terça-feira, 13 de março de 2018

Adolescência: Começo da Magia


O Nascimento de
FRATER PERDURABO.
0○ = 0□ a 4○ = 7□

Tendo obtido sua liberdade, ele foi bastante sensato para não perder tempo em gozá-la. Durante os anos de sua infância e adolescência fora privado de toda a literatura inglesa, com exceção da Bíblia; e assim empregou seus três anos em Cambridge na reparação deste defeito. Estava também se preparando para o Serviço Diplomático, pois o falecido Lord Salisbury e o falecido Lord Ritchie haviam se interessado pela carreira dele, e lhe prometido nomeações. Em outubro de 1897 sua percepção dos males da assim chamada “religião” vigente foi-lhe bruscamente relembrada, e ele experimentou um trance em que percebeu a completa tolice de toda ambição humana. A fama de um embaixador raramente dura mais de um século. A de um poeta é quase tão efêmera. A terra mesma deve algum dia perecer. Ele tinha, portanto, que construir usando algum material mais permanente. Esta percepção o impeliu ao estudo da Alquimia e da Magia. Escreveu ao ator de O Livro da Magia Negra e dos Pactos, um americano pomposo chamado Arthur Waite, notório pelas afetações e obscuridades do seu estilo, e pelo sentimentalismo confuso do seu misticismo. Mr. Waite recomendou ao seu correspondente que lesse um livro chamado A Nuvem sobre o Santuário.
Seu gosto pelo alpinismo se tornara uma poderosa paixão, e ele estava escalando na Cumberlândia quando conheceu Oscar Eckenstein, talvez o maior alpinista de seu tempo, com o qual ele estava destinado a praticar escaladas até 1902 e.v.

No verão, um grupo foi formado para acampar na Geleira Schömbul, ao pé do Dent Blanche, como treino para uma planejada futura expedição ao Himalaia. Durante as semanas na geleira, onde o mau tempo era contínuo, estudou assiduamente a tradução, por S. L. Mathers, de três livros que formam parte da Kabbalah Denudata de von Rosenroth. Em uma de suas descidas a Zermatt, encontrou um farmacêutico ilustre, Julian L. Baker, que estudara Alquimia. Perseguiu esta pista através do vale, e fez Baker prometer que se encontraria com ele em Londres no fim da estação, e o apresentaria a outras pessoas interessadas em ocultismo. Isto ocorreu em setembro; através de Baker, entrou em contato com outro farmacêutico, chamado George Cecil Jones, que o apresentou à Ordem Hermética da Aurora Dourada. Progrediu rapidamente nesta Ordem, e na primavera de 1900 e.v. era o seu chefe na Inglaterra . Os detalhes deste período devem ser estudados em O Templo do Rei Salomão, onde se encontra uma descrição circunstanciada da Ordem. Nesta Ordem conheceu um certo Allan Bennett, Frater Iehi Aour. Jones e Bennett eram ambos verdadeiros Adeptos de alto grau . Bennett veio viver com ele em seu apartamento, e juntos executaram muitas operações de magia cerimonial. Allan Bennett sofria de asma, e transferiu-se para o clima mais clemente do Ceilão no fim de 1899 e.v. Foi ao ingressar nesta Ordem que nosso biografado assumiu o moto de “Perdurabo” – “perdurarei até o fim”.

Em julho de 1900 e.v. foi para o México, e lá dedicou seu tempo inteiramente a uma prática contínua de Magia, no que obteve extraordinário sucesso.

E então Oscar Eckenstein, ao chegar ao México, onde ia praticar escaladas com o biografado, encontrou-o num estado de grande desalento. O rapaz alcançara os resultados mais satisfatórios. Era capaz de se comunicar com as forças divinas, e operações como a invisibilidade e a evocação haviam sido dominadas. No entanto, com tudo isto sentia certo dissabor. O sucesso não lhe dera tudo o que esperara. Expôs a situação a seu companheiro, mais para aclarar sua própria mente do que esperando qualquer auxílio, pois suponha ser Eckenstein totalmente ignorante destes assuntos, aos quais habitualmente tratava com desagrado e desprezo. Imagine-se sua surpresa, então, ao descobrir nesta pessoa pouco promissora um mensageiro da Grande Fraternidade Branca! Seu companheiro lhe disse que abandonasse todo trabalho mágico.

“A Tarefa”, disse Eckeinstein, “necessita do controle da mente. Tua mente divaga demais”.

Isto foi indignamente negado.

“Experimenta”, disse o Mestre.

Um curto experimento foi conclusivo. Era impossível ao rapaz manter sua mente fixa em qualquer objeto único, mesmo durante alguns segundos. A mente, se bem que perfeitamente estável em movimento, era incapaz de descansar; tal como um giroscópio cai quando para de girar. Um curso inteiramente novo de exercícios foi, portanto, encetado. Meia hora de manhã e pela noite foi dedicada às tentativas de controlar a mente pelo simples processo de imaginar um objeto bem familiar, e tentar permanecer concentrado sobre este.

Logo se tornou suficientemente perito nesta prática inicial para passar à concentração em objetos em movimento regular, como um pêndulo, e finalmente à concentração de objetos vivos. Outra série de experimentos lidou com outros sentidos. Ele tentou imaginar e reter o gosto de chocolate ou de quinino, o cheiro de diversos perfumes que lhe eram familiares, o som de sinos, de quedas d’água, etc., e o toque de substâncias como o veludo, a seda, peles, areia e aço.
Na primavera de 1901 e.v. ele partiu do México para San Francisco, daí para Honolulu, Japão, China e Ceilão, sempre continuando seus novos exercícios. Seu Mestre não lhe disse aonde estas práticas o levariam por fim. No Ceilão ele encontrou Frater I.A. (Allan Bennett), com quem foi para Kandy, onde alugou um bangalô chamado Marlborough, com vista para o lago.

I.A. estivera se desenvolvendo em linhas similares sob a orientação de P. Ramanathan, o Solicitador-geral do Ceilão, conhecido dos ocultistas sob o nome de Shri Parananda. I.A. disse ao jovem que, a fim de se concentrar, ele primeiro deveria assegurar que nenhuma interrupção lhe atingisse a mente vinda do corpo, e aconselhou a adoção de Asana, uma posição única do corpo, em que todo movimento externo deve ser suprimido. Além disto, ele deveria praticar Pranayama, ou controle do alento, que tem um efeito análogo, reduzindo ao mínimo possível os movimentos internos do corpo.

Durante os meses de estadia em Kandy ele praticou tudo isto. Obteve sucesso em Asana: a dor intensa nas práticas foi conquistada, e mudada em um senso de conforto e bem-estar físico indescritíveis.

Em Pranayama, ele passou pelo primeiro estágio, que é caracterizado por uma profusa transpiração de um tipo peculiar; pelo segundo, que é acompanhado de rigidez corporal; e pelo terceiro, em que o corpo inconscientemente saltita pelo chão, sem de forma alguma perturbar o Asana.

Entre fins de agosto e meados de setembro, tornou suas práticas contínuas dia e noite, a fim de produzir na mente ritmo semelhante àquele que Pranayama produz no corpo. Adotou um Mantra, ou sentença sagrada, o qual por constante repetição se tornou automático em seu cérebro, de maneira que perdurava durante o sono, e ele já acordava repetindo mentalmente as palavras. O próprio sono também foi dividido em curtos períodos de um sono muito leve, de tipo peculiar, em que a consciência quase não é perdida, se bem que o corpo obtém perfeito descanso. Estas práticas continuaram assim até outubro, e no princípio deste mês atingiu o estado de Dhyana, uma tremenda experiência espiritual, em que o sujeito e o objeto da meditação se unem com extrema violência, brilho ofuscante, e música tal que a harmonia terrena não oferece qualquer paralelo.

Isto, porém, causou uma satisfação tão intensa com seu progresso que ele parou de trabalhar. Ele então visitou Anuradhapura e outras das cidades soterradas do Ceilão. Em novembro ele viajou para a Índia, e em janeiro visitou I.A. em Akyab, Burma, onde o Adepto estava vivendo em um mosteiro, com a intenção de se preparar para assumir o Robe Amarelo do Sangha Budista. O verão de 1902 e.v. inteiro foi dedicado à planejada expedição a Chogo-Ri no Himalaia. Durante esta expedição ele não executou quase nenhum trabalho oculto.

Novembro de 1902 e.v. encontrou-o em Paris, onde ele permaneceu quase constantemente até a primavera de 1903 e.v., quando regressou a sua casa na Escócia.

Devemos agora retroceder no passado, para tomarmos um fio que ocorrera através de todo o seu trabalho; um fio tão importante que exige um capítulo à parte: ‒No outono de 1898 e.v. George Cecil Jones chamara a atenção de Frater Perdurabo para um livro intitulado O Livro da Magia Sagrada de Abramelin o Mago. A essência deste livro resume-se no que se segue:

O aspirante deve possuir uma casa livre de espionagem ou interferência. Nesta deve haver um oratório, com uma janela para o Oriente e uma porta ao Norte abrindo para um terraço, do outro lado do qual deve haver um quiosque ou cabana. O aspirante deve possuir um Robe, uma Coroa, uma Baqueta, um Altar, Incenso, Óleo de Unção, e uma Lâmina de Prata. O terraço e o quiosque ou cabana devem ter pavimento coberto de areia fina. O aspirante gradualmente se retira do contato humano, para se dedicar mais e mais à oração durante o espaço de quatro meses. Deve então passar os dois meses seguintes em oração quase contínua, falando o mínimo possível com quem quer que seja. Ao fim deste período, invoca um ente descrito como o Sagrado Anjo Guardião, que lhe aparece (ou a uma criança que ele emprega), e que escreve em orvalho sobre a Lâmina, que é colocada sobre o Altar.

O Oratório se enche de um Divino Perfume sem intervenção por parte do aspirante.

Após um período de comunhão com o Anjo, o aspirante evoca os Quatro Grandes Príncipes do Mundo Demoníaco, e os força a jurarem obediência.

No dia seguinte ele chama e subjuga os Oito Sub-Príncipes; e no dia após, os muitos Espíritos que servem a estes Sub-Príncipes. Estes Dæmons inferiores, dos quais quatro agem como espíritos familiares, então operam uma coleção de talismãs para diversos propósitos. Tal é um breve relato da Operação descrita no livro.

Esta Operação atraiu fortemente o nosso estudante. Imediatamente começou a procurar uma casa apropriada, e arranjar todo o necessário para a operação. Tudo estava preparado para começar no princípio da Páscoa de 1900 e.v. (deve ser mencionado que só o trabalho preliminar é tão vasto que uma longa história poderia ser escrita quanto aos acontecimentos desses 18 meses de preparação). A Operação mesma nunca foi encetada. Duas semanas, mais ou menos, antes da data estabelecida para seu início, ele recebeu um urgente apelo de seu Mestre para que o salvasse, e à Ordem, da destruição. Nosso biografado abandonou seus prospectos de avanço pessoal sem hesitação, e foi às pressas para Paris.

Que o Mestre provou não ser Mestre, e a Ordem nenhuma Ordem, mas a encarnação da Desordem, não influenciou o bom Carma gerado por esta renúncia a um projeto ao qual ele aspirara por tanto tempo.

No México, permaneceu em vigília durante várias noites no Templo da Ordem da Lâmpada da Luz Invisível, uma Ordem cujo Alto Sacerdote está jurado a manter uma Lâmpada Secreta e Eterna sempre acesa. Neste sacrário recebeu um prenúncio da Visão do Sagrado Anjo Guardião, e daquela dos Quatro Grandes Príncipes; ali, também, ele renovou o Juramento da Operação.

(A sua carreira mágica inteira é melhor interpretada como a execução desta Operação. Não devemos supor que a Iniciação seja formal, seguindo as “unidades” do drama grego, como a iniciação maçônica, por exemplo. A vida inteira do Iniciando está envolvida no processo, que impregna a personalidade inteira; o título oficial da consecução é apenas um sinal daquilo que ocorreu.)

Ao retornar à Escócia em 1903 e.v. ele encontrou em sua casa ampla evidência da presença das forças da Operação; mas agora, tendo concebido a Obra de uma maneira mais sutil, e decidido a executá-la no Templo de seu próprio corpo, tendo encarado a Magia, em suma, mais ou menos como ela é encarada nas Partes II e III deste Livro Quatro, ele estava habilitado a descartar as condições materiais externas desta Operação.

Nós devemos agora passar por alto em alguns anos, e tratar do acabamento da Operação, se bem que isto é, num senso, irrelevante ao propósito deste Livro.

Durante o inverno de 1905-6 ele estava viajando através da China. Chegara à fase de conquista da mente, e a sua própria desmoronara. Viu que a mente humana é por natureza evanescente, porque sua natureza não é unidade, e sim dualidade. A verdade é relativa. Todas as coisas terminam em mistério. Em tais frases os filósofos do passado formularam esta proposição, anunciando a bancarrota intelectual que ele, com maior franqueza, descreve como insanidade.

Passando por isto, tornou-se ele como uma criancinha, e alcançando a Unidade além da mente descobriu o propósito de sua vida formulado nestas palavras: A Obtenção do Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião.

Percebeu-se então, tendo destruído todo outro Carma, perfeitamente livre para encetar este trabalho único. Realizou, pois, os seis meses de Invocação prescritos no Livro da Magia Sagrada, e foi recompensado em outubro de 1906 e.v. por um completo sucesso.

Ele passou a seguir à evocação e conquista dos Quatro Grandes Príncipes e dos Inferiores destes, um trabalho cujos resultados devem ser estudados à luz de sua carreira subsequente.

Terminamos agora de dizer todo o necessário sobre ele, pois o relato de algumas de suas Consecuções seguintes é dado por completo em Liber CDXVIII, “A Visão e a Voz”. Também no Equinox, Vol. I, no 10, “O Templo do Rei Salomão”, onde os resultados inesperados da Comunhão do Sagrado Anjo Guardião estão descritos por uma simbologia que mal poderá ser compreendida sem referência aos acontecimentos do ano de 1904 e.v., que são agora completamente pertinentes a este Ensaio.

Os Resultados da Recessão

O mais sábio dos papas, ao lhe serem mostrados alguns milagres, recusou-se a se impressionar, dizendo não crer neles, por haver visto demasiados. O resultado das práticas de Meditação e seus efeitos, e, a seguir, daqueles da Magia, deu ao nosso estudante uma concepção puramente mental do Universo. Tudo era um fenômeno na mente. Ele não percebera ainda que esta concepção é autodestrutiva; mas ela o tornou cético, e indiferente a qualquer acontecimento. Você não pode se impressionar de verdade com qualquer coisa que saiba não ser mais que seus próprios pensamentos. Qualquer ocorrência pode ser interpretada como um pensamento, ou como uma relação entre dois pensamentos. Na prática, isto leva a uma profunda indiferença, pois os milagres já se tornaram rotina. Mas qual não seria o espanto do padre que, colocando a hóstia sobre a língua, sentisse sua boca cheia de carne sangrenta! Neste momento em que escrevemos, é-nos evidente o propósito para o qual nosso estudante fora conduzido a este estado de alma. Não era ao Magista, nem ao Místico: era a um Membro Militante da Associação da Imprensa Racionalista que a grande revelação seria feita. Era necessário provar-lhe que há na realidade um Santuário, que existe realmente um Corpo de Adeptos. Não importa se estes Adeptos estão encarnados ou desencarnados, se são humanos ou divinos. Importa é que haja Seres conscientes, possuidores dos mais profundos segredos da Natureza, dedicados a elevar a humanidade; cheios de Verdade, Sabedoria e Compreensão. É inútil provar a existência de indivíduos cujo conhecimento e poder, se bem que incompletos (pois a natureza de Conhecimento e Poder é tal que eles nunca podem ser completos – mesmo a ideia de Conhecimento e Poder, em si, inclui imperfeições), são no entanto enormemente mais desenvolvidos do que tudo que o resto da humanidade conhece.

Era a respeito de tal corpo de Adeptos que nosso estudante lera em “A Nuvem Sobre o Santuário”; a admissão a esse corpo fora a esperança que lhe guiara a vida. Sua consecução prévia enfraquecera, em vez de fortalecer, sua crença na existência de tal organização. Não havia ainda ponderado os eventos de sua vida, não adivinhara ainda a serena direção e o firme propósito velados sob o curso aparentemente errático daqueles eventos. Poderia ter sido por acaso que, quando quer que alguma dificuldade se lhe confrontara, a pessoa exata instantaneamente aparecera para resolver o problema, quer nos vales da Suíça, nas montanhas do México, ou nos jangais do Oriente.

Neste período de sua vida, teria rejeitado a ideia como fantástica. Tinha ainda que aprender que a história de Balaão e seu asno profético pode ser literalmente verdadeira. Pois a grande Mensagem que lhe veio, veio não através da boca de alguma pessoa com quaisquer pretensões a conhecimento, quer oculto, quer de qualquer outro tipo: mas através da cabeça oca de uma fútil mulher da sociedade.

Notas
O nome místico de um Adepto deste grau não é divulgado sem motivo especial para isto.
Veja Equinox, “O Templo de Salomão, o Rei”, para um relato razoavelmente circunstanciado destes vários assuntos. O “Mestre” era o falecido S.L. Mathers.
Um relato parcial destes assuntos pode ser encontrado no Equinox, vol. I, no 7, e no seu próprio poema “Aha!”
N.T.: Eckenstein, que já faleceu, fora encarregado de equilibrar o treino de Crowley por atividades físicas, evitando nestas ocasiões que o jovem iniciado se preocupasse com assuntos de ocultismo. Eckenstein só se revelou a Crowley quando este chegou ao estágio em que uma intervenção direta era necessária.
Veja a Parte I deste Livro 4 para uma descrição desta prática, e uma explicação da dificuldade da tarefa, mesmo no caso de uma pessoa cujos poderes de atenção concentrada, no senso ordinário da frase, estão muito desenvolvidos.
Este é o autor de comentários sobre os Evangelhos de Mateus e João, que explica como contendo muitos dos aforismos de Yoga.
Veja Parte I deste Livro 4. Equinox vol. I, no 4 contém alguns dos relatórios de Frater Perdurabo quanto a estas práticas.
N.T.: Isto é um dos possíveis efeitos da prática intensiva.
Veja Parte I deste Livro 4, e Equinox vol. I, no 4.
N.T.: Este é o grande perigo dos trances iniciais, quer de Magia ou de Misticismo. A alegria do estudante é tanta que ele perde controle da energia acumulada, a qual se descarrega numa espécie de “curto-circuito”, após o que a consciência dele retorna ao normal, em vez de fortificar sua posição no plano mais elevado cuja “abertura”, por assim dizer, foi o Dhyana. Veja AL, II, 69-72 para os remédios contra isso.
Um relato da expedição é dado em Six mois dans l’Himalaya, pelo Dr. Jacot-Guillarmod. A versão do nosso biografado pode ser encontrada em O Espírito da Solidão (As Confissões de Aleister Crowley), vol. II.
N.T.: Os leitores observarão que nosso jovem se movimentava com a facilidade de um homem de posses. Ele herdara uma razoável fortuna de seu pai, a qual mais tarde ele despendeu totalmente em publicações da Lei de Thelema.
Este gosmento empresário, apresentado uma Ísis asmática na Ópera “Bull-Frogs”, insinuara em seu prefácio que conhecia certos santuários ocultos onde a Verdade e a Sabedoria eram ciosamente guardadas por um corpo de Iniciados, para serem concedidas apenas ao postulante que se provasse digno de partilhar dos privilégios destes.
N.T.: Nomeado pelo então chefe internacional, S.L. Mathers; mas violentamente oposto pelos outros membros, invejosos de sua promoção rápida, e rebelados contra Mathers. Veja Liber LXI, “A Lição de História”, pág. 7-22.
N.T.: O Motto de Jones como Adeptus Exemptus foi D.D.S.
Veja-se Equinox I, No 3, para um relato resumido desse período. Podemos mencionar de passagem que ele invocou certos Deuses, Deusas e Espíritos a aparição visível, aprendeu como curar doenças físicas e morais, como se tornar invisível, como obter comunicações de fontes espirituais, como controlar outras mentes, etc.