quarta-feira, 3 de abril de 2019

Caosofia


O Caos é um plano pandimensional que possui uma quantidade infinita de espaço e tempo. Ao contrário do Cosmos que consiste apenas em três dimensões espaciais e uma dimensão temporal.

Em comparação com a dimensão linear de espaço e tempo do Cosmos, o Caos é eterno, e assim, não se limita a uma dimensão temporal.

O Cosmos é causal; limitado à lei de causa e efeito, enquanto o Caos é Acausal (além do causal) e é livre de quaisquer restrições.

O Caos é uma formação constante, uma eternidade ativa e dinâmica.
O Caos foi, e o Caos é, o Caos é tudo e nada ao mesmo tempo.

Desta forma, o Caos é a única verdadeira liberdade e a essência além de todas as formas. Todas as possibilidades existem no Caos infinito e entre estas também houve a possibilidade das origens cósmicas e temporais.

Parte do Caos que cerca o Cosmos é anticósmica, porque sua natureza é pandimensional e sem forma, tornando o Caos exatamente o oposto da forma limitada e causal da estrutura cósmica.

É por isso que o Caos que invade o espaço, destrói, absorve e dissolve o Cosmos e suas estruturas limitadas, o Caos amorfo é o infinito, que é o princípio e o fim de tudo.

O Caos pode ser encontrado em todas as coisas, nas maiores e menores.
O Caos está presente em todos os universos.

Ele existe no nada absoluto, o nada que nenhuma sequer pessoa pode imaginar.
O Caos é ao mesmo tempo dimensional e desprovido de medição.
Ele é Temporal e Atemporal, o espaço e a dimensão de zero.
Ele é o início de tudo, e tudo foi criado a partir do Caos.
Tudo está lá fora, e isso é o Tudo, e ao mesmo tempo o Nada.

O Caos tem sua própria meta e sua própria criação, que por seu potencial ilimitado Cria e Destrói.

O Caos é a dimensão de zero, sem espaço, o nada e o princípio de tudo.

Zero é a dimensão que contém a dimensão de tudo que é manifesto e não-manifesto.
O Caos é o desenvolvimento eterno e a formação sem lei, aquilo que não possui o espaço limitado para conter sua forma ilimitada.

O Caos é sem lei e, portanto, não é obrigado pela causalidade, estabilidade, e o espaço limitado das estruturas cósmicas.

Do ponto de vista Caos-gnóstico, a ilegalidade é a liberdade sem limites fora dos grilhões do Cosmos.

A Evolução é um meio para acelerar todas as coisas retornarem ao Caos, enquanto a estagnação é um meio cósmico para manter tudo em sua forma limitada, adestrada e estruturada.

A Chama Negra é o Fogo Acausal que é a essência “espiritual”, por trás e além das formas causais da consciência humana. É ela a nossa ligação com a essência primordial que é o Caos.
Nosso “Eu” (ego) é formado pelas limitações do Cosmos, enquanto o nosso “Verdadeiro Eu” (Self) é a plenitude de toda a nossa força Acausal que está além da nossa forma humana ou quaisquer restrições. Portanto, o “verdadeiro eu” é identificado como a força sombria e oculta que chamamos de A Chama Negra Interna.

O “Self” é o ponto focal do “Verdadeiro eu”, que se liga (identifica-se como fios de ligações) com o “Verdadeiro Eu” além do Cosmos.

O “Eu” é a nossa mente mundana, enquanto o “Verdadeiro Eu”/Espírito/Chama Interna, existe além dos portões do inconsciente.

Consequentemente, o “Verdadeiro Eu” é uma essência escura e oculta que nos liga ao Caos primordial.

É olhando para o abismo do Self, que podemos encontrar as portas do Caos.
Ao acessar o portal inconsciente para o Self Acausal (Azoth), podemos aumentar a autoconsciência da nossa existência e direcionar o foco do Ego para a chama do Caos interna e criar uma síntese entre o Ego e o Self.

Isto, por sua vez, aumentará a corrente de entrada Acausal no plano causal da consciência (Atazoth), proporcionando a abertura dos olhos do dragão e libertando o Pandimensional “Verdadeiro Eu”. A ponta Inferior (Espiritual) do pentagrama satânico simboliza o “Verdadeiro Eu”, que é limitado e reprimido pelas quatro formações elementares que simbolizam o “Eu” (Ego).

Ao entregar os quatro elementos para a absorção espiritual da Chama Acausal do “Self” é que retornaremos o “Verdadeiro Eu” para o “Verdadeiro Eu” externo, nos libertando e nos tornando um com o Eterno Caos.

O retorno à fonte Acausal pode ser realizado somente através do verdadeiro autoconhecimento (Gnose), o que pode ser conseguido através da real experiência dentro da pandimensional força Acausal.

0 (Zero) é um símbolo do Caos como a dimensão de zeroth, enquanto que 1 (Um) representa a formação e a contrátil força que criou o Cosmos.

Todos os números de um a dez são as diferentes fases do desenvolvimento da causalidade, atingindo o seu ponto mais alto em dez. Dez é a perfeição cósmica.
Este número representa a lei, a ordem, e forma de um círculo vicioso que detém uma parte do Caos primordial dentro de si.

Dez é o ego e a supressão do Acausal “Verdadeiro Eu”.

O número onze, que também é o número do Caos, simboliza o que está além de dez (fora do Cosmos), onze é a ilegalidade, a liberdade e a ausência da forma do fétido círculo fechado.
Onze é a porta de entrada para o abismo, é uma maneira de superar as formas causais.
Portanto, o número onze representa a conclusão, a evolução anticósmica e a introdução da oculta força obscura e Acausal.

O Pentagrama Quebrado com seus onze ângulos e seu Portal das Trevas é o caminho e a porta para a liberdade Acausal que deve ser procurada fora das limitações do Cosmos.

O Dragão é o símbolo mais antigo do Caos.

O Caos pré-cósmico (o Caos Primordial) é representado pelo dragão Tiamat, enquanto o Caos pós-cósmico (O Caos Colérico) é representado pelo Dragão Negro Hubur.

É conhecendo a nós mesmos que trazermos à tona o Dragão Negro/A chama Acausal, e desta forma abrimos os portões para o Caos!

Salve o Caos!

Salve a Caosofia!

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