Rite Palladium
Foi o Conde Alessandro de Cagliostro (1749-1796) o grande criador do Primitivo Rito da Maçonaria Egípcia de Mitzraim, reunindo neste rito as tradições Greco Alexandrinas existentes em Nápoles e as tradições esotéricas Egípcias aportadas nesta mesma cidade.
Alessandro de Cagliostro foi iniciado nos segredos da Maçonaria pelo misterioso Mestre Altothas no ano de 1776 e pouco depois ajudou na criação dos graus superiores da Ordem dos Illuminati, inclusive a inclusão das mulheres através do Rito de Adoção Androgênica. Oficialmente a Ordem dos Illuminati de Baviera foi criada por seis membros: Weishaupt , Von Knigge, Goethe, Herder, Franklin e Alessandro Cagliostro.
Efetivamente houve uma ligação secreta entre a Ordem dos Illuminati de Weishaupt e a Maçonaria Egípcia de Cagliostro. Entre 1810 e 1813, em Nápoles (Itália), os três irmãos Michel Bédarride, Marc Bédarride e Joseph Bédarride, receberam os poderes supremos da Ordem de Misraim e passaram a desenvolver este Rito na França, tornando-o oficial em Paris no ano de 1814. O Rito Egípcio de Misraim existe ainda hoje e é composto por 96 graus, influenciados pelos 33 graus do escocismo maçônico, pelo misticismo da Ordem Martinista de Saint Martim e pelas tradições hinduístas, egípcias e gnósticas, que encerram os altos graus chamados de "Arcanum Arcanorum".
O líder externo da Ordem dos iluminati, Adam Weishaupt , morreu em 1830 com 82 anos de idade. Então em 1834, Giuseppe Mazzini, líder da Maçonaria Carbonária, assumiu a liderança externa da Ordem dos Illuminati da Baviera até 1872.
Durante a sua presidência na ordem, Giuseppe Mazzini trocou correspondência e transmitiu todos os conhecimentos internos da Ordem dos Illuminati ao Maçom Luciferiano Albert Pike, que era "Soberano Grão Mestre do Rito Escocês Antigo e Aceito”, para a jurisdição Norte Americana (EUA).
Albert Pike foi nomeado por Mazzini como um líder dos Illuminati da Baviera nos Estados Unidos, ficando encarregado dos aspectos teosóficos e esotéricos dos illuminati, enquanto Giuseppe Mazzini se relacionava apenas com as questões políticas.
Quando as atividades políticas revolucionárias de Mazzini caíram em descrédito na Europa , ele buscou apoio de Albert Pike e juntos, estruturaram o Rito Palladium (Palladian Rite), um trabalho laborioso de unificar os ritos e graus de todas as obediências maçônicas do mundo. Logo a Ordem Iluminati teve suas operações proibidas em Baviera, passando a operar clandestinamente dentro da Maçonaria do Rito Palladium.
Foi então que todos os Iluminat migraram e se tornaram iluministas maçônicos, por intermédio da união entre Albert Pike com Giuseppe Mazzini e com a criação do Rito Palladium, no qual Albert Pike tornou-se o Sumo Pontífice da Maçonaria Universal e Mazzini o Chefe Soberano das Ações Políticas da Maçonaria no Mundo.
Foi somente em 1870 que Albert Pike e Giuseppe Mazzini concluíram o desenvolvimento do Rito Palladium para a maçonaria universal (Palladian Rite - 1870), o qual unificava todos os outros ritos e obediências maçônicas, nacionais e internacionais, imperando o esoterismo dos ritos egípcios. A intenção era unificar todos os corpos maçônicos do mundo, que seriam centralizados sob uma única cabeça através do Rito Palladium, o ápice da pirâmide de poder.
O Palladian Rite, como é conhecido, propaga o iluminismo e o neo-gnosticismo, onde a doutrina luciferiana ficou implícita nos graus mais baixos e bem mais explícita nos altos graus.
Foi exatamente em 16 de julho de 1782 na grande convenção da Maçonaria Universal em Wilhelmsbad que a Ordem dos Illuminati foi completamente fundida a Maçonaria do Rito Palladium e a Ordem da Estrita Observância Templária foi suspensa, vencida pelo seu poderoso rival (Palladium Rite) que perpetuava o Iluminismo neo-gnóstico e suas doutrinas luciferianas.
Foi também nesta grande convenção da Maçonaria Universal realizada em Wilhelmsbad que o esquema do Iluminismo Neo-gnóstico foi revelado para todas as ordens maçônicas e fraternidades místicas ali presentes, impelindo a todos os discípulos de Saint Martin e Willermoz, magos estadistas, cientistas oculistas e magistrados de todos os países migrarem para a maçonaria do Palladium Rite.
Quem é realmente Lúcifer
A cabala nos ensina que na origem dos tempos, o homem ou a humanidade (Adam Kadmon) habitava a esfera em nível de Yesod, sendo que esta esfera era iluminada por dois Sóis, o Sol visível Tipheret e o Sol invisível Daath.
Daath era a Sephira mais próxima do Demiurgo IAVEH em Kether, sendo regida pelo arcanjo Samael (Lúcifer).
Daath representa conhecimentos superior, gnose, o Sol do mundo superior.
Tipheret é a sephira mais densa e distante do Demiurgo IAVEH em Kether, sendo ela regida pelo arcanjo Miguel.
Tipheret representa as experiências, o Sol do mundo inferior.
Sendo Daath regida por Lúcifer (Gnose - Conhecimento) e Tifereth regida por Miguel (Karma-Experiências), elas atuam como dois mediadores entre os níveis da vida humana, no entanto, era Lúcifer em Daath quem estava mais próximo ao trono do Demiurgo IAVEH em Kether.
Yesod, a esfera onde habitava a humanidade original primitiva (Adam Kadmon), era o reflexo exato de Kether (o homem foi criado a imagem e semelhança dos Deuses – Gênese 1:26: Façamos o homem a NOSSA imagem e a NOSSA semelhança).
Por esta razão Lúcifer e os anjos da sua Sephira Daath, desejaram auxiliar a humanidade a sair daquele local (Yesod) e daquele estado edênico de escravidão (Ignorância), para que a humanidade pudesse ocupar o seu mais elevado local por direito em Kether através do conhecimento (Gnose) e da Sabedoria (Sophia).
Assim diz as sagradas escrituras: Buscai o CONHECIMENTO da Verdade e esta Verdade vos libertará ( João 8:32).
Lúcifer então se sacrificou pela humanidade e desceu as profundezas do inferno, afundando nas dimensões mais densas, saindo de Daath até Yesod, despertando o homem do seu estado de sono profundo e escravidão, concedendo a ele o conhecimento do bem e do mal, despertando o poder demiurgo de criador, assim como o poder criador de IAVEH. Lúcifer iluminou a alma humana e esta luz luciferiana no homem é o que os hindus chamam Kundalini (energia sexual).
Desta forma, através de Lúcifer caído (ou Christo crucificado), o homem pode alcançar sua libertação através do conhecimento superior (Gnose), algo até então acessível somente aos Deuses que habitavam as esferas superiores.
Porém, o demiurgo IAVEH se sentiu ameaçado com esta rebeldia de Lúcifer, criando um abismo no local onde Lúcifer habitava (Sephira Daath), e ainda expulsou a humanidade para um reino mais distante e inferior, Sephira Malkuth.
Lúcifer ao retornar a Daath, passou a habitar este abismo juntamente com os anjos da esfera Daath e neste abismo construiu a sua árvore do conhecimento, hoje chamada de Qliphots.
Assim, Tipheret tornou-se o único Sol intermediário entre a humanidade, que agora habita Malkuth, e o demiurgo IAVEH, que está no nível da Sephira Kether,.
Daath está agora dentro do abismo (Subconsciente humano) e muito além de Malkuth.
Depois do surgimento deste abismo, neste local o demiurgo IAVEH colocou o olho que tudo vê (olho de Hórus), representando o poder totalitário onisciente, onipotente, onipresente desse deus sobre este reino, em especial sobre a humanidade, que doravante, por castigo, habitará em Malkuth, mundo denso inferior.
Somente poderão retornar a Sephira Yesod aquele que se submeter a esta escravidão imposta por IAVEH, louvando, adorando e seguindo suas leis e decretos.
Foi assim então que os Hebreus (Judeus), foram os primeiros a selarem este acordo de submissão com IAVEH (primeira aliança ou pacto de aliança), passando a viver, doravante, conforme a leis, regras e decretos imposta nesta aliança.
A lei "crescei e multiplicai" foi o primeiro decreto ao homem, o qual desperdiçando sêmen por prazer, luxuria e procriação, desperdiça também a luz luciferiana que habita em si.
OBS: Sabe-se hoje que 90% da substância seminal é formada por fósforo, do latim "Phosphorus" (luz brilhante) e do grego "Phosphoros" (Portador de Luz). O Sêmen solvido e coagulado, é sublimado e sobe pelos canais sutis (Ida e Pingala) até as glândulas "pineal e pituitária" que vibrando, despertam o chacra coronário, concedendo poder de vidência dos mundos sutis ao homem. Eis a iluminação espiritual desperta pela energia sexual kundalini.
No entanto, a cruz deve representar ao iniciado o símbolo do sacrifício feito por Lúcifer, o primeiro, o Christo primogênito, que desceu a mansão dos mortos para trazer luz e poder de independência a humanidade, a qual através de Daath (o subconsciente), será capaz de reintegrar, não mais a Yesod (lar original), mas a Kether (lar dos deuses, dos Orixás, dos Elohins).
Foi após a queda que a Sephira Tiferet permaneceu sendo o único sol central da árvore da vida, enquanto Daath tornou-se naquilo que hoje chamamos de Sol Negro, um portal que liga a humanidade inteira árvore do conhecimento e seus frutos (Qliphots).
Enquanto que através do caminho do Sol visível (Tiphereth) o homem atravessa o abismo até Yesod, retornando ao seu estado infantil original edênico, Daath concede ao homem um objetivo muito mais elevado, o de também se tornar deus e habitar as altas esferas.
Conforme a tradição Kabalistica, Christo Lucifer ama o homem mais que qualquer outro deus, inclusive o seu criador (Demiurgo IAVEH).
Seguindo por Daath, o iniciado esmaga a serpente (elo da corrente que o prende), destrói o velho homem e constrói o novo homem (Saint Martim).
Este caminho por Daath não é mais feito pelas Sephiroth, as quais estão quebradas e no centro possui um grande abismo.
O novo caminho é realizado através das Qliphots, frutos da árvore do Conhecimento.
Enquanto os adeptos de IAVEH buscam comer os frutos da árvore da vida através da fé e sofrimento, para um dia serem ressuscitados num ilusório paraíso no céu, os verdadeiros adeptos da iniciação Luciferiana, assim como os antigos Gnósticos, buscam se tornarem deuses através desta árvore do conhecimento.
Esta Opus Magnum se pauta em utilizar o Elixir da longa Vida, a Pedra Filosofal dos Alquimistas, através de um processo alquímico espiritual conhecido por TANTRA YOGA.
Em todas as antigas tradições que buscavam divinizar o homem e liberta-lo da sua escravidão (Maçonaria, Paganismo, Draconismo, Gnosticismo, etc), a morte sempre foi, é e será o símbolo máximo e inevitável para esta consecução, pois a imortalidade da alma humana é alcançada pelo conhecimento superior (gnose luciferiana) trazido a nós por Lúcifer, o portador da luz.
Enquanto a árvore da vida concede ao homem a eternidade da vida como um escravo, a árvore do conhecimento (Qliphots) concede ao homem libertação e vida eterna como um Deus.
