Éon, eon ou ainda aeon significa, em termos latos, um enorme período de tempo, ou a eternidade. A palavra Latim aeon, significa "para sempre". Ela é derivada do grego αίών (aion), cujo um dos significados é "um período de existência" ou "vida".
Em cronologia ou geologia, o éon geológico refere-se à maior subdivisão da escala de tempo geológico, imediatamente antes da era.
Platão usou a palavra aeon para denotar o mundo eterno das ideias, que ele concebia como se estivesse "atrás" do mundo perceptível, como demonstrado em sua famosa alegoria da caverna. Assim, em termos filosóficos ou em história da religião, no gnosticismo e no neoplatonismo, refere-se à entidade intermédia entre a divindade suprema e o mundo perceptível ao pensamento.
Em alguns sistemas gnósticos, as várias emanações de Deus, que era também chamado por nomes como Uno, Mônada, Aion teleos (Aeon perfeito), Bythos (Profundidade), Proarkhe (O Anterior ao começo), E Arkhe (o Começo), são chamadas aeons. Este Ser primordial também era um aeon e tinha um ser dentro de si mesmo chamado Ennoea (Pensamento), Charis (Graça), ou Sige (Silencio). O ser perfeito dividido concebeu o segundo aeon, Caen (Poder) em si mesmo. Junto com o aeon masculino Caen veio o aeon feminino Akhana (Verdade, Amor).
Os aeons frequentemente aparecem em pares masculino/feminino chamados sizigias, e são bastante numerosos. Dois frequentemente listados são Jesus e Sophia. Juntos, os aeons constituem o Pleroma, a "região da Luz". As regiões abaixo do pleroma estão mais perto da escuridão, como o mundo físico.
Quando o aeon chamado Sophia emanou sem o seu "aeon parceiro", o resultado foi o Demiurgo, ou semi-criador (às vezes chamado de Ialdaboth nos textos gnósticos), uma criatura que nunca deveria ter existido. Ele nunca pertenceu ao pleroma, e o Uno emanou dois aeons, Cristo e o Espírito Santo, para salvar o homem do Demiurgo. Cristo então tomou a forma de homem, Jesus, para poder ensinar aos homens como adquirir a gnose, e assim retornar ao pleroma.