sábado, 20 de maio de 2017

Meditação



A meditação é uma prática que, através de um conjunto de técnicas, busca treinar a focalização da atenção. Sua origem é muito antiga, remontando às tradições orientais, especialmente a yoga e o budismo, mas o termo também se refere a práticas adotadas por algumas religiões, como o cristianismo, o judaísmo, o islamismo, o taoísmo e o xamanismo, entre outras.

A palavra meditar tem origem no latim mederi, que significa “tratar, curar, dar atenção médica a”. O termo em páli utilizado para referir-se a meditação é bhavana, que significa 'cultivo'

Definição

A definição de meditação pode variar de acordo com o contexto em que se encontra, variando de qual religião tem origem ou se é usada de maneira secular. Algumas distintas definições que normalmente são usadas para meditação são:

prática de focar a mente em um único objeto (por exemplo: em uma estátua religiosa, na própria respiração, em um mantra);
uma abertura mental para o divino, pedindo a orientação de um poder mais alto;
um estado que é vivenciado quando a mente se torna vazia e sem pensamentos;
contemplação da realidade e seus aspectos (como a impermanência, para os Budistas)
desenvolvimento de uma determinada qualidade mental, como energia, concentração, plena atenção, bondade, etc.
pensamento sustentado e aplicado em um tema

Ainda que algumas definições de 'meditação' usadas por diferentes religiões sejam bem diferentes e até mesmo contraditórias, é ponto comum que apontem para uma realidade interior e o desenvolvimento/compreensão desta realidade. A compreensão de o que é meditação deve ser feita sempre dentro do contexto em que é apresentada, da religião ou da escola que a apresenta, caso contrário as distintas explicações podem se tornar contraditórias.

Prática

A prática de meditação pode ter inúmeras variantes quanto à postura do corpo, objeto de meditação e objetivo da prática.

Objetivos

A meditação pode ser praticada por diversos motivos: desde o simples relaxamento até a busca pelo nirvana. Muitos praticantes da meditação têm relatado melhora na concentração, consciência, autodisciplina e equanimidade.

Objetos

Os objetos utilizados para o foco na meditação podem ser desde a chama de uma vela até a natureza do próprio corpo. Mantras são um objeto de meditação muito comum, como por exemplo os mantras utilizados no hinduísmo, e até mesmo a recitação do rosário na tradição cristã pode ser considerada uma forma de meditação com mantra.

Postura

A meditação pode ser realizada em todas as posturas, seja deitado, sentado, em pé ou andando variando pelo contexto onde é ensinada. A posição sentada é adotada normalmente por ser considerada a mais fácil, onde o corpo se encontra em repouso mas ainda alerta. A famosa 'Posição de lótus completo' (o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita e o pé direito apoiado sobre a coxa esquerda.) se difundiu muito como sinônimo de meditação por ser usada no ioga como uma posição ideal de meditação, onde mantém o corpo estável, sendo entretanto difícil de alcançar. Inúmeras posições de meditação podem ser usadas como de joelhos, meio-lótus, birmanesa, etc.

Para a meditação em pé existem métodos que vêm conquistando grande aceitação no ocidente, como a meditação feita em pé conhecida como zhan zhuang, que, devido a sua simplicidade e eficiência, é muito praticada na China e Europa. Ele é facilmente executado por pessoas com pouca flexibilidade e dificuldades nos joelhos e coluna, melhorando inclusive a postura. Facilmente praticada em qualquer local, é um excelente método procurado por muitos praticantes de artes marciais experientes ou mesmo iniciantes. Esta prática é muito efetiva na redução do estresse.

Na tradição budista theravada é comum encontrar prática da meditação andando, que é vista como uma postura onde se desenvolve concentração em movimento, energia para a mente e vitalidade para o corpo.

Duração

Normalmente não há um tempo mínimo preestabelecido. Pode-se iniciar com um período de poucos minutos e, conforme se aperfeiçoa, esse tempo pode aumentar até para horas, dias, ou em casos excepcionais, até meses, como foi o caso de Palden Dorje. É importante ressaltar que a frequência da prática também influencia muito os resultados.

Meditação cristã

A Meditação Cristã é uma forma de oração na qual é realizada uma tentativa estruturada de comunicar com, e apreender, as revelações de Deus. O termo meditação tem origem na palavra latina meditārī, a qual tem vários significados, incluindo reflexão, estudo e prática. A meditação cristã é um processo em que, de forma propositada, a pessoa se concentra num pensamento específico (como uma passagem da Bíblia) e reflecte sobre o seu significado no contexto do amor de Deus.

A meditação cristã pretende elevar a relação pessoal, com base no amor de Deus, que marca a comunhão cristã. Tanto no cristianismo ocidental como no oriental, a meditação é um meio termo das três fases da oração: envolve mais reflexão que o primeiro nível - oração oral - mas é mais estruturada que os diferentes níveis de oração contemplativa.

Os ensinamentos tanto no igrejas cristãs orientais como nas ocidentais realçam o facto de a meditação cristã ser um elemento de desenvolvimento do conhecimento sobre Cristo.

No Aspectos da meditação Cristã, a Santa Sé avisou sobre os riscos potenciais de juntar os diferentes estilos de meditação cristã e não-cristâ. Em 2003, na A Christian reflection on the New Age o Vaticano anunciou que a Igreja evita qualquer conceito que esteja ligado aos da Nova Era".

Meditação transcendental

Meditação Transcendental é uma técnica de meditação introduzida em 1958 por Maharishi Mahesh Yogi que envolve o uso mental de sons específicos chamados mantras , que se crê terem propriedades psicoativas. De acordo com Maharishi, a técnica permite que a mente do praticante "transcenda", atingindo um estado de "vigilância tranquila", sem recurso a concentração ou a pensamento ativo, como sucede em outras técnicas. Também conhecida como Meditação Consciente.

Meditação budista

Meditação budista é a meditação usada na prática budista. Inclui qualquer método de meditação que tenha, como meta última, a iluminação (Bodhi). Os termos mais próximos a "meditação" nas linguagens clássicas do budismo são bhavana e desenvolvimento mental.

Diferentes visões e equívocos

Sendo a meditação conceituada como "desenvolvimento de certas qualidades mentais", é importante notar que há diversos "métodos" ensinados por diferentes escolas e professores, compreendendo uma vasta gama de ensinamentos e enfocando mais uma ou outra qualidade a ser desenvolvida. Sendo assim, não se deve condensar o conceito de meditação budista em apenas uma escola ou prática.

A identificação somente da meditação formal sentada com a prática é outra visão equivocada, comumente difundida no ocidente, havendo, por exemplo, a prática comum da "meditação andando". O conceito da prática meditativa (desenvolvimento mental), ao ser levado mais a fundo, pode ser expandido para incluir todas as atividades do dia a dia.

Tradições

A partir das primeiras divisões que ocorreram entre as escolas iniciais do budismo e à medida em que o budismo se espalhou por diferentes países, diferentes tradições foram surgindo. Junto com essas tradições, diferentes maneiras de ensinar meditação apareceram. Algumas "técnicas" desapareceram em alguns lugares, outras foram adaptadas e outras foram adicionadas vindas de outras tradições ou mesmo criadas.

Theravada

Na escola Theravada (escola dos anciãos), a meditação toma, como base, os ensinamentos do Buda contidos no cânon em Páli. No cânon, o Buda prescreve diversos métodos de desenvolvimento mental para erradicar apego e aversão, ou para desenvolver algum fator que contribua para a erradicação desses.

Atualmente, é popularizada uma visão que toma a meditação por dois ângulos: tranquilidade e concentração (samatha) e sabedoria e visão (vipassana). Há escolas que colocam a meditação Samatha como de menor importância, dando maior ênfase a Vipassana, enquanto outras, como a Tradição Tailandesa das Florestas, veem Samatha e Vipassana como dois aspectos de um mesmo caminho e inseparáveis entre si.

Algumas meditações populares:

Anapana-Sati - Plena atenção na respiração. Traz calma à mente e desenvolve os sete fatores da iluminação
Satipatthana - Quatro fundamentos da plena atenção. Princípio usado como base para a maioria das práticas de vipassana.
Metta Bhavana - desenvolvimento de Metta, ou 'amor universal'.
kayagatha - contemplação da natureza do corpo. Inclui contemplações sobre a natureza do corpo em suas partes e em seus quatro elementos e sobre sua decadência e morte.

Vajrayana

Na escola Vajrayana, são adicionados métodos tântricos que têm, por objetivo, acelerar o processo de iluminação.

O objetivo dos ensinamentos de Mahamudra e Dzogchen, ensinados respectivamente pelas escolas Kagyu e Nyingma, é se familiarizar com a natureza última da mente que delineia toda a existência, passando assim por estágios que levam à iluminação.

As práticas preliminares das escolas Kagyu e Nyingma são chamadas Ngondro, e envolvem visualizações, recitação de mantras e prostrações.

Zen

A meditação no Zen é o Zazen. No Zazen, é mantida a atenção plena sentada, com base na respiração, observando os pensamentos e sensações à medida que surgem e passam. A prática de atenção plena à medida que é desenvolvida leva a maior entendimento, aceitação e compreensão da realidade. Também é comum o uso de Koans.

Terra pura

A meditação no budismo Terra pura é, basicamente, a recitação do nome do Buda Amitaba, ou visualização do mesmo.

Chacra



Chacras ou xacras, também conhecidos pela grafia chakras segundo a filosofia iogue, são centros energéticos dentro do corpo humano, que distribuem a energia (prana) através de canais (nadis) que nutre órgãos e sistemas.

Etimologia

Chakra (चक्र) originaria do sânscrito, vinda de cakraṃ (pronunciado [tʃəkrə]) em Pali, referenciada em chinês tibetano: Chakka; com significado "roda", "giro" ou cíclico , é descrito por muitos como uma roda de fiar a luz. Dos muitos chakras dentro do corpo humano, sete foram Identificados como maiores, podendo variar segundo a linha de estudos.

A revisão do tântrico por M. N. Roy comenta que a história diz que a palavra "chakra" é usada para significar várias coisas diferentes nas fontes em sânscrito:

Em Budismo, o termo sânscrito chakra (Pali cakka) é usado em um sentido diferente do "círculo", referindo-se à concepção de Rebirth Composta por seis estados em que os seres podem ser renascidos.

Origem

Os chakras são os pontos onde se encontram e fundem as Nadís, ou meridianos, canais condutores da energia no organismo. Estas Nadís unem-se em vários pontos que rodam no sentido dextrógiro (que provoca rotação para a direita - no sentido dos ponteiros do relógio. Antônimo de levógiro ou sinistrogiro).

A noção de chakra faz parte do tantra ou tantrismo, para o qual a kundaliní reside no Muladhara. O objetivo das práticas tântricas, que são essencialmente sensoriais, é o despertar e a subida da kundalini através dos chakras, ativando-os, a fim de se unir no Sahasrara com Shiva, aqui representado como essência espiritual. Uma das fontes de inspiração do Hatha Yoga é o tantrismo, pois o "combustível" das práticas das posturas psicofísicas é justamente a energia Kundaliní.

Os chakras, descritos em textos tântricos tradicionais, despertaram também a atenção do movimento esotérico europeu, por exemplo, do Rev. Leadbeater, teosofista.

Os chakras estão registrados em culturas antigas e referenciados como pontos energeticos utilizados para cura e progresso energetico e Espiritual. O Qi Gong da China ou Acupunctura, O Yoga da Índia e outras culturas antigas tinham conhecimento destes pontos e de como trabalhar com eles era benéfico à saúde.

Energia vital

A palavra chakra vem do sânscrito e significa "roda", "disco", "centro" ou "plexo". Nesta forma eles são percebidos por clarividentes como vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo. Os chakras são pontos de interseção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico se manifesta mais intensamente no corpo físico.

Os Vedas (5.000 a.C.) contêm os mais antigos registros sobre chakras de que se tem notícia. Quando foram escritos, o Yoga já sistematizava o conhecimento e o trabalho energético dos chakras.

São sete os principais chakras, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde a uma das sete principais glândulas do corpo humano. Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a "prana", flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado - e disso resulta o envelhecimento ou a doença.

Os chakras são conectados entre si por uma espécie de tubo etérico (Nadi) principal chamado "Sushumna", ao longo do eixo central do corpo humano, por onde dois outros canais alternados "Ida" que sai da base da espinha dorsal à esquerda de Sushumna e "Pingala" à direita ( na mulher estão invertidas estas posições ).

Os Nadis conduzem e regulam o "Prana" (energias yin e yang) em espirais concêntricas. Estes Nadis são os principais, entre milhares, que percorrem todo o corpo em todas as direções, linhas meridianos e pontos. Para os hindus os Nadis são sagrados, é por meio da "Sushumna" que o yogi deixa o seu corpo físico, entra em contato com os planos superiores e traz para o seu cérebro físico a memória de suas experiências.

O corpo físico e cada um dos chacras

Nosso corpo físico tem uma ligação sutil com o mundo astral. É através do desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam obstruindo esta ligação com o Divino. Daí, a relação entre as doenças e as crises emocionais. É muito comum ver pessoas que acabam somatizando e transformando energias negativas, depressão, raiva, solidão, em doenças físicas, como cânceres e outras mais graves. Nosso corpo físico tem pontos, que quando ativados, fazem fluir a energia vital, nos trazendo alegria e, principalmente, saúde. É através dos nadis (meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso organismo - que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos chacras, em pontos que concentram vibrações mais específicas, conforme veremos à seguir:

Muladhara

(Chacra Raiz)

Nome em sânscrito: MULADHARA ("Raiz de Suporte ").

Mantra: Lam.

Pétalas: 4.

Localização: Períneo.

Cor: Vermelho.

Elemento: Terra.

Funções: Traz vitalidade para o corpo físico.

Qualidades Positivas: Coragem, Estabilidade. Individualidade, Paciência, Saúde, Sucesso e Segurança.

Qualidades Negativas: Insegurança, Raiva, Tensão e Violência.

O primeiro chacra (conhecido como Chakra Raiz de suporte )localiza na base da coluna vertebral, na região do períneo, e corresponde às glândulas endócrinas Suprarrenais e ao plexo nervoso autônomo Coccígeo .Quando esse chacra está enfraquecido indica alterações cognitivas e emocionais. Quando excessivamente energizado, indica vitalidade corporal.

Svadhisthana

(Chacra órgão genital e base da barriga)

Nome em sânscrito: SWADHISTANA ("Fundamento de si próprio")

Mantra: Vam.

Pétalas: 6.

Localização: Abaixo do umbigo.

Cor: Laranja.

Elemento: Água.

Funções: Força e vitalidade física.

Qualidades Positivas: Assimilação de novas ideias, Dar e Receber, Desejo, Emoções, Mudanças, Prazer, Saúde e Tolerância.

Qualidades Negativas: Confusão, Ciúme, Impotência, Problemas da bexiga e Problemas Sexuais.

O segundo chacra (conhecido como Chacra esplênico, sacro ou do baço), relaciona-se com o poder criador da energia sexual. Quando esse chacra está enfraquecido indica distúrbios da sexualidade ou disfunções endócrinas. Quando excessivamente energizado, indica excesso de hormônios e sexualidade exacerbada.

Manipura

(Chacra do Plexo Solar)

Nome em sânscrito: MANIPURA ("Cidade das Jóias")

Mantra: Ram.

Pétalas: 10.

Localização: Zona da barriga.

Cor: Amarelo.

Elemento: Fogo.

Funções: Digestão, emoções e metabolismo.

Cristais: Âmbar, Olho de Tigre e Ouro.

Qualidades Positivas:
Auto controle, Autoridade, Energia, Humor, Imortalidade, Poder pessoal e Transformação.

Qualidades Negativas: Medo, Ódio, Problemas digestivos e Raiva.

O terceiro chacra (conhecido como Chakra do Plexo Solar) localiza-se na região do umbigo ou do plexo solar, e está relacionado com as emoções. Quando muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e prazeres imediatos. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo, suscetibilidade emocional e a possibilidade de doenças crônicas.

Anahata

(Chacra cardíaco)

Nome em sânscrito: ANAHATA ("Invicto"; "Inviolado")

Mantra: Yam.

Pétalas: 12.

Localização: Coração.

Cor: Verde (cura e energia vital); Rosa (Amor).

Elemento: Ar.

Funções: Energiza o sangue e o corpo físico.

Qualidades Positivas: Amor incondicional, Compaixão, Equilíbrio, Harmonia e Paz.

Qualidades Negativas: Desequilíbrio, Instabilidade emocional, Problemas de coração e circulação.

O quarto chacra situa-se na direção do coração. Relaciona-se principalmente com o timo e o coração. Sua energia corresponde ao amor e à devoção, como formas sutis e elevadas de emoção. Quando ativado desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Os sentimentos humanos egoístas desaparecem e nasce em si uma canalização para tudo que recebe e sente, iniciando o caminho para a consciência. Quando enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior dedicação ao próximo. No aspecto físico, também pode indicar doenças cardíacas.

Vishuddha

(Chacra Laríngeo)

Nome em sânscrito: VISHUDDA ("O purificador")

Mantra: Ham.

Pétalas: 16.

Localização: Na garganta.

Cor: Azul claro.

Elemento: Éter.

Funções: Som, vibração, comunicação.

Qualidades Positivas: Comunicação, Criatividade, Conhecimento, Honestidade, Integração, Lealdade e Paz.

Qualidades Negativas: Depressão, Ignorância e Problemas na comunicação.

O quinto chacra fica na frente da garganta e está ligado à tireóide. Relaciona-se com a capacidade de percepção mais sutil, com o entendimento e com a voz. Quando desenvolvido, de forma geral, indica força de caráter, grande capacidade mental e discernimento. Em caso contrário, pode indicar doenças tireoidianas e fraquezas de diversas funções físicas, psíquicas ou mentais.

Ajña

(Chacra Frontal)

Nome em sânscrito: AJÑA ("O Centro de comando")

Mantra: Om.

Pétalas: 2.

Localização: Na testa, entre as sobrancelhas.

Cor: Azul Índigo.

Elemento: Todos os elementos.

Funções: Revitaliza sistema nervoso e a visão.

Qualidades Positivas: Concentração, Devoção, Intuição, Imaginação, Realização da alma e Sabedoria.

Qualidades Negativas: Dores de cabeça, Medo, Problema nos olhos, Pesadelos e Tensão

O sexto chacra situa-se no ponto entre as sobrancelhas. Conhecido como "terceiro olho" na tradição hinduísta, está ligado à capacidade intuitiva e à percepção sutil. Quando bem desenvolvido, pode indicar um sensitivo de alto grau. Enfraquecido aponta para um certo primitivismo psico-mental ou, no aspecto físico, para tumoração craniana.

Sahasrara

(Chacra Coroa)

Nome em sânscrito: SAHASRARA ("O Lótus das mil pétalas")

Mantra: Aum.

Pétalas: 1000.

Localização: No topo da cabeça, bem no centro.

Cor: Violeta e Branco.

Elemento: Todos os elementos.

Funções: Revitaliza o cérebro.

Qualidades Positivas: Percepção além do tempo e do espaço. Abre a consciência para o infinito.

Qualidades Negativas: Alienação, Confusão, Depressão e Falta de Inspiração.

O sétimo é o mais importante dos chakras, situa-se no alto da cabeça e relaciona-se com o padrão energético global da pessoa. Conhecido como chakra da coroa, é representado na tradição indiana por uma flor-de-lótus de mil pétalas na cor violeta. Através dele recebemos a luz divina. A tradição de coroar os reis fundamenta-se no princípio da estimulação deste chakra, de modo a dinamizar a capacidade espiritual e a consciência superior do ser humano.

As Cores dos Chakras

Cada chakra do corpo corresponde a uma cor do arco-íris que são: o vermelho, o violeta, o laranja, o anil, o amarelo, o azul e o verde.

Como energizar os chacras

Várias terapias, como o Reiki, cromoterapia e terapia prânica se utilizam dos chakras como base para diagnóstico e tratamento de males que atingem desde o corpo físico até o espiritual. Através de gestos , que podem ser incorporados no dia-a-dia é possível ativar estes pontos de energia, buscando a harmonização do corpo e da alma.

" Concentrar-se no que está fazendo, pensando na região do chakra já é uma forma de reativá-lo. Procure ficar em um lugar tranqüilo, para que nenhum barulho possa tirar sua concentração. " Coloque uma de suas mãos aberta em frente ao chakra, sem tocar no corpo, e faça movimentos circulares no sentido horário, como se estivesse massageando o local, mas à distância. " Sentar-se na posição de lótus - pernas cruzadas - tronco ereto - e fixar o olhar na ponta do nariz estimula o chakra frontal ou do terceiro olho.

" As cores e os cristais são formas visuais de estimulação do chakras. Utilize a pedra com a cor correspondente a do chakra e direcione suas vibrações.

Prana

Atualmente, com a universalização do conhecimento, existe a tendência a considerar a convergência dos conceitos das culturas indiana e chinesa sobre estes centros de energia (chakras), e os nadis. Os nadis seriam correspondentes aos meridianos chineses, assim como prana seriam nomes diferentes para a mesma energia vital.

As pesquisas de Hiroshi Motoyama, em Osaka, com o campo eletromagnético humano, mostram a relação entre os meridianos e os nadis, bem como as alterações nas ondas cerebrais durante a ativação dos centros ou chakras superiores.

Kundalini

O primeiro chakra, denominado no ocidente como Chakra Base ou Chakra Raiz é o responsável por manter o fluxo de energia ascendente da terra para o corpo. Emocionalmente ele conecta a pessoa ao mundo presente sendo o responsável pelo bom ânimo. Esse chakra também exerce forte influência sobre os demais 'bombeando' energia da terra (telúrica) para cima em direção aos demais centros de energia.

Nos pés há chakras secundários, Plantares, que se relacionam diretamente ao Chakra Raiz sendo os responsáveis pela perfeita troca de energia entre o corpo e a terra.

A energia telúrica absorvida por esses chakras, ao ser modificada pelo Chakras Raiz, em seu caminho ascendente aos demais chakras recebe o nome de Kundalini.

Técnicas orientais e descrições herméticas relatam o fluxo dessa energia, usando-se a expressão "fogo serpentino", que descreve sua ascensão através dos nadis.

Goetia

Goetia ou Ars Goetia, ou ainda, Feitiçaria, refere-se a uma prática que inclui a invocação e evocação de “anjos caídos" e/ou "demônios" ou "espíritos que não seguem linhas evolutivas". Baseia-se, geralmente, na tradição judaico-cristã em que o rei de Israel, Salomão, fora agraciado pelos anjos com um sistema que lhe dava poder e controle sobre os principais demônios da Terra e, consequentemente, a todos os espíritos menores governados por eles. Desta forma, o rei Salomão e, posteriormente, seus discípulos teriam toda espécie de poderes sobrenaturais, como invisibilidade, sabedoria sobre-humana e visões do passado e futuro.

A Arte Goética, (Latim, provavelmente: "A Arte de Uivar"), geralmente chamado só de Goetia (ou Goecia), é a ensinada na primeira parte das Clavículas de Salomão, um grimório do Século XVII. Feitiçaria (Latim, facticius: artificial, fictício; Grego, pathos ou phathos: afetação, afecção) trata-se de um termo empregado mais genericamente neste aspecto, bem como no caso de feitiço ou produto qualquer de magia negra. Este primeiro capítulo é conhecido como "Lemegeton Clavicula Salomonis" ou "A Chave Menor de Salomão" e nele são descritos todos os 72 Espíritos Infernais assim como todo o sistema que supostamente havia sido usado pelo rei Salomão.

Estes 72 Espíritos são também conhecidos como "daemons" e, apesar de serem 72 espíritos, há 76 selos de evocações. 4 desses espíritos possuem dois selos, e não apenas 1 como os demais.

Os 72 Espíritos

Baal;
Agares;
Vassago;
Samigina;
Marbas;
Valefor;
Amon;
Barbatos;
Paimon;
Buer;
Gusion;
Sitri;
Beleth;
Leraie;
Aligos;
Zepar;
Botis;
Bathin;
Saleos;
Purson;
Marax;
Ipos
Aym;
Neberius;
Glasya-Labolas;
Bune;
Ronove;
Berith;
Astaroth;
Forneus;
Foras;
Asmoday;
Gaap;
Furtur;
Marchosias;
Stolas;
Phenex;
Halphas;
Malphas;
Raum;
Focalor;
Vepar;
Sabnock;
Shax;
Vine;
Bifrons;
Vual;
Hagenti;
Crocell;
Furcas;
Balam;
Alloces;
Camio;
Murmur;
Orobas;
Gremory;
Ose;
Amy;
Orias;
Vapula;
Zagan;
Valack;
Andras;
Haures;
Andrealphus;
Cimejes
Amdusias;
Belial;
Decarabia;
Seere;
Dantalion;
Andromalius

Magia Goética

Na tradição ocultista ocidental, Magia Goética trata da suposta evocação dos 72 nomes goéticos (ora tido como demônios, ora tidos como deuses, ora tidos como espíritos). O sistema teria sido concebido por Salomão, rei de Israel e aperfeiçoado por seus posteriores praticantes.

O sistema de evocação é simples, embora construído de uma maneira a impressionar os participantes. Entre seus elementos mínimos temos:, A Varinha, O Círculo, o Triângulo, o Selo, o Hexagrama e o Pentagrama.


Variante do círculo e triângulo de Aleister Crowley, usado na evocação dos setenta e dois espíritos do Ars Goetia.


A Varinha serve como instrumento coordenador expressando a vontade do mago.

O Círculo é traçado no chão e tem o propósito de proteger o mago.

O Triângulo é o espaço dentro do qual o espírito goético é evocado e confinado.

O Selo é individualizado para cada um dos 72 espíritos e supostamente serve de conexão entre o mundo físico e o espiritual.

O Pentagrama e o Hexagrama por fim, são amuletos de proteção.

A Chave Menor de Salomão

A Chave Menor de Salomão ou Lemegeton (em latim, Lemegeton Clavícula Salomonis) é um grimório pseudepigráfico datado do século XVII. Contém descrições detalhadas dos Principados-Maiores e menores, Potestades e Hostes da Maldade e até anjos que Salomão entendeu "como" comunicar-se com sua incomparável Sabedoria. Há todas as conjurações necessárias para invocá-los e obrigá-los a obedecer ao conjurador. O Lemegeton é dividido em cinco partes: Ars Goetia, Ars Theurgia Goetia, Ars Paulina, Ars Almadel e Ars Nova.

Uma conhecida tradução do Lemegeton é The Goetia: The Lesser Key of Solomon the King (Lemegeton Clavicula Salomonis Regis), por MacGregor Mathers e com introdução de Aleister Crowley.

História

Surgiu no século XVII, mas muito foi retirado de textos do século XVI, incluindo o Pseudomonarchia Daemonum. É provável que os livros da Cabala judaica e dos místicos muçulmanos também serviram de inspiração. Alguns dos materiais na primeira seção, relativas à convocação de demônios, datam do século XIV ou mais cedo.

Tradicionalmente a autoria do livro é atribuída historicamente ao Rei Salomão. Os títulos de nobreza atribuídos à demônios eram desconhecidos no tempo de Salomão. A Chave Menor de Salomão contém descrições detalhadas dos espíritos e as condições necessárias para evocá-los e obrigá-los a fazer a vontade do evocador. Ela detalha os sinais e rituais a serem realizados, as ações necessárias para prevenir os espíritos de terem controle, os preparativos que antecedem as invocações, e instruções sobre como confeccionar os instrumentos necessários para a execução destes rituais. Os vários exemplares existentes variam consideravelmente nas grafias dos nomes dos espíritos. Edições contemporâneas estão amplamente disponíveis na imprensa e na Internet.

The Goetia: The Lesser Key of Solomon the King de 1904 é uma tradução do texto por Samuel Mathers e Aleister Crowley. É essencialmente um manual que pretende dar instruções para a convocação de 72 diferentes espíritos.

Livros

A Chave Menor de Salomão é dividida em cinco partes:

Ars Goetia

A primeira seção, chamada Ars Goetia, contém descrições dos setenta e dois demônios que Salomão teria evocado e confinado em um vaso de bronze selado com símbolos mágicos, para que fossem obrigados a trabalhar para ele. Ele dá instruções sobre a construção de um vaso de bronze semelhante, e usando a fórmula mágica para a segurança apropriada a fim de chamar os demônios.

Trata-se da evocação de todas as classes de espíritos maus, indiferentes e bons, seus ritos de abertura são os de Paimon, Orias, Astaroth e toda a corte do Inferno. A segunda parte, ou Theurgia Goetia, é partilha com os espíritos dos pontos cardeais e seus inferiores. Estas são as naturezas mistas, algumas boas e outras más.

O Ars Goetia, atribui uma posição e um título de nobreza para cada membro da hierarquia infernal, e dá aos'demônios', sinais que têm de pagar fidelidade ", ou selos. As listas de entidades na Ars Goetia, correspondem (mas a alto grau variável, geralmente de acordo com a edição) com os da Steganographia de Trithemius, circa 1500, e da Pseudomonarchia Daemonum de Johann Weyer, um anexo que aparece em edições posteriores de Praestigiis Daemonum, de 1563.

A edição revisada do Inglês Ars Goetia foi publicado em 1904 pelo mago Aleister Crowley, como o livro da Goetia do Rei Salomão. Ele serve como um componente-chave do seu sistema popular e influente de magia.

Os 72 demônios

Os nomes dos demônios (a seguir), são tomadas a partir da Ars Goetia, que difere em termos de número e classificação do Pseudomonarchia Daemonum de Weyer. Como resultado de múltiplas traduções, existem vários dados para alguns dos nomes que constam dos artigos que lhes dizem respeito.

1. Rei Baal
2. Duque Agares
3. Príncipe Vassago
4. Marquês Samigina
5. Presidente Marbas
6. Duque Valefar
7. Marquês Amon
8. Duque Barbatos
9. Rei Paimon
10. Presidente Buer
11. Duque Gusion
12. Príncipe Sitri
13. Rei Beleth
14. Marquês Leraje
15. Duque Eligos
16. Duque Zepar
17. Conde/Presidente Botis
18. Duque Bathin
19. Duque Sallos
20. Rei Purson
21. Presidente Morax
22. Príncipe Ipos
23. Duque Aim
24. Marquês Naberius
25. Conde/Presidente Glasya-Labolas
26. Duque Bune
27. Marquês/Conde Ronove
28. Duque Berith
29. Duque Astaroth
30. Marquês Forneus
31. Presidente Foras
32. Rei Asmodeus
33. Príncipe/Presidente Gaap
34. Conde Furfur
35. Marquês Marchosias
36. Príncipe Stolas
37. Marquês Phenex
38. Conde Halphas
39. Presidente Malphas
40. Conde Raum
41. Duque Focalor
42. Duque Vepar
43. Marquês Sabnock
44. Marquês Shax
45. Rei Vine
46. Conde Bifrons
47. Duque Uvall
48. Presidente Haagenti
49. Duque Crocell
50. Cavaleiro Furcas
51. Rei Balam
52. Duque Alloces
53. Presidente Caim
54. Duque Murmur
55. Príncipe Orobas
56. Duque Gremory
57. Presidente Ose
58. Presidente Amy
59. Marquês Orias
60. Duque Vapula
61. Rei Zagan
62. Presidente Valac
63. Marquês Andras
64. Duque Haures
65. Marquês Andrealphus
66. Marquês Cimejes
67. Duque Amdusias
68. Rei Belial
69. Marquês Decarabia
70. Príncipe Seere
71. Duque Dantalion
72. Conde Andromalius

Ars Theurgia Goetia

O Ars Goetia Theurgia ("a arte da Teurgia Goética"), é a segunda seção da Chave Menor de Salomão. Ele explica os nomes, as características e os selos dos 31 espíritos aéreos (chamados de Chefes, Imperadores, Reis e Príncipes), que o Rei Salomão invocou e confinou. Também explica as proteções contra elas, os nomes dos espíritos e seus servos, a maneira de como invocá-los, e sua natureza, que é o bem e o mal.

Seu único objetivo é descobrir e mostrar coisas escondidas, os segredos de qualquer pessoa, obter, transportar e fazer qualquer coisa perguntando-lhes. No entanto, eles estão contidos em qualquer um dos quatro elementos (terra, fogo, ar e água). Esses espíritos, são caracterizados em uma ordem complexa no livro, e alguns deles, a sua ortografia têm variações de acordo com as diferentes edições.

Ars Paulina

O Ars Paulina ("a arte de Paulo"), é a terceira parte da Chave Menor de Salomão. Segundo a lenda, esta arte foi descoberta pelo Apóstolo Paulo, mas no livro, é mencionado como a arte de Paulo do Rei Salomão. O Ars Paulina, já era conhecido desde a Idade Média e é dividido em dois capítulos deste livro.

O primeiro capítulo, refere-se sobre como lidar com os anjos das diversas horas do dia (ou seja, dia e noite), para os seus selos, sua natureza, os seus agentes (chamados de Duques), a relação desses anjos com os sete planetas conhecidos na naquela época, os aspetos astrológicos adequados para invocá-los, o seu nome (em alguns casos coincidindo com os dos setenta e dois demônios mencionados na Ars Goetia, a conjuração e a invocação de chamá-los, na Mesa da prática.

A segunda parte, refere-se aos anjos que governam sobre os signos do zodíaco e cada grau de cada signo, a sua relação com os quatro elementos, Fogo, Terra, Água e Ar, seus nomes e seus selos. Estes são chamados aqui como os anjos dos homens, porque todas as pessoas que nascem sob um signo zodiacal, com o Sol em um grau específico dele.

Ars Almadel

O Ars Almadel ("a arte de Almadel"), é a quarta parte da Chave Menor de Salomão. Ela nos diz como fazer a Almadel, que é um tablete de cera com símbolos de proteção nele traçadas. Nela, são colocadas quatro velas. Este capítulo tem as instruções sobre as cores, materiais e rituais necessários para a construção do Almadel e as velas.

O Ars Almadel, também fala sobre os anjos que estão a ser invocados e explica apenas as coisas que são necessárias e que devem ser feitas a eles, e como a conjuração tem que ser feita. Também menciona doze príncipes reinantes com eles. As datas e os aspectos astrológicos, tem que ser considerado mais convenientes para invocar os anjos, são detalhadas, mas resumidamente.

O autor afirma ter experimentado o que é explicado neste capítulo.

Ars Notoria

O Ars Notoria ("a arte Notável"), é a quinta e última parte da Chave Menor de Salomão. Foi um grimório conhecido desde a Idade Média. O livro afirma que esta arte foi revelada pelo Criador para o Rei Salomão, por meio de um anjo.

Ele contém uma coleção de orações (alguns deles dividido em várias partes), misturado com palavras cabalísticas e mágicas em várias línguas (ou seja, hebraico, grego, etc.), como a oração deve ser dito, e a relação que estes rituais têm a compreensão de todas as ciências. Menciona os aspectos da Lua em relação com as orações. Diz também, que o ato de orar, é como uma invocação aos anjos de Deus. Segundo o livro, a grafia correta das orações, dá o conhecimento da ciência relacionados com cada um e também, uma boa memória, a estabilidade da mente, e a eloquência. Este capítulo, previne sobre os preceitos que devem ser observados para obter um bom resultado.

Finalmente, ele conta como o Rei Salomão recebeu a revelação do anjo.

A Chave de Salomão

A Chave de Salomão ou Clavícula(s) de Salomão (em latim: Clavicula Salomonis ou Clavis Salomonis) é um grimório pseudepigráfico, atribuído supostamente ao Rei Salomão, mas com sua origem provavelmente situada na Idade Média.

O grimório contém uma coleção de 36 pantáculos (não confundir com pentáculos) que possibilitariam uma ligação entre o plano físico e os planos sutis. Os textos teriam a sua inspiração em ensinamentos cabalísticos e talmúdicos.

Existem diversas versões da Chave de Salomão, em várias traduções, com menores ou maiores variações de conteúdo entre elas, sendo que a maioria dos manuscritos originais datam dos séculos XVI e XVII, entretanto, há uma versão em grego datada do século XV.

Testamento de Salomão

O Testamento de Salomão é um antigo manuscrito pseudepigráfico, atribuído ao Rei Salomão, no qual ele descreve sobre os demônios que o serviram na construção do templo de Salomão dedicado a YHWH.


Magia cerimonial



Segundo os ocultistas, Magia Cerimonial é a arte de invocar e controlar espíritos por meio da aplicação de certas fórmulas. Abrange vários sistemas mágicos e é constituída de Rito e Ritual.

O Rito abrange todos os elementos integrantes do cerimonial, bem como a parte gestual e a localização de cada objeto que tomará parte na operação.

O Ritual vem a ser a parte falada do cerimonial, onde se incluem todas as invocações, evocações, conjuros, preces e orações proferidas pelo mago e/ou magista.

Na Magia Cerimonial, as hierarquias de “Poder”, têm que estar bem definidas, orquestradas, paramentadas, documentadas e praticadas. Os materiais ritualísticos atuam, mas só tem validade se corresponderem ao estado íntimo adquirido. Assim, cada instrumento exterior (seja o bastão, a espada, o Tetragramaton, o Pentagrama e outros) torna-se um meio de catalização da força íntima desencadeada.

É na Magia Cerimonial que o mago opera com o Círculo Mágico, um grande Pantáculo em que são reunidas as forças que entrarão em sintonia durante a operação. Dentro do Círculo Mágico estarão todos os elementos pertinentes à operação em questão, todos os seres luminosos afins que, canalizados e catalisados pela força do mago, garantirão a eficácia do trabalho.

Evocação

Evocação (do latim, evocatione), em termos gerais e na Psicologia, é o ato de relembrar um fato ou a atualização dos dados fixados; em religião e misticismo é o chamamento por meio da magia, o mesmo que invocação (do latim, invocando).

Conjuração

A palavra conjuração ou conjuro (do latim conjurare, "jurar junto") pode ser interpretado de vários modos: como se fosse uma prece ou evocação; como no exorcismo; ou como um ato de ilusionismo. A palavra é geralmente usada para sinônimo de 'Evocação', ainda assim que as duas não sejam sinônimos. A pessoa que mantem a performance de conjurar é chamado de 'Conjurador', 'Evocador'.

Textos e idioma

O texto do encanto a ser dito para conjurar um espírito pode variar consideravelmente de uma simples frase a parágrafos complexos repleto de palavras mágicas. O idioma normalmente é o do próprio conjurador, porém desde a Idade Média no lado Ocidental a língua latina é a mais comum (todavia muitos textos foram traduzidos para outros idiomas).

Posição Religiosa

É geralmente ligada ao fato de afastar espíritos malignos, ou proteger um indivíduo, um espaço. No entanto, acredita-se também mais particularmente na religião cristã, essa magia e o ato de conjurar são práticas executadas para o mal. De acordo com essas crenças, conjuradores podem invocar demônios ou outros espíritos malignos para atingir sobre pessoas ou coisas, para serem seus subordinados, ou simplesmente para uma vida de servidão. A crença na semelhança de espírito conjurados também existe nos sistemas de crença mágica que não é má, embora nestas culturas estes "conjuradores das trevas" não são a regra e ter mais tradicional oposição entre conjuradores. Existem assim Conjuradores das Trevas que são os capazes de conjurar espíritos malignos, e Conjuradores da Luz os que usam sua capacidade de evocar espíritos para conjurar espíritos benéficos.

Conjuração no Oriente Médio

Exorcismo é uma prática mística muito comum no Médio Oriente, mais comumente encontrados em Marrocos, Omã, Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e o Iraque. Muitos praticam, para resolver rancores pessoais ou para cura, acessório pessoal, ou predizer o futuro. Há também aqueles que vendem os seus serviços como conjuradores para os outros.

O Islã proíbe fortemente a utilização de exorcismo, porque ele é visto como um ímpio procedimento e, portanto, é como um insulto a Deus. Considera-se também para prejudicar as pessoas mais do que ajudá-los.

Referência Contemporânea

Mágico ou prestidigitador é o nome dado até hoje para os chamados ilusionistas ou mágicos. No passado, conjuradores eram suspeitos de usar magia para criar as suas ilusões e até mesmo para se divertir lançando feitiços. Assim, eles se tornaram "mágicos" para o público em geral, os que eram supersticioso, ansioso, mal informado e curioso



Sunyata



Sunyata é um termo utilizado principalmente no budismo Mahayana, e tem o significado de vazio, reúne outras principais doutrinas budistas, particularmente anatta e pratītyasamutpāda. Referencia uma natureza sem distinções e dualidades.

O Shunyata, de acordo ao budismo, é um estado de iluminação, um momento em que o ser se encontra numa espécie de vácuo, e sua consciência se encontra além do nível mental, emocional, físico e energético, isto é, não pensa, não se emociona, não se movimenta fisicamente e nem perde ou ganha energia. Mas paradoxalmente, é.

O Cristianismo o define como um estado de experiência divina ou contado com a divindade, e o define como sendo um estado de Êxtase.

Este estado é tratado pelas religiões orientais como sendo muito especial, algumas inclusive, afirmam que é o objetivo máximo da religião em si, isto é, alcançar e realizar tal estado pelo menos uma única vez em vida. Isso porque, segundo o budismo (tibetano, mahayana e outros), quando o ser alcança tal estado através da prática de meditação, sua consciência se expande enormemente, intuindo sua verdadeira identidade, natureza e lugar no cosmos. É através de tal prática que o ser responde a terrível questão "Quem Sou?" ou "O que estou fazendo aqui?" e assim, a consciência se descobre, se vê, do interior para o exterior, sem nenhum apoio físico.

O budismo afirma categoricamente que o "Eu", "Ego" ou "Self", que são as noções ou formas da psicologia explicar nossa identidade, não são capazes de experimentar o Shunyata, tendo em vista que para chegar a tal estado, é necessário abandonar todo e qualquer senso de identidade própria, de auto-senso pessoal. Isso porque nossos sensos de identidade pessoal carregam memórias, crenças, pensamentos, ideias e conceitos, que nos impedem de "ver" o que apenas a consciência é capaz de ver, livre de pensamentos, livre de emoções, livre de correntes. E assim, experimentar a verdade, sem a interferência de nossas ideias e/ou crenças pessoais.

Outras religiões ou tradições religiosas como o Zen, Hinduísmo e também o Cristianismo, conhecem o Shunyata, mas talvez usem palavras diferentes, como Sunjata, Sunyata, Êxtase, Dhyana, Gnana, Shamadhi, Samadi, Satori e etc., são grafias semelhantes para a mesma palavra nas tradições religiosas orientais e descrevem a mesma experiência.

Fontes: Livro Tibetano do Viver e do Morrer, Sogyal Rinpoche; Exercícios Espirituais, Inácio de Loyola; Sunjata, Ven. Lahksmi; O Vazio Iluminador, Samael Aun Weor; A Doutrina Secreta, Helena Blavatsky; Ramayana, William Buck; I Ching, o livro das mutações, Carl Gustav Jung, Richard Wilhelm; A Essência do Bhagavad Gita, Swami Kryiananda.

Nirvana



No Budismo, Nirvana (Sânscrito: निर्वाण; Pāli: निब्बान; Prácrito: णिव्वाण) é o estado de libertação do sofrimento (ou dukkha) segundo o pensamento dos monges shramana (em Pāli, "Nibbāna" significa "sopro", "soprar", ou até "ser assoprado"), é o estado atingido pelos Arahant. De acordo com a concepção budista, o Nirvana seria uma superação do apego aos sentidos, do material e da ignorância; tanto como a superação da existência, a pureza e a transgressão do físico a qual busca a paz interior e a essência da vida.

Sidarta Gautama, o Buda, ou na maioria das tradições budistas, também conhecido como Supremo Buda (Sammāsambuddha) descreveu o Nirvana como um estado de calma, paz, pureza de pensamentos, libertação, transgressão física e de pensamentos, a elevação espiritual, e o acordar à realidade. O Hinduísmo também usa Nirvana como um sinônimo para suas ideias de moksha e fala-se a respeito em vários textos hindus tântricos, bem como na Bhagavad Gita. Os conceitos hindus e budistas de Nirvana "não devem ser considerados equivalentes".

Com esse estado de liberação, quebra-se a roda do samsara, interrompendo o processo de contínuos renascimentos.

A escola Mahayana entende uma diferença quanto à meta mais elevada do Budismo, considerando Bodhi mais importante que Nirvana. No entanto, seja para o budismo Theravada ou para as demais escolas dos ensinamentos do Buda, o significado de Nirvana é o mesmo. Para a os theravadins não há diferença significativa.

A palavra significa literalmente "apagado" (como em uma vela) e refere-se, no contexto budista, a imperturbável serenidade da mente após o desejo, a aversão e a delusão terem sido finalmente extintos.

Samadhi



Samādhi (समाधि) ou samádi (do sânscrito samyag, "correto" + ādhi, "contemplação") pode ser traduzido por "meditação completa". No ioga é a última etapa do sistema, quando se atingem a suspensão e compreensão da existência e a comunhão com o universo. No Budismo é usado como sinônimo de concentração ou quietude da mente.

Budismo

No cânon em páli o termo é usado como sinônimo de concentração, calma, pacificar a mente.É um dos sete fatores da iluminação, e apresentado como o último elo do Nobre Caminho Óctuplo, "concentração correta" (ou também a seção do mesmo que engloba 'plena atenção correta', 'concentração correta' e 'esforço correto'). Pode referenciar diretamente os Jhanas, estados de absorção.

Há três tipos de Samadhi:

Khaṇika Samādhi - Concentração temporária e frágil.
Upacāra Samādhi - Semelhante à anterior, mas com maior duração.
Appaṇā Samādhi - Samadhi refinado, neste caso os Jhanas.

Ioga

Segundo Vyāsa, "Yoga é samādhi": controle completo (samādhana) das funções da consciência, que resulta em vários graus de aquisição interna da verdade (samapātti). A primeira parte dos Yoga Sutras se chama Samādhi-pāda, por ser o samādhi seu objeto. O significado da palavra é diferente em outras tradições religiosas hindus, como o hinduísmo e o budismo.

O samādhi é o terceiro dos três "tesouros do Yoga", ou seja, o fruto colhido pela prática dos demais membros do ashtanga (os oito membros do Yoga). Pela observância de yama e niyama, pela prática de asanas, pranayama e pratyahara, e pelo dharana ("concentração estável num único ponto"), se chega ao dhyana ("meditação") e se pode atingir samādhi. Esse capítulo contém o famoso verso "Yogaś citta-vritti-nirodhaḥ" ("Yôga é o freio das modificações mentais" ou "Ioga acalma os distúrbios do mental").

Tipos de samádi

Há dois tipos principais de Samadhi, a saber: Savikalpa Samadhi (Samadhi com resíduos de ego) e Nirvikalpa Samadhi (Samadhi sem resíduos de ego). O iogue que experiencia Savikalpa Samadhi sente-se inundado pela graça da união, do amor, da alegria, da gratidão e da bondade divinas. Sua consciência atinge patamares de conhecimento além do intelecto.

No entanto, o êxtase de união vivenciado não é constante. Graduando-se cada vez mais na vivência de Savikalpa Samadhi, o iogue realiza a consciência de Nirvikalpa Samadhi, que é um estado de infinita beatitude e poder. Ele passa a viver em constante êxtase. Este é o verdadeiro estado iogue, a verdadeira realização em Yoga, visto que a consciência individual unificou-se à Consciência Universal Eterna.

Porém, assim como existem níveis de consciência progressivos para o iogue que realizou Savikalpa Samadhi, para o iogue que realizou Nirvikalpa Samadhi também existem outros níveis que culminarão no Nirvana e além. Para que o iogue consiga permanecer em ininterrupto estado de união e bem-aventurança divinas e, ao mesmo tempo, funcional na vida cotidiana, ele deve buscar com afinco realizar Sahaja Samadhi, o perfeito estado natural da consciência, sendo assim um iogue autolúcido em qualquer situação de sua existência.

Mahāsamādhi

Mahāsamādhi (literalmente, "grande samādhi") é a palavra hindi para a saída consciente do corpo físico por um iogue realizada na hora da sua morte.

Taumaturgia

  Taumaturgia (do grego θαύμα, thaûma, "milagre" ou "maravilha" e έργον, érgon, "trabalho") é a suposta capaci...