sábado, 19 de outubro de 2024

Elus Cohen

 

A “ORDEM MARTINISTA DOS FILÓSOFOS DESCONHECIDOS  é constituída de dois Círculos:

a) O Círculo Externo para estudos esotéricos, que é uma escola de ensino para os primeiros dois graus que se encontram em uma “Loja de Instrução”;

b) O Círculo Interno dos SSII que se encontram em um “Capítulo” ou “Grande Capítulo” e cuja vontade é de fazer parte desta comunidade eleita chamada “Santuário Interior”, “Sociedade dos Eleitos” ou a “Igreja interior” (D’Eckhartshausen e Lopoukhine), que está consciente do caráter universal e central do esoterismo e para o qual “a posse presente de Deus, de Jesus Cristo em nós, é o centro para o qual todos os mistérios, como os raios de um círculo, o foco.” (D’Eckhartshausen: A Nuvem sobre o Santuário).

O Martinismo é uma Cavalaria Cristã ouse preferir, uma cavalaria linha de aperfeiçoamento individual e coletiva. Assim, deve tender a ser composta apenas por perfeitos servidores e sucessores dos Mestres reais do movimento.

Esta questiona todos os membros para um padrão de comportamento livremente aceito por todos, num espírito de devoção e uma disciplina sem a qual todo o trabalho coletivo seria impossível. Maior tolerância, ou melhor, mais amplo espírito de compreensão é, portanto, necessária.

Nós então pedimos que medite sobre seu pedido e para descobrir as razões mais profundas da mesma, de acordo com estas indicações, antes de tomar quaisquer medidas adicionais.

NOSSA LOJA DA ORDEM DOS CAVALEIROS MAÇONS- ELUS COHEN DO UNIVERSO

Esta Loja só inicia os membros das lojas de linhagens que estão sob proteção da Igreja Gnóstica Rosa Cruz que já atingiram o 3º grau de qualquer uma das unidades iiciáticas.

 Martinez de Pasquallys – Um pouco de história

O nome completo era Jacques de Livron Joachin de la Tour de la Casa Martinez de Pasqually. Nasceu em Grenoble, França, em 1727. Seu pai tinha uma patente maçônica emitida por Charles Stuart, Rei da Escócia, Irlanda e Inglaterra, fechada em 20 de maio de 1738, outorgando-lhe o cargo de Grande Mestre Delegado, com autoridade para levantar templos para a glória do Grande Arquiteto do Universo, e para transmitir a referida Carta Patente a seu filho maior. A patente e os poderes foram transmitidos depois de sua morte a seu filho que tinha 28 anos. Martinez foi um grande homem que tentou durante toda a sua vida, infundir a espiritualidade à Maçonaria

Pasqually deu a sua sociedade o nome de “Ordem” que já portava a dos Franco-Maçons. A Ordem dos Elus Cohen se apresenta então ao Neófito como um sistema de Franco-Maçonaria Escocesa, depositaria da verdadeira tradição secreta. Tomam emprestado da Ordem Maçônica seus símbolos e uma boa parte de seu ritual, para sob um “véu”, apresentado voluntariamente de forma transparente, debulhando nos primeiros Graus, afim de por a prova as disposições dos recrutados as doutrinas expostas na Reintegração, da que seus cadernos tomaram emprestado seu vocabulário místico, ainda que os Graus superiores tinham como principal objetivo as Operações, servindo-se do novo iniciado e dos adeptos escolhidos que posteriormente seriam admitidos nos Grau supremo e secreto: ao Grau de Réau-Croix.

Martinez trabalhou durante toda sua vida na criação de um grande movimento espiritualista dentro do marco da Maçonaria. Quando pôde organizar este movimento como Ordem, não maçônica no sentido estrito da palavra, mas composta, exclusivamente, por Maçons, deu-lhe o nome de: “Ordem dos Cavaleiros Maçons Elus-Cohen do Universo”.

Já dissemos que antes de fundar a Ordem dos Elus-Cohen, Pasquallys havia trabalhado dentro do marco da Maçonaria. Assim, em 1754, fundou em Montpellier o capítulo maçônico “Os Juízes Escoceses”. Entre 1755 e 1760 viaja por toda a França, recrutando seguidores para seu próprio sistema. Em 1760, estava em Toulouse onde foi recebido nas Lojas Unidas de São João. Depois, no mesmo ano, foi recebido na Loja “Josué de Foix” onde iniciou vários maçons e formou o capítulo chamado “O Templo Cohen”.

Em 1761 estava em Bourdeaux onde, graças a sua Patente Stuart e com a recomendação do Conde de Maillial d’Alzac, do Marquês de Lescourt e dos irmãos d’Auberton, foi recebido na Loja “La Française”.

Naquela época a Grande Loja da França não reconhecia os “Altos Graus”. Os maçons visitantes foram, portanto, recebidos na forma de Loja Azul nos Templos dos Elus-Cohen (o termo Loja Azul se refere aos três primeiros Graus Simbólicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre, que constituíam a Primeira Classe dos Elus-Cohen, sob o nome de Maçonaria de São João).

    A Segunda Classe, a dos Graus de Portal, era ainda externamente maçônica, mas continha pontos de uma doutrina secreta subjacente.

    A Terceira Classe, formada pelos Graus do Templo, constituía os Altos Graus da Ordem. Utilizava “artilugios” e simbologia maçônica, mas o catecismo estava baseado na Doutrina Geral de Pasquallys. No grau de Grande Arquiteto, idêntico ao do Cavaleiro do Oriente, o membro praticava uma purificação física mediante uma dieta sob a qual se abstinha de alguns tipos de carnes e órgãos de certos animais, algumas gorduras etc. Esta dieta que era altamente seletiva e que não há o que confundir com o estrito vegetarianismo, era similar à dieta dos Levitas, prescrita no Antigo Testamento. O “Grande Arquiteto” realizava “operações” dirigidas a expulsar os Poderes da Escuridão que invadiram a Aura da Terra. Colaborava também em espírito com as operações especiais que realizava o Grão-Mestre, Pasquallys. Esse grau de Grande Arquiteto constituía, na prática, o grau de Aprendiz Réaux-Croix.

O Grau Superior de Templo, o de Comendador do Oriente ou Grande Eleito de Zorobabel, é um grau passivo no qual o membro não realiza nenhuma operação. É um período de repouso antes da ordenação na Ordem Sagrada de Réau-Croix. O ensinamento se baseia na lenda de Zorobabel e nele se menciona a Ponte misteriosa que deve ser cruzada pelo candidato aos Mistérios. A palavra Réau-Croix não deve ser confundida com “Rose-Croix” e não tem nada que ver com “rosacruz”.

No grau secreto de Réau-Croix, o iniciado é posto em contato com o Mundo do Mais Além (as Esferas dos Poderes Celestiais) mediante a Alta Magia, ou Teurgia. Evoca os Poderes Celestiais na Aura da Terra. Manifestações auditivas e visuais capacitam ao Réau-Croix avaliar sua própria evolução (e a de outros evocadores) e ver se ele (ou eles) foi reintegrado em seus poderes original.

O grau secreto “desconhecido” de Grande Réau-Croix se supunha que era a permissão para a Prova Suprema da Ordem, a nunca alcançada “operação final” que era a evocação de “Cristo Glorioso”, o Reparador, Adam Kadmon Reintegrado.

Tenhamos em conta que os Graus de Portal estavam separados dos Graus Simbólicos pelo Grau de Grande Eleito ou Mestre Particular. Este foi o que seria conhecido como “grau de vingança” no qual os votos de segredo são renovados em uma cerimônia realizada para ter o poder mágico de dar castigo ao que renuncie à sua obrigação.

Antes de sua morte, Martinez de Pasquallys havia nomeado como seu sucessor a seu primo Armand Cagnet de Lestère, Secretário Geral do Exército em Port-au-Prince, Haiti. Esse Irmão tinha pouquíssimo tempo para dedicar-se à Ordem e somente podia supervisionar os Templos Cohen de Port-au-Prince e Léogane em Haiti. Ocorreram divisões entre os Templos na Europa. A.C. de Lèstere morreu em 1778 depois de haver transmitido seus poderes ao V.P.M. Sebastian de las Casas. Este novo Grão-Mestre não intentou reconciliar os diferentes ramos dos Elus-Cohen nem unificar o Rito. Pouco a pouco, os Templos Elus-Cohen foram se fechando.

 A Doutrina continuou sendo transmitida, sem embargo, de pessoa a pessoa ou dentro dos “Areópago” Cabalísticos compostos por nove membros. Em 1806, “operações” seguiam sendo feitas nas datas de equinócios. Um dos últimos representantes diretos dos Elus-Cohen foi o Venerável Mestre Destigny que morreu em 1868. Muitos dos discípulos de Martinez se distinguiram por seus escritos, tais como o Barão d’Holbach, que escreveu “O Sistema da Natureza”, o erudito hebreu e cabalista Duchanteau que é o autor do “Calendário Mágico”; Jacques Cazotte, famoso autor do “Demônio Enamorado”; Bacon de la Chevalerie; Jean Baptiste Willermoz que desempenhou um papel muito importante na Maçonaria; e o célebre “Filósofo Desconhecido” Louis-Claude de Saint-Martin.

 Antes que a Ordem dos Elus-Cohen perdesse sua vitalidade, dois eminentes membros preservaram a doutrina original: o primeiro, Jean-Baptiste Willermoz, integrando-a com alguns Ritos da Maçonaria; o outro, Louis Claude de Saint-Martin, incorporando-a um sistema modificado de filosofia perpetuado por iniciações pessoais.