segunda-feira, 13 de julho de 2020

A Invocação de Caim


Caim é o iniciador terreno da magia, o espírito corporificado feiticeiro de Lúcifer e Lilith. Caim também é aquele que anda com o Dragão – o caminho noturno. Em uma mão está o fetiche de Caim – o crânio de Abel que mantém a gnosis do rei sombrio, Azrael, o portal ocidental do crepúsculo e o reino dos fantasmas. Em sua outra mão está o machado, um instrumento da forja que projeta o fogo sábio no barro da carne mortal. Caim é construtor do Templo e progenitor das bruxas, aquele que abre os portões do céu e inferno, o iniciador do sangue bruxo. Caim é visto como um homem do oriente médio, barbado e com a sabedoria obscura preenchendo seus olhos. Caim é também visto como uma besta humana com chifres e barbada, coberta de terra verde e cinza, que é decorada com ossos humanos e animais, seus familiares.
Caim é solicitado nos locais escondidos da terra, pois ele é o antigo que conhece os segredos desconhecidos da terra. Caim também aparece como um velho homem errugado e encapuzado que anda o caminho dos antigos – caminhos de carvalho dentro da nevoa. Ele carrega um livro da arte, dado com o cinto do diabo – por cujos ritos Caim se tornou o pai dos bruxos, nascido de Azazel e Lilith.
Caim é o adversário da carne, que causa tormentas e caos – tal como o próprio Set. Caim testa esses no caminho e abençoa aquele que podem responder as suas charadas. É de fato Caim, que alimentaria a alma de alguém aos lobos das sombras, quando a vontade é fraca.
Invoque Caim em isolação e dentro do circulo destes que são da marca.

Isolação é uma sabedoria silenciosa do qual a fonte nunca seca – busque com o cálice de esmeralda.
Ó Caim, espirito nascido do fogo e escuridão, iniciador sombrio!
Ó Caim, que perambula a terra dos desertos para as florestas – trazido pelo ventre, filho nascido da carne do Dragão e da Deusa Prostituta, mãe do sangue bruxo.
Espirito e senhor do fogo enegrecido da forja, que experimentou a marca de sangue como um X na testa.
Ó Caim, que foi desperto por um cranio carregando o presságio de Abel – Senhor das bestas e iniciador do fogo feiticeiro, lobisomem – metamorfo!
Deixe-me ver dentro e além da membrana fetal do véu de Lilith!
Pai e irmão das cavernas onde reside antigas sombras.
Que carrega o livro do sonhar que é a palavra primal da serpente –
Caim, Senhor das bestas e transformação, eu lhe chamo, lhe invoco internamente –
Seu raio irá atingir a forja e iluminar o meu espirito!
Minha testa marcada em sangue, caminhante cornífero dos mundos!
Atinja agora com o teu machado, abrindo o olho da serpente!
Desvelado no lado noturno, eu venho!
Que eu possa andar o caminho nascido do Dragão.
Conjurador do primeiro círculo de esmeralda e chama vermelha,
Guardião do portal e metamorfo cornífero – abra o caminho impetuoso!
Ilumine a chama enegrecida!
Que eu desperte a serpente nascida da pele do diabo – CAIM EU LHE CHAMO!

Lançando a sombra de Caim

Esse é um pequeno ritual designado para impregnar o feiticeiro com uma corrente focada do Ser, a dedicação no caminho do Antinomianismo Cainita. Pode-se usar o Grande Círculo Sabático (Luciferiano) como um meio de Auto-Deificação Antinomiana. Imolação do espirito pela assunção da mascara do progenitor das bruxas, Caim o ferreiro.

“Eu chamo as sombras infernais que nutrem meu corpo e alma;
Eu invoco o círculo que empodera minha forma de Ser,
Do norte, eu invoco a força de Set, sendo minha sombra do Ser
Permita a chama negra iluminar dessa mesma forja!
Do oeste, eu invoco a força de Anubis, o abridor do caminho.
Permita a luz violeta dos mortos empoderar meu espirito!
Do sul, eu invoco a força de Thoth, cuja lampada ilumina meu caminho
Permita as chamas da sabedoria e auto-descoberta guiarem meu caminho!
Do leste, eu invoco Hórus, sendo o fogo e a força do espirito
Revele tua essência como Azal´ucel, o Djinn impetuoso de mudança e rebelião!

Caim, portador do caldeirão de mudança e auto-transformação, proteja meu estado de Ser, para que possa crescer e ascender na nossa família nascida do puro sangue bruxo.
Eu busco a espiral de Leviatã, a terra obscurecida da sepultura de Ahriman e o plano dos sonhos de Lúcifer. Permita que os portais se abram perante mim!
Eu rodeio a mim mesmo na espiral do Dragão, a Besta do meu pai surge internamente!
Eu seguro o crânio de Abel, sendo o receptáculo de meu Famulus!

Eu seguro o martelo da forja, com o qual eu espalho o fogo astuto do tornar-se!
Meus olhos seguram os contos do deserto de eras esquecidas, enquanto minha carne se esvai, meu espirito é imortal!
Eu visto a membrana fetal carmesim de minha mãe, Lilith, que fala comigo através dos sonhos!
Eu carrego a pele de serpente de Azal´ucel, meu Espirito Santo!
Eu sou Caim, solitário e alma bruxa do fogo imortal!
Está feito!

Jacques Bergier - Melquisedeque

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