domingo, 2 de junho de 2019

Os Quatro Tronos Negros


Lúcifer é Senhor do Trono Sul.


Lúcifer é o Imperador do Caos Colérico, o Eterno aspecto interno e externo da Chama Negra.
Lúcifer é o orgulhoso portador da luz e do fogo do Caos que com sua Luz Negra queima todas as formas ilusórias e revela os segredos e o que está escondido.


Lúcifer é o Portador do Conhecimento, desenvolvimento, poder, e o destruidor da estagnação, fraqueza e tolice.


Lúcifer é o aspecto amigável de Satanás, que com sua luz ilumina o caminho confiável e mostra a estrada para a liberdade e poder divino para além dos limites da criação.


Mas ele também é aquele que com o seu Fogo brilhante e sua Luz Negra deslumbrante, engana e queima os fracos e indignos.


Lúcifer é o colérico olho brilhante do Caos que vê através das mentiras do demiurgo, e através da sua Chama Negra Acausal destrói a ilusão do Cosmos, impedindo sua formação, procurando o eterno e precioso ilimitado!


Lúcifer também é o Senhor da torre Sul do Caos, cujas portas, de acordo com a tradição satânica, abrem-se na “Noite das Almas” no dia 31 de outubro.


O satanista encara a torre de Lúcifer nos rituais, com o objetivo de adquirir sabedoria, verdade e conhecimento através da canalização do purificador Fogo Luciferiano e a abertura dos portões da Chama Negra Interna.


A energia da torre de Lúcifer também pode ser usada em rituais destinados a preencher o Magista com a força física e mental, e dar-lhe o dom de poder espiritual e a capacidade de dominar, manipular e controlar todo o seu ambiente.


A Torre de Lúcifer é a representação arquetípica da Prometeu/Satânica sede do conhecimento proibido, e por tanto, tem a capacidade de, com a sua Luz Invisível orientar o Satanista profundamente nos mistérios do Caminho da Mão Esquerda e guiá-lo ao mais temível lugar onde os tesouros são reprimidos; nas profundezas desconhecidas do subconsciente.


É somente através da união da sua Chama Negra com o Caos Externo que a Torre de Lúcifer pode garantir ao Satanista uma forma Acausal após a morte e um lugar entre os Deuses Sombrios.


Os rituais, cujo objetivo é canalizar as energias da Torre de Lúcifer começam da seguinte forma:


“Vedar-Gal Tiekals Somdus Azerate!



Lylusay Tateros Volt Sids Lúcifer!


Em nome do Devorador de todas as formas, a espada cega, chamada Azerate, eu, NN (Nome), saúdo a Torre Luciferiana!


Em nome de Azerate, eu saúdo a poderosa torre de Lúcifer, o Fogo Negro que ilumina o caminho do conhecimento e da sabedoria, obscurecendo e destruindo a criação da falsa luz do demiurgo!


Eu saúdo a Torre Sul do Caos que representa a verdade, a iluminação e a Acausal imortalidade!
Eu me ajoelho em nome de Azerate, diante da torre de Lúcifer, cujo poder satânico recebe a Chama do Caos que está queimando e brilhando nas profundezas da minha alma mais forte do que nunca, para dissolver ardentemente a imundice que impede a minha mente e o meu futuro anticósmico!


Saúdo em nome de Azerate, a Torre de Lúcifer, o símbolo da supremacia, que com suas poderosas Chamas purificadoras me dão a coragem, e a força espiritual, para que eu possa servir melhor aos Deuses Sombrios e minha própria verdade!


Salve Lúcifer!
Salve Azerate!”

Beelzebuth é o senhor do Trono Leste.


Beelzebuth é o portador das tempestades e ventos energéticos de desenvolvimento que quebram aqueles que não se curvam perante a vontade dos Deuses Sombrios. Beelzebuth é também um “Estorvo” (Ghagiel) que com seu poder destrutivo constantemente neutraliza o impulso restritivo do Cosmos e viola as leis da ordem vigente e as estruturas estagnadas.


Beelzebuth que também é conhecido como “O Senhor das Moscas”, é uma força que destrói e devora as formas do velho Aeon deixando para trás o vazio puro que é a ausência dos elementos manifestos.


Beelzebuth é o senhor do escuro plano mental e o regente do mundo anticósmico das ideias.
Diante do Trono de Beelzebuth paira os ventos frios do vazio, que eleva todas as formas essencialmente brancas tornando-as essencialmente preenchidas pela escuridão, elevando-as para o Pandimensonal que é o Caos.


Beelzebuth também é o governante da Torre Leste do Caos, cujas portas, de acordo com a tradição satânica, se abrem durante o solstício de verão, 21 de junho.


O satanista encara a Torre Portadora do Nada, ou Nihilifer, como é chamada a Torre de Beelzebuth no esotérico trabalho mágicko, com o objetivo de, por exemplo, canalizar e projetar um veículo através da experiência meditativa e revelar o infinito poder e a beleza que é a pureza imaculada de “Nihil”.


A Torre Nihilifer também pode ser usada contra os estereótipos e os obstáculos morais para ganhar indiferença às necessidades humanas.


As energias da Torre de Nihilifer são enviadas para o satanista matar seu causal “Eu” que, segundo a vontade do Acausal “Verdadeiro Eu” fortalecerá a autoconsciência e criará uma personalidade mais diabólica.


A torre Nihilifer é uma sombra da torre Chaosifer, e representa o infinito vazio, o silêncio e o Caos em suas formas mais negativas e autodestrutivas.


Os rituais que visam canalizar as energias da torre de Nihilifer devem ser iniciados da seguinte forma:


“Vedar-Gal Tiekals Somdus Azerate!


Vibarlal Dendas Tnasod Beelzebuth!


Em nome do cruel e poderoso Azerate, Eu, NN, Saúdo a torre Portadora do Nada!


Em nome de Azerate eu saúdo a torre negra Nihilifer, cujo poder dissolve todas as coisas e deixa o nada para trás com o Primordial Vazio!


Eu exalto ao Trono Leste do Caos, o que me dá o poder de dissolver e destruir todos os valores e decretos que não foram criados por mim.



Eu me ajoelho diante da Torre Nihilifer, cujo poder abre os meus olhos e deixa-me enxergar a verdade, o poder e glória que se encontram no eterno e puro vazio!


Saúdo, em nome de Azerate, a torre de Nihilifer, um símbolo do nada onipotente que com suas correntes silenciosas, me dá o poder destrutivo para que eu possa destruir o meu Ego, cujo demiurgo criou em sua forma, e me dá força para que eu possa criar a minha forte e livre personalidade demoníaca!


Salve Nihilifer!
Salve Azerate!”

Belial é o senhor do Trono Norte.


Belial é o mais sanguinário e temido Senhor das Trevas, e está escrito que é ele quem na batalha final (ou seja, no Dia da Ira) levará as legiões anticósmicas para vitória que irá dissolver o Cosmos em cinzas.


Belial é o deus da destruição, e o rei dos guerreiros, que espalha o ódio, o terror e a morte entre os fracos, e que concede ao forte que possui a Chama Negra do Caos, poder, vitórias nas batalhas e proteção contra a estagnação das energias da luz branca.



Belial é o deus desconhecido da violência, da guerra e das revoluções sangrentas que trazem evolução, levando todas as coisas de volta ao Caos, a partir do qual tudo surgiu.


Belial também é Noxifer, aquele que traz a escuridão aos cegos que não são iluminados pela Luz de Lúcifer e que estão submetidos à tirania cósmica do demiurgo.


Belial também é o senhor da Torre Norte do Caos, cujas portas são abertas, de acordo com a tradição satânica, no “solstício de inverno”, no dia 22 de dezembro.


O Satanista encara a Torre da Morte, ou Mortifer, como também é chamada a Torre de Belial na esotérica tradição, nos rituais mais negros que se destinam às manifestações de ódio, sofrimento, morte e guerra.


Além da Torre de Mortifer canalizar energias que trazem a morte e destruição dos indignos e tolos que ficam no caminho do satanista anticósmico, os rituais também se destinam a acelerar o inverno do Aeon vigente, e assim aproximar o Dia da Ira (também chamado de Mahapralaya).
As energias da Torre de Mortifer também podem ser usadas para criar uma mudança global por meio da disseminação da guerra, assim como para matar as fraquezas que dificultam o próprio Magista na estrada anticósmica. A torre portadora da Morte é à sombra da torre de Lúcifer, pois é dito que o iluminado com a mais brilhante luz produz a sombra mais negra, desta forma, a torre de Mortifer representa o aspecto mais destrutivo e colérico do Caos.


Os rituais que visam canalizar as energias da Torre de Mortifer, deverão começar com a seguinte saudação:


“Vedar-Gal Tiekals Somdus Azerate!


Aggileath Tidehmus Tlyfos Belial!


Em nome do caótico vingador Dragão Negro de onze cabeças, Azerate, eu, NN, Saúdo a torre Portadora da Morte!


Em nome de Azerate, eu saúdo a torre negra Mortifer, cujas energias escuras preenchem os Deuses Sombrios com eterno ódio e destruição para que destruam tudo aquilo que o demiurgo criou!


Em nome de Azerate, exalto a Torre Norte do Caos, que me dá poderes da escuridão para os rituais destrutivos que aumentam a minha capacidade e força de proteção e invocação para se defender e destruir todos os meus inimigos indignos!


Ajoelho-me, em nome de Azerate, diante da torre de Mortifer, cujas sinistras correntes de energia são a fonte de todo o ódio, mal, guerra e morte, que com sua Aura Negra lentamente sufoca o demiurgo e sua criação!



Saúdo, em nome de Azerate, a Torre Mortifer, um símbolo da força letal, que me dá o poder de matar todos os fracos que ficarem no meu caminho, e me dá a força para destruir a ilusão do Cosmos que confunde os meus sentidos e ataca o meu espírito!



Salve Mortifer!

Salve Azerate!”

Leviathan é o senhor do Trono Oeste.


Leviathan é o terrível Dragão que governa os violentos e coléricos oceanos do Caos e, acima de tudo, é a personificação da força Acausal da dissolução.


Leviathan pode ser comparado ao Ouroboros desperto, que vomita seu rabo e, portanto, quebra o circulo fechado de dez, o transformando em onze.


Leviathan é comparado com a energia, da qual, nos textos sânscritos é chamado “Tad Ekam”, e identificado como o Dragão Negro do Caos amorfo.


Leviathan é uma entidade além das limitadas e manifestas formas, e é a antítese de toda ordem, forma, e estrutura da lei.


Leviathan é o eterno e divino paradoxo, que traz o Caos sem-forma da essência.


Leviathan é senhor do mar sem fundo do Caos, que, quando os portões se abrirem os onze inundarão e afogarão a criação com as águas amargas do Caos Colérico e, assim restaurará a pureza primordial do pandimensional e Acausal.


Leviathan, cujo aspecto feminino é associado às vezes com Taninsam Lilith é também o senhor da Torre Oeste do Caos, cujas portas são abertas, segundo a tradição satânica, no dia da “Noite de Walpurgis”, em 30 de abril.


O Satanista encara a torre Chaosifer, como também é chamada a torre de Leviathan na esotérica tradição, durante os rituais de Magia do Caos, que visam abrir os portais escuros, trazendo energias Acausais e desarmônicas para o plano causal. Os poderes da torre Chaosifer também são usados em trabalhos de magia negra, a fim de criar mudança, confusão, loucura e pânico.



A torre de Chaosifer também possui energias que desempenham um papel central nos rituais, cujo objetivo é despertar e fortalecer as chamas internas e externas que dão capacidade ao Magista de superar as limitações do Cosmos e se tornar um com o dinâmico e constante Caos.



A torre de Chaosifer é o ponto focal dos Caosgnóticos para o inominável, amorfo e poder sombrio, que é a essência interna; a Chama Negra.


Os rituais que visam canalizar as energias da torre de Chaosifer devem começar com a seguinte saudação:


“Vedar-Gal Tiekals Somdus Azerate!


Desurpur Kajp Gidupp Leviathan!


Em nome do Senhor das trevas e do mal, o restaurador do eterno Caos, Azerate, eu, NN, saúdo a torre Portadora do Caos!


Em nome de Azerate, eu contemplo a magnífica Torre Chaosifer, cuja escuridão anticósmica é um monumento do Caos que foi e novamente será!


Em nome do dragão morto que ressuscitará e trará o onze, convertendo todas as formas em nada, eu saúdo a Torre Oeste do Caos que representa a primordial onipotência Acausal!


Ajoelho-me, em nome de Azerate, diante da torre de Chaosifer, cuja viva escuridão me dá força para invocar as antigas forças do Caos e abrir as portas das escuras dimensões onde habitam os deuses anticósmicos!


Eu saúdo, em nome de Azerate, a torre Chaosifer, o símbolo da pura e toda-poderosa essência pandimensional, que me dá a capacidade de destruir minhas formas causais e me conectar com as correntes energéticas dos onze; o sangue derramado do dragão morto.


Salve Leviathan!
Salve Azerate!”