domingo, 4 de abril de 2021
A Arte de se Comunicar Com os Mortos
Excorporação
A excorporação pressupõe colocar para fora do indivíduo aquilo que lhe faz mal. Em nossa prática aplicamos a técnica de excorporação para que o praticante possa externar suas forças inconscientes sombrias e assim identificá-las e dar-lhes utilidade e então integrar estas forças novamente em seu Espírito.
As forças sombrias do inconsciente são aspectos do Espírito que está encarcerado pela ilusão da consciência e quando o praticante começa a excorporar estas forças, as identificando e fazendo uso delas, acabará por compreender que apesar de parecerem forças externas, pois estão consteladas, são na verdade uma única força que é a força do seu Espírito, passando assim a tornar-se um Espírito Desperto e conforme vai avançando na prática, vai destruindo as barreiras da ilusão que o colocam como seres em separado, praticante e Espírito, em um só ser, o Espírito Acausal.
Esta é uma prática que demanda comprometimento total do praticante e apesar de ser acessível a qualquer pessoa, pois não envolve ritualística complicada, local específico, ou qualquer outra coisa que não seja a vontade e compromisso, também é uma das práticas mais difíceis de serem realizadas.
Encontramos esta prática em algumas regiões da Ásia e da Índia.
Independente da máscara que utilizamos ou do papel que desempenhamos na criação e em qualquer nível energético ou dimensional, enquanto existimos somos escravos……
Possessão
A possessão é uma prática onde uma entidade não humana ou uma força cósmica toma por completo o corpo e a consciência do praticante, diferentemente da incorporação, a possessão não é algo comum e não é uma prática corriqueira, pois para que aconteça a possessão são necessárias além da predisposição do praticante, uma preparação especial e alguma ritualística mais elaborada. Desde a Grécia Antiga que são os registros escritos mais antigos que se têm desta prática até a Índia moderna onde entidades não humanas e forças cósmicas se apoderam de corpos humanos em festivais religiosos, encontramos também esta prática na África, Tailândia, Polinésia, Países Nórdicos, Países do Leste Europeu, alguns países do Reino Unido e alguns países Árabes.
A possessão têm finalidades bem definidas e de caráter geral, ou seja, têm sua utilização para a sociedade ou coletividade que realiza o ritual, seja para abundância de colheitas e desenvolvimento de criações de animais, para favorecimento em guerras ou proteção contra inimigos da coletividade, para livrar a coletividade de pragas, desastres e mortalidade infantil entre outras finalidades que atendam a coletividade ou a sociedade.
A possessão da mesma entidade não humana ou força cósmica também pode ocorrer de forma coletiva, onde uma única força ou entidade possui diversos indivíduos de uma vez, ou diversos aspectos desta força e diversas entidades de mesma função ou hierarquia podem possuir mais de um indivíduo e mais raramente podem possuir um único indivíduo, porém nestes raros casos a destruição do corpo do indivíduo é certa e é vista na sociedade ou coletividade onde ocorre como um sacrifício à força cósmica ou entidade não humana.
Incorporação
A incorporação é uma prática onde se propõe que a alma de um ser humano morto possa se conectar a um médium através dos chakras e comandar seu corpo conseguindo assim interagir com o meio em que se manifesta. A incorporação pode acontecer em diversos níveis de consciência do médium e de controle da alma, sendo o mais leve como uma inspiração onde o médium sofre uma forte corrente mental que o influência e o médium traduz esta influência, até um grau mais profundo onde o médium possui pouca ou nenhuma consciência e controle sobre seu corpo e a alma do morto pode interagir com os vivos, se apresentando com todas as suas características, ou seja, modo de falar, expressões, trejeitos e em alguns casos até odores.
Há um sem número de técnicas para desenvolvimento desta habilidade assim como finalidades e é uma prática comum em diversas culturas ao redor do mundo.
Em algumas culturas também é utilizada a técnica de incorporação de almas de seres humanos vivos, onde a alma de um ser humano que está adormecido ou entorpecido têm a capacidade de se deslocar na dimensão dos mortos e incorporar em um médium, trazendo assim uma comunicação mais confiável, pois o ser humano que realiza esta técnica é membro da sociedade e passível de ser responsabilizado caso incorra em engodo.
Seja como for, a incorporação é um fenômeno humano comum, bastando ao praticante boa vontade para cumprir certas etapas e paciência para obter um resultado satisfatório.
Bruxaria e Feitiçaria
Os Adversários da Criação
Com o advento da criação o demiurgo e seus arcontes conseguiram dividir a energia Espiritual em múltiplas partículas para animar a matéria criada possibilitando que esta partícula Espiritual reagisse na matéria de tal forma que o resultado dessa reação se torne o alimento energético que eles utilizam para se manterem separados no e do Caos. Isto foi possível pela ordenação cósmica e da dualidade positivo/negativo culminando na reação Solve et Coagula, gerando o prana, alma, energia vital ou o alimento dos deuses.
A Grande Serpente Antiga lançou então um jato de sua saliva, que na criação se tornou o Grande Verde Venenoso, esta emanação é o contrário do prana e não servindo de alimento para o demiurgo e seus arcontes tornou-se Veneno para eles. O Grande Verde Venenoso é assim denominado pois esta emanação conseguiu se mesclar mais em plantas nesta dimensão e em equivalentes em outras e têm a capacidade de despertar a partícula Espiritual e está partícula Espiritual ou Espírito uma vez consciente de sua condição de escravo, desenvolve uma feroz luta para se libertar.
Uma vez que o Espírito consegue se libertar, ele consegue alcançar o Caos infinito através da permanente brecha aberta na criação que é mantida pela infecção do Grande Verde Venenoso. Alguns Espíritos resolveram se manter na criação, tendo como veículo o Grande Verde Venenoso para fazer guerra ao demiurgo e seus arcontes e extinguir a criação. Estes Espíritos, os Adversários da criação durante muitos Aeons guerrearam duramente contra a criação, chegando a conseguir destruí-la diversas vezes, porém como a destruição da matéria não despertou as fagulhas Espirituais, o demiurgo e seus arcontes conseguiram reunir a matéria ainda impregnada e novamente restaurar a criação, e expulsar muitos dos Adversários que se propuseram a permanecer para combatê-los.
Após diversos Aeons os Adversários da criação aprimoraram sua estratégia de guerra e neste Aeon chegaram à conclusão de que a melhor tática para extinguir a criação, seu criador e seus apoiadores é a tática de esvaziamento da matéria.
Nesta tática os Adversários permanecem na criação através do Grande Verde Venenoso despertando as fagulhas Espirituais, que quando despertas se libertarão da matéria, enfraquecendo assim o alimento dos deuses, matando a criação por dentro. Com esta estratégia os Adversários da criação também tornam Adversários alguns Espíritos que resolvem por vontade própria juntar-se a guerra.
Esta estratégia que batizamos de Infecção Nuclear Destrutiva, é aplicada em todos os multiníveis vibracionais energéticos da matéria em todos os multiversos e batizamos assim pois a matéria, não importa em qual nível energético ou multiverso é sempre estruturada da mesma maneira, diferenciando-se apenas vibracional mente.
Os Adversários da criação são retratados de diversas maneiras nas mais diversas culturas e eras, sempre retratados como malignos pelos asseclas do demiurgo, e têm suas imagens divulgadas com aparências terríveis e grotescas, por exemplo a deusa hindu Maha Kali ou as imagens dos Exus e Pombagiras, porém o Espírito que ainda preso na matéria mas que despertou ou inicia seu despertar, enxerga além destas imagens, mesmo que inicialmente atraídos por estas representações, o Espírito se reconhece nelas e com o aprofundamento de seu autoconhecimento percebe que não há nada na criação que possa representar o Espírito Acausal.