segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Gnose:Os Sete Buddhas de Perfeição


Quem são os sete Buddhas de perfeição? Segundo o Mestre Samael são os Buddhas conhecidos como os sete Dhyani-Buddhas do sistema solar. Eles são os protótipos dos boddhisattvas que vivem neste mundo.

Em palavras simples e diretas, os sete Buddhas de perfeição são os sete Logoi planetários. Os Dhyani-Buddhas, em si mesmos, são o Pai-Mãe cósmico. Todo Buddha tem duas naturezas… Em todo Buddha existe um princípio masculino e um princípio feminino, isso que conhecemos como Shiva – Shakti.

Desses sete Buddhas, cinco deles já vieram ao mundo e já cumpriram suas devidas missões de guiar, conduzir e ensinar esta humanidade. Isso, inclusive, me faz lembrar de certa pintura, de certo quadro, um desenho da família dos cinco Buddhas do Tibet. É uma viva representação desses cinco Buddhas que encarnaram e viveram entre nós e realizaram sua missão. Dois virão ainda no futuro, respectivamente, no final da sexta raça e no final da sétima raça.

Embora já tenhamos falado muitas vezes sobre esse tema, para nos situarmos aqui e agora vamos lembrar, mais uma vez, a diferença que existe entre os Buddhas – no nosso caso aqui de hoje – Dhyani-Buddhas e os bodhisattvas encarnados na Terra.

Há muitos autores buddhistas e de teosofia que pensam, escrevem, têm a idéia que os Anupadakas – ou seja: os Dhyani-Buddhas, uma outra palavra também para expressar o mesmo princípio – repetindo, os Anupadakas não possuem Pai-Mãe.

O Mestre Samael, numa das suas conferências, alerta que tal concepção é equivocada, porque qualquer Dhyani-Buddha, qualquer Pai-Mãe – que é o complemento superior e glorioso do bodhisattva – obviamente foi emanado do Eterno Pai Cósmico Comum – e isso é algo que precisa ser entendido.

A idéia do Eterno Pai Cósmico Comum , da Divina Mãe Imanifestada ou da Imanifestada Prakriti, é algo que não foi, até o nosso tempo, devidamente compreendido nas escolas esotéricas do mundo.

Se, como é em cima é em baixo – e vice-versa – o eterno Pai cósmico comum também possui duas polaridades, ou seja, Ele, ainda que aqui denominemos de “eterno Pai cósmico comum”, em realidade Ele é o “eterno Pai-Mãe cósmico comum”; e é dEle que surgem -ou são emanados – os Dhyani-Buddhas ou os Anupadakas.

Nas palavras do próprio Mestre Samael, “o Anupadaka não é órfão. O Pai-Mãe interior – de cada um de nós – é emanado, é filho do eterno Pai-Mãe cósmico comum, que é co-essencial, uno, por assim dizer, com o espaço abstrato absoluto”.

Aí existe uma pequena diferenciação que a Gnose faz em relação a outras escolas que antecederam ao seu surgimento no mundo. Cada um de nós aqui tem o seu Pai interno; cada um de nós aqui tem sua Divina Mãe Kundalini. Os chamadosbodhisattvas , os Dhyani-Buddhas – que também são conhecidos em Gnose como Dhyani-bodhisattvas – não são exceção a esta regra.

Cada Dhyani-bodhisattva é o desdobramento do Pai-Mãe; e encarnam e nascem aqui neste mundo físico para mostrar o caminho, a senda e ensinar e conduzir a humanidade.

Dos sete Buddhas protótipos de perfeição , cinco já vieram e cumpriram suas respectivas missões em nosso mundo. Os dois faltantes virão ao final da sexta e da sétima raças humanas, respectivamente.

Isso não quer dizer, por exemplo, que os Buddhas – como nós os conhecemos – os Buddhas do Nirvana, em si mesmos, não tenham o seu protótipo individual pessoal, o seu próprio Pai-Mãe. Claro que não só eles como cada um de nós aqui presente, cada ser humano possui o seu protótipo individual; porém, esses sete que estamos mencionando aqui hoje sãoos protótipos de todos os Buddhas existentes no mundo. 

Talvez isso não esclareça muita coisa porque ainda ficamos muito presos a certo linguajar demasiadamente iniciático ou hermético. Mas se mudarmos um pouquinho essa terminologia para algo mais acessível, talvez todos possam ter uma idéia melhor. Se trocarmos a expressão “protótipo individual” por “raio”, aí fica mais fácil.

Os sete Buddhas-protótipos de perfeição são em si mesmos os sete raios da criação. 

A síntese desses sete Buddhas de perfeição é conhecida no oriente como Avalokitesvara”.

O que vem a ser Avalokitesvara?

Isso já é amplamente conhecido e sabido em Gnose com outra palavra ou expressão: Avalokitesvara é o mesmo Logos Solar, o Cristo, Vishnu. 

Não faz muito tempo que nos disseram que Samael Aun Weor é a última encarnação de Avalokitesvara neste mundo.

Portanto, o que estamos dizendo não é de todo novo. O próprio Mestre Samael falava sobre isso um tanto quanto veladamente, e agora, então, estamos podendo abrir um pouco mais os véus, para compreender um pouco mais os mistérios dos sete Buddhas de perfeição.

Cada um desses sete Buddhas contém uma verdade, um raio, uma qualidade divina, um protótipo, uma verdade ou realidade cósmica.

O primeiro Dhyani-Buddha corresponde ao primeiro Raio e é conhecido na cultura Judaico-Cristã como Gabriel . Ele é o protótipo do Raio Gerador da vida.

O segundo Dhyani-Buddha ou o segundo Raio é conhecido na cultura Judaico-Cristã como Rafael . Ele é o protótipo da ciência, da sabedoria, da medicina e de tudo aquilo que está relacionado à ciência de um modo geral.

Uriel é o terceiro Dhyani-Buddha ; é o protótipo, o raio, a verdade da arte e do amor relacionamento.

Mikael é o quarto e por sua vez encarna a Justiça.

Samael [Kamael] é o quinto e como dissemos é o protótipo da força, do exército, do poder militar.

Zacariel é o sexto e personifica o Poder divino, o Mando; lembrem-se do Anjo Aroch que o Mestre Samael fala ser um Anjo do Mando. Ele quis dizer que o Anjo Aroch pertence ao sexto raio, ao raio do Mando; está conectado ao Dhyani-Buddha conhecido como Zacariel , o sexto logos, que virá ao final da sexta raça raiz cumprir sua missão.

Por fim temos o sétimo Dhyani-Buddha que personifica a renovação, a morte, o renascimento; é conhecido como Orifiel-Saturno. 

Como dizíamos, a síntese dos sete Dhyani-Buddhas é Avalokitesvara, o mesmo Cristo, o Logos Solar, conhecido no Oriente como Vishnu – aquele que a tudo penetra. 

Somente aquelas pessoas que alcançam o estado búdico superior ordenam ou põem ordem em suas sete mentes, em seus sete corpos.

Para alcançar o estado búdico necessitamos, antes de tudo, passar pela aniquilação buddhista, como se diz em Gnose; isto significa desintegrar o ego, o eu, o mim mesmo.

Quando passamos pela aniquilação buddhista, as sete mentes marcham em perfeita harmonia com todo o cosmo, e assim, então, o homem se torna perfeito, no sentido mais completo da palavra.

Um homem perfeito reúne em si não só as sete mentes, como é capaz também de compreender os sete mistérios ou as mesmas sete verdades sintetizadas em Avalokitesvara.

Porém, enquanto existir ego, as sete mentes, os sete corpos, os sete centros psicofisiológicos estarão em desarmonia.

Há um drama concreto e real que não percebemos, e que se expressa aqui e agora: é a existência de um péssimo secretário – o ego; por exemplo, esse mau secretário manda as mensagens que são para o centro mental, envia para o emocional – e assim reagimos de uma maneira que destrói, desarruma e desequilibra este centro.

A importância de passarmos urgentemente pelo processo da aniquilação buddhista, fazendo tudo aquilo que exaustivamente o Mestre Samael abordou – e nós mesmos aqui temos lembrado em reuniões precedentes – se queremos que flua por nós os princípios das sete verdades, temos que harmonizar as sete mentes – porque tudo está interligado, inter-relacionado: as sete mentes, os sete chakras, os sete centros psicofisiológicos, as sete verdades e os sete raios da criação.

Como pode se expressar em nós, plenamente, o raio da criação se temos o caos dentro de nós?

Isso é o que queremos convidar à reflexão e à análise nesta noite. Por isso então que temos que acelerar, agora mais do que nunca, o processo da desintegração do ego; é claro que para isso, precisamos do fogo sagrado, deste Fohat divino, desta eletricidade sagrada.

Lembro que algumas vezes foi perguntado aqui sobre a origem da eletricidade… A eletricidade tem a ver com kundalini, com o fogo, com fohat. Pois ainda que a eletricidade seja um atributo direto de nossa Mãe Divina, em realidade temos que buscar sua origem e sua fonte no Ancião dos Dias.

O Ancião dos Dias é a Glória de Shekinah , como diriam os rabinos. Ele é o Mistério dos Séculos, é o Pai-Mãe que está em segredo no fundo profundo de nós mesmos.

Esta eletricidade, em si mesma, tem o poder para organizar os átomos dentro de cada molécula… Essa eletricidade tem também o poder para organizar os mundos. É evidente então que nessa eletricidade estão as possibilidades de organizar qualquer criação, seja ela interna ou externa.

É por isso que o Mestre Samael dizia que a eletricidade é sagrada e que devemos olhar e encarar a eletricidade com respeito e veneração. O Adepto é aquele que alcança o sétimo grau de qualificação ou a sétima iniciação maior; é alguém que sabe manejar a sete mentes com perfeição… E nós aqui que aspiramos um dia conquistar o Adeptado, desde agora devemos conhecer, ainda que ligeiramente, todas estas referências…

Existe o batismo da água e o batismo do fogo. Também existem os sete selos, as sete taças que figura no apocalipse e as sete trombetas.

O Apocalipse de São João, em realidade, é um livro de sabedoria. Sem o Apocalipse nem teríamos como entender a ciência da Grande Obra.

Existem duas maneiras para cada um de nós viver o Apocalipse. Às vezes vivemos as duas ao mesmo tempo.

Uma das maneiras é forçosa; a outra é opcional. Aquele que escolhe viver internamente o Apocalipse, não se furta também de viver o Apocalipse externo. Mas, a humanidade, que vive externamente o Apocalipse, tem que passar pelo Abismo, pela morte segunda.

Se olharmos a Bíblia como uma obra ampla, única, vamos notar que começa com a criação do homem e termina com o seu juízo final. Isto é profundamente simbólico. Por isso que o Apocalipse e a Bíblia, tomada em seu simbolismo, é uma obra transcendental. Porque ali se fala de sete anjos, dos sete selos, das sete taças e das sete trombetas.

O Iniciado, quando se lança por esse caminho, precisa ir rompendo cada um desses sete selos. Cada corpo, cada Serpente representa um desses sete selos do Apocalipse interno. Portanto, o primeiro selo pertence ao corpo físico. O Iniciado, quando rompe este selo, conhece os Mistérios do Abismo; conhece as regiões abissais do inferno, do mundo inferior.

O segundo selo corresponde à segunda iniciação maior; consequentemente está relacionada ao corpo vital, etérico, ao Lingha-Sharira. Quando se rompe este selo, temos a ciência que corresponde à decapitação de João Batista. A decapitação de João Batista significa o rompimento radical com as coisas do mundo. É nessa segunda iniciação, no abrir do segundo selo, que somos batizados com a água, e na sétima iniciação somos batizados com o fogo.

Ao romper o terceiro selo, que pertence ou está relacionado ao corpo astral, o iniciado, o Arhat passa a conhecer, a ter acesso aos mistérios do mundo astral; com o tempo quando qualifica essa iniciação, ele converte ou transforma o seu corpo astral num veículo de ouro puro, e assim, sucessivamente, com os demais selos e corpos.

O quarto selo corresponde ao mundo mental; é onde o caminhante, o aspirante ao adeptado, conhece todos os mistérios da mente universal; ele descobre, vive e percebe diretamente o que são as sete mentes; ao final dessa quarta iniciação maior ele organizou corretamente a sua mente. As sete mentes se encontram, se fundem, se equilibram, se polarizam, se unificam ou se expressam exatamente na mente individual a qual se constrói, se qualifica, se cristifica na quarta iniciação maior.

Quando o iniciado passa ou rompe o quinto selo, que corresponde ao mundo da vontade consciente, se transforma naquilo que na Bíblia é falado como o Filho do Homem. Converte-se, por assim dizer, no Filho do Homem, no Cordeiro Imolado.

Depois vem o rompimento do sexto selo do apocalipse interior que corresponde ao mundo da consciência, ao corpo búdico, da intuição; e é por aí que o iniciado começa a conhecer os mistérios da alma/espírito ou os legítimos mistérios da consciência.

E por fim, quando se qualifica, na sétima maior, se encerra a abertura do sétimo selo e então o iniciado conhece a totalidade dos mistérios dos sete selos.

São sete selos para abrir, um a um, e aquele que consegue abrir o sétimo selo, recebe o batismo de fogo.

Na vida prática o que e como acontecem as iniciações?

Nós aqui, por cinco, sete, dez, quinze, vinte, trinta anos lutamos, trabalhamos, nos esforçamos; e parece que nada acontece. Muita gente, mesmo quando o Mestre Samael vivia entre nós, se queixava a ele, depois de muitos anos de trabalhos sobre si, que não haviam obtido sequer a iluminação… Isso, muitas vezes, é motivo para desânimo.

Mas, o que acontece de verdade, concretamente?

O Mestre Samael esclarece que se alguém não alcança a iluminação, por mais que trabalhe, se não consegue a iluminação, ou não percebe avanços no seu caminho, isso é devido a um único fator ou motivo: porque tem o ego bem vivo, gordo e forte dentro de si. 

Então, o motivo das reclamações não procede; porque é o estudante que está falhando. Ele está faltando, exatamente, no trabalho sobre si; está faltando aquilo que é o mais importante dentro da Gnose: o trabalho de eliminação dos defeitos.

A iluminação vem da consciência liberada. A consciência é liberada se nós trabalhamos sobre nós mesmos, se eliminamos nossos defeitos; se estudamos, analisamos, meditamos e pedimos à Mãe Divina que elimine esses defeitos.

Dizia o Mestre Samael: “Dissolvam o ego e terão iluminação; organizem as sete mentes e assim terão a iluminação. Mas enquanto não dissolverem o ego, as sete mentes, os sete centros sempre estarão alterados, e não será possível a iluminação”. 

Mais importante que ficarmos, às vezes, reclamando, querendo e buscando, até com desespero, a iluminação, é mudar de atitude; façamos nossa parte, trabalhemos sobre nós mesmos intensamente, dia após dia, sem almejar o resultado em si, mas, simplesmente, cuidemos de morrer em nós mesmos, de mudar nossa conduta e nosso comportamento.

Como dissemos, dentro de nós existem maravilhas. Mas para que tudo isso possa se transformar em realidade, temos que trabalhar, na verdade trabalhar muito, sobre nós. A vida é o grande ginásio, o laboratório, o campo de batalha.

Em alguma ocasião mencionamos aqui, que é muito importante para o avanço no caminho, aprender a relacionar-se inteligentemente. Primeiro, aprender a relacionar-se consigo mesmo; depois com o meio ambiente, com o ambiente externo; e por fim, aprendermos a relacionar com as outras partes de nosso Ser interior.

Falamos aqui de três tipos de relação: 1) conosco mesmo, 2) com o meio ambiente 3) com o semelhante.

Se não sabemos nos relacionar conosco mesmos, ficamos doentes fisicamente ou com problemas psicológicos, emocionais, as chamadas enfermidades psico-somáticas. E se não aprendemos a nos relacionarmos bem com as demais partes de nosso próprio Ser é obvio que não poderemos alcançar a iluminação.

E enquanto não aprendermos a relacionarmos-nos bem com aquilo que nos rodeia, criamos conflitos, problemas, disputas e outras dificuldades.

E se não sabemos conviver com outras pessoas, nossa vida se torna muito amarga e complicada…

Não podemos efetivamente estabelecer uma boa relação com as sete verdades do cosmo, com os princípios dos sete Dhyani-Buddhas sem que, previamente, eliminemos os agregados psíquicos; gradativamente, à medida que vamos eliminando esses egos, as sete mentes, que se conectam com as sete realidades e as sete verdades cósmicas, vão se organizando – e quando as sete mentes estão organizadas, aí, sim, então, é possível conhecermos as sete verdades.

Ao conhecermos as sete verdades, naturalmente conheceremos os sete Senhores Sublimes da Criação que estão dentro de nós, ou seja, em nós, dentro de nós; aqui e agora temos um átomo presente, um átomo divino que se relaciona com esses sete Dhyani-Buddhas prototípicos mencionados no início desta exposição.

Mas, insistindo ainda no aspecto este, se não eliminamos o ego, se não organizamos nossas mentes, como almejar entrar ou fazer contatos com os sete Senhores Sublimes?

Não conhecendo essas sete verdades seguiremos vivendo na ignorância, no erro; daí o por quê da nossa insistência na necessidade de trabalhar melhor.

Temos que melhorar e aperfeiçoar o trabalho que realizamos sobre nós mesmos. Nós falamos sempre na mente, da mente, e mencionamos a existência de uma mente como se efetivamente apenas existisse uma só mente; hoje aqui mencionamos a existência de sete mentes.

Em realidade, meus amigos, só estamos dizendo com outras palavras, buscando com isso dar uma nova visão sobre temas aqui já conhecidos, que qualquer estudante mais antigo, melhor conhecedor da doutrina gnóstica, já conhece.

Quando falamos aqui de sete mentes, devemos entender especificamente os sete centros psicofisiológicos:
1. Mente intelectual
2. Mente emocional
3. Mente motora
4. Mente instintiva
5. Mente sexual
6. Mente intelectual superiora
7. Mente emocional superiora

A mente intelectual nada mais é do que o centro intelectual. Ainda que tenhamos falado – e os livros do Mestre Samael também falam do centro emocional, em realidade devemos falar de mente emocional ou centro mental-emocional.

Do mesmo modo também devemos prosseguir com os demais centros… O centro motor nada mais é do que uma mente com características motrizes. O centro instintivo nada mais é do que uma mente completa em si mesma, mente instintiva encarregada de organizar, operar, trabalhar, fazer acontecer um conjunto de princípios, de energias, de forças, de realidades que racionalmente, fosse para fazer, seria um caos, seria nossa morte instantânea.

O centro motriz e o centro instintivo não podem depender de um centro demasiadamente lento, reacionário, rebelde, como é o centro intelectual ou a mente intelectual. O centro instintivo é muito rápido, extremamente rápido.

Mas, o centro mais rápido de todos é o centro sexual, a mente sexual.

Se correlacionarmos o tema dos centros com a história das raças humanas, vamos perceber que o centro sexual está ligado a tempos muito antigos. Por exemplo, toda a sabedoria presente no centro sexual foi desenvolvida quando as atuais essências humanas habitavam o reino mineral – e depois isso foi arquivado no centro sexual.

A mente emocional, o centro emocional contém toda a sabedoria que aprendemos nas escolas de mistérios dos elementais vegetais, quando ali estivemos num passado remoto, antes de ganhar corpo humano, quando morávamos, habitávamos, animávamos formas vegetais.

Quando nós, como essência, bem mais tarde, passamos a animar um corpo animal, desenvolvemos o centro motor e aperfeiçoamos ou avançamos algo mais do aprendizado do centro sexual, porque animando formas animais, passamos a nos reproduzir sexuadamente, biologicamente.

Por fim, quando ingressamos no reino humano, começamos a desenvolver a mente racional. As primeiras dezenas de retornos na forma humana servem tão só para desenvolver a mente intelectual, serve para ensinar a usar a mente intelectual.

Como todos nós sabemos, todo e qualquer aprendizado, nas escolas da natureza, é muito longo, lento. Mas, aqui, hoje, abreviamos e sintetizamos só para que todos possam ter uma visão de trezentos e sessenta graus de como se formam e de como adquirimos a sabedoria das sete mentes.

Por fim, as duas mentes faltantes, os dois centros faltantes, são os dois centros superiores: o emocional e o intelectual superiores.

É preciso que eliminemos de nós mesmos a totalidade do ego, que é nosso péssimo secretário, aquele que envia mensagens para os endereços errados, aquele que envia spam e vírus que evidentemente destroem os centros e contaminam essas mentes.

Fomos nós mesmos quem criamos o ego. Não temos a quem responsabilizar sobre isso a não ser a nós mesmos e à nossa ignorância.

Nos primeiros retornos humanos, enquanto aprendíamos o manejo da mente intelectual, como era natural, fomos cometendo muitos erros. Isso, a sua vez, foi gerando resíduos, vícios, mecanicidades e reflexos condicionados.

Só muito recentemente, em nossa trajetória como criaturas humanas, já pela altura do retorno oitenta ou noventa, começamos a nos dar conta que a vida era algo mais que simplesmente satisfazer instintos, processos biológicos ou lutar para comer, dormir e sobreviver.

Isso tudo gerou um lastro que simplesmente, em Gnose, denominamos de ego. Sabemos que o ego humano é formado por milhares de eus menores.

O Mestre Samael sempre dizia que “um defeito é a expressão da parte visível do ego”. É como um iceberg , que embaixo da linha de água esconde dezenas, centenas de egos menores. Sempre que formos estudar nosso ego, temos que ter em vista esses aspectos.

Por fim, os dois centros superiores só estão acessíveis na ausência de ego; existem práticas e disciplinas para acessarmos esses centros superiores…

Se quisermos acessar essas sete verdades, os princípios contidos nos sete raios da criação, dos quais todos nós temos um átomo divino dentro de nós, é preciso, justamente, limpar os centros psicofisiológicos, especialmente os cinco centros ou as cinco mentes inferiores: mente intelectual, emocional, motora, instintiva e sexual.

Com isso, naturalmente vamos abrindo os portais para acessarmos os centros superiores de expressão de nosso próprio Ser. Aqui em baixo, aqui no microcosmo, as mentes, os centro todos, estão desorganizados. Na parte superior tudo já está organizado e funciona bem. Por isso mencionamos a palavra cosmo , que significa ordem, harmonia .

Há harmonia e ordem no Macrocosmo, porém, neste momento, aqui neste planeta, existe caos, confusão e destruição no Microcosmo; falta-nos organizar estes sete centros, limpá-los para que possamos não só ter acesso às sete verdades sublimes, mas principalmente para que possamos cristalizar ou realizar em nós esses sete princípios.

Até aqui nossas palavras desta noite. Ficamos agora à disposição de todos para os devidos esclarecimentos, buscando não fugir do tema.

Perguntas

P: A sete sendas da felicidade, os sete Senhores Sublimes, os sete selos, os sete raios, os sete Buddhas de Perfeição, um está relacionado ao outro? Uma senda com um senhor com um selo com um raio e com um Buddha?
R: Estão relacionados, mas não exatamente da forma como você coloca aqui; lembre-se que mencionamos que essas sete mentes convergem, se cruzam, se sintetizam no corpo mental e tudo então se torna harmônico na quarta iniciação maior, ou seja, quando um de nós se transforma num Buddha vivo aqui, cristifica o seu corpo mental, então há esta perfeita harmonia. As energias provenientes dessas sete sendas da felicidade, desses sete senhores sublimes, das sete realidades contidas nos sete selos fluem ou chegam até nós porque temos uma mente cristificada. Esta é a base; este corpo mental funciona mais ou menos como a pedra cúbica que reúne em si todas as propriedades cósmicas, tomada, é claro, a pedra cúbica como um símbolo de todos os princípios químicos, energéticos, de tudo que existe no cosmo. Cristificar a mente equivale a se tornar um Buddha, e aí, sobre as categorias de Buddhas, já abordamos isso em aulas anteriores. Então convido a eventualmente ouvir outras conferências anteriores, onde ampliamos a idéia do que é alcançar o grau de Buddha.

P: Como podemos descobrir a qual raio pertencemos? 
R: O Mestre Samael no livro as sete palavras dá uma dica sobre isso: contar as linhas da testa. Porém, na vida prática, nunca consegui acertar exatamente através desse método a que raio pertencem as pessoas. Eu mesmo tenho quatro linhas definidas, perfeitamente definidas na testa. Então, seguindo esse método, para mim foi surpresa quando, em certa ocasião, alguém me disse que eu não pertenço ao quarto raio, mas, ao quinto raio. Esse sistema fica confuso; é incompleto esse sistema de diagnosticar pelas linhas da testa; resta apenas a alternativa de despertar a consciência ou ter a graça de que um Mestre venha e te revele: “Você pertence ao raio tal!” Mas, lembro apenas, que isso, só para ouvir essa revelação, é preciso ter algumas moedas cósmicas; porque nada nos é dado de graça.

P: A cada raio corresponde um oposto? 
R: Sem dúvida, cada raio tem, não diria o oposto… Se você tomar, por exemplo, o primeiro raio, existe o complemento perfeito no sétimo raio; se tomar o segundo raio, o seu complemento perfeito está no sexto raio; se tomar o terceiro raio, o seu complemento está no quinto raio – e tudo está sintetizado no quarto raio. Como você coloca, cada raio tem a propensão de desenvolver um defeito mais acentuadamente. Por exemplo, é muito conhecido que aqueles que são do raio da força, tem como seu elemento, seu traço psicológico mais forte, a ira; os do mando – que é o sexto raio – a soberba; os do segundo raio, o materialismo, o ceticismo – e assim por diante.

P: Se já tivemos cinco Mestres em nosso meio isso significa que só tivemos conhecimento de cinco verdades ao longo de todas as nossas existências? 
R: Não e sim! Por exemplo, quem se auto-realiza, é evidente que toma conhecimento não só dessas cinco verdades, mas de todas as verdades, das sete verdades, das sete sendas sublimes. Agora, a humanidade como um todo, hoje mal conhece aquilo que veio ensinar Buddha, o Cristo e só agora está tomando conhecimento da quinta verdade – que é o evangelho de Samael. Os evangelhos trazidos por esses Dhyani-Buddhas, que sempre encarnam ao final do seu respectivo ciclo, vêm sintetizar e coroar o que outros ensinaram previamente. Por exemplo, Samael veio ensinar o evangelho da síntese. Quem estuda Gnose sabe que é uma síntese; os inimigos da Gnose dizem que isso é uma salada esotérica – típico da mente tenebrosa, dos embusteiros da mente. Aqueles que têm sensibilidade e compreensão sabem que o evangelho da síntese é uma realidade, que reúne em si ensinamentos de Krishna, Zoroastro, Buddha, Cristo, da sabedoria egípcia, da sabedoria Amentina – que sequer remotamente sabemos hoje o que vem a ser a chamada Sabedoria Amentina, ensinada pelo Deus Netuno lá na antiga Atlântida; depois essa sabedoria se estendeu até o Egito antigo da qual podemos ter o último traço real e verdadeiro nos ensinamentos, na unificação das religiões que foram implantadas no Egito por Akhenaton; e aí morreu tudo, caiu tudo a partir daí; ali se perdeu o último traço dessa sabedoria Netuniana Amentina como diz o Mestre Samael…

P: Jesus foi um dos Logos que já vieram? 
R: Não, Jesus não é um Logos. Jesus é um habitante do Absoluto.

P: Desse modo, quando realizamos a conjuração dos sete, estamos trabalhando com os Buddhas? 
R: Quando realizamos a conjuração dos sete estamos invocando a força, a potência dos sete Dhyani-Buddhas, sem dúvida nenhuma.

P: O solteiro pode eliminar egos a ponto de alcançar o estado búdico? 
R: Pode, meu amigo, e isso foi esclarecido numa conferência anterior. O solteiro pode eliminar até 50% de seus egos… Se este solteiro, em vidas anteriores, cristificou seus corpos internos, uma vez que seus egos sejam eliminados poderá sim alcançar o estado búdico ou a encarnação do seu Buddha Íntimo; sem isso não poderá.

P: As outras raças viveram neste mesmo planeta? 
R: É claro, meu amigo: onde elas poderiam ter existido? Essas raças todas acontecem em nosso mundo, porque cada planeta precisa das sete raças no mundo físico, ao descer até esta dimensão. As duas raças futuras acontecerão aqui nesse planeta, a sexta raça raiz deverá iniciar na futura era de leão; isso ainda tem alguns milhares de anos pela frente.
Agora estão escolhendo as sementes daqueles que serão os genitores dos habitantes da sexta raça. Depois que terminar a sétima raça, este planeta, gradativamente, vai secar e morrer – e se tornar uma lua. No próximo dia cósmico, este planeta Terra será uma lua de um novo planeta que acolherá o espírito terrestre, a encarnação da Anima Mundi.

P: Como esses sete Dhyani-Buddhas se relacionam à Hierarquia? 
R: Bom, eles são a Hierarquia, meu amigo! Existe o Logos que é Avalokitesvara, que tem sete grandes servidores, gerentes, presidentes, que se encarregam de conduzir a vida em todo o sistema solar. Os planetas oitavo, nono, décimo, décimo primeiro e décimo segundo estão aqui colaborando com esta Hierarquia do sistema solar; eles não fazem parte direta dessa Hierarquia; eles são assessores, auxiliares; cumprem missão especial, específica – e é evidente, então, que esses sete Dhyani-Buddhas são iguais diante do Trono [o Logos]. Não existe superior ou inferior; ali, o que acontece, na prática, é o seguinte: quando o universo começa e as essências são lançadas na matriz existencial, é como uma linha de largada: todos começam juntos; isso não quer dizer que todos vão chegar juntos; uns vão chegar antes, e outros vão realizar muito mais pelo caminho. Mas aí já é da particularidade de cada um, do interesse, da força. Muitos fatores concorrem para fazer essas diferenças na igualdade inicial.

P: Cada um desses Dhyani-Buddhas está relacionado com um planeta do sistema solar? 
R: É bem mais do que isso! Esses planetas são o corpo físico desses Dhyani-Buddhas, não sei se me entende?!

P: Em cada raça ouve a manifestação de toda as sete verdades ou sete Buddhas? 
R: Não, meu amigo! Isso é impossível, pois cada raça expressa, com maior ênfase, uma das verdades. A quinta raça, que somos nós, por estar relacionada à força marciana, foi a raça correlacionada ao elemento Kali-Yuga, ao elemento material ferro, aos elementos mais densos. Cada raça expressa com ênfase o princípio de seu Dhyani-Buddha.

P: Se o planeta Terra é um Buddha? 
R: Ele não é um dos sete Buddhas, mas, sem dúvida nenhuma, o nome deste Dhyani-Buddha terrestre, é Melquisedec – o Rei do Mundo.

P: O Pai, o Ser de cada um de nós tem a mesma natureza, grandeza, desses sete Buddhas ou estão acima de nossos Pais? 
R: Isso depende! Mencionamos que esses sete são os protótipos, o raio. Todos nós que estamos conectados a um destes raios, somos filhos desses raios. Existe um Pai coletivo, por assim dizer, ao qual estamos ligados. O como isso ocorre não invalida a realidade de que cada um de nós tem o seu Pai-Mãe individual, que em Kabala recebe o nome de Ain Soph. Ain Soph está conectado a um desses sete raios ou conectado ao Logos Solar, que é a síntese de todos eles: o absoluto. A futura raça raiz estará conectada com o sexto Dhyani-Buddha que é Zacariel, do sexto raio.

Autor: Karl Bunn

Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...