sábado, 10 de outubro de 2020

Dia da Ira

 


Esqueletos alados anunciam o grande dia com trombetas e tambores sem som!
Quem os viu?
Quem os ouviu?
"Azerate!"
As rachaduras no cosmos se tornaram portas por onde entram as forças nocivas do outro lado.
O sangue é derramado sobre a terra e o eixo do mundo está abalado.
A espada flamejante de "Aeshma-Diva" incendeia os corações dos homens.
"Alastor!"
"Alastoros!"
Mais uma vez os malditos titãs se levantam do tártaro para combater a tirania cósmica.
Sua fúria é imensa, 
Sua cólera foi contida por Aeons, quem suportará este dia ?
Pelas onze cabeças do diabo.
Pelas onze cabeças do Dragão o Demiurgo será traspassado onze vezes pelos fogos da anti matéria.
Anti vida!
CHASECK!
As portas da escuridão estão abertas, as bestas sem forma andam sobre a terra proclamando o seu Arauto a cabeça da vingança.
BOHU!
As portas do vazio estão abertas e a morte caminha com sua foice sangrenta por sobre a terra.
Peste!
Fome! 
Esterilidade!
TOHU!
Uma cratera aberta abaixo dos pilares do universo.
Caos!
Caos!
Caos!
Ò Gigante flamejante,da cólera sagrada, tua ira cintila como as larvas do interior de um vulcão!
Fumaça e enxofre!
Chove fogo sobre as nações, E um mar de pranto e lamento inunda a face da terra.
Ranger de dentes!
pela mão sedenta da vingança sangue é derramado sobre o solo de onde um clamor ecoa, é o clamor dos mortos que aguardam o dia da ira.
É clamor dos esquecidos e das falanges da morte!
É o clamor daqueles que aguardam a redenção nos mares eternos do nada.
O clamor daqueles que anseiam ser dissolvidos pelo cálice da aberração.
Dia da Ira, aquele dia Em que os séculos dissolver-se-ão em cinza, Quanto terror está prestes a ser!
O som da trombeta conduzirá a todos, mortos ou não.
Diante da espada flamejante,O mundo será julgado!
Senhor da cólera eterna, daí-nos o dom da remissão no eterno vazio sem fim.
"Dies Irae,Dies Illa!"
"Solvet Vitae!"
"Solvet tempus!"
"Solvet Anima mundi! "
"Solvet cosmos in favilla!"
"Vocamos- te Aeshma-Diva!"
Derrama a tua ira na consumação dosAeons.
Derrama o teu furor sobre a cabeça dos homens e dos deuses.
Faz da terra a tua fornalha, faz do universo uma pira funerária. 
"Veni ominipotens Aeshma Diva!"

Texto: " Dia da Ira" Por Frater "Zero" Rivair Oliveira.