quinta-feira, 2 de junho de 2016

Miguel Serrano e o Avatar


Nazi-Esoterismo: Crenças e Magia no Reich de Hitler

Muitos livros foram escritos revelando o lado oculto da Segunda Guerra Mundial e a persistência de um núcleo esotérico operando nas sombras em questões importantes da política, da economia e da sociologia global. Os ideólogos neonazistas extraem dessa literatura os elementos místicos de suas convicções. Miguel Serrano, figura que devia ser respeitável, embaixador do Chile na Índia, Iugoslávia e Áustria, autor de extensa obra filosófica, cometeu o insano tratado Adolf Hitler, El Último Avatãra, 1894 ─ seiscentas páginas, dedicadas: À glória do Füher, Adolf Hitler. E este livro não é de ficção.

De medium poderoso, Hitler, depois de morto, foi promovido a divindade; Savitri Devi e Serrano encarregaram-se de estabelecer este mito. Serrano, um estudioso das tradições religiosas do oriente, assim como Savitri Devi, teve a estapafúrdia idéia de mergulhar na crença de que Hitler foi o décimo Avatar de Vishnu (O Deus-Filho, o Cristo hinduísta), o Kalki Avatar, aquele que teria encarnado para acabar com a Kali Yuga (Idade do Ferro) e inaugurar uma nova Era.

(Este articulista, tradutor comentarista espanta-se com a amnésia localizada destes tão sabidos acadêmicos. Se assim fosse, se Hitler fosse um Avatar de Vishnu, Hitler teria sido o primeiro! Avatar de Vishnu... a fracassar vergonhosamente! e como qualquer ocultista de fraldas sabe esse Kali Yuga tem data para terminar e faltam mais de trezentos e cinqüenta mil anos. É curioso como na hora de escrever sobre avatares e Yugas, talvez pelo delírio do Peyote, esses acadêmicos aryanistas esquecem rápido a cronologia dos Brâmanes.)

Mas Serrano é um daqueles que acreditaram, também, que Hitler, sendo Avatar,  não morreu no bunker da Chancelaria nem foi derrotado. O Fürer escapou! Deixou Berlim em 1945, provavelmente em uma espaçonave de tecnologia Hiperbórea. Exilou-se no Reino Subterrâneo do Pólo Sul de onde continua comandando a Guerra Esotérica e invisível que se trava, ainda hoje, no mundo.

Em Adolf Hitler, El Último Avatãra Serrano concorda com outro tópico da mitologia neo-nazista: os Aryanos são Homens-deuses Hiperbóreos enquanto os judeus são a sub-raça ou a anti-raça criada pelo maligno Demiurgo ─ Jeová, divindade inferior.

Em seus malabarismo histórico-argumentativos para explicar a Verdade mística do nazismo, Serrano incorpora elementos de muitas tradições; transcendendo o orientalismo hinduísta, ala dos Templários como como heróis que romperam com as tradições judaico-cristãs e,  mais adiante toca em uma questão polêmica: o Holocausto.

Afirma Serrano: Os alemães são heróicos, jamais cruéis: a crueldade é típica das raças miscigenadas de sangue misturado, mixed blood ─ GODWIN, 1996 ─ p 73. E assim a idéia do Holocausto-farsa ou do Holocausto-magia-negra-judaica foi elaborada. As fotos dos corpos esquálidos eram fotos de alemães massacrados pela ofensiva aliada; ou então, os judeus orquestraram o nazismo e pagaram sem hesitar o preço: sangue de seis milhões de seus próprios irmãos, cordeiros de Deus, sacrifício para Jeová nenhum botar defeito em troca de um território na velha Canaã, [a Palestina, Terra Prometida] e do reconhecimento do Estado de Israel.

Fonte:
GODWIN, Joscelyn. Arktos. Adventures Unlimited Press, 1996

Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...