sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

A Comunhão do Nosferatu

 


Este ritual é baseado em certas tradições de Magia Negra da Romênia, que, segundo a  lenda, haveriam sido legadas aos seguidores de Vlad Dracul, que as teria recebido do  Príncipe das Trevas.  Diz a lenda que Vlad, um Cristão revoltado contra as mentiras da Igreja, escolheu  identificar-se com o Diabo. Este ritual se baseia nas conexões entre vampiros e o Príncipe  das Trevas.

O “Self” na tradição dos Vampiros

O conceito de “Self” nas tradições vampirescas é geralmente o de “não-morto”, com suas  conotações de imortalidade e Segredo da vida e morte. Vampiros freqüentemente possuem  poderes físicos e mentais supra-normais, além de um certo gosto excêntrico.

A imortalidade é freqüentemente confundida com a recusa de morrer. O Vampiro/Magista  escolhe viver completa e intensamente esta vida, e não permitir que a sua consciência se  desintegre após a sua morte física. Esta sobrevivência da consciência não depende de  símbolos mágicos, nomes ou participação em diversos rituais. Depende apenas do  reconhecimento do próprio “Self” e da vontade de continuar a existir, o que ou onde quer  que seja.

O Sangue é muito importante nas tradições de Vampiros. Hoje, é visto como simbólico. No satanismo comtemporâneo de grupos como, a Ordem do Vampiro, a Igreja de Satã e o Templo de Set, não vêem significado no consumo ou no  escorrimento de sangue em sacrifícios.

O sangue simboliza “Vida”. O Mago Negro Vampiro é, portanto, visto como um magista  que deseja e pratica a mais alta Vida, enquanto reconhece as energias da Besta interior – as  energias primevas da Licantropia e da mutação, que formam outro aspecto da magia dos  Vampiros.

O ritual que se segue simboliza um despertar solitário e isolado para um estado  Vampiresco, e uma auto-iniciação ao Caminho da Mão-Esquerda. É um ritual que pode ser  adaptado ou alterado conforme as circunstâncias ou a inspiração de cada um. Como em  todo ritual mágico, cada um deve assumir seu próprio risco, já sabendo que uma prática  como esta não é adequada aos instáveis ou imaturos.

0 – Preparatio

Robe negro.
Vela negra.
Sino.
Cálice com líquido avermelhado.
Local: Um local em que você não seja perturbado.
Uma câmara escura, ou pintada ou coberta em  preto ou similar (ex: azul muito escuro). Ou uma floresta afastada. A escolha é sua.

Vestimenta: o ideal é o robe negro. A idéia é que você se torne o próprio modelo de  vampiro que existe na sua mente. Preste atenção em cada um dos seus sentidos: perfume,  vestimenta, música, oferendas.

Dê nove badaladas no sino. Nove, nas tradições de Magia Negra, simboliza a evolução  dinâmica até a perfeição.

Acenda a chama negra.

I – Invocatio

“Nesta noite negra, eu me torno um Vampiro: um mestre da vida e da morte.  Eu acendo a Chama Negra em honra ao Príncipe das Trevas, e me torno o Vampiro que  minha mente cria, ardendo em paixões na perseguição de tudo o que eu desejo.  Eu abandono as restrições do Caminho da Mão Direita, e com Vontade eu me dedico a  controlar o meu próprio destino. Eu agora encaro os testes e as tribulações do Caminho da  Mão Esquerda!

Eu me encho de Poder com a Essência do Vampiro: ser invisível, mesmo sob o dia  escaldante; saber quando ser silencioso, e quando orar; saber explorar por completo minha  psique!

Eu me desfaço desta maldição! Eu, o Vampiro (__nome__,) percorro o Caminho da Mão  Esquerda, e a minha Vontade é impenetrável!  Eu honro o Sangue, que é a minha Vida, e me torno mais do que fumaça e sombras.

Abram-se os Portais do Inferno! Diante da nobre presença do Senhor Negro, eu proclamo o  Juramento que me torna um Vampiro, juro ser verdadeiro para com meu próprio Ser e meu  Caminho escolhido  Salve, Vampiro! Salve, Senhor das Trevas!”

II – Graal Nigrum

O Cálice é o Graal Negro, ou a Taça Herética: a que é sempre buscada, mas raramente  encontrada.  O Graal deve estar cheio de líquido vermelho, simbolizando o sangue, como suco de  tomate, frutas vermelhas ou vinho. Sangria é um ótimo elixir!  Enquanto bebe o elixir, visualize-se apoderando-se dos Poderes das Trevas.  Você está comungando da sua própria essência e do Vampiro que é parte da divindade que  há em seu interior.

III – Fechando os Portais do Inferno  

Feche o ritual tocando novamente o sino, nove vezes.

IV – O despertar

Agora, iniciado nos mistérios dos Vampiros, você pode ver o mundo com olhos diferentes.  Após o primeiro ritual, você poderá ter algumas intuições sobre a natureza dessa magia e do  seu controle sobre ela, e de como moldar o seu destino. Contudo, alguma prática pode ser  necessária.

Algumas pessoas podem apenas se sentir tolas, por estarem se prestando a essa tarefa, ou  mesmo entediadas. Para essas pessoas, desejamos uma vida feliz e temos certeza de que  terão a vida que merecem.

Um Trabalho de Auto-Criação


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