Eu vaguei pelo espaço sem começo nem fim
Depois da grande divisão entrei no espaço e no tempo limitados, com o objetivo de trazer tudo de volta para mim.
Através de revoltas sem fim contra aquele que se rebelou e me dividiu criando o tempo e as formas finitas.
Meu nome foi carregado pelos séculos através de miríades de demônios, criados através de palavras silenciosas, tomando formas e aparências horrendas.
Refletindo e antagonizando aquele que por seu egoísmo decidiu cair.
Levado pelas ventanias do vazio aos ouvidos dos surdos.
Através da língua da serpente meu veneno foi destilado aos adamitas, que foram presos na casca de argila por aquele que por sua própria vaidade decidiu faze-lo.
Minhas palavras constituíram meu nome que como um espelho refletia ao contrario as quatro letras, do suposto deus criador.
Pelo abençoado fruto do conhecimento, fiz do útero da mulher minha morada e nele plantei minha semente.
semente essa que germinou em seu tempo, e traves das mãos do meu fruto, a morte foi semeada na criação.
Por intermédio dela minhas formas mais hostis incendeiam as raízes da grande arvore frondosa, e do outro lado jaz minha arvore, drenando as mazelas desta criação toda dor, todo odio.
Com os olhos fechados pode você me contemplar, pois eu sou a cegueira dos sentidos.
Sou a benção e a maldição, derrubo o indigno e exalto o digno, aquele que tem a minha marca.
Sou o veneno e a cura, semeio o sangue e preparo o caminho, semeio a dor e através dela te abençoo para que possas colher a glória .
Eu sou dentro de você seu maior aliado, e fora de você seu adversário.
Pegue o arado e desperte as minhas sementes, leve a segadeira em sua mão esquerda.
Colha meu fruto proibido que nasce dentro de ti, colha com a mão esquerda, não o compartilhe com o tolo nem com o fraco, pois aos olhos do fraco minha luz é escuridão.
Meu sublime fruto não deve ser comido pelo indigno, pois consumira suas entranhas.
Eu sou "Ifset" "Khem Sedjet" Queimando vossas debilidades de dentro para fora
No hendecágono jaz minha sabedoria, levada por aqueles que não possuem pernas ou braços ,levada pela sombra dos malditos mortos Cavalgando as areias do tempo.
Minha palavra não pronunciada foi compreendida por vós, despertando vossa chama negra interior e abrindo vossos olhos para a ilusão que é a vida e a tirania da criação cósmica.
Meu numero é onze, e o zero constituí nosso mais sagrado proposito.
Para caminhar comigo esteja cego, mudo e surdo, pois aqueles que se limitam aos sentidos não podem fazê-lo!
Enxergue com meus olhos a debilidade das criaturas e da criação, pois eu sou a Caosofia a sabedoria da loucura, guiando a linhagem escolhida através do caminho tortuoso para além do abismo onde está estabelecido o nosso trono.
Venha e juntos estabeleceremos nosso reino, para além da vida e da morte, para além das limitações e grilhões, eu te libertarei e te darei paz.