Prentice Mulford nasceu em Sag Harbor, Long-Island, dis trito de Nova York, a 5 de abril de 1834 e faleceu a 27 de maio de 1891, numa barca de sua propriedade.
Foi o pai de todo o movimento ocultista da América do Norte, sendo sua obra Nossas Forças Mentais, a bíblia da psicologia moderna, na qual foram beber suas primeiras ideias os propagandistas da Ciência Cristã, Novo Pensamento, Cristianismo Esotérico, Nova Psicologia e muitos outros ramos do Mentalismo.
Este mestre foi o primeiro a mostrar o lado prático e utilitário dos conhecimentos ocultos e das forças mentais, ensinando-nos a empregá-las na vida, para realizar nossas aspirações e obter a maior soma de felicidade.
Sem esta aplicação e adaptação à nossa vida prática, as sublimes concepções filosóficas da Índia e os admiráveis conhecimentos do antigo ocultismo ocidental teriam pouco valor para o homem, porquanto seriam inúteis para a melhora de sua sorte e para seu progresso neste planeta.
De fato, como bem demonstrou o mestre, o paraíso do homem deve começar neste mundo e se ele não conseguir aqui a sua felicidade não alcançará também no outro plano, porque a felicidade verdadeira só pode vir pelo progresso espiritual, que depende do conhecimento de leis mentais e de sua aplicação Prentice Mulford começou a escrever com a idade de 29 anos endo, antes disso, trabalhado muitos anos nas minas da Califórnia. Em 1866, entrou para a carreira jornalística, escrevendo para The Golden Era e The Dramatic Chronide, que depois se transformou em San Francisco Chronide.
Em 1872, Mulford obteve a incumbência de ir à Inglaterra fazer propaganda da Califórnia e o fez por meio de conferências, artigos, etc. Em 1873, voltou novamente à América, colaborando, então, no New York Graphic, onde introduziu a seção da “Crônica Diária”. Em 1883, cansado de escrever sobre escândalos, assassinatos, roubos, acidentes e outros acontecimentos deste gênero, que o povo acha indispensável conhecer, Mulford retirou-se para uma pequena casa que construíra campo, a sete milhas de Nova York e aí começou a escrever sua monumental obra Nossas Forças Mentais cuja publicação foi encetada em Boston, no ano de 1884, obtendo êxito cada vez mais crescente. O falecimento de Prentice Mulford se deu em circunstâncias notáveis, pois, na ocasião, não havia ninguém com ele, porém, todos os sinais indicavam que abandonou o corpo durante o sono e sem sofrimento algum.
Achava-se deitado num leito improvisado e tudo o que o rodeava estava perfeitamente em ordem. No seu rosto não havia indicação de sofrimento de qualquer espécie, nem de mínima agitação interior.
“A medida que a humanidade desenvolve sua natureza espiritual – pensa Mulford – cada vez menos terá em si as partes materiais que estão sujeitas à decadência. Por conseguinte, iluminados pelo Divino Espírito, livres das doenças e preocupações que aprenderemos, como tempo, a eliminar de nossa vida, diz ele, poderemos permanecer nesta existência tanto tempo quanto quisermos e a transição a outro plano não será mais o violento e terrível desprendimento que agora chamamos de morte, mas apenas uma mudança delicada e misteriosa, se realmente tiver de haver mudança para os corpos altamente espiritualizados que o pensamento futuro construirá para nós”.
Escreveu Elisa Achard Conner: “Se Prentice Mulford pudesse ter escolhido seu gênero de morte, julgo que teria escolhido a maneira pela qual se foi desta vida. Morreu quando estava só, em sua barca, na baia de Long Island, conduzido ao Infinito no seio do brando verde tranquilo oceano”.