sábado, 20 de maio de 2017

Dhyana

Dhyāna é um termo Sânscrito que se refere a um dos tipos ou aspectos da contemplação (meditação). É conceito chave no Hinduísmo e Budismo. Equivale aos termos jhāna, em Pāli; "chán", em Chinês, "seon", em Coreano, e "zen", em Japonês.

Dhyāna no Budismo

No Cânone Pali, o Buddha descreve os oito progressivos 'estados de absorção', ou 'Jhana'. Os quatro primeiros estão conectados ao mundo físico, e os últimos quatro, apenas ao mundo mental (q.q.d. não há nenhuma experiência corporal nos quatro maiores Jhanas). Deve-se notar que estes estados não são a meta final ensinada pelo Buddha, desde que todos ainda estão dentro do campo da mente e da matéria. A meta final Nibbana (Sânscrito: Nirvana) é um experiência além da mente e da matéria.

Na Ásia Ocidental, várias escolas de Budismo achavam que o foco era no dhyana, sob nomes Chan, Zen, e Seon. De acordo com a tradição, Bodhidharma levou o Dhyana para o templo Shaolin na China, onde surgiu a transliteração "chan" ("seon" na Corea, e então "zen" no Japão).

Jhanas são descritos pelos fatores mentais que a apresentam no estado:

1. Inicial Vitakka
2. Sustentada Vicara
3. Êxtase Piti
4. Felicidade Sukkha
5. Um-ponto Ekaggata

Quando o praticante atinge a primeira vez o Jhana, ele pode meditar sem ser perturbado por qualquer pensamento ou desejo, mas os pensamentos ainda estão aqui.

Segundo Jhana: Piti, Sukkha, Ekaggata
Todos os processos mentais cessam. Existe apenas êxtase, felicidade, e objeto.

Terceiro Jhana: Sukkha, Ekaggata
O êxtase desaparece.

Quarto Jhana: Upekkha, Ekaggata
Mesmo a felicidade desaparece, levando a um estado nem de prazer, nem de sofrimento. Buddha descreve os Jhanas como "os passos de tathagata".
Tradicionalmente, este quarto Jhana é visto como o começo da aquisição de poderes psiônicos.

Estes quatro são rupajhana, jhanas material, os quatro adicionais, chamdos de arupajhana consistem em dois fatores Upekkha e Ekaggata.

Arupajhanas são jhanas não materiais e são descritos por propósito mental:

Quinto Jhana: espaço infinito
Sexto Jhana: consciência infinita
Setimo Jhana: nada
Oitavo Jhana: nem a percepção nem a não-percepção
Jhanas são apresentados como partes da prática de Samatha, como se opondo a Vipassana. Mas Vipassana jhanas também é mencionada. Quando o despertamento ergue-se e ultrapassa as sensações físicas e se mantém durante os quatro primeiros Jhanas eles são chamados Vipassana Jhanas.

Dhyāna no Hinduísmo

De Acordo com o Yoga Sutra, dhyana é uma das oito práticas do Yoga. (Os outros sete são Yama, Niyama, Asana, Pranayama, Pratyahara, Dharana, e Samadhi).

No Ashtanga Yoga de Patanjali, o estágio de meditação que precede o dhyāna é chamado de dharana. No Dhyana, o praticante é consciente do ato de contemplação e do objeto de meditação. Dhyana é diferente de Dharana no fato de que o praticante torna-se o objeto da sua contemplação e é capaz de manter este estado por 144 inspirações e expirações.

O Dhyana no Yoga é especificamente descrito por Sri Krishna no capítulo 6 do famoso Bhagavad Gita, em que explica os diferentes tipos de Yoga ao seu discípulo, Arjuna.