sábado, 3 de março de 2018

Pitágoras, o Mago dos Números


O Mundo da Intuição é o Mundo da Matemática. O Gnóstico que queira se elevar ao Mundo da Intuição deve ser Matemático ou pelo menos ter noções de Aritmética.

Pitágoras nasce no ano 580 A.C., na Grécia, na Ilha de Samos. Ainda muito jovem é atraído pela Religião Olímpica, em especial pelo culto a Apolo. Mas nem Homero com suas sagas nem os rituais da sua religião acalmam sua sede de conhecimentos.

Buscando a Sabedoria, interna-se na Ásia Menor visitando a Ferécides, um dos 7 Sábios da antiguidade, de quem recebe grandes conhecimentos. Conhece Orfeu e através dos ritos iniciais de Deméter e Dionísio vislumbra uma nova dimensão, que o conduz ao Divino com grande intensidade.

Continua sua busca pela Babilônia, onde conhece a Astronomia, na Pérsia conhece a Doutrina de Ahura Mazda, no País ensolarado de Kem (Egito), com os sacerdotes de Sais e de Heliópolis, assimila conhecimentos Esotéricos e Matemáticos e ao mesmo tempo se aprofunda bastante na Geometria, aumentando assim seu conhecimento e entendimento sobre a estrutura do Divinal, e na Índia estuda a Doutrina da Transmigração das Almas, a qual ele chamou: Metempsicose.

Fala sobre o Karma e declara de forma coerente a imortalidade da Alma: "O Homem leva em seu interior uma parte da Energia Primordial e Divina que sobrevive à morte do corpo no Mundo Astral, para que de acordo com o comportamento ético da sua vida anterior volte a reencarnar-se em outro corpo e viver outra existência, e assim sucessivamente até o retorno final ao Divino". Este pensamento revoluciona ao Paganismo e influi ao Cristianismo Primitivo.

A Psiche (psique), segundo Pitágoras "é o intermediário entre dois mundos: entre o Material e o Espiritual. A Energia Vital que se aloja e habita na matéria".

Defende a existência de Elementais e Gênios, de Divindades intermediárias como os Deuses Olímpicos, assim como uma Divindade Superior como princípio e fim de todas as coisas...

Esta concepção filosófica da Natureza e da Divindade, do homem e do Cosmos, era apresentada sempre desde o ponto de vista da Matemática, porque para Pitágoras tudo era explicável com uma equação.

Para Pitágoras, os números são princípios absolutos na Aritmética, princípios aplicados na Música, magnitudes em estado de repouso na Geometria, magnitudes em movimento na Astronomia, servindo simultaneamente como medidas que determinam a natureza das coisas e expoentes que as dão a conhecer. dizia Pitágoras; "No princípio era o Verbo", disse João, o vidente de Patmos.

A Doutrina da Música Geométrica tem como fundamento o postulado anterior e explica a geração dos intervalos e os nodos por meio da relação de distâncias harmônicas que existem entre as notas musicais e os planetas do Sistema Solar correspondendo o Do-Re à distância da Terra à Lua, Re-Mi, Lua-Vênus e assim sucessivamente. Sendo assim, o Sistema Solar (e em general todo o Universo) é um grande pentagrama musical, onde cada planeta emite sua nota particular com uma grande gama de sons. Isto é o que chamou Pitágoras, e que servia também como um processo iniciático dentro das Escolas Pitagóricas: "A Música das Esferas".

Enfim, os Ensinamentos de Pitágoras tiveram uma grande difusão e, ainda em nossos dias, seguem sendo básicos, ainda que muitos não tenham sido capazes de compreender esta Filosofia Pitagórica.

Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...