sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

52 Estaçoes das Cruzes de Nod


Os selos cruzados revelados neste Terceiro Livro do Falxifer estão entre as ferramentas e armas mais práticas e úteis dos qayinitas, já que eles não apenas representam e ligam-se a formas e caminhos específicos do aspecto do Mestre Qayin, mas também às virtudes feiticeiras correspondentes a cada um deles, tornando-os um meio para alcançá-Lo dentro dos ritos de comunhão e invocação e como estradas que se formam delineando com os Seus passos, assim como pontos de evocação através dos quais Seu poder pode, além de estar assentado ou ligado por meio de consagrações que lhe dá alma, também ser direcionado para dentro e para fora a fim de criar mudanças necessárias em harmonia com Sua Boa Causa e uma vontade alinhada para serví-Lo.

Estas são as Suas Assinaturas de Espírito que pertencem aos 13 aspectos, degraus, caminhos ou portais de cada uma das Quatro Linhas do Caminho de Nod, consistindo das três linhas principais de Akeldama, Gulgaltha e Sitra Achra e mais a Linha Pesha (às vezes também mencionada como a Linha Exlex) que percorre cada uma das outras três, provocando seu estabelecimento e abrindo-as para a realização final, coroação e a liberação transcendente.

Portanto, a Linha Pesha é uma linha oculta e liminar, possuindo conexão e atributos de todos os outros três caminhos principais, pois ela cruza e existe dentro de todos eles e pode assim ser vista como a “linha mista”, contendo propriedades sem leis das 3 linhas principais dentro de si, realizando seu trabalho com a ajuda dos espíritos das plantas, os mortos, os daemons e outras forças do Fogo Irrefletido tanto neste quanto no Outro Lado para o qual sua ilegalidade desnatural conduz, assim esta ilegalidade em seu zênite não apenas rompe as leis mundanas do homem escravizado, mas também aqueles fundamentos dos próprios opressores cósmicos e é intrinsecamente uma Virtude Essencial da Luz Negra.

A Linha Pesha pode ser mantida escondida ou permanecer misturada dentro das outras três linhas de Nod, o que foi o caso anteriormente em ambientes públicos desses ensinamentos, ou com seus Pontos-Chave divulgados mostrando que também possui sua própria Linha Revelada e um Caminho Individual de Nod, que é o que nós fomos instruídos a fazer aqui neste livro para observar melhor certos aspectos e poderes cruciais do Mestre, auxiliando assim na expansão de Suas influências através dos Pensamentos e Ações de Seus adeptos, ao mesmo tempo que sublinham aspectos que outros sentem a necessidade de evitar ou negar, deixando claras as diferenças entre o Nosso Caminho e todos aqueles outros com os quais não temos nada além de algumas formas exotéricas, nomes e palavras em comum, enfatizando assim o ethos, a postura, a perspectiva e dura realidade concernente ao Trabalho e Tradição, incorporando assim a Corrente 182.

De acordo com a atual estratégia da corrente e os princípios dos Espíritos, por intermédio dos quais esta obra se manifesta, apresentaremos essa Linha Fora da Lei em toda sua forma individual e separada, tornando-a mais acessível, apreensível e empregando seus poderes de forma mais atingíveis por uma questão de estabelecer enlaces espirituais aos aspectos relacionados ao Mestre e ao emprego de Sua feitiçaria dentro de um contexto de oposição às forças repressoras das leis tirânicas e corruptas do homem que refletem os decretos de sua escravização demiúrgica, assim como enfatizando sua imanência liminar dentro de todas as outras linhas de Nod.

Quando se trata da sucessão correta das Linhas de Nod, existem diferentes maneiras pelas quais a Linha Pesha pode ser posicionada, pois ela corre paradoxalmente através de todas as outras Linhas e suas Estações de Nod simultaneamente, porque sem o impulso antinomiano de transgredir conscientemente contra o ímpeto demiúrgico, nenhuma delas jamais teria existido, mas dentro do Esquema Iniciático e dos ensinamentos delineados pelas 52 Estações de Nod, conforme descrito neste Livro de Qayin, a Linha Pesha é estabelecida como a Segunda Linha. Isto porque suas influências e aspectos mais evidentes entram em cena depois que Qayin já se estabeleceu como o Primeiro Rebento, aparentemente colocando alguns dos Pontos Verdes de Akeldama antes dos pontos mais óbvios e influentes da Alteração do Destino, em conexão, por exemplo, com o grandioso título de Qayin como Primeiro Assassino, mas esta é uma simplificação consciente permitida apenas por uma questão de praicidade, pois na verdade não há nenhum aspecto do ser e do devir de Qayin (e de Qalmana) que não seja infundido e impelido pela Essência Sem Lei e Transgressoras do Impulso de Pesha que é a expressão principal da Vontade azerática dos Onze que estão sempre transgredindo e em conflito com as limitações dos Dez planos.

Em concordância com esta revelação pública da Linha Pesha de Nod, torna-se também importante enfatizar e trazer à tona os rígidos tabus tradicionais que proíbem qualquer um ligado à “aplicação da lei” de trabalhar dentro da Corrente Qaynita, porque o Mestre Qayin é o Primeiro Santo dos que estão fora dessa lei e, portanto, o primeiro combatente dos Lacaios da Lei, por isso é claro que não se pode, por um lado, explorar os outros em nome de leis corruptas desprovidas de qualquer justiça real, e por outro lado buscar aquilo que é justo e que pode libertar não só a si mesmo, mas também a todos os outros que são ensinados a lutar por essa libertação.

Assim, se alguém se coloca livremente do lado dos Executores das Leis Demiúrgicas conforme manifestadas mundanamente pelas leis tirânicas dos governos mundiais, este escolheu uma posição oposta àquela de Qayin e Sua Tribo e não colherá nada além de maldições se aproximando do Caminho de Nod de alguma forma. Sendo este um dos muitos contextos em que o desejo fantasioso e inadequado será inútil para eles, pois mesmo que eles tentem enganar os outros a acreditarem que são algo que eles essencialmente não podem se tornar, eles irão, no devido tempo, experimentar a loucura de seus caminhos e sofrer o suficiente para se arrependerem de todas as suas escolhas erradas e falsidades, assim, todos esses indivíduos são avisados e desaconselhados a colocar os pés sobre o caminho destinado a Outros. Proibições como esta são as causas do por que muitos amargurados cadáveres atravancam os caminhos de seus superiores no futuro, mas quando chegar a hora da Colheita, a Foice cairá e limpará o caminho à frente. Portanto, não ser impaciente, mas ter fé e esperança, enquanto espera pela Bendita Estação da Boa Colheita.

* * *

Quando se trata das formas dos selos cruzados, podemos primeiro abordar o fato de que cada uma das quatro linhas tem sua própria anatomia esquelética fundamental que uniformemente estabelece a sua estrutura principal que então dá lugar às 13 manifestações específicas do aspecto da Estação da Cruz de cada Linha com os elementos que montam cada um desses fundamentos esqueléticos.

O fundamento compartilhado por todos os selos das 4 Linhas e o motivo pelo qual todos eles são chamados de Selos Cruzados é pelo fato de que todos são construídos sob a forma de uma cruz, tendo cada um 3 Pontos principais de Poder Interno enviados para fora através das 7 pontas de seta, com a exceção de cada Cruzamento do aspecto consagrado dentro da Décima Segunda Estação de cada Linha que em vez de 7, possui 13 pontas de seta direcionadas que implicam 7×7 amplificações de poder e comandam o Empoderamento Atazótico de 7 × 7 = 49 para a culminação da kelim/quebra de 49 = 13 que segue manifestando-se plenamente dentro da Décima Terceira Estação Final de cada Linha de Nod.

Os 3 Pontos Negros principais de cada Selo Cruzado devem ser entendidos como os Pontos-Semente do Poder/Espírito e os principais pontos de ativação inflamados durante qualquer trabalho ritual realizado através destes Selos, sendo assim os pontos esotéricos de contato tanto do Espírito do operador que trabalha a cruz quanto do Outro Espírito Duplo / Undécimo com quem se procura contato. De uma outra perspectiva, o Ponto Horizontal da Cruz inferior pode ser entendido como correspondendo ao Espírito do operador conectado ao Espírito do Mestre, enquanto os Pontos Verticais à esquerda e à direita dos braços da cruz criam o limiar de 2/11, mantendo-o aberto para possibilitar a subida, descida, ingresso, congresso e egresso do Poder, sendo direcionado e concentrado durante o trabalho.

Há muitas maneiras de entender e experimentar o significado, a relevância e os poderes desses Três Pontos-Sementes das Cruzes de Nod, e através da experiência e da Gnose, seus significados e enlaces mais ocultos serão revelados à medida que se conectam aos conceitos e aspectos dentro da Obra Qayinita, estabelecendo-os como bloqueios, chaves e portais reais para os mistérios alcançados dentro deste trabalho.

Como as diferentes Cruzes de Nod pertencem a diversas influências, virtudes, forças e Espíritos relacionados a cada Estação específica de Nod, necessariamente haverá muitos elementos diferentes envolvidos quando se trata da formação, ativação e funcionamento delas. Esses elementos colhidos dos Reinos de Minerais, Plantas e Animais se harmonizam e se vinculam às forças relacionadas à esfera de influência de cada Estação e criam a base com a qual essências relevantes são oferecidas como pós, gizes, tintas, infusões, tinturas e incensos empregados durante o ritual de assentamento, ativação e funcionamento de cada selo cruzado.

Como exemplo podemos citar as fórmulas primárias das quatro Linhas de Nod, sendo que em suas formas mais simples há quatro diferentes misturas de elementos relevantes que, de acordo com a Tradição e a Gnose, podem se conectar à essência geral ou à virtude e natureza abrangente de cada Linha. Cada ‘fórmula-chave’ básica deve consistir em sete elementos diferentes que, quando unidos, criam um Ponto de Simpatia com a Linha que eles devem abrir e vincular. Fórmulas-chave básicas de Nod são, por assim dizer, os elementos primários que após a consagração são empregados para a elaboração das tinturas que mais tarde são usadas para a criação do giz e tinta ritual que frequentemente são utilizadas para o desenho dos Selos Cruzados.

Tais fórmulas gerais e simples das chaves primárias são posteriormente expandidas e mais estudadas quando se tornarem aspectos específicos ao se concentrarem em qualquer estação particular de Nod. Dentro das configurações para os sete elementos gerais são adicionados 2, 4 ou 6 elementos a mais que são especificamente conectados à estação em questão e ao aspecto do Mestre com o qual se pretende conectar, criando assim Fórmulas Específicas da Estação que consistem em 9 , 11 ou 13 elementos com as maiores adições, se forem corretas, conferindo maior foco e meios para as manifestações desejadas.

Fórmulas exatas são propositadamente omitidas neste livro, pois este é um dos muitos casos em que se espera que o verdadeiro praticante de nossa Tradição possua conhecimento e experiência suficientes com base nos ensinamentos que já foram disponibilizados e tudo o que eles, por sua vez, proporcionam de ferramenta para podermos decifrar tais meios codificados de acesso e, pela graça e iluminação dos Espíritos da Corrente, obtermos qualquer conselho e confirmação necessários.

O aspecto exterior do fundamento dos selos Cruzados pode ser simplesmente descrito da seguinte forma: o selo é riscado ritualmente, na maioria das vezes com a ajuda do pó consagrado, tinta ou o giz imbuído de Espíritos, elementos e virtudes extraídos do local correspondente ou relacionado com a Linha que deseja trabalhar. Em alguns casos especiais, o sangue de uma oferenda adequada pode ser usado para a pintura do Selo Cruzado, mas esta abordagem é principalmente reservada para certos casos específicos, exigindo o mais íntimo dos enlaces, para o qual o próprio sangue pode ser usado ( sendo uma das pouquíssimas ocasiões justificadas para tal ato) ou quando, pelo emprego de sangue animal, se deseja uma vigorosa dinâmica geral, estimulante ou um resultado sangrento refletivo, tal como ao invocar os aspectos mais irados do Mestre de Nod e Suas Legiões ou quando o trabalho por urgência precisa de uma excedente infusão de energia, a fim de tornar possíveis resultados mais rápidos ou mais tangíveis.

Sobre a Linha Akeldama especificamente vale a pena mencionar que uma abordagem muito adequada é empregar estacas afiadas (ou seja, varas com uma ponta em uma extremidade para que possa ser aprofundada no solo) colhidas ritualmente de árvores relevantes ou usar ferramentas consagradas de arar e colher para o ‘corte’ do Selo Cruzado diretamente no solo, pois a linha de Akeldama é idealmente trabalhada ao ar livre e perto de campos de colheita, florestas e outros lugares dentro de sua esfera de influência e em conexão com o Negro no Verde. Os riscos esculpidos de tais Selos Cruzados podem, em tais cenários, ser preenchidos com pós relevantes para semear poder adicional para as manifestações desejadas, assim o x pode ser preenchido com libação relevante, variando de vinho tinto a infusões ou mesmo sangue derramado em sacrifício para o justo assentamento de Akeldama a fim de, por meio de própria ajuda da regadura, florescer a sua essência mesmo antes dos passos gerais da ativação desses Selos de Qayin.

Assim, casos em que é necessário confinar ou focar no Trabalho, é possível desenhar um circulo anti-horário ao redor do selo, criando também uma área santificada em torno da forma real do Selo Cruzado onde suas influências afetarão de maneira concentrada tudo o que for colocado em sua proximidade. Isto é, por exemplo, muito útil ao dar muitas ofertas diferentes, consagrando itens maiores que dentro de tais contextos podem ser colocadas dentro da circunferência do círculo ou fazendo certas operações mais complexas onde outros elementos podem ser encaixados nas linhas principais, ângulos, círculos ou pontos de cada Selo Cruzado.

A marcação do Selo Cruzado deve, em qualquer caso, ser sempre feita em uma superfície adequada, permitindo o emprego dos elementos necessários relacionados à Linha trabalhada, e concedido um espaço suficiente para permitir a arrumação do trabalho sobre e em torno dele, conforme necessário, o que significa que o selo deve, na maioria dos casos, ser bastante grande.

Cada linha do Selo Cruzado é desenhada. A mente deve estar focada no propósito do trabalho e nos atributos associados à Estação de Nod e ao aspecto do Mestre que a assinatura empregada requer. Se isto for acompanhado pelo cântico da fórmula relacionada ou pelo Nome específico em relação à Estação que está sendo trabalhada, a mente se concentrará nos laços estabelecidos através dos elementos consagrados e harmonizadores com os quais o selo foi criado no solo e focalizará ainda mais a atenção nos Espíritos que estão sendo atraídos para o Eu.

Esses seres ligados aos Selos Cruzados, servindo ao aspecto relacionado do Mestre que governa cada Estação da Cruz, são as Legiões de Nod, consistindo de Espíritos e Daemons que guardam o Caminho de ambos os lados, guiando os Fiéis e agindo como os Mensageiros do Mestre. Portanto, deve-se sempre ter em mente que a cada ativação de um Selo Cruzado não somente o Mestre Qayin é chamado, mas também suas Legiões, que em si revelam certos segredos concernentes ao processo de tornar-se qayinita, tanto na Vida quanto na Morte e relacionados às realizações Iniciáticas de acordo com a distância percorrida no Caminho de Nod e o nível de Evolução Espiritual em direção ao nosso destino específico.

Um Selo Cruzado é desenhado momentos antes da contemplação e meditação sobre o trabalho e o aspecto aspirado deve sempre ter o prelúdio da invocação com uma oração que vocaliza a intenção da pessoa diante do Mestre. Isso pode idealmente ser realizado enquanto uma pessoa circula de forma anti-horária o Selo Cruzado que foi riscado, concentrando-se ainda mais nas forças internas e externas destinadas a serem contatadas e dinamizadas através do trabalho, colocando o próprio Eu mais firme dentro da corrente do Espírito que é invocado por tal cerceamento contra o Sol e em direção à esquerda. O selo cruzado é então regado com libação adequada (o tipo exato pode variar dependendo do trabalho, aspecto e linha, mas o rum geralmente branco ou vodka é adequado para a maioria dos aspectos e trabalhos por causa de sua relativa neutralidade e fortes virtudes gerais de dinâmica) que na maioria dos casos deve ser pulverizada três vezes em uma fina névoa diretamente da boca sobre o selo com a intenção de misturar os próprios poderes essenciais, projetados com a libação através da inclusão da própria saliva (e hálito), casando assim os aspectos internos com os externos6 representados pelo Selo Cruzado.

Alguns casos onde, por exemplo, estão sendo executados trabalhos perniciosos durante os quais os vestígios materiais do alvo são colocados, quando as manifestações mais iradas são contatadas ou os Mortos e outras forças não confiáveis estão sendo conectadas no trabalho, é mais aconselhável em vez de pulverizar a libação na boca, apenas cobrir parcialmente a abertura da garrafa com o polegar e três vezes gotejar a libação sobre o selo para regá- lo, isso na intenção de evitar, em tais casos, a vinculação pessoal indesejada ao trabalho e, assim, evitar o aprisionamento dentro da teia que pode ser atravessada através do Selo Cruzado empregado em tais ambientes. Após regar o selo riscado, é hora de dar-lhe a força, o Fogo da Vontade e do Espírito através do sopro de Amiahzatan, de Ruach, sendo o próximo passo na escada elementar depois do líquido da oferta anterior de libação. Um charuto é empregado para esse fim e para projetar a intenção com maior poder, vontade e para dinamizar os poderes alcançados e convocados através da linear. O charuto é fumado de modo que sua ponta incandescente seja colocada na boca e a fumaça seja exalada à força para fora de sua extremidade cortada, da qual habitualmente se inalaria a fumaça.

O cigarro invertido, pelo qual a respiração é filtrada através do fogo da ponta incandescente cuidadosamente dentro da boca, torna-se uma forma muito poderosa de mistura do Ruach projetado do Self com o Negro no Verde do tabaco, de maneira que, diferenciando da inalação usual da fumaça que ocorre de outra maneira durante o fumo normal de um charuto, projeta totalmente os poderes do homem e da planta para fora e para o receptor da fumaça, gerando um tipo muito mais marcial e vigoroso de dinâmica.
Dessa maneira, a fumaça deve ser dada ao conjunto do Selo Cruzado três ou sete vezes, mas antes que o charuto seja colocado sobre ou ao lado do Selo Cruzado em seu cinzeiro, a entrega da fumaça do tabaco e uma oferta adicional de fumaça de incenso é mais frequentemente dada a fim de ativar completamente certos pontos invisíveis por trás e além daqueles visíveis do Selo Cruzado ue está sendo trabalhado, e fornecer mais campos energéticos de manifestação em harmonia com o aspecto está contatando.

Aqui é preciso ser capaz de criar e empregar os diferentes tipos de incenso correspondentes a cada uma das Linhas de Nod, com base nas quatro fórmulas-chave primárias e em suas formas expandidas Específicas da Estação, para obter foco adicional. O braseiro ou o turíbulo é empregado neste ponto e é onde a correspondente mistura de incenso é queimada sobre brasas e se espalha sete vezes por todo o selo. A dinâmica pela fumaça do incenso e a aceleração pelo fogo continua através da conexão com a ativação concentrada nos três Pontos Negros da Semente de cada Selo Cruzado.

O que é realizado pelo arranjo e iluminação de velas adequadas, de preferência correspondentes em sua cor e combinações dessas Linhas de Nod do Selo Cruzado, é o seguinte:

Para Akeldama, velas metade superior verde e metade inferior preta (ou em três partes na forma verde, vermelho e preto na base).

Para a Linha Pesha, quatro velas escalonadas sendo divididas de cima para baixo em seções iguais de verde, vermelho, branco e preto.

Para a linha superior de Gulgaltha, metade superior branca e metade inferior das velas pretas.

E finalmente para a linha superior de Lahat wa-Aur Shachor, velas pretas pela metade.

Quando estas velas multicolores especiais não estão disponíveis, velas totalmente pretas ou mesmo velas brancas para uma oferta neutra de chamas, podem ser empregadas, mas tais alternativas concederão muito menos foco e harmonizarão menos com os tratados estabelecidos pelos quais as Legiões de Nod são obrigados a responder, concedendo assim menos poder, foco e segurança ao trabalho. Estas velas de antemão devem ser limpas, na maioria das vezes inscritas com selos, fórmulas ou petições e ungidas com óleos correspondentes ao aspecto contatado do Mestre e / ou o propósito do trabalho em mãos. As velas preparadas são então inseridas nos três Pontos Negros da Cruz. Dependendo do ferro na superfície em que o selo foi marcado, isso pode ser feito diretamente nesses pontos, assim como colocado dentro de três castiçais ou sobre três pequenas placas de terracota ou de metal sobre as quais cada uma delas é selada com a ajuda das gotas de cera quente. Estes três Pontos Sementes de poder são os próprios Buracos da Fechadura para a Abertura dos Portais do Espírito de cada Selo Cruzado e sua ativação específica e alimentação pela Chama Tripla é, portanto, um passo crucial do trabalho. Quando este passo é perfeitamente realizado, incorporando corretamente um aspecto exteriorizado das Chamas do Espírito, eles criam um Triângulo de Manifestação que reúne as essências do aspecto e dos poderes convocados que então fluem através das linhas, giram pelos círculos, culminam em os pontos centrais e se dirigem para fora em direção ao objetivo do trabalho através das flechas de cada selo e assim transcendem os limites de suas formas lineares estáticas, e pelos Três Pontos Negros inflamados em união sinérgica com suas Contradições Espirituais Invisíveis eles mantêm, aumentam e expandem os poderes que se manifestam através de seus aspectos ativados.

O processo de ativação de cada Selo Cruzado é, portanto, um processo exteriormente simples que somente pelo caminho da Gnose e do Espírito, tanto dentro quanto fora. Assim que o poder da vontade concentrada e a harmonia estabelecida entre o Eu e o ‘Outro” que se busca entrar em contato, manifestar e unir-se, torna-se verdadeiramente eficaz. Assim, o aquecimento e o acionamento dos Pontos nunca devem ser mal interpretados como meramente um processo mecânico externo de simplesmente acender algumas velas. Devem, em vez disso, ser sempre realizados como uma ação profunda, praticada nos planos interno e externo, conectando assim o processo externo ao interno. Somente pelos laços do Fogo pode ser realizado a iluminação das três velas, da mesma maneira que nos primeiros passos da ativação do Selo Cruzado, deve-se incorporar, portanto, uma projeção da essência interior misturada com a oferta externa que está sendo apresentada, que neste passo não é tão exteriormente fácil como a mistura de saliva com libação ou respiração exalada com fumaça, pois é preciso uma Vontade focada e um Espírito Desperto e Forte para simplesmente acender as três velas (sempre com fósforos e nunca com isqueiros) externalizando e manifestando um aspecto do Espírito individual dentro do trabalho, deixando a Chama Tríplice refletir em direção à Coroação prometida no Final do Caminho, onde as chamas da coroa consumirão de modo que nada mais restará senão K-Ain Triunfante.

O simples passo de acender as três velas deve ser uma projeção externa da Chama Negra Interior do Espírito, que – se realmente da Serpente-Semente que gerou Qayin – é o componente que faz com que o sangue invoque o Espírito e vira as chaves para o portal superior alcançado pela escada elementar e coloca o Fluxo Atazótico em movimento através dos pontos, linhas, círculos, ângulos e setas do Selo Cruzado, dando acesso àquilo que está além dos aspectos físicos de tais construções, mas que pelas impressões de Suas manifestações, Ele deixou em tais vestígios para nós Suas Assinaturas Espirituais e as ferramentas para as realizações de Sua Obra e Travessia de Seu Caminho.

* * *

Além das abordagens gerais dadas acima para o uso e ativação dos Selos Cruzados de Qayin dentro de um cenário com funcionamento de “base e lugar” no qual o selo pode ser corretamente entendido como uma forma tanto do altar quanto do fetiche venerado através dele, pode haver muitos acréscimos e abordagens alternativas que se abrem e se tornam possíveis após o trabalho inicial Iniciático com o selo em questão, que deve sempre constituir algum tipo de Pacto com o aspecto relacionado do Mestre, possibilitando a interiorização total dos aspectos. que deve ser assumido se o adepto andar em seus passos, e os pactos, quando firmados corretamente, devem ter obrigações e, em contrapartida, conceder poderes. As obrigações de cada Selo Cruzado devem ser pagas durante os ciclos de 7 e 13 (semanas, meses e anos) e os empoderamentos concedidos devem se expandir em reflexo às observações de tais deveres e tabus, que são aceitos como Restrições sobre o ego, criando a revelação da vontade e da disciplina da mente para a liberação do Self, sendo assim as únicas Boas Leis dadas pelos Sem Leis.

Entre as muitas práticas secundárias existentes e tipos mais especiais dos empregos desses selos, muitas abordagens se destacam o suficiente e serão de tal interesse para a maioria que, como tal, vale a pena mencionar, já que sabemos que elas irão atrair a maioria a se comprometer com algo que não são, e prontamente os levaria às maldições em vez das bênçãos do Caminho, mas tal é a natureza da Corrente, Tradição e Templo de Qayin, que como a chama que atrai e queima as mariposas, acaba por atrair muitos para se queimarem dentro da chama, pois mesmo quando recebem avisos claros, eles ainda pelo caminho de sua profanação provam sua própria baixeza e, como tal, não merecem nada a não ser servir de lenha para alimentar a chama.

Como por sua desgraça, os sábios aprenderão o que evitar e, outros por seus sacrifícios involuntários e sem conhecimento, farão a Corrente crescer ainda mais forte em suas manifestações mundanas. Este mencionado emprego especial do Selo Cruzado é uma interiorização, tanto física como espiritual, dos poderes que primeiro um adepto deve ter sido capaz de externar corretamente e manifestar através de todo o trabalho principal que pode ser conduzido através dele, tendo atingido a Gnosis da comunhão com o aspecto correspondente do Mestre, ganhando as licenças espirituais diretamente de Sua boca de fogo e ligando o self a Ele através do pacto que então é devidamente sustentado e pago com os sacrifícios exigidos e a adesão a todos os tabus e obrigações que formam a lei eficaz. Isso deve ser feito durante pelo menos três ciclos completos de tal cultivo específico do aspecto (3×3 meses sendo a quantidade mínima recomendada de cultivo dentro deste contexto específico).

Na descrição de cada Selo Cruzado de nosso Mestre Qayin, forneceremos outras peças do quebra-cabeça, algumas dadas claramente e outras em formas mais ocultas, para que a Orientação do Espírito seja direcionada, para que se possa realmente discernir o que é realmente oferecido e, também, mesmo que muito seja fornecido, nada poderá ser adquirido por aqueles que não possuírem esse Espírito, e assim todos os verdadeiros segredos de nosso Trabalho permanecerão salvaguardados. Além disso, deve ficar claro que nenhum desses Selos Cruzados pode ser apropriado, sendo que o próprio fundamento para a sua utilização dentro deste Terceiro Livro do Falxifer, é de que ao menos já se tenha cultivado um Altar-Trono do Mestre Qayin por pelo menos 4-13 meses.

E que cada um de nós seja justamente julgado por Qayin, Qalmana e as Legiões de Nod, de modo que Suas sentenças caiam sobre todos nós de acordo com nossas verdadeiras intenções, pensamentos e, mais importante, nossos atos.

Em Hoc Signo Vinces, aut Vinceris!

Entrevista Liber Falxifer


1. Olhando para trabalhos anteriores, o primeiro livro do Falxifer concentrou-se principalmente no trabalho de magia popular da Corrente 182. Sabemos que há também uma profunda corrente esotérica e gnóstica dentro dele, manifestada através de abordagens mais complexas; você pode começar a nos explicar a natureza da magia popular empregada em relação aos trabalhos mais esotéricos do Caminho Qayinita em conexão com o Culto de Falxifer?

-As formas mágicas / tradicionais e folclóricas que empregamos não podem realmente ser separadas dos Trabalhos mais esotéricos de nosso Culto à Qayin, já que toda a nossa abordagem aos mistérios é alcançada através do emprego de técnicas de feitiçaria e xamanismo profundamente arraigadas. A divisão entre ‘baixa e alta’ feitiçaria não é importante para nós nas formas externas das técnicas, mas sim o contexto, a intenção por trás do trabalho, os Espíritos e o nível de poder empregado. Isto significa que as estruturas das feitiçarias tradicionais, como por exemplo o emprego de diversos fetiches ou a criação de óleos mágicos, podem depender do contexto e se elevar a um outro nível de santidade, tudo de acordo com a abordagem, licença espiritual, empoderamento e gnose do feiticeiro.

Há, portanto, dentro do nosso Culto Necrosófico à Qayin, uma distinção clara entre os rituais mágicos populares e gnósticos, pois no final é o Espírito que impregna a Obra que determinará se ela está totalmente dentro do reino temporal ou se também cruza para os reinos mais elevados e transcendentais.

As técnicas mágicas populares são, na verdade, a rota mais potente através da qual um feiticeiro pode interagir com as forças invisíveis do mundo e, através delas, também interagir com alguns dos aspectos dos Espíritos que levam para além das próprias limitações deste mundo.

Enquanto os “magos” de poltrona passam suas vidas meramente teorizando sobre as masturbações mentais de outros, os populares feiticeiros pragmáticos destilam a própria quintessência da magia dentro das formulas muitas vezes rurais onde, em vez de livros, estudam os elementos e essências da natureza e descobrem meios através dos quais suas manipulações podem causar a verdadeira mudança de destino e mudança de sorte para si e para seus clientes / pacientes.

Enquanto as modernas manifestações pseudo-intelectuais de “magick” parecem não servir para nada mais do que uma desculpa para interações sociais gratificantes para o ego e como um meio de evitar a obra real e muitas vezes exigente da autêntica feitiçaria, nós buscamos aquilo que é realmente potente e eficaz se voltando às tradições de nossos anciões e aqueles que percorreram o Caminho antes de nós. Por causa disso, grande parte de nossa abordagem pode parecer uma variedade da feitiçaria folclórica mesmo quando nossos objetivos são de natureza gnóstica, mas isso ocorre porque a divisão entre a “alta e baixa” feitiçaria é ilusória e uma construção moderna.

Outra razão pela qual nossa Obra é expressa através de formulas folclóricas de feitiçaria, é por conta da importância que atribuímos aos poderes dos mortos / ancestrais, os Genii Locorum e os espíritos ocultos do reino vegetal que é algo que compartilhamos com a postura animista da maioria das vertentes populares de feitiçaria.

Quanto ao meu trabalho pessoal e prática, posso dizer que todo o treinamento que recebi nas artes de feitiçaria tem estado dentro do contexto dos diferentes ramos populares e, como tal, é natural para mim trabalhar dentro dessa estrutura muitas vezes conectada à, por exemplo, Svartkonst, Brujeria e diferentes formas xamânicas da Bruxaria Tradicional Asiática e Européia.

Os aspectos gnósticos penetram no trabalho e emanam dele quando certas realizações concernentes à verdadeira natureza e essência confinadas dentro dos elementos e poderes trabalhados com o mesmo são alcançadas. No caso de nossa Feitiçaria Necrosófica, o Espírito de Qayin se fez conhecido e se manifestou através das formas folclóricas de feitiçaria que estavam sendo utilizadas em conexão com o trabalho pertencente ao Santo da Morte, isso ocorreu ao se cruzar com todos os Seus Pontos de Poder e o Espírito imbuiu toda a Tradição com a Gnose Ófita do Sangue e a Luz Negra do Deus Abscôndito.

2. Estranhamente, algumas pessoas envolvidas na “cena oculta” parecem ter tido um problema com a compreensão do termo Necrosofia e até mesmo criaram ideias um tanto ridículas ao tentar conectá-lo ao “Necronomicon”. Você poderia, por favor, explicar o que significa Necrosofia?

Necrosofia significa Sabedoria dos Mortos e uma Tradição Necrosófica indica uma tradição na qual a sabedoria é derivada dos mortos e, como tal, é um termo ligado ao Culto dos Mortos e da Morte, e implica práticas ‘necromanticas’ como um meio para a obtenção de gnose. O termo foi uma simples e específica construção da tradição destinado a transmitir a natureza do trabalho àqueles que o abordam.

3. Também tem havido alguma confusão sobre o por que do nome do Portador da Foice é pronunciado neste contexto como Falxifer, então você poderia por favor explicar isto para aqueles que não recebem os ensinamentos diretamente do templo?

Sim, a grafia exotérica da palavra / nome do Portador da Foice seria “Falcifer” em latim, mas como essa palavra já está conectada ao Deus Saturno e a muitos outros conceitos estabelecidos em variados contextos, o título empregado dentro de nosso Culto Qayinita foi alterado para ‘Falxifer’, isto para diferenciar a palavra em questão quando aplicada à nossa estrutura em específico para torná-la um símbolo carregado em vez de uma palavra, e também a inclusão do X desempenha um papel significativo quando se trata do simbolismo exotérico pertencente à Marca de Qayin através da conexão simbólica que Falxifer detém ao aspecto de condutor da cruz do Mestre, conectando assim os aspectos relacionados a Akeldama (Ceifeiro / Portador da Foice) aos aspectos de Gulgaltha (Mestre das Encruzilhadas da Morte / Rei da Cruz Negra).

É, em outras palavras, uma questão de codificação específica da tradição de certos mistérios e um caso em que uma palavra foi transformada em um sigilo sonoro ou símbolo carregado de significado além do que seria óbvio.

Esta abordagem vai de mãos dadas com a maneira que as nossas fórmulas baseadas no latim também são construídas, pois é uma questão de simbolismo e codificação que transcendem as limitações do “uso correto do latim” e é mais sobre as manifestações de construções inspirados em harmonia com o ritual estético e o ethos do Culto e seus Espíritos.

É claro que não atribuímos quaisquer poderes mágicos à língua latina em si e as palavras, os símbolos e fórmulas sônicas construídos com ela funcionam, em essência, mais de acordo com as “Palavras Bárbaras de Poder” empregadas em outros contextos quando as carregamos com essêncies que excedem aquilo que de outra forma estaria ligado a elas, embora dentro de nossas Fórmulas de Evocação os significados exotéricos das palavras empregadas também sejam, em um nível externo, facilmente compreendidos e relacionados por aqueles que estudam o Trabalho.

Portanto, é suficiente afirmar que há sempre mais naquilo que, para os não-iniciados, é percebido como “latim do cão” tanto nos clássicos grimórios / Svartkonstböcker quanto no que seus olhos podem encontrar em nosso próprio trabalho, e o mesmo vale para fórmulas baseadas no hebraico que são empregadas nesse sistema de Trabalho Espiritual e Conjuração.

É sempre uma questão de Codificação Inspirada e transformação das ‘Palavras de Carne’ em Símbolos Carregados Magicamente, para que o Logos se torne o portador do ‘Alogos do Espírito’.

O Poder Silencioso de cada palavra mágica é aquele que soa nos ouvidos do Espírito.

Os interessados em estudar outros sistemas nos quais o latim é empregado de maneiras semelhantes ao nosso trabalho poderiam, por exemplo, examinar também as aplicações do inspirado “Orasyon” latino dentro das práticas dos feiticeiros filipinos.

4. O livro de Anamlaqayin revela pela primeira vez alguns dos ensinamentos secretos do TFC, o primeiro templo necrosófico de Qayin. Este grimório que abrange 474 páginas contém numerosos feitiços, sigilos, selos talismânicos, assinaturas espirituais e rituais que até agora eram desconhecidos por não-iniciados que trabalham fora do Templo. É óbvio pela imensa quantidade de materiais reunidos e compartilhados em Liber Falxifer II que você atribui grande importância aos trabalhos práticos nos ensinamentos revelados ao leitor. Quão importante você acredita que seja as pessoas que estão prontas para colocar seus pés no Caminho de Nod buscarem as respostas através da prática, em vez de apenas estudar?

Tudo o que apresento nesses livros tem sido praticado e provado ser potente e depois aprovado pelos espíritos governantes da Obra para inclusão e apresentação pública no ‘Caminho dos Mistérios’, que nossos ensinamentos devem guiar. Tudo que foi incluído tem, em outras palavras, seu propósito muito específico e destina-se a desbloquear certos pontos ocultos dentro e fora do praticante e, como tal, os materiais teóricos fornecidos são todos destinados a estabelecer as bases para os trabalhos através dos quais sua validade pode ser aprovada, testada e experimentada objetivamente pelos alunos do Caminho.

Teoria e prática devem, como tais, andar de mãos dadas, pois os aspectos teóricos são apenas as sementes de poder que através do trabalho real são semeados para produzir os frutos do sucesso, conquista e liberdade mundanos, assim como o ‘Tornar-se Espiritual, a Libertação e Gnose.

Por isso, é importante estudar e aprender em prol da prática e trabalho correto e que seja eficaz.

Somente através dos pactos, consagrações, ofertas e outros rituais, os Espíritos do Caminho podem ser comungados e é somente através de tais comunhões que os qayinitas podem receber o empoderamento, as iniciações, as maldições e todas as bênçãos do Caminho Espinhoso de Nod.

Sem a vontade de praticar e fazer o trabalho duro, o caminho não será acessível e, para tal, todos os ensinamentos que oferecemos são exclusivamente públicos, a fim de motivar a prática correta e eficaz.

Um mero estudo intelectual de ideias e instruções rituais, sem testá-las, certamente não levará ninguém à essência real que as “formas” de nossa Tradição Necrosófica codificam e sustentam.

5. Na sinopse do Livro de Anamlaqayin é mencionado que o Primeiro Livro do Falxifer foi um portal para a Corrente 182: um ponto de ingresso, e para aqueles que através da prática correta puseram os pés no caminho espinhoso do Culto da Morte, o Segundo Livro do Falxifer concederá conhecimento adicional, orientação e poder sobre este caminho. Para aqueles que implementaram a sabedoria e práxis do Primeiro Livro do Falxifer, o que eles podem esperar, no que diz respeito a expandir a compreensão e desenvolvimento sobre o caminho espinhoso de Qayin, do Livro de Anamlaqayin?

O que está sendo fornecido no Segundo Livro é, além de toda a base Gnóstica do Culto Necrosófico, a explicação de nossa abordagem aparentemente animista quando se trata das aplicações mais práticas dos elementos colhidos dos reinos animal, mineral e vegetal.

Além disso, o que pode ser dito sobre a Mãe Velada de nossa Linhagem Flamejante será revelado no Segundo Livro e somente esse aspecto por si só abrirá uma nova gama de práticas esotéricas e potencialmente concederá as chaves para Seus Jardins Ocultos, onde os irmãos devotados podem colher uma parcela de poder que se iguala ao de nosso Mestre Qayin e assim duplicar a potência de todos os trabalhos.

As feitiçarias e conjurações das plantas e seus espíritos através dos poderes do Mestre Qayin e muitos tratados que ligam os gênios do reino verde ao serviço da nossa Boa Causa também são fornecidos, tornando possível uma abordagem totalmente nova quando se trata do trabalh do Negro No Verde.

A terceira parte do livro é dedicada aos mortos, tanto nas abordagens e ideias elevadas e mais simples, quanto nas totalmente novas, relativas à veneração dos Poderosos Antepassados, e o emprego e controle dos Mortos das Sombras serão fornecidos.

A quantidade de informação dada é suficiente para dividir o Trabalho em três livros separados, mas como nosso objetivo é promover o processo de Iniciação Solitária dos fiéis, o Segundo Livro consiste em todas as três partes, cada uma contendo mais informação esotérica do que poderia ser encontrado em todo o LF1.

Você deve aprender a andar antes de poder correr e, portanto, o primeiro livro deve ser lido, interpretado e testado e sua essência oculta deve ser experimentada antes que o que é dado no segundo livro possa ter seus efeitos desejados.

É suficiente dizer que os fiéis ficarão mais do que satisfeitos com o que temos a oferecer neste segundo livro e que as novas ferramentas que eles fornecerão a eles possibilitarão um espectro totalmente inovador e elevado da Feitiçaria Gnóstica e Necrosófica que, esperamos, os aproximará de todos os poderes e transformações da Morte Sinistra, nas mesma pegadas daqueles que anteriormente atravessaram o Caminho dos Espinhos.

Estamos todos muito satisfeitos com a Obra reunida no Segundo Livro e estamos convencidos de que aqueles que entraram na Corte Externa do Templo de Qayin através das rotas reveladas e ocultas na LF1 ficarão igualmente satisfeitos com o resultado final que levou mais de 3 anos para se manifestar dentro deste segundo Grimório de Qayin (e Sua Noiva), e desta vez os fiés também receberão os meios pelos quais a entrada no Santuário Interior do Templo de Qayin se tornará possível.

6. Liber Falxifer tem, em parte, influências aparentemente fortes das tradições e raízes da bruxaria latino-americanas ligadas ao culto argentino do Señor la Muerte. Quão importante é para os seguidores do Culto da Morte também ter pelo menos algum conhecimento prático e compreensão teórica desses outros sistemas de crenças, tais como Quimbanda, Santeria e Palo Mayombe, e se for, por quê?

Os aspectos mágico-folclóricos do culto e da Santa Máscara de Qayin foram recebidos principalmente da Argentina e das tradições da Brujeria que uma vez nos introduziram ao Culto Fechado / Esotérico do Santo da Morte. Os aspectos relevantes para o nosso próprio trabalho relativos àquelas venerações populares e católicas do “Santo Pagão da Morte” foram o que revelamos na parte inicial do Primeiro Livro e esperamos que aqueles que estudaram e praticaram o que foi oferecido tenham sido levados a outras questões relevantes e aspectos de tais práticas.

Dentro de nossa Tradição, Qayin é o Santo da Morte e da Colheita, mas entre muitas outras coisas, é também o Santo dos Coveiros e Assassinos, e como tal Ele poderia perfeitamente ser oculto e revelado através da Máscara do Ceifeiro do Culto da Morte Argentina. Isso assimila como os Guarani usaram pela primeira vez a “forma” da Morte / Ceifeiro européia que os jesuítas lhes apresentaram para mascarar a adoração de seu próprio Deus da Morte. Vale a pena considerar que, se os jesuítas, por exemplo, tivessem identificado o Ceifador da Morte, a quem apoiavam a imagem do Diabo, com um caráter bíblico, não teriam sido forçados a acreditar que também poderiam ter visto as conexões óbvias com o Primeiro Ceifador e o primeiro assassino,

Quanto a ‘Quimbanda, Santeria e Palo Mayombe’, eles são todos sistemas iniciatórios em si e não estão conectados à nossa Tradição, mesmo que alguns dos iniciados do Templo também sejam iniciados em algumas das religiões / tradições / sistemas mencionados. O que alguns desses cultos têm em comum com o nosso Trabalho é o núcleo mágico que eles compartilham com os aspectos mais “livres” da Brujeria na América do Sul.

Mas, pode-se encontrar aspectos similares da feitiçaria popular em harmonia com o nosso Trabalho também nas tradições escandinavas ‘Svartkonst’ e ‘Trolldom’, pois nelas também os mortos, os santos, os espíritos, os demônios e as plantas foram trabalhados de modo semelhante e bebidas alcoólicas e tabaco eram usados de forma parecida e para os mesmos fins (como, por exemplo, orar sobre o licor para carregá-lo e depois borrifar / cuspir na pessoa ou coisa que se queira afetar ou abençoar, limpar e curar).

Ao estudar os sistemas mágicos populares do mundo, torna-se evidente que o núcleo de todas essas práticas é o que poderia ser definido como “xamânico” e que todas essas formas de feitiçaria têm muito em comum. Existem, por exemplo, formas asiáticas de necromancia e artes negras que alguns dos nossos membros praticam e também dentro dessas práticas existem muitas semelhanças com o nosso próprio Trabalho.

Em outras palavras, a resposta à sua pergunta é que o importante é a compreensão de toda e qualquer forma tradicional de magia popular que seja acessível, pois a sobrevivência de tais sistemas de feitiçaria nesta era moderna sem espírito é em si uma prova de sua relevância e potência, e de acordo com a Gnose, muitos aspectos de tais práticas podem acessar e canalizar imenso poder e sabedoria, muitas vezes ligados aos mortos e aos espíritos da terra e do submundo. Pois o que é a veneração e petição dos santos dentro da maioria dos sistemas de magia popular, se não o que sobrou dos antigos cultos dos mortos e formas de necromancia?

Com tudo isso dito, é importante destacar também o fato de que existem muitas abordagens específicas da Tradição dentro de nosso próprio Culto Qayinita e muito protocolos baseados em tratados que devem ser seguidos para obter acesso às virtudes e poderes dos Espíritos do nosso Culto e Corrente Qayinita.

7. Muitas Correntes mantêm restrições sobre quem, pela Vontade dessas deidades específicas, pode ser iniciado ou progredir, por exemplo, as Tradições Religiosas Africanas. Há alguma restrição sobre as pessoas que desejam praticar a sabedoria encontrada na LF1 que não podem ser aceitas na Corrente 182 pelos espíritos?

Aqueles que não são ‘Nascidos do Fogo’ e que não pertencem à Linhagem Espiritual da Serpente através de Qayin e Sua Noiva não podem obter as iniciações, bênçãos e capacitações de Seu Culto, é tão simples e tão complexo quanto isso.

Mas aqueles que são do Espírito e sabem que são chamados, não precisarão da confirmação de qualquer outro humano e seus resultados e sucesso em conexão com o Caminho e a orientação dos Espíritos serão a única prova e encorajamento que serão sempre necessários.

Como o Caminho é solitário, para quase todos que o percorrem, não há necessidade de engano ou auto-engano, e se você não ouvir o chamado, é melhor procurar outra coisa, pois as bênçãos de alguns são maldições quando colocadas sobre outros e, portanto, cabe a cada um saber se eles são destinados ao Culto de Qayin ou não e a maioria das pessoas sabe que não são, e isso é uma coisa boa.

O fundamento gnóstico de nossa Necrosofia revelado no primeiro capítulo do Liber Falxifer II deixa muito claro para a maioria das pessoas se elas estão destinadas e espiritualmente conectadas ao Caminho e se elas carregam a Marca ou não, como aqueles que sinceramente podem se relacionar àquilo que é apresentado e apreender a Essência além das formas relativamente simples pelas quais ela é codificada, enquanto os demais que não ressoam com a essência dessa obra saberão que precisam buscar seus próprios caminhos em algum outro lugar.

Em contraste com outras tradições, não facilitaremos as coisas para as pessoas fazendo uma simples adivinhação e dizendo se elas são do Sangue ou não, ou se os Espíritos as aceitarão ou não, pois elas devem, ao invés disso, olhar para dentro de si mesmas e descobrir o que elas são e o que elas podem e querem se tornar.

Se você através das palavras e do silêncio da Obra apresentada puder experimentar e compreender a Essência do Caminho, você saberá com certeza que ela pertence a você e que você pertence a ela.

8. O que você pode nos dizer dos fetiches e talismãs usados na práxis, dado que eles são poderosos focos para as energias qayinitas e desempenham um papel importante nos Livros do Falxifer, e sobre suas formas e funções e o conhecimento para criar esses itens?

Aquilo que pelos cegos é percebido como fetichismo primitivo, na verdade é uma forma elevada da teurgia na qual o Espírito é feito carne a fim de estabelecer a Escada Elemental da Descida / Ascensão. O trabalho de nosso fetichismo dentro do contexto de nossa Feitiçaria Necrosófica exige um entendimento profundo sobre os aspectos da natureza e os meios através dos quais os elementos reunidos / colhidos cerimonialmente podem ser reunidos e unificados para criar o Ponto Único de Simpatia conectado ao Espírito que se busca e, assim, causar o milagre da alimentação.

O Trabalho correto de incorporação e inspiração é um aspecto do processo interno de At-Azoth (i.e, adição de Chamas Espirituais / Luz) e através da compreensão dos governantes que comandam tais trabalhos pode-se invocar para dentro do próprio corpo-vaso uma adicional Luz Azótica das Fontes Externas para se tornar mais do que aquilo que pode ser limitado por formas finitas da matéria e finalmente alcançar a Liberação e a União Divina que a Terceira Coroação do Fogo dá direito.

Como tal, também deve ser sempre lembrado que não são as formas materiais dos fetiches que veneramos e que o foco real é sempre a essência assentada internamente e o que é alcançado através delas, assim também fica claro que as representações / ídolos / fetiches empregados erroneamente e sem os ritos corretos de consagração se tornam nada mais do que fardos adicionais que pesam sobre o próprio Espírito, criando mais apego material. É por isso que é de uma imensa importância que a criação de um fetiche seja a culminação do entendimento de cada um e todo o aspecto espiritual dessa Obra Divina e Solene.

Haverá também um tempo em que todos os fetiches / kelims / vasos transbordarão e “quebrarão” e é somente então que a Grande Obra estará completa e o Espírito poderá novamente se libertar dos limites da matéria e re-ascender para Verdadeira Divindade.

O trabalho fetichista é, portanto, em seu aspecto mais elevado e esotérico, um espelho que reflete o próprio Ser alquímico. Este é um dos casos em que a Gnose transforma e eleva o funcionamento simples da feitiçaria popular e a incorpora a uma corrente específica da tradição para realizar os mais elevados objetivos.

9. Enquanto o mito genérico de Caim / Qayin nas religiões judaico-cristãs é de valor e profundidade limitados, a tradição qayinita do TFC é rica em sabedoria e gnose. Havia um ponto específico na prática em que você sabia que deveria revelar a sabedoria de Qayin?

“A sabedoria de Qayin”, ou mais corretamente “a sabedoria alcançada de Qayin”, é obtida da contemplação e do Trabalho com os aspectos tradicionais, apócrifos e folclóricos dos Mitos Qayinitas e pelo emprego de tais formas / ideias dentro de um cenário que permiti que a Corrente Gnóstica Anti-Demiúrgica em que eu trabalhei a imbuísse e mostrasse-a em sua Luz Negra.

Na verdade, há muito pouco daquilo que atribuímos a Qayin que não tem uma base tradicional. É apenas uma questão de encontrar as fontes e vê-las da perspectiva correta e compreendê-las de acordo com a Gnose pessoal e específica do contexto. Mais importante ainda, é uma questão de Revelação Espiritual, pois estamos certos de que nossa Obra é inspirada por aqueles com quem temos ligações e, para nós, construções “míticas” mantêm uma realidade irrestrita pelo que é percebido como “realidade física”.

Quando a Gnose Qayinita e o Trabalho vieram iluminar totalmente todas as outras facetas da minha vida espiritual e prática, eu sabia que era algo bom que tinha que ser compartilhado com aqueles que poderiam recebê-lo e que a disseminação do Culto de fato ajudaria na promulgação da Causa Libertadora da Divindade.

10. Como Magister da Corrente Necrosófica, você guarda e ensina a sabedoria do aspecto Obscuro / Qliphotico de Qayin dentro e através da TFC. Quão importante é, na sua opinião, que esse aspecto particular e raramente detalhado de Qayin seja revelado e você pode nos dizer mais sobre a Corrente Noturna de Qayin e como você se viu trabalhando com ela?

De todas as formas do Mestre com que trabalhamos, é este aspecto que está ligado ao Seu Espírito ascendido e aperfeiçoado. E é o mais poderoso da Tradição e que especifica a Corrente, significando que está totalmente enraizado na Gnose da nossa própria Corrente e não realmente manifesta em qualquer tradição externa. Em Liber Falxifer II, esse aspecto foi pela primeira vez tornado público, embora algumas dicas sobre ele já tenham sido dadas no primeiro livro.

Quanto à importância da disseminação dessas ideias e insights, bem, elas são importantes apenas se disseminadas para as pessoas certas e dentro do contexto correto e, como tal, isso faz parte dos aspectos que permanecerão esotéricos e secretos apesar do fato de que eles parecem ter sido revelados.

Portanto, é melhor deixar este tópico para os leitores do Liber Falxifer II, pois não é possível apresentar esses aspectos de forma resumida e seria impossível apresentar todo o fundamento em que tal revelação e aspecto são baseados.

Meu próprio entendimento pessoal deste aspecto do Mestre tomou forma através do ponto culminante das manifestações do Culto da Morte magico-popular ao qual eu pertencia e sua apresentação foi imbuída pela essência da minha obra específica e gnóstica da tradição com Qayin em conexão com as forças da sétima Kliffa de Sitra Ahra, da qual temos uma visão muito diferente se comparada às ideias dos cabalistas ortodoxos.

Mais uassuntosé melhor que esses assuntos sejam deixados para os estudantes do livro, já que eu não posso possivelmente fazer justiça ao tópico no contexto desta entrevista. É suficiente dizer que o aspecto em questão é o mais elevado e transcendente e que nosso objetivo é nos unirmos com esse aspecto do Seu Espírito, caminhando em Seus passos.

11. Você fornece no Capítulo 15 do Liber Falxifer uma lista de deuses que poderiam ser vistos como manifestações da Morte. Você acredita que essas divindades são simplesmente as ressurreições oportunas das necessidades de uma cultura ou podem ser vistas como várias máscaras para uma única divindade que, na corrente 182, é conhecida como Qayin?

Não, nessa linha de prática, não concordamos com a ideia de que todas as divindades semelhantes são, em essência, a mesma. Cada cultura e cada culto tem suas próprias manifestações atuais e específicas do espiritual e do divino. Cada panteão, religião e sistema de espiritualidade e feitiçaria possui de modo semelhante suas próprias expressões associadas aos impulsos da divindade. Por exemplo, o deus da morte dos antigos egípcios nada tem a ver com o aspecto da morte de Qayin. Lembre-se também que não vemos Qayin como o Arconte cósmico da Morte Predestinada, já que esse papel é reservado para o arcanjo Azrael, que é um servo fiel do Demiurgo e um executor do heimarmene / domínio cósmico do destino, que é algo que Qayin conquistou e transcendeu.

O aspecto da Morte de Qayin está ligado ao Seu próprio Caminho de Libertação Antinomiana e àquilo que Ele foi, fez e se tornou. Dentro do contexto de nossa Obra Qayinita, as outras “realidades míticas” não são reconhecidas dentro de uma Linha de Prática, apenas o panteão e a realidade espiritual dessa linha são respeitados. O que, por outro lado, podemos fazer é encontrar pontos “naturais” de intersecção entre algumas manifestações dos aspectos similares do Espírito Divino, ou, em casos raros, encontrar a manifestação (ou o que parece ser) da mesma essência exatamente dentro de dois diferentes panteões tradicionais ou mitos específicos. Somente em casos tão raros pode ocorrer uma síntese natural e criar um Ponto de Liminalidade através do qual diferentes linhas podem compartilhar formas rituais similares como, por exemplo, é o caso da linha de prática com Seth-Typhon. No nosso Culto de Qayin, existe também esses Pontos Ocultos de Liminalidade para aqueles que têm os olhos para vê-los.

Assim, todas as divindades relacionadas com a Morte não estão ligadas a Qayin, da mesma forma que Ele não deve ser identificado com todas as outras divindades da agricultura, colheita, assassinato, escavações, feitiçaria e soberania antinomiana, mas possui certas conexões com o trabalho de algumas divindades entronadas dentro de linhas de prática separadas e paralelas que detêm o domínio sobre as esferas de influência similares que Ele trabalha. Isso ainda não os torna um só e o mesmo Espírito, pois eles pertencem a diferentes correntes emanadas da Plenitude / Vazio da Divindade Não-Manifestada.

12. Entre outras correntes de feitiçaria, como a sabática e a tradicional, há uma divergência do papel de Qayin dentro da práxis. Para alguns Ele faz parte de uma trindade que culmina em uma forma de Deus se tornando a Luz iluminadora, enquanto que para outros Ele é o inventor, o gênio dos Ofícios dos Sábios. Como essas diferenças afetam o trabalho de sua tradição qayinita?

Sobre esta ideia da trindade, nada sabemos, mas Ele realmente foi um grande inventor e pai de diferentes ofícios importantes. O que ele não era, em contraste com o que muitos se identificam como vozes autoritárias nesses assuntos, é o primeiro ferreiro, já que esse papel e arte eram reservados para seu abençoado descendente Tubal-Qayin (o avatar sagrado do Mestre Azazel).

Essa confusão de Qayin com Tubal-Qayin é muito estranha e causa muitas associações erradas. Nosso Senhor Tubal-Qayin é o detentor dos mistérios da Forja e da Fornalha e aquele que aperfeiçoou muitas das artes de Qayin, especialmente após o advento de seu aparato atazótico pela descida do Santo Azazel.

Essa atribuição defeituosa de Qayin como sendo o primeiro ferreiro é um daqueles casos em que Ele recebe um aspecto baseado em outras fontes que não as tradicionais e principalmente por causa de uma tradução alternativa e não totalmente precisa de Seu nome.

Para voltar à sua pergunta, posso dizer que nenhuma visão moderna de Qayin tem qualquer impacto relevante sobre nós, e qualquer similaridade com a qual possamos compartilhar certas formas de simbolismo qayinita, é baseada unicamente no fato de podermos buscar inspiração de fontes tradicionais semelhantes, mas as diferenças devem ser muito claras quando se trata das interpretações reais e práticas das codificações míticas e da práxis esotérica resultante.

As inspirações textuais que temos são principalmente escrituras e escritos antigos daqueles que, em quase todos os casos, desacreditaram Qayin e difamaram-No como um ser governado apenas por instintos básicos e malignos, quando na realidade os “maus atos” do Mestre Qayin foram todos pelo bem daquilo que é verdadeiramente divino.

Não há, como tal, nenhum “gnosticismo qayinita antigo” sobre o qual nossa Obra se baseia, nem estamos conectados a nenhuma outra tradição moderna veneradora de Qayin, pois é uma questão de inspiração derivada de muitas fontes diferentes que, quando foi corretamente reunidas, como as muitas peças de um mesmo quebra-cabeça, nos concedeu Suas Revelações e manifestou Seu Culto Necrosófico.

13. Foi recentemente sugerido que, ao divulgar Qayin como o Primeiro Assassino, se difama o mesmo e negligencia outros aspectos importantes que podem ser atribuídos a Ele. Quais são seus pensamentos sobre isso?

Tais declarações são ridículas e são um sinal de ignorância ou baseadas em alguma agenda pessoal. Não há uma única fonte tradicional que não descreva Qayin como o Primeiro Assassino e Portador da Morte e como o foco de nosso Trabalho é o Culto da Morte, é natural que tenhamos enfatizado nesse aspecto mortíferos, mas não limitamos Qayin como sendo apenas um assassino, algo que está muito claro no Liber Falxifer II.

Qayin era muito mais do que apenas um assassino, Ele foi o primeiro Desperto do Espírito, o Primeiro Lavrador do Solo, o Primeiro Semeador, o Primeiro Ceifador, o Primeiro Feiticeiro, o primeiro Domador dos Cavalos, mas também o Primeiro Assassino do Homem, o Primeiro Coveiro, o Primeiro Necromante, o Primeiro Exilado, o Primeiro Luciferiano / Satanista (conscientemente tornando-se o Adversário do Demiurgo), o Primeiro Conquistador do Destino, o Primeiro Construtor da Cidade, o Primeiro Rei / Soberano governando fora da “graça” do Demiurgo e o Primeio Morto que (junto com Sua Noiva) transcendeu as limitações esse lado e assumiu o trono Sitra Ahra.

Então, de acordo com nossa tradição, Qayin é realmente muito mais que um simples assassino, mas o assassino. Ele certamente foi e continua sendo! Como nosso Culto é identificado com o do Santo da Morte, seria muito estranho se nós não tivéssemos enfatizado o aspecto Dele como o Ceifador da Morte.

As mesmas pessoas que se queixam da ênfase colocada neste aspecto são, com certeza, também aquelas que não querem ligar Qayin ao Inimigo do Demiurgo e, como tal, não têm nada a ver com a Corrente Qayinita em que Trabalhamos.

Há muitas correntes diferentes, separadas e paralelas, conectadas às “formas” bíblicas, e apenas porque os mesmos nomes são usados por diferentes tradições, isso não significa que estamos nos dirigindo aos mesmos espíritos. Só porque outras pessoas querem conectar Qayin a algumas “divindade agrícola pagã” benigna, sem quaisquer associações antinomianas ou iradas, nossa própria manifestação específica da corrente da feitiçaria de Qayin e Qayinita não será afetada.

Mas, para fins de discussão, seria interessante desafiar tais pessoas a apresentarem fontes tradicionais da escritura, apócrifos e folclore para apoiar suas idéias sobre esse “Caim” benigno deles que não deveria estar ligado aos atos da Morte Ilegal. Então poderíamos comparar suas descobertas com as fontes que sustentam nosso próprio Fundamento Qayinita.

No final, estas são questões de Espírito e Gnose e não história e arqueologia, mas quando as pessoas se orgulham de serem “tradicionais”, “especialistas” e “estudiosas”, devem pelo menos fazer o dever de casa e perceber que existem mais maneiras do que uma de aproximar-se da essência dos Mistérios Qayinitas.

A corrente específica de nosso culto Qayinita é 182 (2x7x13 = 182 = 11 = 1-1 = 0) levando o Espírito Dual-Nascido através do Caminho (Mortal) dos Espinhos em direção ao Sitra Ahra e daí para a Plenitude / Vazio da Divindade, e é através desta corrente específica que toda a nossa visão e compreensão é formada. Aqueles que trabalham fora desta corrente e em tradições não relacionadas com a nossa não têm nada a ver com aquilo com o que trabalhamos e, como tal, as suas suposições não têm qualquer influência sobre nós, embora assumam algum tipo de arrogante “voz de autoridade” em conexão com estes e outros assuntos relacionados.

Qayin está ligado a muitas coisas, mas o Seu aspecto como o Portador da Foice e Semeador da Morte e Ceifador de Vidas é apoiado por fontes relevantes o suficiente que qualquer um seriamente interessado em Seus mistérios deveria ter encontrado e contemplado.

Mesmo que o Aspecto da Morte do Mestre não seja Seu único, é para nós – que na vida buscamos os Poderes, a Gnose e a Libertação da Morte Ilegal – um dos principais pontos de manifestação de Sua Alma Duradoura e do Espírito Transcendente.

14. Dentro do LFX, somos brevemente apresentados a Abel com seu papel necessário como sacrifício aos Poderes do Outro Lado pelas mãos de Qayin. Que outro status Abel tem na corrente Necrosófica?

Há muitos mistérios conectados a Abel em seu estado post-mortem de ser e ele é realmente uma das almas mais importantes trabalhadas dentro do Caminho de Gulgaltha, pois ele é um servo fiel de nosso Mestre dentro dos Reinos dos Mortos.

Este tópico é tratado extensivamente na terceira parte do Liber Falxifer II e diz respeito aos tratados e leis pelos quais os mortos estão ligados ao serviço de Qayin e Seus parentes.

15. Dado que o LFX serve para estabelecer o caminho que leva à auto-iniciação nos mistérios qayinitas, o Templo aceita iniciados e / ou realiza iniciações físicas para aqueles que podem ser aceitos?

A “auto-iniciação” não é a palavra correta aqui, pois o processo é guiado pelas instruções escritas para tal propósito dentro dos livros do Falxifer e constantemente supervisionados pelos Espíritos da Corrente que são os administradores de bênçãos e maldições para todos que se atrevem a pisar no Caminho dos Espinhos e Ossos.

Um termo mais correto seria, portanto, “Iniciação Solitária”, pois o processo é de expansão dinâmica do Poder Azótico através da interação entre o Espírito e os Espíritos. O que procuramos oferecer através desses livros é uma iniciação real em nosso Culto de Qayin, pois, se praticados corretamente com a pretensão de buscar a iniciação, o caminho para o Santuário Interior será encontrado e, nesse ponto, há ritos físicos que podem ser oferecidos por nós para aqueles que sentem a necessidade de se juntar ao nosso templo. Mas, poucos são aqueles com tais necessidades e se alguém praticar corretamente e de acordo com o modo de operação, os próprios Espíritos concederão todos os poderes necessários e nosso Templo será assim criado dentro de todos os iniciados do Culto Oculto pertencente à Linhagem de Qayin e Sua Noiva, Nossa Santa Mãe.

16. Existe um tribunal externo do TFC onde as pessoas são designadas para mentores para estudar os caminhos da Corrente 182 e, eventualmente, se consideradas proficientes, proceder para o santuário interno do Templo como Irmãos e Irmãs totalmente iniciados?

A Corte Externa do nosso Templo é penetrada por todos aqueles que praticam de todo o coração e em solidão, de acordo com os ensinamentos do Culto de Qayin e que conseguiram estabelecer contato e entronizar uma porção da Alma e do Espírito de nosso Mestre. Se os Espíritos da Corrente então considerarem necessário, tais estudantes serão nomeados professores/guias humanos e a partir daí o Caminho Iniciático mais estruturado será aberto. Nem todo mundo que anda no Caminho precisa entrar no Santuário Interior de nosso Templo. O que é importante é o Trabalho Espiritual e, se conduzido corretamente, tal trabalho levará os devotos de nosso Santo da Boa Colheita para onde eles precisam estar, na vida e na Morte.

17. O Segundo livro do Falxifer elabora sobre o funcionamento do aspecto de colheita de Qayin como Qatsiyr e Messor. O que foi que te levou a descobrir esses poderes e incorporá-los na Corrente Qayinita como o Negro No Verde?

Nada precisou ser incorporado, pois o Negro No Verde sempre esteve lá e a própria existência deles / delas está interligada com o Trabalho de Qayin, como se não existissem sem ele.

Minha iniciação pessoal nos mistérios dos espíritos das plantas tem sido um processo muito longo e contínuo, desde que eu tive um fascínio e um relacionamento com o reino vegetal e com os Espíritos que estavam por trás de suas máscaras verdes desde a infância.

Em todas as tradições e linhas de prática em que me envolvi com as plantas e suas aplicações esotéricas dentro do contexto da Obra Espiritual, tive um papel central para mim e, portanto, foi natural dedicar uma porção maior do Liber Falxifer II a seus mistérios e feitiçarias.

Tudo é baseado na Gnose sobre o “antinatural incorporação do natural” e o papel que Qayin e Sua Noiva desempenharam nesse processo. Os insights espirituais sobre esses assuntos foram recebidos através do trabalho prático com os espíritos das plantas (o Negro no Verde) dentro do contexto da feitiçaria qayinita e todas as suas assinaturas apresentadas no livro foram obtidas de acordo com os tratados que regem essa linha específica de prática. então todos estão interligados e servem para capacitar toda a Obra.

18. No LFXI, somos brevemente apresentados a Qayin Messor, mas ele também recebe o título de “Qatsiyr”, que é muito semelhante a alguns dos nomes de Qayin usados por outras Ordens e Covens. Qual é o significado específico e propósito deste nome? Por que existem dois nomes para Qayin relacionados a essa esfera?

O nome do Mestre é Qayin, todas as outras adições ao Seu nome são meros títulos (ou “os nomes de Seu nome”) funcionando como sigilos sonoros que incorporam aspectos específicos de Sua essência. “Messor” significa simplesmente o Ceifador e é um título genérico que abrange um vasto número de atributos que Ele possui dentro do contexto de colheita. O título de Qatsiyr / Katzir (uma palavra hebraica) se traduz como Ceifador / Colhedor, mas possui também alguns significados mais esotericamente relevantes, tais como Separador, Membro de uma Árvore, um Galho e Folhagem.

O título Qatsiyr descreve, conecta e foca o aspecto do Mestre como um Ramo da Árvore da Sabedoria, semeado do Fruto do Conhecimento concedido pela Serpente Sagrada a Eva, mas também mostra Sua conexão com a Árvore da Morte do Lado Noturno.

Em outro nível, este título enfatiza também Sua realeza sobre todos os espíritos das plantas (o Negro no Verde) e é um desenvolvimento “natural” de seu domínio sobre o reino vegetal, como foi Ele quem foi o primeiro semeador de sementes, lavrador da terra, cortador de raízes e de árvores, mas também aquele que fortaleceu e trouxe adição de poder ao Espírito Santo que tinha sido diluído dentro e através do mundo e especificamente o reino vegetal sobre e dentro do qual Ele, através dos Seus sacrifícios, fez o Negro da Luz do Outro Lado refletir.

O título de Qayin Qatsiyr também significa que Ele realmente era um Ramo Separado e cortado da Árvore da Vida do Lado Noturno, tendo, em vez disso, raízes no Outro Lado. Os dois diferentes títulos enfocam, assim, conceitos e aspectos diferentes, mas relacionados, do Mestre dentro do mesmo Reino Verde.

19. Os componentes e ferramentas usadas durante os ritos da Corrente Necrosófica são bastante específicos. Que conselho você daria àqueles que seguem a Corrente, mas não são capazes de possuir tais ferramentas, por exemplo, Espinheiro-Negro, que não cresce em algumas regiões geográficas. É aceitável adquirir tais itens comercialmente ou por comércio com outros no Caminho e empreender a consagração daí em diante?

Quando se trata de elementos relacionados com o reino vegetal, serão dadas instruções no Liber Falxifer II sobre a re-inspiração das suas conchas físicas e quando nenhuma outra opção existe e é necessário seguir um tratado que exija um conjunto específico de elementos, é possível comprar aquilo que é o básico e consagrá-lo para incrementar as virtudes espirituais.

Com a prática correta, vem também a recompensa da Gnose pessoal concedida pelos Auxiliadores e pelo Fâmulos do Caminho e, nesse momento, é possível tornar-se guiado para alternativas adequadas a alguns dos elementos mais raros, quando e se tais substitutos para eles crescerem sobre ou perto da própria terra.

Os poucos elementos de plantas mencionados no primeiro Liber Falxifer foram, por exemplo, alguns daqueles através dos quais um aspecto inicial de nosso próprio Trabalho foi realizado e Gnose alcançado e como tal eles foram e permanecem como alguns dos principais pontos de contato entre o Templo e a alma e o espírito de Qayin. Isso não significa que as árvores de Qayin estejam limitadas a ser aquelas três árvores mencionadas no primeiro livro, ou algo tolo como isso, já que na verdade todas as plantas pertencem ao Espírito d’Ele e Sua Noiva.

No capítulo Negro No Verde de Liber Falxifer II, muitas outras árvores e ervas ligadas ao nosso Trabalho e às Almas e Espírito de nosso Mestre e Nossa Senhora são apresentadas aos alunos do Caminho, juntamente com 72 de suas assinaturas individuais completamente ligadas à Causa de Qayin, que também é nossa própria Causa Sagrada.

Através do funcionamento esotérico do sigilo do Ponto Verde da Caveira e das assinaturas do Negro No Verde, todos os elementos da planta podem se tornar consagrados e elevados para um novo nível de santidade e potência que rivaliza com os elementos da planta corretamente ceifados ritualmente.

20. O Livro de Anamlaqayin concentrou principalmente no aspecto de colhedor de Qayin, como Qayin Qatsiyr: podemos esperar ver publicações futuras que investigam os mistérios dos outros aspectos de Qayin e / ou até mesmo um livro dedicado exclusivamente à Gnose de Qayin e Sua noiva?

Tudo é possível e se os Auxiliadores do Trabalho nos guiarem para apresentar outros aspectos dos mistérios ao público, faremos isso. Quanto à Santa Mãe, a Velada, Seus mistérios são tais que eles não se prestam a tal revelação, o que é algo explicado em Liber Falxifer II. Sua beleza e poder são algo que a pessoa deve merecer contemplar e pistas suficientes sobre Seus mistérios são dadas no livro, mas se Ela em algum ponto indicar que outros aspectos de Suas feitiçarias devem ser revelados, nós naturalmente atenderíamos e obedeceríamos.

21. Refletindo sobre a libertação mencionada no Liber Falxifer, e sua menção de que aqueles que se devotam ao Caminho serão recompensados, mas para aqueles que buscavam apenas gratificação egoísta ou que profanam os mistérios do livro, será colhido apenas destruição. À luz da libertação mencionada no Liber Falxifer II, o que você diria sobre o resultado dessa advertência?

Os tolos nunca aderem a nenhum aviso nem respeitam qualquer conselho; está, portanto, dentro de nossa abordagem abençoar e amaldiçoar igualmente, pois para cada mão estendida na amizade há pelo menos uma mão de um ladrão que merece ser cortada.

As bênçãos dos fiéis foram muitas, de acordo com seus próprios relatos, como contatamos no Templo e agora temos devotos do Mestre em quase todas as partes do mundo e, mais interessante, em países que as pessoas raramente se conectariam a esse tipo de prática.

Quanto às maldições colocadas sobre os profanadores da Obra, bem, essas também foram testemunhadas e continuam a envenenar a vida de tais nascidos de barro.

Com isto dito, nossa esperança é abençoar e não amaldiçoar com este Trabalho, mas a natureza turva deste mundo é tal que são necessárias respostas coléricas para defender o que é sagrado.

22. O TFC está ligado a uma corrente de luciferianismo gnóstico (218) e Qayin pode ser visto como o primeiro satanista / luciferiano. No entanto, os nobres objetivos espirituais e complexas feitiçarias dentro de sua tradição se desviam grandemente do satanismo genérico e vulgar frequentemente encontrado. Eu me pergunto, portanto, como você realmente se relaciona com o rótulo de “satanismo” e você acha que ele é descritivo o suficiente ao representar?

Bem, com o passar dos anos tornou-se cada vez menos frutífero rotular o próprio Caminho com termos como “satanismo”, mesmo que de fato nós veneremos e sirvamos a Causa de Satanás / Lúcifer / Samael.

A americanização do “satanismo” e do ocultismo em geral ridicularizou tudo o que poderia ser relevante e potente dentro de tais sistemas de antinomianismo espiritual e, como tal, não temos nada em comum com a vulgaridade mais frequentemente ateísta e materialista vendida aos cegos sob o disfarce de “satanismo” ou “luciferianismo”.

Outro fator que contribui para nossa relutância em se vincular a qualquer forma de “satanismo” vulgar é o “apoio” muito indesejado que é forçado a diferentes ramos relevantes da Senda de Satanás-Lúcifer por jovens mal orientados e obcecados pela “música metal”. Tal abuso infantil de símbolos sagrados, sigilos e fórmulas que deveriam ser reservadas somente para práticas espirituais é outra razão pela qual é uma boa ideia distanciar-se do circo que é chamado “satanismo”.

Aqueles que conhecem e servem-se do Adversário do Demiurgo sempre permanecerão e resistirão, pois tal oposição é a própria essência da Linhagem Sanguínea da Serpente, mas torna-se cada vez mais contraproducente permitir que a Obra Divina se torne falsamente associada com qualquer aspecto da idiotice grosseira dos charlatões americanos e a profanidade da juventude fraca e desorientada.

Uma razão adicional para que alguém deva separar nosso Trabalho da maioria daquilo que tem sido rotulado como “satanismo” é também o fato de que nossos objetivos espirituais na realidade são opostos a quase todas as formas de sistemas de “Caminhos da Mão Esquerda” ocidentais. Nosso objetivo é a União com a Divindade (o Deus Desconhecido em Ain) e a transcendência do ego nascido em argila que acorrenta o Espírito ao reino do Criador cego. Como tal, não temos nada em comum com a grande maioria destas pessoas jogando “em nome de Satanás” e, de fato, teríamos mais em comum com os gnósticos.

Quando vemos Satanás como a outra face de Lúcifer, sempre permaneceremos “luciferianos e satânicos”, mas como nossa abordagem necrosófica e gnóstica não tem nada em comum com quaisquer outros grupos que se identifiquem como “satanistas / luciferianos”, não faz sentido nos rotularmos como tal, principalmente para evitar causar mais confusão e não atrair mais atenção indesejada e “apoio”.

Nós somos apenas os trabalhadores da Luz Negra da Divindade.

Fonte: http://www.ixaxaar.com/218-interview-2.htm/

-Trad. Pt Dom Wilians, Lotan-

Ascensão do Espírito da Morte


O Sigilo da Ascensão do Espírito da Morte é um signo relacionado aos Mortos do Fogo de nossa Linhagem de Sataninsam, e a tudo o que é buscado através do Caminho dos Espinhos e a própria essência da Gnose Qayinita, mas também está interligado com os mistérios de Anamlaqayin, sendo o da Chama-Dupla gerada pela Serpente de Duas Faces da Sabedoria, feita inteira e perfeita em sua conjunção transcendente realizada através da Morte.

Este sigilo tem grande poder e é a chave para a realização de alguns dos mistérios mais fundamentais. Ele mostra o Ponto do Crânio como o Portal da Morte / Da’at e a própria Cabeça dos Poderosos Mortos representando os poderes libertadores da Gnose Necrosófica, os aspectos ancestrais de Qayin e Qalmana e o caminho para a ascensão trilhada por eles.

O Sigilo da Ascensão do Espírito da Morte anda de mãos dadas com a Estrela de 13 Pontas do Portal dos Mortos e o Sigilo Chave que a abre, mas mesmo que eles estejam ligados aos conceitos e essências similares, eles são agem de maneiras diferentes, pois este sigilo enfatiza as realizações espirituais daqueles Poderosos e Abençoados através e por meio da Morte e não está apenas ligado às suas almas na terra, mas também aos seus Espíritos no Além / Outro Lado. É, em outras palavras, o sigilo da Grande Obra em si, não sendo concluído mas iniciado pela entrada e saída através e além da morte do ego do nascido do barro.

A composição do sigilo pode ser explicada das seguintes maneiras: as serpentes do lado direito e esquerdo da linha vertical média do sigilo são Sataninsam ou a Chama do Espírito Gêmeo dividida, enquanto a do meio é o Espírito da Serpente-Semente Despertado e ascendente ou o Espírito Feito Pleno através de consolidação e união de suas partes divididas.

O Espírito dos Mortos Poderosos é aqui representado em seu aspecto Ófito Atávico, subindo do Triângulo do Fogo Pneumático Sagrado e transcendendo as limitações da encarnação através do Ponto da Caveira / Morte / Da’at, pelo qual os aspectos do dia do nascimento são deixados e a Forma Serpentina Primordial é novamente assumida.

É relevante também o significado do pilar principal do meio unificando dentro de si os aspectos esquerdo / feminino e direito / masculino que levam à Conjunção do Espírito, representada pela única Serpente e pela Cruz de Oito Raios, marcando seu ponto de saída acausal. Ligados a estes conceitos estão também os três Pontos Negros encontrados na parte inferior do sigilo, significando a Trindade do Espírito, as Sementes de Satanás, Taninsam e a Pérola da Sabedoria-Espírito Desperta, unificada e dividida através da encarnação causada pelo nascimento de Qayin e Qalmana, e novamente se tornaram plenos e unidos ao entrar nas Portas da Morte / Ponto do Crânio Coroado pelo Fogo.

As sete espirais visíveis da serpente em torno da haste vertical do Tridente da Chama Sagrada da Serpente também são relevantes e codificam a conexão do sigilo com as Sete Gerações de Qayin e Qalmana antes do dilúvio e com os Sete Portais e suas Chaves através das quais a união e ascensão do Espírito foi, é e será realizada.

O Sigilo da Ascensão do Espírito da Morte é um signo que pode tanto adornar o altar do Mestre e da Dama quanto o dos Mortos Poderosos, e servir como um ponto focal usado durante a contemplação dos mistérios, meditações e trabalhos destinados a lembrar daqueles que, através da codificada rota dentro de suas formas lineares, já alcançaram sua gloriosa promessa. A chave para a ativação deste sigilo está totalmente dentro do reino do Espírito, concedido através da revelação e da Gnose Necrosófica.

A Marca de Qayin e Seu Sigilo Esotérico

A Marca de Qayin, dentro do contexto esotérico da nossa Gnose Necrosófica, não é um sinal que representa uma maldição colocada pelo Demiurgo sobre o mestre, mas em vez disso é entendida como a Marca do Despertar e Bênção do Espírito Santo. Também não é um sinal físico em si, como muitas vezes incompreendido por profanos, mas uma condição na qual a chama interior da Divindade foi despertada para si e sabe o que é e aonde ela pertence. É em outras palavras, um sinal das Bênçãos Luciferianas concedidos pelas forças noturnas ao Espírito aprisionado dentro da forma hílica e uma marca que demosntra seu estado avançado em que se torna opositor a tudo que possa restringí-lo.

A marca não é visível aos olhos daqueles que pertencem à raça de Adão e é uma aura visível apenas para o Olho do Espírito e, como tal, é um sinal de reconhecimento entre aqueles que pertencem à secreta Irmandade da Santa Serpente da Sabedoria e de todos os desencarnados que servem à causa da libertação dos fragmentos da divindade capturados nas cavidades da matéria caída.

A marca é em essência sem forma, mas tem tradições diferentes que representam-na por vários símbolos. Segundo a tradição folclórica, os símbolos mais comuns da Marca de Qayin foram a cruz e, em alguns contextos, até um chifre ou um par de chifres. A marca dessa cruz, que muitas vezes se acredita ter sido colocada na testa de Qayin, tem tido, na maioria das vezes, uma variedade em forma de X, embora a cruz Tau, em alguns contextos, também tenha sido um símbolo para ela.

Este simbolismo folclórico e exotérico é manifestado até mesmo dentro do título do Mestre, como o empregado dentro de nossa Tradição, e é a razão para a grafia alternativa de Falcifer que é a maneira mais comum de escrever o título do Portador da Foice em latim. Usando a ortografia FalXifer no Seu título, nós O separamos das associações gerais entre o título Falcifer e o deus Saturno e ao mesmo tempo incorporamos em Seu título a marcação do X no centro. Falxifer torna-se assim o Crucifer / Portador da Cruz e a cruz, que dentro de nossos trabalhos é um símbolo muito importante com muitas atribuições e significados diferentes, torna-se aqui um aspecto exotérico dessa Marca.

Como o Mestre da Encruzilhada da Morte, esses títulos e símbolos tornam-se também mais relevantes em relação a Qayin, pois Ele é o conquistador e portador da liminaridade e poder mágico da cruz X, mas também o portador e condutor da Cruz Luciferiana com a linha vertical do Espírito Descendente se cruzando e iluminando / fixando em chamas a linha horizontal representando o mundo e seus elementos de matéria e escuridão.

Quando se trata do simbolismo ligado aos mistérios de Gulgaltha, a cruz do Portador da Cruz adquire significados adicionais e torna-se, entre muitas outras coisas, o caminho através do qual o reino ctônico é acessado pelos vivos, o eixo através do qual as sombras dos mortos são criadas e ressuscitadas e, no seu centro, um ponto liminar liga os vivos e os mortos àquele que transcende as suas formas limitadas de existência. Torna-se também, dentro desse cenário, um símbolo representando o próprio Mestre como aquele que está em pé no topo da primeira sepultura.

Mesmo que todos esses significados importantes sejam dados à cruz como um símbolo da Marca de Qayin em suas diferentes formas, ainda não é a cruz que dentro da obra esotérica a representa. Como dito nas Revelações Apócrifas da Gênesis Qayinita, a Marca de Qayin é esotericamente representada pela unificação de três partes simbólicas separadas que quando reunidas representam a marca sem forma do Despertar do Espírito que leva ao exílio.


O símbolo esotérico da Marca de Qayin consiste nas três partes seguintes:

O Ponto de Coroação significa a própria semente do dom do espírito, neste caso representando tanto a Pérola Desperta da Sabedoria-do-Espírito quanto a Semente Venusiana colhida da Árvore da Morte e levada a Eva na forma da Semente Atazótica da Serpente Sataninsam. A cor simbólica principal deste Ponto-Semente do Espírito é verde esmeralda, pois representa o dom de Lúcifer / Noctifer tanto no caso da sua primeira e segunda bênção enviada sobre o Espírito de Qayin e Qalmana, quanto na forma primária quando era uma semente do fruto do seu amor pelo Espírito arrancado dos jardins da Vênus do Lado Noturno, sendo que na segunda bênção assumiu a forma da Pedra Esmeralda da Coroa de Lúcifer colocada sobre sua tez, conectada às mesmas esferas de influência, como um sinal de seu Despertar Real e Rebelião do Espírito. A cor simbólica secundária deste Ponto do Espírito é preta, pois a Pérola do Despertar do Espírito-Sabedoria através do seu alinhamento e empoderamento pelo Sitra Ahra ficou enegrecida para refletir o impulso anti-cósmica da Luz Divina como manifestada naquele Outro Lado.

A Serpente representa a força intermediária conectando o Espírito ao Outro Lado e através desse Outro Lado ao Caminho de Nia levando à Fonte da Divindade dentro da Plenitude do Vazio que é Ain. A forma serpentina aqui está tanto para Sataninsam quanto para o cosmos do Demiurgo, mostrando a conexão feita entre o que está acima, o que está dentro e o que está abaixo, estabelecendo uma liminaridade através da qual a Semente do Espírito poderia ser semeada e a Pedra Esmeralda da Coroa poderia ser concedida.

A Marca da Serpente também significa aquele Portador e Dispersador das Sementes de Dotação Espiritual e aquele que capacitaria as Centelhas do Espírito, onde quer que elas estejam ligadas, a fim de ajudar na quebra de seus Vasos Retentores e assim facilitar sua ascensão. A marca da serpente é negra, pois representa a Luz Negra da Divindade reagindo de maneira disruptiva contra aquilo que restringiria o Espírito Santo.

A Segadeira representa a Colheita e a colhetora dos frutos do Espírito e simboliza Ação e Trabalho como o meio pelo qual a Gnose é manifestada e suas recompensas colhidas. A Foice também é a arma da Vontade Irada cortando aquilo que causaria apego ou de qualquer outra maneira ligaria e restringiria o Espírito Desperto e, como tal, sua cor simbólica é vermelha como é o derramamento do sangue que deve regar as Sementes do Espírito com os sacrifícios das próprias limitações do ego.

A marca avermelhada da foice representa a força da separação dividindo o que é finito e o que em essência é imortal e infinito e é, portanto, um símbolo do caminho contundente para a libertação e a transcendência. Como uma arma e ferramenta de assassinato, a foice sangrenta representa a abordagem antinomiqna e a oposição requerida contra as Leis Arcônticas antes que o objetivo da Grande Obra possa ser alcançado. Essas três partes, quando reunidas, manifestam o sigilo Esotérico da Marca de Qayin, assumindo a seguinte forma:

É esta marca que, de acordo com a Gnose, tornou-se plenamente colocada sobre Qayin e Qalmana em conexão com seus atos de Rebelião Assassina e Amor ao Espírito, que os despertou plenamente para os seus Eus Verdadeiros e para o Outro Lado, ao qual eles pertenciam e para qual transcenderam.

O sigilo da Marca de Qayin é, portanto, um símbolo sagrado dentro do culto e empregado de diferentes maneiras para representar e se conectar àqueles que primeiro, em essência, o portaram orgulhosamente e a todos os utros Abençoados de sua linhagem que continuaram e continuam portando com orgulho desafiador.

Dentro do contexto prático da Feitiçaria Necrosófica de seu Culto, este sigilo da Marca de Qayin é empregado tanto dentro de contextos fetichistas quanto talismânicos, servindo para enfatizar e focar todas as qualidades representadas por ele. Dentro do funcionamento dos Fetiches Sagrados, o sigilo pode ser marcado, esculpido ou pintado sobre o ídolo, idealmente na testa dos crânios empregados, a fim de conectá-lo visivelmente aos princípios essenciais representados pela Marca e auxiliar na conexão entre a sua forma e a santidade que deve ser carregada ou conectada.

De acordo com os costumes Qayinitas (e alguns diriam os Kenitas), o sigilo da Marca também pode ser usado como um sinal talismânico tatuado ritualmente no corpo, a fim de criar uma manifestação externa da Marca Interior e evocar ainda mais as bênçãos e proteção direto naqueles que o suportam. Nesse caso, a licença para fazê-lo deve primeiro ser solicitada e concedida pelo Mestre e, quando recebida, deve ser feita no lado esquerdo do corpo, idealmente em um local oculto, pois não é para os olhos do homem que é destinado.

A tinta empregada para tal tatuagem também deve ser consagrada e fortalecida de acordo com a orientação das Sombras e Espíritos Familiares do Caminho dos Espinhos e a marcação do corpo deve começar durante uma das datas auspiciosas do culto. Essa tatuagem deve ser tratada como um talismã e regularmente ser ungida com óleos sagrados e fumigada na fumaça do incenso oferecida ao Mestre e a Sua Dama e nunca ser ostentada por conta do adorno profano da carne ou para a promoção do ego, pois em tais casos, muda o significado e os atributos e, ao contrário, marca o profanador como alguém que não merece nada além do avermelhamento das lâminas de colheita dos verdadeiros portadores das Foices de Qayin.

A Rainha Velada e Coroada de Rosas

Os Mistérios da Mãe Espiritual do Sangue, a Noiva Gêmea do nosso Mestre, é de imensa importância e crucial para se alcançar a Gnose Necrosófica, pois facilitará o transgressor sem lei levando-o às coroações do Espírito. A Santa Qalmana é, na verdade, a outra metade daquele que faz todo o trajeto do caminho dos espinhos que conduz à Apoteose e é quem revela os meios e os modos corretos através dos quais é atravessado com sucesso.

De maneira semelhante ao nosso Mestre, Sua alma permanece na Terra com intuito de servir à causa de Seu Espírito, entronizada em um estado de integridade ligado ao Outro Lado. Os segredos da Santa Qalmana são muitos e poucos deles podem ser verdadeiramente compreendidos sem o contato direto real e interação com a Sua essência abençoada.

Porque ela é a velada, a envolta e a rainha de tudo o que é mantida oculto, ela só pode ser alcançada através do mestre, nosso santo Qayin, pois é só através dele que o seu poder e beleza podem ser alcançados e compreendidos. Isto une-se aos mistérios relativos à ligação espiritual e ininterrupta de Qayin e Qalmana e ao fato de que o que afeta um deles também afeta o outro.

É, portanto, novamente necessário que a essência do Mestre esteja enraizada e assentada por um período de tempo suficiente antes que a Flor Oculta, que é a Bela Qalmana, possa ser contemplada entre todos os espinhos e ossos quebrados pelas pisaduras durante a travessia árdua do tortuoso Caminho de Nod.

Nós temos, portanto, neste Segundo Livro do Falxifer, recebido a licença espiritual para começar a delinear algumas das tradições esotéricas relativas ao Seu trabalho e oferecer alguns insights sobre seu jardim paradisíaco de Poder Mágico, Morte e Renascimento Espiritual.

Portanto, seja entendido que os profanos, que não ganharam o direito de contemplar Sua beleza, irão apenas conhecer Seus espinhos e beber da Taça Envenenada de Sua Justa Ira, em vez de Seu Doce Nectar do Espírito que é uma bênção reservada para seus fiéis filhos.

A identidade de Qalmana sempre foi mantida oculta e Ela só foi vislumbrada através dos ensinamentos apócrifos e da sabedoria de certos cultos esotéricos e tradições seculares, mas mesmo em tais contextos Ela foi, na maioria das vezes, deturpada e não recebeu Seu verdadeiro e merecido status elevado e importância.

A santa Qalmana é o aspecto feminino do Espírito de Qayin. Ela é o reflexo de cada uma das Suas manifestações e aquela que equilibra e completa cada um dos Seus feitos e realizações com os Seus próprios. Para Qayin Ela é o que Lilith é para Samael e Ela é, portanto, um aspecto mais significativo daquilo que deve ser venerado, conectado e trabalhado para a obtenção do pleno despertar e para a capacitação e liberação do Espírito ser alcançada.

De maneiras semelhantes a Qayin, nossa Senhora Qalmana também possui numerosos aspectos e modos de manifestação, todos ligados à causa de Seu ser e devir. Muitos desses aspectos espelham aqueles de Qayin e representam as expressões mais femininas de seu Espírito e, portanto, são sabiamente emparelhados e trabalhados dentro do mesmo contexto, a fim de trazer unificação e foco às manifestações mágicas e espirituais buscadas dentro de diferentes trabalhos.

Isto, por outro lado, não deve ser mal interpretado como Sua falta de poder individual, pois de maneiras semelhantes ao Mestre Qayin que trabalha individualmente, também podemos requerer a ajuda da Mãe Sagrada para o que quer que seja digno de seu envolvimento e intervenção.

Ela exerce poderes tão inspiradores quanto os de Sua contraparte masculina e dentro de certos contextos, pertencentes à natureza mais feminina do trabalho, Sua feitiçaria será manifestada de forma ainda mais eficaz, de maneiras semelhantes aos poderes de Qayin que podem ser mais adequados para recorrer dentro de outras configurações. É, em outras palavras, uma questão de os dois serem, em seus aspectos divididos, os pólos opostos do mesmo espírito-essência e, portanto, possuírem atributos complementares em relação uns aos outros, criando em todas as suas formas de unificação plenitude. e perfeição.

Entre as muitas facetas da Santa Qalmana que refletem os aspectos mais importantes do Mestre como o Primeiro Rebento, o Primeiro Assassino, o Primeiro Coveiro e o Senhor das Sombras da Morte, podemos considerar os aspectos de Qalmana como a Rainha da Colheita Coroada de Rosas, a Senhora da Foice Sangrenta, a Rainha de Gulgaltha e o Baalatzelmoth. Mas, além desses poucos aspectos citados, que estão abertamente ligados às manifestações mais cruciais de Qayin, ainda há muitos outros ligados a Ele, de maneiras menos óbvias.

Nossa Santa Qalmana é a Destribuidora das Sementes, a que traz Fecundação e Abundância. Ela é a Causa da Beleza, Doçura e da Redolência. Ela é a Feiticeira, a Bruxa-Mãe. Ela é a Primeira Poção, Filtro, a Criadora de Perfumes.

Ela é a envenenadora, a enganadora dos inimigos e sedutora astuciosa. Ela comanda as sombras e espíritos do lado esquerdo, ela é a ocultadora, a doadora da invisibilidade e a guardiã dos segredos.

Ela é a perfuradora com espinhos, o Castigadora e a Destruidora. Ela é a Subjugadora, Dominadora e Conquistadora. Ela é a Fascínio, a que move mundos e mentes. Ela é a Consagradora, a que concede Empoderamentos Espirituais e a Causa de Todas as Bênçãos Verdadeiras. Ela é a Portadora da Luz do Despertar do Espírito e a Iluminadora da Encruzilhada da Morte.

Qalmana et Lebuda!
Luluwa et AWANA!
Qalomena et Lubda!
Veni, Veni Liluwa! (7X)

Eu invoco aquela cuja respiração perfumada trouxe Redolence para este mundo!

Eu invoco aquela cujo toque carinhoso trouxe a doçura do amor para esta existência amaldiçoada!

Eu invoco a semeadora das sementes do espírito do desenvolvimento!

Eu invoco a Mãe Sanguínea do Fogo enrolado interiormente!

Eu invoco a senhora das flores manchadas de sangue dos jardins da meia-noite!

Eu invoco a rainha da Santa Morte coroada de rosas!

Eu invoco a primeira Feiticeira e a mãe da ardilosa bruxaria!

Eu invoco a guardiã de todos os segredos ilegais ocultos!

Eu invoco a portadora do néctar envenenado das flores da sepultura!

Eu invoco a senhora do cruzamento das caveiras e ossos!

Eu invoco a rainha escarlate da colheita das almas!

Invoco a empunhadora da segadeira abençoada pelo renascimento do espírito do outro mundo!

Eu invoco a Velada, cuja beleza está envolvida nas Sombras da Morte!

Eu invoco a Guardiã das Sete Chaves dos Jardins Paradisíacos do Outro Lado!

Salve Qalmana et Lebuda!
Salve Luluwa e Awana!
Salve Qalomena e Lubda!
Salve, salve Liluwa!

-Liber Falxifer II, The Book Of  Anamlaqayin, Trad. Pt Lotan- 

Santa Muerte


A ofensiva Mexicana contra a Santa Muerte, lançada pelo atual presidente Felipe Calderon, tornou-se agora global. Em uma entrevista com um site peruano católico (Aciprensa), o Presidente do Pontífice Conselho da Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi condenou o culto a santa esqueleto como “sinistro e infernal”. O prelado Italiano, que o observador do Vaticano John Allen recentemente chamou de “o mais interessante homem na Igreja” e que se candidatou ao Papado, convocou ambos – Igreja e sociedade para se mobilizarem contra a devoção a Santa Muerte.

“Todos precisam por um freio neste fenômeno, incluindo famílias, igrejas e a sociedade em sua totalidade.”
O Cardeal explicou que a devoção a Santa Muerte é uma “celebração da devastação e do Inferno”. O influente membro da Curia irá levar essa mensagem diretamente aos mexicanos durante sua visita no mês que vem, para conduzir seu projeto, a “Corte dos Gentios”, um programa do Vaticano designado para evangelizar não-crentes.

Tendo acompanhado de perto o desenvolvimento do culto a Santa Muerte dos dois lados (EUA e Fronteira do México), eu havia antecipado uma condenação pelo Vaticano, entretanto estou surpreso que tal condenação tenha vindo antes de qualquer manifestação dos bispos Americanos. Então, a questão é porque o Vaticano a condenou agora? De acordo com denúncias feitas anteriormente ao culto da santa esqueleto feito por bispos mexicanos, Cardeal Ravasi rejeitou a devoção a ela em termos teológicos. Da perspectiva cristã, Cristo derrotou seu último inimigo – a Morte – através da ressurreição. Portanto, a veneração e culto a figura da Morte a coloca no nível do Inimigo de Cristo, ou SATAN.

A maioria das declarações dos bispos mexicanos afirma que os devotos de Santa Muerte ingressam no Satanismo anonimamente. Oficiais da Igreja podem apontar inúmeros casos criminais onde assassinatos foram cometidos em nome do Esqueleto. Sacrifícios humanos, entre outros crimes foram cometidos no México e fronteira com EUA por um número menor de devotos que acreditam que serão abençoados somente com tais atos nefastos.

Além do campo teológico, a economia religiosa do México e América latina fornece uma excelente explicação não apenas para a condenação de “seitas satânicas” mas para outros competidores religiosos. Nas últimas três décadas, ambas convenções nacionais dos bispos e o Vaticano tem denunciado a “invasão das seitas” na América Latina. Claro, pentecostais, os mais vibrantes competidores, tem sido o primeiro objeto de condenação, mas os Mórmons, testemunhas de Jeová, grupos “New Age” e espiritualistas também tem recebido ofensivas. O Papa João Paulo II deu uma luz geral da situação em 1992 durante sua viagem a República Dominicana, quando acusou os Pentecostais de serem “lobos” rondando o rebanho católico.

(…..)

Então, porque a condenação da “Senhora Esqueleto” agora? Sem dúvidas devido a preocupação do Vaticano após a eleição do papa Francisco, primeiro Papa Latino Americano, e sua escolha do Cardinal Oscar Rodriguez Maradiaga para conduzir um novo conselho papal de oito cardeais. Papa Francisco é muito familiarizado com o primo argentino da Santa Murte, San La Muerte, que é o segundo dos três santos esqueletos mais cultuados na América. Mais coincidente ainda é que o mito de San La Muerte o remete em origens aos padres JESUÍTAS! Como sua prima Mexicana, San la Muerte é regular nas páginas criminais da Argentina e também foi considerado herético pela Igreja Local. Há uma grande chance do Cardeal Maradiaga estar ciente da Santa Mexicana ter sido condenada, pois em relatórios recentes foram citadas até mesmo a imolação de uma figura em uma fogueira organizada pela polícia local.

(…)

Em resumo, em termos teológicos, é uma competição religiosa, onde a nova influência Latino Americana no Vaticano e a Mídia sensacionalista resultaram na condenação do culto a Santa Muerte pelo Cardeal Ravasi, como uma condenação a representação da “Cultura da Morte” na América Latina.