segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Escola Gnóstica Samael Aun Weor


O Movimento Gnóstico é o movimento-síntese da Era de Aquário. Todas as Sete Escolas de Yoga estão na Gnose, de forma sintética e absolutamente prática.

Há Hatha Ioga Tântrica no Maithuna (Magia Sexual). Há Raja Ioga prática no trabalho com os chacras. Há Gnana Ioga nos trabalhos e disciplinas mentais que, desde milhões de anos, cultivamos em segredo. Temos Bhakti Ioga em nossas orações e Rituais. Temos Laya Ioga na meditação e exercícios respiratórios. Há Samadhi em nossas práticas com o Maithuna e durante as meditações de fundo. Vivemos o caminho do Karma Ioga na Reta Ação, no Reto Pensar, no Reto Sentir, etc.

A Ciência Secreta dos Sufis e Dervixes Dançantes estão na Gnose. As doutrinas secretas do Buddhismo e do Taoísmo estão na Gnose. A Magia Sagrada dos Nórdicos está na Gnose. A Sabedoria de Hermes, Buddha, Confúcio, Maomé, Quetzalcoatl, etc., etc., etc., está na Gnose. A Doutrina do Cristo é a Gnose.

Jesus de Nazaré é, de fato, o Homem das Sínteses. Jesus de Nazaré foi Essênio e estudou a Sabedoria Hebraica e teve dois mestres rabinos durante sua infância. Contudo, e ademais de seus profundos conhecimentos do Zohar, do Talmud e da Torah, é Iniciado Egípcio, Maçom Egípcio. Jesus estudou na pirâmide de Kéfrem. Jesus é um Hierofante Egípcio. Além disso, viajou pela Caldéia, Pérsia, Europa, Índia e Tibet. As viagens de Jesus não foram turísticas; as viagens de Jesus foram de estudo.

Existem documentos secretos no Tibet que demonstram que Jesus, o Grande Mestre Gnóstico, esteve em Lhasa, capital do Tibet, Sede Sagrada do Dalai Lama.

Jesus visitou a Catedral de Jo Kang, a Santa Catedral do Tibet.

Foram magníficos os conhecimentos que Jesus adquiriu em todos esses países e em todas essas antigas Escolas de Mistérios…

O Grande Mestre entregou-nos todos esses conhecimentos Ioguis, todos esses conhecimentos Buddhistas, Herméticos, Zoroastrinos, Talmúdicos, Caldeus, Tibetanos, etc., etc., etc., de forma sintética, já digeridos em sua Gnose.

Jesus não fundou a Igreja Católica Romana. Jesus fundou a Igreja Gnóstica, a que existia nos tempos de Santo Agostinho; a que conheceu Jerônimo, Empédocles, São Tomás, Marcião de Ponto, Clemente de Alexandria, Tertuliano, Santo Ambrósio, Harpócrates e todos os primeiros Padres da Igreja que, naquela época, se chamava Igreja Gnóstica-Católica.

A Igreja Católica Romana, em sua forma atual, não foi fundada por Jesus; ela é um desvio ou corrupção, um ramo desprendido da Santa Gnose, um cadáver.

A humanidade necessita voltar ao ponto de partida, regressar à Santa Gnose do Hierofante Jesus. Retornar ao cristianismo primitivo, ao Cristianismo da Gnose.

A doutrina de Jesus, o Cristo, é a doutrina dos Essênios, a doutrina dos Nazarenos, Peratissenos ou Peratas, etc., etc., etc.
Na doutrina de Jesus Cristo, há Ioga digerida, Ioga essencial, Magia Tibetana, Buddhismo Zen, Buddhismo Prático, Ciência Hermética, etc., etc., etc.

Na Gnose está toda a sabedoria antiga já totalmente mastigada.

Jesus, o Divino Mestre, é o Instrutor do Mundo. Se queremos, de verdade, a Autorrealização Íntima, estudemos a Gnose, pratiquemos a Gnose, vivamos a Senda do Arhat Gnóstico.

A melhor exposição da Doutrina Secreta, está na Síntese Gnóstica do Hierofante Jesus, o Cristo.

A Gnose nos economiza trabalho e estudo; se não fosse pela Síntese do Cristo, necessitaríamos colocar na cabeça milhões de volumes e viajar pelo mundo inteiro, a fim de achar o caminho.
Afortunadamente, Alguém já o fez, e esse Alguém foi o Cristo. Ele mesmo estudou na Catedral Buddhista de Jo Kang, investigando antiqüíssimos livros tibetanos.

Para que necessitamos fazer esse mesmo trabalho de investigação? Ele já fez esse trabalho e, de forma sintética, entregou-nos toda a Ioga, toda a Ciência Secreta. Que mais queremos?

Nosso dever é estudar a Gnose e vivê-la – isso é o importante. Que riam de nós, que nos ataquem que nos caluniem que importa à ciência e a nós?

Pode estar seguro, querido leitor, que o melhor da Ioga está na Gnose. O melhor que tem o Buddhismo está na Gnose; o melhor da Ciência Egípcia, Caldaica, Zoroastrina, etc., etc., etc., está na Gnose. E então? Que mais queremos? Que mais buscamos?

O Movimento Gnóstico é o movimento revolucionário da Era de Aquário. Atualmente, existem muitos indivíduos reacionários, extemporâneos, retardatários, que se dizem Gnósticos e nos excomungam porque divulgamos o Grande Arcano, o Maithuna, dizendo que estamos fazendo um trabalho pansexualista, pecaminoso. Não querem que a humanidade receba a Chave da Auto-Realização Íntima.

O Secretário das Instituições Gnósticas tem recebido cartas de um desses Pseudo Rosacruzes, Pseudo Gnósticos, nas quais ele afirma estar com a Gnose e com o Maithuna (Magia Sexual), mas quer que a dita chave não seja entregue à pobre humanidade doente… Diz que se preparem primeiro as pessoas antes de entregar-lhes o Maithuna etc., etc. Contudo, quando dito líder dirige-se a certos estudantes se contradiz falando contra o Movimento Gnóstico e contra o Grande Arcano, qualificando-nos de pornográficos, etc., etc., etc.

Realmente, o que ele quer é não deixar os demais entrarem pela Senda do Fio da Navalha. Estes são os que não entram e nem deixam entrar. Ele sabe a chave sexual, ele conhece o Maithuna, mas não quer que os demais o saibam, está empenhado em ocultar a verdade aos pobres seres humanos.

Nós, francamente, resolvemos nos lançar a uma luta sem quartel. A uma luta de morte para iniciar a Era de Aquário. Não importa que nos critiquem que nos insultem que nos atraiçoem. A Gnose deve ser entregue à humanidade, custe o que custar. Jesus ensinou a Gnose e nós a entregaremos à humanidade custe o que custar.

O Movimento Gnóstico apresenta o conhecimento Gnóstico de forma revolucionária. O Movimento Gnóstico é revolucionário cem por cento. O Movimento Gnóstico se formou para iniciar uma Nova Era, dirigida por um planeta revolucionário. Esse planeta é Urano, o planeta da sexualidade, o planeta da revolução em marcha.
Neste novo ano de Aquário, o Movimento Gnóstico Cristão Universal, deve lutar tremendamente pela Era de Aquário.

Cada Santuário Gnóstico deve eleger seu Missionário. Todos os Missionários devem lançar-se numa luta de morte pela vitória do Cristo Jesus.

Todos os Lumisiais Gnósticos devem lançar intensíssima propaganda Gnóstica, folhetos, folhas, convites, livros, avisos pelo rádio, jornais, etc., etc., etc.

Quem quiser se cristificar deve estar disposto a dar até a última gota de sangue pelo Cristo e pela humanidade doente.

Os egoístas, aqueles que só pensam em si mesmos e em seu próprio progresso, jamais lograrão a Cristificação.

Atualmente, o Movimento Gnóstico tem mais de quatro milhões de pessoas em toda a América. Mas, necessita crescer mais; necessita tornar-se poderoso, gigantesco, a fim de transformar o mundo para a Nova Era que já começou.

O ano passado foi terrível… Fomos traídos por um vilão na zona afetada… Mas vencemos… Ganhamos a batalha… Agora estamos mais poderosos… Mais fortes… Mais numerosos… Terminou o ano passado com vitória total para o Movimento Gnóstico.

Este ano de Aquário deve ser de guerra de morte contra a ignorância, o fanatismo e o erro. É necessário trabalhar intensamente na Grande Obra do Pai e trazer às nossas filas Gnósticas milhares de pessoas. Necessitamos robustecer o Exército da Salvação Mundial.

Recordai Irmãos Gnósticos, que na Gnose do Cristo Cósmico está a Síntese Prática de todas as Iogas, Lojas, Ordens, Religiões, Escolas, Sistemas, etc., etc., etc.

Nosso Grande Mestre Jesus, o Cristo, estudou a fundo essa Ioga, toda essa sabedoria antiga e, logo entregou-nos em sua Gnose, já digerida e perfeitamente simplificada, de forma absolutamente prática.

Há Gnose na Doutrina Buddhista, no Buddhismo Tântrico do Tibete, no Budismo Zen do Japão, no Budismo Chan da China, no Sufismo, nos Dervixes Dançantes, na Sabedoria Egípcia, Persa, Caldaica, Pitagórica, Grega, Asteca, Maia, Inca, etc., etc., etc.

Se estudarmos cuidadosamente, os Evangelhos Cristãos, acharemos neles a Matemática Pitagórica, a Parábola Caldaica e Babilônica e a formidável Moral Buddhista.

O sistema de ensinamento adotado por Jesus foi o Sistema dos Essênios. Certamente, os Essênios foram Gnósticos cem por cento.
Os Quatro Evangelhos são Gnósticos e não podem ser entendidos sem o Maithuna (Magia Sexual).

É um absurdo adulterar a Gnose com ensinamentos distintos. O Evangelho Cristão proíbe o adultério. É absurdo conceber a Gnose sem o Maithuna.

Podemos beber o vinho da Gnose (Sabedoria Divina), numa taça Grega, Buddhista, Sufi, Asteca, Egípcia, etc., etc., etc., mas não devemos adulterar esse vinho delicioso com doutrinas estranhas.

No Movimento Gnóstico está a Síntese Prática da Gnose, em sua forma absolutamente Revolucionária.

O Movimento Gnóstico corresponde ao signo zodiacal de Aquário e, portanto, é absolutamente Revolucionário.

Os Lumisiais do Movimento Gnóstico devem ser academias esotéricas e Templos de Liturgia Solar.

Os Rituais Gnósticos, realmente, são Liturgia Solar. Hoje em dia, o ser humano ainda não tem Corpo Solar (Corpo Astral); esse é um luxo que muito poucos podem se dar. O ser humano atual, isto é, o animal intelectual, só tem Corpo Lunar (Corpo Molecular).

O animal intelectual é escravo da influência lunar. Carrega a Lua em seu Corpo Molecular, fantasmático, negativo lunar. Realmente, o ser humano atual é uma mescla híbrida de planta e de fantasma.

O que leva o animal intelectual dentro de seu Corpo Lunar é, unicamente, a Legião do Eu e o Buddhata adormecido.

O Movimento Gnóstico ensina o Maithuna para que o ser humano fabrique o Corpo Solar. É necessário que o homem se liberte da Lua e se converta em Espírito Solar.

Os Rituais Gnósticos nos identificam com a força solar. É necessário lutar contra a força lunar, fazer-nos livres de verdade. Isso é o que quer o Movimento Gnóstico.

A Lua é morte, o Sol é vida em abundância. A Lua é materialismo, bebedeiras, banquetes, luxúria, ira, cobiça, inveja, orgulho, preguiça, incredulidade, etc., etc., etc.

O Sol é Fogo, Sabedoria, Amor, Espírito Divino, Esplendor, etc…
O Sol é Cristo Cósmico, o Verbo, a Grande Palavra. Os Quatro Evangelhos Gnósticos constituem o Drama Solar, o Drama do Cristo.
Nós necessitamos viver o Drama Solar, nós necessitamos converter-nos no personagem central desse Drama Cósmico.

Não importa que nos critiquem que nos incomodem que nos odeiem por divulgar o Maithuna (Magia Sexual), para o bem desta pobre humanidade fracassada.

Os infrasexuais degenerados, jamais nos perdoarão pelo fato de nós defendermos a Supra sexualidade.

Realmente, causa dor ver esses pobres infrasexuais no Mundo Molecular depois da morte. Seu Corpo Lunar os transforma em mulheres lunares, que vagam pelo Mundo Molecular como sonâmbulas, adormecidas, frias e inconscientes.

De que serviram a esses pobres infrasexuais todas suas práticas subjetivas? De que lhes serviram todas suas Crenças, Sistemas, Ordens, etc.? Os infrasexuais, inutilmente, tentarão a liberação desprezando o sexo, renunciando ao Maithuna (Magia Sexual), abstendo-se ou abusando, seguindo o caminho degenerado dos homossexuais, masturbadores, etc.

Inutilmente, os equivocados sinceros tentarão criar os Corpos Solares praticando exercícios respiratórios, ou Ioguismo sem Maithuna, exercícios similares, dietas vegetarianas, etc.

Está completamente demonstrado que somos filhos do sexo e que só com o sexo se pode criar…

Realmente, só com o sexo poderemos criar os Corpos Solares. Só com a força maravilhosa do Terceiro Logos podemos nos converter em Espíritos Solares.

Queremos ensinar à humanidade a Religião Solar. Queremos entregar a estes pobres fantasmas lunares a Doutrina Solar do Cristo Cósmico, com o único propósito de que o homem se Cristifique.

É urgente que nasça o Cristo no coração do Homem. É necessário que cada ser humano se converta num Anjo Solar.

O Movimento Gnóstico tem uma gigantesca tarefa na Era de Aquário, que estamos começando. Compete a nós a Missão Sagrada de ensinar a esta pobre humanidade a Doutrina do Logos Solar.

Devemos lutar até à morte, para fazer cada vez mais e mais poderoso o Movimento Gnóstico. Necessitamos que este Movimento se faça Onipotente para o bem de tantos milhões de seres humanos, que estão no caminho da Segunda Morte. Necessitamos ser compassivos e entregar à humanidade a Doutrina Solar, custe o que custar.

Autor: V. M. Samael Aun Weor

Gnose:Discípulos, Mestres & Avatares


Há tempos que sinto impulso de dizer algumas palavras sobre este tema. Mas, sempre acabei me contendo, considerando a vulgarização e a BANALIZAÇÃO destas expressões.

Sim, porque qualquer larva ou doente mental em qualquer esquina do mundo hoje se diz (ou dele se diz) Mestre. E todo mundo já se considera um Chela ou um Lanu prestes a alcançar o nível de Adepto.

Escolas Iniciáticas? Bem, todos se dizem e se apresentam como Iniciados, mesmo que tenham lido apenas meia dúzia de cartilhas esotéricas infantis.

Será que sempre foi assim na história da humanidade? Ou, em algum momento de nossa história, de fato existiram Mestres, Avatares, Adeptos, Discípulos? O que é exigido de um Discípulo, Lanu ou Chela? Como se tornar um Pequeno Iniciado da Fraternidade Branca?

Nisso tudo há uma Hierarquia, uma Disciplina super-rigorosa com muito Trabalho Prático e uma Metodologia.

Quer acredite ou não, a Iniciação é para poucos. Qual o critério de seleção? – Cada um deve decidir, pedir (e pedir muito) e trabalhar (e trabalhar muito). Toda oração sincera, todo pedido feito de coração puro e vibrante é escutado. O universo não é esse deserto material que os seguidores do Anticristo pregam em suas escolas e alardeiam pela mídia que se prosterna reverentemente diante de seus arautos.

Em suas preces sendo aceitas, vêm as primeiras provas. Geralmente, o aspirante nem fica sabendo que foi provado (porque sua consciência dorme profundamente).

A primeira prova, é a prova do Guardião, onde o aspirante invoca o reflexo psicológico de si mesmo, no mundo astral. Se sair vencedor sobre sua própria natureza egóica, passa para a prova seguinte. Se fracassar, para aí mesmo, e esta prova só se repete depois de muito tempo, caso não tenha mudado de ideia e insista em pedir sua Iniciação.

Na sequência, vêm as provas dos 4 Elementos: Fogo, Ar, Água e Terra.

O estudante só entra no Caminho Preparatório após haver saído vencedor nesse vestibular probatório inicial. A partir daí, seguem-se 9 Iniciações Menores, que podem ser realizadas em até 2 anos se o estudante tiver uma correta orientação. Ou passar a vida toda sem nem chegar à Nona Iniciação Menor.

A maioria dos nomes conhecidos no esoterismo atual, que viveram nos últimos 200 anos, nunca passou da Nona Iniciação Menor. Quer dizer: tudo que disseram e escreveram sobre temas esotéricos refere-se tão só ao Primário dos Colégios Iniciáticos.

Esse é o maior drama dentro do ambiente esotérico mundial. Existem milhares e milhares de livros, que, no fundo, são inúteis. Porém, o pior não é isso. O pior é que os devoradores de livros esotéricos creem que “progredir”, “avançar”, “iluminar-se” é ler livros. Que tudo é feito com o intelecto. Que a mente, mediante a leitura e a reflexão intelectual, possa se Iluminar (quando, Luz, aqui, é o oposto da informação acumulada ou arquivada nos 300 mil clusters do cérebro humano).

Mesmo sem saber que nada sabem, apesar de haverem criado uma cultura intelectual esotérica formidável, esses pobres devoradores de livros julgam-se suficientemente “despertos de consciência” para julgar, criticar e atacar os Autênticos Iniciados, Adeptos, Mestres e Avatares, como tenho visto por aí, navegando pelos mares virtuais.

Essa atitude, simplesmente, fecha-lhes de forma definitiva as portas do Caminho Sagrado. Será mais um retorno perdido por pura ignorância espiritual e falta de humildade esotérica.

Um Mestre, Escola ou Chela que não ensine ou que não conheça nem pratique a doutrina da morte dos defeitos psicológicos, a doutrina alquímica e não realize obras em favor dos demais (não viva a doutrina do Cristo em carne e osso), nada sabe de Iniciação, nem de esoterismo autêntico ou ocultismo prático branco.

Todos os dias chegam consultas e e-mails de pessoas perguntando onde podem achar um serviço de delivery iniciático ou se, acaso, os ET’s possuem aparelhos para acelerar a evolução espiritual.

Respeitada alma peregrina, na Via Iniciática, cada um faz o seu trabalho. Esse trabalho pode ser suavizado ou acelerado se encontrarem e tiverem humildade de aceitar orientações de um Chela ou Lanu (porque nenhum de nós irá encontrar Mestres por aí) sério ou responsável, que efetivamente tenha vivido todas essas etapas preliminares e que ainda viva e pratique no seu dia a dia a sagrada e secreta ciência iniciática.

Na vida prática, vemos apenas que as pessoas já nem mais forças e energias têm como que para realizar duas horas diárias de exercícios esotéricos. Todos foram engolidos pela voragem da vida moderna.

O primeiro passo começa aí mesmo: decidir o que queremos. Morrer como máquinas de produção e consumo ou fazer algo em favor de nós mesmos, sacrificando tudo que for preciso em favor do ideal iniciático.

O que quer que seja, precisa ser conquistado neste Caminho. Porém, para o mundo do anticristo damos tudo e para o mundo dos Deuses, nada.

Anima-nos sustentar este trabalho que desenvolvemos a frente da IGB, com uma reduzida equipe, a existência de um pequeno grupo de estudantes que, em silêncio e de forma discreta, dedicam parte de suas vidas a melhorar sua condição espiritual, tendo já conquistado resultados muito animadores.

Autor: Karl Bunn

É a Gnose Platônica ou Aristotélica?



A Gnose Clássica (ou antiga) não é aristotélica, e sim, Platônica. Muitos de seus conceitos, dentre eles o da DIVINDADE, estão baseados no conteúdo do DIÁLOGO com Fédon (ou das Almas).

Para Aristóteles, a PRIMEIRA CAUSA (Primum Mobile) é Mecânica, que é coincidente com a Causa Cartesiana, mecanicista e inseparável do universo creado e da idéia da divindade. É, portanto, uma divindade inseparável da causa que origina o universo, o espaço e o tempo nos quais tanto vivem os homens quanto os Deuses.
A essência aristotélica é uma abstração ou espírito extraído da união de essência e substância, e, portanto, permanece dentro dela. Da mesma maneira, é inseparável Deus de sua obra. Nesse sentido da Ontologia do Ser, Aristóteles se separa do seu Mestre Platão, para o qual existe um mundo perfeito (Uppertonouranos – Mundo das Idéias) e o mundo visível (Ouranos, Uranus) que é o reflexo daquele mundo invisível.

Do mesmo modo, o Taoísmo chinês distingue o que é chamado de Primeiro Céu do Segundo Céu, com idênticas propriedades. No universo perfeito vive TAI-CHI ou TAO – que é imutável. No segundo universo ou universo creado há a divisão de YANG e YING.

A ETERNIDADE é um plano anterior à creação do espaço-tempo e, portanto, da morada de TAI-CHI – a Consciência Creadora, cujo agente consciente de si mesmo é o Grande Senhor da Eternidade (DEUS).

A Primeira Creação é a dos seres de natureza menos densa e mais próxima da primeira emanação da Eternidade (Deuses Creadores). Mas, já dentro do universo espaço-temporal ao qual pertencem fazem com que o espaço e o tempo de homens e Deuses não coincidam. Jehovah e Abraxas pertencem a este primeiro espaço, bem como outros “Espíritos”. Em novas e sucessivas emanações, cada vez mais densos, surgem outros Seres, como os Demiurgos e os DJINS (Gênios) que deram forma aos universos creados ou emanados da Eternidade. Abraxas, portanto, é dual. Contém o rosto oculto e o rosto manifesto de Deus, ou as Trevas e a Luz.

Santo Agostinho que, antes de ser um “santo cristão” foi um gnóstico, explica esse mistério em sua obra Civitas Dei (Cidade de Deus). Portanto, uma coisa é DEUS NA ETERNIDADE e outra é DEUS NO TEMPO.

Autor: Karl Bunn

Bases do Gnosticismo Aquariano


1. A mente do homem moderno está totalmente degenerada e confusa devido aos erros e conflitos psicológicos que acarreta a si mesma. Por isso mesmo, o homem atual já não tem a capacidade de ver as coisas como elas são; percebe apenas uma realidade deformada e determinada por suas próprias debilidades e fraquezas emocionais e psicológicas.

2. O maior propósito da Gnose, como sistema filosófico de vida, é eliminar da mente os elementos psicológicos que lhe foram agregados pelas sucessivas existências. Enquanto esses agregados psicológicos existirem em nossa mente nunca poderemos ter uma verdadeira percepção da verdade e da realidade da vida.

3. Nisso, as religiões orientais levam certa vantagem sobre as ocidentais, porque o buddhismo desde há tempos prega que uma mente intoxicada não está pronta para experimentar a realidade e a vacuidade.

4. Porém, aceitar qualquer doutrina sem prévia compreensão e correto entendimento de seus valores é como construir uma casa começando pelo telhado. Por isso mesmo a Gnose ensina distintos métodos de comprovação prática dos princípios de sua doutrina.

5. Também é um erro muito grave querer ensinar o que não aprendeu nem para si. Todo instrutor deve saber perfeitamente bem o que faz e porque faz. Os que se dedicam integralmente ao ensino e à práxis da Gnose devemos buscar a crescente e permanente pureza do ensinamento. Uma Escola, Lumisial ou Igreja Gnóstica exerce papel fundamental nesse propósito porque uma instituição gnóstica tem a grave responsabilidade de ser a encarnação dos preceitos da doutrina que ensina. Se algum instrutor ou líder gnóstico, no fundo tem a intenção de continuar a viver e a agir como sempre viveu e agiu, é melhor que não dê instrução. Ensinar uma doutrina distorcida certamente só lhe gerará mais karma a pagar.

6. No que tange a proporcionar meios e maneiras de se cultivar os aspectos positivos da mente e eliminar os negativos, de um modo geral todas as grandes religiões do mundo sempre ensinaram isso. A Gnose Aquariana é a síntese de todas elas. Por isso mesmo encarna em si tanto a parte mística quanto a parte racional. O Grande Mestre Gnóstico responsável por essa Nova Gnose Aquariana, Samael Aun Weor, é bem claro quanto a esses aspectos, quando afirma que “não quer seguidores, mas gente preparada para pesquisar e investigar o ultra de todas as coisas por si mesmo”.

7. Quando bem transmitida e compreendida, esta Nova Gnose Aquariana torna-se um método muito eficiente para o Despertar da Consciência, para a Iluminação do Espírito e para a Auto-Realização Íntima. Mas, quando mal transmitida e mal compreendida, não gera outros frutos que o fanatismo e o frio racionalismo teológico e cultural típico de nosso tempo. Em matéria de Gnose é preciso ir muito além da simples razão [e também das alucinações mentais] como ferramenta de pesquisa, investigação e comprovação.

8. A vivência ou a práxis gnóstica é muito mais que recitar mantras e orações ou cumprir um dever religioso semanal. Além dos aspectos devocionais, existem ainda os elementos do RETO AGIR, do RETO SENTIR e do RETO PENSAR, não desprezando nem ignorando tampouco os caminhos da SANTIDADE e da CASTIDADE CIENTÍFICA.

9. A prática da Gnose torna-se mais fácil e simples quando se compreende o valor e a importância de se poder contar com um Mestre de Sabedoria, uma Escola Capacitada e uma Doutrina Prática e consistente. Os autossuficientes, que crêem poder fazer tudo sozinho, fracassam devido à ilusão que criaram sobre suas próprias e elementares capacidades espirituais. A convivência com autênticos “irmãos mais velhos e experientes” em muito contribui e facilita percorrer o Caminho. O oposto também é válido: maus irmãos e instrutores não qualificados tornam a jornada íntima bem mais difícil. Mas difícil mesmo é encontrar hoje no mundo irmãos e instrutores qualificados. Como reconhecê-los se já não temos mais capacidade de distinguir o bom do mau?

10. De qualquer modo, desses três aspectos mencionados, o mais importante deles é a DOUTRINA. Afinal, em última análise, ninguém pode fazer nada concreto a nosso favor, e só nós mesmos podemos nos ajudar. Ninguém pode obter a Iluminação ou a LIBERAÇÃO em nosso lugar. A ILUMINAÇÃO vem quando limpamos nossa mente dos seus venenos, dos seus agregados e dos seus elementos estranhos. E para isso, tudo que é requerido é que se pratique CORRETAMENTE [Reta Ação] a Sagrada Doutrina.

11. A mente de uma pessoa comum e corrente é indisciplinada e descontrolada. Portanto, não reúne os elementos básicos e fundamentais para nos catapultar a um SAMADHI ou a uma “visão profunda” do VAZIO ILUMINADOR e TRANSFORMADOR. Para que possamos ter êxito nos sistemas avançados da Gnose é preciso primeiro DOMINAR as práticas básicas. Portanto, sem uma DISCIPLINA compreensiva e voluntária para iniciar e sustentar a prática dos valores e exercícios espirituais propostos pela Gnose, jamais seremos bem sucedidos naquilo que a Nova Gnose Aquariana apresenta como METAS AVANÇADAS, dentre as quais está a de encarnar nosso Buddha Íntimo e depois o próprio Cristo Íntimo.

12. A essência da Nova Gnose Aquariana de Samael Aun Weor consiste de três fatores distintos, a saber:
1. Morrer em defeitos [purificar a mente]
2. Renascer do Espírito [formar o Filho do Homem dentro de si]
3. Trabalhar pela humanidade sem buscar retribuições [sacro ofício]

13. MORRER EM DEFEITOS é “renunciar a si mesmo” como ensinou o Cristo Jesus. RENASCER DO ESPÍRITO é formar dentro de nós a verdadeira natureza divina mediante o sábio uso e transmutação de nossas energias sexuais. O SACRO OFÍCIO é toda ação praticada em favor do próximo sem objetivo e ânimo de recompensas. De todas as boas ações, a mais elevada de todas é ensinar a DOUTRINA DA LIBERAÇÃO.

14. Em tese, é possível obter a LIBERAÇÃO em uma única vida. Entretanto, a vida é curta e já vivemos boa parte dela. Importa agora nos perguntarmos o quanto “avançamos espiritualmente” nesta vida – se é que avançamos alguma coisa. Se a morte nos levar amanhã, deixaremos atrás o que fizemos e realizamos concretamente. Isso é o nosso Karma, que nos trará de volta em melhores ou piores condições, segundo tenhamos vivido essa existência.

15. Se chegamos à Gnose, agora temos oportunidade de praticar uma Doutrina Liberadora. Portanto, é nosso dever espiritual praticá-lo de forma intensa e pura. A correta e positiva práxis gnóstica nos dá paz, luz, amor e verdade [sabedoria]. Ou seja: praticar ou não praticar é algo que está em nossas mãos decidir e só nós podemos decidir isso.

16. No entanto, a maioria das pessoas continua sonhando, projetando fantasias em forma de planos futuros, como se, de fato, o futuro estivesse em nossas mãos. Só o dia ou o momento presente é real e usá-lo de forma positiva ou negativa depende só de nossa vontade e livre decisão. Portanto, o único que realmente vale a pena na vida é praticar e viver intensamente as leis e princípios da Doutrina Sagrada, porque quando cultivamos ou praticamos ações virtuosas, a lei das correspondências e conseqüências [Karma] nos assegura uma corrente de mudanças positivas que virá ao nosso encontro. E isso é uma das dádivas mais preciosas da vida humana: sermos capazes de gerar um ambiente positivo e promissor enquanto a vida mesma segue seu curso.

17. Todas as ações humanas são realizadas ou por poder, ou por compaixão ou por necessidade. E todas elas nos brindam oportunidades de AGIRMOS RETAMENTE. É isso, e somente isso, que nos garante um curso existencial livre de KARMAS.

18. Por fim, nada é totalmente bom nem totalmente mau no mundo Samsárico. O que é bom para uns é mau para outros; o que beneficia a uns, diminui ou subtrai de outros. Por isso mesmo, tudo gera e implica em KARMA. E só nós podemos decidir o tipo de karma que queremos para nós mesmos.

 Autor: Karl Bunn

Os Gnósticos na História


Historicamente, os gnósticos viveram, em sua larga maioria, durante os três ou quatro primeiros séculos da Era Cristã. Bastante provável que eles mesmos não se considerassem gnósticos porquanto eram sabedores do significado oculto dessa palavra. Mas, certamente, eram formados por cristãos, judeus e até adeptos de antigos cultos egípcios, babilônicos, gregos e romanos.

Ao contrário do que diziam seus detratores, os gnósticos não formavam uma religião específica nem eram sectários, fanáticos ou arrogantes. Simplesmente, compartilhavam de uma atitude comum para com a vida e o mundo e, essa atitude, sabemos, era fundamentada no conhecimento do coração (Gnozis kardias) como diz O Evangelho da Verdade, também conhecido como O Evangelho de Felipe.

Quando consideramos hoje o gnosticismo como a raiz mesma da psicologia profunda, como descobriu e atestou Jung, torna-se fácil entender porque havia tanta divergência entre os gnósticos e os crentes católicos antigos. É que a sabedoria do coração (Gnozis kardias) não pode ser conseguida com preces, promessas e uma obediência cega às instituições humanas, mas sim, por meio de vivências e disciplinas muito próprias e específicas. Incluía-se aqui a visão gnóstica do próprio sacrifício de Jesus que, para os crentes, veio para lavar a humanidade de seus pecados, mas que, para os gnósticos, apontava um exemplo de vida a ser imitado em seu Reino Interno, onde, cada Adepto deve se lavar nas águas da renúncia dos apegos, dos afetos, da vida, do mundo e de tudo que ele oferece (alquimia psicológica).

Já se passaram uns dezessete (17) séculos desde que os gnósticos fizeram história. Nesse ínterim, os gnósticos não só foram esquecidos como, principalmente, foram perseguidos, caluniados e mortos. Examinando-se atentamente a história vemos que os gnósticos foram dizimados, numa das mais implacáveis e longas perseguições religiosas que se tem notícia. Obras teológicas antigas, hoje acessíveis, comentam que “os gnósticos foram perniciosos hereges do cristianismo primitivo”. “A última grande perseguição – só para exemplificar – terminou com o extermínio de aproximadamente duzentos gnósticos (cátaros ou albigenses) em 1244, no castelo de Montségur, na França”.

É inegável o fato de que judeus, cristãos, católicos, protestantes e os ortodoxos orientais (e, no caso da Gnose Maniqueísta, até os zoroastristas, os muçulmanos e outros odiaram e perseguiram os gnósticos com persistente determinação).

Voltamos à pergunta: Por que os gnósticos eram temidos?

Certamente não era apenas pela sua desconsideração pela lei moral que escandalizava os rabinos. Ou, porque suas dúvidas relativas à encarnação física de Jesus e sua reinterpretação da ressurreição enfurecia os sacerdotes. Nem porque eles rejeitavam o casamento e a procriação, como afirmam alguns de seus detratores.

A verdade é que os gnósticos realmente possuíam um conhecimento que os tornava uma ameaça a todos aqueles que buscavam perpetuar uma instituição com vistas a usufruir vantagens e poderes pessoais e políticos. Os gnósticos sempre souberam que o mundo, tal como se apresenta aos nossos olhos, simplesmente atende às necessidades da economia natural ou da Lei do Trogo-auto-ego-crático Cósmico Comum (devorar e ser devorado; alimentar-se e servir de alimento).

Vivendo-se dessa forma, na eterna esperança de Messias e Ungidos que venham melhorar nossa sorte, jamais tornaria possível a experiência e a vivência das grandes realidades transcendentais. Logo, dinheiro, poder, governo, constituição de família, pagamento de impostos, a infinita série de armadilhas das circunstâncias e obrigações da vida cotidiana, tudo isso jamais foi tão rejeitado de forma tão acentuada quanto o foi pelos gnósticos.

Os gnósticos sempre souberam que nenhuma revolução política ou econômica poderia ou deveria eliminar todos os elementos iníquos do sistema em que a alma humana encontra-se aprisionada. Portanto, sua rejeição não se referia a um governo, a um sistema religioso ou político. Pelo contrário, dizia respeito à total e predominante sistematização da responsabilidade pessoal para com o todo. Logo, os gnósticos eram detentores de um segredo tão fatal e terrível que os governantes deste mundo (os poderes secular e religioso, que sempre lucraram com os sistemas estabelecidos da sociedade) não podiam permitir-se ver esse segredo conhecido e, muito menos, vê-lo publicamente proclamado em seus domínios.

Ontem, como hoje, os gnósticos sabem que não é possível atingir a auto-realização íntima ou a completa auto-realização de seu próprio Ser enquanto viverem atrelados cegamente às estruturas e instituições sociais, porque estas representam, na melhor das hipóteses, apenas obscuras projeções de outra realidade mais fundamental. Não é possível vivenciar as realidades íntimas do Ser enquanto formos o que a sociedade espera que sejamos nem fazendo o que ela diz para fazermos. Ao contrário, esses ditames constituem, com maior freqüência, as próprias algemas que nos alienam de nosso real destino espiritual.

Foi essa visão do mundo que levou aqueles grupos gnósticos dos primeiros séculos a serem perseguidos, caluniados e qualificados de hereges.

Autor: Karl Bunn

Gnose: O Evangelho de Maria


O Evangelho de Maria é o primeiro tratado do papiro de Berlim. Este papiro foi adquirido no Cairo por C. Reinhardt e ele é conservado desde 1896 no departamento de Egiptologia dos Museus Nacionais de Berlim. Ele seria proveniente de Achmin ou de suas cercanias, desde que apareceu inicialmente em um antiquário desta cidade. De acordo com Carl Schmidt, teria sido recopiado no inicio do século V. A descrição papirológica do manuscrito foi feita por W. C. Till, em continuação aos trabalho de Carl Schmidt, em seguida tornado adequado e completado por H. M. Schenke.

Como os outros escritos do papiro de Berlin e como o Evangelho de Tomé, o Evangelho de Maria está escríto em copta saídico, com um certo número de empréstimos de dialetos; pode-se notar igualmente alguns erros de escrita ou erros de transcrição.

Quanto à datação do escrito original, é interessante nota que existe um fragmento grego cuja identidade com o texto copta foi confirmado pelo professor Carl Schmidt: o papiro Rylands 463. Ele provinha de Oxyrhynque e foi datado do início do século III. A primeira redação do Evangelho deveria, pois, ter sido feita anteriormente, quer dizer, no decurso do século II. W. C. Tyll a situa em torno do ano 150. Como os demais Evangelhos, tratar-se-ia, por tanto, de um dos textos fundadores ou primitivos do cristianismo. Se isto é verdade, de onde vêm as reticências que se pode experimentar com a leitura ?

Estas são ainda hoje as mesmas reações de Pedro e de André, após ter escutado Míriam de Mágdala, André então tomou a palavra e dirigiu-se a seus irmãos:

O que pensais vós do que ela acaba de contar ?

De minha parte, eu não acredito que o Mestre tenha falado assim; estes pensamentos diferem daqueles que nós conhecemos.

Pedro ajuntou:

Será possível que o Mestre tenha conversado assim, com uma mulher, sobre segredos que nós mesmos ignoramos?

Devemos mudar nossos hábitos; escutar todos esta mulher?

Será que Ele verdadeiramente escolheu-a e preferiu-a a nós?

(Ev. Maria, 17, 9-20)

A dificuldade em receber este texto é o que o faz igualmente interessante:

É um Evangelho senão escrito, pelo menos inspirado por uma mulher: Míriam de Magdala. Míriam não é somente a pecadora da qual nos falam os Evangelhos canônicos, nem aquela das tradições recentes, que confundem seu ´pecado´com uma certa desorientação de suas forças vivas e sexuais.

Ela é também a amiga mais íntima de Yeshua (Jesus), a ´iniciada´ que transmite seus ensinamentos mais sutis.

A dificuldade em receber o Evangelho de Maria virá sobretudo da natureza deste ensinamento, da antropologia e da metafísica que eles pressupõe: não mais uma antropologia dualista nem uma metafísica do Ser ou das essências às quais estamos habituados no Ocidente, mas uma antropologia quaternária e uma metafísica do imaginal, que os espíritos mais livres e melhor informados deste séculos começam a redescobrir as chaves.

(Fonte: Leloup, Jean-Yves. O Evangelho de Maria. Trad. Lise Mary Alves de Lima. 10 a. ed – Petropolis, RJ : Vozes, 2006. pgs. 08/10).

Gnose: Samael Fala de Judas


Pergunta: Então, Venerável Mestre, ao cumprir com esse papel, Judas não recebeu karma?

Samael: Ao contrário, ganhou dharma aos milhões, por toneladas. Judas Iscariotes é um grande Mestre. Ele não queria aquele papel. Ele nada mais fez do que repetir o que havia aprendido de memória. Como tinha de fazer, precisava ser exato, preciso, no momento oportuno. Tudo tinha que ser perfeito, de acordo com o drama. Porém, ele não traiu Jesus jamais. Ele foi seu melhor discípulo. Judas não somente chegou até aí como ainda desceu ao abismo e vive nos mundos infernais. Quando eu entrei no abismo para o visitar, vi que o suspendiam e lhe punham cordas. Ele se deixava suspender com a humildade única de quem matou o Ego. Ele não tem Ego e vive ali no abismo, fazendo o que? Lutando para salvar os perdidos, aos que não têm mais remédio. É como um raio do Cristo perdido no abismo, sofrendo pelos perdidos.

É algo extraordinário! Ninguém sabe até onde chegou Judas. Se há um homem que ganhou o direito de entrar no Absoluto Imanifestado, esse é Judas Iscariotes. Nenhum de nós serve para tirar o sapato de Judas, nem eu mesmo me julgo capaz de lhe tirar os calçados. Ainda não me sinto capaz de fazer o que Judas fez. Não me sinto capaz e não sei se algum de vocês se sentiria capaz. Isso de viver no abismo renunciando a toda felicidade… Desprovido de Ego e, no entanto, vivendo no abismo, tratando de salvar aos perdidos. Sequer no mundo físico o consideram. Odiado pelas multidões e toda essa questão de ser considerado um traidor, quando a única coisa que fez foi obedecer ao Senhor! Ninguém, nem remotamente, suspeita o que é o sacrifício de Judas pela humanidade. Ele foi o único que não teve honras. Para ele não houve louvores. Ninguém o elogiou… Quão morto não está seu Ego! De maneira que ele é o melhor dos discípulos que Cristo tem.

Bem, agora, quanto ao corpo da doutrina dos iscariotes, é extraordinário. Eles estudaram o corpo da doutrina de Judas: a morte total do Ego. Todos os mistérios de Judas têm de ser vividos no mundo causal.

Os Mistérios de Judas são a morte absoluta do Ego animal. Não pode sobrar nada do Ego, posto que Judas, como Mestre, não deixou nada de Ego, renunciou a tudo o que seja felicidade e mora no abismo com os perdidos. Ele é o melhor dos discípulos do Senhor, o maior dos sacrificados. Aquele que tem mais direito à felicidade vive no abismo entre os réprobos, entre os que não têm recuperação. Está lá unicamente por amor à humanidade, tratando de buscar nas trevas a alguém que queira a luz. Quando consegue encontrar alguém arrependido, ele o instrui e se o recupera, tira-o do abismo. Isso faz Judas! De forma que condenar Judas é o pior dos delitos.

Este é o corpo de sua doutrina: Quem nós temos de condenar é o judas interno. Aquele traidor que vende o Senhor por trinta moedas de prata, o que não é outra coisa do que aquele que troca o Senhor pelos prazeres, pelas bebidas e todas as coisas do mundo. A esse é que se tem de condenar. Judas nos indicou isso com a sua doutrina. Esta é a sua doutrina. A doutrina dele é a mais profunda: a morte absoluta do Ego.

Se há um homem que mereça reverência, esse é Judas Iscariotes. Essa escola gnóstica dos iscariotes foi perseguida na Europa pela Inquisição. Os membros da sociedade dos iscariotes foram queimados vivos nas fogueiras que ardiam na Europa. De maneira que vocês estão ouvindo coisas terríveis, não é verdade?

Quero lhes dizer, de forma enfática, que os humamóides que habitam a superfície da Terra são maquininhas encarregadas de captar determinados tipos e subtipos de energia cósmica que em seguida transformam automaticamente e retransmitem às camadas interiores do organismo planetário. Graças a isso, o planeta Terra pode viver. De maneira que o animal intelectual foi posto aqui a serviço único e exclusivo da economia da natureza. Este é o único objetivo: a economia da natureza.

Agora, no entanto, o sol não é cruel. O sol depositou nas glândulas dessas maquininhas os gérmens para formar o homem. Esses gérmens podem ser perdidos e o normal é que se percam. Mas, se alguém coopera com o sol, se alguém de verdade coopera com o astro rei, esses gérmens se desenvolvem e surge o homem dentro do animal intelectual tal como na crisálida forma-se a borboleta, que um dia sai e voa. De maneira que o interessante é cooperar com o sol e uma das melhores formas de se cooperar consiste em não alterar o solo em que esses gérmens têm de se desenvolver.

Autor: Venerável Mestre Samael Aun Weor


Invocações e Evocações: Vozes Entre os Véus

Desde as eras mais remotas da humanidade, o ser humano buscou estabelecer contato com o invisível. As fogueiras dos xamãs, os altares dos ma...