O termo catarismo, do grego katharos, que significa PURO, foi usada para designar um dos mais famosos e prósperos movimentos Gnósticos surgidos na Idade Média, por volta do ano 1030. Foi descrita por alguns como sendo sincretismo cristão, gnóstico e maniqueísta, manifestado num extremo ascetismo.
Origem
Cátaros referia-se aos membros de uma comunidade religiosa na Itália, em Motefeltro. Posteriormente a Religião Cátara ou Catarismo desenvolveu-se em muitos países da Europa, mas principalmente no Sul da França, na Occitânia, onde se falava a Languedoc - "Língua do Oc" ( Oc = sim, no Sul da França, em oposição a Langue d'Oui, do Norte da França ).
Da Autoridade
No catarismo a autoridade dos Bispos, Diáconos e ‘Perfeitos’, pois viviam em estado de graça, sobre os ‘Crentes’ (membros da comunidade em geral), era um autoridade moral, sem constrangimentos nem disciplinas impostas, e exercia-se igualmente entre os homens e as mulheres. As mulheres tornadas ‘Perfeitas’, embora não podendo ascender aos gráus mais altos da hierarquia, o diaconato e o episcopado, tinham porém os mesmos direitos, e podiam administrar o Consolamentum, sendo reverenciadas pelos Crentes.
Dogma
Seu dogma ensinava que não só as almas eram assexuadas, mas iguais; e além disso que as re-encarnações transformavam tanto homens em mulheres como mulheres em homens. Os Cátaros, também eram conhecidos como Albigenses, termo muito parecido com o movimento Italiano, dos chamados Albaneses, que também adotava uma filosofia dualista ou maniqueista. Os Albaneses, oriundos de Desenzano na Albânia, na Itália, eram chefiados pelo bispo Jean de Lugio, autor do famoso ‘Liber de duobus principiis’, considerado um dos teóricos do Catarismo. Contam que os Cátaros, tendo atingido elevado gráu de iluminação, possuiam o dom da palavra, pregando facilmente e transmitindo uma mensagem clara e sincera, capaz de atrair muitos fiéis. Vislumbraram também a realidade da Igreja Romana da época, cujo interesse principal era o Poder Temporal, e não o Espiritual, denunciando isto ao público.
Em 1207, o Papa Católico Inocêncio III, com ajuda dos senhores feudais do Norte da França, (que falavan a Languedoui e eram contrários aos sulistas), convocou a destruição do Catarismo florescente.
Em 1295 caiu o mais famoso bastião Cátaro, o castelo de Montségur; na ocasião mais de 200 Cátaros foram queimados vivos, como hereges, pela Igreja Católica Romana.