sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

ORDO FRATRES LUCIS



DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS E COMPROMISSO ÉTICO PARA INGRESSAR À COMUNIDADE DOS FRATRES LUCIS 

Ao solicitar meu ingresso à COMUNIDADE DOS FRATRES LUCIS, o aspirante declara aderir aos seguintes SEIS PRINCÍPIOS: 

1º LUZ: Como FRATRES ou SOROR LUCIS viverei na LUZ que me permitirá conhecer paulatinamente a Verdade. A Luz eliminará as trevas de minha IGNORÂNCIA. Por oposição, estarei contra tudo aquilo que seja OBSCURO e deixe o Ser Humano na ignorância. 

2º VIDA: Como FRATRES ou SOROR LUCIS estarei a favor da VIDA e não da MORTE. Estarei a favor da ORDEM e não do CAOS. Estarei a favor da EVOLUÇÃO e não da INVOLUÇÃO. 

3º AMOR: Como FRATRES ou SOROR LUCIS sentirei AMOR pelo próximo, pela família e pela sociedade. Estarei, portanto, contra toda violência, ódio e guerra. 

4º LIBERDADE: Como FRATRES ou SOROR LUCIS praticarei a liberdade de pensamento. Nunca censurarei outro Irmão por suas opiniões. Estarei, portanto, contra toda forma de ESCRAVIDÃO humana. 

5º IGUALDADE: Como FRATRES ou SOROR LUCIS respeitarei os direitos de todos os meus Irmãos e terei os mesmos deveres de meus Irmãos. 

6º FRATERNIDADE: Como FRATRES LUCIS ou SOROR LUCIS praticarei a solidariedade com os meus Irmãos, e ajudarei a todos aqueles que se aproximem de mim no Sendero do Conhecimento 

Luz .'. Vida .'. Amor .'. Liberdade .'. Igualdade .'. Fraternidadeade .'.

A FRATERNIDADE DA LUZ

Em 9 de setembro de 2003, o Bispo e Grão-Mestre LEWIS S. KEIZER, da Casa do Templo e Templo do Santo Graal, com sede em Aromas, Califórnia, Estados Unidos da América do Norte, concedeu uma CARTA PATENTE à FRATRES LUCIS, em custódia do Cancellarius I Fratres Lucis FIDUCIUS e colegas, para operar como uma organização independente dos verdadeiros e históricos Fratres Lucis. 

Esta Carta Patente foi emitida pelo Grão-Mestre Lewis S. Keizer, em virtude de uma Carta de Autoridade recebida em 13 de setembro de 1992, pelo Mui Reverendo Conde GEORGE BOYER, Grande Arconte e único membro sobrevivente do Conselho dos Três da IRMANDADE E ORDEM DO PLEROMA e da IRMANDADE HERMÉTICA DA LUZ, antigamente conhecida como a IRMANDADE E ORDEN DOS ILLUMINATI OU FRATRES LUCIS, com todos os poderes para implementar, mudar, emendar, ou acrescentar estes e demais corpos incluídos. 

Essa Ordem foi chamada de ORDO FRATRES LUCIS. 

Tendo sido afastado por “venda” de iniciações do cargo que LEWIS STEWART KEISER ocupava até então, essa Carta Patente ficou “duvidosa” por vários anos. 

Em 1º de julho de 2012, o inglês MICHAEL NORMAN BUCKLEY, Grande Arconte Mundial dos Antigos Fratres Lucis, concede uma nova Carta Patente, através do encontro que teve com o Fratres Lucis Cancellarius CORUJA DO NORTE, transmitindo-lhe os graus da Antiga Tradição dos Fratres Lucis e nomeando-o como 1º Arconte Nacional para o Grande Capítulo Nacional da América Latina, autorizando a abrir os Capítulos e trabalhar com a Tradição dos Antigos Fratres Lucis. 

Essa mesma Carta Patente reconhece a ORDO FRATRES LUCIS com toda a sua estrutura administrativa intacta, tornando-a uma Ordem Externa dos Antigos Fratres Lucis. 

Em virtude da dissimulação e de medo de perder a sua autoridade, o Fratres Lucis Cancellarius Zurcan começa a fazer intrigas entre os Cancellarius, ocultando-a dos outros Cancellarius e, depois de o Fratres Lucis Cancellarius CORUJA DO NORTE propor aos demais o reconhecimento da Carta Patente, estes a negaram, pois o Fratres Lucis Cancellarius ZURCAN havia dito aos demais que essa Carta Patente era “autoritária” e que não se submeteriam a autoridade de um “Arconte”. 

Diante dessa dissimulação e depois de várias tentativas de expor o verdadeiro valor da Carta Patente, o seu reconhecimento foi negado. O Fratres Lucis CORUJA DO NORTE deixa o cargo de Cancellarius para dedicar-se à Tradição dos Antigos Fratres Lucis. 

Em virtude disso, vários Fratres e Sorores Lucis e várias Lojas solicitam ao Fratres Lucis CORUJA DO NORTE a continuação dos trabalhos sem ligações com o Fratres Lucis Cancellarius ZURCAN, que também já tinha causado vários problemas em várias lojas e entre vários irmãos. 

Diante da permanente recusa dos Cancellarius e com a autorização dada pela Carta Patente, tendo o Fratres Lucis Fiducius autorizado o uso do material da ORDO FRATRES LUCIS nos Capítulos dos Fratres Lucis (Tradição Antiga) e tendo ele mesmo se retirado da Ordem, é constituída então, com uma estrutura hierárquica dos Fratres Lucis Antigos, mas com os rituais da Ordo Fratres Lucis, é criada a FRATERNIDADE DA LUZ.

História dos Fratres Lucis

Os FRATRES LUCIS foram uma Ordem Hermética interna fundada tanto por homens como por mulheres em Florença, Itália, em 1498. 

Os seus membros incluíram mais tarde Rosa-Cruzes e Franco-Maçons, alguns dos quais tentaram desenvolvê-la no Século XVIII na Alemanha, como um sistema de Altos Graus da Franco-Maçonaria. 

Em 14 de novembro de 1953, o Grande Arconte da Ordem original de Florença, Sua Excelência Conde Pietro Da Costa-Malatesta, transferiu devidamente seu oficio de Arconte ao nosso bem amado Sua Serena Alteza Príncipe Richard John Chretien de Palatine, com plenos poderes para estender a operação de dita Ordem mediante a instituição de uma Seção Externa em adição à existente Seção Interna. 

Tal Seção Externa foi chamada de Irmandade dos Illuminati, e estava dedicada ao objetivo da restauração no mundo exterior dos ensinamentos místicos do nosso Senhor Jesus Cristo. 

O oficio de Arconte passou de Palatine ao Conselho dos Três da Irmandade e Ordem dos Illuminati, e destes ao único membro sobrevivente do Conselho, Conde George Boyer, que concedeu a Carta de Autoridade a Lewis S. Keizer como Grão-Mestre da Casa do Templo do Santo Graal.

O Rito Operativo dos Iluminados da Baviera



A Ordem Illuminati é uma ordem mista, herdeira dos Illuminati de Baviera de Adam Weishaupt, fundada em 1º de Maio de 1776. Denomina-se paramaçónica, porque não assume os Landmarks (normas) conservadoras da Maçonaria actual, porém tem uma influência da tradição maçónica.
Os Landmarks da Ordem Illuminati são seus Mandamentos.
A Ordem Illuminati transmite seus ensinamentos e iniciações por meio do Rito Operativo dos Iluminados de Baviera de treze graus, elaborado pelo Supremo Conselho da Ordem Illuminati Universalis e de Portugal. O Rito ou Sistema de treze graus da Ordem Illuminati inspirou-se dos graus do Rito dos Iluminados da Baviera, elaborado por Adam Weishaupt e Adolf von Knigge no século XVIII; e do Rito Escocês Antigo e Aceite de 33 graus; e do Rito Escocês Rectificado complementado com as experiências iniciáticas dos Mestres Illuminati que constituíram o Supremo Conselho, em várias vias tradicionais de iniciação tais como : As Escolas de Mistérios do Antigo Egipto, Kabbalah Judaica, Ensinamentos Babilónicos, Templários, Maçonaria, Rosa+Cruz, Martinismo.

Os treze graus do Rito Operativo dos Iluminados de Baviera são:

- Noviciado (Iº);

- Iluminado Minerval (IIº);

- Iluminado Menor e Iluminado Maior (IIIº);

- Cavaleiro Maçom (Aprendiz IVº, Companheiro Vº e Mestre VIº); ( dá acesso ao Círculo Externo)

- Iluminado Dirigente (Soberano Príncipe da Rosacruz VIIº, Cavaleiro Kadosh VIIIº e Soberano Grande Inspector Geral IXº);

- Sacerdote Iluminado (Xº) (dá acesso à Circulo Interno)

- Príncipe Iluminado (XIº);

- Mago Filósofo (XIIº) (dá acesso à Ordem Interior) 

- Homem Rei (XIIIº).

O Rito Operativo dos Iluminados de Baviera dá importância aos pilares fundamentais da iniciação (vontade, coerência, ordem, despertar da consciência e a Divindade Interior); às vias tradicionais de iniciação ( Kabbalah, Simbolismo, Alquimia), com as quais se culmina a mesma; e à capacidade dos iniciados, nos altos graus, de transformarem-se a si mesmos na própria personalidade, buscando o andrógino divino e alquímico, para assim poder transformar toda a realidade que os envolve, sempre buscando um mundo mais justo e livre.

A Ordem é secreta por se tratar de uma Via profundamente espiritualista. Só transmutando interiormente o indíviduo, se consegue depois transformar as consciências e assim mudar o Mundo á nossa volta, em Paz e Harmonia, respeitando as Leis do Universo.

Sobre a Ordem Illuminati em Portugal
Introdução

A Ordem Illuminati é uma instituição de forte cariz espiritual e humanista, mas animada por dois princípios: Igualdade e Justiça. Toda a manifestação é baseada nestas duas premissas que são geradoras de luz para a humanidade.
A Ordem propõe-se levar ao mundo uma Nova Ordem Mundial e para isso conta com as forças motrizes da sociedade como um todo, independente de ideologias e religiões. A nossa união é baseada nos mais puros princípios morais, alicerçando-se nos ensinamentos dos grandes Mestres de todos os tempos. Todo o Iluminado é formado para oferecer o máximo de si, para todos. O seu único vínculo é com a verdade inscrita no templo chamado Natureza.
O mundo na sua actual conjuntura está moralmente falido e socialmente desajustado. Nestas condições somente pode haver guerra, terrorismo e fome, pois os valores fundamentais foram esquecidos. O mundo e o ser humano, mais do que nunca precisa de ajuda. Não é aceitável que os seres humanos se assemelhem a animais. Os factores obsoletos deste mundo antigo e decadente devem ser destruídos. Os iluminados podem ajudar, devem, e querem. A felicidade de todos é o seu objectivo, independentemente da côr, raça ou religião.
A política, a religião e o estado devem estar a serviço do homem. O homem não deve ser servo do estado, da economia ou da religião; é a religião, o estado e a economia que devem servir o homem e proporcionar condições mínimas e sustentáveis para o Mundo. A máquina pública não deve ser privatizada, pois a mesma deve estar ao serviço da Igualdade. A Justiça e governo devem equilibrar-se para gerar a sociedade perfeita. O poder deve ser gerido com imensa responsabilidade, ele é recebido por decisão do povo, para servir o mesmo. Numa sociedade igualitária poder e autoridade são sinónimas de pessoas que devem servir.
A prosperidade deve ser distribuída a todos, e a todos deve ser providenciado acesso aos avanços sociais e tecnológicos. É necessário agir nesta justa distribuição. As palavras nada valem quando não são acompanhadas de acção. A acção deve se ajustar às leis universais, ser sua colaboradora. Equilíbrio e Igualdade são as leis.
Unindo-nos, realizaremos mais. Os grupos que trabalham pela mudança são realmente iluministas num sentido lato da palavra. São focos de luz; geram a luz e trabalham na luz. Nada no tempo e no espaço é inútil. Avançar é preciso. Trabalhando conjuntamente, ou individualmente, poderemos imenso. Todo o trabalho é importante, seja a nível científico, nas lutas sociais, políticas ou económicas.
Confiamos na Humanidade e nos seus valores tradicionais, como família, carácter e honra. Seguiremos amparados pelos factores elevados da luz, e pela nossa crença na vitória do bem. Levaremos adiante o nosso projecto de sociedade perfeita. O mundo segue a acção e despreza a inércia. Atingiremos por essa acção e pesquisas um alto grau desenvolvimento espiritual e material. O novo mundo nasce. A Nova Ordem é estabelecida.

Surgimento da Ordem Illuminati



A Illuminati é uma instituição milenar, nascida no alvorecer da história. Nos seus fundamentos estão segredos específicos, formando uma sociedade baseada no sigilo e na obediência. O sistema dos iluminados foi desenvolvido por diversos líderes, entre eles Hassan Sabath (nazarins – 1090), de Bayezid Ansari (roshynaia – 1550), e dos iluminados de Weishaupt (1776). Outras dezenas de grupos menores desenvolveram o sistema illuminati, mais ou menos perfeitamente.

A Illuminati no ocidente

Em 1776, o alemão Adam Weishaupt funda a Ordo Illuminatorum, sociedade baseada em princípios de reforma moral e social. Organizaria rosacruzes, maçons, esotéricos, clérigos e outras ordens numa sociedade disciplinada. Começariam então as mais importantes mudanças político-sociais dos próximos 200 anos.

A Ordem hoje

A partir da perseguição do governo Bávaro contra a Ordem em 1785, houve uma internacionalização da Ordem. A Providência assim prova de que de um mal adveio um grande bem. Pois estas grandiosas idéias então invadiram o mundo. Membros banidos da Bavária foram espalhados por toda Europa, América e Asia, levando a luz. Mesmo já no ano de 1785 existiam mais de 200 redutos illuminati instalados no mundo. As perseguições sofridas longe de abater os ânimos destes notáveis, elevou o padrão de atuação. Na continuidade, a Illuminati como Ordem foi refundada novamente pelo mestre Paolo Bortel (maçom/rosacruz). Recebeu como tantos outros a inspiração da Providência, reativando a Ordem em 1999. Foram instalados novamente os mesmos procedimentos iniciáticos iluministas milenares que caracterizavam as organizações de Hassan Sabbath, Bayezid Ansari e Adam Weishaupt.

FIAT JUSTITIA, RUAT COELUM

“Faça-se a justiça, mesmo que desabem os céus”

A Ordem Illuminati é uma associação animada por dois princípios: igualdade e justiça. Toda nossa manifestação é baseada nestas duas premissas, que são geradoras de luz para a humanidade. A Ordem se propõe a levar o mundo a uma Nova Ordem. Para isso, conta com as forças motrizes da sociedade como um todo, independente de ideologias e religiões.

Nossa união é baseada nos mais puros princípios morais, sem esquecer os ensinamentos dos grandes mestres de todos os tempos. Todo iluminado é formado de modo a oferecer o máximo de si, para todos. Sua única vinculação é com a verdade inscrita no templo chamado Natureza.

Objetivo Social da Ordem Illuminati

Criar lideranças capazes, fazer a sociedade avançar rumo à Nova Ordem Mundial, difundir o iluminismo e cultuar os valores da paz, justiça e igualdade.

ORGANIZAÇÃO

“Fortiter in re, suaviter in modo”

A Illuminati é uma instituição baseada na obediência e no sigilo. A hierarquia e rígidos princípios morais prevalecem na Ordem.

Somos uma organização registrada no Brasil (CNPJ e INPI), atuando de forma independente, em nível nacional brasileiro, sem ligações estrangeiras.

Para esta nova geração, estabeleceu-se novas formas de atuação, ação e reação, e sistemas diferenciados de instrução. Modernos métodos de conscientização são utilizados, assim como de mudança social.

Os objetivos da Ordem são alcançados através de seus membros que, com seus projetos, ações e atitudes alicerçam a Nova Ordem.

FRATICELLI – JOVENS ILUMINISTAS

Fraticelli é uma organização de jovens entre 18 e 24 anos, de ambos os sexos. A participação é livre de taxas ou qualquer tipo de doação, porém exigimos 1 (um) ano de permanência mínima na organização e cumprimento integral de todas as regras.

Alguns dos nossos requisitos de ingresso são:

– Boa gramática;

– Boa conduta moral e social;

– Segundo grau completo;

– Não ser usuário de entorpecentes;

– Estar em dia com suas obrigações civis (voto, alistamento militar);

– Não estar sendo processado por dano ao próximo (roubo, corrupção, etc)

Concepção de Iluminismo

O Iluminismo é o complemento natural do cristianismo.

O Iluminismo é o grande sistema mundial que porá em pratica os princípios cristãos. Se coube aos profetas antigos fundarem as grandes religiões para conduzirem a humanidade, cabe agora aos iluminados a tarefa de implantar o grande reino da verdade, baseado na igualdade, justiça e fraternidade. O Iluminismo é o desfecho final de dois milênios de testes, provas, erros e acertos que a humanidade se submeteu para encontrar a luz.

Num    sentido    mais    profundo    e diferenciado, o iluminismo pode ser definido como o conjunto de idéias originais que surgiram desde o início da humanidade, e que possibilitaram seu crescimento espiritual e material. A civilização sempre dependeu do iluminismo para se erguer acima das trevas obscurantistas e das condições desfavoráveis, e dependerá deste para se manter e buscar soluções.    As    inovações    constantes    e descobertas materiais e revelações espirituais poderão manter a humanidade no rumo da perfeição. São os iluminados que através de sua coragem social e política, facilitam a vida de muitos, e elevam o padrão material e espiritual dos povos.

Resumo de um Ritual de Eleito Cohen



Texto de Christopher McIntosh, traduzido pelo amado irmão Leonardo MP e disponibilizado na página Hermanubis, constando das páginas 21 a 25 da obra "Eliphas Levi e o Reavivamento do Ocultismo francês".

Antes do ritual os participante jejuava durante onze horas. O jejum era um costume estabelecido em rituais mágicos e, segundo Pasqually, ajudava a liberar a alma e lhe permitia se comunicar com o "centro da verdade".

A época em que a cerimônia aconteceria era guiada através de considerações celestiais, já que Pasqually acreditava em um tipo de astrologia idissiocrática. "Os corpos do universo" declarou, "são todos os órgãos vitais da vida eterna."

Peculiarmente influente era a Lua, devido a sua proximidade, e o Sol, porque a vida na Terra era dependente de sua luz. Logo, Pasqually escolheu os equinócios para seus rituais mais importantes, e também considerou a Lua crescente como uma influência propícia. Estas condições animavam os espíritos bons cujo apoio era necessário para os funcionamentos teurgicos. Devia-se evitar, a todo custo, as influências demoníacas e as más inteligências que povoam o domínio astral.


René Le Forestier, em seu La Franco-maçonnerie el au del occultiste 18e siècle et l'Ordre des Elus Coëns, extraiu e resumiu junto a um fascinante quadro os rituais praticados pela Ordem de Pasqually.

O mais simples destes era a "invocação diária", na qual o adepto teria que traçar um círculo no solo, e no centro deste, colocaria uma vela e escreveria a letra W. Então ele se coloria de pé no círculo e sustentava uma luz para ler sua invocação que dizia: "Oh Kadoz, Oh Kadoz, quem permitirá que eu retorne a ser o que era originalmente, uma chispa da criação divina? Quem permitirá que me converta em virtude e eterno poder espiritual...?"

Os rituais mais importantes, porém, tomaram a forma de uma série de invocações que eram desenvolvidas ao longo de três dias consecutivos, que deveriam ser entre a Lua nova e o fim do primeiro trimestre do ano. Os detalhes do ritual, como o traçado no solo dentro do qual o adepto operava, eram mudados periodicamente na medida em que Pasqually revisava constantemente os procedimentos e introduzia novos. Uma característica muito constante, porém, era que o método produzia um aroma temperado e ardido durante a cerimônia. O adepto levava um prato de cerâmica pequeno que continha carvão em brasa, no qual ele espargiria periodicamente uma mistura que continha os seguintes ingredientes: açafrão, incenso, enxofre, sementes de papoula branca e negra, cravos de cheiro, canela branca, mastic (ou miski), sandaraca, noz-moscada e esporos agáricos.

As vestes levadas pelo operador provavelmente também era firme. O blusão, calça e meias eram negras. Em cima destes, ele levava uma túnica branca e larga com bordas vermelhas, e em cima disso uma fita azul era pendurada, uma cinta negra, uma faixa vermelha e uma faixa verde. Como um exemplo do procedimento levado a cabo pelo adepto sobre os três dias, o que se segue é um esboço do método prescrito por Pasqually em 1768. Em todas as manhãs o adepto iniciava seu dia lendo o ofício do Espírito Santo e quando bastava, ele entrava na privacidade de seu quarto aproximadamente às dez horas. Ali, lia alguns salmos e litanias de um devocionário e, tendo feito isso, ele estava pronto para delinear o traço cerimonial no solo com um giz. No lado oriental do quarto, traçava um segmento de um quarto (1/4) aproximadamente com o ponto defronte ao ocidente, e então desenhava uma linha através do segmento que formava um triângulo isósceles com os dois raios. No triângulo era desenhado um pequeno círculo dividido por uma cruz. Então no lado ocidental do quarto desenhava um círculo maior conhecido como "o círculo do refúgio" que estava separado a dois pés do ponto do segmento. Neste círculo ele desenhava as importantes letras LAB e ao longo do ramo ocidental da cruz no círculo pequeno ele colocaria as letras RAP. Isto completava o traçado.

O operador então colocava oito velas no traçado: três nos pontos do triângulo, uma ao lado das letras RAP, duas em cada extremo do arco do segmento, uma ao centro da base do triângulo e uma ao centro do círculo do refúgio. Ele também escrevia outros nomes místicos.

O adepto então estava pronto para a operação que teria que começar precisamente a meia-noite. Quando os dozes toques do sino começavam, ele retirava seus sapatos, removia a vela do círculo do refúgio, acendia ela fora do círculo, disposta a sua direita. Em seguida, inclinava-se no círculo, com seu rosto contra o chão, sua testa descansando em seus dois punhos.

Permanecido durante seis minutos nesta posição, ele se colocava de pé e acendia as velas no segmento. Estas que ele reconstruiu para que a que estava ao lado das letras RAP e a da base do triângulo seria colocado fora e em situação oposta ao centro do arco.

Então ele se ajoelhava no segmento, joelho direito na terra e as mãos no solo para que as pontas dos dedos indicadores fossem formar juntos num ângulo reto. Permanecendo nesta posição, cada um dos nomes inscritos no desenho era repetido e fixava-os na seguinte fórmula que ele recitava três vezes por cada nome: "In quali die… invocavero te, velociter exaudi me." Ele então pedia a Deus que lhe concedesse a graça que ele desejava, "um coração sincero, verdadeiramente arrependido e humilde."

Tomando o prato que continha carvão em brasa, ele atirava diante dele um pouco da mistura aromática e executava uma volta no segmento. Finalmente se sentava com o prato, no círculo de refúgio e então um período de meditação era estabelecido.

Presumia-se que o adepto deixava o círculo somente entre 1:30 e 2:00 da madrugada na primeira noite. Quando terminava, apagava todas as figuras traçadas no chão e repetia as invocações e sinais que havia efetuado, os quais representavam os anjos bons e degredando as fórmulas para as representações do mal. Quando todos os traços fossem apagados, retirava-se para seu leito. O exílio dos espíritos maus e a invocação dos bons era uma parte importante dos rituais de Pasqually. Outra cerimônia, chamada de "o Trabalho do Equinócio", incluía o seguinte discurso aos anjos maus:

"Eu conjuro-te, Satanás, Beelzebub, Baran, Leviatã: todos vós, terríveis seres, seres de iniqüidade, confusão e abominação, escutem minha voz e tremam ao meu mando; vós todos, os grandes e poderosos demônios das quatro regiões universais e todas as regiões demoníacas, espíritos sutis de confusão, horror e perseguição, escutem minha voz e tremam quando esta soar entre vós e durante suas operações malditas; eu vos ordeno através daquele que profere morte eterna a vós todos."

Há então, em seguida, uma pronunciação a cada um dos quatro demônios principais mencionados, começando com Satanás.

"Em ti, Satanás, eu imponho excomunhão, ato-te e delimito-te a tua espantosa região em nome do Altíssimo, Deus, o Vingador Eterno e Recompensador..."

Em seguida, uma invocação aos anjos bons era realizada. Tudo isto ocorria dentro de um esquema similar ao que já era utilizado para a cerimônia descrita. Nenhum destes rituais, no entanto, tinha o principal objetivo de chamar espíritos particulares e especiais. O objetivo principal era de uma ordem maior, a saber, a comunicação com o que Pasqually chamou de "A Causa Ativa e Inteligente". "Por isso", diz A. E. Waite, "a escola de Martinez de Pasqually põe-se totalmente fora dos limites estreitos e motivos sórdidos da magia cerimonial."

A aptidão nestas cerimônias não era o único elemento exigido do Eleito Cohen. Também era exigido seguir certas normas de conduta. Por exemplo, sempre era proibido consumir sangue, rins ou gordura de qualquer animal ou comer a carne de pombos domésticos.

Não era permitido, exceto com moderação, agradar os sentidos e deveria evitar a fornicação.

Igreja Gnóstica Apostólica & the Rose + Croix


A Igreja Gnóstica Apostólica da Rosa Cruz teve início em uma lei de 1905. Mas sua aparição é mais recente, em 1 de Julho de 2016, data atual de fundação. Esta é uma Igreja propriamente dita, diferente das outras que vimos, que estão vinculadas a Ordens de iniciação RC, e se trata de uma busca de cristianismo primitivo, sendo gnóstica. É mais um conjunto de práticas e tem muito em semelhança as igrejas cristãs. Entende os manifestos da RC como nada além da busca de um cristianismo primitivo. Também amplia o canon e aceita os evangelhos ditos apócrifos, os gnósticos ou aqueles achados em Mar Morto. Critica aqueles que atribuem origens maravilhosas ou misteriosas para a Rosa Cruz.

Trabalhando em seis pontos:

Voltar ao cristianismo primitivo, de maneira direta com a Divindade, livrando da escória do papado.

Sacerdócio compartilhado por todos os seus seguidores.

Um rito necessário para ajudar a regenerar.

Um trabalho, constantemente renovado, para adquirir mais poder espiritual: a alquimia.

Uma dever: para aliviar seu próximo dos seus sofrimentos.

Uma ambição para os homens da Companhia (e mulheres ...) a melhorarem, corrigindo-se em silêncio.


Então, diferente do que vemos em outras igrejas, onde um sacerdote ou ministro trabalha com certa concentração de poder, nessa igreja o mesmo é compartilhado. O poder estaria com Cristo. Mas como se disse, se afastando de papado, o que estaria em manifestos originais. Bem como falamos, a semelhança de Ordem Rosacruz de Ouro, através de uma Igreja. Lá na GURC isso se daria entre inciados já avançados em seu sistema. Aqui se trata de uma Igreja mesmo, sem essa fase de ordem iniciática. Dos pontos citados, os quatro primeiros são preparatórios, e os dois últimos, objetivos.

É gnóstica porque recusou todos os "ajustes" que a Igreja universal teve que sofrer continuamente desde o século IV. Estão comprometidos com a mensagem do Evangelho original, em seu sentido mais amplo e prático no estudo. Assim, não ditos de teologia, mas apresentam pareceres e práticas para o estudo dos seus clérigos. E como já falei, aceitam mais evangelhos do que aqueles do canon de Nicéia, e do que outra igrejas aceitam, também aceitando a Bíblia, por óbvio. Dizem que não há nenhuma condenação a temas como a orientação sexual. Deve-se sim acolher o estrangeiro, perdoar. Aceitam também todos os escritos gnósticos e pseudognósticos do século 1, inclusive Simão, Marcion, Basilides, Valentin, Dionísio, Clemente, Orígenes, bem como autores tradicionais da Rosacruz, como Andrea, Boehme, Eckartshausen, Saint-Germain, Steiner etc.

Autel

"Apostólica" porque seus bispos são consagrados validamente de heranças de sete apóstolos, através de 46 afiliações romanas, galicanas, ortodoxas, coptas, mariavitas, nestorianas ... que fazem seu clero forte no mundo em termos de apostolado. Não aceitam doações. Veem a Rosacruz como resultado de um gnosticismo protestante publicado por teólogos da Universidade de Tübingen. Um lugar para aqueles que já enfrentaram tanto abusos de igrejas, como de organizações rosacruzes. Para eles ninguém é espectados passivo, todos são cléricos. Uma comunidade pneumática, espiritual. Isso se referindo também ao Espírito Santo e mesmo plenitude, pleroma.

Assim o verdadeiro cristianismo seria envolto desse gnosticismo, e assim multiforme, Deus sendo acesível por êxtase, oráculos e teologia negativa. Assim perseguido em anos de 500 e restaurado com Boehme e grupo no sécuilo 17. A descoberta de Pistis Sophia, a Bíblia gnóstica em século 19 reacendeu a possibilidade de se restaurar esse cristianismo perdido e original. Os rosacruzes tiveram um papel nisso.Assim nessa Igreja Gnóstica em seu tempo e em sua tradição, preferiam:

A leitura de textos em vez de o catecismo.

Questionamento livre em vez de crença cega.

Prática em vez de discurso.

Filosofia em vez de teologia.

A coincidência de opostos em vez de mortificação.

Seriedade em relaxamento, em vez de autossatisfação pedante.

A gaia ciência, em vez de um perda em seminário.

Vem assim de trabalho de imposição de mãos, passando o fogo do Espírito Santo. E quem manda é o Bispo, a exemplo de antigas igrejas, os outros apenas o auxiliando. E vem da tradição Sirio-jacobina de Antioquia. Outros títulos, como arcebispo, cardeal, etc, são meramente administrativos. Nela os sacramentos mistérios celebrados, na plenitude dos seus ensinamentos perdidos ou escondidos por grandes igrejas são 6 em número:

Eucaristia

Batismo de adultos

Crisma

Casamento

Unção dos enfermos e moribundos

Ordenação

Nef

Possui nove ordens tradicionais em sua ordenação.

Cléricat (clérigos, a ordem secular)

Ostiariat (porteiros, minor)

De leitores (leitores, minor)

Exorcista (exorcista, minor)

Acólito (acólitos, minor)

Sub-diaconato (subdiáconos, minor)

diaconais (diáconos, grande ordem)

Prebytérat (padres, grande ordem)

Bispos (Bispos Plenipotenciário, grande encomenda)

Também dão os mistérios de cavaleiros tradicionais:

+ Cavalheirismo,

+ A Ordem de Santa Maria Maximilian II Teutonica

+ Outra cavalaria espiritual e segredo esotérico

Autel

O primeiro contato com seus ritos é realizado por um convite para participar de uma missa esotérica aberta. A primeira etapa do trabalho começa com a ordenação de funcionário e confere o título de cavaleiro. A proposta é trazer indivíduos-chave de todas as idades, gêneros, orientações e opiniões no esoterismo Cristão e suas aplicações práticas. Nisso se assemelha um pouco com outras escolas gnósticas, e mesmo outras fraternidades rosacruzes, como a Fraternitas Rosacruciana Antiqua, a Lectorium Rosacrucianum, a Max Heindel e outras. O esoterismo cristão tem essa base gnóstica e isso é inegável. A Rosacruz pareceu continuar isso, seja por fraternidade, seja por igreja. E assim se dedica a conhecer o destino, a melhorar a relação com o próximo, a aliviar sofrimento do próximo e preparar vida após a morte. E envolve em seus ensinos, a teurgia. A teurgia mostra a invocação técnica ou encarnação de seres ou mundos, "superior" ou divino. Mas não impõe pontos de vista. Como já falei, se trata de restauração de um cristianismo primitivo.

Assim o acesso a Igreja é por livre escolha para homem ou mulher com 18 anos ou mais, sem racismo, homofobia, sexismo, livre, e que nem apoie qualquer extremismo político ou ideologia totalitária. Assim vemos a diferença de certas igrejas, que são usadas como instrumento de eleições e para apolítica, bem como intolerância, e aqui na EGAR+C não ocorre. Vemos inclusive o absurdo de se usar o nome de Cristo para perseguir os irmãos, em vez de lhes dar apoio. Também não professa nenhuma ufologia, milagreirismo, ou delírio mental. Esses que não seguem absurdos podem então ingressar na Igreja Apostólica e Gnóstica Rosa Cruz. De interesse é que ela entende as mulheres como apóstolas, como exemplos de Maria Madalena, Maria Salomé e muitas outras. Também não impede separação de casais. E como se falou, não julga a orientação sexual das pessoas. Os mistérios cristãos são assim a todas as pessoas.

fonte: http://eglise-gnostique.org

Os Rosacruzes Poloneses dos Séculos XVII e XVIII – As Perspectivas Teóricas de Rafal T. Prinke



Rafal T. Prinke escreveu sobre as possíveis conexões entre Michael Sendivogius, o grande alquimista polonês, com os primeiros Rosacruzes no Hermetic Journal no.15, mas existem também alguns outros fatos que se referem aos Rosacruzes poloneses. Suas atividades parecem ter sido centradas em Gdansk (Danzig) onde uma primeira apologia rosacruciana fora publicada em 1615 - por Julius Sperber - Echo der von Gott hocherleuchteten Fraternitet, des loblichen Ordens R.C. [ Eco da fraternidade iluminada por Deus], nas mãos de Sperber, a sabedoria transmitida por Christian Rosenkreutz torna-se uma antiga doutrina secreta que se poderia remontar aos tempos bíblicos.

Essa sabedoria achava-se incorporada num ensinamento que, por intermédio de Noah (Noé) e dos patriarcas, foi depois passado a Zoroastro, aos Caldeus, aos persas, aos egípcios; voltou a ser preservada na cabala Judaica. Uma nova época começou então com Cristo, que mostrou a todos os homens o caminho da bem-aventurança, reservando, porém, a alguns poucos escolhidos o conhecimento do caminho da sabedoria divina. Mais tarde, essa sabedoria quase se perdeu, exceto em terras pagãs; mas somente poucos, muito poucos cristãos a encontraram. Tais foram, segundo Sperber, Cornelius Agrippa, Johannes Reuchlin, Marsilio Ficino, Pico della Mirandola e Aegidius Gutmann. Sperber considerava os rosa-cruzes herdeiros dessa sabedoria.


E tudo isto é especialmente interessante porque apresenta o Rosacrucianismo no contexto hermético-ocultista, à qual ficou conectado desde então. Como este livro foi publicado em 1615, isto é, um ano depois do Fama e no mesmo ano que o Confessio, pode até ser considerado como uma peça do mesmo enredo. Neste caso, teríamos que aceitar a existência da Ordem Rosacruz como uma organização estruturada, tendo representantes em várias partes da Europa, o que não é completamente impossível.

Christopher McIntosh menciona rumores de uma Ordem Rosacruz funcionando em linhas alquímicas por volta de 1622 no Hague e em várias outras cidades inclusive Gdansk, na Polônia. Provavelmente a mesma Ordem foi descrita por Peter Mormius como ativa em 1620 e que também preocupava-se com alquimia.

Significativamente, foi chamado de Rosa Cruz Áurea ( Rosa- Cruz de Ouro), nome que mais tarde, no século XVIII, orientaria alquimicamente uma organização conectada à Franco-Maçonaria. Parece possível que esta organização alquímica com lojas ou centros em Gdansk e outras cidades fossem ramos da Fraternidade original ou mesmo um grupo fundado durante a "febre" rosacruz que seguiu-se à publicação do Fama e do Confessio, devido às dificuldades em se contactar a fraternidade original.

No caso posterior o fundador (ou um deles) pode bem tem sido Julius Sperber, acima mencionado. O grupo de Rosacruzes em Gdansk continuou a publicar livros até o final de século 17, entre os quais, por exemplo, os trabalhos de Geber e Chemia Philosophica de Jacob Barner. Um dos mais interessantes artigos publicados por eles foi Ein ausfuhrlicher Bericht von der Ersten Tinctur-Wurtzel... (1681) por Wincenty Kowski ou Koffski. Era uma tradução alemã do trabalho previamente publicado em latim como Tractatus de prima materia veterum lapidis philosophorum na coleção Thesaurinella olympica aurea tripartita, editado e introduzido por Benedictus Figulus (Frankfurt, 1608).

De acordo com alguns relatos, Figulus em sua introdução alude à uma associação secreta de alquimistas, mas isto não é de interesse principal aqui. Muito mais interessante é seu relato sobre a vida de Wincenty Kowski, sobre quem nada é conhecido de outras fontes. Figulus declara que ele nasceu em Poznan, se tornou um monge dominicano em um monastério em Gdansk e era alquimista (de outras fontes é sabido que monastérios dominicanos eram centros de práticas alquimicas).

Ele escreveu seu Tractatus de prima materia no fim de sua vida, tendo concluído em 3 de maio, 1488, e tendo morrido no mesmo ano. Antes de sua morte ele o escondeu sob um tijolo em cima de sua cela. Foi descoberto em 14 de agosto, 1588 e publicado em 1608. Não existiria nada especial sobre tal fato se uma série de coincidências não aparecesse. Em primeiro lugar, nós temos Gdansk novamente menciondado como o lugar onde o sistema de Kowski havia tinha sido encontrado (entretanto, primeiramente publicado em Frankfurt-am-Mein); foi então traduzido pelo rosacruzes de Gdansk para o alemão, e finalmente o período de tempo da morte de seu autor à sua publicação era exatamente de 120 anos, o mesmo período que decorreu da morte de Christian Rosenkreutz para a abertura de sua tumba. Como a história inteira estava impressa bem antes do Fama, pode vir à indicar a existência de uma certa tradição que irrompe na história sob diferentes disfarces e em diferentes lugares. Talvez possa estar conectado à obra de Simon Studion ( Naometria ), como alguns autores sugerem, ou pode apontar para a existência de uma organização hermético-alquímica de caráter rosacruciano antes mesmo da circulação do Fama e do Confessio.

Além de Gdansk, é possível que a Cracóvia fosse outro centro de atividades da Ordem, porque ela era a capital do país e abrigava uma universidade. A alquimia de Paracelso estava intensamente sendo estudada por lá e seus livros publicados, e até mesmo o próprio Paracelso visitou o lugar em várias ocasiões, tendo amigos e pacientes na região (especialmente a família de Boner, Wojciech Baza e Dawid Mayer). De maneira interessante, Paracelso também visitou Gdansk pelo menos uma vez. Podemos também lembrar, mas sem entrar em detalhes, que Comenius (Jan Amos Komensky), que frequentemente acredita-se conectado com os Rosacruzes, por que de fato estava, passara a maior parte de sua vida na Polônia, na cidade de Leszno, e que John Dee em 1585 encontrava-se na Cracóvia, onde conheceu o hermetista Hannibal Rosseli, o mesmo John Dee, que de acordo com F. Yates pode muito bem ter em última instância originado o movimento rosacruz.

A próxima fase da história do Rosacrucianismo, aquela da Rosa Cruz Áurea, começara com a publicação de Die wahrhafte und volkommene Bereitung... [ A verídica e perfeita preparação da pedra filosofal, da fraternidade da Ordem Rosa Cruz de Ouro e da Cruz Rosa (ou vermelha) ...] por Sincerus Renatus ou Sigmund Richter em 1710. (Sigmund ) Samuel Richter era um pastor luterano, pouco se sabe sobre sua vida. Perante sua obra sabe-se que baseava-se principalmente nos trabalhos de Julius Sperber de Gdansk e Michael Maier, que o conecta à Michael Sendivogius, admirado por Maier. Porém, o nome da Ordem Rosa Cruz de Ouro já havia aparecido em 1620 e também estava conectado à alquimia. Portanto, é bastante plausível que a ordem do século 18 fosse uma continuação da antiga que havia estado ativa no Hague, Gdansk e outras cidades.

Quando a Ordem Rosa Cruz de Ouro foi "maçonizada" e realmente tornou-se um dos numerosos ritos de Maçonaria, também tivera lojas ou "círculos" na Polônia, especialmente em Warsaw. Esta corrente do Rosacrucianismo foi provavelmente introduzida na Polônia por Jean Luc Louis de Toux de Salvarte, um maçom aventureiro que viajou por toda a Europa antes dele vir a instalar-se em Warsaw em 1749 e que havia sido iniciado nos mais altos graus da Rosa Cruz de Ouro em Viena por volta de 1741. Entre outros membros da Ordem estavam : o último rei da Polônia, Stanislaw August Poniatowski, seu irmão Kazimierz Poniatowski, Josef Jerzy Hylzen, que também era presidente do sublime conselho escocês do Grande Oriente da Polônia, Samuel Okraszewski, um químico que fez experiências com vôos de balão, e Karol Henryk Heyking, uma das figuras mais importante da Maçonaria polonesa.

Próximo ao final do século 18 o mestre dos rosacruzes poloneses com o título de "Justitiarius" era o Conde Karol Adolf Bruhl conhecido na Ordem como Frater Oscarus. Outro membro importante e influente era o Conde August Moszynski, magnata e alquimista, que tivera um laboratório em seu palácio em Warsaw e conduzira experiências alquímicas financiadas pelo Rei Stanislaw August Poniatowski. Ele também ficou conhecido como a pessoa que expôs as fraudes de Cagliostro numa visita posterior à Warsaw em 1780.

O problema de "sucessão" para Rafal T. Prinke

Parece haver três possibilidades para ser levar em conta:

(1) Existiam duas organizações distintas usando nomes semelhantes, um do qual estava preocupado "reforma universal" no espírito de várias utopias (e isto era provavelmente organizado muito frouxamente e incluía Johann Valentin Andreae e seu círculo ( o círculo de tübingen) , Comenius, etc.), enquanto o outro estava preocupado com alquimia e a filosofia hermética e incluía entre seus membros Julius Sperber, Michael Maier, Michael Sendivogius, Robert Fludd, e outros;

(2) que estes eram dois ramos da mesma organização, a filial alquimica sendo chamada "de Ouro" para distiguí-la propriamente do ramo reformista;

(3) existia uma só Ordem dedicada ao o estudo da alquimia e da tradição hermético / gnóstica, enquanto o Fama, Confessio e o Casamento Alquimico eram sátiras produzidas por Andreae sobre a verdadeira fraternidade dos rosacruzes.

Referências

- The Jagged Sword and Polish Rosicrucians, by Rafal T. Prinke, article originally published in Journal of Rosicrucian Studies, 1 (1983), 8-13.

- Michael Sendivogius and Christian Rosenkreutz, by Rafal T. Prinke, Article originally published in The Hermetic Journal, 1990, 72-98.

The Mystic Brotherhood University