terça-feira, 16 de agosto de 2016

Biografia Thomas Browne


Thomas Browne (Londres, 19 de octubre de 1605 – Norwich, 19 de octubre de 1682) fue un escritor inglés de varias obras que mostraban su amplia formación en diversos campos, como la medicina, la religión, la ciencia y lo esotérico. Los escritos de Browne muestran una profunda curiosidad hacia el mundo natural, influenciado por la revolución científica de investigación de Bacon. obras literarias de Browne están permeadas por referencias a las fuentes clásicas y bíblicas, así como la idiosincrasia de su propia personalidad. Aunque a menudo se describe como el sufrimiento de la melancolía, sus escritos se caracterizan también por el ingenio y el humor sutil, mientras que su estilo literario es variado, según el género, lo que resulta en una prosa rica, única que se extiende a partir de observaciones de portátiles en bruto a la elocuencia barroca pulida.

Hijo de un mercader en sedas de Upton, Cheshire, que falleció cuando él todavía era joven, estudió en el Winchester College. En 1623, ingresó en la Universidad de Oxford, en la que se graduó en 1626, en el Pembroke College. Amplió sus estudios en varias Universidades de la Europa Continental, entre ellas Leiden, donde obtuvo el Doctorado en Medicina en 1633. A su regreso a Inglaterra, se estableció en Norwich en 1637, donde vivió hasta su muerte en 1682, ejerciendo su oficio de médico. Durante la Guerra Civil Inglesa, Browne se mostró antipuritano y realista, y tras la victoria de las fuerzas parlamentarias, esperó tiempos mejores. En 1671, tras la Restauración de los Estuardo, Carlos II durante una estancia en Norwich junto a la Corte, visitó la casa de Browne, a sugerencia de John Evelyn. Durante un banquete con las autoridades locales, y viéndose obligado el rey a honrar a algún magnate local, el alcalde fue propuesto para su nombramiento para caballero. Éste declinó el honor, y en su lugar propuso el nombre del learned doctor of European fame (erudito médico de fama europea), obteniendo así Browne el título de Sir. Falleció el día en que cumplía 77 años.

Obra

Los escritos de Browne reflejan amplia curiosidad hacia el mundo natural, influido por la revolución científica de Francis Bacon. En contraposición, su fe cristiana anglicana mostraba tolerancia y buena voluntad hacia la humanidad, en una época que solía ser a menudo intolerante. Un consumado artista literario, las obras de Browne muestran, en muchas ocasiones, frecuentes referencias a las obras clásicas, y a las fuentes bíblicas, además de a su propia personalidad. Su estilo literario varía de acuerdo con el género que cultivase, lo que produjo una prosa rica e infrecuente, que iba desde las notas y observaciones sin pulir, hasta la elocuencia y retórica más barroca, donde brilló de forma deslumbrante.

Jorge Luis Borges mostró su admiración por Browne y le llamó el "mayor prosista de la lengua inglesa".

Destacan sus obras:

Religio Medici (La religión de un médico) que apareció en edición no autorizada en 1642, en la versión autorizada en 1643. Proclama las excelencias del cristianismo. Siendo tanto su testamento espiritual, como su autorretrato psicológico.
Pseudodoxia Epidemica, or, Enquiries into Very many Received Tenets, and commonly Presumed Truths (Pseudodoxia epidemica o Investigaciones sobre los errores populares en materias geográficas, naturales, históricas o filosóficas), cuyo título se refiere a la prevalencia de creencias falsas y "vulgares errores", publicada entre 1646 y 1672.
Hydriotaphia, Urn Burial (El enterramiento en urnas), 1658.
The Garden of Cyrus (El jardín de Ciro), 1658.
Frase: "Los jardines fueron antes que los jardineros y solo unas horas posteriores a la tierra" (dijo Browne en El Jardín de Ciro)

Bibliotheca Abscondita or Musaeum Clausum, (Biblioteca Oculta o Museo Sellado), que es el Tratado número 13 de sus Miscellaneous Tracts (Tratados Misceláneos), publicados póstumamente en 1684.
A Letter to a Friend (Carta a un amigo), escrita en 1656 y publicada póstumamente en 1690.
Christian Morals (La moral cristiana), escrita en la década de 1670 y publicada póstumamente en 1716.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Árvore Da Vida


A Árvore da Vida é um sistema cabalístico hierárquico em forma de árvore, que é dividida em dez partes, ou dez frutos. Esses frutos têm sentido ambíguo, podendo eles ser interpretados tanto como estado do todo, do universo, como podem ser lidos como estados de consciência. Ou seja, podem ser lidos tanto microcosmicamente, do ponto de vista do homem, como macrocosmicamente, ou seja, do ponto de vista do universo em geral. Macrocosmicamente, a Árvore deve ser lida de cima para baixo, e microcosmicamente, deve ser lida de baixo para cima. Macrocosmicamente, a Árvore começa em Kether, que é a centelha divina, a causa primeira de todas as coisas, e desce na árvore tornando-se coisa cada vez mais densa. Esse é o método cabalista de explicar a criação do mundo, e contrasta com o método científico do mesmo. A última sephirah é Malkuth, a matéria densa, o último estado das coisas. Microcosmicamente, subindo na Árvore, partindo de Malkuth, o homem aproxima seu estado de consciência elevando-se cada vez mais próximo de Kether. Então, a Árvore da Vida tanto pode ser usada para explicar a criação do Universo, como para hierarquizar o processo evolutivo do homem. Por isso, a Árvore da Vida é usada como referência em várias ordens de magia, para classificar seus graus.

Divisões da Árvore

A Árvore é dividida em quatro diferentes planos:

Atziluth, o Mundo das Emanações: Nessa esfera, Deus age diretamente, e não através de seus ministros, que são os anjos. Essas sephiroth são: Kether, Chokmah e Binah
Beriah, ou Briah, o Mundo das Criações: Esse mundo já é tão denso que Deus não age mais diretamente sobre ele, suas vontades são cumpridas por poderosos Arcanjos. Essas sephiroth são: Chesed, Geburah e Tiphareth.
Yetzirah, o Mundo das Formações: Nesse mundo, assim como em Briah, Deus não age diretamente, mas age através de diversos coros angélicos, que realizam sua vontade. Essas sephiroth são: Netzach, Hod e Yesod.
Asiyah, ou Assiah, o Mundo das Ações. Nesse mundo, só há uma sephirah: Malkuth.
A Árvore da Vida também é dividida em três colunas. A da esquerda é conhecida como pilar da severidade, é o pilar feminino; a da direita é o pilar da misericórdia, é o pilar masculino; e o pilar central é o pilar do equilíbrio, contrastando as emanações dos pilares direito e esquerdo. É de se estranhar, de início, que o pilar da severidade seja o feminino, e o pilar da misericórdia seja o masculino. Isso é porque a força feminina é repressora, como o útero reprime a criança na barriga da mãe, e a força masculina é explosiva, logo, tende a ser uma força menos repressora e mais liberal. A árvore também pode ser dividida em duas partes horizontais pela sephirah Tiphareth. As quatro sephiroth abaixo de Tiphareth são o microcosmo, o mundo inferior, o Eu Inferior. E as quatro sephiroth acima de Tiphareth são o macrocosmo, o mundo superior, o Eu Superior, sendo Kether a centelha divina. A Árvore também pode ser dividida em duas partes horizontais pela falsa sephirah Daath. As sephiroth abaixo de Daath são conhecidas como Microprosopos, ou seja, são o Universo Manifesto. E as sephiroth acima de Daath são o Macroprosopos, ou Universo Imanifesto.

Sephiroth

Sefirot (também grafado Sephiroth, cujo singular é sephira ou sefira) são as dez emanações de Ain Soph na cabala. Segundo a cabala, Ain Soph é um princípio que permanece não manifestado e é incompreensível à inteligência humana. Deste princípio emanam os Sefirot em sucessão. Esta sucessão de emanações forma a árvore da vida.

Os Sefirot emanados são, na sequência:

Kether - Coroa
Chokmah - Sabedoria
Binah - Entendimento
Chesed - Misericórdia
Geburah - Julgamento
Tipareth - Beleza
Netzach - Vitória
Hod - Esplendor
Yesod - Fundamento
Malkuth - Reino

Há ainda um décimo primeiro Sefira, chamado Daath, que representa o abismo, o caos, e normalmente não é representado na árvore da vida, sendo considerado um portal para as qliphoth, as sephiroth adversas.

Na árvore da vida os Sefirot estão alinhados em três pilares conectados entre si por meio de vinte e duas ligações. Também se dispõem em três camadas triangulares e sucessivas, cada uma delas associada a um mundo (Atziluth, o Mundo das Emanações; Beriah, o Mundo das Criações; e Yetzirah, o Mundo das Formações), mais Malkuth na base (correspondendo a Asiyah, o Mundo das Ações).

A sequência das sephiroth na Árvore se dá pelo movimento do Relâmpago Brilhante. Sua sequência é a seguinte:

Kether

Kether ("Coroa", em hebraico: כתר), podendo variar como Keter, é a primeira sephirah da Árvore da Vida em Cabala, parte da espiritualidade do Judaísmo Rabínico e esoterismo. Kether se situa na posição central superior da árvore. É a coroa. É o potencial puro das manifestações que acontecem nas outras dimensões. Representa a própria essência, atemporal e livre. É a gênese de todas as emanações canalizadas pelas outras sephirah. É a Luz Superior Imanifesta geradora de todo o movimento da criação. Pode-se considerar como o momento zero, a criação em potencial, mas não expandida. Uma interessante associação seria comparar com tempo de Plank, do Big Bang. No hinduísmo, entende-se como Brahma, o princípio vital de todas as formas de energia (e vida, consequentemente). Seu texto yetzirático é: "O Primeiro Caminho chama-se Inteligência Admirável, ou Oculta, pois é a luz que concede o poder da compreensão do Primeiro Princípio, que não tem começo. É a Glória Primordial, pois nenhum ser criado pode alcançar-lhe a essência". Dentro da magia, quando o Adepto Iniciado transcende a essa sephirah, ele passa a ser reconhecido como Ipíssimus. Metatron é o Arcanjo governante dessa sephirah. Seu coro angélico são as criaturas vivas e sagradas, Chaioth ha Qadesh. Sua virtude é a consecução, a realização da grande obra. A experiência espiritual atribuída a essa sephirah é a união com Deus.

Chokmah

Chokhmah, algumas vezes transliterado chochma ou hokhmah (חכמה) é a palavra hebraíca para "sabedoria". É cognata da palavra árabe Hikmah, que também significa "sabedoria". A palavra "chokhmah" e suas derivações podem incorrer, dentre outros, nos seguintes significados:

"Sábio"

Um adjetivo relacionado a "sábio" ou substantivo "homem sábio" é um chakham (feminino: chakhama). Por exemplo, um rabbi ou outra pessoa extremamente versada na Torah e no Talmud é chamada Talmid Chacham, denotando uma pessoa muito estudiosa no Torah - literalmente, "um sábio estudante do conhecimento da Torah". O Talmud (Shabbat 31a) descreve o conhecimento da ordem talmúdica do Kodashim como um alto nível de chokhmah.

O nome chabad (חבד), do hassidismo Chabad Lubavitch, é um acrônimo, e a primeira letra (ח – "Ch") é retirada de chokhmah: ח (Ch'okhmah) para "sabedoria" - ב (Binah) para "entendimento" – ד (Da'at) para "conhecimento".

Na Cabala judaica, chokhmah é o nome de uma das sefirot.

Binah

Binah, Entendimento, (Em hebraico, בינה: Beth, Yod, Nun, Hé) é a terceira sephirah da Árvore da Vida cabalística. Na Árvore, ela está localizada no topo do pilar da severidade, logo acima de Geburah e contrastando em oposição a Chokmah. A primeira manifestação de Kether foi Chokmah, ele, por sua vez, é energia pura, sem forma, só força. Binah foi a primeira manifestação da forma sobre a força. Ela foi responsável por limitar o poder infinitamente expansivo de Chokmah. Se não fosse isso, só haveria força no Universo, com a ausência de forma. Logo, nenhum ser vivo poderia existir. Binah, por esse motivo, também é conhecida como Amma, a grande mãe, por ter enclausurado a força de Chokmah para dar início ao período de incubação do Universo, assim como uma mãe faz com a força masculina em forma de sêmen, que por si só não pode gerar nada, precisa de um útero para manifestar-se. Na magia, quando o Adepto Iniciado transcende a essa sephirah ele passará a ser reconhecido dentro de algumas ordens de magia como Magister Templi, 8º=3º. Seu texto yetzirático é: "A Terceira Inteligência chama-se Inteligência Santificadora, Fundamento da Sabedoria Primordial; chama-se também Criadora da Fé, e suas raízes são o Amém. É a mãe da fé, a fonte de onde emana a fé". O Arcanjo governante dessa sephirah é o Arcanjo Tzaphkiei. Seu coro angélico são os Aralim, os Tronos. Sua virtude é o silêncio, e seu vício poderá ser a avareza. A experiência espiritual atribuída a essa sephirah é a visão da dor.

Chesed

Chesed, Misericórdia. (Gedulah; Em hebraico, חסד: Cheth, Samech, Daleth.) é a quarta sephirah da Árvore da Vida cabalística. Na Árvore, sua localização é no centro do pilar da misericórdia, logo acima de Netzach e abaixo de Chokmah, sendo o lado negativo de Geburah. Sua imagem mágica é de um rei sentado em seu trono portando um cajado. Esse é o contraste negativo de Geburah, que é um rei em guerra, enquanto Chesed é um rei comandando um reino pacífico. Chesed é a primeira manifestação da Árvore como Microprosopos, ou seja, como Universo manifesto. Dentro da magia, quando o Adepto Iniciado transcende pela esfera de Chesed, ele passa a ser reconhecido como Adeptus Exemptus, 7º=4º. Seu texto yetzirático é: "O Quarto Caminho chama-se Inteligência Coesiva ou Receptiva, porque contém todos os Poderes Sagrados, dele emanando as virtudes espirituais com as suas essências mais requintadas. Tais poderes emanam uns dos outros por virtude da Emanação Primordial, a Coroa Mais Elevada, Kether". Sua virtude é a obediência, e seu vício poderá ser a gula, o fanatismo, a hipocrisia e a tirania. O Arcanjo governante dessa efera é o Arcanjo Tzadkiel. Seu coro angélico são os Chasmalim. A experiência espiritual atribuída a essa sephirah é a visão do amor.

Geburah

Geburah, Força, Severidade (Em hebraico, גבורה: Gimel, Beth, Vau, Resh, Hé) é a quinta sephirah da Árvore da Vida cabalística. Na Árvore, está localizada acima de Hod e abaixo de Binah, no centro do pilar da severidade, contrastando em oposição a sephirah Chesed. Sua imagem mágica é um rei indo para a guerra em uma carruagem carregada por dois cavalos. Essa sephirah representa a capacidade destrutiva da força. Mas essa não é uma sephirah má, como as qliphoth. Toda sephirah é importante. É através da destruição que vem a mudança, e dela vem o progresso. Essa sephirah só seria má se não houvesse Chesed para equilibra-la. Quando o Adepto Iniciado transcende para a esfera de Geburah ele será reconhecido dentro de algumas ordens de magia como Adeptus Major, 6º=5º. O texto yetzirático dessa sephirah é: "O Quinto Caminho chama-se Inteligencia Radical, porque se assemelha à Unidade, unindo-se a Binah. Entendimento, que emana das profundidades primordiais de Chokmah, Sabedoria". O arcanjo governante dessa esfera sephirática é o Arcanjo Khamael; e o coro angélico são os Seraphim, serpentes de fogo. Suas virtudes são energia e coragem, e seus defeitos podem ser a destruição e a crueldade. A experiência espiritual atribuída a essa sephirah é a visão do poder.

Tiphareth

Tiphareth, Beleza (Em hebraico, תפארת: Tau, Pé, Aleph, Resh) é a sexta sephirah da Árvore da Vida. Ela é uma das sephirah mais importante, pois está localizada no centro da Árvore, logo ela representa o equilíbrio de toda a Árvore, assim como o Sol, seu astro correspondente, é o equilíbrio de todo o Sistema Solar. Ela também representa o ponto de divisão da árvore entre o macrocosmo, ou macroprosopos, e o microcosmo, ou microprosopos; é o transmutador entre os planos da força e os planos da forma. Sua imagem magica é um rei majestoso, uma criança ou um deus sacrificado. Seria um rei majestoso vendo do ponto de vista de Malkuth, e seria uma criança vendo do ponto de vista de Kether, e seria também um deus sacrificado, assim como Jesus. Como mediador, as quatro sephirah que estão abaixo de tiphareth são o "Eu Inferior", e as quatro sephirah que estão logo acima dele são o "Eu Superior", sendo Kether a centelha divina. Kether, em termos gerais, é o pai de todas as coisas, é Deus; Tiphareth, logo abaixo dele represeta o Filho, por isso essa sephirah é relacionada a Jesus, por isso que essa sephirah é conhecida também como centro cristológico. Seguindo o Caminho do Relâmpago, que vai de Geburah a Tiphareth, vemos que antes da redenção, proporcionada por Jesus, na esfera de Tiphareth veio a destruição, a severidade de Geburah, assim como Jesus veio ensinar o amor a um povo rude e com todas as características ruins de Geburah. Por isso que Jesus disse: "Ninguém vem ao pai (Kether) senão por mim". Para o Iniciado, a passagem por essa sephirah também é uma das mais importantes, pois é nela que ele realiza o Conhecimento e Conversação com o Sagrado Anjo Guardião, e nela é que também descobre sua Verdadeira Vontade. Passando o Iniciado por essa sephirah, ele torna-se a ser conhecido dentro da magia como um Adeptus Minor, 5º=6º, alguém de descobriu seu Eu Superior. Seu texto yetzirático é: "O Sexto Caminho chama-se Inteligência Mediadora, pois nele se multiplicam os influxos das emanações, fluindo essas influências para todos os reservatórios das bênçãos com que se unem". O Arcanjo Rafael é o governante dessa sephirah; o coro angélico são os Malachim, os mensageiros. A experiência espiritual dessa sephirah é conhecida como a visão da harmonia das coisas e os mistérios da Crucificação.

Correspondência macrocosmica

Essa sephirah é representada no Sistema Solar como o Sol. As divindades em geral, atribuídas ao astro Sol costumam serem mensagerios, contrastando com o mesmo atributo de Jesus Cristo. O Sol também é o dador e o estabilizador da Vida aquí na Terra, assim como Jesus foi o Sol da Humanidade.

Netzach

Netzach, Vitória (Em hebraico, נצח: Nun, Tzaddi, Cheth) é a sétima sephirah da Árvore da Vida cabalística, e a primeira das quatro sephirah inferiores. Ela está situada na base do pilar da misericórdia, logo abaixo de Chesed. Sua imagem mágica é um hermafrodita despido. Essa sephirah é a oposta de Hod. Ela representa os sentimentos, a arte, a dança, a atração e etc., enquanto Hod representa o intelecto formado. Logo, as profissões que costumam lidar com essa esfera são artistas, filósofos criativos, atores e etc. É também conhecida como a esfera das ilusões. Dentro da magia cabalística, essa sephirah corresponde ao grau de philosophus, 4º=7º. Seu texto yetzirático é: "O sétimo Caminho chama-se Inteligência Oculta porque é o esplendor refulgente das virtudes intelectuais percebidas pelos olhos do intelecto a pelas contemplações da fé". Essa esfera é governada pelo arcanjo Haniel; seu coro angélico são os Elohim, os deuses. Sua virtude será o desprendimento, e seu vício poderá ser o impudor, a luxúria. A experiência espiritual que o iniciado adiquire ao dominar essa esfera será a visão da beleza triunfante, contrastando com sua característica principal.

Correspondência macrocosmica

Na astrologia, Netzach é relacionada ao planeta vênus. Por isso que dizem que os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus. Pois Marte representa características tipicamente masculinas, enquanto Vênus representa características tipicamente femininas, como são os sentimentos.

Hod

Hod, Glória ( Em hebraico, הוד : Hé, Vau, Daleth) é a oitava sephirah da árvore da vida cabalística. Ela está organizada na base do pilar da severidade, que é o pilar esquerdo da árvore. Sua imagem mágica é uma hermafrodita, ou, mais popularmente, um anjo segurando uma balança. Na Árvore, ela é oposta a sephirah netzach, pois suas características são a intelectualidade e a mentalidade formadas em bases concretas, enquanto Netzach é a esfera dos sentimentos. Logo, um físico, um matemático atuam nessa esfera em suas operações de trabalho, pois precisam eles estarem com a mente em uma base concreta para lidarem com números, por exemplo. Seu texto yetzirático é: "O oitavo Caminho chama-se Inteligência Absoluta ou Perfeita, pois é o instrumento do Primordial, e não possui raízes com as quais possa penetrar e implantar-se, salvo nos lugares ocultos de Gedulah (Chesed), da qual emana sua essência característica". No microcosmo, ou seja, na esfera do homem, Hod representa a intelectualidade. Quando o iniciado passa da esfera de Yesod para a esfera de Hod, ele passa a ser reconhecido dentro de ordens de magia como practicus, ou 3º=8º. A esfera de Hod é governada pelo Arcanjo Miguel, ele é o anjo representado na imagem mágica dessa esfera, pisotenado uma serpente e segurando uma balança; seu coro angélico é dos Beni Olohim, filhos de Deus. Sua experiência espiritual é a visão do esplendor. Sua virtude é a veracidade, e seu vício poderá ser a falsidade e a desonestidade. Essa sephirah, corresponde, na astrologia, ao planeta Mercúrio.

Yesod

Yesod (em hebraico, יסוד : Yod, Samech, Vau, Daleth, "o Fundamento") é a nona esfera da árvore da vida cabalística. Ela se encontra no plilar central, ou pilar do equilíbrio, logo acima de malkuth. Sua imagem mágica é um homem desnudo e forte. Yesod é o depósito de imagens do subconsciente. Ao penetrar esse esfera, começa, para o iniciado, seu perído de consciência astral. Ele tem visões e percepções que vão além do homem comum. Suas intuições ficam aguçadas, mas suas impressões nem sempre são claras, principalmente nos sonhos; mas por trás delas residem a verdade, cabe ao iniciado saber interpretá-las. Essas intuições são o reflexo de tiphareth, da mente iluminada. Essas imagens tanto ajudam como as vezes atrapalham o iniciado inexperiente. Seu texto yetzirático é: "O Nono Caminho chama-se Inteligência Pura, porque purifica as Emanaçôes. Ele prova e corrige o desenho de suas representações, e dispõe a unidade em que elas estão desenhadas, sem diminuição ou divisão.". Em muitas ordens de magia, quando o iniciado percorre o trigésimo segundo caminho, o que leva de malkuth a yesod, ele passa do grau de neófito, ou probacionista, para o grau de zelator, ou 2º=9º. A esfera de Yesod é a esfera da lua. Isso coincide, pois a lua é o astro mais próximo da Terra, da mesma forma que Yesod é a esfera mais próxima de malkuth, que é a Terra; e também por que quando alguém costuma ter alucinações, é chamada de lunática. Quando o iniciado percorre esse caminho, a experiência espiritual que tem é a visão do mecanismo do universo. Sua virtude será a independência, e seu vício poderá ser a ociosidade. Essa esfera é governada pelo arcanjo Gabriel, e seu coro angélico são os kerubins, os poderosos. Sua localização microcósmica são os órgãos reprodutores.

Correspondência macrocósmica

Sua correspondência macrocósmica é a lua. A lua está em íntima relação com a Terra, assim como Yesod e Malkuth. Sendo relacionado com a lua, Yesod é uma esfera ligada potencialmente ao elemento água e com a feminilidade. Yesod representa o plano astral.

Malkuth

Malkuth (Em hebraico, מלכות : Mem, Lamed, Kaph, Vau, Tau) é a última sephirah da árvore da vida cabalística. Ela representa o reino material. Mas malkuth não é só matéria, ela é também é um aspecto psíquico e sutil. Na árvore, ela está localizada no pilar central, conhecido também como pilar do equilíbrio. O texto yetzirático atribuída a essa sephirah é: "O Décimo Caminho chama-se Inteligência Resplandecente, porque é exaltado sobre todas as cabeças e tem por assento o trono de Binah. Ele ilumina os esplendores de todas as luzes, fazendo emanar a influência do Príncipe dos Rostos, o Anjo de Kether." Seu símbolo é uma jovem coroada sentada em seu trono. Seu símbolo é dividido em quatro quadrantes diferentes de cores: Citrino, oliva, castanho avermelhado e preto; sendo o citrino virado para cima, para kether, e o quadrante preto virado para baixo, apontando para as qliphoth. Essas quatro cores também representam os quatro elementos da natureza: Água, ar, fogo e terra. Para aquele que domina essa sephirah, a experiência espiritual que terá será a visão do sagrado anjo guardião, e também o parcial domínio sobre as coisas materiais, seu vício é a avareza e a inércia. O arcanjo dessa esfera é Sandaephon; seu coro angélico são os ashin, almas de fogo; e sua correspondência no microcosmo são os pés ou o ânus. O estudo das sephiroth deve começar de cima para baixo na árvore da vida, e não ao contrário. O estudo deve começar de kether e terminar em malkuth para que haja a devida compreensão sobre eles.

Correspodência macrocosmica

Sua correspondência no macrocosmo é a concretização da forma. Kether, que é o emanador de tudo, passou por todas as sephirah, materializando-se cada vez mais, e sua última forma foi malkuth. Essa sephirah também é descrita como a mãe inferior, correspondendo a binah, a mãe superior. No sistema solar, malkuth é representado pelo planeta Terra.

Daath

Da'ath ou Daas ("Conhecimento", em hebraico : דעת [daʕaθ] ) no misticismo judaico, a chamada Cabala , é a localização (um estado místico), onde todas as dez sephirot da Árvore da Vida estão unidos como um só.

Em Daat, todas as sefirot existem no seu estado perfeito de partilha do infinito. As três sephirot da coluna da esquerda deveriam receber e ocultar a Luz Divina, ao invés de partilhá-la revelá-la. Como todas as sephirot irradiam infinita doação de Luz Divina não é possível distinguir uma Sefirot da outra. Assim, elas são uma só.

Daath nem sempre é mostrada nas representações das Sefirot, e poderia, em certo sentido ser considerada como um "espaço vazio" no qual a pedra preciosa de qualquer uma das outras sefirot pode ser aí colocada. Corretamente, a Luz Divina está sempre a brilhar, mas nem todos os seres humanos a podem ver. A ocultação ou revelação da Luz Divina que brilha através de Daat realmente não acontece aí. Isso resulta da perspectiva humana a partir de Malkuth. A percepção da mudança só pode ocorrer em Malkuth. Os seres humanos que se tornam auto-doadores, como a Luz, tornam-se aptos a vê-la, e através deles os benefícios da Luz de Daat parecem ser "revelados". No entanto, os seres humanos que permanecem egoístas não conseguem vê-la, e para estes os seus benefícios parecem "ocultos". A palavra Daath é muitas vezes comparada com a palavra grega Gnosis (conhecimento).

Características da Árvore

Sendo as sephiroth do pilar da severidade muito femininas e as sephiroth do pilar da misericórdia muito masculinas, não existiria estabilidade no universo sem o pilar central, que age como o mediador entre eles. Dessa forma, a junção entre Geburah e Chesed gerou Tiphareth. E a junção entre Hod e Netzach gerou Yesod. Logo, Binah é o oposto de Chokmah, assim como Geburah é o oposto de Chesed, e Hod, o oposto de Netzach. Em verdade, cada linha horizontal da Árvore é emanada pela linha horizontal que lhe é superior, e emana a linha horizontal que lhe inferior. Logo, Kether emana tudo, mas não recebeu emanação de nada, e Malkuth não emana nada, mas recebeu emanação de tudo, sendo essas emanações sempre de cima para baixo. Cada sephirah tem suas correspondências astrológicas, com deuses pagãos, com pedras, plantas e etc. Por exemplo, Geburah é a sephirah da severidade, da justiça, logo, tem correspondência com Marte, planeta relacionado pela a astrologia com a guerra. Sua divindades correspondentes são todos os deuses pagãos relacionados à justiça e à guerra. Já Netzach é da esfera de Vênus, por sua natureza emocional.

Magia

Dentro de alguns sistemas de magia, cada sephirah, de baixo para cima, corresponde a um grau em uma escala evolutiva. Esse sistema se tornou muito conhecido por ser utilizado dentro da Ordem Hermética da Aurora Dourada (Golden Dawn, G.D., G.:.D.:.) e pela Astrum Argentum (A.:.A.:.). Malkuth é o primeiro grau, o adepto dessa sephirah é conhecido como Neófito ou Probacionista. Depois que ele cruzar o caminho que leva de Malkuth a Yesod, o iniciado passará para o grau de Zelator, 2º=9º, e assim sucessivamente. Os graus são Neófito (1º=10º), Zelator (2º=9º), Practicus (3º=8º), Philosophus (4º=7), Adeptus Minor (5º=6º), Adeptus Major (6º=5º), Adeptus Exemptus (7º=4º), Magister Templi (8º=3º), Magus (9º=2º) e Ipíssimus (10º=1º). Esse é o sistema da A.:.A.:., que é baseado na Árvore da Vida Cabalística. O Sistema da G.:.D.:. é semelhante a esse.


Cabala Cristã



A Cabala cristã, às vezes chamada Cabala do Renascimento ou Cabala Filosófica, surgiu no Renascimento entre eruditos cristãos como uma conciliação entre o Cristianismo e determinados aspectos ocultos do Judaísmo. A Cabala Cristã (Kabbalah / Cabala (do hebraico קַבָּלָה "recepção", intencionalmente transliterado com C para distingui-la da tradição Kabala judaica e da Qabbalah Hermética). O interesse pelos estudos da cabala tomou forma em alguns estudiosos cristãos ao entenderem que havia aspectos místicos compatíveis da Kabala judaica com o pensamento místico cristão (a escolástica).

História

Antecedentes

Este movimento filosófico teve início a partir das traduções de textos neoplatônicos que chegaram à Europa vindos de Constantinopla, durante o reinado do sultão otomano Maomé II, tomou forma a partir destes estudos concomitantemente aos das traduções de textos gregos e hebraicos e eclodiu em um crescente desejo de melhor interpretar (e rever) certos aspectos da doutrina cristã de uma forma mais mística do que tradicionalmente o faziam as correntes da mística cristã. A base principal de elementos seria a reinterpretação cabalística do cristianismo em geral e do Novo Testamento, em particular.

O neoplatonismo tinha sido prevalecente na Europa cristã e havia encontrado lugar na escolástica desde a tradução dos textos gregos e hebraicos da Espanha no séc XIII. A tendência da renascença foi um fenômeno relativamente curto, terminando em 1750. Após o século XVIII, a Cabala mesclou-se com o ocultismo, posto que alguns destes alicerçavam-se sobre profundas bases religiosas e, neste momento, o principal impulso da Cabala cristã já não existia mais. Algumas tentativas foram feitas para revivê-la nas últimas décadas, particularmente em relação ao neoplatonismo dos dois primeiros capítulos do Evangelho de João, mas não entrou no Cristianismo chamado popular ou corrente (mainstream).

A Cabala hebraica e cristã

Os cabalistas cristãos estavam mais interessados, não no uso semântico da língua hebraica, onde eles não encontravam uma equivalência cristã, mas na observância, estudo ou compreensão sistemática da cabala, em sua primeira acepção, como por exemplo, os diferentes nomes de Deus e os diversos seres celestiais, para eles eram uma nova descoberta. As transmutações diferentes do alfabeto hebraico, bem como os métodos numerológicos que eram mais (profundos) que o "midrash" cabalístico, tornou-se o foco principal de seu estudo.

Em muitos casos, tais como o emprego da numerologia tornou-se o núcleo de sua compreensão da Cabala. Outros livros cabalísticos, da tradição judaica, ajuntaram-se ao objeto de estudo.

No Adam Kadmon, na Midrash, e no En Soph, descobriram eles (o que não era uma novidade) uma clara uniformidade entre o conteúdo cabalista e o gnosticismo, a interpretação esotérica do pitagorismo e do platonismo, já que em ambos vários pontos eram comuns, ou seja, o homem e o mundo, Deus e a ciência de Deus. A liberdade de pensamento e a facilidade de interpretação dos termos novos, de acordo com o estudo de textos antigos tornaram-se seu tema principal. Um exemplo destacado de que a Cabala é identificada com a magia e numerologia são listados em um significativo e importante trabalho De Occulta Philosophia (1531), Cornelius Agrippa, que também foi secretário do imperador Carlos V.

Já familiarizados com o conceito judaico da linguagem divina, os cabalistas cristãos acreditavam que, com a pronúncia correta do nome de Deus poder-se-ia afetar (ou alterar) a realidade. Este fato permitiu que os representantes da Escola Renascentista acreditassem que a magia é a maior força do universo. Como resultado do que era comum no judaísmo, tornou-se importante na visão de mundo para os cabalistas cristãos. E isso foi combinado com um outro conceito que os humanistas tomaram a partir de fontes judaicas e bem expressado no Harmonia Mundi. Um padrão de vias paralelas, formando a estrutura da harmonia entre o homem, o céu e a natureza, foi tirado do Sefer Yetzirah e integrado na filosofia e na ciência europeia. Uma das manifestações mais proeminentes se pode constatar claramente na obra do humanista veneziano Francesco Giorgi, o "De Harmonia Mundi" (1525). As fontes judaicas neste trabalho não foram os únicos, ou as mais essenciais, apesar de ter sido originalmente um conceito judaico. A relação entre o microcosmo e o macrocosmo, entre o homem e o Criador, eram conceitos formados por várias correntes Neoplatônicas em escolas da Idade Média. Mas, apesar disso, as escolas de Pico della Mirandola, Reuchlin, e seus antecessores são frequentemente descritas em relação estrita com os elementos da Cabala e da tradição hebraica recebida por Moisés, no Monte Sinai.

No século XV

A Cabala Cristã aparece a partir do final do século XV, na aurora da Renascença. Foi o resultado ou desmembramento natural do estudo de textos gregos, traduzidos por hebraístas cristãos. Teve seu auge nos séculos XVI e XVII e, como coadjuvante principal, contou com o auxílio da imprensa, a cargo da qual ficou a divulgação ou, melhor dito, a cópia múltipla de textos traduzidos e que anteriormente estava a cargo exclusivo de monges copistas. Outro coadjuvante foi o papa Sisto IV (1471-1484) que, como nenhum outro antes dele, ordenou a tradução de livros cabalísticos.

A sua principal abordagem ou motivo de ser foi o de estudar as escrituras, antigo e novo testamentos, aplicando os mesmos métodos que os cabalistas judeus e, demonstrando assim, que os escritos cabalísticos mantinha uma concordância, quase que unilateral, com o cristianismo e que no estudo da Cabala Judaica havia argumentos favoráveis ao cristianismo. A grande maioria destes expoentes do Cabalismo cristão eram, a princípio, judeus conversos e conhecedores (quase que naturalmente) dos estudos cabalísticos.

No século XVI

No século XVI a Cabala cristão é fortemente representada por Egídio de Viterbo (1465-1532), monge agostiniano e autor de Shechiná e In letras hebraicas, interpretando o Zohar e o Sefer ha-temuna. Egidio, amigo e contemporâneo de Ficino, Reuchlin e Pico della Mirandola, aprendeu o hebraico e o aramaico com Elias Levita, ele procurou usar a Cabala na exegese da Sagrada Escritura; outro expoente foi o monge franciscano Francesco Giorgi (1460-1541), cujas obras, De Harmonia Mundi, develam a Cabala de maneira eloquente e, pela primeira vez cita o "Zohar"; outro nome de expressão foi o do cientista Paul Rizzius (1470-1541), professor de filosofia em Pávia, médico pessoal do imperador Maximiliano I, tradutor para o latim de vários tratados, do Talmud (1519), bem como da famosa obra de José Gikatillla "Shaarei Ora" (1516), que influenciaria subsequentemente todo o relacionado à Cabala Cristã. Foi ele também quem realizou uma síntese original das ideias de Pico della Mirandola e de Johannes Reuchlin, complementada com dados de várias fontes cabalísticas; outro que contribuiu com seu trabalho foi o místico francês Guilherme Postel (1510-1581). Guilherme traduz parte do "Zohar" e do "Sepher Yetzirah", para o latim e publicou-os antes da publicação do idioma original; outro grande personagem foi Jacob Boehme (1575-1624), autor dos livros "Os Três Princípios da Essência Divina" (1618-1619), "A vida tríplice do Homem" (1620), "Quarenta respostas para questões relativas à alma" (1620), "O Tratado da Encarnações" (1620) e inúmeros outros trabalhos; outro representante insigne foi Johann Vidmanshtetter, um dos mais dedicados dos cabalistas cristãos. Ele reuniu uma enorme biblioteca de manuscritos cabalísticos que, ainda nos dias de hoje, são mantidos em Munique.

No século XVII

No século XVII o interesse e o rumo do cabalismo cristão mudou da Itália e França para a Alemanha e a Inglaterra. Na Inglaterra formou-se um grupo chamado de Círculo "Neoplatonista de Cambridge", cujos principais representantes foram: Henry More, Ralph Kedvort, John Pordedzh, Baruch Spinoza, Francis Bacon, Thomas Hobbes e o barão Christian von Rosenroth, que estudou a Cabala em Amsterdam com famosos rabinos, através dos quais teve contato com os escritos de Luria.

Christian von Rosenroth reuniu seus dois volumes de trabalho estudos Kabbala Denudata (A Kabbalah desvelada) (1677-1684), que proporcionou uma visão ampla das fontes primárias, traduzidas para o latim, acompanhadas de descrições detalhadas (incluindo fragmentos de Shaarei Ora de Gikatilla, Pardes Rimonim de Moshe Cordovero, Emek ha-Melech de Naftali Baharaha, trechos de Idrot e outros livros do Zohar). Além disso, neste livro, foi publicada uma tradução latina do texto cabalístico, a alquimia única Ash Metsaref original em hebraico, aparentemente escrito por um cabalista judeu anônimo, no início do séc XVI na Itália e, cujo texto, não sobreviveu aos dias de hoje.

Kabbala Denudata exerceu uma influência muito grande nos círculos místicos. E foi a principal fonte do Cabalismo Cristão no decorrer de dois séculos. Publicou também obras originais do cabalismo Cristão. Especialmente interessantes foram as ideias de Van Helmont sobre Adam Kadmon, expressas no Kabbala Denudata, cujo ensaio inicial tinha por objetivo a conversão de judeus ao cristianismo, mas acabou por servir de introdução na Cabala Cristã dos pontos de vista, do cabalista Luria, acerca do mesmo tema: Adam Kadmon, sendo este uma antecipação de Jesus e da teologia cristã.No mesmo seguimento, a concepção e os conceitos de Henry More sobre a criação do mundo um pré-eterna Jesus da teologia cristã, o conceito de criação do mundo de Henry Moore, que inclui a doutrina Lurianic de Tzimtzum[8] e o equilíbrio divino (determinação), etc.

Christian Knorr von Rosenroth e Van Helmont exerceu um papel importante na disseminação das ideias sobre a origem divina da língua hebraica, que possuía um algo especial, a força original, como a língua base de toda a humanidade. Esta opinião foi expressa, especialmente em seu trabalho Alphabeti vere Naturalis Hebraici brevissima delineato ("Resumo do alfabeto genuíno e natural dos judeus"), publicado em 1667 no prefácio para este livro, seguindo o exemplo então existente nas numerosas sociedades alemãs, ele emprega a língua hebraica.

No século XVIII

No século XVIII a proliferação do cabalismo cristão cai sobremaneira, se divide (se é que podemos chamar assim) em duas ramificações, sendo a primeira, a chamado Cabala oculta, que teve origem na segunda metade do século XVIII, e foi determinante em algumas escolas maçônicas alemãs (como os Irmãos asiáticos e etc.), o "novo" Rosacrucianismo alemão, bem como grupos como, por exemplo, Ordem dos Eleitos Cohens", Martinez de Pasqually (ver Martinismo), que foi difundido e organizado graças aos esforços de Papus e Augustin Chaboseau. A questão da influência direta do cabalismo cristão sobre estes grupos não é clara. Mais tarde, essa tradição desenvolveu-se entre ocultistas como Fabre de Olivier, Eliphas Levi, Helena Blavatsky e atingiu o seu apogeu na Ordem Hermética Inglesa da Golden Dawn.

Já para o final do século XVII, o cabalismo cristianizado torna-se intelectual e discursivo, perde sua originalidade e pureza, poucos são os expoentes que sobressaem, todavia, embora raros, irrompem ainda alguns rebentos cuja genialidade e eloquência de faz notar, é o caso, especialmente, de Oetinger (1692-1782).

Principal discípulo de John Albrecht Bengell (1687-1752), Oetinger, estudou em Tübingen obras rabínicas e a Cabala. Teve contato com o Zohar e a Cabala Denudata de Rosenroth, quando do seu ingresso no grupo de cabalistas em Frankfurt e foi aí onde conheceu o cabalista judeu Kopel Hecht, que o introduziu na leitura de Jacob Boehme, posteriormente ele também se interessaria pelo estudo de Swedenborg. Ao grupo de Franckfurt também pertenciam o conselheiro Fende e Johann Jacob Schütz.

Oentinger e Bengell foram os responsáveis por introduzir na filosofia alemã, representada pelos idealistas Fichte, Schelling e Hegel, a linguagem e o misticismo de Mestre Eckhart e de Jacob Boehme, e um devotado interesse pela Cabala.

No século XIX e XX

Nos séculos XIX-XX, ainda surgem expoentes como o filósofo russo cristão Nikolai Berdyaev (1874-1948)Vladimir Solovyov (1853-1900) e Sergei Bulgakov (1871-1944)

As principais obras

Os escritos principais

Dentre os escritos, figuram aqueles que foram os precursores e os que foram formatando o conteúdo e as formas de expressão do Cabalismo Cristão, dentre os principais escritos se pode citar:

Sepher ha-Bahir ("livro de brilho") (escrito depois de 1150, traduzido por por Flavius Mithridates. Figurou representou determinada importância no Cabalismo Cristão, uma vez que cria um elo entre a tradição esotérica judaica ao neoplatonismo e ao gnosticismo. E refere-se estruturalmente ao tema da reencarnação.

O discurso sobre a dignidade do homem (1486), escrito por Giovanni Pico della Mirandola;
Coelesti Agricultura de Paulus Ricius;
Traité de la Cabale chrétienne, Jean Thenaud, professor na Academia calvinista de Pińczów ao lado de Francesco Lismanino, Georg Schomann;
De verbo autor mirifico (1494), escrito por Johann Reuchlin;
Da arte cabalística (1517), escrito por Johann Reuchlin;
De occulta philosophia, escrito (originalmente) em três volumes por Cornelius Agrippa;
De Harmonia Mundi (1525), escrito por Francesco Giorgi (Zorzi), um autor, franciscano;
Absconditorum clavis, ou a chave das coisas ocultas (1547), escrito por Guilherme Postel;
A exegese mística do Candelabro no tabernáculo de Moisés (1547), escrito por Guilherme Postel;
O abdita divinae cabalae mysteria (1625), escrito por Jacques Gaffarel.
O Matteh Moshe, um estudo sobre o Zohar, A doutrina de Moisés (1711), escrito pelo Rabino de Upsalla Johan Kemper, onde ele demonstra que a trindade estava contida já no antigo testamento;
Dialogo Cabbalistical 1684, escrito por Van Helmont (1614-1698), onde ele depõe e defende classicamente a metafísica cabalística.
O Enayim Me'irat (O Iluminismo dos Olhos, 1704) um comentário cabalístico sobre Mateus, escrito pelo Rabino de Upsalla Johan Kemper, que destacou a unidade do Antigo e Novo Testamentos. Após sua morte, um de seus estudantes Andreas Norrelius (1679-1749) traduziu o comentário para o latim como illuminatio oculorum (A Luz dos Olhos, 1749).
O Kabbala Denudata, sive Doctrina Hebræorum Transcendentalis et Metaphysica Atque Theologia (1677), em dois volumes, escrito por Christian Knorr von Rosenroth.

A anti literatura

Pugio Fidei ("punhal da fé"), escrito por Raimundo Martini, um pouco depois de 1278 e publicado somente em 1651. Nesta obra, Raimundo declara que o Talmud e o Midrash (versão simplificada da "Mishná") sofreram influências cristãs, cujo objetivo era a conversão de judeus.

De Arcanis Catholicae Veritatis 1516, escrito por Galatino, a pedido do papa Leão X, do imperador Maximiliano I, e outros dignitários, devido à controvérsia entre os representantes do judaísmo e Reuchlin. Galatino tomou a defesa do último e combate aos judeus em seu próprio terreno: a Cabala.

Os principais representantes

Flavius Mithrida

Flavius foi um judeu convertido para o cristianismo e cujo nome até então era Samuel ben Nissim Abulfarash (1226-1286). Ele, depois de sua conversão, autonomeou-se Guilherme Raimundo Moncada, e depois passou a usar o cognome (com o qual ficou conhecido) de Flavius Mithridates. Foi ele quem iniciou Pico della Mirandola nos estudos da Cabala e é dele a tradução do Sepher ha-Bahir (livro de brilho).Ele também ensinou Pico a língua hebraica e o caldeu.

A principal contribuição de Flavius foi a tradução, Ele foi responsável por verter ao latim mais de 3.000 páginas das obras hebraicas. Outra de suas contribuições foi a de, posteriormente, entre outros kabbalistas cristãos, buscarm convencer o papa de que poderia as verdades cristão se as poderia provar através da kabbala.

Pico della Mirandola

Entre os primeiros a promover o conhecimento da Kabbalah, além dos círculos exclusivamente judaicos, está Giovanni Pico della Mirandola (1463-1494)um discípulo de Marsilio Ficino na sua Academia de Florença. A sua visão sincrética do mundo combinava o platonismo, o neoplatonismo, o aristotelismo, o Hermetismo e a Cabala.

Pico teve por mestres a Flavius Mithridates, que introduziu Pico no estudo da Cabala e foi autor, entre outras obras de De Tropis Hebraicis, um trabalho original em latim com referências hebraicas que foi largamente elogiado por Sebastian Münster e Imbonatus; o humanista judeu-bizantino e professor de hebraico Johanan ben Isaac Aleman Yohanan Allemanno (que havia sido díscipulo do neoplatônico Judah Leon Messer) em cuja obra Ḥesheḳ Shelomoh (O esplendor de Salomão), ele demonstra um profundo conhecimento da filosofia grega e árabe, discursa sobre as realizações artísticas e morais da raça humana, os quais se combinam em Salomão, o qual está (segundo o autor) acima de Platão e de outros filósofos; e Paulo de Heredia (1408-1486), provavelmente o que mais influenciou ao jovem Pico.

O trabalho de Mirandola foi, posteriormente desenvolvido por Athanasius Kircher (1602-1680), um padre jesuíta, hermetista e polímata que, em 1652, escreveu sobre o assunto em Édipo aegyptiacus. Embora ambos trabalhassem dentro da tradição cristã, estavam mais interessados na abordagem sincrética. O trabalho de ambos levou diretamente ao Ocultismo e a Qabalah Hermética.

Jacques Gaffarel

Como Pico, Gaffarel define a Kabbalah como "a explicação mística das Escrituras, das verdades existentes antes e depois da vinda de Cristo ." Jacques tornou-se célebre por rebater ao controverso teólogo Mersenne, um padre jesuíta, um dos críticos mais da Cabala, que em 1623, em suas "perguntas sobre o Gênesis", atacou frontalmente o cabalismo cristão. A refutação de Jacques veio dois anos mais tarde, em 1625, no seu "abdita divinae cabalae mysteria".

Johann Reuchlin

Johann Reuchlin (1455-1522), foi um humanista alemão e um estudioso do grego e do hebraico. Durante grande parte da sua vida, ele centralizou o ensino do grego e do hebraico na Alemanha. Tendo-se reunido com Mirandola na Itália, mais tarde ele estudou hebraico com um médico judeu, Jacob ben Jechiel Loans, produzindo posteriormente De Arte Cabbalistica em 1517.

Paulus Ricius

Ricci todavia, embora devotado a esta corrente da chamada Cabala do Renascimento ou Cabala Renascentista, destoava consideravelmente da tradição originária e da qual eram adeptos Pico della Mirandola(citado por seu díscipulo Giorgi Burgonovo) e Reuchlin. Em alguns aspectos doutrinários Paulus comungava com as ideias de Cornelius Agrippa, adepto da chamada Cabala Prática.

Assim definia ele a Cabala:

"Kabbalah é a capacidade de remover todo o mistério divino e humano da Lei de Moisés…
É o significado literal da Escritura, o qual sujeita-se às condições de tempo e espaço. A Kabbalah é alegórica e permanece por séculos, sem restrições temporais e/ou espaciais…"

Balthasar Walther

Balthasar Walther (1558 - antes de 1630), foi um médica da Silésia médico. Em 1598-1599, Walther empreendeu uma peregrinação à Terra Santa, a fim de aprender sobre as complexidades da cabala judaica e do misticismo em Safed e em outros lugares, inclusive entre os seguidores de Isaac Luria. Apesar de sua pretensão de ter passado seis anos nestas viagens, parece que ele só fez várias viagens mais curtas. Walther mesmo não foi autor de quaisquer obras significativas sobre a Cabala Cristã, mas manteve uma volumosa coleção de manuscritos de obras ocultistas e cabalísticas. Seu significado e contribuição para a história da Cabala Cristã foi o de ter exercido, através de suas ideias e doutrinas uma profunda influência sobre as obras do teosofia alemã. O caso em particular refere-se a Jacob Böhme, que em resposta às questões levantadas por Walther, escreveu As Quarenta Questões sobre a Alma, sua 4ª obra escrita.

Para conhecer a geração das estrelas, deve conhecer-se a geração da vida e como a vida se gera no corpo, porque em tudo existe uma única espécie de geração.

Francesco Zorzi

Francesco (1466-1540) foi um frade franciscano de veneza é um dos principais expoentes da Cabala cristã no trancurso do século XVI. Pode-se considerar que depois de Pico della Mirandola, ele foi o fundador da Cabala Cristã "Zorzi pode seguramente reivindicar o segundo lugar"Autor de De Harmonia Mundi totius em 1525 e de Em Scripturam Sacram Problemata em 1536. O escritor Frances Yates, em seu à Filosofia Oculta na época elizabetana, escrito em 1979, no capítulo 4º afirma que

"Giorgi, em sendo um cabalista cristão declarado significava, não apenas que ele foi influenciado de maneira vaga na literatura cabalista, mas que ele acreditava que poderia provar pela Cabala, ou já tinha provado, a verdade (contida no) do cristianismo."

E, no capítulo 12, o mesmo escritor, referindo-se a uma conjectura de Daniel Banes, afirma que Shakespera, em seu O Mercador de Veneza, demonstrava estar familiarizado com a literatura de Giorgi e com outros escritores relacionados à Cabala. A influência de Zorzi (direta ou não) parece ter sido considerável. O fato é que no Shylock and Kabbalah. Banes discute com John Dee e Robert Fludd sobre o estabelecimento da Cabala na Inglaterra.

Athanasius Kircher

O século seguinte produziu Athanasius Kircher, um padre jesuíta alemão, estudioso e polímata. Ele escreveu extensivamente sobre o assunto em 1652, trazendo novos elementos, tais como orfismo e mitologia egípcia para seu trabalho, Oedypus aegyptiacus. Ele foi ilustrado pela prórpia adaptação de Kircher da Árvore da Vida.

Christian Knorr von Rosenroth

Christian Knorr von Rosenroth (1631-1689), foi um hebraísta cristã que estudou a Cabala, em que acreditava para encontrar provas das doutrinas do cristianismo.

Johan Kemper

Johan Kemper (1670-1716) foi um professor de hebraico, cujo mandato na Universidade de Universidade de Uppsala durou de 1697-1716.Ele foi mestre de habraico de Swedenborg.Kemper, anteriormente conhecido como Moses ben Aaron de Cracóvia, foi convertido do judaismo para o luteranismo. Durante seu tempo em Uppsala, ele escreveu sua obra em três volumes sobre o Zohar cujo título era Matteh Mosche (A doutrina de Moisés).No livro, ele tentou mostrar que o Zohar continha a doutrina cristã da Trindade.Ele foi precido, nesta demonstração pelo filósofo judeu, convertido ao cristianismo, Abner de Burgos, também conhecido, após sua conversão, como Alfonso de Valladolid que escreveu o livros La Concordia de las Leyes, onde demonstrava que no Antigo Testamento, havia ensinamentos concernentes aos dogmas cristão.

Esta crença também o levou a fazer uma tradução literal do Evangelho de Mateus para o hebraico e para escrever um comentário cabalístico sobre ele, o Meriat Enayim ("O Iluminismo dos Olhos") a fim de demonstrar a consonância da Cabala com o cristianismo. Este é o único comentário em Mateus em hebraico que já foi escrito e que permanece ainda hoje preservado na biblioteca universitária de Uppsala.

Adorjan Czipleá

Adorjan vivendo na Inglaterra, escreveu um curto e polêmico tratado, intitulado De ente et malo (Do Ser e do Mal), que circulou entre um pequeno grupo de proeminentes intelectuais europeus, incluindo, entre outros, Henry More[45] (da escola platônica de Cambridge), Joseph Glanvill, Thomas Vaughan e Mercurius Franciscus van Helmont. Embora este trabalho pareça estar perdido, registros de seus pontos de vista radicais (apontado na época como heresia) sobreviveu em relatos de alguns de seus contemporâneos, cujo mais seguro e firme destes relatos pode ser encontrado com detalhes na carta que Meric Casaubon, enviou a Edward Stillingfleet, datada de Setembro de 1670, cujo trecho é:

Um desses estranhos especialistas foi o Sr. Adorjan Czipleá, que sustentava que os anjos caídos, no entanto, não caem do Ser, uma vez que apoderaram do atributo da inteligência que é, segundo Platão, equivalente ao de existir. A partir disso ele derivou a ideia de que a primeira emanação, ou Inteligência, ou Ser é compromissada com estes caídos ou diabolus. Sendo assim, surge o eterno e perpétuo conflito entre Satanás e os anjos do Senhor. A Cabala é o único capaz de discernir os dois lados e, portanto, livrando-nos das garras do Ser no sentido da União para o Único Deus, pois só ele pode ter accesso seus anjos através do verbo que é a presença mística de Deus.

Adorjan exerceu uma notada influência sobre a escola platônica de Cambridgee sobre os Poetas Matafísicos

Raimundo Lúlio

Outros expoentes

A cabala cristã ainda foi representada e teve como adeptos outros renomados personagens, não menos insígnes, como: Heinrich Cornelius Agrippa; Johannes Valentinus Andreae; Antonia von Württemberg; Christopher Besoldus; Thomas Browne; Giordano Bruno; John Dee; Robert Fludd; Pietro Colonna Galatino; Henry Julius, Duke of Brunswick-Wolfenbüttel; Heinrich Khunrath; Paracelsus; Johannes Pharamund Rhumelius, médico e filho do também médico e discípulo de Paracelso,John Conrad Rhumelius. Rhumelius escrevia sob o pseudônimo de Solomon Raphael;Christian Rosenkreuz;Victorinus Strigel, etc

Conclusão

A cabala é citada como fonte do ocultismo medieval onde os bispos não querendo ver espalhar o esotérico e oculto, proibiam a leitura do Talmude. Apesar dos ataques que o cabalismo cristão sofreu, ele, mesmo assim, espalhou-se rapidamente, adquiriu um lugar particularmente importante na Grã-Bretanha dentro do Tribunal de Elizabeth I. Econtra-se vestígios dele entre os maiores poetas, e em particular através de um número de peças de Shakespeare. Embora um tanto obscuro ou disperso, a tradição da Cabala ou Kabbalah cristã, persiste ainda hoje dentro do cristianismo.

Árvore da Vida (Cabala)



A Árvore da Vida é um sistema cabalístico hierárquico em forma de árvore, que é dividida em dez partes, ou dez frutos. Esses frutos têm sentido ambíguo, podendo eles ser interpretados tanto como estado do todo, do universo, como podem ser lidos como estados de consciência. Ou seja, podem ser lidos tanto microcosmicamente, do ponto de vista do homem, como macrocosmicamente, ou seja, do ponto de vista do universo em geral. Macrocosmicamente, a Árvore deve ser lida de cima para baixo, e microcosmicamente, deve ser lida de baixo para cima. Macrocosmicamente, a Árvore começa em Kether, que é a centelha divina, a causa primeira de todas as coisas, e desce na árvore tornando-se coisa cada vez mais densa. Esse é o método cabalista de explicar a criação do mundo, e contrasta com o método científico do mesmo. A última sephirah é Malkuth, a matéria densa, o último estado das coisas. Microcosmicamente, subindo na Árvore, partindo de Malkuth, o homem aproxima seu estado de consciência elevando-se cada vez mais próximo de Kether. Então, a Árvore da Vida tanto pode ser usada para explicar a criação do Universo, como para hierarquizar o processo evolutivo do homem. Por isso, a Árvore da Vida é usada como referência em várias ordens de magia, para classificar seus graus.

Divisões da Árvore

A Árvore é dividida em quatro diferentes planos:

Atziluth, o Mundo das Emanações: Nessa esfera, Deus age diretamente, e não através de seus ministros, que são os anjos. Essas sephiroth são: Kether, Chokmah e Binah
Beriah, ou Briah, o Mundo das Criações: Esse mundo já é tão denso que Deus não age mais diretamente sobre ele, suas vontades são cumpridas por poderosos Arcanjos. Essas sephiroth são: Chesed, Geburah e Tiphareth.
Yetzirah, o Mundo das Formações: Nesse mundo, assim como em Briah, Deus não age diretamente, mas age através de diversos coros angélicos, que realizam sua vontade. Essas sephiroth são: Netzach, Hod e Yesod.
Asiyah, ou Assiah, o Mundo das Ações. Nesse mundo, só há uma sephirah: Malkuth.

A Árvore da Vida também é dividida em três colunas. A da esquerda é conhecida como pilar da severidade, é o pilar feminino; a da direita é o pilar da misericórdia, é o pilar masculino; e o pilar central é o pilar do equilíbrio, contrastando as emanações dos pilares direito e esquerdo. É de se estranhar, de início, que o pilar da severidade seja o feminino, e o pilar da misericórdia seja o masculino. Isso é porque a força feminina é repressora, como o útero reprime a criança na barriga da mãe, e a força masculina é explosiva, logo, tende a ser uma força menos repressora e mais liberal. A árvore também pode ser dividida em duas partes horizontais pela sephirah Tiphareth. As quatro sephiroth abaixo de Tiphareth são o microcosmo, o mundo inferior, o Eu Inferior. E as quatro sephiroth acima de Tiphareth são o macrocosmo, o mundo superior, o Eu Superior, sendo Kether a centelha divina. A Árvore também pode ser dividida em duas partes horizontais pela falsa sephirah Daath. As sephiroth abaixo de Daath são conhecidas como Microprosopos, ou seja, são o Universo Manifesto. E as sephiroth acima de Daath são o Macroprosopos, ou Universo Imanifesto.

Sephiroth

A sequência das sephiroth na Árvore se dá pelo movimento do Relâmpago Brilhante. Sua sequência é a seguinte:

Kether - Coroa

Kether se situa na posição central superior da árvore. É a coroa. É o potencial puro das manifestações que acontecem nas outras dimensões. Representa a própria essência, atemporal e livre. É a gênese de todas as emanações canalizadas pelas outras Sephiroth.

Chokmah - Sabedoria

Chokmah se situa no topo da coluna direita, o pilar da misericórida, é conhecido como Abba, o grande Pai. É a sabedoria. Chokmah é a energia pura ainda não materializada. Tem carater masculino e infinitamente expansivo. É o salto quântico da intuição, que deriva as manifestações artísticas. Analogamente, é o lado direito do cérebro, onde flui a criatividade e o mundo das idéias.

Binah - Entendimento

Binah se situa no topo da coluna esquerda, o pilar da severidade, é conhecida também como Amma, a grande Mãe. É o entendimento. Binah foi a primeira manifestação da forma sobre a força (Chokmah). Ela fez com que a força infinita de Chokmah se tornasse limitada, e com isso, equilibrando-se reciprocamente com ele. É a lógica que dá definição à inspiração e energia ao movimento. Analogamente, é o lado esquerdo do cérebro, onde funciona a razão, organizando o pensamento em algo concreto.

Chesed - Misericórdia

Chesed se situa abaixo de Chokmah. É a misericórdia. Representa o desejo de compartilhar incondicionalmente. Representa a vontade de doar tudo de si mesmo e a generosidade sem preconceitos, a extrema compaixão.

Geburah - Julgamento

Geburah se situa abaixo de Binah. É o julgamento. Representa o desejo de contenção e de questionador de impulsos. Canaliza sua energia por meio de objetivos, com o intuito de superar obstáculos e transformar a própria natureza.

Tipareth - Beleza

Tipareth se situa abaixo e entre Chesed e Geburah. É a beleza. Transforma em beleza Chokmah, Binah e Kether. A sabedoria e o entendimento, com a luz do conhecimento. Representa a divisão da árvore em macroposopos e microposopos.

Netzach - Vitória

Netzach se situa abaixo de Chesed. É a vitória. Netzach é a energia dos sentimentos. Existe a vontade de reciprocidade, a busca pelo próximo e a superação dos próprios limites, propagando o pensamento eterno. Funciona como o princípio fertilizador do espermatozóide masculino.

Hod - Esplendor

Hod se situa abaixo de Geburah. É o esplendor. Hod representa o pensamento concreto. É um canal de aprimoramento interno, de identificação com próximo, sendo uma forma de aceitação do pensamento, de reconhecimento. Funciona como o princípio receptivo do ovócito feminino.

Yesod - Fundamento

Yesod se situa abaixo e entre Netzach e Hod. É o fundamento. Yesod representa o Plano Astral. Funciona como um reservatório onde todas as inteligências emanam seus atributos que são misturados, equilibrados e preparados para a revelação material. É compilação das oito emanações.

Malkuth - Reino

Malkuth se situa na posição central inferior da árvore. É o reino. Representa o mundo físico, onde é revelado o material compilado das oito emanações. É o canal da manifestação, desejando a recepção das sephiroth. É a distância de Kether que provoca esse desejo, criando a sensação de falta.

Daath - Conhecimento

Daath se situa abaixo e entre Chokmah e Binah. É o conhecimento. Representa uma falsa sephirah porque não é uma emanação independente como as outras dez. Ela depende de Chokmah e Binah. Também é considerada como a imagem de Tipareth. É o abismo, o caos aleatório do pensamento.

Características da Árvore

Sendo as sephiroth do pilar da severidade muito femininas e as sephiroth do pilar da misericórdia muito masculinas, não existiria estabilidade no universo sem o pilar central, que age como o mediador entre eles. Dessa forma, a junção entre Geburah e Chesed gerou Tiphareth. E a junção entre Hod e Netzach gerou Yesod. Logo, Binah é o oposto de Chokmah, assim como Geburah é o oposto de Chesed, e Hod, o oposto de Netzach. Em verdade, cada linha horizontal da Árvore é emanada pela linha horizontal que lhe é superior, e emana a linha horizontal que lhe inferior. Logo, Kether emana tudo, mas não recebeu emanação de nada, e Malkuth não emana nada, mas recebeu emanação de tudo, sendo essas emanações sempre de cima para baixo. Cada sephirah tem suas correspondências astrológicas, com deuses pagãos, com pedras, plantas e etc. Por exemplo, Geburah é a sephirah da severidade, da justiça, logo, tem correspondência com Marte, planeta relacionado pela a astrologia com a guerra. Sua divindades correspondentes são todos os deuses pagãos relacionados à justiça e à guerra. Já Netzach é da esfera de Vênus, por sua natureza emocional.

Magia

Dentro de alguns sistemas de magia, cada sephirah, de baixo para cima, corresponde a um grau em uma escala evolutiva. Esse sistema se tornou muito conhecido por ser utilizado dentro da Ordem Hermética da Aurora Dourada (Golden Dawn, G.D., G.:.D.:.) e pela Astrum Argentum (A.:.A.:.). Malkuth é o primeiro grau, o adepto dessa sephirah é conhecido como Neófito ou Probacionista. Depois que ele cruzar o caminho que leva de Malkuth a Yesod, o iniciado passará para o grau de Zelator, 2º=9º, e assim sucessivamente. Os graus são Neófito (1º=10º), Zelator (2º=9º), Practicus (3º=8º), Philosophus (4º=7), Adeptus Minor (5º=6º), Adeptus Major (6º=5º), Adeptus Exemptus (7º=4º), Magister Templi (8º=3º), Magus (9º=2º) e Ipíssimus (10º=1º). Esse é o sistema da A.:.A.:., que é baseado na Árvore da Vida Cabalística. O Sistema da G.:.D.:. é semelhante a esse.


Na Bíblia

O conceito geral da Árvore da Vida talvez seja familiar para alguns leitores, que provavelmente já devem tê-la encontrado no Gênesis do Velho Testamento da Bíblia ou como uma figura presente em tapetes orientais e antigos manuscritos medievais.

Na Bíblia cristã, a Árvore ocupa lugar de destaque, aparecendo não apenas na história da expulsão do homem do paraíso, mas também ao fim da Bíblia, no último capítulo do Livro do Apocalipse, onde uma árvore que cresce no centro da Jerusalém celestial é apresentada como o sinal da salvação da humanidade:

1) E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

2) No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura das nações.

João - Apocalipse (22:1-2)

Estes dois exemplos fazem com que a Árvore seja uma espécie de Alfa e Ômega na doutrina crista da salvação em seus primeiros tempos. No início do Cristianismo, a Árvore da Vida está associada com a cruz de Cristo, e até o final da Idade Média, representações de Cristo freqüentemente tomam a forma da Arvore da Vida. O estudioso cristão Tertuliano, que viveu no final do Segundo século, começo do Terceiro, escreveu um poema chamado De ligno vitae, onde a cruz do Gólgata se transforma numa árvore magnífica que dá frutos deliciosos e néctar divino para todas as nações. A noção da cruz como a Árvore da Vida é também um conceito Gnóstico, também presente em textos siríacos. Só depois do século IX é que esta noção foi gradualmente substituída pelo símbolo de martírio e execução.

Na Bíblia e na literatura cristã dos primeiros tempos, assim como na arte, uma certa aura de mistério envolve a Arvore. Em geral, esta pode ser descrita e representada graficamente com muitos detalhes, mas raramente explicada. Esta atitude é mais pronunciada dentro do misticismo judaico, onde o conhecimento místico relacionado com a Árvore é visto como um segredo, a ser divulgado apenas àqueles que "temam o Nome Divino". Tais cuidados e votos de segredo lembram o final da expulsão de Adão e Eva do paraíso, onde uma espada resplandecente é colocada à entrada do céu, para guardar a Árvore da Vida.

Mas a Árvore da Vida é mais do que uma invenção bíblica ou judaico-cristã. Ela é encontrada sob diversas representações visuais e nomes (Árvore Celeste, Árvore do Mundo, Árvore Cósmica, Árvore do Esclarecimento, Árvore do Conhecimento) em todo mundo, do antigo Oriente Próximo, Egito, Grécia e Índia, até o mundo islâmico, Escandinávia medieval, Ásia Central, China, América do Norte e Central e até mesmo na Indonésia (1). Na maior parte das culturas do mundo, a Árvore está relacionada com a psique e o espírito divino. De fato, esta associação é tão pervasiva, que o psicanalista Carl Jung considera a Árvore como um arquétipo e símbolo do Self, ou da psique integrada, produzida pelo inconsciente. Por milhares de anos, a Árvore tem sido uma fonte de inspiração para artistas e pensadores, o seu apelo intelectual não sendo apenas um dos caprichos da história. Ainda existem muitos que pensam seriamente estar contido na Árvore uma série de ensinamentos que podem levar ao esclarecimento e à vida eterna.

SIMBOLOGIA ESOTÉRICA:

A árvore da Vida dentro do microcosmo representa O SER HUMANO DENTRO E A SUA EVOLUÇÃO, a árvore é a COLUNA VERTEBRAL, a serpente a energia sexual com seus dois fluxos de energia, o primeiro a ENERGIA MASCULINA que simboliza a energia positiva, simbolizada na bíblia  pelo ADÃO (ENERGIA MASCULINA),  por EVA (ENERGIA FEMININA), no hinduismo, trata-se da ENERGIA KUNDALINI, representada pelas energias: masculina = pingala, feminina = ida.

Note que na figura Judáica ao lado (duas Oliveiras), a disposição simbólica representam a energia sexual, com suas duas energia, a masculina e a feminina. De um lado o SOL (PINGALA, ADÃO), do outro a LUA (IDA, EVA). Sete estrelas representam os 7 chakras. Ouroboros (ou oroboro ou ainda uróboro) é um símbolo representado por uma serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda.

É um símbolo para a eternidade. Está relacionado com a alquimia, que é por vezes representado como dois animais míticos, mordendo rabo um ao outro.

A fênix ou fénix (em grego) é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas.

No macrocosmo, a árvore da vida, representa todo o processo humano, representado pela roda de Sanshara, o ciclo humano em todas suas reencarnações.

No Cristianismo Esotérico

UNIVERSALISMO CRÍSTICO:

A humanidade não evolui aos saltos, mas sim passo a passo, entretanto, de tempos em tempos, a Alta Espiritualidade nos presenteia com novos direcionamentos para caminhos verdadeiros no sentido do amor e do progresso, quebrando paradigmas e convidando-nos a um novo roteiro espiritual. Foi assim na época de Akhenaton e Moisés, com a mensagem do Deus Único, e depois com Jesus em seu inesquecível convite ao caminho do Amor Universal.

Mais do que nunca, espera-se que espiritualidade e ciência se fundam para permitir um maior crescimento evolutivo de nossa humanidade em todos os aspectos. E que, nesse ínterim, as religiões, que servem e serviram para religar o homem ao Divino, também se unifiquem para tornarem-se um moderno instrumento que auxilie o homem em sua nova jornada evolutiva no terceiro milênio: a era de aquário, que exigirá uma nova postura espiritual, onde o homem deverá conhecer-se, buscar verdadeiramente espiritualizar-se, em oposição a formal submissão religiosa que vigora nos dias atuais. Estamos adentrando na era da conscientização espiritual e abandonando a da alienação frente aos sagrados objetivos da vida.

Esse processo de fusão religiosa e cultural entre todos os povos do planeta é o que a própria Alta Espiritualidade da Terra - desencadeadora dessa visão - denominou de Universalismo Crístico, que é o primeiro passo de unificação verdadeira dos princípios espirituais trazidos à Terra pelos grandes avatares de nossa história. É necessário colocar a mensagem cristalina do Alto à frente das religiões que "engessaram" a verdade trazida por esses grandes líderes espirituais.

Ao contrário do que muitos podem pensar, não se trata de um movimento, mas sim de uma ação individual consciente, tolerante e paciente, que se sustenta no diálogo aberto entre todas as religiões. Ninguém se auto-intitulará o dono da verdade, mas o debate será convocado para que, junto com o bom senso e a razão, se promova uma evolução no modelo espiritual vigente.

Obviamente alguns princípios são fundamentais para servirem de estrutura para o Universalismo Crístico, assim como as fundações de uma casa:

I- O amor ao próximo como a si mesmo buscando cultivar as virtudes cristicas de forma verdadeira e incondicional refletindo diretamente o amor do próprio Criador.

II- A crença na reencarnação do espírito e do carma, pois sem esses princípios não existe justiça divina.

III- A busca incessante pela sabedoria espiritual aliada ao progresso filosófico e científico com o objetivo de promover a evolução integral da humanidade.

O Universalismo Crístico é principalmente uma ação individual que visa o coletivo. A aceitação do outro mas com respeito e diálogo, pois ao final, compreenderemos que somos todos células de um mesmo corpo: a humanidade.

SIMBOLOGIA:

A árvore de Natal é uma simbologia Pagã, mas representa o nascimento e a evolução, foi adaptada pelo catolicismo, para popularizar uma festacomum na europa, dessa forma o nascimento de Jesus Cristo, passou a ser 25 de dezembro.

VIA SACRA:

Por “Via Sacra” entende-se um exercício de piedade segundo o qual os fiéis percorrem mentalmente com Cristo o caminho que levou o Senhor do Pretório de Pilatos até o monte Calvário; compreende quatorze estações ou etapas, cada uma das quais apresenta uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo:

Estação: Jesus é condenado à morte  - (Ao nascer o homem já está condenado a morte)

Estação: Jesus carrega a cruz às costas  - (O homem carrega suas dívidas, suas mazelas, simbolizada pela Cruz)

Estação: Jesus cai pela primeira vez - (Primeiros baques na vida, primeiros desafios surgem)

Estação: Jesus encontra a sua Mãe - (O homem valorizando suas origens)

Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus - (O homem encontrando seus amigos)

Estação: A Verônica limpa o rosto de Jesus - (O homem e o troco daquilo que fez, encontro com seus oposto energético)

Estação: Jesus cai pela segunda vez

Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém  - (O homem e o sexo oposto)

Estação: Terceira queda de Jesus

Estação: Jesus é despojado de suas vestes - (O final da vida o homem se despe de suas vestes, a velhice o torna mais real).

Estação: Jesus é pregado na cruz - (No final o encontro com seu destino final)

Estação: Jesus morre na cruz - (a partida da terra)

Estação: Jesus morto nos braços de sua Mãe - (O encontro com os que ficaram)

Estação: Jesus é enterrado - (Acaba a caminhada, o homem deixa o corpo carnal).

Existem diversas meditações de autores espirituais sobre a via crucis ou via sacra.

CRISTO CRUCIFICADO

A árvore, representa a VIDA, os elementos, da terra, do fogo, da água e do ar. A árvore em sua estrutura tem a função de canalisar a energia, de nascer da terra, romper e subir aos céus.

A cruz representa a matéria e o espírito, o plano físico pela linha horizontal, a plano espiritual pela linha vertical.

O ser crístico, representa toda a caminhada do ser humano, até atingir a integralidade o SER CRÍSTICO, o estado búdico.

CRISTO na CRUZ, simboliza, o homem encarnado na terra, a cruz é o próprio homem carnal físico, é a coluna vertebral, Cristo nela é o ESPIRITO, com a energia Kundalínica, evoluindo, subindo através das provações.

A cruz cristã é a árvore da vida do cristianismo. A essência a ser percebida, é entender que a ENERGIA SEXUAL, é a energia cósmica, principal energia da evolução espiritual.

A coluna vertebral tem 33 vértebras em toda a sua estrutura, Cristo viveu 33 anos, e 33 são os graus maçonicos.

A cruz na terra, simula a árvore, a árvore que começa semente, que germina, que aflora, que cresce e evolui. Assim é o homem em toda a sua epopéia humana.

O que está encima é igual ao que está embaixo - O microcosmo é o macrocosmo


CADUCEU:

O caduceu ou emblema de Hermes (Mercúrio) é um bastão em torno do qual se entrelaçam duas serpentes e cuja parte superior é adornada com asas. É um antigo símbolo, cuja imagem pode ser vista na taça do rei Gudea de Lagash, 2.600 anos a.C., e sobre as tábuas de pedra denominadas, na Índia, nagakals. Esotericamente, está associado ao equilíbrio moral, ao caminho de iniciação e ao caminho de ascensão da energia kundalini.

A serpente da direita é chamada Od, que representa a vida livremente dirigida; a da esquerda Ob, vida fatal e o globo dourado no cimo Aur, que representa a luz equilibrada. Estas duas serpentes opostas figuram forças contrárias que podem se associar mas não se confundir. É frequentemente confundido com o símbolo da medicina, o bordão de Esculápio ou bastão de Asclépio.

OS CHAKRAS, estão associados A SIMBOLOGIA ESOTÉRICA do CADUCEU, a evolução das SERPENTES (dualidade da energia sexual feminina e masculina), na figura ao lado, estendem-se ao longo do caduceu (COLUNA VERTEBRAL = CRUZ CRISTÃ), de forma uniforme e a serpente essa energia dual existente em todos os seres humanos.

A Energia Sexual, que está enrolada na base da coluna, e ao ser desperta sobe de forma espiralada, pelos condutores da coluna vertebral até atingir o chackra coronário, tornando dessa forma o ser desperto, conhecido como um SER CRÍSTICO (Eu maior).

Na Mesopotamia

A Mesopotâmia — nome grego que significa "entre ( meso ) rios ( potâmia ) é uma região de interesse histórico e geográfico mundial. Trata-se de um planalto de origem vulcânica localizado no Oriente Médio, delimitado entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, ocupado pelo atual território do Iraque e terras próximas. Os rios desembocam no Golfo Pérsico e a região toda é rodeada por desertos.

Inserida na área do Crescente Fértil - de Lua crescente, exatamente por ela ter o formato de uma Lua crescente e de ter um solo fértil -, uma região do Oriente Médio excelente para a agricultura, exatamente num local onde a maior parte das terras vizinhas era muito árida para qualquer cultivo, a Mesopotâmia tem duas regiões geográficas distintas: ao Norte a Alta Mesopotâmia ou Assíria, uma região bastante montanhosa, desértica, desolada, com escassas pastagens, e ao Sul a Baixa Mesopotâmia ou Caldéia, muito fértil em função do regime dos rios, que nascem nas montanhas da Armênia e desaguam separadamente no Golfo Pérsico.

Uma árvore estilizada aparece pela primeira vez como motivo em arte de sentido claramente religioso aparece pela primeira vez na Antiga Mesopotâmia. Ela ocorre nos grafites pré-históricos e nas cerâmicas, torna-se um motivo favorito nos selos cilíndricos, e mais tarde torna-se num motivo preferido em selos, principalmente os glifos e selos reais.

 Nos tempos do Império Neo-Assírio (930-607 BC), o tema da Árvore é encontrado em quase todos os lugares: em selos, jóias, painéis, esculturas, pinturas de parede e colunas de palácios reais, em vestimentas reais, móveis, implementos, elmos, armas, etc.

Portanto, em termos de história da arte, a árvore Mesopotâmica em suas formas variadas, pertence a mesma tradição das Árvores Judaica, Cristã, Islâmica e Indiana, sem sombra de dúvida. A abundante evidência não deixa dúvidas de que como tema de arte, a Árvore se espalhou a partir da Mesopotâmia para outras partes do Antigo Oriente Próximo, e que por exemplo, a árvore israelita do primeiro milênio e que se transforma na lamparina de sete velas (menorah) são ambas derivadas do modelo Mesopotâmico. Da mesma forma, historiadores da arte faz muito se referem à àrvore Mesopotâmica como A Árvore da Vida, deixando bem clara a relação entre a Árvore Mesopotâmica e a Árvore da Vida de grande significado esotérico.

Entretanto, enquanto que os textos mesopotâmicos contém ocasionais referências místicas sobre todos os tipos possíveis de árvores místicas, o termo Árvore da Vida não pode ser encontrado de forma tão evidente na Mesopotâmia. Além disso, nenhum mito mesopotâmico conhecido fala de uma árvore miraculosa. Portanto, Assiriologistas em geral referem-se a ela através de termos mais neutros desde a década de 1950, preferindo o termo "Árvore Sagrada".

A ÁRVORE DA VIDA ASSÍRIA

Professor Parpola atualmente vê a Árvore não como uma Árvore propriamente dita, mas como um símbolo visual de múltiplas camadas, um instrumento de auxílio para a memória, que contém não apenas um, mas uma infinidade de significados. A forma da Árvore com sua oposição vertical céu-terra e direita-esquerda fornecia uma estrutura pela qual era possível expressar várias doutrinas interrelacionadas da religião Mesopotâmica e da ideologia real. A Árvore podia ser tomada para refletir a estrutura psíquica do homem perfeito como um equilíbrio de virtudes cardeais; ao mesmo tempo, ela também representava deus e a soma total de seus atributos. Ela podia simbolizar o rei como mediador entre o céu e a terra, mas também a alma como uma entidade que transcendia os limites do céu e da terra. Ela podia ser contemplada como uma imagem do cosmo que consistia do céu, da terra e um mesocosmo de estrelas e dos grandes deuses situados entre eles. Ela podia refletir o conselho divino, tal qual o gabinete assírio, cujos ministros ideologicamente eram imagens dos grandes deuses. A árvore delineava a ascensão da alma pura até os céus.

Todas estas diferentes interpretações têm algo em comum: a crença na habilidade da alma pura de transcender as fronteiras entre os reinos diametralmente opostos do céu e da terra. Esta crença fazia possível, por outro lado, apresentar o rei como o homem perfeito, enviado pelos céus para guiar a humanidade, bem como para manter a esperança de uma ressurreição dos mortos.

Ao representar o rei como o homem perfeito e a imagem de deus, a tornou-se no símbolo principal do império Assírio. No culto de Ishtar, a Árvore deve Ter em principio funcionado como objeto de meditação, como espécie de mandala. Como a personificação humana da Árvore - o homem perfeito - o rei tinha papel importante nos rituais. Ele era o salvador enviado para resgatar os justos, o redentor para aqueles que acreditavam nele. Podemos, portanto, de certa forma entender por que os antigos mespotâmicos escolheram-na como objeto de reverência, conhecimento secreto e contemplação. Palavra escrita alguma pode expressar de forma adequada as idéias complexas sugeridas pelo poderoso símbolo visual. Muito antes pelo contrário, estas tendem a obscurecer e distorcer a mensagem fundamental que pode ser intuitivamente obtida através da contemplação, meditação e estudo da iconografia sagrada, baseados nas fontes do cuneiforme que temos disponíveis.

Naturalmente, a Árvore era apenas um dos símbolos visuais entre muitos outros no mundo antigo. Mas era um símbolo importante na Assíria, comparável à cruz no Cristianismo. Evidentemente, deve-se frisar que qualquer tentativa de se entender a Árvore da Vida Assíria deve estar firmemente fundamentada por evidências assírias. Uma vez que as doutrinas relativas à Árvore eram também secretas, sendo escritas quando muito em linguagem alegórica e velada, deve-se também estudar doutrinas relacionadas como a Cabala, que são melhores conhecidas e sobre as quais encontramos material disponível. Somente com a ajuda de tal abordagem comparativa é que poderemos melhor entender e organizar nossas descobertas de forma coerente e tão fiel aos fatos quanto possível.

Biografia Shabtai Tzvi



Shabtai Tzvi (שַׁבְּתַאי צְבִי ) (Esmirna, Imperio otomano, c. 1 de agosto de 1626 - Ulcinj, Montenegro, c. 17 de septiembre de 1676), fue un rabino judío que afirmó ser el Mesías. Inspirador de uno de los movimientos mesiánicos más importantes de la historia judía, es el fundador de la secta turca de los sabateos.

Tras haber estudiado la Cábala y el Talmud, y tras haber sido ordenado jajam ("sabio", un título rabínico ashkenazí), en 1647 aseguró ser el Mashiaj. Expulsado de Esmirna hacia 1651, vagó durante muchos años por Grecia, Tracia, Palestina y Egipto. En 1665 acudió en busca de una cura para su alma atormentada y se presentó al carismático Nathan de Gaza que le convenció de que en realidad era el Mesías. A partir de entonces se manifestó como tal y pronto ganó un ferviente apoyo en Palestina y entre los judíos de la diáspora. Encarcelado por las autoridades otomanas en 1666, se convirtió al islam para escapar de la ejecución, tomando el nombre de Aziz Mehmed Effendi. Aunque existe otra interpretación histórica que dice que su conversión se debió al amor de una musulmana, por quien traicionó a su grey convirtiéndose al Islam. Lo cierto es que sea cual fuere la causa, Shabetai Tzví dejó tras su conversión un estado de pobreza y desconcierto entre los miles de sus seguidores, quienes creyendo en su santidad habían dejado y donado todos sus bienes materiales al suponer que el Mesías (Mashíaj) ya se había presentado en su figura y los bienes terrenales ya no tenían sentido de ser.

Algunos de sus seguidores también se convirtieron al islam, alrededor de 300 familias que fueron conocidas como los Domne (conversos en turco) o grupo de los ma'min, pero que siguieron conservando muchas ceremonias de su antigua religión.

Murió exiliado en Ulcinj (en la actualidad Montenegro). Los acontecimientos de su vida fueron interpretados según los criterios de la Cábala por Nathan y otros, y el movimiento persistió durante el siglo XIX.

Biografia Giovanni Pico della Mirandola



Giovanni Pico della Mirandola (Mirandola, 24 de fevereiro de 1463 — Florença, 17 de novembro de 1494) foi um erudito, filósofo neoplatônico e humanista do Renascimento italiano.

Giovanni, o filho mais jovem de Gian Francesco I e Giulia Boiardo, conde e condessa de Concordia e de Mirandola no Ducado de Modena, desde a infância impressionava por seus dotes intelectuais que incluíam uma extraordinária memória e dons artísticos muito desenvolvidos. Decidiu dedicar a sua vida inteiramente aos estudos e com apenas catorze anos de idade, partiu para a Universidade de Bolonha com o objetivo de estudar Direito Canônico e preparar-se para seguir a carreira eclesiástica. Entretanto, insatisfeito com os estudos puramente jurídicos, decidiu aprofundar-se em Filosofia e Teologia que despertaram-lhe a predileção.

Giovanni passou ainda sete anos viajando pela Itália e França, estudando em suas principais faculdades em Ferrara, Pádua e Paris, enquanto se dedicava a aprender os idiomas latino, grego, hebraico, árabe e sírio.

Após adquirir, em suas viagens pela Europa, cerca de sessenta manuscritos atribuídos ao sacerdote e escriba judeu Esdras, filho do sumo sacerdote Seraías e autor bíblico de um dos livros históricos de mesmo nome do Antigo Testamento (cfe. mencionado em II Reis 25:18-21), Giovanni veio a interessar-se pelo estudo da Cabala e do Talmud, tendo a idéia de combinar esse conhecimento místico-religioso com a filosofia.

O seu objetivo principal era conciliar religião e filosofia. Assim como o seu mestre Marcílio Ficino, Giovanni baseava as suas concepções principalmente em Platão, em oposição à Aristóteles. Todavia Giovanni era em essência um eclético e em muitos aspectos, ele representava uma reação contra os exageros do humanismo. De acordo com ele, deveríamos estudar as fontes hebraicas e talmúdicas, enquanto que as melhores conquistas da escolástica deveriam ser preservadas. O seu Heptaplus, uma exposição místico-alegórica da criação do mundo de acordo com os sete sentidos bíblicos, segue essa ideia; ao mesmo período pertence De ente et uno, com explanações de várias passagens dos livros mosaicos, platônicos e aristotélicos.

Já em Roma, no ano de 1486, Giovanni com apenas 23 anos de idade, publica as suas polêmicas 900 teses intituladas Conclusiones philosophicae, cabalisticae et theologicae, onde ele acreditava ter desvelado as bases de todo o conhecimento da humanidade, combinando elementos do neoplatonismo, hermetismo e cabalismo, além de versar sobre lógica, matemática, física. Ele se oferece para pagar as despesas de qualquer um que estivesse disposto a vir até Roma e enfrentá-lo em uma discussão pública sobre as teses. Neste ano publica o seu trabalho mais conhecido, De hominis dignitate oratio (Discurso sobre a Dignidade do Homem), que serve como uma introdução às 900 teses.

Entretanto, das 900 teses, treze foram consideradas heréticas pela Igreja Católica e ele é proibido de ir adiante com as discussões públicas. Uma comissão de inquérito da igreja convida Giovanni para retratar-se, o que ele efetivamente faz. Giovanni tenta ainda defender as suas treze teses com o opúsculo Apologia Ioannis Pici Mirandolani, concordiae comitis, mas não obtém sucesso. Contrafeito com a condenação, decide viajar novamente, visitando a França e em seguida retornando à Florença.

Ao final de sua vida, destrói seus trabalhos poéticos e torna-se um defensor do Cristianismo contra os judeus, muçulmanos e astrólogos. Morre jovem em 1494, aos 31 anos, após sucumbir a uma febre, no dia em que Carlos VIII da França entrou em Florença, após expulsar Piero de Médici. Giovanni é considerado o primeiro erudito cristão a mesclar elementos da doutrina cabalística e teologia cristã.

Seu sobrinho, o também filósofo e erudito Giovanni Francesco Pico della Mirandola, escreveu uma detalhada biografia de Giovanni em 1496, chamada Ioannis Pici Mirandulae Vita.

Filosofia

Na Oratio, Giovanni justifica a importância da busca humana pelo conhecimento numa perspectiva neoplatônica. Ele afirma que Deus, tendo criado todas as criaturas, foi tomado pelo desejo de gerar uma outra criatura, um ser consciente que pudesse apreciar a criação, mas não havia nenhum lugar disponível na cadeia dos seres, desde os vermes até os anjos. Então Deus criou o homem, que ao contrário dos outros seres, não tinha um lugar específico nessa cadeia. Em lugar disso, o homem era capaz de aprender sobre si mesmo e sobre a natureza, além de poder emular qualquer outra criatura existente. Desta forma, segundo Giovanni, quando o homem filosofa, ele ascende a uma condição angélica e comunga com a Divindade, entretanto, quando ele falha em utilizar o seu intelecto, pode descer à categoria dos vegetais mais primitivos. Giovanni, deste modo, afirma que os filósofos estão entre as criaturas mais dignificadas da criação.

A ideia que o homem pode ascender na cadeia dos seres pelo exercício de suas capacidades intelectuais foi uma profunda garantia de dignidade da existência humana na vida terrestre. A raiz da dignidade reside na sua afirmação que somente os seres humanos podem mudar a si mesmos pelo seu livre-arbítrio. Ele observou na história humana que filosofias e instituições estão sempre evoluindo, fazendo da capacidade de auto-transformação do homem a única constante.

Em conjunto com sua crença que toda a criação constitui um reflexo simbólico da Divindade, a filosofia de Giovanni teve uma profunda influência nas artes, ajudando a elevar o status de escritores, poetas, pintores e escultores, como Leonardo da Vinci e Michelangelo, de um papel de meros artesãos medievais a um ideal renascentista de artistas considerados gênios que persiste até os dias atuais.

Obras

Suas principais obras são:

Heptaplus, (Florença, 1480)
De ente et uno, (1480)
De hominis dignitate oratio, (1480)
Conclusiones philosophicae, cabalisticae et theologicae, (Roma, 1486)
Apologia Ioannis Pici Mirandolani, concordiae comitis, (1489)
Disputationes adversus astrologiam divinatricem, (Bolonha, 1495)
Aureae ad familiares epistolae, (Paris, 1499)

Ducado de Mirandola

O Ducado de Mirandola (em italiano Ducato della Mirandola) foi um estado italiano independente entre 1310 e 1711, e cuja capital foi a cidade de Mirandola. A família Pico, à qual pertenceu o célebre humanista Giovanni Pico della Mirandola, governou este ducado que, em 1711 foi integrado no Ducado de Módena, governado pelos Este.

No curso da sua história, Mirandola, cidade poderosamente fortificata, foi sujeita a dois assédios, o primeiro em 1510 durante o governo do Papa Júlio II e o segundo, em 1551, sob o Papa Júlio III .

Governantes de Mirandola

Ao senhorio de Mirandola foi, desde logo, associado o senhorio de Concordia, uma localidade vizinha, governados em conjunto pela família Pico, conhecida como os Pico della Mirandola.

Senhores de Mirandola

Francisco I (Francesco I Pico), 1311-1311

Senhores de Mirandola e Concordia

Francisco II (Francesco II Pico), 1354-1399
Francisco III (Francesco III Pico) com João I (Giovanni I Pico) e Aiace Pico, 1399-1429
Francisco III (Francesco III Pico) com João I (Giovanni I Pico), 1429 - 1432
Senhores de Mirandola e Condes de Concordia[editar | editar código-fonte]
Francisco III (Francesco III Pico) com João I (Giovanni I Pico), 1432-1451
Francisco III (Francesco III Pico), 1451-1461
João Francisco I (GianFrancesco I Pico), 1461-1467
Galeotto I, 1467-1499
João Francisco II (GianFrancesco II Pico), 1499-1502
Frederico I (Federico I Pico) com Luís I (Ludovico I Pico), 1502-1504
Luís I (Ludovico I Pico), 1504-1509
Galeotto II, 1509-1511
João Francisco II (GianFrancesco II Pico), 1511-1511
Galeotto II, 1514-1533

Condes de Mirandola e Concordia

Galeotto II, 1533-1550
Luís II (Ludovico II Pico), 1550 - 1558
Galeotto III, 1568-1592
Frederico II (Federico II Pico), 1592-1596

Príncipes de Mirandola e Marqueses de Concordia

Frederico II (Federico II Pico), 1596-1602
Alexandre I (Alessandro I Pico), 1602-1619

Duques de Mirandola e Marqueses de Concordia

Alexandre I (Alessandro I Pico), 1619-1637
Alexandre II (Alessandro II Pico), 1637-1691
Francisco Maria (Francesco Maria Pico), 1691-1708

Família Pico

Os Pico, também conhecidos por Pico della Mirandola, foram uma família nobre italiana que detinha a soberania do Ducado de Mirandola e sobre outros territórios vizinhos, como Concordia, durante mais de quatro séculos, até que os seus domínios foram anexados pelos Este de Módena em 1711.

A família tem origem num certo Hugo (Ugo) Pico, filho de Manfredo Pico, ao qual é entregue, como recompensa dos serviços prestados, o castelo de Mirandola.

O mais conhecido membro da família foi o humanista e filósofo Giovanni Pico della Mirandola.

Linha dinástica

Senhores de Mirandola

1311 - 1322 ca: Francisco I Pico

Senhores de Mirandola e Concordia

1354 - 1399: Francisco II Pico
1399 - 1429: Francisco III Pico com João I Pico e Aiace Pico
1429 - 1432: Francisco III Pico com João I Pico

Senhores de Mirandola e condes de Concordia

1432 - 1451: Francisco III Pico com João I Pico
1451 - 1461: Francisco III Pico
1461 - 1467: João Francisco Pico
1467 - 1499: Galeotto I Pico
1499 - 1502: João Francisco II Pico
1502 - 1504: Frederico I Pico com Ludovico I Pico
1504 - 1509: Ludovico I Pico
1509 - 1511: Galeotto II Pico
1511 - 1511: João Francisco II Pico
1514 - 1533: Galeotto II Pico

Condes de Mirandola e Concordia

1533 - 1550: Galeotto II Pico
1550 - 1558: Ludovico II Pico
1568 - 1592: Galeotto III Pico
1592 - 1596: Frederico II Pico

Príncipes de Mirandola e Marqueses de Concordia

1596 - 1602: Frederico II Pico
1602 - 1619: Alexandre I Pico

Duques de Mirandola e Marqueses de Concordia

1619 - 1637: Alexandre I Pico
1637 - 1691: Alessandro II Pico
1691 - 1708: Francisco Maria II Pico

Outros membros ilustres da família

Agnese Pico (1303-1340), casou com Guido Gonzaga, senhor de Mântua
Brigida Pico (1633-1720), regente (1691-1706) em nome do seu sobrinho neto e último duque Francisco Maria II Pico
Ludovico Pico della Mirandola (1668-1743), cardeal