quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Paráclito


Paráclito ou Paracleto (grego koiné παράκλητος - paráklētos; em latim: paracletus) significa "aquele que consola ou conforta; aquele que encoraja e reanima; aquele que revive; aquele que intercede em nosso favor como um defensor numa corte". No cristianismo, o termo é utilizado para se referir ao Espírito Santo e o termo tem sido objeto de longo debate entre os teólogos, com diversas teorias sobre o assunto.

Etimologia

Paracleto vêm da palavra do grego koiné παράκλητος (paráklētos - que pode significar "aquele que consola ou conforta; aquele que encoraja e reanima; aquele que revive; aquele que intercede em nosso favor como um defensor numa corte". A palavra para "paracleto" é passiva na forma e, etimologicamente, significava "chamado para o lado de alguém". A forma ativa da palavra, parakletor, não é encontrada no Novo Testamento, mas está na Septuaginta, no plural, em «...Todos vós sois consoladores enfadonhos» (Jó 16:2).

"Paracleto" no judaísmo

Fílon de Alexandria fala diversas vezes sobre defensores "paracletos", primordialmente no sentido de intercessores humanos.A palavra depois passou da literatura judaica helenizada para a literatura rabínica hebraica.

"Paracleto" no cristianismo

No Novo Testamento, a palavra aparece apenas nos textos de João e, em todos os casos, ela pode ser entendida como "conselheiro", "ajudante", "encorajador", "defensor" ou "consolador". A Igreja antiga identificou "paracleto" como sendo o Espírito Santo e, desde então, os cristãos utilizam o termo como sinônimo do Espírito de Deus. No Evangelho de Mateus, Jesus Cristo usa o verbo παρακληθήσονται, paraclethesontai, tradicionalmente interpretado como significando "ser consolado, encorajado ou reanimado". O texto também pode ser traduzido como um vocativo e também como o tradicional nominativo . Assim, o significado de paraclethesontai também pode ser entendido como "o que convoca" ou "aquele (ou o que) liberta" 

Em I João 2:1, "paráclito" é utilizado para descrever o papel de intercessor que Jesus tem junto ao Pai em nome dos fiéis.

Literatura joanina

Três termos distintos, "Espírito Santo", "Espírito da Verdade" e "Paráclito" (ou Paracleto) são utilizados na literatura joanina. O "Espírito da Verdade" aparece em João 14:17, João 15:26 e João 16:13. A Primeira Epístola de João contrasta-o com o "espírito do erro" em I João 4:6. I João 4:1-6 provê uma separação entre "todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus" e os que não crêem.

Em João 14:26, Jesus diz: "mas o Paráclito, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu vos disse.". A identidade do "Paráclito" (do grego koiné παράκλητος - paráklētos - que pode significar "aquele que consola ou conforta; aquele que encoraja e reanima; aquele que revive; aquele que intercede em nosso favor como um defensor numa corte". "Contudo não significa um advogado profissional (o que o latim "advocatus" significa). (...) É provável que a palavra esteja estreitamente relacionada com a função do espírito da verdade como "ajuda" nos documentos de Qumrã e esse significado corresponde melhor às ocorrências bíblicas da palavra. (...) Portanto, em sentido lato, o paráclito é concebido como "ajuda". Os estudiosos geralmente concordam sobre o fato de que, atribuído ao espírito, o termo não é traduzido por "confortador" ou "consolador", como adjetivo verbal ativo derivado do verbo paraklein e o contexto justifica esta exclusão." 

Energia Sexual Nos Ritos Goeticos


O uso da Energia Sexual: Uma Perspectiva Diacrônica

Se um homem deseja ardentemente um certo poder e guarda este desejo do instante que penetra a mulher até o instante que a deixa, seus votos necessariamente serão satisfeitos. Paschoal Randolph

O EMPREGO das energias sexuais, atrelado às práticas ocultistas, data do mais remoto  passado da humanidade. Diacronicamente, isto é, ao longo das eras, observa-se que, deste os primeiros cultos à fertilidade até os dias atuais, tal associação jamais demonstrou o menor sinal de declínio. Conforme nos relata Runyon, em O Livro da Magia de Salomão, o berço de um grande número de religiões se encontra na antiga Canaã. As religiões baseadas nos cultos a Bael  e a Astarte floresciam ao lado dos recém chegados israelistas. Sabe-se que a dança hora,comum nos casamentos judeus, era chamada de círculo de danças das prostitutas  sagradas. Os templos dedicados a Afrodite em Érix, Corinto e Cipro funcionavam com o auxílio de inúmeras sacerdotisas dedicadas ao ato sagrado. Tanto em Roma quanto na Grécia antigas, existiam as virgens vestais dos templos que se dedicavam a conjugar o ofício religioso com práticas sexuais – elas tinham que manter a chama sagrada do santuário sempre acessa. É com o surgimento do cristianismo que se vai verificar um enfraquecimento das  práticas sexuais no interior dos Templos. Aliás, não só a magia sexual, mas a magia em geral, neste momento particular da história, foi intensamente rejeitada e desprezada. É devido a este momento de perseguição que vamos compreender o porquê da exigência do segredo, da linguagem cifrada e obscura dos mistérios e da criação de uma aura mística em torno de tudo aquilo que era considerado esotérico. Na verdade, tudo isso foi um mecanismo de autodefesa e proteção contra perseguições. Ainda hoje, rastros destes  procedimentos podem ser verificados em alguns círculos ocultistas; mas notamos que a Era de Aquário já está modificando, significativamente, tal postura. A despeito das perseguições perpetradas contra o ocultismo em geral e a magia sexual em particular, esta continuou a existir sempre maquiada por metáforas. Exemplos são encontrados na Idade Média européia. Naqueles tempos, temos os Sabbaths Negros das  bruxas montadas em suas ‘vassouras’ e a Magia Enochiana na qual seus ‘fundadores’ – Dee e Kelly – realizaram atos sexuais com suas parceiras, durante as operações angélicas. Entre os séculos XVI e XIX, a Igreja Católica ordenou um número muito maior de padres do que o necessário. Uma boa parte destes ampliavam suas rendas através da realização de Missas  Negras que, não raro, empregava a energia sexual. Nesta mesma época, a Goécia já estava  praticamente delineada, tal qual a conhecemos hoje. Assim como muita coisa da tradição mágica está alegorizada, o mesmo é válido para a magia sexual. Certamente, bastões e varas, caldeirões e taças são mais que instrumentos: representam os elementos masculinos e femininos empregados em um ritual.  No século XIX, a Ordem do Templo do Oriente, a Ordem Hermética do Áureo  Alvorecer , a Irmandade Hermética de Lúxor , dentre outras organizações, deram continuidade ao uso secular da magia sexual. Sabemos que, apesar do esforço destas organizações, o contexto histórico (como, por exemplo, a Era Vitoriana) não permitiu que elas explicitassem os Mistérios em sua completude, levando-as a optar pelo obscurantismo lingüístico.  Na aurora do século XXI, notamos que o preconceito quanto ao uso da energia sexual, nos ritos espirituais, tem se afrouxado, ainda que de maneira tímida e parcial. Se dizemos que é de forma tímida e parcialmente é porque, por experiência própria, sabemos que ainda há muita incompreensão neste particular. Não faz muito tempo, O.T.O. Draconiana foi deveras critica devido a exposição de algumas fotos com ritos de natureza sexual. A seguir, falaremos um pouco da Goécia combinada com o uso da energia sexual.  Neste texto, não usaremos termos poéticos e floridos para tratar do assunto e sim uma linguagem direta, sem rodeios. Pedimos desculpas aos amantes do obscurantismo, das cifras e dos códigos. Também é importante frisar que esta pratica é dedica a magistas experientes, que já tenham suficiente conhecimento teórico-prático do tema. O que apresentamos é uma forma de potencialização da prática goética, através da energia sexual inteligente e habilmente direcionada.

A Convocação Goética – Elementos Essenciais

Há diversas abordagens acerca das convocações goéticas. Acreditamos que todas são válidas. Cada magista é livre para optar por aquela que melhor se alinhe com seu próprio gosto ou mesmo, com a devida experiência, desenvolver sua própria abordagem do assunto. Para uma convocação goética, são requeridos um Círculo cerimonialmente traçado (às vezes, chamado de Círculo de Salomão) e de um Triângulo (o famoso Triângulo da Arte). Obviamente, todos os participantes devem estar dentro do Círculo. Embora não haja a exigência de um número específico de participantes para uma operação desta natureza, deve-se observar um mínimo de 03 e um máximo de 10. Tanto o Lemegeton quanto Clavículas de Salomão recomendam que o Círculo tenha 2,70 m de diâmetro. No entanto, um Círculo que irá comportar atos de magia sexual, terá que ser maior. Uma boa pedida seria um Círculo de 5 metros. Também aqui cada um terá que fazer as adaptações necessárias. O Círculo é o universo dos participantes e deve ser devidamente traçado e consagrado durante a cerimônia.

A Utilização Ritualística da Energia Sexual

O uso da energia sexual é apenas um caminho, traçado sobre um plano: ao magista cabe o dever de erigir a vela de seu barco e orientá-lo na direção onde brilha o Sol.

Há métodos de auto-magia sexual (masturbação) referentes ao Oitavo Grau da O.T.O. para  praticantes solitários e que não serão o foco deste artigo. O que aqui propomos é para uma dupla ou um grupo conectado ao Soberano Santuário da Gnosis, IX° O.T.O., que pratique magia cerimonial já a algum tempo. Os rituais que serão descritos estão na tônica heterossexual.

Há dois elementos fundamentais na magia sexual e que são usados para elevar os níveis de energia e para focar todas as etapas do processo goético. O primeiro, é o orgasmo. O poder do orgasmo contribui para movimentar e elevar a energia do processo mágico. Os participantes devem estar envolvidos com a preparação do ritual, o traçado do Círculo e do Triângulo, com as conjurações, bem como atentos ao propósito do ritual. A concentração intensa durante o orgasmo (ou a pequena morte, como era chamada pelos autores do século XIX) fortalece a vontade e facilita a manipulação energética da cerimônia. Faz-se mister observar que, se os participantes perderem o foco no propósito do ritual e deixarem-se levar apenas pelo sexo em si, sabotarão e arruinarão a operação. O segundo elemento, são os fluidos provenientes do corpo no momento do orgasmo. Esses fluidos, em parte porque foram produzidos durante o ritual, apresentam propriedades mágicas. Eles podem ser usados para uma variedade de propósitos: podem servir como  pomadas e óleos, podem ser usados na consagração de amuletos e outros instrumentos mágicos, incluindo o próprio Círculo Mágico. Para produzir esses fluidos pelos menos uma mulher se faz necessária para atuar como ‘receptáculo’ durantes essas cerimônias. Uma mulher deve ser o suficiente; naturalmente pode-se ter mais e tudo vai depender de quantas operações cada grupo realiza regularmente. De qualquer forma, em uma cerimônia somente uma ‘sacerdotisa-receptáculo’ deve ser empregada. As interrupções e distrações na troca de ‘receptáculos’ interrompe o fluxo e a focalização da operação. Além disso, a mulher–sacerdotisa deve estar realmente desejosa de participar da cerimônia e de se entregar completamente à mesma. Se isto não for verificado, ter-se-á um ‘curto-circuito’ no ritual. Algumas tradições permitem o uso de expansores de consciência suaves para a indução de transes e outras não. Cada grupo deve determinar seus próprios critérios quanto a isto. A ingestão destes expansores (plantas de poder), por parte de um grupo experiente e que não utiliza esses artifícios para velar seus vícios, auxiliam os participantes e ao ‘receptáculo’ a se manterem focados nos processo ritualístico.

Consagrando o Círculo de Ingresso Egresso dos Espíritos

Um lugar deve ser escolhido para a construção do Círculo. Pode ser um lugar fechado, como um Templo, ou um lugar ao ar livre. Em ambos os casos, a necessária privacidade deve ser observada para evitar inconveniências e incompreensões quanto à natureza de tais  práticas. Lembramos que esta prática de consagração fará uso da energia sexual e um mínimo de 03 e um máximo de 10 participantes deve ser observado. Como há diversos tipos de círculos mágicos, construa o seu Círculo de acordo com a técnica que você normalmente utiliza para traçar seu Círculo. Dois altares devem ser erguidos: Um para a sacerdotisa-receptáculo – que fica no centro do círculo. Este altar deve ser construído sobre uma superfície macia (tapete, por exemplo) para conforto da sacerdotisa. Deve também conter uma almofada para que a sacerdotisa – que estará deitada com a barriga para baixo - possa elevar seu ventre, a fim de que sua vagina esteja em relevo, facilitando a penetração. Também podem ser colocados suportes nas laterais para que ela possa se firmar durante as relações sexuais. Logo abaixo do altar da sacerdotisa, deve estar um container – normalmente um cálice – para receber os fluidos sexuais. O outro para o Magista Oficiante – nele se colocam as armas necessárias ao trabalho. Após a construção do Círculo, a ‘sacerdotisa-receptáculo’ é trazida para seu interior, completamente nua. O magista oficiante entra no Círculo. Ao chegar no centro dele, remove seu robe e, lentamente, começa a penetrar a sacerdotisa. Ambos precisam estar concentrados no objetivo do ritual e uma consciência em estado de transe é bem-vinda. Após o clímax, o oficiante veste seu robe e inicia a consagração do Círculo. Os demais participantes, cada um a sua vez, irão fazer o mesmo que o oficiante: terão seu intercurso sexual com a sacerdotisa. Enquanto isto, o oficiante continua a consagração do Círculo. Este procedimento continua até que todos os presentes tenham participado da cerimônia. Lembramos que todos devem ficar atentos ao objetivo do ritual: consagrar o Círculo. Após a contribuição de todos, os fluídos corporais coletados no container são levados ao altar do oficiante. Se ainda restar qualquer resíduo de fluídos na sacerdotisa, ele deverá ser recolhido no container. Os fluidos são misturados em partes igual com o Óleo de Abramelin. Essa mistura é utilizada para se traçar novamente o Círculo e finalizar sua consagração. A união dos fluidos corporais com o óleo de Abramelin torna o Círculo perfeito, uma vez que gerará uma substância que é a soma da essência individual de cada participante no todo. Este gesto irá adicionar um poder extra aos ritos realizadas no Círculo, especialmente para aqueles que efetivamente contribuíram para sua formação e consagração. Se sobrar algum fluido, ele  pode ser guardado e usado para uma outra operação mágica, dentro de um espaço curto de tempo. No entanto, o fluido é mais eficiente quando obtido e utilizado em seguida, por ter maior potência energética. O Círculo deve ser ‘reconsagrado’ desta forma pelo menos uma vez ao ano.

Convocações

Uma vez que o Círculo foi devidamente preparado, podemos, agora, realizar as convocações goéticas. Uma vez mais, esbarramos com diversas formas de fazê-la: desde as mais complexas até as mais simplificadas. Use a que estiver mais familiarizado. Antes de iniciar o ritual, o magista oficiante precisa definir qual será a entidade a ser convocada e informar a todos. Em seguida, desenhar o sigilo (yantra) daquela entidade com um material que resista ao suor e uma tinta que não manche ou desbote durante a prática. Utilizamos a energia sexual nas convocações goéticas da mesma maneira que a utilizamos na consagração, descrita em epígrafe. A sacerdotisa está nua e é levada para o altar, no centro do Círculo. Ela poderá estar com a barriga para cima ou para baixo.  Normalmente, a posição de bruços (barriga para baixo) é mais indicada uma vez que ajuda a sacerdotisa a evitar possíveis distrações, ao ver quem a está penetrando. É importante sempre ter uma almofada, ou outro objeto adequado, que permita à vagina da sacerdotisa ficar mais elevada. Depois que todos os participantes forem admitidos ao interior do Círculo e após o mesmo estar devidamente traçado, de acordo com os procedimentos habituais ao magista oficiante, este deve despir-se. Ele deve colocar o sigilo do espírito goético a ser convocado nas nádegas da sacerdotisa ou entre sua vagina e o umbigo, de acordo com a posição que a mesma estiver (de barriga para baixo ou de barriga para cima). O sigilo assim disposto  permitirá que cada participante foque sobre ele enquanto realiza o ato sexual com a sacerdotisa. À medida que o sacerdote vai penetrando a sacerdotisa, as convocações devem ser por ele emitidas e acompanhada por todos. Alguns praticantes se preocupam com a possibilidade de um ‘convite deliberado’ aos espíritos goéticos pelo fato do sigilo estar sobre a sacerdotisa. No entanto, é preciso considerar que o sigilo está dentro do Círculo Mágico e, portanto, não constitui um ‘convite’ ao espírito a ser evocado para ali se manifestar. A sacerdotisa tornar-se-á a incorporação do espírito goético. Nestas operações, o círculo mágico não é um ‘círculo de  proteção’, mas de ingresso e egresso de entidades extra-físicas. Às vezes, alguns grupos optam pela presença de um clarividente na cerimônia. Se um clarividente estiver presente, ele deve participar do ato sexual. Isto irá permitir que tenhamos duas pessoas realizando as convocações, enquanto os demais continuam a elevar o nível da energia através do intercurso sexual ritualístico com a sacerdotisa. Se o clarividente for uma mulher ou se tivermos outras mulheres presentes que não irão atuar como ‘sacerdotisa-receptáculo’, todas deverão participar do ato sexual com a sacerdotisa. É preciso observar que se trata de um rito goético que tem na energia sexual seu diferencial operacional; este ato serve para criar um elo entre todos os participantes do ritual através do solícito sacrifício (uso sexual) da sacerdotisa. Significa dizer que todos os membros femininos do grupo precisam realizar o ato sexual com a sacerdotisa através, pelo menos, de sexo oral mútuo (69). Se isto soar muito ofensivo para os membros femininos do rito e elas ainda não tiverem como ultrapassar esse limite; elas poderão participar simbolicamente do ritual através do beijo ritualístico no oficiante e/ou aplicando sexo oral nele, tão logo este tenha acabado de realizar o ato sexual com a sacerdotisa. Uma cerimônia sexual do Soberano Santuário da Gnosis em que o foco seja um ritual com muitos Adeptos, inúmeras técnicas do VIII°, IX° & XI° podem ser realizadas – dependendo da natureza do rito – para  potencializar a Operação. O ritual deve prosseguir com o magista oficiante e o clarividente fazendo os conjuros e cada participante realizando seu ato ritualístico com a sacerdotisa. O ideal é que o uso do receptáculo ocorra durante todo o tempo das chamadas. Talvez por impossibilidades  pessoais ou devido ao número de participantes isto não seja possível. Independentemente disto, a sacerdotisa deve ser mantida, o tempo todo, em seu altar. Deve-se observar que a unificação da Goécia com a energia sexual produzirá uma convocação poderosa das entidades goéticas. Os resultados das convocações serão também mais potentes. Os fluidos coletados durante as operações podem ser usados para uma variedade de  propósitos. Algumas entidades goéticas requerem gratificações. Os fluidos, se especialmente misturados com os aromas próprios da entidade convocada, podem ser uma excelente oferenda. E mais, os fluidos que sobrarem podem ser divididos com os  participantes ou guardados para usos futuros. Uma substância magicamente carregada é melhor de se usar logo após sua obtenção e ela ainda pode ser aplicada como loção, como agente consagrador de amuletos, talismãs; pode ser empregada para a obtenção de saúde, aumento da força vital no organismo; magnetismo; maior poder de atração sexual; desenvolvimento de dons paranormais; concretizações de projetos ou desejos legítimos, dentre outros.

A Responsabilidade na utilização da Maior Força Mágica da Natureza

É inegavelmente sedutora a idéia de se unir energia sexual aos ritos mágicos em geral, e ao goético em particular. No entanto, não podemos deixar também de refletirmos sobre os  principais inconvenientes que esta prática pode ocasionar: doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. Como o objetivo do rito é obter uma mistura de fluidos masculinos e femininos, a camisinha não pode ser empregada. Daí a importância de que todos os participantes sejam saudáveis. A melhor forma de garantir isto é através de exames periódicos e de uma conduta que não seja promíscua por parte dos participantes. A gravidez é outra questão preocupante dado ao número de relações que uma sacerdotisa tem em um rito. Assim, precauções se fazem necessárias. Uma criança concebida numa operação mágica será portadora de habilidades e capacidades interessantes. Além das questões físicas (doenças e gravidez), a magia sexual também requer um intenso trabalho sobre nossos próprios limites, conceitos e pré-conceitos. Somos testados em nossa personalidade, em nosso aspecto emocional, espiritual e também confrontados  por valores sociais. Muitas são as tocaias e armadilhas que podem surgir: apegos, ciúmes,  possessividades, etc. Nesta direção, cada um deve fazer uma análise, uma profunda reflexão, considerando todos os prós e os contras, antes de se lançarem às práticas sexuais com um grupo de magistas. E mais importante é se perguntar:o que realmente está me motivando a praticar magia sexual? Seja sincero e conheça suas reais motivações, nunca a magia será culpada por seus erros. Esta é uma senda de maturidade e de responsabilidade  pelas próprias ações. Além disso, existe a necessária transparência para as pessoas que são casadas ou que tenham relacionamentos estáveis. É importante que o outro saiba o que você faz, para não configurar traição. Sabemos que aqui pisamos num terreno movediço e cabe a cada um ser honesto; primeiramente, consigo mesmo e a máxima:faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem a você, é tudo o que podemos dizer. A cada um, sua consciência. Algo fundamental é o respeito pela sacerdotisa do grupo. Ela jamais deverá ser vilipendiada ou abusada. Ela está se doando para o benefício de toda a coletividade e contribuindo superlativamente para o sucesso das operações. Sem dúvida, não é fácil encontrar uma sacerdotisa que se entregue de alma e corpo a esta função. Daí mais um motivo para sua valorização e respeito. Trate-a como uma deusa, a Divina Shakti encarnada. Outra coisa importante: o sadomasoquismo não deve ser praticado, pois foge ao escopo e ao objetivo do ritual. Aliás, se o grupo se desviar do foco do ritual e se aterem exclusivamente ao sexo e à realização de taras pessoais, em pouco tempo surgirão  problemas, querelas, desentendimentos e a dissolução do grupo. As razões para isso são simples e se encontram no ‘choque de retorno’. As técnicas que aqui indicamos podem ser aplicadas de outras formas e cabe ao dinamismo do grupo, de acordo com seus objetivos específicos, fazer os arranjos que forem necessários para que possam somar a energia sexual às suas práticas. Essas técnicas podem ser combinadas a outras como a Magia Enochiana, por exemplo. Use sua criatividade, faça adaptações, mas, sobretudo, não se esqueça que o foco é a operação mágica em si.
O ato sexual quando realizado sob vontade, sem desvios de propósito; quando a união entre os participantes ocorre dentro de todos os níveis (físico, emocional, mental) de seus respectivos seres, suas forças aumentam tanto psíquica, quanto fisicamente. Assim, um apelo vibrante é feito e este apelo será atendido. Sem dúvidas, a energia sexual é a maior força mágica da natureza. Do amor nascem, segundo as circunstâncias, as paixões, os arrebatamentos, os estímulos para a criação divina ou humana, o surgimento de deuses ou demônios. No entanto, os usos e aplicações dessa magia simples e eficaz só é possível a um verdadeiro iniciado. É uma trilha destinada e reservada a poucos seres humanos que sejam capazes de utilizar com ética, desprendimento, inteligência, maestria pessoal e de forma útil esta sagrada energia que lhes habita o interior. Lembrem-se disto.

NOTAS:

1 Neste texto, o termo Convocação será usado no lugar da tradicional palavra Evocação.É apenas preferência terminológica, o sentido é o mesmo: trazer uma entidade à manifestação.
2 Optou-se neste artigo a grafia da palavra magia ao invés de magick . Isso ocorreu devido a ele estar destinado não somente àqueles magistas que operam com a Corrente Shaitan-Aiwass, mas também àqueles que operam com outros sistemas mágicos.
3 A O.T.O. reformulada pelo mago inglês Kenneth Grant, sucessor de Aleister Crowley, foi completamente realinhada com o sistema tântrico oriental, assim não operando com a interpretação homossexual que Crowley anteriormente atribuiu ao XI° O.T.O.

O Corpo de Sombra - Michael Ford


O Aspecto Demoníaco ou Infernal do Corpo de Sombra é igualmente um significado do desenvolvimento do self. A Sombra é desenvolvida inicialmente pela meditação e eventualmente  pelos sonhos. Primeiro deve-se aproximar a Sombra como o guia iniciático-Diabo, seja este Mephistopheles, Belial, Lucifuge ou Shaitan. Alguns Luciferianos invocam a sombra como um Demônio feminino, como Lilith-Hecate ou Balalon, a Mãe Escarlate das Sucubos e a Besta da Terra. Alguns vêem Ahriman corretamente como o Daimon Iniciático e feiticeiro das Sombras. A Sombra do Guia Vampírico, o aspecto móvel e o corpo fantasmagórico de seu self. O Caminho Luciferiano trabalha com tais Forças Demoníacas como Guias Iniciáticas, e está relacionado diretamente ao self. A Sombra é importante como Adversária, como é o Corpo dos Sonhos como troca de pele, despertando o corpo psíquico nos sonhos ou no plano astral para ir diante do Sabá, ou à escuridão da noite. Este é o Olho Imortal e Ígneo da Sombra, que se alinha com o Corpo de Luz, tornando-se eterno e capacitado à separar-se do corpo psíquico. Quando se está trabalhando com Demônios Goetios ou Anjos, permita evocar os seus aspectos sombrios e luminosos e adquirir os seus conhecimentos e atributos, que estão associados à Vontade, você vai crescer com percepção de si mesmo. O que você aspirar de tais contatos, você acabará crescendo através deles, por tais ações. O Corpo de Sombra é desenvolvido pelas seguintes técnicas: Decore seu templo ou Câmara em uma visualização apelando com distinção à dragões, demônios, à imagem popular de Set, Lilith, Balalon sob o Dragão, etc. A consciência negra deve ser emana de seu Templo Negro e a força demoníaca com qual você virá à Trabalhar. Você pode ungir seu próprio ser no Óleo de Hécate, no Óleo de Lúcifer ou ainda no Óleo de Abramelin. Sente-se quietamente num lugar confortável, fitando o imensidão negra ou um espelho nublado se possível. Comece primeiro por olhar-se no espelho e focar nos verdadeiros aspectos da sua face. Busque entender o que você diz as pessoas pelas suas características, o que você é debaixo da superfície. Esta face, por sua vez, torna-se uma máscara do que está de debaixo do é socialmente construído e aceito: a auto-maquiagem. Comece focando-se em seus aspectos sombrios, que impelem você e seus desejos abissais. Sua forma irá mudar no espelho, comece moldando na forma sombria que você deseje. Agora feche seus olhos e comece a encarnar seu Corpo de Sombra. Visualize seu próprio ser evocando uma grande sombra negra, que é ígnea ou violeta em um espírito incandescente. A sombra como uma besta com longas garras, uma face que se transforma ao mesmo tempo em Demônio com uma Cabeça Chifruda, escamosa como a pele da serpente e uma cabeça de lobo erguendo-se diante das sombras, tornando-se uma união de besta e homem. Sua sombra cresce e se expande, e pode mudar de forma de acordo com sua Vontade e Desejo. Desça ao interior da terra, permitindo sua Sombra Ahrimânica absorver e associar com outros demônios elementais, sentimentos e emoções. Entenda que esta sombra é você, isto é, a escuridão lançada abaixo do iluminado e resplandecente Corpo de Luz que você já evocou. Você é a perfeição encarnada, trevas e luz luciferianas. Agora você pode erguer do Demonium da Terra para apanhar vôo com as asas do morcego ou da coruja. Levante-se na tempestade e no noturno céu nebuloso, e voe adiante para as Chamas do Sabá na Estrada Fantasma de Hécate. Enquanto você voa, você se aproxima de numa grande sombra que é inflamada em sua frente. Essa forma é infernal e demoníaca em todo o caminho. Sua essência é negra e assombrosa, mas quando você a cumprimenta, ela irá tomar forma. A face é a de um Diabo Chifrudo, de semblante pouco humano que é escamoso e pronuncia um  profundo e oculto linguajar antigo com uma língua bifurcada, seus olhos são amarelos e escarlates, e você se sente próximo a à ele. O seu corpo é uma sombra enegrecida com garras segurando um Bastão Bifurcado, que é o mesmo que o Anjo Luciférico que você abraçou  previamente. Outra cabeça surge das sombras, que é Set com face de animal, que tem um chifre que surge da cabeça de chama violeta e enegrecida; seus olhos são os mesmos que os outros. O corpo é o de grande escuridão, de que uma plethora  de bestas e demônios formam o círculo de Daimones em um sentido anti-horário. Do olho Esquerdo deste Senhor da Escuridão bestial, um grande relâmpago rebenta de seus olhos, estes arremessam você em um estado de êxtase. Uma simples questão é levantada, que você saberá responder pelo instinto. Você nunca será capaz de voltar a partir do Caminho, como o Caminho Solitário da Divindade deve ser marcado sobre sua testa como a Marca de Caim. Como você está sombrio, deixe-se crescer próximo a este rei infernal e entre em sua essência. Abra seus olhos astrais nestas sombras e entenda que você  pode assumir qualquer forma que você desejar. Você é um Vampiro, Incubo, como Set e imortal em essência . Você se torna como Ahriman, o rei infernal que molda o mundo segundo seu desejo. Você poe comunicar-se e aspirar vários pontos de congregação com todos os Espíritos Goetios no Plano dos Sonhos, seu Portal é o Sonho. Este é o Corpo Sabático que você deverá ir. Você pode viajar adiante para descobrir a Grande Deusa Escarlate atrás de você. Ela está vestida em vermelho, e sua cabeça está coberta com uma Coifa sangrenta com a Marca da Crescente. Suas mãos são pálidas como o marfim, enegrecidas, como animais com unhas afiadas e cruéis. Ela é rodeada de um Grande Dragão Vermelho, e duas outras cabeças emergem de seu robe vermelho –  como uma velha bruxa e sibilante com a língua de serpente. Você lhe pede para levantar o véu carmesim, o que ela faz – Uma caveira está debaixo, e os Olhos são negros. De ante de você esta caveira torna-se carne, há uma face que é de grande beleza e ela olha até você. Seus olhos são silenciosamente Negros como o Túmulo, e Ela fala para você de coisas que você não conta a ninguém. Ela sabe de você mais do que ninguém; amigo, amante ou membro da família. Esta Deusa, Lilith também chamada Hécate, Ruha-Az ou Babalon é a Deusa da Chama, ela é soberana dos súcubos, Vampira e aquela que monta o Dragão. Ela abre adiante sua túnica e estende seu lábios amplamente, para revelar seus dentes e língua. Ela lhe convida. Os dentes se retraíram ainda assim a língua ainda se arrasta enquanto você se aproxima. Você deve ir até ela, musa e amante, mãe e prostituta - Sinta esse fogo sensual dentro de si, abra seus olhos com ela dentro. Ela abraça você e lhe atrai para perto para beija-la. Antes que ela tocasse seus lábios, ela  bebe o cálice dourado que está cheio de sangue. Ela lambe seus lábios com outra língua de serpente, e o profundo gosto de sangue o conduz dentro dela. O abraço é de supremo êxtase, que abala os alicerces de seu ser. Enquanto você está perto dela, outra mão trás uma taça de cranio com sangue, que capturava a fornicação dos seus lábios abaixo. Este é o sacramento dela, o elixir da Besta e o veneno do Sabá Infernal. Beba profundamente e conheça o despertar Vampírico da Sombra. Quando você ir ao Sabá ou desejar consultar-se em sonhos com os Espíritos Goetios, sempre se lembre da união com ambos os aspectos da Sombra, e e da Luz. Este é o espelho do seu ser, pela magia você se tornará semelhante à Deus, bem-vindo ao despertar e à evolução!

O Ritual da Espiral do Dragão (Leviatã, a Serpente Sinuosa) - Michael Ford


O reinado que surge que surge da espiral do dragão é o caminho sinistro da realização do Adversário, assim o iniciado se torna a imagem e a essência de Shaitan através da invocação dos Quatro Poderes subordinados aos Príncipes Infernais. Na espiral desta Luz Negra e Fogo Ardil, é  possível tornar-se isolado e estranho à ordem natural. O indivíduo é separado, ainda uma chama criada no seio de Azazel-Lúcifer, conhecido como Azal´ucel, o Anjo Demoníaco do despertar opositor.

Começa-se o rito no quadrante sul, relativo à Azazel, o iniciador do caminho. O feiticeiro deve construir o círculo do dragão como utilizado na Goetia, cercando o self anunciando a conjuração dos Quatro Quadrantes.

Azazel –  Eu te invoco Djinn do fogo do Quadrante do Sul, a tocha que me inflama, sacrifico-me em sua presença, como seu filho no caminho da Sombra na Luz.

Samael –  Grande Dragão transformado, eu te invoco fulminante Lúcifer, a Estrela da Minha do Leste, a Serpente-Anjo de Corvo Esmeralda que caiu na terra– desperte agora e abra adiante os  portais da imaginação do Ar e dos Sonhos.

Mahazael –  Pai dos Espíritos dos Bruxos, que abençoa e pragueja sob a oculta e resplendente lua, Eu o evoco em mim, iniciador da chama e do ferro, venha manifestar-se neste círculo. Besta Chifruda e Anjo Perfeito, desperta para o meu chamado no Norte! Na lareira e floresta tu caminhará comigo; no vale das sombras andará como eu; no deserto e na montanha você conduzirá meu corpo no círculo do teu ser! Mahzael, incarnado interioremente!

Azael –  Como a vela queima no derredor e o sol que desaparece dentro da escuridão, Eu te chamo Azael –  Espírito dos Portões do Oeste, do crepúsculo e da sepultura, eu te invoco adiante. Mostre até mim sua máscara dos mortos e envolva-me no espírito do teu ser, Eu desejo caminhar entre a luz e a escuridão. Eu venho à ti como Besta do Oceano, a insurreição do Dragão! Abram adiante o caminho das serpentes! Abra-se o caminho do Dragão! Hekas! Hekas! Hekas!

Trabalhando com os Espíritos Demoníacos e Angélicos

Os Espíritos Demoníacos são essencialmente forças ctônicas/infernais que estão na fronteira das sombras e dos lugares escuros da terra. Uma abordagem dos espíritos demoníacos como algo diferente de si mesmo. Eles são uma base de testes; sua face seria uma caveira contendo as Águas de Leviatã, ou a Iniciação. Eles fariam você beber profundamente da Gnose que revela a Mente Luciferiana, que é questionar-se e ser forte dentro de si. Não se deve aproximar-se dos Espíritos Goéticos com medo, se sua mente está limpa acima do intento então este é um ponto edificante do caráter associado ao espírito então. Os Espíritos Demoníacos/Djinns são os fantasmas que congregam e se comunicam com aqueles participantes do Infernal Sabá, o conclave das bruxas e dos feiticeiros, seres da noite caminhando e sonhando com o conhecimento. Espíritos Daemonicos (Demoníacos) são freqüentemente Anjos Caídos; esses que tem provado da taça dourada do reino de Lúcifer, e pela queda ao reino infernal tem aprendido nos caminhos obscuros a fazer seus próprios feitiços. Tais forças Daemonicas são apenas alguns caminhos espelhados em nosso ser, nós devemos nos aprimorar pela associação e invocação. Isto, pelo Trabalho solitário, requer vigor e desenvolvimento do verdadeiro self da bruxaria, a eterna transmutação Luciferiana e Essência de Prometeu de que o corpo e a mente do próprio ser do Grande Grimório da Sombra do Conhecimento. Nossa alma deve se inflamar como a serpente e trabalhar acordadamente como o Diabo na Carne, o tentador dos limites e o iniciador sobre a terra. Trabalhar sempre com a meta na mente e não se envolver com os espíritos da Goetia. Você  pode ficar em apuros!

Trabalhando com os Espíritos Angélicos

Os Espíritos Angélicos (K) são forças são celestiais ou empíreas, baseadas primeiramente em elementos do Ar. Eles são comumente associados com Lúcifer e são altamente articulados à formas solares e lunares de guias iniciáticos, pela união com os espíritos demoníacos o self desenvolve um equilíbrio, em vez da repressão e auto-engano. Esses Anjos estão caídos, e encerram um aspecto Demoníaco ou infernal em seu caráter. Aproxima-te destes com respeite e  busca se tornar igual à essência que você almeja ser. Os Espíritos Angélicos do Shemhamphorash são Guardiões que conduzem ao Limiar (Azazel, Shaitan). Os Espíritos devem ser invocados como Lúcifer comandaria –  pelo acordo e percepção. Não proceder por impulso; ao contrário refinar seu pensamento para trabalhar para você. Considere a alta articulação do espírito e como este pode associar-se com aspectos equilibrados do self. No maior dos casos o Demoníaco é relacionado aos Anjos, uma combinação de aspectos Celestiais e Infernais. Quando invocamos ora espíritos demoníacos ou angelicais, devemos controlar todo pensamento baseado no desejo e na Vontade, para não mencionar os impulsos que podem vir adiante. No geral, o feiticeiro desejará se sentir diferente quando ele ou ela invocar a força que a move mente sob  a“inspiração” do espírito evocado.

Tais métodos de invocação não atuam em simples possessões na maior parte dos mais casos, ao contrário, ativadas as áreas da percepção de acordo com associações individuais de inspirado conhecimento ou impulso. Espíritos Angélicos são aqueles que nos infundem com o Fogo de Lúcifer, os quais compreendem o Céu. Esta é a gnose do Sabá Celestial –  o conhecimento adquirido dos Espíritos do Ar. Os Espíritos Luciferianos (os Espíritos do Ar) são frequentemente celestiais, matiz branca ou formas enegrecidas, dependendo da superior ou inferior natureza de seu ser. É a meta do magista ser capaz de um deslocamento no sentido da forma astral em qualquer outro aspecto iluminado ou sombrio de seu ser, como é o reflexo de sua criatura.

Magia Cerimonial

Simplificadamente a magia cerimonial e bruxaria significa alcançar um distinto ponto de gnose, ou pensamento mágico. O operador que está intentando evocar um espírito da Goetia deve focar-se neste ato, onde ele ou ela identificar-se-á com o Daimon em questão. Para permitir um padrão claro e controlado de desenvolvimento mágico, o feiticeiro deve se tranquilizar se focar antes que se entregue à Vontade e ao seu resultado específico. Nenhum indivíduo deve entrar na câmara ritual para realizar Magia Cerimonial enquanto carecer de um intento ou desejo definido. Porque você está evocando um espírito? O que você deseja concretizar? O que você quer aprender destes espíritos? Como você irá implementar os conhecimentos obtidos com este ato? Como isso irá afinar e definir mais o seu ser? Dois aspectos do Self podem ser cristalizados no desenvolvimento do Corpo de Luz e no Corpo de Sombra; nesta é simplificada comparação, o coração do Adversário. O Adversário é a evolução perpétua, tormenta e caos. O aspecto da Luz do Adversário é a Ordem dentro da aproximação direta desta mudança e desenvolvimento Caótico do ser. O Corpo de Luz/Corpo de Sombra é diretamente atado ao Sagrado Anjo Guardião/Anjo Familiar/Self Interior. O Ritual do Sagrado Anjo Guardião, Azal´ucel e A Invocação do Adversário podem ser empregadas para obter contato com este guia individualista ou Gênio Iniciático. Quando você o chamar, permita-se inflamar-se em pontos de êxtase, você crescerá com isto!

O Corpo de Luz

O Corpo de Luz é o Duplo Astral usado para alinhar-se com o Anjo Familiar/Eu Superior. Este Daimon é chamado Azal’ucel, Palavra Emblemática que vem da combinação de Lúcifer e Azazel, o portador da luz, despertado através da rebelião. O Corpo de Luz pode ser desenvolvido através da meditação, ioga e outras práticas que pode você visualizar numa essência branca ou ígnea, que se eleva a partir de sua carne; isto é uma linda e brilhante luz branca, o Espírito Luciferiano do Sol. Alguns desejam transformar esta luz em roxo –  brilhante ou chama enegrecida no centro, de onde surge um Olho. O Olho representaria o Olho de Seth/Shaitan, o Adversário e Gênio Imortal do Self.O Ritual de Azal´ucel e o Rito do Adversário é um instrumento que é utilizado como prática para alcançar um contato com o Eu Superior. Isto é usado, além disso, para limpar a mente e focar o self no Trabalho que deseja empreender. O Corpo de Luz não é interposto adiante através dos sonhos, mas despertado no Plano da Consciência Mental. Descobra um confortável lugar para a meditação, decorado com as representações do Eu Superior/Daimon. Ungindo o pescoço e os membros no Óleo de Abramelin e tenha o espaço iluminado com luz natural se possível –  deixando o sol entrar no recinto.

Lembre-se, o sentido é atingir o empíreo ou reino celestial do Aethyr, a Consciência Superior do Self. Uma vez calmamente meditando, visualizando o seu corpo astral se expandindo, do qual uma grande luz e chama está subindo sobre o seu corpo psíquico, vendo o Olho dentro deste Fogo. Erga então seu ser através do Aethyr, de que você está flutuando e cintilando no céu. Quando você começar à queimar visualize um Grande Anjo perante você. Eis um grande vento violento e impetuoso sobre você e este Serafim. O anjo é iluminado em luz resplandecente, com lindos Olhos negros maliciosos e estranhanhamente puros deste ser. A face Saturnina contudo excêntrica, e a sua aura tingida com a escuridão debaixo da superfície. O corpo de anjo é quase em chamas, e seu corvo é uma esmeralda brilhante. Na mão deste anjo está um tridente, que é uma cruel sentinela pontiaguda. As Asas deste Djinn do Fogo são negras e pontudas, indicando um aspecto infernal não somente visível às chamas interiores. Quando você se fixa nos Olhos de Azazel, chamando Lúcifer ou Azal´ucel, ele o ilumina com um lampejo que vêm do seu Olho Esquerdo. Como isto relampeja abruptamente, uma voz é ouvida em sua mente, uma simples questão é inquerida. Você saberá esta questão quando este momento chegar. Mova seu ser e seu corpo de Luz à este Angélico ser, e permita ao seu self tragar-se em suas chamas. Deixe os seus olhos se abrirem- no plano astral com os olhos de Lúcifer; você despertará nesta luz. Pratique freqüentemente, até que você sinta a instintiva comunicação com esta força. Você está se tornando a Luz Luciferiana! O Corpo de Luz é utilizado em vidência bem como em trabalhos que envolvem tarologia. Permite ao self ouvir à grande parte dos instintos que lhe concedem previsão, este sendo um  poderoso instrumento para todos aqueles que fazem uso diário em suas vidas. Isto é altamente recomentado ao Trabalho com os Espíritos da Goetia depois de você ter concretizado a união com o Corpo de Luz, para confirmar o auto-controle e a direção central das metas.

Um Trabalho Preliminar - Michael Ford



Como qualquer exploração e busca de entendimento desses profundos desejos que nos motivam, inspiram e antigamente nos assombravam, nós estamos erigindo um vigoroso e enegrecido poder do self. Este nos concede não somente entendimento, sentimentos e percepções, mas a  possibilidade de alguma coisa melhor. A Goetia é como uma ferramenta da escuridão; do mesmo modo um instrumento de força do self –  uma ígnea luz. Uma obrigatória observação da natureza dos Espíritos Goétios, que pode ser nociva ou benéfica dependendo de como poderá aproximar-se dele. No contexto moderno, o Magista é agora apto a encaminhar-se para além do modelo medieval de evocação distinguindo-se – ao contrário a bruxaria agora se propõe transmitir-se nos  pontos entre o invocador e o invocado. Este é o Eixo de todas as mudanças, a auto-deificação, e a dança do adversário em sentido anti-horário é desenvolvida e finalizada. Uma possível execução dos ritos baseados acerca do Príncipe Infernal da Terra ou Sub-Príncipes Aliados. Muitas destas informações usadas podem ser encontradas em S.L. MacGregor Mathers traduzidas no “No Livro da Magia Sagrada de Abramelin o Mago”.

Os quatro Príncipes Infernais São:
Lúcifer – Ar (de Lux Fero, portador da luz. Um “espectro” comum associado à Lucifuge, do latin que designa “aquele que foge da luz” e pode estar devidamente associado com Mephistophelis. Lúcifer no seu aspecto de Anjo da Luz, o Adversário. Lúcifer é um título que é tido como o fogo do Djinn Azazel, o primeiro anjo, caído da estase da luz. Por esta razão, Lúcifer é o libertador e o propulsor da humanidade com sua dádiva da Chama Negra, ou  percepção do Eu individualizado.

Leviatã –  Oeste (de LVTHN, a sinuosa Serpente/Dragão do Mar. Leviatã é o Demônio da Imortalidade e da Iniciação, aquela Besta e a Mulher Escarlate movimentam-se através da elevação dos oceanos como a Besta 666, o Espírito Solar da manifestação e criatividade).

Satã –  Sul (da raiz SHTN, que significa adversário. Satã é um nome associado com Azazel o Djinn do fogo, que é também Lúcifer e Samael. O Bode com a forma de mil nomes. Satã = Set-an, o antigo Deus Egípcio da Escuridão, Caos e “Misantropia”). Satã é o adversário, cujo símbolo pode ser visto como um tridente que se ergue ao entardecer.

Belial –  Norte (de BLIOL, o perverso. Belial é o Espírito da Terra, criado segundo depois de Lúcifer/Azazel como um poderoso anjo. É um espírito e iniciador poderosamente demoníaco e angelical, e está assim associado com o inferno e o céu). Os Sub-Príncipes são (e devem ser consideradas formas sombrias dos príncipes infernais):

Samael –  Leste (Criado/Anjo do Fogo que é Azazel. Samael é o Príncipe Demônio que é marido de Lilith e pai de Tubal-Cain. A palavra raiz de Samael é SML, que se traduz por “Ídolo ou Imagem”).

Azael –  Oeste (associado com Azrael, o Anjo da Morte ou o Egípcio Anúbis, o Deus da Morte. Azael representa o Oeste e o Reino do Crepúsculo).

Azazel –  Sul (associado com o elemento Fogo, como Azazel é o Djinn do fogo no Sufismo Islâmico. Na religião Hebraica é o bode expiatório, associado com a com a origem OZ, significando Bode ou Diabo, força sexual.

Mahazael –  Norte (associado com a terra, sendo Cain ou o Set Egípcio como o Senhor da Terra na Doutrina Tifoniana. Mahazael vem de raiz MHZAL, e significa Consumir ou Devorar e é associado à Amaimon, o Grande de Demônio)

Goétia Luciferiana - Michael Ford


“O Encanto da iluminação do investigador”
 A percepção da mente da serpente que habita nos sonhos celestiais e infernais singra por entre os mundos...  Na alma angélica e na ígnea essência da serpente, que vêm como as sombras mas é revelada com a luz. Eu te ordeno à abrir os portais deste livro que são de sangue.
Entre os mundos dos sonhos virão adiante, aquilo que o investigador transformará em nova uma nova sombra para a presença da Esmeralda de Luz. Eu te ordeno a guardar contigo este livro nos teus “sonhos indesejados” para crescer e tornar -se em luz do Anjo-Serpente.

Introdução de Morbitvs Vividvs

Quando anos atrás eu tive a sorte de ser um dos responsáveis por trazer o sistema goético para a língua portuguesa, ao lado de meus irmãos Iaida6667 e AShTarot Cognatus, não faltaram  pessoas para nos alertar que estávamos cometendo um grande erro. Que estávamos adquirindo um karma infinitamente grande e que seriamos responsáveis por tudo o que estas chaves fizessem deste então e assim acabaríamos loucos e em desgraça. Para todas estas pessoas informo que nós estamos muito bem de vida e saúde e não ficamos nem uma polegada mais loucos do que já éramos na época. Deste então Goetia caiu no gosto dos adeptos lusófonos do caminho da mão esquerda. Entretanto, embora o sistema seja certamente bastante eficaz ele trouxe com ele dois problemas que limitavam seu completo potencial. Em primeiro lugar As Chaves de Salomão são por definição parte de uma visão de mundo osiriana, ou seja, abraamica. Isto pode ser um real problema para satanistas e luciferianos porque a pessoa trabalha com arquétipos monoteístas e depois com arquétipos demoníacos e espera que tudo corra bem. É como jorrar água gelada e um copo para em seguida colocar água fervendo: muitos copos vão rachar. Esta é a verdadeira razão para Goetia ter a fama de ser um sistema maldito que acaba fazendo mal a seus praticantes. Como defesa muitos magistas são obrigados a fazer adaptações para não sofrerem choques térmicos. O livro que você esta prestes a ler conseguiu levar esta adaptação ao nível de arte e acaba por convencer o leitor que na verdade o sistema osiriano é que é uma paródia da mais antiga e verdadeira forma luciferiana do ofício. O segundo problema é a complexidade exigida pelo sistema original. Verdade seja dita o autor, seja lá quem tenha sido, demonstra um talento para a verborragia e a decoração estética barroca  parece ser uma preocupação constante a cada linha. Isso pode incomodar ocultistas interessados em ir direto ao ponto. Mas devemos lembrar que esse é um atributo do próprio sistema goético que exige até certo ponto um bom grau de teatralidade. Escrito em uma época em que era mais fácil conseguir couro de cabra do que papel cartão, para muitos o sistema acaba sendo irreal. Em outras palavras revela-se um sistema muito pouco prático ao magista moderno mais dado a soluções do que a métodos desnecessariamente complexos. Novamente cada um acabava fazendo suas próprias adaptações e simplificações. O problema é que ao fazer isso algumas  pessoas acabavam eliminando porções importantes sem o qual o sistema simplesmente não pode funcionar. O presente livro consegue tornar o sistema o mais simples possível sem sacrificar sua funcionalidade. Mas além de tornar a goetia mais simples e devolvê-la para sua origem ofídica luciferiana o autor tem ainda um outro grande mérito: ele consegue trazer para o sistema as boas inovações que o ocultismo assistiu nos últimos anos. Assim, mais do que uma releitura da forma de magia cujas lendas remetem a Salomão, temos aqui a herança direta dos magos modernos, notoriamente Crowley e Austin Osman Spare. Sigilos, Alfabeto dos Desejos, Postura da Morte tornam-se parte integrante e potencializam ainda mais o poder da Goetia. Michael Ford tem assim um grande mérito. Ele finca com força a bandeira de Lúcifer na terra de Goetia e torna assim os antigos Espíritos finalmente livres para serem chamados como aliados e não como escravos.Na época em que vivemos, uma goetia luciferiana não é apenas uma ferramenta necessária, ela é inevitável.

Uma definição preliminar de magia e magia negra

É significante explanar as definições do contexto desta obra, não apenas uma maneira rígida de fundamentação, mas também uma sugestão para uma feliz aplicação deste Grimório. Este livro não defende que o indivíduo desenvolva um “comportamento profano”, ações anti-sociais tampouco filosofias repugnantes que podem ser definidas como não-saudáveis para o Self. A essência deste livro é explorar as fundamentações luciferianas da evolução humana, a próxima etapa em nossa própria espiritualidade e ideologias filosóficas. Qualquer comportamento negativo e ações criminosas (como definidas pela sociedade corrente) são consideradas um dissuasivo de nossa evolução individual, assim não são aceitáveis. Magia(K) é a Grande Arte da evolução da consciência, esta é ascensão específica do Self e um  portal diante da mais alta articulação do Eu. Magia(K) é a Arte do Sol, que é abundante e belo, o verdadeiro fundamento do Ouro Resplandente. Magia(K) é a evolução do espírito e do Self, o verdadeiro caminho da meditação entre nós e os Deuses. Isto é finalmente contudo, a separação de nós de todos os Deuses e a “Coroa Esmeralda” que nós adotamos e com ela tornamos -nos igualmente lindos Deuses e Deusas individuais em nossos muitos caminhos. Magia(K) negra como revelado pelo modelo corrente é a arte da auto-deificação através de  processos antinomianos, por aquela auto separação da ordem natural que movemos entre o mundo da caminhada e dos sonhos. Na arte da Bruxaria Primal esta é definida como cingindo o Dragão do Self. O círculo no moderno contexto da Magia(K) e nos Trabalhos Cerimoniais não é designado para manter as forças fora, tal como era na (antiga*) filosofia, cuja qual e embora é empregada desta maneira, uma fundamentação leiga que causa ao magista um fracasso inicial. O Círculo é um vão para o autocontrole; isto é nossa própria influência de que nós somos e viremos a ser. Assim, não temas forças externas à si, pois seu maior inimigo é interior. Qualquer magista que está capacitado à convocar algum espírito da Goetia devia estar preparado para encarar aqueles que evocam – senão que sofra as conseqüências. O magista moderno entende que o Trabalho não pode ser bem sucedido quando o intento não é puro ou claro. Se você buscar evocar primeiro um Djinn da Goetia, entenda como o espírito refere-se à sua mente, como este deve manifestar-se em seu ser. Não deves evocar alguma coisa que não esteja confortável no trabalho consigo. Não podes entrar em outro com medo de muitas forças que ambicionas comandar, seja elas angélicas ou demoníacas. Magia Negra é trabalho com forças avessas ou obscuras que são traduzidas como sombrios aspectos mágicos da psique. Estas sombras do Self são essencialmente nosso próprio auto-desenvolvimento e estabelecimento como indivíduos. Isto requer feitiços bem disciplinados e além disso bem balanceados, à salvo dos portões do fracasso e da loucura. Para olhar dentro dos olhos de Seth e Lilith-Hecate ou mesmo de Ahriman e para se ver fora das forças que devorariam quaisquer daqueles que não preparados para serem portadores da eclosão da Chamas Negras, um espírito luciferiano é portanto ele mesmo. Uma vez que este pacto é feito, quando o Sigillium Diaboli é introduzido na mente, no espírito e no corpo, então é impossível retornar - somente a ascensão do espírito como “além” da matéria mortal.No moderno mundo dos magistas, Satã é nosso iniciador ou estimulador da psique. Primeiro lembrete, na doutrina pré-islâmica Satã-Azazel é considerado a Imaginação-Sufismo reconhecendo Satã como a imaginação interior, do  próprio ser. Satã é assim o anunciador do nosso caminho, a verdadeira fonte de nossa riqueza. Na contemplação da forma e modelo de Deus, Lúcifer (Satã) é a forma ideal para alinhar-se ao senso iniciático. Azazel rebelado contra a ordem natural (God –  Ain Soph) murmura independência,hediondo para o reino da terra e vangloriado e despertado no inferno (terra – reino ctónico). Ao contrário do que receava e temia, escondido, a compreensão de Lúcifer era independente em sua mente e existia independentemente da ordem natural e despertou todos os outros anjos caídos  para manterem-se fortes. Neste contexto, Lúcifer foi o criador da Ordem do Caos. Este é um modelo semelhante de iniciação, que nós trabalhamos favoravelmente reconhecendo nosso  próprio sendo de individualidade, para expandir o círculo de controle. Os Demônios e Djinns da Goetia são tanto forças iniciáticas como benéficas! Consideramos as definições de anjo e demônio. A significância é benéfica no contexto deste grimório. Espíritos angélicos são solares (ar) baseados em espíritos que possuem alta articulação de si, de modo que, eles ressoam com aspectos mais desenvolvidos do self; a comunicação com o guia iniciático/Sagrado Anjo Guardião. Demônios são espíritos/Anjos Caídos que insurgem das sombras e da escuridão da terra, mas são significantes e benéficos como os Espíritos Angélicos. Em união estes Djinns são do Fogo e do Ar, assim inflamam a verdadeira essência do self na iluminação do ser (Chama Negra –  Self - Percepção e Ser). Magia(K) Negra é o desenvolvimento e o refinamento do Self em todos os níveis. Isto pode ser cansativo como o auto-questionamento, testando seus limites, mas pode prazeroso no final. É necessário não nascer preguiçoso ao se trabalhar com estes espíritos, pois o desejo imanente ao trabalho desintegrará e causará numerosos problemas. Esperar focar-se e criar resistência para  propor-se ao Trabalho é essencial – contudo não faça concessão aos espíritos para controlar ou alterar seus pensamentos. O desafio é grande, poucos desejam se capacitar para passar além dos testes estabelecidos neste Grimorio, não entendem a transliteração então. Por favor entenda que este grimório não foi somente criado porque eu sentia que podia 'produzir alguma coisa melhor do que Aleister Crowley', nem um símbolo de desrespeito para com o seu trabalho original. Ao contrário, este é devotado a ele e à sua supracitada edição. Isto é um mapa  parcial e registro de meu Trabalho inicial e pessoal no Caminho Luciferiano, e algumas coisas que eu sinto que devia ter uma nova aproximação apresentada. A nova apresentação deste Trabalho não quer suscitar dúvidas que não devam ser abertas, ou ao contrário, necessitem ser abertas por algum tempo. Zazas, Zazas, Nasatanada Zazas – Nestas palavras, Eu teço este encanto...

A Goetia – Antiga e Moderna

Considerado por séculos um grimorio de “baixa” magia, a Goetia (corriqueiramente traduzida como “uivo” ou “lamento”) tem sido um tomo proibido de magia negra. Os 72 espíritos de Salomão são como um instrumento de maldição e autoridade a qualquer desejo. Enquanto isto  pode continuar por ser um aspecto Menor de Baixa Magia, a Magia ou Teurgia (alta bruxaria) não tem tido uma conexão explorada detalhadamente – até agora.
Teurgia é Alta Magia, ou Alta Bruxaria. Isto é o desenvolvimento do self na luz, apontando ao melhoramento do ser em numerosos níveis. “Luz” pode se referir à percepção do ser, como
Lúcifer que é o Senhor do Sol e a Coroa Esmeralda da Iniciação da Magia(K). Teurgia é o caminho de invocação do gênio ou Anjo Guardião do Self. Esta operação tem sido difundida com permutação dos trabalhos de Abramelin, Aleister Crowley e o Liber Samekh e os igualmente brilhantes escritos de Jake Stratton-Kent e Charles Gonzales.
A “Invocação Preliminar” como foi publicada por Crowley na edição de 1904, foi desenvolvida da de Londres do papiro 46, era um Rito de Exorcismo Grego que foi traduzido por Charles Wycliffe Goodwin e publicado em 1852. Isto era realmente o que Aleister Crowley afirmou corretamente do mesmo modo que o supremo ritual foi aquele à invocar o Sagrado Anjo Guardião, que conduz ao caminho da perfeição individual. Este é um terreno comum do qual o Caminho da Mão Esquerda e Caminho da Mão Direita “profisionalmente” podem admitir-se. Os caminhos tornam-se claramente definidos quando o CMD passa a ter como meta a busca da perfeição individual, então permite a consciência se unir à luz divina, ou ao Hebraico Ain Soph, que é a Ilimitada Luz. O CME habilmentre enxerga a consciência e o ser como beleza, sagrada e honrada, desenvolvida e forte. A consciência do descobrimento da Verdadeira Vontade ou Demônio/Anjo aspirará tornar-se tal como Lúcifer e ser independente, e isolado e separado do Ain Soph, Luz Limitada. Deveríamos lembrar, esta é a Limitada Luz de que é Azazel – Lúcifer lamenta e murmura para ser independente disso. A Goetia é realmente violenta, poderosa e um tanto terrível, um grimorio real. Esses que tem assobiado e vibrado os sagrados nomes e a chama da luz da evocação dos demônios deste livro estarão altamente habilitados a reviver as legendas de Fausto e até mesmo as ficções de horror, autores como H.P. Lovecraft e seus contos macabros. Com Aleister Crowley, a quem, em sua  juventude levou adiante a escuridão da Goetia no Boleskine e em outras casas, ele fez apenas experimentos da Vontade. Enquanto na superfície, ele mostrava-se consciente evocando os espíritos para aplacar seus desejos carnais, e outras questões materiais; subconscientemente ele estava rompendo com os padrões vigentes para desenvolver sua Vontade. O Lemegeton ou Goetia como é chamado na verdade é um proibido e indispensável instrumento de magia prática. Nas áreas específicas em que é nomeada os termos bruxaria sabática ou luciferiana e magia(k), há um definitivo propósito que é esclarecido na Natureza dos Espíritos Goétios. Magia(k) é ela mesma definida como evolução adiante, ou ascensão. Como a Magia(K) é um Trabalho Celestial que define e revigora a vontade (ou a Vontade revigora a Magia) assim a fim de que a união seja trazida com a declaração baphomética, como acima, do mesmo abaixo. A Goetia é um trabalho de magia negra. Freqüentemente vista como Magia(K) Negra na percepção de Aleister Crowley, criaturas maliciosas trabalhando na bruxaria. Eu digo que uma moderna ou realística percepção da Magia(k) Negra é a arte detransmutação (alquimia) do self, edificando e individualizando a psique. A meta é especialmente a alta articulação da alma e da Vontade do indivíduo. Isto é considerado Negro porque este é o símbolo do desconhecido, tal é a grande  parte da psique e do subconsciente. O Magista Negro é por conseguinte aquele que Trabalha com seu próprio ser, construindo e definindo o caráter de “Eu” e da criatura. A Bruxaria assim é um agregado energético de espíritos dos mortos e do subconsciente do self; para ser capaz de fortalecer e explorar os caminhos da mente. O Magista Negro, além disso, deve entender o respeito que é necessário quando se está trabalhando com forças exteriores que freqüentemente relatam um contexto interno. Esta é a chave do caminho da Bruxaria Goétia que justifica um perigo considerável. O Caminho da Magia(K) é forma divina de Lúcifer, o Anjo perfeito. Ascendendo ao Sol, e Caindo ao entardecer da Lua. Este é o Caminho da Auto-Magia –  assim é em cima, assim é em baixo. O modelo Luciferiano é apresentado diferentemente neste trabalho, como um portal ou uma chave para a expansão da mente e para o desenvolvimento. Não podemos mais prolongar a hórrida doença do Cristianismo sob o Trabalho Goetio –  não haverá como a fragilidade da mente aproximar-se deste tomo sem aprisionar-se. As Paredes que estão em torno vencem, contudo, e elas estão igualmente edificadas, maiores do que nunca. Bruxaria Goétia devia ser ela mesma a gramática e a fundamentação da Arte Mágica, que é que ascensão da luz e o calor do sol. Na ordem do pleno entendimento e percepção do self e da luz com a obrigatória exploração do reino demoníaco ou infernal. Eles frequentemente conduzem ao espontâneo sucesso, e ao à meteórica queda nas chamas – em vez do self ascender-se ao exterior conduzindo o fogo para o interior do self, é destruído por ele. São as Chamas o Archote da Arte Magia.


Sabbat da Bruxas


Na religião Judaico – Crista, o Sabbat corresponde ao ultimo dos dias da criação, no qual  Deus repousou.O Sabbath é por isso um dia semanal de descanso ou repouso e adoração a uma divindade. O Sabath consta mesmo como um dos 10 mandamentos ditados a Moisés. Por assim ter sido, o Sabbath emana das sagradas escrituras. O Sabbath Hebraico, assinala o dia em que Deus repousou, e por isso também o Homem deve cessar toda e qualquer actividade, para apenas se dedicar á adoração de Deus.

Muitas outras religiões possuem este conceito Sabbathiano, e praticam-no de acordo com as suas crenças teológicas.

Na Bruxaria, ( uma religião de natureza espírita e necromântica, tal como o Vodu, a Kimbanda e outras religiões Africanas), o Sabbath é um momento de reunião e comunhão religiosa entre bruxas, e que se pratica em torno celebração de uma comunicação com os seres espirituais de onde provem o seu poder e existência.

A maior parte das crenças comuns ao Sabbath concordavam que o demónio se encontrava presente aquando da realização de um Sabbath, geralmente incorporado na forma de um bode negro.

Também era comum acreditar-se que vários demónios presidiam e participavam na celebração desta cerimónia infernal de bruxaria.

Igualmente defendia-se que durante os Sabbath, as bruxas ofereciam os seus corpos á possessão de demónios que assim incorporavam nelas para festejarem os seus mais luxuriosos e depravados vícios em carne humana, como tanto lhe é agradável.

Acreditava-se igualmente que o Sabbath começava ás 00h00 e prolongava-se pela madrugada fora.

O Sabbath, é consumado em 5 grandes momentos,  ( tantos quantos os pontos da estrela de Baphomet), que se materializam em 5 rituais, que são:

I

A Procissão de Caim:

O ritual tem início com uma procissão. Nessa procissão todos os bruxos se unem em peregrinação realizada a caminho do templo onde será celebrado o Sabbath. Este momento representa o caminho que cada bruxo realiza ao longo da sua vida de servo do demónio, caminho esse que leva ao destino da sabedoria do oculto e do eterno poder da Magia Negra.

Uma das características identificativas das bruxas, ( de acordo com os manuais inquisitórios), é a «marca da bruxa». Essa marca corporal confirma que a bruxa é na verdade uma bruxa. A marca não pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou escolheu essa pessoa para ser seu servo e sacerdote. A «marca» é deixada pelo demónio no corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo. A «Marca» é criada de diversas formas: ou pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca. A «marca» pode-se manifestar em diversas formas: Uma verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente insensível. As teses ocultistas mais actuais, tendem a identificar esta «marca do Diabo» não como um sinal físico presente no corpo da bruxa, mas antes como um «sinal» marcado na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», o nome com que bruxa viverá depois do pacto com o Diabo, e com o qual fará as suas bruxarias. O «nome espiritual» é o nome que o demónio concede a uma bruxa quando ela outorga o seu pacto infernal, e é a «marca» que identificará para sempre essa pessoa diante do Diabo, da mesma forma que o «nome de baptismo» Cristão identifica uma pessoa diante de Deus.

Seja como for, a «marca da bruxa», é também chamada a «marca de Caim».

Tal como Caim foi rejeitado por Deus e se tornou imortal por via do caminho das trevas, (Génesis 4, 10-15), também o bruxo é marcado pelo exemplo de Caim. Assim se acredita que todo aquele que entrou em pacto com e demónio, possui esse «selo» na carne, a «marca de Caim» ( Génesis 4,15).

Pois como o destino da vida de Caim, também é o destino da vida do bruxo, e por isso a «procissão de Caim» é representativa desse percurso de vida.

A procissão representa tanto a vida do bruxo, ( o seu caminho de vida dedicado á bruxaria e á submissão aos espíritos), como a sua morte, uma vez que depois de mortos os espíritos dos bruxos não abandonam este mundo terreno e aqui permanecem vagueando eternamente, aliciando novos bruxos, alimentando-se da carnalidade, semeando a feitiçaria, apadrinhando outros seguidores do oculto. Pois a procissão também representa esse caminho no mundo terreno, que se perpetua na vida eterna.

A procissão é feita em nome de Caim, aquele que sendo filho de Eva e Lúcifer foi desprezado e assim induzido ao pecado. Por ser um filho de Lúcifer e de uma humana, Caim foi humilhado, renegado  e condenado á desolação. Sobre Caim caiu a maldição da vida eterna, uma vida eterna a vaguear pelos caminhos deste mundo. Assim como Caim é eterno, também o bruxo alcança a eternidade espiritual neste mundo pela sua aliança infernal. Caim é o padroeiro deste ritual.

II

A ceia dos 21:

Precede a procissão, a consumação de uma ceia demoníaca, ou seja: um grandioso banquete celebrado com os mais tortuosos excessos. No banquete,  pão azeite e sal estão totalmente proibidos, pois são substancias detestadas pelo diabo, e todo e pecado da gula é celebrado ao excesso mais pervertido. Neste ritual simboliza-se a eterna união e a infernal aliança, estabelecida desde o início dos tempos, entre os demónios e as bruxas.

Da mesma forma como Jesus se uniu em aliança aos seus 12 discípulos na última ceia, também bruxas e demónios se unem pela carne e pelo sangue nesta ceia. Este banquete é realizado numa mesa cerimonial, na qual se encontram 21 sacerdotes e sacerdotisas. Ao centro da mesa, a ceia é presidida por um demónio encarnado. O demónio é possuidor do cálice de Lúcifer, por onde cada um dos 21 sacerdotes e sacerdotisas beberão a essência da vida eterna através da bruxaria.Com esse cálice e essa essência liquida, é celebrado o dia em que cada um dos 21 assumiu o seu pacto com o demónio e assim passou a ser embaixador dos espíritos neste mundo, através da aliança Luciferiana. O filho do Diabo, é o padroeiro deste ritual.

III

A Missa Negra

Ao banquete  segue-se  uma missa negra.

A mesma celebrada é em missais Luciferianos orados em  Latim, acompanhada de liturgias infernais realizadas sob os corpos nus de acólitos femininos ou jovens indicadas nas artes satânicas.

È neste momento que é realizada a admissão e iniciação, na sociedade infernal,  de novas bruxas recém recrutadas e já instruídas nas artes da bruxaria. Na missa negra são conjurados os espíritos demoníacos, e a hóstia de Satã é servida numa  forma de grande perversão.

Na missa negra lêem-se as escrituras Luciferianas, Satânicas e Infernais, assim como os oráculos do príncipe deste mundo revelados pela boca dos seus profetas infernais. Ancestrais fórmulas de invocação demoníaca são recitadas, velhos oráculos são relidos, místicas liturgias são celebradas, profanas orações são proferidas, tudo para agrado dos espíritos.

A missa negra representa o momento em que Lúcifer desejou Eva, e por isso a contactou. Em troca do prazer, Lúcifer ofereceu a Eva o fruto da árvore do conhecimento. A Missa Negra representa o momento em que Lúcifer e Eva se contactaram, em que Lúcifer possuiu Eva e em que o Homem recebeu em troca a sabedoria sobre a ciência e a magia. A Missa Negra representa por isso o contacto com os espíritos, e através dela os espíritos são chamados a contactar com as bruxas.

Lúcifer é o padroeiro deste ritual.

IV

O Festim da possessão

Finalmente o Sabbath termina em êxtase carnal, numa celebração ritualista do pecado manifestada em todos os envolvidos na Missa.

Nesse festim de pecados, os demónios conjurados ao longo de todo o Sabbath incorporam nos fiéis demoníacos, e tanto na forma de corpo humano masculino, como de corpo humano feminino, eles praticam a carnalidade mais pecaminosa, celebrando assim a corrupção e perversão que os demónios tanto amam.

Este é o momento da possessão, no qual os demónios entram no corpo daqueles que voluntariamente se lhes oferecem. Este é um momento altamente perigoso, pois uma possessão que não seja adequadamente produzida, conduzida e depois desencarnada de uma pessoa, tem terríveis e totalmente irreversíveis efeitos, sendo que a pessoa jamais conseguirá abandonar o estado de possessão demoníaca,  podendo acabar em condições psicológicas miseráveis ou mesmo morta. Por isso, apenas os filhos das trevas podem participar neste tipo de festim, uma vez que pessoas normais não possuem força espiritual para conseguir aguentar uma possessão demoníaca e controlar o processo. No entanto, pela boa celebração deste perigoso ritual, os demónios concedem os seus favores aos fiéis de Satã, ou seja: as bruxas.

O festim da possessão representa o momento em que Satã e os seus 199 anjos abandonaram os céus e amaram as filhas dos homens, (Génesis 6) no acto de bruxaria e possessão primordial. A padroeiro deste ritual é Astaroth, demónio do desejo e da luxúria que conduziram tanto Lúcifer e o seu exercito seguidor , como mais tarde Satã e os seus 199 anjos,  ao exílio e condenação. Astaroth é um dos demónios da trindade infernal constituída por si mesmo, Lúcifer e Satã.

V

O convénio dos 200 anjos

Por ultimo, após a realização de todos os citados processos, ( a Procissão de Caim, A Ceia dos 21, a Missa Negra e o Festim da Possessão ), os bruxos reúnem-se em convénio para trocar entre si e com os seus novos membro iniciados, conhecimentos, ensinamentos, Grimórios e saber oculto.

Assim se cumpre a perpetuação das artes ocultas, sendo o conhecimento partilhado, renovado e eternizado tanto pela tradição escrita como pela tradição oral.

O convénio representa o momento da queda dos 200 anjos que se unindo ás mulheres dos homens, em troca ofereceram á humanidade o conhecimento, ou seja: tanto as ciências, como a bruxaria.

O padroeiro deste ritual é Satã, o demónio que por desejo da mulher desceu á terra e se condenou á perdição.

Conteúdo cedido por magianegra.com.pt

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