domingo, 14 de agosto de 2016

Carpocraciano



Carpocraciano es el nombre dado a los seguidores de un movimiento gnóstico del siglo II que profesaban la doctrina de Carpócrates de Alejandría.

Reyes, hijo de Carpócrates y su esposa Marcelina organizó la secta en Roma bajo el pontificado del papa Aniceto.

Rechazó el Antiguo Testamento, y afirmó que José es el padre carnal de Jesús. Defendió la preexistencia de las almas para explicar las imperfecciones del hombre y decir que nuestro objetivo último es unir a la Divinidad.

Ireneo de Lyon acusó de practicar la magia y la reprendió severamente. Son considerados herejes por la Iglesia cristiana.

Carpócrates de Alexandría fue el fundador de una secta gnóstica temprana, de la primera mitad del siglo II.

Como de muchas sectas gnósticas, sabemos de los Carpocracianos por las escrituras de los padres de la iglesia y de Carpócrates principalmente por Ireneo de Lyon y por Clemente de Alejandría, pues estos escritores se opusieron fuertemente a la doctrina gnóstica y hay una considerable negativa a usar estas fuentes. Sin embargo, mientras que las diferentes referencias a los Carpocracianos varían en algunos detalles, hay unanimidad en cuanto a designar libertinaje a la secta.

Filósofo y teólogo del siglo II, uno de los alejandrinos, sus opiniones son una mezcla de cristianismo y platonismo. Carpócrates sostenía que el mundo era una creación de ángeles caídos privados de su pureza originaria. Por ello, esta creación era mala, y sólo podía el hombre liberarse de ella profesando la gnosis o ciencia de lo divino.

Biografia Carpócrates

Carpocrates, natural de Alejandría, y su hijo Epifanes, son los principales representantes de este gnosticismo, que llamo semipagano, porque se trata de un sistema compuesto, casi en totalidad, de doctrinas pitagóricas y platónicas. Puede decirse que todo el cristianismo del sistema carpocraciano se reducía a considerar a Cristo como un hombre extraordinario en ciencia y comunicación con Dios; como un maestro que enseñó la vanidad de la idolatría; como un alma unida íntimamente a la Mónada o Dios supremo, del cual recibió iluminaciones especiales y el poder de hacer milagros. Solían también aducir o alegar algunos textos del Evangelio en comprobación de sus afirmaciones, siquiera fueran absurdas, como cuando pretendían probar la metempsícosis, alegando el texto o capítulo V del Evangelio de San Marcos.

Aparte de estos débiles vestigios de cristianismo, la doctrina de Carpocrates no es más que la doctrina de Platón, amalgamada y combinada en algunos puntos con las tradiciones de Pitágoras. Dios, ser primordial, eterno e increado, es unidad absoluta, es la Mónada de la cual nacen por emanaciones graduales y descendentes multitud de seres. Las primeras y más nobles emanaciones constituyen y representan los seres de que se compone el mundo superior, el mundo de los espíritus, el mundo inteligible: el mundo terrestre, que sirve de morada a los hombres, es una manifestación remota e imperfecta de la Mónada divina; debe su origen inmediato a los espíritus o seres inferiores del mundo inteligible.

El alma racional pertenece al mundo superior, y existió antes de su unión con el cuerpo, en el cual se halla como prisionera y desterrada; pero conserva las aspiraciones propias de su naturaleza espiritual y divina. En virtud de este principio divino y sobremundano que en ellos anida, algunos hombres elevándose sobre las leyes ordinarias de la naturaleza y sobre las pasiones de la humanidad, y excitando y vigorizando la [475] reminiscencia de la felicidad que gozaban en su vida superior y anterior, llegan a la unión gnóstica, a la unión íntima e intuitiva con el Ser divino, con la Mónada primordial. Cuando el hombre llega a esta unión absorbente e íntima con la Divinidad, en la cual consisten la felicidad suprema y la gnosis perfecta, desaparecen para él la diferencia de cultos y religiones, la distinción entre lo justo e injusto, entre el vicio y la virtud. Todo es indiferente y lícito al gnóstico que ha llegado a este estado (molinosismo, iluminados); ni las pasiones ni el pecado pueden tener parte de él, ni mancharle.

Las almas humanas están sujetas a la transmigración, mientras que no adquieren la gnosis perfecta por medio de la absorción y de la unión íntima con Dios. San Ireneo afirma que Carpocrates enseñaba que, para librarse de la transmigración, era preciso entregarse a todo género de acciones malas y experimentar todos lo placeres. En todo caso, es cierto que la indiferencia gnóstica de los carpocracianos conduce lógicamente a la abolición de toda ley moral y a la práctica de las orgías horribles que la historia atribuye a estos sectarios. Dícese que en las juntas daban culto, o, mejor dicho, reverenciaban las efigies de Pitágoras, de Platón y de Jesús, lo cual se halla ciertamente en armonía con su doctrina cristológica.

En los escritores antiguos encontramos frecuentes testimonios de la influencia que en el gnosticismo ejercieron las ideas pitagóricas. Del arriba citado Valentín, el más notable acaso de los gnósticos, escribe Filostorgio que tenía más de pitagórico que de cristiano: Pythagoricus magis quam christianus.

O Elixir da Vida

Por Elizabeth Anderton Fox – Ex-Magister Templi

Desde os primórdios a humanidade tem procurado meios de prolongar a vida ou de restaurar a saúde e a juventude. Essa busca era por um Elixir da Vida que teria o poder de restaurar a juventude e preservar a vida no mundo material.

Como um corpo vivendo em um veículo físico em um Universo material, o homem está sujeito às mesmas viscitudes de qualquer outra forma de vida. Sempre rodeada pela possibilidade de injúria e doença, sua existência nunca é garantida e é constantemente sujeita à possibilidade de extermínio.

Mas a estabilidade aparente da vida é tal que apenas quando começamos a experienciar um esgotamento de nossa própria vitalidade ou saúde é que começamos a nos ver (e às nossas vidas) como sendo impermanentes e transitórios.

Vivendo em um undo onde esperamos que as ciências médicas tenham a cura para todos os nossos males e onde tantas doenças foram vencidas e banidas, o problema de nossa mortalidade aparenta estar bem mais distante de nós do que de nossos antepassados. No passado, o homem-médico da tribo ou vila, a mulher-sábia, o xamã, sacerdote ou curandeiro eram os únicos que eram procurados para lidar com injúrias ou enfermidades. Hoje, esperamos que a ciência dê as respostas para nossas doenças – sera que nós, também, procuramos o elixir da vida?

A história dessa busca ou a Arte Sagrada que ficou conhecida como Alquimia, remonta à China antiga do terceiro século antes da era comum. Era conhecida na Índia, Japão e sudeste da Ásia.

O início da antiga Arte da Alquimia como praticada no Ocidente, remonta às civilizações do Egito e da Grécia. No final da Idade Média a Arte foi trazida ao Sudoeste da Espanha pelos Árabes, que aprenderam dos Gregos que, por sua vez, haviam aprendido das tradições Egípcias de Thoth, que os gregos conheciam como Hermes Trismegistus.

Alguns dos nomes mais ilustres dos períodos Medieval e Renascentistas eram praticantes e escritores do assunto, dentre eles Albertus Magnus, Roger Banco, Tomás de Aquino, Nicholas e Perenelle Flamel, Trithemius, Cornelius Agrippa e John Dee.

Os Alquimistas acreditavam na possibilidade de transmutação de metal em ouro. Eles também acreditavam na existência de um Elixir da Vida. Na busca da Arte eles acreditavam que iriam encontrar prosperidade e imortalidade virtuais. Eles acreditavam que se pudessem encontrar a Pedra Filosofal poderiam fazer tanto o ouro como o Elixir da Vida.

Ainda não há nenhum registro e evidência confirmadas de que alguém já obteve sucesso. De fato, é dito que Trithemius ditou uma receita que garantiria imortalidade em seu leito de morte – o que não é uma boa recomendação para seu sucesso!

A questão que surge é se uma juventude perpétua ou vida eterna seria realmente uma benção. Não seria mais uma questão da qualidade da vida que vivemos do que de sua durabilidade? Para achar a vida uma experiência desejada nós precisamos também de boa saúde de corpo e mente. Precisamos de uma sensibilização do valor da juventude enquanto ainda podemos aproveitá-la  e precisamos de uma sensibilização do valor da saúde enquanto ainda somos capazes de preservar nosso bem-estar.

É, então, uma questão de nos educarmos para um entendimento das coisas que nos leva a preservar nossas mentes e corpos na melhor condição possível pelo maior tempo possível. Esse processo deve começar com o respeito ao corpo e suas necessidades, para que não adotemos hábitos ou modos de vida que diminuam sua eficiência. Nós precisamos ouvir o que nosso corpo está nos dizendo e agir de acordo. É um prazer habitar um corpo saudável. Um corpo que esteja constantemente forçando a atenção de seu dono para dor ou doenças está frequentemente protestando pelo tratamento que está recebendo.

Do mesmo modo, nossa mente também requer uma afiada atenção. Nós somos o que pensamos; em outras palavra, nosso corpo sente o que nossa mente espera. Então como atingimos a saúde mental? Nós precisamos reconhecer que nós somos os governantes de nosso próprio reino interior, é apenas com nossa permissão que pensamentos negativos e infelizes podem tomar residencia em nossas mentes. Somos nós mesmos que permitimos que raiva, medo ou desânimo sejam as energias que conduzam nossas ações.

Nós podemos direcionar nossos próprios pensamentos e ações, nós temos o poder do livre-arbítrio para direcionar nossas vidas. Aprender a fazê-lo não é fácil. Temos que superar nossos antigos hábitos e limpar nossas idéias dos sótãos de nossas mentes. Leva desejo e determinação e frequentemente uma vida de esforços para atingir o objetivo. Contudo, o processo trará muita felicidade e vitalidade para nossas vidas. Transformaremos nossa saúde e nossas circunstâncias vitais. A vida será uma aventura pelos bons e maus momentos.

E não iremos descobrir que estamos experienciando um tipo especial de alquimia pelo caminho? – iremos, talvez, perceber que descobrimos o Elixir da Vida da Alma que concede não a juventude e prolongamento da vida física de um corpo particular, mas o crescimento e expansão daquilo dentro de nós que já bebeu do Elixir da Imortalidade.

O caminho além da costa - Uma alegoria

Por Benjamin T. Quaye - Marechal - Priorado de Gana

Nosso caminho começa à noite, de nenhum lugar e de todo lugar ao mesmo tempo, levando-nos através do Jardim de Rosas. A doce fragrância das rosas nos convida a nos apressarmos em direção ao nosso objetivo. Ao fazer isso, logo percebemos que nossos pés descalços foram perfurados pelos afiados espinhos que caíram das plantas. Paramos para remover os espinhos, aprendendo assim, nossa primeira lição - não apressadamente o caminho que leva à Luz deverá ser percorrido. Mas estamos agora no meio do Jardim e não seria sábio voltar agora, com medo do desconhecido que descansa a frente, retornando à sombria escuridão de onde viemos. Lágrimas agora enchem nossos olhos, nossos pés sangrando das feridas dos espinhos, e nossos corpos sofrendo por excesso de esforço. O pensamento que devmeos ter para superar as mesmas ou até maiores dificuldades se voltarmos, faz com que lamentemos em silêncio. Apesar de tudo, a doce voz da Consciência urge por nós – para que nos movamos em direção a nosso objetivo. Decidimos então percorrer a celeridade vagarosamente.

Não antes de termos dado alguns passos dessa maneira, percebemos que o toque suave e aveludado das pétadas que caíram das rosas tranquilizam nossos sangrentos pés. Inspirados por esse sentimento de relativo conforto, continuamos e breve nos esquecemos de nossos infortúnios passados. Alegrando-se, começamos a cantar enquanto caminhamos por nosso jornada – jornada que leva a Luz. É agora crepúsculo e vemos claramento nosso caminho. Breve virá o alvorecer, e poderemos testemuhar a o nascer da Grande Luz. Nos movemos agora com Confiança, tendo sidos roubados de todo o medo. Nossos ouvidos estão agora sendo acordados, pois agora podemos ouvir o que parece ser música – sim! É música, e se torna mais e mais alta durante o caminho. Essa é a Música das Esferas, como contada pelos Antigos Sábios. A essa música celestial junta-se a fragrância intensificada das flores e o ar tranquilizador da brisa matinal. Combinado com a beleza do crepúsculo e o toque aveludado do carpete de folhas e pétalas de rosas, há uma rara harmonia de paz terrena e benção divina que aproximam nossos sonhos do Céu. Como que enfeitiçados, caminhamos inconscientemente e breve saímos do caminho do Jardim de Rosas para Além da Costa.

Nossa presença é anunciada pelo som de trompetes e grande alegria, o que nos faz olhar em temor e vergonha, enquanto nossos pés feridos curam-se imediatamente, nossa sujeira e vestuário maltrapilho são substituídos e nossas lágrimas são limpas.

Andamos alguns passos adiante em direção ao Feixe de Luz em companhia daqueles que nos saudam. Esse é o local Além da Costa. E ao beijarmos a perene primavera para beber um gole de suas águas, vemos a Grande Luz surgindo além do Horizonte do Céu como se para coroar nossas fatigadas cabeças. Olhamos em volta maravilhados como se fôssemos estranhos em terreno estrangeiro. Mas na verdade, estamos em Casa. Por muito tempo estivemos longe, demorando erroneamente em ignorância de nós mesmos, sofrente desnecessariamente, lutando em vão para encontrar nosso modo de viver. Esse pensamento nos faz lembrar do Jardim de Rosas, através do qual caminhamos brevemente a caminho do local Além da Costa. Oh! Que visão! Que vista nós podemos ver. Vemos nossos parentes e compatriotas lutando e sofrendo pelo Jardim de Rosas como brevemente o fizemos – uma prova severa no qual a vida de homens ignorantes é purgada de elementos indesejáveis para revelar o verdadeiro homem, o Adão da criação Divina, como os alquimistas do passado separaram a escória do ouro puro.

Nossos corações estão agora preenchidos de compaixão e agora fazemos uma promessa e um compromisso conosco mesmo de voltar ao Jardim de Rosas para remover os espinhos e guiar nossos Irmãos corretamente a Benção Eterna do local Além da Costa.

A Pedra de Deus

Chuck Dunning

Um dia, um jovem e devoto aspirante, se inscreveu para receber instruções de um sacerdote local. O velho sacerdote pediu ao seu novo aluno que respondesse a um teste: "Pode Deus criar uma rocha tão larga que até o próprio Deus não possa levantá-la?"

O estudante pensou por um instante, e respondeu, "Sim. Deus pode fazer qualquer coisa, logo deve conseguir fazer algo assim."

O sacerdote respondeu, "Você queimou suas próprias cobertas tentando permanecer aquecido. Retorne quando tiver uma resposta melhor."

Depois de um mês, o estudante chegou e novamente o sacerdote perguntou, ""Pode Deus criar uma rocha tão larga que até o próprio Deus não possa levantá-la?"

Sem hesitação o estudante respondeu, "Não, porque Deus sempre transcende Sua criação e poderia, então, sempre ser maior do que qualquer rocha Ele pudesse criar."

O sacerdote respondeu, "Você está remando um barco com um ábaco. Retorne quando tiver uma resposta melhor."

Após alguns meses se passarem, o estudante novamente apareceu. Frustrado e humilhado, o estudante tinha a intenção de desistir de sua instrução. Então, quando o sacerdote fez a pergunta, o estudante se curvou e respondeu, "Desculpe, mas eu não sei."

Antes que o estudante pudesse dizer outra palavra, o sacerdote gentilmente sorriu e respondeu, "Você é um leão que pode cheirar a presa, mas que é pego na rede do caçador. Por favor retorne quando tiver uma resposta melhor."

O estudante se sentiu encorajado pela resposta do sacerdote, e retornou vários meses depois radiante e com um pernicioso entusiasmo. Quando a pergunta foi feita, o estudante respondeu, "Eu sou Deus e a resposta à sua pergunta é a minha rocha."

O sacerdote riu, balançou a cabeça e respondeu, "Surpreendente. Você atirou uma flecha sem um arco. Retorne quando tiver uma resposta melhor."

Após quase um ano se passar, o estudante veio pela quinta vez. O sacerdote perguntou: "Pode Deus criar uma rocha tão larga que até o próprio Deus não pode levantá-la?"

O estudante respondeu, "Mestre, quando uma pedra entra em meu sapato, eu a removo e continuo minha jornada."

Curvando-se, o sacerdote respondeu, "Então junte-se a mim, e sigamos juntos nosso caminho".


Uma Prece De Luz

Por Chuck Dunning

Ò Divina Fonte de luz e vida,
Tal como meus olhos enxergam
pela luz do sol e das estrelas,
Permita meu coração enxergar
pela luz da compaixão,
Permita minha mente enxergar
pela luz da compreensão,
Permita meu espírito enxergar
pela luz da sabedoria,
Conhecendo Tua brilhante presença
como a luz e a vida dentro de mim
e em toda Tua criação.
Do mesmo jeito que brilham o sol e as estrelas
com a luz de Teu poder,
Permita minha vontade refletir
 a luz do todo,
Permita minhas palavras refletirem
a Luz da verdade,
Permita minhas intenções refletirem
a luz da integridade
Expressando Tua brilhante presença
Tal como a luz e a vida dentro de mim
 e em toda Tua criação.

Trazendo Humanidade de volta ao Homen

Por Channing Brown (Ex-Senescal da OMCE)

O propósito da OMCE é produzir uma condição espiritual em um mundo material. Muitos grupos tentaram e muitos fingem tentar, mas todos nós temos um longo caminho a seguir para atingir esse fim. Primeiro, produzir uma condição espiritual em um mundo material não significa andar por aí com nossas cabeças nas nuvens e proferindo devoções triviais. Pensamentos bons são legais, mas atingir nossos objetivos significa chegar as raízes "do capim" e fazer nossos pensamentos se disseminarem pela ação. Estabelecer um estado espiritual no mundo pode começar com os menores passos e ações. É o realizar de nossos planos para um estado espiritual que nos faz ter sucesso em estabelecê-lo. Sem ação, planos são inúteis e acabam em nada. Se reclamarmos da escuridão, devemos perceber que podemos acender uma vela e fazer a escuridão ir embora.

Onde muitos de nós erramos, em nossos pensamentos, é no fato de acreditarmos que planos ou objetivos devem ser grandiosos ou precisam impressionar as pessoas com sua magnitude, ao invés de serem efetivos. Eles não o devem ser. Inícios e planos simples podem ser aqueles que se transformarão em grandes. Alguns, entretanto, permanecem pequenos e tencionam assim o ser. A grandiosidade pode entrar no caminho de se atingir os objetivos desses planos menores.

É fácil entender quantas pessoas podem se tornar confusas sobre quais objetivos são os melhores – os maiores ou os menores. Nos anos 70 e 80, fomos bombardeados por mensagens em que o “grande” era bom e o “maior”, melhor ainda. Agora sabemos que o grande pode ficar pelo caminho e pode, na verdade, prejudicar o progresso de atingirmos nossos objetivos. Entretanto, a nova confusão de se tornar pequeno demais está se tornando realidade. Tornar-se pequeno com a nova moda da minimização (*cortes de gastos) pode trazer seus próprios problemas e pode atrapalhar os mesmos objetivos. Em suma, descobrir até onde podemos minimizar é algo que ainda está em fase de testes, mas os rumores estão começando a aparecer. Nós podemos criar uma geração inteira de trabalhadores que não confiam em ninguém. Essa dificilmente será a forma de se estabelecer um estado espiritual. Embora seja a forma em que isso é tratado atualmente nas culturas corporativas, a mesma serve de exemplo de como não ter os melhores interesses, de longo prazo, com “humanidade” em mente.

Nós nos referimos ao “estado espiritual” em nossos objetivos. Não devemos confundir o estado espiritual com o desconhecido ou com aquilo que está além de nossa Terra. Nós, como homens, ficamos empolgados e reverenciamos o desconhecido. Vemos a humanidade explorando o universo com novos e poderosos instrumentos e telescópios. Todos os dias, eles nos revelam mistérios cada vez maiores e um desejo de saber quem somos e de onde viemos no esquema universal das coisas. Nossas mentes parecem pertencer as estrelas, e sonhamos com um estado espiritual que reside num universo maior, além do penoso trabalho de viver e das responsabilidades das tarefas diárias. Normalmente nos escondemos em nossos sonhos de como somos bons e corretos, e quantas coisas boas nós poderíamos fazer, se o universo nos revelasse seus segredos. Se apenas o universo nos desse a varinha mágica de Deus ou uma fórmula antiga que estivesse escondida por séculos... Sabemos que a Fórmula existe, mas ela foi escondida. Poderíamos ser mais benevolentes “se apenas” nos fosse dado o poder de ressuscitar a essência mágica e resolver os males do mundo? Pensar assim não é absurdo, é mais um sonho. Mas, talvez nós sonhemos muito. Se queremos resolver os males do mundo é melhor que comecemos aqui neste planeta. A resposta para colocar “humanidade” de volta ao homem está em nós mesmos, aqui e agora.

Para colocar “humanidade” de volta no homem, devemos nos perguntar, quais são os maiores obstáculos para nos ajudar a atingir nossos objetivos? Alguns obstáculos aparentam estar em nossas atitudes de quão importantes pensamos que somos, e como vemos nosso lugar no esquema das coisas e, finalmente, quando aparentemente acertamos, falhamos em tomar uma ação. Pensamos que somos importantes? Pode contar com isso. Decidimos que tudo na natureza é nosso, para nos apossarmos. Pensamos que nos tornamos mestres do ambiente porque aprendemos como extrair o que queremos da natureza - e então extraimos. Mas, como aprendemos a extrair, isso significa que realmente somos mestres (do ambiente)?

O homem, sem dúvida, é a espécie dominante no planeta. Mas houveram várias espécies dominantes antes de nós. A Natureza decidiu que o Homem é bom para ela? Nós tiramos muito do nosso ambiente para melhorar a humanidade. Certamente vivemos melhor. Pelo menos alguns de nós o fazem. Contudo, não creio que os deuses evolucionários já decidiram que nós, como espécie, teremos sucesso. Não creio que nós já entendemos nosso verdadeiro lugar. Não somos humildes em nossos empreendimentos. Decidimos ser a bola da vez. Até onde isso pode ir no sentido de trazer “humanidade” de volta ao homem? Penso que, em algum lugar, exista uma pequena criatura escondida debaixo de uma pedra rindo de nós, e apenas esperando que nós nos destruamos para ela se tornar a nova espécie dominante. Nós devemos aprender a ser humildes. Se realmente olharmos o universo, começaremos a pensar que somos tão insignificantes como grãos de areia. Temos um longo caminho para podermos nos afirmar. Escrevemos longas e gloriosas histórias sobre a humanidade; mas não seria interessante se essa história fosse escrita por outros ou por algo mais? O que a história refletiria? Pode ser que não fosse tão amável como nós a escrevemos. O homem é uma criatura muito orgulhosa e egoísta. O homem ainda não aprendeu a viver com o que a Natureza provê. Talvez, a Natureza irá, algum dia, dizer que ela já teve o bastante e … Puff! - próxima criatura por favor! Afinal, a Natureza que nos fez, e não o contrário.

Para estabelecer uma condição espiritual em um mundo material, e para trazer “humanidade” de volta ao homem, uma atitude mística é requerida. Eu não quero dizer tipos "sonhadores". Eu me refiro a pessoas normais com atitudes boas. Apesar de eu, e muitos outros, sempre terem considerado aqueles com atitudes místicas como ligeiramente “descentrados”, não posso deixar de pensar que o processo evolucionário sempre dependeu daqueles que são um pouco “descentrados” e nem sempre daqueles que estão sempre cumprindo as regras. A norma realmente nunca foi uma medida confiável do que é “certo”; ela é apenas a norma. Por que uma atitude mística? Ela põe a humanidade na perspectiva de que somos parte do processo completo da Natureza. Não somos o final dos planos da Natureza. Concebemos que toda a natureza tem o direito de viver e, no processo de extrair, participamos do processo de retribuir. Em nossas lutas pela sobrevivência, esquecemos de retribuir. É no processo de retribuir que também trazemos “humanidade” de volta ao homem. Não penso que a Natureza, a longo prazo, possa continuar permitindo e compensando o homem por suas loucuras. Deve haver um ponto de parada. Nós podemos ver que o Homem deve participar do fluxo da Natureza e tentar não dominar o processo.

Dificultamos o processo de trazer “humanidade” de volta ao homem, mesmo quando pensamos que estamos no caminho certo. Apesar de podermos tomar atitude em muitas coisas, esse processo de fazer o "bem" aparenta ser elusivo. Nós beijamos as roupas dos santos, nós mostramos os anéis que usamos, nós consagramos seus ossos, mas as coisas pelas quais eles viveram e morreram - nós ignoramos. A mesma pessoa que deixa sua igreja ou templo, vai para casa, xinga seus vizinhos e chuta o cachorro. Ela deixa sua moralidade na porta do templo. Essa porta aparenta ter feixe mágico que muda as pessoas. O que aconteceria se essa mesma pessoa carregasse esse feixe mágico para fora do templo, para o mundo lá fora? Isso certamente ajudaria a trazer “humanidade” de volta ao homem. Segmentar a nossa vida em partes como "aqui é onde eu faço o bem" e "aqui é onde eu faço o mal" não ajuda a humanidade. O bem, em toda ação, deveria ser a parte central de toda nossa estrutura como pessoas.

Continuar a tomar ações também aparenta ser elusivo no centro de nossa sociedade. Com que frequência nós vemos grupos cozinhando biscoitos, ou indo ao supermercado e comprando alguns enlatados para dar aos pobres, para que possam se sentir bem? Eu duvido que essas mesmas pessoas iriam convidar os pobres para um jantar em suas casas. Eles não iriam querer sujar seus tapetes orientais novos. Apesar de não ser uma crítica a vários trabalhos benevolentes que vem sendo feitos em nossas comunidades, acho que outras atitudes deveriam ser tomadas para ajudar a educar os pobres a melhorar suas situações. Nós todos aprendemos que "retribuir" pode tomar dimensões maiores. Dar algo a alguém é apenas uma solução temporária, não resolve realmente a origem do problema. Pode até criar um problema maior, o da dependência. Educar é a melhor forma. Ensinar os outros a "cozinhar seus próprios biscoitos" é melhor.

Em todas as minhas reclamações sobre o homem não trazendo “humanidade” de volta ao homem, eu não posso evitar pensar que o homem em todas as suas loucuras do presente e do passado ainda tem a capacidade de fazer o bem. Em nós está o "edifício". Em nós se acha o pequeno negócio para sermos os arquitetos. Devemos ser arquitetos e construtores de nossos sonhos. Mas como podemos construir se nós não colocamos o primeiro tijolo, damos o primeiro passo em trazer “humanidade” de volta ao homem? Esse primeiro tijolo é também para sermos capazes de dizer: "Eu sou uma pessoa boa e decente e fiz muitas coisas memoráveis". O processo de ser bom com o próximo é tão apavorante que algumas pessoas preferem não fazer nada? Ou o processo de fazer o mal é mais atraente? Bom, conheço pessoas às quais isso é verdade, mas para a maioria, fazer o bem ainda é a melhor opção.

Sair por aí e fazer o bem é parte do processo de iniciação. A maioria ensaia bem o processo, mas aparenta parar no bem necessário lá fora. Se você aceitar "fazer o bem" como parte do processo iniciatório na "mente da Natureza", ele deixa de ser tão apavorante. Ele não mais se torna um trabalho árduo. Ele pode se tornar divertido. Quanto mais se envolve, mais você se ergue acima de suas idéias e comportamentos pré-concebidos, você supera seus medos e lida progressivamente com os desafios e oportunidades de seu crescimento espiritual.

Colocado de forma simples: o homem deve trazer a humanidade de volta ao homem - se o homem como espécie quiser sobreviver. Nós podemos dizer que estamos fazendo nosso melhor, mas como Winston Churchill disse: "Dizer que está fazendo o seu melhor não tem utilidade alguma. Nós devemos ter êxito fazendo o que é necessário." Isso é o que separa aqueles que são bem-intencionados daqueles que fazem o dever de casa. Quando você está no escuro, e quer luz, não apenas pense sobre isso: acenda uma vela, e a escuridão irá embora.

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