quinta-feira, 9 de maio de 2019

Shemhamphorasch Parte I



O Shemhamphorasch é o conjunto dos 72 nomes de Deus, de 3 letras cada, formados a partir do desdobramento do "Tetragrammaton" (YHVH) em 72 partes. Estes nomes são derivados dos versículos 19, 20 e 21 do Capítulo 14 do Êxodo. Em sua original escrita hebraica, cada um destes versículos possui 72 letras. Para obter-se os 72 Nomes, escreve-se estes três versículos um sobre o outro, sendo o versículo 19 da direita para a esquerda, o versículo 20 da esquerda para direita, e o versículo 21 da direita para a esquerda. Cada uma das 3 letras que compõem um nome é retirada de cada um dos versículos. Assim, o Shem Ha-Mephorash também é chamado de o Nome Dividido.

Anjos do Shemhamphorash

Anjo
Anjo governante
(por Ambelain)
Ordem
(por Ambelain)
Versículo
invocatório
Demônio governado
(por Rudd)
1. Vehuiah
2. Jeliel
Metatron
Serafim
3. Sitael
Metatron
Serafim
4. Elemiah
Metatron
Serafim
5. Mahasiah
Metatron
Serafim
6. Lelahel
Metatron
Serafim
7. Achaiah
Metatron
Serafim
8. Cahethel
Metatron
Serafim
9. Haziel
10. Aladiah
Raziel
Querubim
11. Laoviah
Raziel
Querubim
12. Hahaiah
Raziel
Querubim
13. Yesalel
Raziel
Querubim
14. Mebahel
Raziel
Querubim
15. Hariel
Raziel
Querubim
16. Hekamiah
Raziel
Querubim
17. Lauviah
18. Caliel
Tronos
19. Leuviah
Tsaphkiel
Tronos
20. Pahaliah
Tsaphkiel
Tronos
21. Nelchael
Tsaphkiel
Tronos
22. Ieiaiel
Tsaphkiel
Tronos
23. Melahel
Tsaphkiel
Tronos
24. Haheuiah
Tsaphkiel
Tronos
25. Nith-Haiah
26. Haaiah
Tsadkiel
Dominações
27. Ierathel
Tsadkiel
Dominações
28. Seheiah
Tsadkiel
Dominações
29. Reyel
Tsadkiel
Dominações
30. Omael
Tsadkiel
Dominações
31. Lecabel
Tsadkiel
Dominações
32. Vasahiah
Tsadkiel
Dominações
33. Iehuiah
34. Lehahiah
Camael
Potestades
35. Chavakiah
Camael
Potestades
36. Menadel
Camael
Potestades
37. Aniel
Camael
Potestades
38. Haamiah
Camael
Potestades
39. Rehael
Camael
Potestades
40. Ieiazel
Camael
Potestades
41. Hahahel
42. Mikael
Rafhael
Virtudes
43. Veuliah
Rafhael
Virtudes
44. Yelaiah
Rafhael
Virtudes
45. Sealiah
Rafhael
Virtudes
46. Ariel
Rafhael
Virtudes
47. Asaliah
Rafhael
Virtudes
48. Mihael
Rafhael
Virtudes
49. Vehuel
50. Daniel
Haniel
Principados
51. Hahasiah
Haniel
Principados
52. Imamaiah
Haniel
Principados
53. Nanael
Haniel
Principados
54. Nithael
Haniel
Principados
55. Mebahiah
Haniel
Principados
56. Poiel
Haniel
Principados
57. Nemamiah
58. Ieialel
Mikael
Arcanjos
59. Hahael
Mikael
Arcanjos
60. Mitzrael
Mikael
Arcanjos
61. Umabel
Mikael
Arcanjos
62. Iah-Hel
Mikael
Arcanjos
63. Anauel
Mikael
Arcanjos
64. Mehiel
Mikael
Arcanjos
65. Damabiah
66. Manakel
Gabriel
Anjos
67. Ayel
Gabriel
Anjos
68. Habuhiah
Gabriel
Anjos
69. Rochel
Gabriel
Anjos
70. Yabamiah
Gabriel
Anjos
71. Haiaiel
Gabriel
Anjos
72. Mumiah
Gabriel
Anjos

Legemeton Grimorium


“Lemegeton” foi o nome dado, provavelmente por volta dos anos 1650, ao conjunto de grimórios Salomônicos que compreende conhecimentos acerca das práticas mágicas utilizando os mais variados elementos, como anjos, demônios e forças planetárias.

Estes livros, ou seu conjunto, são citados em várias obras durante a história do ocultismo, e datam de épocas muito remotas, tendo sido recuperados totalmente ou em parte a partir de diversos manuscritos. As versões mais atuais foram recuperadas pela Aurora Dourada e seus membros, que também realizaram aprimoramentos dos métodos e experimentos quanto a seu conteúdo.

A CHAVE MENOR DE SALOMÃO

Os livros de Magia Salomônica, ou “chaves de Salomão”, que compõem o Lemegeton, se baseiam em métodos de magia atribuídos ao Rei Salomão, por serem supostamente dominados pelo Sábio Rei durante seu domínio sobre Israel, ou mesmo adaptados das práticas do Rei. Porém, sabe-se que alguns destes não foram originalmente escritos pelo Rei Salomão, como é o caso do Ars Paulina, recebido pelo apóstolo Paulo por meio de visões.

As versões às quais temos acesso hoje destes livros foram compiladas, adaptadas e aprimoradas por vários magistas ao longo dos séculos, como os estudiosos Dr. Rudd e Colin de Plancy, e os membros da Golden Dawn, como Aleister Crowley e Arthur Edward Waite. Muitos tratam-se ainda dos grimórios individuais de alguns magistas, portanto contendo impressões particulares dos mesmos obtidas nos rituais, assim como variações nos números e nomes das entidades descritas, bem como suas aparências.

Embora “Clavícula” signifique apenas “chave pequena”, ou “chave menor”, os nomes dos livros que falam sobre uma ou mais destas partes são os mais variados possíveis. Por vezes, chama-se “Clavícula” ou “Chave maior” o compilado de métodos para obter objetivos mundanos, assim como a descrição dos materiais, porém sem envolver a evocação de Daemons. Em outros casos, os nomes “Clavícula” ou “Chave menor” são utilizados para se referir à Ars Goetia, contendo a descrição dos 72 daemons. Porém, na maioria dos casos, “Clavícula” é o nome utilizado para se referir a um dos cinco livros do Lemegeton, o Ars Notoria.

OS CINCO LIVROS DO LEMEGETON

Os cinco livros geralmente compreendidos no Lemegeton são o Ars Theurgia, o Ars Goetia (por vezes unificados como Theurgia-Goetia), o Ars Paulina, o Ars Almadel e o Ars Notoria. Tratam, respectivamente, e de forma extremamente simplificada, de: líderes espirituais, demônios, planetas, anjos, e selos mágicos.

ARS THEURGIA

A Arte da Theurgia faz parte do Lemegeton, e trata de explicações detalhadas sobre os espíritos de naturezas variadas que aparecem vindo de cada uma das direções cardeais. Este livro foi primeiramente compilado por Trithemius em sua Steganographia, em 1500.

Na hierarquia apresentada no Ars Theurgia, os espíritos Caspiel, Carnesial, Amenadiel e Demoriel são citados como imperadores das direções Sul, Leste, Oeste e Norte, respectivamente. São apresentados também outros 12 espíritos correspondentes aos flancos de cada uma das direções (8), e às direções intermediárias (4).

CHEFES, IMPERADORES, REIS E DUQUES INFERNAIS

Estes 16 espíritos, que também possuem hierarquia de Duques, podem ser evocados à frente do magista, ou então invocados para dentro de um cristal com cerca de 10 centímetros de diâmetro, e então os pedidos podem ser realizados.

A prática de sigilização utilizada na Magia do Caos tem entre suas bases a Ars Theurgia, sendo teorizada inicialmente por Austin Osman Spare, que codificava seus pedidos aos espíritos teúrgicos por meio de conjuntos de símbolos e palavras criptografadas. Porém, no caso da sigilização, Spare não possuía o hábito de discriminar a qual espírito estava sendo feito o pedido, assim como sua direção ou horário.

ARS GOETIA

A Arte da Goécia, ou apenas “Goetia”, é um livro derivado da Theurgia Goetia, que foi explorado e aprimorado por diversos magistas ao longo dos séculos, e também faz parte do Lemegeton. É muitas vezes chamada “A Chave Menor de Salomão”.

Neste livro, são descritos 72 espíritos infernais (na maioria das versões, uma vez que os espíritos e sua quantidade podem variar), e em algumas versões também são descritos 72 anjos que os contrabalanceiam e regulam.

OS 72 DEMÔNIOS

Estes 72 espíritos seriam os responsáveis por realizar tarefas específicas para o magista, desde que comandados por seus respectivos reis, dependendo da direção cardeal correspondente. Geralmente se apresentam na forma de animais ou combinações dos mesmos, dependendo da simbologia aplicável às suas funções. Seus nomes são:

• Baal • Agares • Vassago • Samigina • Marbas • Valefor • Amon • Barbatos • Paimon • Buer • Gusion • Sitri • Beleth • Leraie • Aligos • Zepar • Botis • Bathin • Saleos • Purson • Marax • Ipos • Aim • Neberius • Glasya-Labolas • Bune • Ronove • Berith • Astaroth • Forneus • Foras • Asmoday • Gaap • Furfur • Marchosias • Stolas • Phenex • Halphas • Malphas • Raum • Focalor • Vepar • Sabnock • Shax • Vine • Bifrons • Vual • Hagenti • Crocell • Furcas • Balam • Alloces • Camio • Murmur • Orobas • Gremory • Ose • Amy • Orias • Vapula • Zagan • Valac • Andras • Haures • Andrealphus • Cimeies • Amdusias • Belial • Decarabia • Seere • Dantalion • Andromalius •

Em outra visão, estes espíritos seriam deuses de outras culturas, sendo que sua natureza e os rituais de evocação foram comunicados a Salomão por suas várias esposas, ou mesmo pelos daemons que o próprio Rei aprisionou com auxílio do anjo Miguel. Referências a isto são encontradas na Bíblia, no Alcorão, e no Testamento de Salomão. Também são encontradas referências na literatura sobre a descoberta das urnas onde Salomão teria aprisionado os espíritos, e mesmo à quebra de algumas delas durante as escavações, quando os espíritos teriam retomado sua liberdade.



ARS PAULINA

A Arte Paulina deriva seu nome da hipótese de ter sido ensinada primeiramente ao apóstolo Paulo, que subiu aos céus, segundo a Bíblia, e aprendeu os segredos da comunicação com os espíritos, incluindo visões apocalípticas.

INVOCAÇÃO NA GOETIA

Neste livro, são descritos 24 anjos correspondentes às horas do dia e da noite, assim como instruções sobre a comunicação com os mesmos. A comunicação é feita primordialmente pela técnica de Skrying, utilizando a Tabula Sancta popularizada e aprimorada por John Dee em seus trabalhos sobre magia enoquiana.

Os anjos também são relacionados, no Ars Paulina, aos 360 graus da roda zodiacal, com seus 12 signos e 7 planetas principais. Os selos planetários apresentados, assim como o selo principal que engloba todos eles, são geralmente utilizados na magia planetária, buscando-se atrair as qualidades de cada um dos planetas ou signos, por intermédio dos anjos.

ARS ALMADEL

Baseando-se na magia Árabe com círculos, também chamados al-Mandal (mandalas), a Arte Almadel consiste na conjuração de anjos utilizando uma tábua de cera, e recorrendo aos anjos das quatro altitudes, Ayres ou Aethyres.

INVOCAÇÃO DE ANJOS

Os 30 anjos superiores podem ser evocados usando o Almadel, e possuem atribuições específicas baseadas no Coro ao qual fazem parte. Suas aparências são de crianças com coroas de flores, anjos carregando estandartes, meninas com folhas nos cabelos e meninos carregando pássaros.

Os anjos do primeiro coro são associados à fertilidade vegetal, animal ou humana, e os do segundo a bens e riquezas, mas as atribuições dos anjos do terceiro e quarto coros não são descritas nas poucas versões disponíveis do Ars Almadel, assim como nos manuscritos, que se limitam a descrever diferenças e semelhanças que concernem à aparência e aos aromas associados aos coros.

ARS NOTORIA

A Arte Notória refere-se à prática de magia utilizando notas (símbolos, selos ou sigilos), para obter os mais variados objetivos. É muitas vezes chamada “A Clavícula de Salomão”, e pode compreender também uma parte chamada a Arte Nova ou Ars Nova, que se baseia na mesma técnica de elaboração de Notas para variadas finalidades.

A CLAVÍCULA DE SALOMÃO

Dentre os principais objetivos da Ars Notoria, podem ser citados a ativação da memória, a previsão de eventos futuros e recordação de acontecimentos passados, a atração de parceiros amorosos e a facilitação no aprendizado de ciências.

Em vários manuscritos, a Ars Notoria é citada como um dos motivos pelos quais o Rei Salomão possuía vasto conhecimento em várias artes e ciências. Tais selos teriam sido passados a ele pelo anjo Miguel, e poderiam ensinar qualquer assunto a qualquer pessoa em apenas alguns segundos, com o auxílio de forças espirituais superiores.


Rei Salomão


Salomão foi um Rei muito sábio, que tem diversas obras atribuídas a si, desde decisões de guarda entre duas mulheres que se diziam mães da mesma criança, até a posse de inomináveis riquezas e maravilhas arquitetônicas, incluindo o Templo de Salomão (reconstruído diversas vezes em Israel e replicado posteriormente em diversos lugares do mundo) e as Minas do Rei Salomão (que se tornaram tema de vários livros e filmes).

O Rei Salomão é conhecido por ter acumulado um vasto conhecimento em diversas vertentes científicas, e também em sistemas mágicos e ocultismo. Várias fontes cristãs, islâmicas e judaicas citam histórias onde o Rei possuía o poder de evocar e comandar espíritos. Em algumas versões, os poderes do Rei teriam vindo de suas práticas para entrar em contato com Deus e anjos, já em outras os ensinamentos teriam sido passados a ele por meio de suas muitas esposas, descendentes de diversos países.

VIDA E REINADO

A história de Salomão é, sem dúvida, complexa, não só devido às diversas fontes que apresentam diferentes versões dos fatos, mas também por causa da ausência de comprovações escritas para a maior parte do conhecimento, que antigamente era passado entre as gerações de forma oral. De qualquer forma, são histórias que transcendem uma só religião, e influenciam as mais variadas correntes de pensamento e vertentes do ocultismo moderno.

O FILHO DE DAVID

O Rei Salomão reinou em Israel de cerca de 970 a cerca de 930 Antes de Cristo, antes da divisão do reino em Israel Meridional e Israel Setentrional. Salomão era filho de Davi, e foi quem recebeu do anjo Miguel a Estrela de Davi para proteção de seu reino. Posteriormente, seu filho Roboão se tornou Rei de Israel Meridional, chamada também Reino de Judá.

SALOMÃO NO OCULTISMO

Dentre as capacidades de Salomão para com os espíritos, podem ser citadas interrogatórios, aprisionamento, solicitação de desejos e tarefas importantes, assim como auxílio na construção e ampliação de seu templo em Jerusalém – com movimentação de pedras e madeira em grandes quantidades e por longas distâncias. Além das habilidades relacionadas a espíritos, são atribuídas a Salomão outras vertentes da chamada Magia Salomônica, como a invocação e a evocação de poderes planetários, anjos, líderes infernais, e a ativação mágica de selos ou sigilos.

O TESTAMENTO DE SALOMÃO

O Testamento de Salomão, ou o livro dos Atos de Salomão, é uma compilação de histórias protagonizadas pelo Rei Salomão descrevendo sua implacável jornada para controlar e aprisionar os daemons com auxílio das forças de Deus, por intermédio de seus anjos. A versão mais famosa deste livro foi obtida a partir de um manuscrito grego que data dos séculos primeiro a quinto Depois de Cristo.

O Testamento inicia no decorrer da construção do Templo de Salomão, possivelmente sua ampliação, uma vez que o referido Templo já passou por várias modificações e demolições ao longo da história, algumas mesmo durante a vida do Rei. Nesta ocasião, um demônio chamado Ornias passa a ser obsessor de um dos trabalhadores preferidos de Salomão, sugando sua energia vital todos os dias após o pôr-do-sol. Salomão solicita ajuda a Deus, e recebe a visita de Miguel, que entrega a ele um anel com um selo sagrado, posteriormente chamado Estrela de Davi ou Selo de Salomão.

Usando o anel, Salomão consegue comandar Ornias, pedindo a ele que traga até ele Belzebu, mestre dos demônios, quando então solicita que o mestre traga à sua presença cada um dos demônios. Neste processo, Salomão prende os demônios, um a um, comandando-os para que façam o trabalho de construção do templo (por exemplo, cortar e carregar pedras, trançar cordas de cânhamo e preparar argila). Também aprende, neste processo, os anjos que regulam cada daemon e as estrelas e corpos celestes com os quais eles se relacionam.

72 ESPÍRITOS, DEMÔNIOS, DAEMONS OU DJINNS

Salomão lidava tanto com espíritos angelicais quanto com os demoníacos, chegando a considerar que parte de sua tarefa no mundo era a de controlar o poder dos espíritos infernais. No livro Ars Goetia, que atualmente possui várias versões e cuja origem é atribuída ao Rei Salomão, são descritos 72 destes espíritos, assim como as técnicas de invocação dos mesmos.

O número e a descrição dos daemons são alterados entre os diferentes grimórios, e mesmo em relação ao Testamento de Salomão, mas os poderes destes possuem claros paralelos entre as obras, possivelmente tendo sido derivados de uma mesma versão de escritos mais antigos.

O TEMPLO DE SALOMÃO

O Templo de Salomão ficava localizado na região ao Sul de Jerusalém onde hoje se encontra a Mesquita de Al-Aqsa, e apenas o pátio do antigo templo ainda existe nos dias atuais. O Templo em si foi destruído e reconstruído diversas vezes, supostamente com ajuda dos daemons controlados pelo Rei e mesmo por seus sucessores, como Herodes e Juliano (já sob império Romano).

Em todas as suas versões, o Templo foi considerado de grande importância, assim como o local onde ficava localizado. Sua construção deveria seguir as regras descritas nas Leis, por exemplo sem uso de instrumentos feitos de ferro (conforme Deuteronômio, 27:5-6).

Segundo o Testamento de Salomão, os daemons não podem tocar em ferro, e isso seria um dos motivos pelos quais esta Lei foi instaurada.

Houve acidentes e acontecimentos sem explicação em várias das reconstruções do templo, como bolas de fogo e terremotos no ano 363 D.C., conforme relatos de São Cirilo de Jerusalém, e novamente em 1536 D.C., quando o Sultão Suleiman (nomeado em homenagem ao Rei Salomão) tomou a decisão de usar o Selo de Salomão, ou estrela de Davi, para ornamentar a cidade ao redor do Templo e assim protegê-la.

AS MINAS DO REI SALOMÃO

Outra região geográfica relacionada a Salomão é a das minas que se localizam no deserto ao Sul de Jerusalém, próximas à fronteira com a Jordânia. As Minas do Rei Salomão ficaram famosas por meio do romance de 1885 escrito pelo inglês Sir H. Rider Haggard, no período vitoriano.

A comprovação histórica da existência das minas ainda é escassa, porém em 2013 uma equipe de estudiosos da Universidade de Tel-Aviv encontrou indícios de que as minas localizadas no parque arqueológico do Vale Timna, em uma região conhecida como o Monte dos Escravos. Anteriormente atribuídas aos egípcios, estas minas foram datadas novamente por meio de análises de radioatividade do carbono contido nos objetos encontrados, e concluiu-se que o campo estava ativo durante o período de influência do Rei Salomão sobre a região, possivelmente sendo operado por uma etnia nômade conhecida como Edomita.

Sendo primordialmente utilizada para a extração de cobre, foram encontrados na região resíduos de fornalhas, além de cerâmica, cordas trançadas com uma tecnologia avançada, e vários tipos de instalações utilizadas para metalurgia.

SALOMÃO NO CRISTIANISMO

Na Bíblia, em 1 Reis 11, é descrita a vida do Rei Salomão, sendo citados seus diversos casamentos com mulheres de outros reinos: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hitéias; mesmo que isso fosse proibido pelos costumes da época.

No auge de seu império, Salomão teria prestado culto aos deuses de suas esposas, entre eles Astarte, Melcom, Moloc, Camos, e outros. Estes deuses, inclusive, teriam sido os próprios daemons com os quais Salomão entrou em contato por meio de outras manifestações, e cujos nomes foram distorcidos nas versões dos grimórios que estão disponíveis atualmente.

Este trecho da Bíblia termina com a consideração de que Salomão se afastou do Senhor, e não cumpriu suas ordens, e que todos estes aspectos estariam melhor descritos no livro dos Atos de Salomão, ou o Testamento de Salomão.

SALOMÃO NO ISLAMISMO

O Alcorão cita diversas obras do Rei Salomão, e entre os seus súditos e seus exércitos sempre cita animais e gênios, em possível alusão aos daemons ou djinns controlados pelo Rei. Em uma das passagens mais famosas, na Surata 27, um pássaro avisa a Salomão que existe em Sabá uma rainha mulher, Balkis, que possui um belo trono e grandes riquezas. Salomão, então, convocou a rainha ao seu palácio, para conhecer os segredos que se escondiam no Reino de Sabá.

Porém, antes que Balkis chegasse ao seu palácio, Salomão pede a um de seus gênios que traga o trono da Rainha, para que esta seja surpreendida. Salomão também usa de ilusão de ótica para que Balkis pense que o chão é feito de água. Assim, Salomão consegue impressionar a Rainha, que, segundo algumas versões, chega a se casar com ele, transmitindo seus ensinamentos Ocultos e possivelmente levando para a Etiópia a Arca da Aliança, que ficava protegida sob o Templo de Salomão.