O Dragão Vermelho, também conhecido como O Grande Grimório, é um dos mais tradicionais livros de magia negra datado como sendo de 1522, mas cuja história documental pode ser traçada apenas até o século 18. É também considerado por muitos como uma tradução incrementada do texto do livro de conjurações do papa Honorius que foi escrito no século 13.
Acredita-se que o Grimório do Dragão Negro seja um dos Grimórios mais raros e procurados pelos estudantes do Oculto, e que possivelmente ele tenha sido escrito em 1522, ou ainda no Séc. XIII pelo próprio Papa Honório. O desejo obsessivo de possuir o inatingível enriquecem a tradição deste Grimoire. O Dragão Negro ou citando seu título “Le Veritable Dragon Noir: Les forças infernales Soumises a l’homme” (As forças infernais submissas ao homem) é um grimoire francês na linhagem das edições da Bleue Bibliotheque. Um produto da atmosfera diabólica inebriante, este texto abrilhanta ainda mais o Dragão Vermelho, O Grande Grimoire e o Grimorium Verum, sendo recomendado seu estudo para aqueles que trabalham com tais Grimórios.
Um trabalho verdadeiramente infernal, que contém ambos: trabalhos espirituais e um sistema operacional claro, também é um compêndio de feitiços eminentemente práticas e feitiços contrários. Além disso, os selos e os textos originais foram mantidos o mais fielmente a versão original em Francês Arcaico.
Este livro é um dos primeiros engrimanços com uma primeira data de impressão sugerido como 1523 ou 1522, no entanto sua data foi possivelmente adulterada com a posterior impressão deste material. Supostamente o livro foi apresentado pelo Papa Leão III para Carlos Magno, sendo esse Papa responsável por suas vitórias e poder mundano.
Outros Grimórios como o Enrichideon é repetidamente citado no Dragão Negro, assim como tal, pode ser considerado um cúmplice, portanto, eles estão unidos e ligados em chaves cruzadas. O Dragão Negro e o Enchiridion estabelecem um sistema altamente cristão de ladainha, encantos, feitiços e magia, guardando o operador contra venenos, perigos de incêndio e tempestades. No entanto, pudemos notar ao traduzí-lo que muitas dessas práticas mágicas tem antecedentes herdeiros mágicos pagãos, um ponto muitas vezes esquecido pelos magos modernos. A tecnologia sagrada uma vez combinada com o Dragão Negro sugere que este livro é para ser usado em um mundo perigoso e que ainda pode vir a valer seu peso em ouro. Este livro possui aquelas citações características dos Grande Grimórios que nos incitam a estudá-lo com mais profundidade. Reproduzimos abaixo um trecho de apresentação do Grimório para sua apreciação:
“Este livro é a ciência do bem e do mal. Que você saiba leitor jovem ou velho, rico ou pobre, feliz ou infeliz, se o seu coração está atormentado pela avareza, jogue-o (o livro) ao fogo, senão ele será para você a fonte de todos os males, a causa de sua ruína total. Se, ao contrário, você possuir a fé, a esperança e a caridade, então guarde-o como mais precioso tesouro do universo. Assim eu lhe advirto, você é livre em suas ações, apenas não se esqueça que uma conta severa lhe será enviada, pelo uso que você terá feito dos tesouros que coloco a sua disposição. Quanto a mim, servo de Deus, eu declino de toda a responsabilidade, não escrevi este livro, senão para o bem da humanidade.”
O Dragão Vermelho publicado pela primeira vez no Egito, no Cairo por um livreiro que utilizava o nome de Alibek ejá nesta versão o tomo continha instruções para a invocação de Lúcifer ou Lucifuge Rofocale, com o propósito de realizar um pacto com o diabo. O livro é chamado de “Le Veritable Dragon Rouge” no Haiti onde é reverenciado entre os praticantes do Voodoo.
Preludio e capítulo primeiro – O Dragão Vermelho
PRELÚDIO
O homem que geme sob o peso dos preconceitos e da presunção, terá dificuldade em se convencer de que me foi possível enteixar em um tão pequeno compendio, a essência de mais de vinte volumes que, pôr seus ditos, reditos e ambigüidades, tornaram quase implacáveis, a realização das ações filosóficas. Todavia, se os incrédulos e prevenidos derem-se ao trabalho de seguir passo a passo a rota que lhes tracei, verão que a verdade banirá de seus espíritos a duvida ali originada por uma serie de ensaios frustrados, extemporâneos ou mal fundamentados.
É também em vão que se acredita não ser possível realizar semelhantes operações sem comprometer a própria consciência. Para convencermo-nos do contrario, suficiente será passarmos uma vista pela vida de São Cipriano.
Atrevo-me a acreditar que os Sábios aficionados aos mistérios da ciência divina, cognominada oculta, considerarão este livro como o mais precioso Tesouro do Universo.
CAPITULO 1
Tão raro é este grande livro que, segundo os rabinos, pode ser denominado, a verdadeira GRANDE OBRA. Foram eles que nos legaram este precioso original que tantos charlatães desejaram inutilmente falsificar, tentando imitar a verdade, que jamais lograram encontrar, a fim de poder apoderar-se do dinheiro dos simples, os quais lançam-se sempre a primeira coisa que lhes apresentam, sem se preocuparem em buscar a verdadeira fonte. O presente livro foi compilado segundo os verdadeiros escritos do grande rei Salomão, o qual não os encontrou por acaso, pois passou toda a sua vida entregue ás mais penosas pesquisas, aos mais obscuros e inesperados segredos. Conseguiu finalmente reunir farto material, chegando mesmo a penetrar as mais recônditas paragens dos espíritos, os quais subjugou, forçando-os a lhe obedecerem, pelo poder do seu Talismã ou Clavícula. Que outro homem, senão este poderoso gênio, teria ousado utilizar-se das fulminantes palavras empregadas por Deus para subjugar e tornar obedientes os espíritos rebeldes a sua vontade? Penetrando ate mesmo nas abóbadas celestes, para aprofundar os segredos e as poderosas palavras que constituem toda a força de um Deus temeroso e respeitável, conseguiu, este grande rei, apreender a essência desses segredos ocultos, dois quais se serviu a grande divindade, descobrindo, graças a isso, a influência dos astros, a constelação dos planetas e a maneira de fazer aparecer todos os tipos de espíritos, mediante a simples recitação das invocações que encontrareis nesse livro, ou a aplicação do Látego Fulminante e seus terríveis efeitos, dos quais Deus também se serviu para armar o anjo que expulsou Adão e Eva do paraíso terrestre, de onde também açoitou os anjos rebeldes, precipitando-os, por seu orgulho, nos mais tremendos abismos, graças ao poder desse Látego que forma os nevoeiros, dispersa e quebra a força das tempestade, dos temporais e furacões, fazendo os cair sobre qualquer parte da terra que desejeis.
Aqui tendes, pois, suas palavras textuais, as quais transcrevi finalmente, nisso encontrando o mais completo prazer.
Assinado: Antonio VENITIANA del Rabina
A oração e a oferenda
Oh homens, frágeis mortais, estremecei de vossa temeridade, quando irrefletidamente pensais possuir um conhecimento tão profundo!
Transportai vossos espíritos para além de vossa esfera, lembrando-vos de que antes de empreender qualquer coisa, necessário será que vos torneis invulneráveis e fechados, assim como também muito atentos para poder observar a risca tudo que digo, sem o que vossas experiências redundarão em confusão, inutilidade e dano. Porém se, ao contrário, observardes estritamente o que prescrevo, saireis de vossa humildade e indigência, sendo plenamente vitorioso em todos os vossos empreendimentos.
Armai-vos, pois, de intrepidez, de prudência, de sagacidade e virtude, para poder empreender essa grande e imensa obra, na qual passei sessenta-e-sete anos (vide nota d) trabalhando a fim de obter o êxito almejado. É necessário, pois, fazer exatamente tudo que se encontra indicado nas páginas seguintes.
PRIMO
Passareis um quarto de lua inteira, evitando a companhia de mulheres e moças, a fim de não cair na impureza.
Iniciareis o quarto de lua seguinte, prometendo ao grande Adonay, que é o chefe de todos os espíritos, não fazer se não duas refeições diárias, ou seja, cada vinte-e-quatro horas do dito quarto lunar, refeições estas que tomareis ao meio-dia e á meia-noite ou, se preferirdes, ás sete horas da manhã e ás sete da noite, recitando a oração que se segue, antes de começar a comer, durante todo o referido quarto de lua.
ORAÇÃO
Eu te imploro, grande e poderoso Adonay, mestre de todos os espíritos. Eu te imploro, oh Eloime! Eu te imploro, oh Jehová, oh grande Adonay! Ofereço-te minha alma, meu coração, minhas entranhas, minhas mãos, meus pés, meu coração, meus suspiros e meu ser. Oh grande Adonay, digna-te atender-me!
Assim seja. Amém.
Tomai, em seguida, vossa refeição. Não vos devereis despir nem dormir mais do que o indispensável, durante todo referido quarto de lua, pensando continuamente em vossa obra e fundamentando todas as vossas esperanças na infinita bondade do grande Adonay. Na manhã seguinte a primeira noite do referido quarto de lua, ireis á uma drogaria, a fim de comprar uma pedra vermelha chamada ematille, a qual devereis trazer continuamente convosco, a fim de evitar qualquer acidente, pois o espírito que tendes em vista forçar e dominar, faz o que pode para intimidar-vos, a fim de malograr vosso empreendimento, acreditando que, desta maneira, se livrará dois fios que começais a estender-lhe. Convém observar que, para realizar esta experiência, não é preciso haver mais do que três pessoas, incluindo o Karcist, que é aquele que deve falar ao espírito, tendo na mão o Látego Fulminante. Devereis Ter o cuidado de escolher para o campo de ação, um lugar solitário e afastado do mundo, a fim de que o Karcist não seja interrompido. Procurareis então um cabrito virgem, que adornareis, no terceiro dia da lua, com uma guirlanda de verbena, a qual devereis colocar-lhe no pescoço e envolta da cabeça, com uma fita verde. Transportareis, em seguida, o referido animal ao lugar marcado para a aparição e lá, o braço direito nú até a espádua, armado com uma lâmina de puro aço e diante de um fogo aceso com lenha branca, direis, com esperança e firmeza, as seguintes palavras:
PRIMEIRA OFERENDA
Eu te ofereço esta vítima, oh grande Adonay, Eloime, Ariel e Jehová e isso em honra, glória e poder de teu ser superior a todos os espíritos. Digna-te, oh grande Adonay, aceitá-la, com graça. Amen.
Em seguida, degolareis o cabrito, do qual devereis tirar a pele, colocando o resto sobre o fogo, para ser reduzido a cinzas, as quais juntareis, atirando-as para o lado do sol nascente e pronunciando as seguintes palavras: Por honra, glória e força de teu nome, oh grande Adonay, Eloime, Ariel e Jehová, espalho o sangue desta vítima. Digna-te, oh grande Adonay, receber estas cinzas como graça.
Em quanto a vítima queima, podereis regozijar-vos em honra e glória do grande Adonay, Eloime, Ariel e Jehová, tendo porém o cuidado de guardar a pele do carneiro virgem, a fim de formar a roda ou grande círculo cabalístico, no qual vos colocareis, no dia da grande experiência.
Sobre o Látego Fulminante
Na véspera da grande experiência, ireis procurar uma vareta ou vara de aveleira silvestre que jamais tenha sido usada e seja exatamente igual a que vedes na ilustração acima, quer dizer, com a mesma bifurcação em uma das extremidades. Seu comprimento deverá ser de nove a dez polegadas e meia. Depois de haverdes encontrado uma vareta deste tamanho, não devereis tocá-la a não ser com os olhos, esperando ate o dia seguinte, dia da operação, quando ireis cortá-la, ao nascer do sol. Nessa ocasião, devereis despojá-la de suas folhas e pequenos ramos, si ela os tiver, com a mesma lamina que ainda deverá estar manchada de sangue, visto que devereis ter o cuidado de não enxugá-la. Iniciareis a operação de cortar a vareta, quando o sol começar a despontar neste hemisfério, pronunciando as palavras seguintes:
Eu te recomendo, oh grande Adonay, Eloim, Ariel e Jehová, a me sereis favorável e dotar esta vareta que corto, com a força e a virtude do bastão de Jacó, de Moisés, e do grande Josué. Eu te recomendo também, oh grande Adonay, Eloim, Ariel e Jehová, a encerra nesta vareta toda a força de Sansão, a justa cólera de Emanuel e a excomunhão do grande Zariatnatmik, que vingará as injurias dos homens, no grande dia do juízo final. Amen.
Após haver pronunciado estas grandes e terríveis palavras, sempre com os olhos postos no lado do sol nascente, cortareis a vareta, levando-a, em seguida, para o vosso quarto. Procurareis, depois, um pedaço de madeira que devereis afinar até tornar-se da mesma grossura das duas pontas da verdadeira vareta, levando-a a um serralheiro para fazer ferrar os dois pequenos ramos forcados pela lâmina de aço que serviu para degolar a vítima, prestando atenção para que as duas pontas estejam um pouco agudas, quando forem colocadas sobre o pedaço de madeira. Isso executado, voltareis á vossa casa e colocareis, vós mesmo, a referida ferragem na verdadeira vareta, tomando, em seguida, de uma pedra magnete que aquecereis, para magnetizar as duas pontas, pronunciando nesta ocasião, as seguintes palavras: (Vide nota H).
Pelo poder do grande Adonay, Eloim, Ariel e Jehová, ordeno-te a unir e arrojar todas as matérias que desejarei. Pelo poder do grande Adonay, Eloim, Ariel e Jehová, ordeno-te, pela incompatibilidade do fogo e da água, a separar todas as matérias, como elas foram separadas no dia da criação do mundo. Amen.
Regozijai-vos, em seguida, em honra e glória do grande Adonay, certo de que possuís o maior tesouro de luz. Na noite seguinte, tomando de vossa vareta, vossa pele de cabrito, vossa pedra ématille e duas corôas de verbena, assim como também de dois castiçais e dois círios de cera virgem, um batedor de fogo novo, duas pedras novas com a respectiva isca para acender o fogo, meia garrafa de aguardente de vinho, uma porção de incenso bento, com cânfora a ainda quatro pregos, tirados do ataúde de uma criança (vide nota i), ireis ao local onde deverá ser feita a grande experiência, procedendo exatamente como explicaremos a seguir e imitando fielmente o grande círculo cabalístico, tal como será demostrado
Sobre a oração e oferenda do grande Círculo Cabalístico – O Dragão Vermelho
Começareis por formar um círculo com a pele do cabrito, tal como foi anteriormente indicado, pregando-a com os quatro pregos. Tomareis, em seguida, de vossa pedra ématille
e traçareis um triângulo dentro do círculo, tal como está representado na ilustração acima, começando do lado do sol nascente. Traçareis também, com a pedra ématille, o grande A, o pequeno E, o pequeno A e o pequeno J, assim como o nome de Jesús, no meio das duas cruzes (JHS), a fim de os espíritos não vos possam atacar pelas costas. Depois disso, o Karcist fará encontrar seus confrades no triângulo, postando-os em seus respectivos lugares, como está marcado e entrando também, ele próprio, sem se espantar com qualquer ruído que escute. Colocará os dois candelabros com as duas coroas de verbena, á direita e á esquerda do triângulo. Isso feito, começareis a acender vossos círios e colocareis um vaso novo á vossa frente, quer dizer, á frente do Karcist, cheio de carvão de pau de salgueiro, o qual tenha sido queimado no mesmo dia. O Karcist acenderá este carvão, tirando uma parte do espírito de aguardente de vinho e uma parte do incenso e da cânfora que tendes, reservando o resto para manter um fogo continuo, conveniente á duração da coisa. Feito exatamente tudo que foi indicado, pronunciares as palavras seguintes:
Eu te apresento, oh Adonay, este incenso, como o mais puro, do mesmo modo que esses carvões, saídos da mais leve madeira. A ti os ofereço, oh grande e poderoso Adonay, Eloim, Ariel e Jehová, de toda a minha alma, de todo o meu coração, esperando que te dignes, oh grande Adonay, aceitá-los como dádivas.
Devereis também estar atento para não terdes sobre vós qualquer metal impuro, se não ouro ou prata. Ao atirar a dádiva, será preciso colocá-la em um pedaço de papel, a fim de que o espírito não possa fazer nenhum mal, quando apresentar-se diante do círculo. Em quanto ele apanha a dádiva, começareis a seguinte oração, armando-vos de coragem, de força e prudência. Observai também que ninguém mais, além do Karcist, deverá falar. Os outros guardaram silêncio, mesmo que o espírito os interrogue ou ameace.
PRIMEIRA ORAÇÃO
Oh grande Deus vivo, em uma única e distinta pessoa, o Padre, o Filho e o Espírito Santo, eu vos adoro com o mais profundo respeito e me submeto com a mais viva confiança, á vossa santa e digna guarda. Creio com a mais sincera fé, que sois meus criador, meu benfeitor, meu esteio e meu mestre e vos declaro não Ter outra vontade, senão a de vos pertencer durante toda a eternidade.
Assim seja.
SEGUNDA ORAÇÃO
Oh grande Deus vivo, que criou o homem para ser venturoso nesta vida, que formou todas as coisas para o seu uso e que disse: “Tudo será subordinado ao homem”, sede-me propício e não permiti que os espíritos rebeldes possuam os tesouros que criastes para as nossas necessidades temporais. Dai-me, oh grande Deus, o poder de despojá-los, pelas poderosas e terríveis palavras da clavícula. Adonay, Eloim, Ariel, Jehová, Tagla, Mathon, sede-me propícios. Amen
Tendo o cuidado de conservar o vosso fogo aceso, com o espírito de aguardente de vinho, o incenso e a cânfora, direis, então, a oração da oferenda, como se segue:
OFERENDA
Eu te ofereço este incenso, como o mais puro que pude encontrar, oh grande Adonay, Eloim, Ariel e Jehová! Digna-te aceitá-lo como dádiva. Oh grande Adonay, atendei-me, fazendo-me vitorioso neste grande empreendimento. Amen
As invocações ao Imperador Lúcifer
PRIMEIRA INVOCAÇÃO AO IMPERADOR LÚCIFER
Imperador Lúcifer, príncipe e mestre dos espíritos rebeldes, rogo-te que deixes tua morada, em qualquer parte do mundo que possas estar, para vir falar-me. Eu te ordeno e conjuro, por parte do grande Deus vivo, o Padre, o Filho e o Espírito Santo, a vim sem desprender qualquer mal cheiro, para responder-me em voz alta e inteligível, ponto por ponto, as perguntas que te farei, sem o que serás forçado, pelo poder do grande Adonay, Eloim, Ariel, Jehová, Tagla, Mathon e todos os outros espíritos superiores que a isso te obrigarão, contra tua vontade.
Venite, venite
Submiritillor LUCIFUGÉ, ou iras ser eternamente atormentado, pela grande forá desta vareta fulminante. In subito.
SEGUNDA INVOCAÇÃO
Eu te comando e conjuro, imperador Lúcifer, por parte do grande Deus vivo e pelo poder de Emanuel, seu único filho, teu mestre e o meu, assim como pela virtude do seu precioso sangue que foi derramado para livrar os homens de treas cadeias. Eu te ordeno a deixar tua morada, em qualquer parte do mundo que possas estar, jurando-te que não te concedo senão um quarto de hora de prazo, para que me venhas falar na mais alta e inteligível voz ou, caso não possas vir tu mesmo, mandando-me teu mensageiro Astaroth, sob forma humana, sem ruído nem mau cheiro. Se te recusares, hei de te açoitar-te, a ti e a toda a tua raça, com a temível vareta fulminante, até os confins dos infernos. Assim o farei, pelo poder das grandes palavras da clavícula. Por Adonay, Eloim, Ariel, Jehová, Tagla, Muthon, Almozin, Arios, Putona, Magots, Silfhae, Cabost, Salamandra, Gnomus, Terrae, Coelis, Aqua. In subito.
ADVERTÊNCIA
Antes de ler a terceira invocação, se o espírito não comparecer, lereis a clavícula, tal como está a diante e açoitareis todos os espíritos, colocando as duas pontas forcadas de vossa vareta, dentro fogo. Nesse momento não vos espanteis com os uivos terríveis que escutareis, pois a essa altura, todos os espíritos aparecerão. Então, antes de ler a clavícula, durante o ruído que escutareis, direis ainda a terceira invocação.
TERCEIRA INVOCAÇÃO
Eu te ordeno, imperador Lúcifer, da parte do grande Deus vivo, de seu querido filho e do Espirito Santo e pelo poder do grande Adonay, Eloim, Ariel e Jehová, a comparecer imediatamente ou enviar-me teu mensageiro Astaroth, obrigando-te a deixar tuia morada, em qualquer parte do mundo que possas estar e declarando-te que não me apareceres incontinente, eu te açoitarei novamente, a ti e a toda a tua raça, com a vareta fulminante do grande Adonay, Eloim, Ariel e Jehová, etc…
Se o espírito não aparecer até esta altura, colocai, então, as duas pontas de vossa vareta dentro do fogo, pronunciando as poderosas palavras da grande clavícula de Salomão.
A Grande Invocação
EXTRAÍDA DA VERDADEIRA CLAVÍCULA
Eu te conjuro, oh espírito, a aparecer neste instante, pela força do grande Adonay, Eloim, por Ariel, por Jehová, por Agla, Tagla, Mathons, Oarios, Almouzin, Arios, Membrot, Varios, Pithona, Magots, Silphae, Cabost, Salamandrae, Tabost, Gnomus, Terrae, Coelis, Godens, Aqua, Gingua, Janua, Etituamus, Zariatnatmik, etc.. A .. E.. A .. J.. A .. T.. M.. O .. A .. A .. M.. V.. P.. M.. S.. C.. S.. T.. G.. T.. C.. G.. A .. G.. J.. E.. Z.., etc..
Após haverdes repetido duas vezes estas grandes e poderosas palavras, podeis estar certo de que o espírito aparecerá, como se segue.
APARIÇÃO DO ESPÍRITO
Eis-me aqui. O que queres de mim? Porque perturbas o meu repouso? Não me açoites mais com esta terrível vareta.
LUCIFUGÉ ROFOCALE.
PEDIDO AO ESPÍRITO
Se houvesse aparecido quando te chamei eu não teria te açoitado. Lembra-te de que se não acederes ao que vou te pedir, hei de atormentar-te eternamente.
SALOMÃO.
RESPOSTA DO ESPÍRITO
Não me detenhas aqui. Não me atormentes mais. Diz-me o que queres.
LUCIFUGÉ ROFOCALE.
PEDIDO AO ESPÍRITO
Peço-te que me venhas falar duas vezes por dia, durante toda semana, á noite, seja diretamente a mim ou aqueles que possuírem meu presente livro, que aprovarás e assinarás. Concedo-te a liberdade de escolher as horas que mais te convierem, se não aprovares aquelas que se encontram assinaladas abaixo.
A SABER:
Segunda-feira, ás nove horas e á meia-noite.
Terça-feira, ás dez hora e á uma hora.
Quarta-feira, ás onze horas e ás duas horas.
Quinta-feira, ás oito horas e ás dez horas.
Sexta-feira, ás sete horas da noite e á meia-noite.
Sábado, ás nove horas da noite e ás onze horas.
Além disso, ordeno-te a indicar-me o tesouro que mais próximo se encontra daqui, prometendo, em recompensa, a primeira moeda de ouro ou prata que tocar, todos os primeiros dias de cada mês. Eis o que te peço.
SALOMÃO.
RESPOSTA DO ESPÍRITO
Não posso aceder ao que me pedes, sob essas condições nem quais quer outras, se, em troca, a mim não te deres por cinqüenta anos, para que eu faça, do teu corpo e alma, o que bem me agrade.
LUCIFUGÉ ROFOCALE.
ADEVERTENCIA
Reporeis aqui, a ponta da vareta fulminante no fogo e tornareis a ler a grande invocação da Clavícula, até que o espírito se submeta aos vossos desejos.
RESPOSTA E PACTO DO ESPÍRITO
Não me açoites mais! Prometo fazer o que desejas, duas horas por noite, durante todos os dias da semana
A SABER:
Segunda-feira, ás dez horas e á meia-noite
Terça-feira, ás onze horas e á uma hora
Quarta-feira, á meia-noite e ás dez horas
Quinta-feira, ás oito horas e ás onze horas
Sexta-feira, ás nove horas e á meia-noite
Sábado, ás dez horas e á uma hora
Aprovo também o teu livro e ofereço-te minha verdadeira assinatura em pergaminho, que adicionarás ao fim do mesmo, para dela servir-te em caso de necessidade. Submeto-me também a comparecer á tua presença todas as vezes em que for chamado.