cinco trevas; aprenderam a governar sua mente; não permitem que sua mente seja batida, atropelada ou conduzida pelos sentidos.

Portanto, resumindo, esses que aprenderam a manter sua mente voltada ou focada nisso que denominamos de reto pensar, nessa condição poderão transcender o sofrimento e experimentar a felicidade do Nirvana. Já os demais, a humanidade inteira, as pessoas comuns e correntes, que não são adeptas desses estudos, que nem remotamente suspeitam do que é a vida, os processos da vida e da natureza, esses são enganados pela mente impura e acabam enredados no seu próprio karma – karma esse formado pelo mau uso da sua mente. Esses se deixam levar através dos três reinos existenciais e sofrem inúmeras aflições e tudo porque suas mentes impuras obscurecem a consciência.

Existem um Sutra, chamado o Sutra das dez etapas , que diz o seguinte em uma determinada passagem que transcrevemos aqui: “No corpo dos mortais está contida a natureza indestrutível do Buddha, a consciência cósmica. Portanto, como um sol, sua luz preenche o espaço sem fim, mas, se esta consciência fica ocultada pelas nuvens escuras das cinco trevas, os cinco sentidos, é como colocar a luz dentro de um jarro; colocar uma vela dentro de um jarro não irradia nenhuma luz para nenhuma direção; ilumina apenas o próprio interior do jarro”.

Isso merece profundas reflexões! O que são as nuvens? Sabemos que em simbologia gnóstica as nuvens representam os pensamentos; nuvens escuras nem é preciso enfatizar que classe de pensamentos representam.

Outro ensinamento do Senhor Buddha, contido no Sutra do Nirvana , diz: “Todos os mortais têm a natureza de Buddha, mas essa natureza está coberta pela escuridão, da qual não podem esquecer”.

Lembrando, a natureza de Buddha é a consciência. Estar consciente e fazer os outros conscientes, é o trabalho dos Buddhas.

Perceber a consciência é liberar-se. Quando alguém se conscientiza da própria consciência se libera. Hoje somos inconscientes da consciência, incrível não? Portanto, meus amigos, tudo que é “bom” tem a consciência por raiz. O termo “bom”, aqui, entenda como “reto”, “correto”. É desta raiz da consciência que cresce a árvore de todas as virtudes e o fruto do Nirvana.

Portanto, contemplar a própria mente, é entender tudo isso, é compreender tudo isso, é saber que assim é. Por outro lado, o oposto disso tudo, é ignorância. Qual vem a ser a raiz da ignorância?

A mente ignorante, a mente que está atrelada às imagens de ilusões da vida, com suas infinitas aflições, paixões, mágoas, esta mente é ou está enraizada nos três venenos.

O Buddhismo enfatiza muito esses três venenos . O primeiro é a cobiça , que traduzimos como desejos . Tudo que é desejo é pertinente à cobiça. Um dos sete pecados capitais é a cobiça; entendamos que a cobiça é formada por desejos, por milhares de desejos que estão amarrados aos cinco sentidos, às cinco trevas.

O segundo veneno, enfatizado pelo Buddhismo, é a raiva , que nós, em Gnose, traduzimos como ira . Como nasce e se forma a ira? A ira é decorrente das frustrações de desejos não atendidos ou correspondidos.

Por fim, o terceiro veneno: a ilusão. A ilusão nada mais é do que aquilo que a mente imagina que é, porém que não é; traduzimos isso como fantasias, elucubrações, projeções, imagens mentais. Isso é ilusão.

Portanto, esses três estados venenosos da mente, por si mesmos, incluem, se não todos, a maioria dos males. Esses três venenos são como árvores que têm um único tronco, mas inúmeros galhos e folhas. Cada veneno desses produz tantos males quanto folhas de uma árvore ou de um galho.

Esses venenos estão presentes em nossos seis órgãos. Os seis órgãos se referem aos cinco sentidos mais a mente. A mente é vista no Buddhismo como um sentido a mais e esse conjunto é denominado de os seis órgãos dos sentidos que são conhecidos ou denominados como seis tipos de ladrões – e realmente é isso. Porque os cinco sentidos mais a mente são os ladrões, os saqueadores de nossa atenção e consciência. Eles são também chamados de ladrões porque entram e saem pelos portais dos sentidos; cobiçam possessões sem limites; possuem desejos ilimitados; são eles que se enredam e nos enredam no mal ou naquilo que não é reto, e mascaram, se ocultam fugindo, se apresentando com uma identidade falsa, mascaram a sua verdadeira identidade.

Aprendemos que os cinco sentidos representam tudo que é importante para o ser humano; não nos é ensinado a usar a visão, o ouvido, o tato e os demais sentidos retamente. E como não nos ensinam o uso reto e correto desses cinco sentidos, são esses cinco sentidos que vão alimentar e também formar novos elementos psicológicos.

Conhecemos, dentro da Gnose, o famoso “eu olhador” – aquele eu que está sempre olhando o sexo oposto, não com pureza, mas com desejo e luxúria. Luxúria é tudo aquilo que excede a própria natureza ou necessidade ou aquilo que é natural. Olhamos a pessoa do sexo oposto com luxúria mascarada, disfarçada.

Quando nós emprestamos, ou usamos nossos ouvidos não retamente, vamos ouvir piadas, brincadeiras de mau gosto, expressões de dez sentidos diferentes. Já perceberam que o que se chama hoje de humor, humorismo, são justamente os meios adulteradores do verbo? Os humoristas que fazem outros rir com essas piadas, que não têm graça nenhuma, porque simplesmente mascaram, deturpam, especialmente o sexo; aí há um abuso do verbo do contador de histórias e do ouvido de quem se presta a apoiar [ouvir] esses adulteradores, esses que fazem mau uso do verbo.

Assim poderemos enumerar todos e cada um dos cinco sentidos que são utilizados de maneira não reta. Tudo que é não reto gera karma, sofrimento, nos aprisiona no sansara. Portanto, temos que começar o trabalho disciplinando nossos cinco sentidos, compreendendo como os cinco sentidos são usados de maneira incorreta.

– Por que os mortais são desencaminhados em corpo e mente por esses venenos ou ladrões? Porque ficam perdidos na vida e na morte, perambulam pelos estados da existência e sofrem inúmeras aflições. É por causa disso, porque usaram não retamente seus sentidos o que equivale a dizer, abusaram dos sentidos.

Todos esses sofrimentos, amarguras, aflições, gerados pelo mau uso dos cinco sentidos são como rio que corre centenas ou talvez até milhares de quilômetros, e que são alimentados constantemente com o fluxo de pequenas fontes ou afluentes. Uma dessas fontes de contaminação, talvez a pior de todas, no mundo moderno, é isso que denominamos de malícia – e no meio gnóstico pouco importância e atenção se dá à malícia.

Existe a malícia da mente, existe a malícia do verbo, do ouvido, no toque, no abraço – especialmente de uma pessoa de sexo oposto. Tudo isso deve ser vigiado atentamente, minuto a minuto ou segundo a segundo. Devemos aprender a manejar nossos cinco sentidos, melhor dizendo, os seis sentidos, retamente; é aí que começa o nosso trabalho.

Se alguém, portanto, corta a fonte de alimentação desse grande rio, que flui por milhares de quilômetros, ele seca. Portanto, devemos vigiar os cinco sentidos para secar o rio de aflições, sofrimentos e amarguras que nos mantém aprisionados nesse mundo de Sansara, nos reinos inferiores que compreende não só o mundo celular, onde vivemos hoje, mas também o mundo molecular, que é a região do limbo, e o mundo mineral, que é a região inferior do mundo – e isso forma os três reinos.

Para livrar-se, ou para nos livrarmos, das aflições definitivamente devemos buscar a liberação, transformar esses três venenos. Para transformar esses três venenos ou conjuntos devemos compreender os processos do desejo que é a cobiça, devemos compreender os processos da ira que são desejos frustrados e por fim devemos compreender o funcionamento da mente, as ilusões.

Porque a mente sem disciplina é geradora de fantasias, imagens, projeções. Muitos por aí, dentro da Gnose, dizem que devemos iniciar o trabalho pelo sexo; muitas escolas enfatizam demasiadamente o trabalho de alquimia; mal sabem esses que atrás disso escondem-se suas taras, seus desejos, suas paixões, seus apetites e todo o uso não reto dos seus cincos sentidos ou seis sentidos.

Pouca gente na Gnose tem se dado conta que o Mestre Samael foi claro, enfático, ao dizer, ao ensinar, ao escrever, que começar o trabalho com o centro sexual sem ter uma informação correta do corpo da doutrina gnóstica, é um absurdo, porque aquele que começa nessas condições não sabe o que está fazendo, não tem consciência clara do trabalho da forja de ciclopes e pode cair, como, efetivamente, a grande maioria tem caído em gravíssimos erros.

Isso está numa conferência do Mestre Samael, em que ele fala do Sunniata . Não queremos de forma nenhuma fugir ou evitar os mistérios sexuais, mas é preciso que todos nós entendamos que o caminho que conduz a mais profunda esfera ou nível de liberação, que é o Prajnaparamita , passa pelo sexo, pelo trabalho alquímico.

Em outras palavras, somente o Buddhismo gnóstico conhece a chave para se alcançar a suprema iluminação que nos é dada quando alcançamos o estado de Prajnaparamita. O Mestre Samael também alerta que um solteiro, alguém sozinho, viúvo, pode dissolver, a base de muita compreensão, até 50% de seus elementos psicológicos; pode liberar até 50% da sua consciência sempre e quando apelar à sua Divina Mãe Kundalini durante a meditação, durante seus trabalhos esotéricos gnósticos.

É claro que existem elementos psicológicos pesados, densos, que correspondem ao mundo submerso de nossa mente. Esses somente poder ser desintegrados com a prática alquímica ou com a eletricidade transcendente, gerada pelo movimento da suástica – aquele símbolo sagrado que é usado e visto em muitas estátuas orientais do Senhor Buddha. É esse movimento da cruz que sintetiza esse símbolo, gera esse tipo de eletricidade sexual transcendente. Esse é o único elemento capaz de dissolver os agregados psicológicos enraizados profundamente em nossa mente.

Nossa Divina Mãe cósmica, a Princesa Kundalini – como chega a mencionar o Mestre Samael – que nos momentos da prática alquímica é reforçada, ganha força, mais poder, para então desintegrar atomicamente os elementos psíquicos mais pesados, dentro dos quais está aprisionada a consciência. E assim, então, aos poucos vai se liberando a consciência que está aprisionada nas esferas profundas do subconsciente, do inconsciente e do infra-consciente.

Ninguém consegue fazer isso da noite ao dia e nem fará isso começando, como muitos querem fazer, já de cara pela alquimia. Não entenderam o básico da doutrina gnóstica, não estudaram o comportamento e a natureza da sua mente. Como irão praticar alquimia retamente, santamente? Não tem como, meus amigos; é preciso acordar para isso.

Já nos tempos do Mestre Samael ele mesmo constatava e dizia que neste mundo somos muito criticados porque enfatizamos a questão da alquimia sexual. E dizia ainda o Mestre que as pessoas imaginam e supõe que existem muitos caminhos que podem levar-nos à Grande Realidade – que o Mestre chama de Talidade .

Claro que cada um é livre para pensar como quiser, mas o caminho que conduz diretamente à Grande Realidade, que é o Prajnaparamita, está além do vazio iluminador, além da mecânica relativista; alcançar estes estados profundos de consciência, é somente para aqueles que trilham a via sexual, como ensina a Gnose moderna e como ensina secretamente o Buddhismo gnóstico.

Há outras aulas que nós realizamos aqui, neste canal, onde buscamos enfatizar e esclarecer que o trabalho gnóstico deve seguir uma ordem. Primeiro mudar a forma de pensar; nesta noite estamos dizendo a mesma coisa: mudar a forma de pensar, só que, hoje, estamos dizendo com outras palavras, com outro enfoque.

Mas ninguém irá mudar a forma de pensar se não compreender a natureza e o funcionamento da sua mente; sem isso, é impossível. Se não nos tornamos igual àquele cientista hipotético, que falamos no início, que foi viver em alguma montanha da selva africana para estudar os macacos, nunca poderá compreender como vivem, como agem, como se comportam coletivamente, uma família, um grupo desses animais.

Dentro de nós carregamos um verdadeiro zoológico. Portanto, se não pararmos para pacientemente investigar, observar, registrar e anotar todos os fenômenos da mente, tudo que ocorre dentro de nós mesmos, aqui agora, a cada segundo, é obvio que nunca iremos compreender a natureza e o funcionamento de nossa mente, e por conseguinte, não alcançaremos a iluminação, nem a liberação.

Temos que ser bastante claros, sintéticos e objetivos, justamente para tirar e destroçar toda e qualquer ilusão ou refúgio que alguém possa buscar. Pode ser que para alguns isto chegue como um tanto agressivo, porém, em relação à verdade, não temos que utilizar eufemismos, nem meias palavras.

Está é a razão fundamental pela qual não podemos iniciar o trabalho gnóstico pela esfera sexual; primeiro temos que mudar a forma de pensar, dominar a mente, dominar os cinco sentidos, limpar estes sentidos, ter domínio sobre eles, para usá-los retamente. A partir do momento que tenhamos condição de usar retamente nossos cinco sentidos, então, sim, teremos condições de fazer um trabalho de alquimia sexual reto, não antes.

Estamos aqui neste canal há quase dois anos. Em agosto vamos completar dois anos de cátedras, aulas, reuniões, aqui neste canal. Vários que aqui estão presentes hoje têm estado conosco desde o primeiro dia, têm sido assíduos; entendemos que para algo servem essas aulas, esses encontros, essas cátedras.

Mas agora, meus amigos, temos que ser sinceros: precisamos ir além disso. De que adianta nos reunirmos aqui todas as terças-feiras se continuamos pensando como antes? Se nada fazemos de concreto em nossa vida, é uma perda de tempo, me parece. Não só aqui neste canal, mas, como temos enfatizado, nos livros do Mestre Samael existem muitas práticas e exercícios esotéricos que devemos fazer concretamente todos os dias. Aqui mencionamos sempre a necessidade de fazermos duas, três horas, de práticas diárias.

Falamos isso, enfatizamos isso, documentamos, salientamos as razões, os motivos, as bases, os pressupostos transcendentais para tudo isso, mas ainda assim parece que seguimos na mesma ou pouco fizemos de concreto. Nada [ou muito pouco] mudamos. Então, de que serve estas audiências, reuniões, encontros, aqui todas as terças?

Todos sabemos que temos que dissolver o ego; sabemos que temos que usar retamente nossos cinco sentidos; sabemos que temos que fazer obras de caridade aos montes por aí para conquistar méritos; sem méritos, a Lei Divina não nos dá a Iniciação. Isso é fato concreto, meus amigos: sem méritos no coração, a Lei Divina não nos dá a iniciação.

Desde o início deste ano [2007] temos enfatizado a importância dos dias 27; a necessidade que temos, todos nós, de negociar nosso karma, justamente para que assim possamos, de forma efetiva, ingressar na via iniciática, para que possamos crescer em consciência, mudar efetivamente nossa natureza íntima e particular, despertando nossa consciência, fazendo nossas purificações.

Se tudo isso já nos disse, já nos ensinou o Mestre Samael – e aqui não temos feito outra coisa que enfatizar a importância de tudo isso – mas, se nada fizermos, se continuarmos como sempre fomos, de que servem essas reuniões aqui? Nós entendemos que toda essa informação, aulas, exortações, de pouco servem sosb tais condições.

É o momento, já que estamos na reta final da humanidade, de perguntarmos a nós mesmos sobre o que vem a ser a natureza mesma da consciência. Como é que poderíamos comparar, perceber a consciência ou fazer uma idéia, tomar consciência da própria consciência?

Já falamos isso em outras ocasiões, aqui mesmo, porém, nas palavras do Mestre: “A consciência é um foco de luz, é o foco de luz de uma lanterna que cada um de nós pode dirigir para um lado e para outro”.

Portanto, devemos aprender a colocar a consciência onde ela deve ser colocada, onde ela precisa ser colocada; onde estiver o foco de luz da lanterna, ali estaremos nós, nossos sentidos, nossa mente, nossos pensamentos. Neste momento podemos estar aqui à frente do computador; o corpo pelo menos está aqui. Mas onde está nossa consciência neste momento? Está aqui também ou foi dar uma volta em algum lugar?

Onde estiver nossa consciência ou nossa atenção ali estaremos nós. Portanto, repetindo, a consciência é um sentido que está além da mente, uma realidade que está além da mente e que precisamos aprender a colocar onde precisa ser colocada. Se deixarmos nossa atenção se voltar para o boteco, é claro que ela irá agir de acordo com o ambiente do boteco; se ela vai pra uma balada é claro que ela vai se condicionar pelo clima, pelo ambiente, pelas influências da balada. Se ela, de repente, desgarra e vai para uma fantasia erótica, para uma casa de encontros ou para alguns sites de pornografia na internet, é claro que vai se condicionar, escravizar às influências deste lugar.

Enfim é muito fácil de entender isso. Hoje o quadro triste é que a consciência está aprisionada, enfrascada, engarrafada. A consciência está dispersa em todos os derivados dos sete pecados capitais, como se diria em linguagem cristã. Carregamos dentro de nós elementos pertinentes a cada um desses sete pecados capitais, e é disso que temos que dar conta na observação, na percepção de nós mesmos, no estar atento a nós mesmos, porque só assim começaremos a nos liberar, liberar a consciência. É por tudo isso, meus amigos, que devemos aprender a praticar o reto pensar porque só assim daremos inicio ao despertar da consciência.

É o reto pensar que nos leva ao despertar da consciência, mas isso não é tudo. Na verdade é só o começo. H.P. Blavatsky menciona que um Mestre que possua os corpos causal, mental, astral e físico, é um boddhisattva. Uma alma humana ou alma causal vestida, revestida, com esses corpos é um boddhisattva , é isso que chamamos de boddhisattva .

Portanto, há uma diferença entre um Mestre – o Mestre em si, que é Atman-Buddhi, o Íntimo – e o que é a alma-consciência ou boddhisattva, a alma humana revestida com esses corpos existenciais mencionados. Porém, aqui há que se fazer um reparo; fala-se muito no Buddhismo dos boddhisattvas, mas o Buddhismo gnóstico só reconhece como autênticos boddhisattvas aqueles que possuem os corpos solares aqui mencionados e que renunciar ao Nirvana para seguir trabalhando em favor da humanidade.

Estes são os verdadeiros boddhisattvas de compaixão, porque, por aí, se confunde boddhisattvas com pequenos Buddhas. O Buddhismo menciona duas classes de seres que segue por este caminho; muitos desses são os denominados Sravacas e os Buddhas pratiekas. Esses são os chamados Pequenos Buddhas, assim podemos denominar, sem nenhum sentido depreciativo. Só mencionamos dessa forma para fazer uma distinção clara entre os Buddhas da via direta e os Buddhas da via Nirvânica.

É claro que esses Sravacas, esses Pratiekas são ascetas; conhecem o falso sentimento do eu, sabem que essas ilusões levam ao fracasso, nos geram sofrimentos, entendem isso perfeitamente. A verdade é que esses pequenos Buddhas trabalharam intensamente sobre si mesmos, fizeram seus votos, muitos venceram, superaram, diluíram seu ego, mas ainda assim não fazem, ou pouco fazem, em favor dos demais.

Estes são os Buddhas Pratiekas, são Sravacas. Por serem pequenos Buddhas, aspirantes a Buddhas, desfrutam de um determinado grau de iluminação e também de um determinado grau de felicidade, mas nunca chegarão a ser verdadeiros boddhisattvas no sentido exato e preciso da palavra, porque boddhisattva é aquele que formou seus corpos solares e se sacrifica pela humanidade.

Está classe de ensinamento somente é dado pela Gnose atual, moderna, do Mestre Samael, e secretamente, pelo Buddhismo gnóstico. É fato concreto que todos nós, que vivemos aqui no mundo, num planeta sofrido, doloroso, todos nós estamos cheios de dor, sofrimento, amarguras, infortúnios, infelicidades. Podemos até afirmar enfaticamente que a felicidade não existe neste mundo. E mais ainda: não é possível a felicidade aqui neste mundo porque enquanto existir egos existirá dor, enquanto continuarmos com nossa forma rançosa de pensar, é claro que não poderemos alcançar a felicidade, enquanto formos vítimas das emoções negativas e do mau uso dos sentidos, é claro que nenhum tipo de felicidade é possível.

Portanto, o que precisamos, de verdade, é alcançar, conquistar, a verdadeira felicidade, mas não podemos alcançar isso, este grau, sem despertar a consciência, e não iremos despertar a consciência se continuarmos a pensar de maneira não reta. Este é o circulo vicioso que temos que romper.

Acreditamos que é mais do que hora de enfatizarmos e destacarmos esta realidade para acordarmos; estamos na reta final da humanidade; não devemos esquecer isso. Todo trabalho é urgente, necessário, e está atrasado; mais que nunca, então, precisamos correr atrás do tempo, daquele tempo que não soubemos utilizar.

Ainda dentro dessa mesma direção, notamos também que, determinadas ordens buddhistas, orientais, enfatizam, colocam toda força, todo o propósito, a meta, em alcançar o vazio iluminador como sendo o máximo. Mas aqui mesmo já dissemos hoje que o Buddhismo gnóstico vai além disso. O que queremos, como estudantes de Gnose, é buscar a grande realidade, alcançar a grande realidade, conquistar o grau de Prajnaparamita. Esse é o grande objetivo da Gnose e do Buddhismo gnóstico. Não só realizar esse estado em nós como também nos estabelecermos nessa região de consciência.

O vazio iluminador nada mais é do que dominar a mente, liberar-se da mente, dos processos da mente; é claro que isso é um grande avanço, sem dúvida nenhuma, e oxalá todos nós pudéssemos estar neste momento liberados da mente. Oxalá que todos nós tivéssemos alcançado esse vazio iluminador, porque, então, dali para alcançar a grande realidade, seria tão só mais um passo. Mas os fatos nos levam à conclusão de que nem começamos o trabalho sério, profundo e concreto para alcançar o vazio iluminador; é por isso, meus amigos, que temos que agora correr atrás, buscar a purificação, a liberação; trabalhar para alcançar este estado de felicidade que nada mais é que um estado de consciência liberta ou liberada.

Esta felicidade só nos é dada quando tivermos superado, negociado todo nosso karma, porque é o karma que temos, acumulado de vidas anteriores, mais o que fizemos nessa vida, que nos impede de desfrutar a paz do coração tranqüilo – que é a única forma de felicidade autêntica.

Liberar-se do karma é importante; por isso nossas recomendações feitas ao longo deste ano 2007; temos que comparecer diante do tribunal da lei e renegociar nossas pendências, nossas dívidas kármicas, porque sem isso, não entraremos na senda da purificação, realização, iniciação.

Até aqui nossas palavras desta noite; ficamos agora à disposição de todos para aprofundar, estender, alargar, esse tema, pedindo apenas que não fujamos, não percamos o foco, uma vez que falamos bastante sobre foco.

Perguntas

P: Por que o dia 27 de cada mês?
R: Já foi respondido em conferências anteriores: porque o dia 27 é especial; porque os templos da Loja Branca abrem suas portas para fazer obras de caridade para a humanidade neste dia.

P: Como posso negociar meu karma se tenho dificuldade para sair em astral? 
R: Meu prezado e respeitado amigo, vamos romper com velhas maneiras de pensar, com certos vícios implantados dentro da Gnose. Ninguém precisa sair em astral consciente para negociar o seu karma. Sair em astral consciente, cheio de egos, é um despropósito; portanto, a nós só nos resta a alternativa de fazer estritamente aquilo que o Mestre Samael ensinou em várias oportunidades: concentre-se no Senhor Anúbis, invoque-o mantralizando o seu nome, e depois, em palavras simples, diretas e honestas, transparentes, diga o que quer, peça-lhe que em sonhos lhe mostre, porque isso já é uma grande bênção, como foi essa negociação. Saiba que tudo que você pensar, falar, é ouvido, registrado, captado; portanto, meu amigo, não existem palavras vãs, pensamentos inúteis; daí a ênfase do reto pensar. Pensamentos não retos geram karmas; se isso é a base de tudo, consequentemente se você cumprir estritamente o que o Mestre Samael ensinou, concentre-se no Senhor Anúbis, invoque a sua presença, mantralize o seu nome, em seguida exponha exatamente aquilo que quer. Se te for concedido, saberás; os fatos neste mundo te dirão isso.

P: A prática do reto pensar é necessariamente um caminho de esforço? 
R: Sim e não, meu amigo; depende do ponto de vista. Para mim, particularmente, o reto pensar não exige esforço, porque é como respirar; acaso respirar exige esforço? Pode ser que, no começo, quando você está treinando corrida, por exemplo, exija um trabalho extra do seu sistema pulmonar, cárdio-respiratório, mas em pouco tempo você adquire essa capacidade, se você dedicar. Portanto, se você dedicar, a partir de agora, ao reto pensar, em pouco tempo terá a habilidade de fazer isso sem esforço.

P: Então nos aconselhas a fazer negociações depois de termos trabalhado melhor com os cinco sentidos? Ou ao menos se dedicar a usá-los melhor? 
R: Eu aconselho você fazer negociação agora, porque do contrário não vai dar tempo. Agora estamos na reta final e temos que fazer aquilo que é mais importante: renegocie, se dê conta de seus erros desta vida, começando desta vida; com tempo você se dará conta de outros erros, porque os erros desta atual vida nada mais são do que a continuidade de erros de vidas precedentes. Simplesmente se dê conta e faça uma tomada de consciência, um juízo de si mesmo; depois leve isso ao tribunal da lei; proponha uma maneira de amortizar este karma, trabalhando intensamente sobre si, fazendo práticas, orações, praticando conduta reta, mudando a forma de pensar. Assim poderá fazer tudo ao mesmo tempo sem se deixar levar por pressões inexistentes, sem ser vítima das próprias fantasias.

P: Como deixar a vergonha de lado? 
R: Transforme a vergonha em arrependimento. “O erro de ontem é concertado com o acerto de hoje” – alguém nos ensinou isso. Essa vergonha que sentimos, geralmente é um disfarce do próprio ego que lança como uma cortina de fumaça para que não percebamos a ação, o ilícito, do próprio ego; então, ele lança essa vergonha para mascarar a sua conduta e ação. Por isso dizemos: troque a vergonha pelo arrependimento; dê-se conta de todos os erros.

P: Devemos fazer a mesma coisa sobre o medo de realizar práticas? 
R: Isso, para mim, é realmente surpreendente: medo de realizar práticas! Por que que alguém iria ter medo de realizar práticas? Tem medo de realizar práticas aquele ego ou conjunto de egos que não quer morrer. Medo de errar? Como, se já vive no erro? Na verdade, esse medo é o de acertar – não de errar, mascarado de medo de errar; reflita sobre isso, que aí tem uma chave. O ego tem medo de você acertar a prática; não de errar; então, se concentre no acerto não no erro. Perfeccionismo é uma virtude que está fora de lugar. A perfeição, a excelência, é uma virtude; perfeccionismo é essa mesma virtude deslocada, fora de órbita. Se alguém tem medo patológico de assumir compromisso com a lei divina, então abandone a Gnose! Meu amigo, a Lei é a Gnose e a Gnose é a Lei, em latu sensu .

P: Quem já não vê ânimo em fazer mais nada? 
R: Alguém desanimado, é isso? Depende, meu amigo: se você era motivado por fantasias e ilusões, e agora, de repente, rompeu com as fantasias e ilusões, devia festejar, trabalhar com a consciência. Fazer muitas práticas devocionais do Bhakti Yoga que aqui enfatizamos muitas vezes, porque se você rompe com as fantasias e ilusões e não constrói uma realidade espiritual, não substitui a ilusão pela presença do teu Pai e Mãe Divina, você pode afundar, se desestruturar, perder a fé e entrar em profunda depressão. Mas isso são escolhas pessoais; cada um tem que fazer suas escolhas e seu trabalho diariamente.

P: Orações pela humanidade é uma maneira de negociar o karma? 
R: Não, meu amigo! Fazer orações pela humanidade não é uma maneira de negociar o karma, mas é uma maneira de pagar o karma devido, porque isto é uma obra de caridade, é trabalhar como os Buddhas para aliviar o sofrimento da humanidade. Nós, aqui, em outras oportunidades, mencionamos que devemos entrar na corrente de trabalho dos Buddhas, que é gerar, praticar, fazer as bendições, as orações, petições para aliviar o sofrimento da humanidade. Isso é uma maneira de pagar o que se deve. Evidentemente que trabalhar sobre nós mesmos é moeda de negociação esse é o capital cósmico, meu amigo. Por que diz o Mestre Samael fazer boas obras as toneladas? Trabalhar sobre si? Romper com os agentes geradores do karma? Isso é formar méritos, e méritos são moeda cósmica; moeda cósmica é o que se utiliza nas negociações com a lei divina, simples, não nos compliquemos com tantas travas mentais.

P: Quem não conseguir arrumar parceiro até 2012 conseguirá se salvar? 
R: Quem disse que arrumar parceiro é garantia de salvação? Quem te disse isso? Pode ser que um parceiro te ajude a afundar… O que falamos aqui é arrependimento, pensamento reto, purificação, negociar com a lei divina…

P: O que representa 2012 para a Gnose? 
R: Isto está amplamente respondido em nosso site e peço perdão mas nem vou comentar hoje aqui porque senão em todos os nossos encontros falaremos só disso. Aqueles que eventualmente perdem as aulas, se realmente houver interesse em nos acompanhar aqui, deve sempre baixar as aulas anteriores para assim seguirem atualizados.

P: Para aqueles que iniciaram o caminho de forma “errada”, o que fazer em termos práticos? 
R: Acabamos de dizer há pouco: o erro de ontem é concertado com o acerto de hoje. Faça certo agora.

C: A partir do momento que se conhece a Gnose ela te acompanha para o resto da vida?! 
R: Conheço por aí pela internet muitas comunidades de pessoas que se tornaram inimigos da Gnose. Então há algo que não está coerente. Mas efetivamente se “compreendermos” a Gnose, aí sim, ela não nos deixará, e nem nós a deixaremos, e aqui mesmo temos dito varias vezes que, em Gnose, nada se deve fazer sem que tenhamos compreendido primeiro. Fazer algo porque alguém diz, é fracasso; fazer algo sem saber a finalidade, é garantia de fracasso. Devemos, como dissemos hoje, primeiro formar uma base do corpo de doutrina para depois, então, nos lançarmos nas práticas profundas, que realmente mexem com nossa estrutura, como é o caso da alquimia. Isso diz o Mestre Samael, não sou eu que estou inventando aqui agora. Pessoas desinformadas por aí dizem que afirmo coisas que o Mestre Samael não disse. Aproveito hoje e digo: tudo o que nós afirmamos aqui, está dentro da doutrina do Mestre Samael. Lástima que poucos conheçam profundamente a doutrina do Mestre Samael; poupariam assim momentos, oportunidades, de guardarem silêncio; temos que buscar essa base fundamental, que se adquire a partir que se entenda o corpo de doutrina, e a partir daí, então, podemos nos lançar à conquistas maiores ou vôos mais altos.

P: Tenho 16 anos, posso praticar a transmutação? 
R: Sim, você tem que praticar a transmutação de solteiros, buscar exterminar com as fantasias, vigiar os sentidos, trabalhar intensamente com mantras, com Vahroli Mudra ou outros exercícios de yoga, respiração e transmutação como solteiro, criar em você esta base, o domínio dos sentidos, do corpo, disciplinar os sentidos, a mente. Assim você se preparará para, aos 21 anos receber uma companheira; os 21 anos representam a maturidade no homem, os 18 anos representa a maturidade sexual na mulher, nada mais do que isso. Aos 21 anos o homem, como semente, está maduro; antes não; a mulher, aos 18 , antes não. Portanto, começar práticas alquímicas antes dessas idades, não é aconselhável – alquímicas como casados, bem entendido. Porque alguns confundem alquimia com trabalho de solteiro. Até os 21 anos deve o homem transmutar suas energias como solteiro e a mulher até os 18. Não que isso quer dizer que depois de cumpridos os dezoito anos ou vinte um anos deva se sair aí pelo mundo desesperadamente a busca de “sacerdote ou sacerdotisa”. O verdadeiro gnóstico se prepara para que sua Divina Mãe lhe encaminhe alguém compatível para realizar esse trabalho. Os apressados só atraem para si mais karmas, caem no adultério, aumentam seus sofrimentos, perdem o retorno e por aí a fora. Quem desobedece a vontade do Pai e da Mãe sempre acaba se complicando. Isso é uma frase, um axioma que todo mundo devia anotar para nunca mais esquecer. Todo mundo, de um modo geral, a grande maioria, prefere sempre fazer sua vontade, seu desejo, seus caprichos – e nunca pergunta ao seu Pai e à sua Mãe qual se é a vontade deles, o que eles indicam, o que eles esperam e querem que façamos. Sempre fazemos nossa vontade e ainda nos dizemos gnósticos. É algo muito incongruente isso!

P: É comum sonhar com a Divina Mãe? E a partir de quando isso ocorre? 
R: Há pessoas que sonham com sua Divina Mãe desde crianças, outros seguem sonhando a vida inteira e aqueles que estão profundamente enterrados na matéria e materialidade, a partir do momento em que começa a se purificar internamente, poderá ter essas experiências com sua Divina Princesa, sua Mãe Divina.

P: Não compreendo o “reto pensar” quando se diz que “a melhor forma de pensar é não pensar”! Se estivermos acordados, como não pensar? 
R: Exatamente fazendo o que está escrito aí: temos que desenvolver uma nova forma de pensar. Aqui mencionamos isso em outras oportunidades, utilizando a expressão “contemplar”. Não devemos pensar; devemos “contemplar” aquilo que acontece. No início da aula de hoje, o que mencionamos? Aí está a resposta: devemos observar a própria mente, contemplar a própria mente; aí está à resposta, o começo desse trabalho; é um aprendizado, mas esse é o começo.

P: Ao olhar os out-doors, os apelos sexuais, as revistas nas bancas, abraços, beijos, elogios a uma pessoa do sexo oposto, pode estar atuando aí o eu da luxúria? 
R: É evidente que sim, meu amigo; disso não tenha a menor sombra de duvida. Aí estão atuando muitos eus luxuriosos. Ouais? Com que intensidade? Você terá que descobrir, catalogar, fazendo o que dissemos hoje, comportando-se como aquele cientista na África. É preciso aprender a observar a mente, os cinco sentidos; vai anotando tudo que você observa; analisando, estudando; fazendo análises críticas, autocríticas. Assim, gradativamente, irás percebendo e discernindo, apartando, esses elementos que você depois levará para a eliminação, junto a Mãe Divina.

Autor: Karl Bunn