domingo, 2 de junho de 2019

Onze Chamas de Azerate


0. Este ritual deverá ser efetuado durante a noite de 30 de Abril ou 22 de Dezembro.

Além das ferramentas tradicionais também são colocadas onze velas pretas no altar. Estas velas representam os onze deuses-demônios criados por Hubur na guerra contra Marduk.
O nome coletivo dessas onze forças anticósmicas é Azerate.

O Magista as mantém em torno de todo o espaço ritual, que ele durante o ritual de sacrifício dará forças ao Caos.

1. O Magista começa o ritual de maneira tradicional com o “Ritual de Abertura”.

2. O Magista encara o altar e recita a seguinte saudação a Azerate:
“Eu, NN, saúdo o Senhor e Mestre Azerate!
Eu saúdo Azerate, O Dragão Negro de Onze cabeças, O rei dos Deuses Sombrios!
Eu eternamente servirei ao Caos Colérico e saudarei o cruel Azerate!
Silim-Madu Lugal Epish Lemneti Azerate!
Salve Azerate, a criação de Hubur, que em nome de Tiamat, matará Marduk!
Salve Azerate, aquele cuja cega espada perfurará o coração da criação!
Salve Azerate, o vingador do Caos Primordial!
Salve Azerate, cujo nome é a chave para os portões trancados das dimensões do Caos!
Salve Azerate, aquele que é o trono negro cujos Deuses Sombrios do Caos Colérico se ajoelham!
Salve Azerate, cujo veneno anticósmico para sempre extinguirá a luz da vida dos deuses criadores!
Salve Azerate, o dragão maligno que restaurará a não-ordem do Caos Primordial!
Salve Azerate, cujo o demoníaco encantamento deverá despertar a adormecida mãe-dragão Tiamat!
Salve Azerate, aquele cujo as coléricas chamas negras dissolverão tudo em cinzas!
Salve Azerate, cujo nome congela o sangue dos imundos deuses bastardos, assim como o dos anjos de luz!
Salve Azerate, que é os onze tronos negros, o senhor e pai destruidor do universo!
Silim-Madu Lugal Epish Lemneti Azerate!

Eu saúdo o meu todo-poderoso rei Azerate e juro eternamente servir a sua anticósmica ira!
Eu que bebo o ascendente sangue do dragão imortal, profiro as Palavras de Poder, que são os nomes do poderoso dragão de onze cabeças.
Eu que sou guiado pelo sangue de Kingu, profiro agora o nome dos onze, que foram criados pela poderosa magia negra de Hubur!
Em nome de Azerate, profiro agora o nome secreto dos onze, e canalizo as energias de purificação do Caos Colérico que irão fortalecer a minha alma e divinizar o meu espírito!”

3. O Magista ergue a mão esquerda perante o altar fazendo o sinal do tridente que neste ritual simboliza o triunvirato do Caos primordial, que consiste em Tiamat, Absu e Mummu.

O Magista profere onze vezes as seguintes Palavras de Poder que são os nomes dos onze:
“Mushmahhu, Ushumgallu, Bashmu, Mushussu, Lahmu, Ugallu, Uridimmu,
Girtablullu, Umu Dabrutu, Kulullu, Kusarikku!”

4. O Magista visualiza e une as 11 velas sobre o altar e, em seguida sopra a vela principal que já estava no altar, deixando que somente as onze velas pretas iluminem o espaço ritual.

5. O Magista exclama:
“Ana-ku Sa-Mi Mu-Zu Azerate!
Halam-Nignam Azerate Ushumgal Lemnuti!
Silim-Madu Azerate!
Silim-Madu Ama-Ushumgal-Tiamat!”

6. O Magista ergue o punhal ritual, que está localizado em cima do altar, e o aponta em direção as onze velas pretas, recitando a seguinte invocação:
“Ka-Gur Bad Azerate Ka-Gal!
Ó Deuses do Caos Colérico, ouçam a minha voz, que soa através dos portais das escuras dimensões, pois eu, o Magista Sacerdote do dragão, estou pronto para invocar e canalizar a minha memória astral com a nossa imortal mãe-dragão.
Vamos destruir as barreiras cósmicas, ó tu que reside do lado de fora, conceda-me a conexão astral que permitirá que eu sirva a ira da espada cega, de tal forma que eu possa canalizar parte da minha essência interna; o sangue derramado do dragão, e enviar a ti!
Ouça-me nesta noite de trevas, ó tu que pela poderosa Hubur foi criado, e abençoa-me, eu que sou um fiel guerreiro do Maligno Kingu!
Olhe sobre mim, ó tu que rege os onze tronos negros, e com tua energia anticósmica purifique meus sentidos, para que eu possa ser digno de sonhar com os sonhos eternos da adormecida mãe-dragão!”

7. O Magista traz o sacrifício que ele preparou com antecedência, o mantendo amarrado no chão diante do altar, o Magista recita o seguinte:
“Recebam este simples sacrifício, ó deuses vorazes que residem fora dos portões, ó Azerate, é a vitalidade roubada e o sangue quente que eu entrego a ti, a fim de fortalecer a conexão astral que irá conectar-me com a fonte de toda a anticósmica sabedoria!
Reforce a ligação astral que permitirá que eu canalize o sangue derramado do dragão, aquele que me dá a iluminação obscura e permitirá que eu sonhe com os sonhos divinos mais íntimos da mãe-dragão!
Eu derramo sangue, eu sacrifico a carne, eu quebro os muros, eu destruo as barreiras!
Azerate, em nome de Tiamat, aceite este sacrifício!”

8. O Magista mata a vítima usando o punhal ritual e com o seu sangue, lubrifica seu rosto enquanto recita:
“Inga Na-Til Kingu!”


Então com o sangue restante o Magista unge as onze velas pretas acesas no altar, e diz o seguinte:
“Em nome de Tiamat, As Onze Chamas Negras queimam para sempre nas profundezas da minha alma!
Em nome de Tiamat, o deus criador indigno, Marduk, será derrotado!
Salve Tiamat!” (11x)

9. O Magista recita a invocação suméria “A invocação à Tiamat” ao longo das onze velas pretas e queima vários incensos para a honra dos deuses imortais.

10. O Magista ergue a mão esquerda em direção ao altar mostrando os “chifres da morte”, e recita o seguinte:
“Em nome de Tiamat, Absu, Hubur e Kingu, eu quebro agora o sigilo dos cinco elementos e abro as portas para o reino escuro de Azerate!
Com o ódio eterno do terrível dragão da morte, eu abro o portal para as dimensões escuras do Caos Colérico e deixo as forças da corrente anticósmica inundarem os meus sentidos!
Em nome da Ama-Ushumgal-Tiamat, eu quebro seu pentagrama, para assim criar distúrbios na ordem cósmica e ativar o Portal das Trevas!”

11. O Magista desenha o pentagrama quebrado de onze ângulos no plano astral e ativa o Portal das Trevas, que ele intensamente visualiza, e exclama:
“Em nome de Tiamat, os portões de Azerate estão abertos!”

12. O Magista começa uma profunda meditação sobre o ritmo desarmônico do Caos Colérico e desfruta dos sonhos e visões que lhe foram concedidos pelas forças das trevas.

13. O Magista completa o ritual de maneira tradicional e sopra as onze velas.

14. Ritual de Encerramento