Robert Boyle (Lismore, 25 de janeiro de 1627 — Londres, 31 de dezembro de 1691) foi um filósofo natural, químico e físico irlandês que se destacou pelos seus trabalhos no âmbito da física e da química.
Filho mais velho de Richard Boyle, primeiro Conde de Cork, um dos homens mais ricos e influentes da Grã-Bretanha. Sua formação foi tradicional: em parte em casa, em parte no Eton College, complementado por viagens a França, Itália e Suíça. É durante esta estadia no continente que se converteu religiosamente, o que ele comentou muito na sua autobiografia. Voltou à Inglaterra em 1644 e começou uma carreira de escritor no campo da moral e da filosofia e da religião. Em 1649-50, as suas preocupações mudam. Ele constrói um laboratório na sua casa em Sailbridge e se descobre um entusiasta da experimentação, o que mudará sua carreira.
Intelectualmente, é influenciado por autores do século XVI e início do século XVII, como Paracelso, Bernardino Telesio, Francis Bacon, Tommaso Campanella e Jan Baptista van Helmont. Ele também é atraído pela química, notadamente no seu tratado "Of the Atomicall Philosophy" onde aparecem ideias atomísticas. Emite também críticas ao "Químico Vulgar", aquele que não tem um método filosófico para estudar a natureza. Neste período, é muito próximo do reformador social Samuel Hartlib. O comprometimento de Boyle com a experimentação aumenta, e sua visão filosófica se atualiza na ocasião da mudança para Oxford em 1655-56 para se juntar a um grupo de filósofos naturais dirigido por John Wilkins. Este grupo foi considerado como a prefiguração da Royal Society e influenciou muito Boyle.
Nas reuniões, ele estudou os filósofos naturais continentais como Pierre Gassendi e Descartes. Ele declara que a figura que mais lhe fez entender a filosofia de Descartes foi Robert Hooke, que o apoiou nas principais experiências. É com este último que montou os seus principais equipamentos e que estudou a natureza do ar: a câmara de vácuo e a bomba de ar. Durante esta estadia em Oxford, antes de sua ida para Londres em 1668, sua atividade literária foi intensa. A lista das publicações é grande e elas foram feitas pela recente criada Royal Society nas "Philosoficals Transactions" cujo primeiro secretário, Henry Oldenburg, iniciou em 1665. Suas obras foram também publicadas em latim, que era a língua científica da época. Boyle multiplicou as obras experimentais durante a vida inteira. Sua obra a mais notável é "Experiments, Notes, &c., about the Mechanical Origin or Production of Divers Particular Qualities (1675)". Publicou também obras de Medicina como "Memoirs for the Natural History of Human Blood (1684)". Nas duas últimas décadas de sua vida publicou trabalhos de Teologia como "Excellency of Theology, Compared with Natural Philosophy(1674) ".
Dentre as descobertas científicas de Boyle podemos citar:
A lei dos gases que tem seu nome.
um indicador colorido para os ácidos (xarope de violeta)
O enxofre
Um melhoramento da máquina de Otto von Guericke, a "Bomba de Ar" ou "Bomba de Vácuo"
Um melhoramento do termômetro de Galileu
O abaixamento do ponto de ebulição dos líquidos no vácuo
Uma explicação do paradoxo hidrostático
Uma refutação das teorias de Aristóteles sobre os quatro elementos
A acetona
O isolamento do hidrogênio
A prova que o ar é uma mistura
O primeira aparecimento da noção de elemento químico
A fosfina
O sulfato de mercúrio
O álcool metílico
A descoberta da sublimação da água