Tal como o crisol prova o ouro nas chamas da fornalha assim sou eu.
Eu ensinei ao homem a arte da guerra. Em minhas mãos trago a tocha que ascende o fogo da irá eterna
Eu o forjo, tal como o ferreiro forja sua mais perfeita espada.
Eu sou a ira que corrói, eu sou a cólera sagrada!
Nação contra nação, reino contra reino, o dia da ira nas mãos do ceifeiro.
A vingança e o furor da batalha, Em cada peça de estanho, Nos estilhaços da granada.
Olho por olho, dente por dente nas pontas das Baionetas o veneno da serpente.
No projetil voraz que perfura a carne.
Nos olhos frios do assassino, que mata sem piedade.
No palpitar do coração, daquele que prova o amargo do seu próprio sangue, eu sou a coroa da sua gloria, Por mim eles marcham e provam o sabor da vitória.
Eu vos dei armas, eu vos tornei armas!
Com minhas asas negras, sobrevoo as pilhas de corpos mutilados, o sangue derramado nos campos e a carne carbonizada, sobem a mim como a mais preciosa das oferendas aquilo que há de mais sublime e sagrado nesta criação caída.
Os inocentes?
As crianças?
A minha espada é cega assim como é a vingança!
Ò mortal quão glorioso é o calor da batalha, quão sagrados são os corações flamejantes dos guerreiros.
Eu os dei um motivo para lutar, eu os dei um motivo para padecer, lembre-se ò filho do ferreiro, que aquele que fere com o aço, conquista também a gloria de por ele morrer!