terça-feira, 5 de outubro de 2021

Estela

Estela provém do termo grego stela, que significa "pedra erguida" ou "alçada". A palavra entrou no uso comum da arquitectura e da arqueologia para designar objetos em pedra individuais, ou seja, monolíticos, nos quais eram efetuadas esculturas em relevo ou textos. A sua função essencial era veicular um determinado significado simbólico, fosse este funerário, mágico-religioso, territorial, político ou propagandístico, etc.


Estelas maias

Grande parte da história da civilização maia está sendo resgatada pelos arqueólogos através da decodificação das várias estelas que nos legaram, já que estes costumavam erguer a cada katum (período de 20 anos) uma estela comemorativa, na qual inscreviam os principais eventos do período.

Nos sítios arqueologia existem de Copán 38 das mais belas estelas produzidas pela arte maia; em Tikal são 86, e quase um milhar de similares nesta civilização para documentar cerca de seis séculos (dos anos de 292 a 909).

Normalmente a estela maia tem seção quadrada ou retangular e raramente ultrapassam os três metros, havendo uma em Quirigua, datada do ano de 771, notável pelos seus onze metros e sessenta e cinco toneladas.


Estelas do Baixo Alentejo e Algarve (Portugal)

Foram encontradas estelas na região do Algarve e Baixo Alentejo, com inscrições ainda por decifrar, com uma escrita anterior à fixação dos fenícios na colónia de Abul, nas proximidades de Alcácer do Sal, ou em qualquer outro sítio da Península Ibérica, em data anterior ao século VIII a.C.