sábado, 9 de abril de 2016

Nave Geracional



Uma nave geracional é uma espaçonave hipotética que atravessa grandes distâncias entre as estrelas em velocidades muito inferiores à velocidade da luz (ver viagem interestelar e Viagem Intergaláctica). Dado que tal veículo pode levar de séculos a dezenas de milhares de anos para alcançar mesmo as estrelas mais próximas, seus ocupantes originais, dependendo da duração da vida dos tripulantes e de efeitos relativísticos, poderão morrer durante a viagem, deixando que seus descendentes a concluam.

Diversidade genética

Avalia-se que, a fim de garantir diversidade genética durante uma viagem de centenas de anos de duração, uma nave geracional necessitaria de pelo menos 500 habitantes. Bancos de esperma ou bancos de óvulos podem reduzir drasticamente o número necessário. Em acréscimo, a nave teria de ser totalmente auto-suficiente (ver Biosfera e suporte vital), provendo comida, ar e água para todos a bordo. Também teria de ter sistemas extraordinariamente confiáveis que pudessem ser mantidos pelos habitantes da nave através de longos períodos de tempo.

Tem sido sugerido que os seres humanos deveriam criar grandes habitats espaciais auto-suficientes antes de enviar naves geracionais para as estrelas. Cada habitat espacial seria isolado do restante da humanidade por um século, mas permaneceria suficientemente perto da Terra para um caso de emergência. Isto permitiria testar a viabilidade da sobrevivência independente de milhares de humanos antes de mandá-los para um ponto além de qualquer esperança de socorro.

Naves geracionais na ficção

Naves geracionais são encontradas com frequência em histórias de ficção científica. A invenção é creditada a J. D. Bernal em seu romance de 1929, The World, The Flesh, & The Devil (O Mundo, a Carne e o Demônio). Um tema comum da ficção científica é o de que os habitantes de uma nave geracional acabam esquecendo que estão numa astronave e passam a acreditar que esta é todo o universo.