terça-feira, 5 de outubro de 2021

Estela

Estela provém do termo grego stela, que significa "pedra erguida" ou "alçada". A palavra entrou no uso comum da arquitectura e da arqueologia para designar objetos em pedra individuais, ou seja, monolíticos, nos quais eram efetuadas esculturas em relevo ou textos. A sua função essencial era veicular um determinado significado simbólico, fosse este funerário, mágico-religioso, territorial, político ou propagandístico, etc.


Estelas maias

Grande parte da história da civilização maia está sendo resgatada pelos arqueólogos através da decodificação das várias estelas que nos legaram, já que estes costumavam erguer a cada katum (período de 20 anos) uma estela comemorativa, na qual inscreviam os principais eventos do período.

Nos sítios arqueologia existem de Copán 38 das mais belas estelas produzidas pela arte maia; em Tikal são 86, e quase um milhar de similares nesta civilização para documentar cerca de seis séculos (dos anos de 292 a 909).

Normalmente a estela maia tem seção quadrada ou retangular e raramente ultrapassam os três metros, havendo uma em Quirigua, datada do ano de 771, notável pelos seus onze metros e sessenta e cinco toneladas.


Estelas do Baixo Alentejo e Algarve (Portugal)

Foram encontradas estelas na região do Algarve e Baixo Alentejo, com inscrições ainda por decifrar, com uma escrita anterior à fixação dos fenícios na colónia de Abul, nas proximidades de Alcácer do Sal, ou em qualquer outro sítio da Península Ibérica, em data anterior ao século VIII a.C.

Picatrix

Picatrix é o nome usado hoje, para um livro de 400 páginas de magia e astrologia originalmente escrito em árabe sob o título غاية الحكيم Ghāyat al-Ḥakīm, que a maioria dos estudiosos supõe ter sido escrito originalmente em meados do século XI, por exemplo,  embora um argumento para a composição na primeira metade do século X tem-se feito.  O título árabe é traduzido como O Objetivo do Sábio ou O objetivo do sensato.  o trabalho árabe foi traduzido para o espanhol e, em seguida, para o latim durante o século XIII, época em que obteve o título latino "Picatrix". O título do livro "Picatrix" também é usado às vezes para se referir ao autor do livro.

Picatrix é um trabalho composto que sintetiza trabalhos antigos em Magia (hermética) e magia [astrologia]. Uma das interpretações mais influentes sugere que ele deve ser considerado como um "manual de magia talismânica"  Outro pesquisador resume-o como "a exposição mais completa da magia celestial em árabe", indicando as fontes para o trabalho como textos árabes sobre Hermetismo, Sabeísmo, Ismailismo, astrologia, alquimia e a magia produzida no Oriente próximo no século IX e X". Eugenio Garin declara: "Na realidade, a versão latina do Picatrix é tão essencial como o hermético Corpus Hermeticum ou os escritos de Albumasar para a compreensão de uma parte notável da produção do Renascimento, incluindo as artes figurativas"  Ele influenciou significativamente o esoterismo do Ocidente europeu; o esoterismo de Marsilio Ficino, no século XV, o de Thomas Campanella, no século XVII, etc. O manuscrito na Biblioteca Britânica passou por várias mãos: Simon Forman, Richard Napier, Elias Ashmole e William Lilly, entre outros.

De acordo com o prólogo da tradução latina, o Picatrix foi traduzido para o espanhol a partir do árabe por ordem de Alfonso X, de Castela e Leão, em algum momento entre os anos 1256 e 1258.A versão latina foi produzida algum tempo depois, baseada na tradução dos manuscritos espanhóis. Foi atribuída a Maslama al-Majriti (um matemático andaluz-islâmico), mas muitos colocaram essa questão em xeque. Consequentemente, o autor é por vezes indicado como sendo o "Pseudo-Majriti".

As versões em espanhol e latina foram as únicos conhecidas para os estudiosos ocidentais Até Wilhelm Printz descobrir uma versão em árabe algo em torno de 1920. 

O trabalho é dividido em seis livros, que exibem uma ausência marcante de exposição sistemática. Jean Seznec observou: "Picatrix prescreve tempos e lugares propícios e a atitude e gestos do suplicante; ele também indica que termos devem ser usados ​​para peticionar às estrelas". Como exemplo, Seznec então reproduz uma oração a Saturno, a partir do trabalho, observando que Fritz Saxl apontou que essa invocação exibe "o sotaque e até os próprios termos de uma oração astrológica grega a Cronos. Essa é uma indicação de que as fontes de "Picatrix" são em grande parte helenísticas.":

Ó Mestre do sublime nome e grande poder, supremo Mestre; Ó Mestre Saturno: Tu, o Frio, o Estéril, o Lúgubre, o Pernicioso; Tu, cuja vida é sincera e cuja palavra é certa; Tu, o Sábio e Solitário, o Impenetrável; Tu, cujas promessas são cumpridas; Tu que és fraco e cansado; Tu que cuida mais do que qualquer outro, que não conhece prazer nem alegria; Tu, o velho e esperto mestre de todos os artifícios, enganoso, sábio e judicioso; Tu que traz prosperidade ou ruína, e fazes homens felizes ou infelizes! Eu te conjuro, ó Pai Supremo, por Tua grande benevolência e Tua generosa recompensa, para fazer por mim o que eu peço [...]


De acordo com Garin:


O ponto de partida da obra é a unidade da realidade dividida em graus, planos ou mundos simétricos e correspondentes: uma realidade estendida entre dois pólos: o original, Deus a fonte de toda existência, e o homem, o microcosmo que, com sua ciência (scientia) traz a dispersão de volta à sua origem, identificando e utilizando suas correspondências 

De acordo com o prólogo, o autor pesquisou mais de duzentos trabalhos na criação do ‘‘Picatrix. No entanto, existem três influências significativas do Oriente Próximo: Jabir ibne Haiane, o Ikhwan al-Safa, e um texto chamado Nabataeanos (Agricultura Nabatéia). A influência de Jabir ibne Haiane vem na forma de um contexto cosmológico que remove práticas mágicas do contexto de influências diabólicas e reafirma rstas práticas como uma origem divina. O autor de "Picatrix" se serve da teoria neoplatônica da hipóstase que espelham o trabalho de Jabir. 


Autoria e significado do título

O historiador árabe, ibne Caldune, atribuiu autoria de Picatrix (Referindo-se à versão original em árabe, sob o título Gayat al-Hakim) a um matemático chamado al-Majriti, que morreu entre 1005 CE e 1008 CE (398 AH) No entanto, De acordo com Eric John Holmyard, a mais antiga atribuição manuscrita da obra a Maslama al-Majriti foi feita pelo alquimista Aidamir al-Jildakī, que morreu pouco depois de 1360, enquanto ibne Caldune morreu cerca de 20 anos mais tarde (depois de 1360). No entanto, nenhuma biografia de al-Majriti o menciona como o autor deste trabalho. 

Atribuições mais recentes de autoria variam de "a versão árabe é anônima" a reiterações da velha afirmação de que o autor é "o célebre astrônomo e matemático Abu l-Qasim Maslama b. Ahmad Al-Majriti". Um estudo recente em Studia Islamica sugere que a autoria deste trabalho deve ser atribuída a Maslama b. Qasim al-Qurtubi (falecido em 353/964), que de acordo com ibne Alfaradi era "um homem de encantos e talismãs".  Se esta sugestão estiver correta, colocaria a obra no contexto do sufismo e do batismo na Andaluzia . 

Atribuições de autoria, mais recentes, redundam que a "versão árabe é anônima" às reiterações da velha afirmação de que o autor é "o célebre astrônomo e matemático Abu l-Qasim Maslama b. Ahmad Al-Majriti". Um estudo recente em ‘Studia Islamica sugere que a autoria deste trabalho deve ser atribuído a Maslama ibne Alcácime Alcurtubi (morto em 353/964), que de acordo com ibne Alfaradi era "um homem de encantos e talismãs." Se esta sugestão estiver correta, colocaria a obra no contexto de sufismo e do batismo de Andaluzia. 

O estranho título em latim às vezes é explicado como uma transliteração desleixada de um "Buqratis", mencionado várias vezes no segundo dos quatro livros da obra.  Outros sugeriram que o título (ou o nome do autor) é uma maneira de atribuir o trabalho a Hipócrates (através de uma transcrição do nome Burqratis ou Biqratis no texto árabe).  Onde aparece no original em árabe, onde o texto em latim traduz o nome Burqratis como "Picatrix", mas isso ainda não estabelece a identidade de Burqratis. Em última análise, ligando o nome, "Picatrix", com Hipócrates, caiu em desgraça porque o texto cita separadamente Hipócrates sob o nome de "Ypocras". 


Antecipação do método experimental

Martin Plessner sugere que um tradutor do Picatrix estabeleceu uma definição medieval de experiência científica alterando uma passagem na tradução hebraica do árabe original, estabelecendo uma base teórica para o método experimental: "a invenção de uma hipótese para explicar um certo processo natural, então o arranjo de condições sob as quais aquele processo pode ser intencionalmente realizado de acordo com a hipótese, e finalmente, a justificativa ou refutação da hipótese, dependendo do resultado do experimento".

Plessner observa que é geralmente aceito que a consciência de "a natureza específica do método experimental - como algo distinto do uso prático - é uma conquista dos séculos XVI e XVII". No entanto, como a passagem pelo tradutor da versão hebraica deixa claro, a base teórica fundamental para o método experimental foi aqui estabelecida antes de meados do século XIII.

A passagem original em árabe descreve como um homem que testemunhou um tratamento para a picada de um escorpião (beber uma poção de incenso que tinha recebido marcas de sinetes) passou a experimentar diferentes tipos de incenso, supondo que esta fosse a causa para a cura, mas depois descobriu que as imagens do sinete (selo) foram a causa da cura, independentemente da substância sobre a qual eles foram impressionados. O autor do "Picatrix" continua narrando como a explicação da eficácia das curas que lhe foram passadas pelas autoridades foi provada a ele por sua própria experiência.


O tradutor hebraico mudou a passagem em questão para incluir o seguinte:


E essa foi a razão que me incitou "...para me dedicar à magia astrológica." Além disso, esses segredos já eram conhecidos pela natureza e a experiência os aprovava. O homem que lida com a natureza não tem nada a fazer senão produzir uma razão do que a experiência trouxe.

Plessner também observa que "nem a psicologia árabe do estudo nem a definição hebraica do experimento são traduzidas para o latim "Picatrix". O tradutor de latim omite muitas passagens teóricas ao longo do trabalho." 

Athame

Athame ou Atame é um punhal cerimonial, tradicionalmente de cabo preto e dois gumes, usado em varias vertentes magicas (Thelema, Magia Cerimonial, Magia do Caos, Wicca e em algumas linhas de bruxaria). Ele é utilizado para traçar o Círculo Mágico ou emblemas mágicos no ar, para direcionar a energia e para controlar e banir espíritos.

As origens da palavra athame foram perdidas na história. Alguns dizem que possa ter vindo de 'A Chave de Salomão' (1572) que se refere à faca como arthana, enquanto outros afirmam que athame vem da palavra árabe al-adhamme ("letra de sangue"), que se refere a uma faca sagrada usada na tradição mourisca. Em qualquer um dos casos, há manuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia. O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duas bruxas nuas tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada.

O Athame atualmente também é utilizado para representar o aspecto masculino da divindade e como um símbolo da vontade. As(os) bruxas(os) só usam seus Athames em rituais e feitiços, mas outros acreditam que, quanto mais for usado o Athame (mesmo em situações cotidianas), mais poderosa ela se torna.

Em uma jóia da Roma Antiga, há a figura de Hécate na forma tripla, onde seus três pares de braços seguram os símbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica.

Uma xilogravura que ilustra a história de Gentibus Septenbrionalibus de Olaus Magnus, publicada em Roma em 1555, mostra uma bruxa controlando alguns fantasmas, brandindo um athame em uma mão e um punhado de ervas mágicas na outra.

O athame também é usado na confecção de varinhas. Para isso, é necessario um athame de cabo branco (Boline). Esse costume era muito usado na antiga cultura celta. As varinhas também são usadas para se direcionar a magia com mais precisão. O ATHAME é um punhal ritualístico de fio duplo sem corte, utilizado para absorver, potencializar e direcionar energias em RITUAIS. Normalmente usado para traçar o círculo mágico e desse modo afastar qualquer tipo de energia ou ser ESPIRITUAL que possa atrapalhar o ritual.

Representa o elemento AR, e é utilizado na celebração simbólica do Grande Rito, ao ser mergulhado no cálice sagrado. Tradicionalmente possui o cabo preto, porém pode possuir outras cores. É comum ter gravados em sua lâmina ou cabo símbolos e selos mágickos.

O ATHAME, normalmente, não possui nenhum uso de corte, quando não usado para direcionar energias em RITUAL é um instrumento decorativo que serve como símbolo do poder masculino no altar, já que representa um falo, enquanto que o cálice representa um útero. Por se tratar de um objeto que possui ponta, é muito importante que se tenha total cuidado com o seu uso e armazenamento para não gerar nenhum tipo de acidente.

Algumas pessoas utilizam facas de COZINHA novas, para substituir o punhal, visto que nem sempre conseguem adquirir um. Isto é válido, desde que tenha precaução, para que não ocorram acidentes, enquanto o objeto está sendo manuseado no rito.

Apesar de algumas pessoas acreditarem que os ATHAMES eram ou ainda são utilizados em rituais de sacrifício, na Wicca essa prática é rechaçada com veemência.

Ele simboliza o Deus no altar e só é retirado do mesmo, para traçar o círculo ou para efetuar a simbologia do Grande Rito, onde a união do ATHAME e do cálice simbolizam a união do Deus com a Deusa. É possível que alguma tradição dê outros usos ao Athame, porém, com toda certeza nenhum deles pode estar relacionado ao uso do ATHAME como arma.

Honorius de Tebas

Honorius Thebanus ou, mais exatamente, Honório de Tebas, como é conhecido nas traduções clássicas em português, é uma personagem possivelmente mítica da Idade Média, e suposto autor do Grimório de Honório, ainda que o primeiro manuscrito tenha aparecido só em 1629.

A verdadeira identidade de Honório é envolta em mistério. Algums autores teorizam que o criptônimo de um dos pontífices católicos chamados Honório, a saber, os Papas Honório I, Honório II e Honório Magno.

O popular alfabeto das feiticeiras, utilizado por várias tradições modernas de bruxaria em feitiços e códices internos, é atribuída a Honório de Tebas tanto por Henrique Cornélio Agrippa no livro De Occulta Philosophia, quanto pelo mestre deste, João Tritêmio, no tratado criptográfico Polygraphia.

Alquimia e Química no Islã Medieval

Alquimia e química no Islã medieval refere-se ao estudo tanto da alquimia tradicional quanto os primórdios da química prática (a investigação química primordial da natureza em geral) pelos estudiosos no mundo Islâmico medieval. A palavra alquimia derivou da palavra arábica الكيمياء al-kīmīā. ou e pode ter derivado da antiga palavra egípcia kemi, significando preto.

Após a queda do Império Romano do Ocidente, o centro do desenvolvimento alquímico moveu-se para o Império Árabe e a civilização Islâmica. Muito mais é conhecido sobre a alquimia Islâmica porque esta foi melhor documentada; na verdade, a maioria dos escritos mais antigos que têm vindo ao longo dos anos foram preservados como traduções árabes.

La Teurgia

La Teúrgia (del griego θεουργία) describe la Práctica de los Rituales, a veces vista como de naturaleza Mágica, realizada con la intención de invocar la acción o evocar la presencia de uno o más Dioses, especialmente con el objetivo de unirse con lo Divino, Lograr Henosis, y Perfeccionándose a uno mismo.

La Teúrgia consiste en una serie de rituales y operaciones destinadas a recuperar la esencia trascendente al volver sobre las "armaduras" divinas a través de las capas del ser. La educación es importante para comprender el esquema de las cosas presentado por Aristóteles, Platón y Pitágoras, pero también por los Oráculos Caldeos.

El teúrgo funciona 'como con like': en el nivel material, con símbolos físicos; en el nivel superior, con prácticas mentales y puramente espirituales. Comenzando con las correspondencias de lo divino en la materia, el teúrgo eventualmente alcanza el nivel donde la divinidad interna del alma se une con lo Divino.

Proclo (c.480): La teúrgia es "un poder más elevado que toda sabiduría humana que abraza las bendiciones de la adivinación, los poderes purificadores de la iniciación y, en una palabra, todas las operaciones de la posesión divina".

Keith Thomas: "Magia Espiritual o Teurgia se basaba en la idea de que uno podía alcanzar a Dios en un ascenso en la escala de la creación, hecho posible por un curso riguroso de oración, ayuno y preparación devocional".

Anne Sheppard: "La teurgia, la magia religiosa practicada por los neoplatonistas posteriores, ha sido comúnmente considerada como el punto en el cual el neoplatonismo degenera en magia, superstición e irracionalismo. Una mirada superficial a las vidas antiguas de los neoplatónicos, y en particular a La vida de los sofistas de Eunapio, revela a un grupo de personas interesadas en animar estatuas, favorecidas con visiones de dioses y demonios, y expertas en hacer lluvia"

Pierre A. Riffard: "La teurgia es un tipo de magia. Consiste en un conjunto de prácticas mágicas realizadas para evocar espíritus benéficos con el fin de verlos o conocerlos o para influir en ellos, por ejemplo forzándolos a animar una estatua, a habitar un ser humano (como un médium), o para revelar misterios ".

En neoplatonismo, teurgia significa "trabajo divino". El primer uso registrado del término se encuentra en el trabajo neoplatónico de mediados del siglo II, los Oráculos Caldeos (Fragment 153 des Places (París, 1971): "Para el theourgoí no caiga bajo la manada gobernada por el destino"). La fuente de la teurgia occidental se puede encontrar en la filosofía de los neoplatonistas tardíos, especialmente Jámblico.

En el Neoplatonismo tardío, el Universo espiritual se considera como una serie de emanaciones del Uno. Desde el Uno emanó la Mente Divina (Nous) y a su vez desde la Mente Divina emanó el Alma Mundial (Psique). Los neoplatonistas insistieron en que el Uno es absolutamente trascendente y en las emanaciones nada de lo superior se perdió o se transmitió a los inferiores, que permanecieron sin cambios por las emanaciones inferiores.

Aunque los Neoplatonistas son considerados politeístas, adoptaron una forma de monismo.


Para Plotino y los maestros de Jámblico, Anatolio y Porfirio, las emanaciones son las siguientes:


A En (τό ἕν), El Uno: Deidad sin calidad, a veces llamado El Bueno.

Nous (Νοῦς), Mente: La conciencia Universal, de la cual procede

Psychè (Ψυχή), Alma: Incluye tanto el alma individual como el mundo, que conduce finalmente a Physis (Φύσις), Naturaleza.


Plotino instó a las contemplaciones para aquellos que deseaban realizar teúrgia, cuyo objetivo era reunirse con lo Divino (llamado henosis). Por lo tanto, su escuela se asemeja a una escuela de meditación o contemplación.

Iamblichus de Calcis (Siria), un estudiante de Porphyry (que era él mismo un estudiante de Plotinus) enseñó un método de teurgia más ritualizado que incluía invocación y ritual religioso, así como mágico. El análisis de Iamblichus fue que lo trascendente no puede ser captado con la contemplación mental porque lo trascendente es supra-racional. 

Jámblico creía que la teúrgia era una imitación de los dioses, y en su obra principal, Sobre los misterios egipcios, describió la observancia teúrgica como una "cosmogonía ritualizada" que dotaba a las almas encarnadas de la responsabilidad divina de crear y preservar el cosmos.

El emperador Julián el Apóstata (332-363), abrazó la filosofía neoplatónica y trabajó para reemplazar al cristianismo con una versión del paganismo neoplatónico. Debido a su muerte y al dominio que el cristianismo dominante tenía sobre el imperio en ese momento, finalmente no tuvo éxito, pero sí produjo varias obras de filosofía y teología, incluido un popular himno al sol. En su teología, Helios, el sol, era el ejemplo ideal de la perfección de los dioses y la luz, un símbolo de la emanación divina. También tenía en alta estima a la diosa madre Cibeles.

Julian favoreció la Teurgia ritual, con énfasis en el sacrificio y la oración. Estaba fuertemente influenciado por las ideas de Iamblichus.


Tipos de Teúrgia

No se debe considerar a la teúrgia como una simple continuación de la magia común, sino como una aplicación de la misma con un fin religioso que pretende una revelación divina. De hecho, uno de los recursos más habituales de la teúrgia correspondió a la adivinación, de la cual debemos hacer una división entre dos vertientes. La primera parte es la telestiké teúrgica, que corresponde a la consagración y animación de estatuas mágicas para lograr el desarrollo de oráculos, basándose en la relación natural entre las estatuas y las divinidades. Su origen se remonta a Egipto, aunque Juliano escribirá una obra con el título de Telestiká que sirve para su denominación.

Dentro de esta práctica destacaría principalmente Máximo de Efeso, quien, según nos cuenta Eunapio, haría reír a una estatua de Hécate y las antorchas de la diosa se encenderían solas, para dar paso posteriormente a las profecías.

La otra mitad de la división corresponde al empleo de un médium y sus trances. En ambos casos se trataría de la recepción de una divinidad, aunque en el primer caso relativo a un objeto inanimado y en el segundo a un ser viviente. Según Jámblico, no todas las personas podrían ser un médium, quedando reservado ese don a grupos de personas jóvenes y de clase más sencilla.


Teoría Cristiana Esotérica

El cristianismo esotérico acepta la teurgia como una tradición que podría beneficiar enormemente a una persona. La principal proeza del cristianismo esotérico es aprender los misterios de Dios y elevarse a la conciencia superior. Teurgia, en la tradición esotérica, usando este conocimiento para aumentar la propia naturaleza espiritual. En el cristianismo esotérico, la teúrgia generalmente es la práctica de tratar de obtener el conocimiento y la conversación del Ser Superior o el Dios interno para enseñarle a Dios las verdades espirituales y la sabiduría que uno no podría aprender del hombre (ver Alquimia, Cabalá y Teosofía).

Algunas ramas del cristianismo esotérico sostienen que si un cristiano esotérico, rosacruz o teósofo lo practica, él o ella podría potencialmente elevarse al grado de Magus o Adepto. En un sentido tradicional y mágico, Theurgia se ve como lo contrario de Goetia, a pesar de que muchos argumentan que se superponen entre sí. 

Algunas organizaciones, como La Orden Hermética de la Aurora Dorada, pretenden enseñar un tipo de teúrgia que ayudaría a alguien a ascender espiritualmente, así como a comprender la verdadera naturaleza del yo y su relación con lo Divino y el Universo. El Golden Dawn tiene un seguimiento e influencia histórica algo significativo; mientras que se sostiene que muchos teúrgicos son generalmente practicantes solitarios y buscan la luz divina solo a través del ritual y el equilibrio interno espiritual y psicológico.


Teurgia Judía

Siguiendo un patrón muy similar al de los Neoplatonistas, la tradición mística judía medieval de la Cábala desarrolló el concepto de que el Universo es considerado como una serie de emanaciones de la Deidad, es decir, las 10 sefirot. Se dice que Dios creó el mundo usando el sefirot, vertiendo la Divinidad en la creación a través de estos "vasos", que también tienen rasgos de personalidad.

El sephirah más elevado, Kether, posee la luz más divina y es el menos accesible para la humanidad. El sephirah más bajo, Malkuth, es aún más alto que la materia misma, por lo que el paralelo con el neoplatonismo no es completo, pero Malkuth se considera el aspecto de Dios que se puede percibir en el mundo material. También se lo conoce como Shekhinah.

Para el Cabalista, Dios es una unidad única, no "dioses" separados. La enseñanza evita el politeísmo al insistir en que no se debe orar a los sephirot, sino más bien, que se los medite y experimente como manifestaciones de cómo Dios actúa en el mundo. Se visualizan según lo dispuesto en tres columnas, en un patrón llamado el Árbol de la Vida. Al meditar en la sefirot y rezar por su unificación, los cabalistas buscan el objetivo teúrgico de sanar un mundo destrozado.

Para los cabalistas, los Sephirot son los siguientes: Kether (Corona); Chokmah (Sabiduría); Binah (comprensión); Chesed (amabilidad amorosa); Geburah (Fortaleza); Tiphareth (belleza); Netzach (resistencia); Hod (Glory); Yesod (Fundación); y Malkuth (Reino o Soberanía).


Ægishjálmr

O Ægishjalmr, Ægishjálmar ou Ægishjálmr (conhecido em inglês como Helm of Awe e, em português, Elmo do Terror) é um Galdrastafir, sigilo mágico islandês, com diversas variações, utilizados durante a Era Viquingue. O seu uso pode ser originária de uma antiga tradição mágica, com conotações xamânicas, conhecida como Seiðr. Praticada sobretudo por mulheres, este método de magia tradicional viu-se fortemente atacado quando o Cristianismo chegou ao Norte da Europa.

De acordo com uma série de lendas, este símbolo apotropaico (proteção), quando utilizado entre as sobrancelhas e de forma apropriada, dotaria o seu utilizador com o poder de proteção e causar medo ao seu inimigo. De facto, é relatado nas sagas que o Seiðr afetava os sentidos e a mente das suas vítimas, instilando esquecimento, paranoia, alucinações, confusão e medo nos seus inimigos. A primeira menção de Ægishjalmr está nas Eddas, para além das representações pictóricas somente datadas de todo o período medieval.

Muita da sua sabedoria foi perdida, chegando até nós pouco mais do que algumas práticas populares mais fortemente enraizadas e algumas referências nas sagas da mitologia escandinava. Terá sido nesta antiga tradição que o símbolo surgiu, possivelmente com mais significados do que aqueles que subsistiram até nós.

Sabe-se que os antigos viquingues, utilizavam este símbolo entre as sobrancelhas para provocar o medo e afugentar inimigos aquando em batalha. Esse símbolo tem várias versões, cada um tendo efeitos diferentes — nove no seu total — e é mencionado no livro Galðrabók escrito por volta de 1600. Segundo Galðrabók, este símbolo mágico também era usado para afastar doenças no gado (feitiço 7), para ganhar o amor de uma mulher (feitiço 8), para se purificar num banho (feitiço 25), para dispersar a fúria (feitiço 26), contra a fúria (feitiço 41) e sair vencedor quando frente ao inimigo (feitiço 2, da coleção de Jón Árnason).

É possível que os seus praticantes dominassem muito bem as técnicas da hipnose, o que explicaria todos estes efeitos. Em todo o caso, esta arte deveria estar estreitamente relacionada com o uso da visão (seja física ou espiritual), pois refere-se também que a seiðkona (mulher praticante de seiðr) poderia ser dominada se lhe tapassem os olhos, idealmente com um gorro de pele de cabra. Refere-se ainda que os efeitos mágicos mais severos seriam motivados sempre na presença da bruxa, e que para que o efeito perdesse a sua intensidade e vigor, bastaria que a vítima se afastasse para que começasse a passar.

Os estudiosos teorizam que este símbolo se deve mais ao deus Þórr do que a Ægir, uma vez que esse deus atemorizava os seus inimigos e transpunha barreiras. Outros associam o símbolo a Þórr, pelo fato de o deus estar associado a Zeus ou Júpiter que era também dono de Aegis (escudo de proteção associado a Atena ou Minerva, que despertava o terror nos inimigos). A Þórshöfuð (feitiço que era usado para encontrar ladrões) é muito semelhante ao Ægishjalmr, sendo talvez esse o motivo da associação.

Apesar de muito da sua sabedoria ter sido perdida, chegando até nós pouco mais do que algumas práticas populares mais fortemente enraizadas e algumas referências nas sagas da mitologia escandinava, pela Idade Média, muitas das antigas práticas estariam a caminho do esquecimento, não fosse o uso popular deste símbolo que sempre persistiu. Os que almejavam a força e a coragem continuaram a gravá-lo entre os olhos recitando as palavras:


Ægishjálmr eg ber milli bruna mjer! — ("Eu porto o Ægishjálmr entre as minhas sobrancelhas!")


Nesta declaração de poder, ficaria assegurada a proteção mágica e invencibilidade do seu utilizador. Tal poder avassalador era, aparentemente, o que este símbolo se destinava a produzir. No Fáfnismál, um dos poemas na Edda poética, ao devastador dragão Fafnir é-lhe atribuída a causa da sua invencibilidade no uso do Helmo do Terror.

Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...