terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Dra. Anna Kingsford - Multiplicidade do Significado das Escrituras

 


              A Bíblia contém, além dessas citações trazidas no capítulo anterior – como se encontrará mencionado na Concordância Bíblica de Cruden, sob as diversas formas da palavra “sabedoria”, “conhecimento” e “compreensão” – várias passagens nas quais, ao insistir na necessidade de compreender o sentido velado da Escritura, estão implícitas, ao mesmo tempo, a existência de tal sentido e a possibilidade de compreendê-lo.


            E a mesma autoridade enumera não menos que cinco maneiras diferentes em que a Escritura deve ser interpretada, chamando-as de Gramatical, Histórica ou Literal, Alegórica ou Figurativa, Analógica, e Tropológica ou Moral.


            Mesmo essa, contudo, não é uma lista exaustiva, uma vez que falha em incluir o sentido intuitivo, e aquele que é o mais interno e divino sentido especificamente visado, e que é o sentido que constitui a Gnose, ou corpo da doutrina da qual o Cristo é a concretização e a demonstração individual. É essa doutrina que – estando, em razão da sua segurança, enterrada profundamente nas Escrituras – é chamada por Jesus “a lei e os profetas”, “Abraão, Isaac e Jacó”, os “Mistérios do reino do céu”, o “conhecimento” – Gnosis – da qual o Sacerdotalismo removeu a chave para a compreensão, e assim por toda a Bíblia removeu a “lei” e a “palavra de Deus”.


            Essa é a doutrina conhecida desde os mais remotos tempos por todos os iniciados nos mistérios divinos – pois nem todos os mistérios são divinos – como a Gnose Hermética, e a qual os Rabinos da Cabala afirmam ter sido a primeira dada por Deus a Adão no Paraíso, e depois novamente dada a Moisés no Sinai.


            E foi para salvar essa doutrina do cativeiro do “Egito” de um Sacerdotalismo que se tornou totalmente corrupto, e para transplantá-la para condições favoráveis à sua preservação e realização, que Moisés guiou seu povo para o deserto.


            Essa é a doutrina cuja restauração – por meio da mesma faculdade pela qual ela sempre foi, ou poderá ser, compreendida – a Escritura declara repetidamente que ainda será o meio da regeneração do mundo, descrevendo a época e as condições de tal restauração como precisamente as condições que estão dadas agora.


            E essa é a doutrina cuja nova enunciação em nossos próprios dias constitui o “Novo Evangelho da Interpretação”.


            Agora, quanto ao sentido interior e aos múltiplos significados da escritura sagrada, a “Nova Interpretação” discorre como segue: –


            “Todas as Escrituras que são a verdadeira Palavra de Deus têm uma dupla interpretação, a intelectual e a intuicional, a aparente e a velada.


            Pois nada pode vir de Deus a não ser aquilo que é frutífero.


            Tal como é a natureza de Deus, assim é a Palavra da boca de Deus.


            A letra sozinha é estéril; o espírito e a letra dão vida.


            Mas a Escritura que é a mais elevada é aquela que é mais fartamente frutífera e que trás significados em abundância.


            Pois Deus é capaz de dizer muitas coisas em uma, como o ovário saudável contém muitas sementes em seu cálice.


            Portanto, há nas Escrituras da Palavra de Deus certos escritos que, como árvores que dão muitos frutos, ofertam mais abundantemente do que outros no mesmo jardim sagrado.


            E um dos mais elevados é a história da criação do céu e da terra.


            Pois nela está contida em ordem uma genealogia, a qual tem quatro ramos, como um rio dividido em quatro braços, um escrito extraordinariamente rico.


            E a primeira dessas criações é a dos Deuses.


            A segunda é a do reino do céu.


            A terceira é aquela do mundo visível.


            E a quarta é aquela da Igreja de Cristo.” 

Dra. Anna Kingsford - A Bíblia Insiste no Sentido Esotérico

 

Vamos, inicialmente, defender – a partir da própria Escritura – a afirmação da existência de um sentido esotérico, o qual a Escritura insiste como sendo seu sentido verdadeiro e divinamente designado.

            A própria necessidade de tal defesa é por si só uma prova concreta, não apenas da maneira inadequada, mas também injusta com que a Escritura tem sido tratada por seus expositores oficiais.

            Que essa defesa seja algo necessário fica demonstrado, indiscutivelmente, pela acusação de blasfêmia que os expositores oficiais costumam levantar contra os que advogam um sentido esotérico. Essa acusação é feita com o argumento de que tal sentido visa “desviar a Escritura de seu sentido óbvio”. Ou seja, defendem o sentido “óbvio”, a visão superficial, e não o sentido espiritual, até rotulando seus escritores de insanos por atribuírem um sentido diferente do óbvio! Como se as coisas espirituais pudessem ser “óbvias” para a visão superficial!

            Nesse ponto os literalistas demonstram que são incapazes de compreender que tentar transformar o sentido “óbvio” da Bíblia em seu sentido real significa destruí-la enquanto uma Bíblia, ou um livro da alma; uma vez que como livro da alma ela deve apelar à alma e não aos sentidos; e deve se referir não a pessoas, coisas e eventos pertencentes ao plano físico, mas a princípios, processos e estados puramente espirituais – ainda que expressos em termos derivados do plano físico – usando pessoas, coisas e eventos tão somente como forma de ilustração.

            Os literalistas falham, além disso, em ver que – diante do fato de que todas as Escrituras antigas foram escritas de forma similar, ou seja, por meio de símbolos, parábolas e alegorias – insistir que a Bíblia tenha sido concebida literalmente é torná-la absolutamente diferente de todos os outros livros de sua ordem. As seguintes são algumas das passagens em que nos baseamos: –

            1. “Tu verás o meu dorso” (os revestimentos usados como coberturas externas do santuário, e o material dos livros), “mas Minha face tu não verás” [Êxodo 33:23]. (Nessa passagem Moisés é informado que apenas o sentido externo, e não o verdadeiro sentido da Palavra Divina, seria reconhecido em sua época, pela razão dada a seguir: “a dureza do coração dos homens”.)

            2. “Moisés não lhes deu o pão do céu,” – (o alimento da compreensão). [João 6:32].

            3. “Mesmo até nossos dias, quando Moisés é lido, o véu está sobre seus corações. No entanto (...) ele será removido” [2 Coríntios 3:15-16].

            4. “Ele tira o primeiro, para que ele possa estabelecer o segundo” [Hebreus 10:9].

            5. “E eles (os Levitas e Anciões) leram no livro, na lei de Deus, com uma interpretação, e fizeram com que eles (o povo) compreendessem a leitura” [Neemias 8:8].

            6. “E o coração bom, ou compreensivo (Caleb) disse, aquele que derrotar a cidade (ou sistema) da letra (Quiriate-Sefer) e a conquistar, a ele concederei o Rasgar do Véu (Acsa), minha filha, por esposa.”

            “E o homem forte de Deus (Otniel) tomou-a, e ele concedeu-lhe o Rasgar do Véu, sua filha, por esposa. (E ela lhe trouxe como dote “as fontes superiores e inferiores”, uma expressão de uso freqüente nas Escrituras para significar a satisfação de necessidades espirituais.)

            7. “E aquilo que antes era chamado de a cidade, ou o sistema da letra, foi depois disso chamado de a Palavra (Debir)” [Josué 15:15-19].

            8. “Falamos teosofia (theou Sophia) em um mistério, até mesmo a sabedoria oculta (de Deus).

            9. “Sabedoria dentre aqueles que são perfeitos (literalmente, maduros, implicando iniciados). (...), aos outros falamos como crianças pequenas” [1 Coríntios 2:6 e 1 Coríntios 3:1]

            10. “Tais coisas (no livro de Moisés) são uma alegoria; pois há duas alianças: uma é a do Monte Sinai, que gerou enquanto cativa, que é Agar” (a estrangeira que deve ser descartada como alheia à alma e ao verdadeiro sentido) [Gálatas 4:24].

            11. “Mas Jerusalém, que pertence ao alto (a doutrina perfeita, contida nos sentidos internos) é livre, a qual é a mãe de nós todos.

            “Mas o que diz a Escritura? Expulse a mulher cativa (o sentido literal) e seu filho” (a falsidade gerada a partir desse sentido) [Gálatas 4:24-30].

            12. “Não percebeis ainda, tampouco compreendeis? Tendes vossos corações endurecidos?

            13. “Tendo olhos, não vedes? Tendo ouvidos, não escutais, e não vos lembrais?

            14. “Como é que não compreendeis?”

            15. “Prestem atenção; acautelem-se do fermento dos fariseus” (literalismo e formalismo), “e do fermento de Herodes” [Mateus 16:6] (o Sacerdotalismo, que é sempre o assassino da intuição pura, e, por conseguinte, o assassino da inocência no homem. Tanto a palavra quanto o fato indicam Herodes como idêntico à Serpente do Éden).

            16. “Ó tolos e lerdos de coração para crerem em tudo o que os profetas falaram. (...) E começando por Moisés e todos os demais profetas, ele interpretou para eles em todas as Escrituras as coisas que diziam respeito a ele próprio” [Lucas 24:27]. (Pouco ou nada disso aparece numa leitura superficial dos livros mencionados.)

            17. “Ai de vocês advogados (Sacerdotes)”! “Pois vocês jogaram fora a chave do conhecimento (Gnosis); vós mesmos não adentraram, e aqueles que teriam adentrado vocês os tem impedido” [Lucas 11:52]. (Dirigido ao Sacerdotalismo de todos os tempos.)

            18. “Mas isso eu (Paulo) confesso a vós, que segundo a maneira com que eles” – os sacerdotes, meus acusadores – “chamam de heresia, assim louvo eu o Deus de meus pais, acreditando em coisas que estão escritas na lei e nos profetas” [Atos, 24:14].

            19. Pois, como Jonas foi um sinal para o povo de Nínive, assim também será o Filho do homem para esta geração” [Lucas 11:30] (Pois o engolir Jonas pela baleia representou a supressão da verdadeira doutrina pelo Sacerdotalismo de seu tempo, e sua expulsão [de dentro dela], representou a restauração dessa doutrina, por meio da qual a Igreja foi liberta para cumprir sua missão, e assim seria Cristo uma demonstração individual dessa doutrina para o mundo, a despeito de sua supressão pelo Sacerdotalismo de Seu tempo.)

            20. “Se viverdes segundo a carne, morrereis.” [Romanos 8:13]

            21. “Daqui em diante, não conhecemos nenhum homem segundo a carne; sim, ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, no entanto, agora e daqui em diante já não O conhecemos mais.” [2 Coríntios 5:14]. (A carne denota aqui o sentido literal e pessoal, em distinção à verdade espiritual representada por Cristo, a saber, a doutrina da salvação pela regeneração como o caminho único para todos.)

            22. “Se Davi então o chamou de Senhor, como é ele seu Filho?” [Mateus 22:45]. (Um exemplo da confusão causada por se entender como sendo pessoas onde princípios era o significado pretendido).

            23. “Dê a César as coisas que são de César, e a Deus as coisas que são de Deus” [Mateus 22:21]. (Essa é uma injunção que se dá em razão de se atribuir o devido valor relativo aos dois sentidos das Escrituras, em distinção à preferência exclusiva pelo sentido superficial.)

            24. “Compreendeis o que ledes?” “Como poderia eu compreender a menos que alguém me orientasse?” [Atos 8:30-31].

            25. “Sois um Mestre de Israel e não conheceis essas coisas?” [João 3:10]. (Essa é uma reprimenda dirigida ao Sacerdotalismo de todas as épocas devido a sua cegueira quanto à doutrina espiritual da regeneração, e sua preferência pela doutrina sacerdotal do sacrifício vicário, enquanto que o próprio Jesus foi o categórico e típico exemplo da doutrina espiritual da regeneração.)

            26. “Abre meus olhos de modo que eu possa perceber as coisas maravilhosas contidas na tua lei!” [Salmos 119:19]

            27. “Mistério; Babilônia a grande; a mãe das prostitutas e das abominações da terra.” [Apocalipse 17:5]. (Essa é uma denúncia feita por Jesus, falando por seu “Anjo” através de “João o Divino”, contra o Sacerdotalismo como sendo a “Mulher Escarlate”, por negar ao homem a faculdade do entendimento, ao insistir na autoridade como o critério de verdade, e fazendo com que o Mistério consista em algo que transcende e contradiz a razão, ao invés de simplesmente requerer que a razão seja aplicada a um plano mais elevado, uma vez que é espiritual; falsificando, portanto, a doutrina totalmente razoável, representada por Jesus.)

Dra. Anna Kingsford - Denúncia do Sacerdotalismo, sua Tripla Fundamentação

 

As doutrinas trazidas pelo “Novo Evangelho da Interpretação” implicam em uma séria denúncia contra o Sacerdotalismo, a qual está embasada no tríplice testemunho da Revelação, da Razão e da Experiência. E isso contra o Sacerdotalismo como existindo tanto antes como concomitantemente com a era Cristã.

            Pois, como será mostrado de forma inequívoca, a história contida na Bíblia é uma história contínua que cobre um período que, começando muito antes da era Cristã, ainda não terminou. De modo que uma parte considerável desse relato é prospectivo. Em outras palavras, ele é em parte profético. Pois a profecia, quando usada no sentido de previsão, é um relato prospectivo. E a história em questão – uma vez que contém a história da alma humana individual em seu conflito com a materialidade – é aquela da alma humana coletiva, ou Igreja.

            Essa é a história do conflito que tem estado continuamente ocorrendo entre a doutrina do Cristo, como representante da alma, e a do Sacerdotalismo, como representante do materialismo na Igreja – sua natureza corpórea ou sensorial – desde o período denotado como Queda, até encontrar seu desfecho no triunfo da primeira [a doutrina do Cristo], em um tempo que ainda está no futuro, mas que agora já se aproxima.

            Durante todo esse mencionado período – ou seja, cerca de seis mil anos – a doutrina representada pelo termo “Cristo” busca se estabelecer no mundo, tão somente para ser traída, condenada e destruída, através de sua falsificação por meio daquilo que, sob os nomes de Clericarismo, Eclesiasticismo e Sacerdotalismo, foi ele mesmo a causa da Queda.

Dra. Anna Kingsford - Distinção entre o Esotérico e o Eclesiástico

 

O “Novo Evangelho da Interpretação”, acreditamos resolutamente, pode atender àquela que é sem sombra de dúvida a mais urgente necessidade da época atual. 

            Essa necessidade surge da flagrante total inadequação da apresentação dos ensinamentos da religião e da filosofia, que até o momento estão em voga. Trata-se da necessidade de um sistema de pensamento, de uma norma de vida e de uma meta de aspiração que – por sua capacidade de satisfazer absolutamente aos mais elevados ideais intelectuais, morais e espirituais do homem – deve constituir de forma completa uma perfeita doutrina de vida. Uma tal doutrina capacitaria o homem – por meio de seu genuíno esforço em observá-la – tornar-se o melhor que ele tem em si para se tornar, com vistas à realização daquilo que é, necessariamente, o desejo supremo de todo indivíduo lúcido e inteligente, isto é, o transformar sua existência na realização da meta mais elevada, no longo prazo.

            A doutrina que preenche essas condições pode ser encontrada na Bíblia e no Cristianismo, quando interpretados esotericamente, e, portanto, quando interpretados segundo a visão e os princípios definidos e prescritos nas Escrituras, e não conforme apresentados eclesiasticamente até os nossos dias. Pois, enquanto as Escrituras insistem na importância do Espírito e da Essência, fazendo desses o “Sangue e a Água” da vida divina, e enquanto as Escrituras apelam para a compreensão, o Sacerdotalismo – reduzindo a nada as mais vigorosas afirmações das Escrituras – se apóia na Letra e na Forma, materializa a verdade e – insistindo no Inexplicável – nega a Compreensão, e apela para a Autoridade.

            Ao fazer isso, o Sacerdotalismo se opõe frontalmente às Escrituras quanto à doutrina e à prática, e não menos do que isso quanto ao método. Pois ele representa de forma tão equivocada o Cristianismo até o ponto de o destituir de toda semelhança com a religião do Cristo, tornando o Cristianismo, sob todos os aspectos concebíveis, num obstinado e irreconciliável oponente da religião do Cristo.

            De modo que se pode afirmar com absoluta certeza que, admitindo que o Cristianismo possua o poder para regenerar o mundo, a responsabilidade por seu fracasso em fazê-lo e, consequentemente, pela degradação e sofrimento do mundo, não repousa nem no Cristianismo nem no mundo, mas sim no Sacerdotalismo.

            Mas não necessariamente, portanto, com os eclesiásticos. Esses, como regra, herdaram o sistema estando inconscientes quanto à sua real natureza e origem, e visam o bem com o qual ele está relacionado; e de acordo com suas melhores luzes eles se empenham diligentemente em fazer com que ele sirva a fins elevados. 

            Mas, como agora já se trata de um segredo que foi exposto às claras, eles foram terrivelmente oprimidos – e nunca tanto como agora – por sua inaptidão em reconciliá-lo com o caráter e com o ensinamento de Cristo, ou mesmo com suas próprias percepções sobre a bondade e a verdade.

            E não há classe para a qual a “Nova Interpretação” apele com mais profunda simpatia, ou com mais ardente antecipação de alegria e gratidão de parte deles, por ser ela o meio pelo qual se coloca diante deles o ensinamento que eles mesmos representam. Uma vez que essa doutrina lhes permite, ao mesmo tempo em que mantém tudo aquilo que julgam como sendo realmente valioso, se desfazerem de tudo aquilo que até aqui tem sido simplesmente um ultraje à razão e uma ofensa à consciência e, portanto, um fardo pesado de carregar.

            Pois, de tudo isso, a verdade – conforme foi finalmente desvelada e exposta – os libertará por completo; ao demonstrar que Cristo é de forma muito real, e em um sentido que de longe supera tudo o que foi até aqui imaginado, aquilo que Seu nome de Jesus significa: o Libertador.

Dra. Anna Kingsford - Um Resumo do Cristianismo Místico

 

O “NOVO EVANGELHO DA INTERPRETAÇÃO”:
Um Resumo do Cristianismo Místico da Dra. Anna Kingsford

 
            “Sob a dominação e a influência dos credos exotéricos, sombras grotescas e distorcidas de realidades, sempre haverá a mesma opressão dos fracos e dos pobres e a mesma luta tempestuosa dos ricos e poderosos entre si mesmos. É somente a filosofia esotérica, a harmonização espiritual e psíquica do homem com a natureza, que, através da revelação de verdades fundamentais, pode trazer aquele tão desejado estado intermediário entre os dois extremos do Egoísmo humano e do Altruísmo divino e, finalmente, conduzir ao alívio do sofrimento humano”. [Letters from the Masters of the Wisdom, Second Series (Cartas dos Mestres de Sabedoria, Segunda Série), carta n. 82, p. 157]

            “O único objetivo pelo qual esforçar-nos é o melhoramento da condição do HOMEM por meio da difusão da verdade adaptada aos vários estágios de seu desenvolvimento e do país em que ele habita e pertence. A VERDADE não tem marca de propriedade e não sofre por causa do nome sob o qual ela é promulgada – desde que o referido objetivo seja alcançado”. [The Mahatma Letters to A.P. Sinnett (Cartas dos Mahatmas para A.P. Sinnett), carta n. 85, p. 399]

            “Aquilo que vocês precisam na Terra é a interpretação de suas Bíblias, e de todas as Escrituras que contém a sabedoria oculta, o mistério de que São Paulo tão frequentemente mencionava como existindo desde os primórdios do mundo”. (Uma Mensagem à Terra, p. 69)

            “Da união espiritual na fé una do Buda e do Cristo nascerá a esperada redenção do mundo”. [The Perfect Way (O Caminho Perfeito), p. 252]

            “Sei que em algum dia ainda distante, agora, de fato, talvez muito remoto, a mensagem que nós pregamos em um canto se tornará a religião de grandes nações”. [Addresses and Essays on Vegetarianism (Palestras e Ensaios sobre Vegetarianismo), p. 1]

NOTA DE ABERTURA DO EDITOR (*)

            Esta obra é uma simples adaptação, uma tentativa de modernizar e dar maior utilidade à obra cuja a página de rosto, traduzida, foi publicada como vemos no final dessa nota.

           Como podemos ler naquela página de rosto, a obra foi escrita como uma apresentação da instituição, que deixou de existir muito tempo atrás, chamada União Cristã Esotérica. Ela foi publicada sob os auspícios dessa organização, cujo fundador e presidente foi Edward Maitland, o grande companheiro de trabalho da Dra. Anna Kingsford, tendo escrito junto com ela a principal obra do “Novo Evangelho da Interpretação”: O Caminho Perfeito, ou, a Descoberta de Cristo.

            Então, nessa adaptação, somente foram excluídas as partes que diziam respeito especificamente à organização que não existe mais, visando reter apenas um resumo da mensagem que nos foi legada por esses dois profetas – um resumo elaborado por um deles. Também a linguagem, o tamanho dos períodos e a separação dos parágrafos foi alterada, visando tornar mais fácil e agradável a leitura do texto em nossos dias.

            O “Novo Evangelho da Interpretação” era, até poucos anos atrás, uma obra bem difícil de ser encontrada, ou mesmo praticamente esquecida. Agora temos o texto original completo no Site Anna Kingsford (www.anna-kingsford.com) tanto em inglês, quanto em sua tradução para o português. As obras completas desses dois grandes profetas se encontram compiladas e disponíveis na íntegra nesse site. A maior parte delas ainda em inglês, porém, como no exemplo dessa obra, algumas obras e capítulos já se encontram traduzidos para o português. O trabalho de tradução é contínuo e à medida que novos textos são finalizados passam a integrar o acervo do site. Também ali se encontram várias outras obras de autores associados, a exemplo de O Resgate do Cristianismo Budista: A Relevância da Mensagem da Dra. Anna Kingsford e A Roda e a Cruz: Uma Introdução ao Cristianismo Budista, ambas do autor e editor dessa adaptação.

            Até onde podemos ver, a mensagem desses dois profetas é ainda da maior importância para o bem estar do mundo. Que o resgate agora em curso possa ser, de fato, um sinal do alvorecer de uma época mais pacífica.

            Nossos agradecimentos são devidos aos Srs. Gabriel Buist (in memoriam) e Ralph Johnson, pelo auxílio voluntário e fraterno no trabalho de encontrar e fotocopiar o original de O “Novo Evangelho da Interpretação” na Inglaterra.

sábado, 18 de janeiro de 2025

Antigüedad Clásica


El término Antigüedad clásica (Neogriego: Κλασική αρχαιότητα, latín: Antiquitas classica) es una expresión historiográfica para referirse al período grecorromano de la Edad Antigua en Europa, un largo período histórico que se sitúa entre la Alta Antigüedad (la época de las primeras civilizaciones del Próximo Oriente Antiguo)​ y la Baja Antigüedad (o Antigüedad Tardía); y que propiamente corresponde al mundo grecorromano: la Cuenca del Mediterráneo y el Próximo Oriente, áreas donde la antigua Grecia y la antigua Roma desarrollaron la civilización greco-romana. Es el periodo en que las sociedades tanto griega como romana florecieron y ejercieron una enorme influencia a lo largo de gran parte de Europa, el norte de África y Asia occidental. El término «clásico» significa «mayor plenitud» o «modelo digno de imitación»,​ y su utilización para designar al período es marcadamente admirativa, a partir de una visión idealizada posterior sobre la época y su influencia en la conformación de la civilización occidental.

La Antigüedad clásica se puede localizar temporalmente, de forma restringida, en el momento de plenitud de las civilizaciones griega y romana (siglo V a. C. al II d. C.) o, de forma amplia, en toda su duración (siglo VIII a. C. al siglo V d. C.). Hitos del comienzo y final de este período son los poemas homéricos, los primeros Juegos Olímpicos (776 a. C.) o la mítica fundación de Roma (753 a. C.) y la cristianización (380 d. C.) o la caída del Imperio romano de Occidente (476 d. C.) La dimensión espacial de la Antigüedad Clásica coincide con la cuenca del Mediterráneo, extendida hacia el Oriente Próximo con el Imperio de Alejandro Magno y el helenismo, y hacia Europa Occidental con el Imperio romano. Tal amplio rango de historia y territorio cubre muchas culturas y periodos dispares.

En último término, la Antigüedad clásica pervive y cruza la historia de Occidente configurando una morfología persistente así como una «teoría» y una «idea». Puede así referirse también a una perspectiva idealizada entre pueblos posteriores de lo que fueron, en palabras de Edgar Allan Poe, «la gloria que fue Grecia y la majestuosidad que fue Roma».​ La herencia cultural clásica sobrevivió incluso a los denominados «siglos oscuros» de la Alta Edad Media (500-1000 d. C.); y se revitalizará con el Renacimiento, el Clasicismo y el Neoclasicismo de la Edad Moderna, llegando hasta nuestros días.


Período arcaico (c. siglos VIII a VI a. C.)

El período más temprano de la Antigüedad clásica se desarrolla en un contexto de reaparición gradual de las fuentes históricas tras el colapso de la Edad del Bronce. Los siglos VIII y VII a. C. son todavía en gran medida protohistóricos, y las primeras inscripciones alfabéticas griegas aparecen en la primera mitad del siglo VIII. Se suele suponer que Homero vivió en los siglos VIII o VII a. C., y su vida suele considerarse el inicio de la Antigüedad clásica. En el mismo periodo se sitúa la fecha tradicional de creación de los Juegos Olímpicos de la Antigüedad, en el 776 a. C.


Fenicios, cartagineses y asirios

Los fenicios se expandieron originalmente desde los puertos de Canaán, y para el siglo VIII dominaban el comercio en el Mediterráneo. Cartago se fundó en el 814 a. C., y los cartagineses, para el 700 a. C., habían establecido firmemente fortalezas en Sicilia, Italia y Cerdeña, lo que creó conflictos de intereses con Etruria. Una estela encontrada en Citio (Chipre) conmemora la victoria del rey Sargón II en el año 709 a. C. sobre los siete reyes de la isla, lo que supuso un paso importante en el traspaso de Chipre del dominio tirio al imperio neoasirio.


Grecia

El periodo arcaico siguió a la Edad Oscura griega, y fue testigo de importantes avances en teoría política, y del surgimiento de la democracia, la filosofía, el teatro y la poesía, así como de la revitalización de la lengua escrita (que se había perdido durante la Edad Oscura).

En cerámica, el periodo arcaico ve el desarrollo del estilo orientalizante, que señala un cambio del estilo geométrico de la finales de la Edad Oscura y la acumulación de influencias derivadas de Egipto, Fenicia y Siria. Los estilos de cerámica asociados a la última parte de la época arcaica son la cerámica de figuras negras, que se originó en Corinto durante el siglo VII a. C. y su sucesor, el estilo de figuras rojas, desarrollado por el Pintor de Andócides hacia el año 530 a. C.


Colonias Griegas

Italia en la Edad de HIerro

Los etruscos habían establecido el control político en la región para finales del siglo VII a. C., formando la élite aristocrática y monárquica. Al parecer, los etruscos perdieron el poder en la zona a finales del siglo VI a. C. y, en ese momento, las tribus itálicas reinventaron su gobierno creando una república, con unas restricciones mucho mayores a la capacidad de los gobernantes para ejercer el poder.


Reino Romano

Según la leyenda, Roma fue fundada el 21 de abril del año 753 a. C. por los descendientes gemelos del príncipe troyano Eneas, Rómulo y Remo.​ Como la ciudad estaba desprovista de mujeres, la leyenda dice que los latinos invitaron a los sabinos a una fiesta y les robaron sus doncellas solteras, lo que llevó a la integración de los latinos y los sabinos. En efecto, la evidencia arqueológica muestra los primeros rastros de asentamiento en el Foro Romano a mediados del siglo VIII a. C., aunque los asentamientos en el monte Palatino pueden remontarse al siglo X a. C.

El séptimo y último rey de Roma fue Tarquinio el Soberbio. Hijo de Tarquinio Prisco y yerno de Servio Tulio, Tarquinio el Soberbio era de origen etrusco. Fue durante su reinado cuando los etruscos alcanzaron su cúspide de poder. Tarquinio cerró y destruyó todos los santuarios y altares sabinos de la Roca Tarpeya, enfureciendo al pueblo de Roma. El pueblo se opuso a su gobierno cuando no reconoció la violación de Lucrecia, una patricia romana, a manos de su propio hijo. El pariente de Lucrecia, Lucio Junio Bruto (antepasado de Marco Bruto), convocó al Senado e hizo que Tarquinio y la monarquía fueran expulsados de Roma en el 510 a. C. Tras la expulsión de Tarquinioo, el Senado votó en el 509 a. C. que nunca más se permitiría el gobierno de un rey y reformó Roma para convertirla en un gobierno republicano.


Grecia Clásica

El período clásico de la Grecia antigua corresponde a los siglos siglo V a. C. y siglo IV a. C.; como hitos de inicio y final, desde la caída de la tiranía en Atenas (510 a. C.) hasta la muerte de Alejandro Magno (323 a. C.) Se suele considerar como momento culminante el período denominado siglo de Pericles, a mediados del siglo V, cuando se dio en Atenas un deslumbrante conjunto de creaciones culturales en todos los ámbitos que, no obstante, mantenía la tradición helénica de la Época arcaica (siglos VIII al VI a. C.)

En 510 a. C., tropas espartanas ayudaron a los atenienses opuestos al tirano Hipias, hijo de Pisístrato. Cleómenes I, rey de Esparta, puso en su lugar una oligarquía pro-espartana liderada por Iságoras, que a su vez fue apartada del poder con las reformas de Clístenes (508 a. C.) sentándose las bases de lo que se conoce como democracia ateniense.

El prolongado enfrentamiento entre griegos y persas (guerras médicas, 499-449 a. C., hasta la Paz de Calias) tuvo como consecuencia la posición dominante de Atenas en la Liga de Delos, situación que se mantuvo durante el prolongado período de paz denominado Pentecontecia, pero que desembocó en un conflicto con la Liga del Peloponeso, liderada por Esparta. La subsiguiente guerra del Peloponeso (431-404 a. C.) liquidó el dominio ateniense y estableció la hegemonía espartana. En el 395 a. C., los gobernantes espartanos destituyeron a Lisandro de su cargo y Esparta perdió su supremacía naval. Atenas, Argos, Tebas y Corinto (estas dos últimas anteriormente aliadas a Esparta) desafiaron el dominio espartano en la guerra de Corinto, que tuvo un fin no concluyente en 387 a. C. Más tarde, los generales tebanos Epaminondas y Pelópidas consiguieron una victoria decisiva en la Batalla de Leuctra (371 a. C.), lo que significó el fin de la supremacía espartana y el establecimiento de la hegemonía tebana, que se mantuvo hasta que fue eclipsada por el poder creciente del Reino de Macedonia.

Los macedonios, bajo el reinado de Filipo II, tras expandirse por los territorios de los peonios, tracios e ilirios, intervinieron en Grecia a partir del 346 a. C., culminando su conquista en la batalla de Queronea (338 a. C.) y estableciendo su hegemonía sobre una confederación helénica en la que participaban todas las polis a excepción de Esparta (Liga de Corinto, 337 a. C.) El hijo de Filipo, Alejandro Magno, logró derrotar al imperio persa (batallas de Gránico, 334 a. C., e Issos, 333 a. C.), incorporando todos sus dominios, incluyendo el Imperio egipcio (sitio de Gaza, 332 a. C.), e incluso aumentándolos en Asia Central y en la India (batalla del Hidaspes, 326 a. C.) Convencionalmente, el período clásico termina con la muerte de Alejandro en 323 a. C. y la fragmentación de su imperio, dividido entre los Diádocos.


Período Helenístico (330 a 146 a. C.)

El período clásico griego terminó con el ascenso del reino de Macedonia y las conquistas de Alejandro Magno, dando paso al período helenístico. La koiné se convirtió en la lingua franca mucho más allá de la Grecia misma, y la cultura griega interactuó con las culturas de Persia, Asia central, India y Egipto. Además del desarrollo del pensamiento especulativo (filosofía helenística, en particular con los seguidores de Aristóteles -Liceo, escuela peripatética, aristotelismo-, los de Platón -Academia-, las escuelas estoica y epicúrea, y las instituciones alejandrinas -Museion y Biblioteca de Alejandría-), se realizaron avances significativos en ciencias y técnicas (geografía y astronomía -Eratóstenes-, matemáticas y física​ -Arquímedes-, etc.) El período helenístico terminó con la conquista romana de Grecia (146 a. C.), aunque algunos historiadores fechan su fin con la Batalla de Accio (31 a. C.), la cual marcó la caída del Egipto Ptolemaico, último reino remanente de las conquistas de Alejandro Magno.


República Romana (siglos v-i a. C.)

El período republicano de la Antigua Roma, que comenzó con el derrocamiento de la monarquía romana (509 a. C.), se prolongó casi medio milenio hasta su subversión, tras una serie de guerras civiles, en un principado que abrió el período imperial (27 a. C.) Durante la República, Roma pasó de ser un poder regional en el Latium a la potencia dominante del Mediterráneo. La unificación de Italia bajo la hegemonía romana fue un proceso gradual, provocado por una serie de conflictos en el siglo IV y III: las guerras samnitas, guerras latinas y guerras pírricas. La victoria romana en las guerras púnicas y en las guerras macedónicas establecieron a Roma como un poder supra-regional para el siglo II a. C., seguida por la adquisición de Grecia y Asia Menor. Este incremento tremendo de poder fue acompañado por inestabilidad política y malestar social, factores que llevaron a la conjuración de Catilina, la guerra Social y el primer triunvirato. Como resultado, la República romana se transformó en el Imperio romano en la última mitad del primer siglo a. C.


Imperio Romano (del siglo i a. C. al siglo v d. C.)

Determinar el final preciso de la república romana es una tarea de disputa para historiadores modernos;17​[¿quién?] los ciudadanos romanos de esa época no se percataron que la república había dejado de existir. Los primeros emperadores, la dinastía Julio-Claudia, mantuvieron la ficción de la pervivencia de las instituciones republicanas, aunque bajo la protección de sus poderes extraordinarios, y se mantenía como posibilidad el eventual retorno a su forma tradicional. El Estado romano continuó llamándose a sí mismo Res publica tanto tiempo como el que mantuvo el latín como idioma oficial, o sea, más que la propia existencia del Imperio romano de Occidente.

Roma ya había adquirido un carácter imperial (en cuanto a la dimensión de su dominio territorial) desde que en el siglo III a. C. sus victorias frente a Cartago le dieron el control de Sicilia y el este y sur de Hispania; incrementado en los siglos II y I a. C. con la adquisición del resto de Hispania, África (no el continente, sino una zona de la costa mediterránea, con centro en Cartago), Galia, Iliria, Grecia, Asia Menor, Siria y Judea. Egipto fue la última conquista republicana o la primera imperial, del joven Octavio, aún no encumbrado como Augusto (batalla de Actium, 31 a. C.) Al momento de la máxima extensión del Imperio bajo el mandato de Trajano (117 d. C.), Roma controlaba toda la Cuenca del Mediterráneo, además de proyectarse hacia el norte por Europa (Galia, partes de Germania y Britania, los Balcanes, Dacia) y hacia el este por el Cáucaso y Mesopotamia.

Culturalmente, el Imperio romano fue significativamente helenizado, pero también asumió tradiciones orientales sincréticas, tales como el mitraísmo, el gnosticismo y el propio cristianismo, que se terminó convirtiendo en dominante.

El secular declive del Imperio romano se produjo a partir de la crisis del siglo III.

La Antigua Roma contribuyó grandemente al desarrollo de todo tipo de rasgos de la civilización occidental: el Derecho, las instituciones, la guerra, el arte, la arquitectura, la ingeniería, la literatura y las propias lenguas (no solo las lenguas románicas derivadas directamente del latín, sino también las lenguas germánicas, muy influenciadas).

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Sibila Libia


La sibila libia o sibila líbica era la sacerdotisa profética que presidía el oráculo de Zeus Amón (Zeus representado con los cuernos de Amón) en el oasis de Siwa, en el desierto de Libia.

La palabra «sibila» procede, mediante el latín, del griego σίβυλλα sibylla, ‘profetisa’. Había muchas sibilas en el mundo antiguo, pero la sibila libia predijo la «llegada del día en el que todo lo que está oculto será revelado».

En la Descripción de Grecia (x.12.3) de Pausanias, la sibila nombra a sus padres en sus oráculos:

Soy de nacimiento mitad mortal, mitad divina;

Una ninfa inmortal era mi madre, mi padre un comedor de grano;

En la falda del monte Ida de mi madre nací, pero la tierra de padre era la roja

Marpeso, consagrada a la Madre, y el río Aidoneo.

Los griegos decían que era la hija de Zeus y Lamia, una reina libia. Eurípides menciona a la sibila libia en el prólogo de su obra Lamia. Aún más, afirmaban que era la primera mujer que cantó oráculos, vivió la mayor parte de su vida en Samos, y que el nombre «sibila» le fue dado por los libios.

Serapión dice en sus versos épicos que la sibila no dejó de profetizar tras su muerte, y que dejó en el aire palabras propias del oráculo, presagios y augurios, y que su cuerpo se fue transformando en tierra donde crecía la hierba, y que cualquier bestia que la comiese tenía la capacidad de mostrar a los hombres un preciso conocimiento del futuro cuando eran sacrificadas y se analizaban sus entrañas. También piensa que la cara que se ve en la Luna es su alma.

Plutarco cuenta la historia de que Alejandro Magno, tras fundar Alejandría, marchó al oasis de Siwa, y se dice que la sibila le confirmó como personaje divino y como el legítimo faraón de Egipto.

Invocações e Evocações: Vozes Entre os Véus

Desde as eras mais remotas da humanidade, o ser humano buscou estabelecer contato com o invisível. As fogueiras dos xamãs, os altares dos ma...