terça-feira, 5 de outubro de 2021

Teurgia Goética


Conjuração Teúrgica de Lucifugue Rofocale (o Ministro do “Reino do Inferno”), regente da Esfera de Shabatai (Saturno), juntamente com o Rei Guland e o Daemon Zazel. São entidades não-humanas  pertencentes a Hierarquia Infernal que, segundo a tradição, habitam as Sephiroth Malignas ou Adversas chamadas de Kliphot, os Sephiroth no sentido inverso, no seu aspecto negativo. 

Os espíritos infernais, sejam quais forem, estão subordinados aos três Príncipes da Kaballah de Salomão (Lúcifer, Belzebuth e Astaroth). Todos surgem do ventre escuro de Leviathan, a Serpente Primordial, o Dragão do Caos primordial, Governador do Abismo, o Vazio do Caos em si, o Tudo em Um.

Nos ritos secretos de Teurgia Goética os Três Príncipes servem de avatares ou veículos para um Mestre Oculto, que coordena, planifica todo e qualquer trabalho de Magia Cerimonial e que, junto as virtudes hekatinas da Mãe Negra, dosam e equilibram o excesso de negativo das operações.

Existem 12 espíritos infernais ou ctônicos relacionados aos 12 Signos do Zodíaco, que são considerados Hierarcas pois governam as 360 inteligências ou gênios da Esfera Terrestre. 

Isto está de acordo com a astrologia ocidental onde o círculo do Zodíaco é representado como uma circunferência de 360° (graus) que que abrange toda a esfera celeste. Os 360° (graus) da circunferência estão divididos em doze signos zodiacais (Áries ou Carneiro, Touro, Gêmeos, Câncer ou Caranguejo, Leão, Virgem, Libra ou Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) e cada um é regido por um planeta/astro (Marte, Vênus, Mercúrio, Lua, Sol, Mercúrio, Vênus, Plutão, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, respectivamente).


Segundo a Ciência Kabalística de Lenain: 


“Orfeu, na sua teologia, admitia 360 deuses ou gênios, igual ao número de graus do círculo e do ano, do qual cinco dias são suprimidos e consagrados a cinco divindades: Osíris, Apolo, Ísis, Tiphon e Vénus. Havia 360 urnas, usadas pelos sacerdotes do Egito para fazer as libações em honra de Osíris; daí a origem das 360 divisões do círculo que ornava o túmulo de Osymandias. Os sacerdotes egípcios faziam as libações na cidade de Achante, além do Nilo, junto à Líbia, a 20 estádios de Mênfis; lá havia um tonel, no qual um sacerdote vertia 365 copos de água do Nilo por ano, isto é, um para cada dia.”

Os nomes dos 12 Hierarcas e suas ordens infernais (ou gênios), seus mantras (vibração sonora), yantras (assinaturas) e tattwas (elementos e cor) constituem assunto secreto dentro do Santuário da Gnosis. 

Em nossa tradição oculta os Hierarcas, em sua coletividade,  atuam como canais de manifestação de uma força invisível da Natureza que chamamos de energia Vrill. 

Vrill é o éter-terrestre, uma energia eminentemente telúrica que, segundo estudiosos do tema, pode ser utilizada para curar ou ferir pessoas, levantar objetos (não importa o peso ou tamanho) e por fim promover a elevação da consciência humana rumo a dimensões de níveis superiores. A origem do Vrill é Solar e está diretamente relacionada ao que a Tradição chama de Fohat, a essência da eletricidade cósmica, a Luz Astral ou primordial. A energia Vrill provém então de forças cósmicas do espaço que penetram o subsolo,  e formam o reservatório de energia composto pelas linhas geomânticas, conhecidas na Ásia como “veias do Dragão”.

Os especialistas de Feng Shui sabem que a Terra é um ser vivo que emana uma série de energias telúricas (Vrill). A emanação dessa energia ocorre a partir do centro do planeta, subindo perpendicularmente à superfície terrestre, cruzando a terra como uma rede, e por vezes irrompem a superfície através de vórtices energéticos na paisagem natural. Estes vórtices funcionam como verdadeiros chakras de Gaia (a Mãe terra), e são tidos como portais onde fenômenos paranormais surgem de um outro espaço/tempo para o nosso plano perceptivo. Sejam estes fenômenos considerados OVNIs, fantasmas, poltergeist ou simples histórias de milagres e curas todos parecem se ajustar a uma rede de linhas geomânticas organizadas geometricamente que só pode ser a manifestação de uma energia matriz universal.

Entretanto a energia Vrill também pode ser atraída e desviada para locais onde vórtices artificiais são criados, através de ritos secretos de magia, com a finalidade de capturar/concentrar o Vrill para propósitos religiosos ou ocultistas. Isso pode ser feito desde que se observe certos locais, horas e configurações astrológicas propícios. Na verdade de acordo com velhos ensinamentos ocultistas a vontade consciente e treinada de um mago pode satisfazer as condições ideais para que esses fenômenos se manifestem. 

As linhas telúricas da energia Vrill formam, em seu conjunto, a grade magnética da Terra, cujas energias são muitas vezes representadas por Ordens de Espíritos Retrógrados e Arquidemônios que habitam os Sephirot Inversos ou Árvore da Morte. Essa região é habitada por seres que a tradição denomina luciféricos cuja principal missão é administrar as energias excedentes quando da criação do Universo e reciclá-las dando-lhes nova função. 

De acordo com Blavastkhy são Inteligências Arcaicas (Prithis) que um dia foram responsáveis em atrair a corrente de vida cósmica a materialização física, preparando as condições ideais para que os Egos-Mônadas encarnassem pela primeira vez em corpos densos. Desde que esta função de materialização parece má do ponto de vista evolucionário, que ascende para a espiritualização, estas correntes às vezes são referidas como as Hierarquias Satânicas. 

Este trabalho, oculto e hermético, alinhados com a corrente saturnina da grande Triforme Hekate Soteira (Alma Cósmica do Mundo), se constitui como um dos mais importantes, e que nessa Era de Kali Yuga têm demonstrado excelentes resultados.