terça-feira, 12 de março de 2019

Invocação à Astaroth

Preparação:


Este ritual acontece durante a “Lua Negra”, pois neste período os poderes Qliphóticos são particularmente mais fortes.


O Magista coloca um recipiente com brasas na frente do espelho do qual será um portal.
Estas brasas serão usadas durante o ritual para a queima de incensos (dependendo do propósito do ritual, o Magista deverá também usar as brasas para queimar Sigilos e ativar seus poderes mágickos, ou se o propósito do ritual for o de pedir ajuda a Astaroth para matar um inimigo, uma imagem por ele/ela ou o nome do inimigo escrito em vermelho deverá ser queimada nestas brasas).


Todos os participantes cortam a mão esquerda e deixam onze gotas de sangue caírem dentro de outro recipiente (este ritual deve envolver no mínimo sete pessoas).


O Magista usa o sangue para desenhar o sigilo de Astaroth no espelho retangular, enquanto os outros participantes vibram o nome de Astaroth.


Sigilo de Astaroth:



Quando o sigilo for pintado, o Magista deverá traçar com sangue os quatro “Pentagramas de Invocações” nos quatro cantos do espelho, e ao mesmo tempo vibrar o nome da Qlipha de Astaroth:

“Gha‟aghshe‟blah”.


O espelho-portal é então colocado sobre o altar e duas velas pretas ungidas com um pouco do sangue contido no recipiente são colocadas à esquerda e à direita do portal.


O Magista despeja o sangue restante sobre as brasas, e fica de pé em frente ao espelho-portal.
O Magista Sacerdote necessitará de pelo menos seis outros participantes que durante o ritual, ajudarão a proferir as Palavras de Poder e através da visualização e concentração manterão o espelho-portal aberto, enquanto o Magista deverá canalizar as energias Qliphóticas de Astaroth até alcançar o objetivo da invocação.


Durante o ritual, o Magista Sacerdote fica em frente o altar, e os restantes membros se posicionam aos lados.


Todos os participantes deverão ficar cerca de dois metros de distância do altar e manter seus punhais rituais erguidos, dos quais irão direcionar a força mental para abrir o espelho-portal.


Durante este ritual, o Magista Sacerdote usa em volta do pescoço um talismã esculpido com o sigilo de Astaroth, e todos os outros participantes usam “O Pentagrama de Magia Negra” que é um amuleto que irá protegê-los contra as forças destrutivas que serão clamadas durante a invocação.


O Altar utilizado neste ritual deverá estar localizado no norte do espaço ritual.


Antes de começar o ritual, todos os participantes deverão por um longo tempo meditar sobre o propósito da invocação de Astaroth.


Uma música de fundo pode ser propícia para os participantes entrarem corretamente e em sintonia no estado espiritual.


Também para meditação e ritual em si pode ser usado um tambor ritual.


As Palavras de Poder utilizadas neste ritual são fórmulas Qliphóticas derivadas de Grimórios, como o “Grimorium Verum” e o lendário “Grand Grimoire”.


Quando estas fórmulas foram usadas por satanistas e magos negros por centenas de anos, elas tornaram-se bastante poderosas e devem ser usadas com grande respeito e cuidado!



Invocação à Astaroth


0. O Magista começa o ritual de maneira tradicional com o “Ritual do Pentagrama”.


1. Dois Magista negros acendem as vela de ambos os lados do espelho-portal e, em seguida, pegam o seu punhal e traçam diante do altar o pentagrama de invocação negro que é o do espírito, enquanto vibram o nome de Astaroth.
Todos os participantes visualizam o pentagrama negro, como uma Chama Negra acesa!
E o Magista Sacerdote exclama:


“Astaroth Liftoach Kliffot!
Salve Astaroth!”


Todos os participantes visualizam o pentagrama brilhando no sigilo de Astaroth que está pintando em sangue no espelho-portal, e veem o campo de energia negra que se estende através do espelho.


2. O Magista Sacerdote despeja uma grande quantidade de Incenso de Almíscar sobre as brasas localizadas na frente do espelho-portal e exclama:


“Ad Majorem Astaroth Gloriam!”


Todos os participantes exclamam:


“Para a glória do nosso senhor Astaroth!”


O Magista que está em pé diante do altar e espelho-portal exclama:


“Astaroth, invocamos-te!”


Os outros participantes erguem os punhais na direção do espelho-portal e juntos recitam a seguinte fórmula:


“Astaroth Ador Cameso Valuerituf Mareso!”


3. Todos os participantes, exceto o Magista Sacerdote, abaixam os punhais.

O Magista ainda com o punhal na mão esquerda apontado para o espelho e sigilo de Astaroth, recita o seguinte:


“Em nome de Satanás, ó Senhor Astaroth: Esteja conosco e honre-nos com a tua presença, nós que somos servos fiéis do príncipe do Caos Eterno, invocamos-te!
Ó poderoso Astaroth, tu que caminha nas trevas e nas sombras, deixe a sombra das tuas negras asas cair sobre nós e conceda-nos o poder demoníaco do qual precisamos, por isso, clamamos ao teu nome no meio desta noite, para que realize os nossos ritos negros!

Então venha e preencha-nos com os teus desejos demoníacos, e deixe a tua escuridão infernal fortalecer nossas almas!”


O Magista diz:


“Astaroth, invocamos-te!”
Todos os participantes erguem seus punhais em direção ao espelho e juntos vibram a seguinte fórmula:
“Astaroth Lodir Cadomir Aluiel Calniso Tely Plorim!”


4. Todos os participantes, exceto o Magista Sacerdote, abaixam os punhais.
O Magista profere o seguinte:


“Senhor Astaroth, tu que é o deus do sombrio erotismo e senhor dos sádicos desejos, esteja conosco, nós que somos fiéis a ti, e deixe tuas anticósmicas correntes de energia inundar e destruir o campo de energia criado pela luz e o demiurgo que impede e dificulta o desenvolvimento de nossas obscuras almas anticósmicas!
Preencha-nos com a tua maldade, ó impiedoso senhor das trevas, e nos eleve até teus satânicos guerreiros eleitos!”


O Magista Sacerdote exclama:


“Astaroth, invocamos-te!”


Todos os participantes erguem seus punhais em direção ao espelho e vibram juntos a seguinte fórmula:


“Astaroth Viordy Cureviorbas Cameron Vesturiel!”


5. Todos os participantes, exceto o Magista Sacerdote, abaixam os punhais.
O Magista Sacerdote diz o seguinte:


“Ó poderoso Astaroth, senhor cuja sede de sangue é lendária entre os infernais governantes das trevas e cujos maliciosos truques conduzem a humanidade à guerra, o derramamento de sangue e à loucura, em nome de Satanás, ouça nossa invocação e deixe-nos encontrar teus perversos e infernais poderes nesta noite!
Ó Astaroth, tu que és o pai do incesto e da sodomia, as asas negras que assassinam os anjos, nós que servimos à onipotência anticósmica e a ira da espada cega do eterno Dragão Negro da morte, invocamos-te!”


O Magista Sacerdote exclama:


“Astaroth, invocamos-te!”



Todos os participantes erguem seus punhais para o espelho e vibram juntos a seguinte fórmula:


“Astaroth Vulnavij Benez Meus Calmiron Noard!”


6. Todos os participantes, exceto o Magista Sacerdote, abaixam os punhais.
O Magista Sacerdote diz o seguinte:


“Astaroth, em nome de Satanás, invocamos-te nesta noite sem lua e cheia de escuridão, na esperança de que com tuas bênçãos e sob teu nome, os nossos mais sombrios e malignos sonhos sejam realizados!
Senhor Astaroth, nós que somos instrumentos das forças anticósmicas na Terra, invocamos-te!
Deixe as portas de entrada para o teu sombrio reino abertas, para que possamos adentrar no reino das sombras negras!
Astaroth, tu que és um governante Qliphótico, gire a chave, e ative o portal de entrada para que eu possa seguir os túneis das Qliphot!
Em nome de Satanás, nós de nobre espírito, invocamos-te esta noite!”


O Magista Sacerdote diz:


“Astaroth, invocamos-te!”


Todos os participantes erguem seus punhais em direção ao espelho e vibram juntos a seguinte fórmula:


“Astaroth Nisa Chenibranbo Calevodium Barzotabrasol!”


7. Todos os participantes, exceto o Magista Sacerdote, abaixam os punhais.
O Magista Sacerdote diz o seguinte:


“Impiedoso mestre Astaroth, tu que espalha o terror, a dor e a morte entre os inimigos da escuridão, ouça a nossa invocação e deixe a tua Aura de poder, insanidade e malevolência abraçar nossas almas!
Ó senhor dos prazeres sangrentos e da decadência, responda à nossa invocação, nós que somos filhos e filhas da escuridão, invocamos-te nesta terrível noite!”


O Magista Sacerdote se dirige até o altar e despeja uma pitada de incenso de almíscar sobre as brasas, exclamando:


“Ad Majorem Astaroth Gloriam!”
Os outros participantes exclamam:
“Para a glória do senhor Astaroth!”


8. O Magista retorna ao seu lugar diante do altar, apontando o punhal em direção ao espelho-portal, ele recita o seguinte:



“Ó Terrível senhor do Caos, Astaroth, em nome de Satanás, pedimos-lhe para sair da escuridão infernal emergindo através do espelho-portal cujas portas serão abertas com tua bênção!
Deixe-nos sentir a tua profana presença, enquanto recitamos a fórmula Qliphótica que dará força a todas as manifestações de suas anticósmicas energias!
Ouça-nos, e emerja dos portões do eterno Caos Colérico!”


O Magista Sacerdote diz:


“Astaroth, venha!”


Os outros participantes erguem os punhais em direção ao espelho-portal e sete vezes proferem a fórmula que abrirá os portões.


Ao mesmo tempo em que proferem a fórmula, cada participante deverá visualizar o “túnel Qliphótico”, a partir do centro do sigilo de Astaroth pintado no espelho-portal. O túnel Qliphótico é visualizado sob a forma de um vórtice negro, que abre o caminho através do espelho-portal para o plano astral, onde Astaroth, agora é convocado pelo Magista!


9. Aqui está a fórmula que deverá ser proferida sete vezes para abrir o portal e invocar Astaroth:


“Astaroth Ador Cameso Valuerituf Mareso!
Astaroth Lodir Cadomir Aluiel Calniso tely Plorim!
Astaroth Viordy Cureviorbas Cameron Vesturiel!
Astaroth Volnavij Benez Meus Calmiron noard!
Astaroth Nisa Chenibranbo Calevodium Barzotabrasol
Astaroth, venha!”


10. Quando a fórmula for proferida sete vezes, todos os participantes deverão visualizar claramente o portal aberto.
Quando o Magista Sacerdote sentir a presença de Astaroth, ele exclamará:


“O Senhor da Qlipha de Gha'Aghshe'blah agora está entre nós!
Salve Astaroth!”


11. Os outros participantes vibram o nome de Astaroth em voz baixa, enquanto constantemente e claramente visualizam o portal aberto.


O Magista Sacerdote agora está começando a canalizar as energias de Astaroth e focando-as no objetivo da invocação.


O ritual é finalizado de forma tradicional, Astaroth é glorificado, e o espelho-portal é guardado em um local seguro, para ser reutilizado em uma próxima vez que a força de Astaroth precisar ser invocada.

Invocação Hécate


Eu evoco e invoco a Senhora da Lua Oculta!
Invoco Nocticula Hekate, Rainha das bruxas malignas!
Invoco Trivia Hekate, a feiticeira cruel, ela cujo as maldições trazem o próprio céu para baixo, ela cujo poder conduz a humanidade ao eterno sono da morte, ela cuja ira congela os sete mares.
Eu invoco a grande Deusa Hécate!
Invoco à Nocturnos Trivia, ela cujos lobos negros uivam em sua honra durante a noite.
Invoco a Rainha da Encruzilhada!
Apelo às sombras dos mortos e as forças obscuras da Lua!
Trivia Hekate, em nome do Caos, invoco-te!
Deusa de três cabeças, amante dos lobos famintos, cuja beleza ilumina a noite escura da alma, em nome de Tifão, invoco-te!
Invoco Nocticula Hekate, ela cuja vontade pode apagar a luz das estrelas e iluminar o mais escuro abismo do inferno!
In Nomine Chaos Vocamus Te Hekate!
Abnukta Hekate, saga inquit et diuina, potens caelum deponere, terram suspendere, fontes durare, montes diluere, manes sublimare, deus infimare, sidera extinguere, et tartarus ipsum inluminare!
Veni Hekate!
Ave Hekate! (3x)
Sob o luar diabólico, deixe que os mortos levantem-se de teus túmulos e ao meu lado se ajoelhem à Deusa da Lua Negra!
Salve Luna Infortuna Nocticula Hekate! (3x)
Em nome de Trivia Hekate, invoco os demônios que obscurecem a noite enluarada com o abismo negro de névoas malignas!
Eu vos imploro, ó inquietos espíritos da noite!
Reúnam-se em torno de mim nessa noite sombria, cobrindo-me e escondendo-me com tuas sombras!
Imploro a Mormolyceia, que é a mais terrível serva de Hécate!
Que agora os portais dimensionais sombrios sejam quebrados e que os cruéis lobos demoníacos infernais manifestem sua escuridão eterna em minha alma.
Invoco à Hécate e à sedenta matilha sanguinária de lobos, cujos uivos em outrotra levaram a humanidade à loucura!
Imploro à Vrykolakas que, com suas mandíbulas sangrentas erguidas à Lua Negra, canta hinos em honra de Hécate!
Invoco aos mortos-vivos e ao mortífero!
Em nome da poderosa Deusa da Lua, invoco a força dos anjos cruéis nesta noite!
Gorgo, Mormo, Empusa, Lemuria, Lamia e Medusa, ó vós que são fiéis companheiras de Hécate, deixe-me absover um pouco de tuas energias escuras permitindo-me receber um pouco de teus poderes infernais, pois em nome de Hécate, canalizo as correntes de energia da Lua Negra nesta abençoada noite!
Invoco Abnukta Hekate!
Em nome do Caos, invoco Hécate!
Esteja comigo agora, ó minha bela Deusa, tu que és o aspecto feminino de Lúcifer, preencha minha alma com tua Luz Negra!
Ouça agora o meu chamado, ó toda-poderosa Hécate, e honre a mim que sou seu mais fiel servo com tua presença e negra energia!
Abençoe-me nesta noite com tua magia negra, ó minha senhora irresistível, e juro pela minha Chama Negra interna que sempre serei fiel a ti!
Ave Abnukta Hekate! Ave Nocticula Hekate! Ave Trivia Hekate!

Aeonica


Um Aeon é descrito na doutrina esotérica como nome de uma força espiritual/energia que permeia por um período de pelo menos dois mil anos, e altera ou controla o plano causal.
Cada Aeon tem a sua primavera, verão, outono e período de inverno. Durante o seu período de primavera o Aeon em muitos aspectos é visto como a vida e as forças orgânicas. Durante este período, O Jovem Aeon instala o momento da mudança, na qual é cada vez maior em força e durabilidade. Durante o seu período de verão o Aeon é forte e transforma tudo o que está contra as suas forças para as formas que estão em harmonia com as suas próprias energias.
No seu período de outono o Aeon em sua fase minguante lentamente começa a perder o controle de sua própria criação.
Finalmente começa o período de inverno para o Aeon, isso significa guerra, resistência, dissolução e aniquilamento da ordem Aeonica vigente.
Isto, por sua vez leva à conclusão da destruição do velho Aeon e o nascimento de um novo.
Cada Aeon tem a sua magia, forma religiosa, filosófica, política, artística e “moral”, mas estas, igualmente aos outros Aeons, são reprimidas e desenraizadas (expulsas) para dar lugar às novas formas Aeonicas.
É através destas formas que cada Aeon manifesta sua essência cósmica no plano causal, deste modo afetando vampiricamente a consciência humana. Dentro do Caos-Gnósticismo os Aeons são considerados diferentes manifestações do demiurgo, geralmente descritos em número sete, simbolizados pelas sete esferas planetárias. Estes sete eram geralmente chamados de “arcontes”, a esses “governantes” normalmente era atribuída a função de governar os sete círculos que cercam a criação humana, mantendo o espírito encarcerado na prisão cósmica.
Para transcender o governo Aeonico é simples, o Magista deve reforçar a sua Chama Negra interna e através da abertura dos olhos do dragão aprender a ver através dos arcontes ou Aeons que são as formas ilusórias.
Estes sete arcontes são equivalentes aos deuses cósmicos primários adorados na antiga Suméria, onde são descritos como inimigos da essência e a Acausal origem, Tiamat. Estes Aeons ainda são mencionados nos antigos textos em sânscrito, onde também explicam que o mundo é ilusório e falso e está sob o controle destas sete eras.
As tradições religiosas acima compartilham um ponto em comum, o que todas elas argumentam é que após estas sete eras ou Aeons, tudo (todas as formas) se transformará em pó, ou seja, todas as formas serão dissolvidas e retornarão para a dimensão de zero; a do Caos Amorfo. Esta grande dissolução, que em sânscrito é chamada de “Mahapralaya”, pela MLO é chamada de “Dia da Ira”.
Este Dia da Ira por sua vez leva ao início do Caos, o atemporal e pandimensional Aeon, esotericamente chamado de “Aeon da infinita escuridão” ou “Interminável Aeon”.
O objetivo da MLO é através do seu trabalho anticósmico contribuir para a aniquilação dos atuais Aeons e acelerar o início do Mahapralaya/Dia da Ira.
A Aeonica Magia Negra é uma das mais poderosas armas satânicas, e dependendo da sua força de vontade pode impingir uma mudança global.Para exercer esta forma mais esotérica da magia, o Magista deve primeiro obter a Aeonica Gnose Anticósmica.A Aeonica Gnose Anticósmica é a realização prática que mostra como o satanista pode reinventar e manipular as velhas formas religiosas, mágickas, filosóficas e políticas, podendo modificar, redirecionar, refinar e escurecer as energias espirituais que regem o Aeon vigente e também as energias do futuro que irão moldar o próximo Aeon.
Esta mudança pode ser feita através da reconstrução de sistemas espirituais antigos, com o objetivo de, por exemplo, reforçar e exaltar as forças dos sistemas que em outrora eram temidas e odiadas, mudando toda a sua natureza espiritual e, portanto, transformando-as em uma arma que pode ser usada para a dissolução das brilhantes/restringentes energias cósmicas que no sistema, inicialmente, tinham sido decretadas como supremas.
Para fazer isso, primeiramente o satanista deve encontrar toda a essencial fraqueza do sistema de crença/a forma que ele tem para desencorajar, e então usar essas “rachaduras” ao seu favor, usando e convertendo as energias que a partir de uma perspectiva Aeonica é de grande importância para o trabalho alquímico negro.
Um método comprovado é tal que logicamente as forças dentro do atual sistema de crença já o utilizaram, geralmente considerando como mal, destrutivo, imoral e terrível a força oposta à criativa e bonita, assim é, pois transformaram as forças dentro desse sistema nomeando a vigente ordem cósmica de Lei e “Bondade” (isto é, a maior parte devido à sua inércia, onde aceitam a existência como algo “Bom”) para o representante da tirania, desta forma tornando o “mal” fraco.Isso não pode ser feito apenas mudando “brilhante” por “escuro” e vice-versa ao nomear as entidades e os poderes, deve ser feito através do destaque dos pontos fracos do atual sistema de crenças.
Como por exemplo, não é difícil de associar Satanás do cristianismo como o orgulhoso, corajoso, poderoso, admirável, o combatente da liberdade e também como rebelde, em vez de enfatizar todos os traços do Deus criador, que faz dele um patético, cruel, tolo e fraco demiurgo.
Dessa forma, o satanista escolhe acreditar na nova forma que ele próprio contribuiu para contrariar, interferir, distorcer e destruir as energias Aeonicas vigentes tais como o cristianismo.
A fé torna-se assim uma ferramenta para a canalização da energia espiritual e Aeonica e, dependendo do tipo de energia que o satanista quer canalizar, ele pode sem problemas mudar os sistemas de crenças (formas), enquanto ele mantém sua vontade satânica (essência) e é guiado pela Gnose da Chama Negra.
Outra parte importante do trabalho Aeonico que pode contribuir para a aceleração e o início do “Aeon do Eterno Caos” é a criação de novas formas espirituais para estar em harmonia com as energias negras e caóticas que o satanista quer canalizar. Ao contrário das religiões da Luz (Direita), que em suas totalidades representam a estagnação e falta de essência, o satanista deve criar formas religiosas, filosóficas, mágickas e às vezes políticas que serão compatíveis com a vontade satânica e, portanto, que serão dinâmicas, revolucionárias, evolucionárias, escuras, cheias de essência, libertadoras e Caos transportadoras.
Isto pode ser feito por meio da criação de uma síntese entre as tradições negras dos antigos Aeons que o satanista encontra e acha que podem ser relevante à anticósmica estratégia Aeonica. Ou você pode ser um satanista desenvolvendo completamente um novo e único sistema de crenças, tendo algumas conexões óbvias com tradições espirituais pré-existentes.
Um exemplo disso é a MLO que usa magias amorfas, invocações não-verbais e fórmulas silenciosas, mas o mais importante, como eu disse, é a vontade por trás da criação da forma que confere moldar a sua força e essência. Quanto mais forte for o desejo do satanista, mais forte será a direção e o anseio para a escuridão e as energias desejadas. É por isso que um Satanista forte e consciente terá um peso maior do que a vontade da fraca e covarde massa.
Portanto, a minoria pertence à elite, esta tem a capacidade de neutralizar a energia do Aeon vigente, podendo transformar, destruir e “moldar”, e assim agir como um portal vivo de energias ofensivas que trarão o Interminável Aeon. Como uma gota de veneno pode envenenar centenas de litros de água, e sistemas metafísicos/tradições religiosas ou doutrinas mágickas/filosóficas; é a antítese das formas espirituais da ordem existente, que transformarão em veneno e refinarão as energias que criam e destroem Aeons.
O Alquímico Satanismo Anticósmico tem como um de seus objetivos, com base na Aeonica estratégia, criar as formas espirituais que devem ser potentes e bastante cheias de essência, capazes de produzirem a queda do veneno anticósmico no plano causal, e consequentemente capazes de matar o sétimo Arconte (Aeon) e iniciarem a grande dissolução e limpeza.
Outros métodos são o uso de energias Acausais Aeonicas, que são a criação de “portais” físicos (Nexions) ou pontos focais que ajudarão a aumentar, fortalecer e disseminar as energias sinistras que os satanistas querem canalizar para o plano causal.
Estes portais físicos podem ser indivíduos ou grupos inteiros de pessoas, bem como todos os lugares regulamente utilizados para rituais por satanistas há anos, por atuarem como ponto focal para os ritos anticósmicos, as energias físicas e os portais podem ser convertidos em energias para o pandimensional; o Caos Acausal.
Os rituais/fórmulas que são usados para criar e abrir estes portais físicos devem estar em harmonia com o Aeon das Trevas no qual o indivíduo ou grupo deve ser suficientemente receptivo para as energias caóticas, ou seja, se libertando dos grilhões do antigo Aeon cósmico para atuarem como um portal vivo para o novo.
Por exemplo, Adolf Hitler, sem realmente estar consciente disso foi o ponto de foco para muitas ordens satânicas e de magia negra que o usaram para trazer a mudança, a guerra, o desenvolvimento e o Caos a este mundo. Se Hitler tivesse tido conhecimento disso e estivesse disposto a ajudar com o escurecimento da alma do mundo, a fim de contribuir para a aceleração do Interminável Aeon, o nosso mundo causal hoje seria completamente diferente. Mas Hitler não era receptivo às energias que foram canalizadas através dele e o resultado foi a arrogância e a insensatez, e, por conseguinte, a queda do Terceiro Reich.
O fato de que Hitler foi influenciado por forças das trevas também explica porque seus inimigos de ordens satânicas que usavam a Cabala foram perseguidos e exterminados durante a sua governança.
Por isso, é de grande interesse para os satanistas anticósmicos, encontrar estrategistas políticos e eleitos que a partir de uma perspectiva Aeonica parecem ser candidatos adequados, e em seguida, usá-los como um ponto focal para os ritos anticósmicos, que abrirão as portas do Caos no plano físico. No caso de Hitler era a sua personalidade e suas habilidades mentais que fizeram dele um candidato adequado, e não a ideia política que ele defendia. A própria suástica, o antigo símbolo do Terceiro Reich, é um dos símbolos satânicos, comumente usados de forma similar.
No Caminho da Mão Esquerda o Sol Negro representa a dissolução da criação e o retorno ao Caos.
Este símbolo não está diretamente ligado com a ideologia política do nacional-socialismo, mas fora usado pelos Magistas negros que estavam em contato com Hitler, a fim de obter maior controle dele e do povo alemão. Os Símbolos Aeonicos podem criar e evoluir vigorosamente novos potenciais, portanto esta é uma parte importante dentro do trabalho satânico e facilita a canalização das escuras energias Acausais.
Um exemplo disso é um símbolo potente utilizado pela MLO que representa o futuro Aeon das Trevas, que é o “Pentagrama Quebrado”, que, com seus onze ângulos tanto simboliza, como age como um portal para as dimensões do Caos Colérico.
O Pentagrama Quebrado, ou o “Sigilo dos Onze Ângulos”, como este símbolo também é chamado, é um exemplo perfeito de como o satanista por inspiração e forma cuidadosa pode mudar o significado de um símbolo canalizando energias completamente diferentes do que o símbolo representava.
Isto também leva à ruptura, transformação e redistribuição da característica inerente da corrente de poder primordial na direção correta.
É por isso que o satanista deve usar os símbolos que trarão o futuro Interminável Aeon, tanto em seu trabalho mágicko, quanto nos adornos de seu templo, em vez de apenas usá-los como velhos arquétipos extintos que podem não estar em harmonia com o trabalho Aeonico vigente.
Até a música pode desempenhar um papel na obra Aeonica se o satanista usar tons e músicas que podem transmitir os pensamentos e sentimentos que estão em harmonia com o Aeon das Trevas, representando com precisão as novas formas de como as energias satânicas precisam operar dentro do plano causal.
O Satanista pode assim implantar a semente escura no consciente e subconsciente dos ouvintes tornando-os mais suscetíveis aos poderes anticósmicos e às energias desarmônicas. Somente em solo fértil pode germinar as sementes do conhecimento que farão o Caos florir.
Portanto o satanista deve fazer a seleção, com a estratégia Aeonica deve escolher cuidadosamente um ou mais indivíduos que podem atuar e contribuir com as energias Acausais.
Tudo aquilo que não está em harmonia com o Caos, o Caos destrói!
Abençoe os fortes, amaldiçoe os fracos!
Todas as formas têm ilusões, mas também as ilusões podem ser utilizadas para libertar e capacitar o poder das Chamas Negras se elas forem usadas como ferramentas de canalização e transcendência para o Caos; a dimensão zero e sem lei.
A Aeonica Magia Negra é uma das mais altas formas de magia transcendental.

Vampirismo


Ato I: Raízes – O Mito e a Literatura

“A constatação não foi muito alvissareira para mim, pois as palavras eram: “Ordog” — satanás; “pokol” — inferno; “stregoica” — feiticeiro e “vrolok” e “vlkoslak”, ambas com a mesma significaçâo, pois uma é eslovaca e outra sérvia: uma espécie de lobisomem ou vampiro”

-Drácula, Bram Stoker. “Diário de Jonathan Harker”, 5 de Maio.


Uma das técnicas ocultistas mais difundidas atualmente, inclusive dentro de ordens, o Vampirismo nada mais é do que o ato de drenar a energia de um alvo. No entanto, essa prática utilizada dentro de ordens e sistemas mágickos foi aprendida por nós através de entidades muito mais antigas do que pensamos.

Mas antes de falarmos das técnicas ocultistas propriamente ditas, acho importante situarmos a origem da “cultura” vampírica e dos mitos acerca do personagem literário, para não nos confundirmos de forma séria e prejudicial nos estudos. É uma delimitação realmente importante, entre a fantasia e a realidade.

Mitologia

É um fato curioso a ser citado que, em todo mundo antigo o temor e a crença em Vampiros era largamente difundida, em todas as culturas, religiões e folclores. Inclusive nas que nunca possuíram contato entre si.

Na Mesopotâmia por exemplo, fala-se dos Ekimmu, espíritos de pessoas não-sepultadas que voltavam para atormentar os vivos. Na antiga Suméria, temos a famosa Lilith, que devorava os bebês e sugava a força vital dos homens solteiros e era afastada por seu irmão, Pazuzu. As crias geradas por ela eram os “Lilins” que devoravam os homens.

E por assim vai, são demais pra listar aqui agora, mas da América ao Extremo Oriente, fala-se em cadáveres reanimados, e em bebedores de sangue/comedores de carne/sugadores de energia, que predam os humanos para manter a falsa aparência de vida. Os mitos podem variar em detalhes, mas a essência é sempre mantida a mesma.

A palavra “Vampiro” entrou na língua Inglesa pela primeira vez através da palavra “Vampyre”, em 1732, derivando do termo “Vukodlak” ou “Vrikolaka”, de origem sérvia e que designava “Lobisomem”.

A ocasião de seu uso se deu por conta do incidente de Arnold (Paole) Paul. A situação deu-se quando um cirurgião do governador sérvio assinou um relatório que indicava que um homem (Arnold Paul) relatara ter sido mordido por um homem e faleceu posteriormente. Após sua morte, diversas pessoas relataram ter sido atacadas por ele durante a noite. Ao exumar o corpo, descobriu-se em perfeito estado de conservação e com sangue escorrendo por sua cabeça. Sangue fresco e não coagulado. O incidente foi descrito em um jornal inglês como ataques de um “vampyro” – criatura até então conhecida pelo vocábulo latino “sanguisuga”. A história ficou famosa e se difundiu pela Europa, causando uma certa “febre vampírica”, que revoltou certas pessoas pelos inúmeros casos de “violação de sepultura e vilipêndio/profanação de cadáveres”.

Em 1765, o naturalista francês Lois Lecrerc de Buffon soube de uma espécie de Morcego Hematófaga e ligeiramente lhe deu o nome de “Morcego Vampiro”. Antes desse fato, os morcegos não possuíam ligação com vampiros de forma direta.

Posteriormente, no século 19, um jovem imigrante Italiano na Inglaterra, amigo íntimo de Lord Byron, a pedido do mesmo (era costume de Byron durante as reuniões de seus amigos, pedir que narrassem contos de Horror. Fransktein, escrito pela jovem Mary Shelley surgiu assim), escreveu o conto “The Vampire”; sobre um tal Lorde Ruthven que vagava a noite, seduzia e matava mulheres. A figura do vampiro sedutor, sensual e sexual se formava e invadia a literatura – e também os mitos, constituído a partir da figura do próprio Byron, satirizado na obra por seu amigo.

A mesma figura sedutora serve para a releitura de Bram Stoker do Conde Vladislav Tpish, o famoso “Conde Drácula” em sua obra brilhante, que divulgou o mito do vampiro no mundo inteiro. Anne Rice e seu “Entrevista com o Vampiro” e nos anos 90 o RPG “Vampiro:A Máscara”, bem como os filmes da Hammer Films nos anos 70-80 fizeram a febre de vampiros eclodir, como um personagem característico, misterioso, sedutor e perigoso.

Dessa forma, esse texto mais “histórico” vem elucidar que o conceito de Vampiro como algo “belo” vem da literatura. Vampiros nas mitologias anteriores a elaboração da ficção são bestas sanguinárias e predadores. E entidades Vampíricas são igualmente predadores vorazes. E pessoas que praticam o Vampirismo como técnica ocultista, SÂO Predadores, invariavelmente. Não existe “vampirismo bonito” no ocultismo.

Ato II – Tipos de Vampiros & Realidade do Vampirismo

“Este é o meu corpo, ele disse a dois mil anos atrás. Este é o meu sangue.

Era a única religião que cumpria exatamente o que prometia. Vida Eterna a seus seguidores”

-Retirado do livro “A Arte de Vampiro; Quinze Cartas Pintadas num Tarô de Vampiro”, por Neil Gaiman.


No texto anterior, exploramos a questão mitológica e literária, ainda que bem resumida, sobre a origem dos vampiros. Agora, tratemos das questões reais, mantendo sempre os pés firmes no chão ao tratar do tema.

Listemos a seguir, os tipos de Vampiros que de fato existem fora da literatura, e que deram origem aos mitos citados anteriormente.

Vampiros Sanguíneos

Talvez este seja o tipo mais curioso de Vampiros pra ser tido como real – mas sim, eles existem. E não, não possuem super poderes, não costumam ser exatamente sedutores e não vivem numa eterna era vitoriana.

Na verdade existem duas doenças que podem ter dado origem aos “sintomas do vampirismo” nos mitos citados em nosso texto anterior. Uma delas é a Raiva, transmitida por mordidas de animais, também conhecida como “Hidrofobia” (Medo de Água), que causa rigidez muscular, contrações e movimentos desordenados, muita dor, sangramento gengival, sensibilidade a luz e objetos refletores de luz além de tornar a vítima absurdamente agressiva.

Outra questão é a Porfiria. Doença genética que inibe algumas enzimas, atrapalha a absorção de sódio e, em manifestação aguda, faz com que a pele sofra fortes erupções e queimaduras quando exposta ao Sol. Alguns distúrbios mentais provenientes da Porfiria em formas de alucinações levavam em tempos passados a crença de que se deveria tomar sangue pra manter a aparência saudável.

Diversos Seriais Killer surgiram dessa forma. Eliabeth Bathory pode ser citada como a mais famosa bebedora de sangue, mas existem também casos mais modernos, como Nico Claux, canibal e vampiro francês – convidado por Michael W. Ford a ilustrar o Luciferian Tarot, utilizado pela TOPH.

Concluindo, existem de fato Vampiros que ingerem sangue, mas isso é proveniente de Doenças graves, que atualmente possuem tratamento e tornam o ato desnecessário. Pessoas normais, ao beberem sangue, podem ter dores estomacais e vomitar coágulos sanguíneos, uma experiência nada agradável

Psy Vamps

Também conhecidos como “Vampiros Psíquicos”, este é um tipo realmente perigoso de Vampiros. Nada mais são que parasitas sociais, sociopatas. Pessoas realmente perigosas que fazem você sentir que deve tudo a eles, quando na realidade jamais moveram uma palha por você. Pior, querem te ver sempre no fundo do poço. Sentem prazer em ver outras pessoas mal.

A maioria dos “Vampiros Psíquicos” sequer tem conhecimento de sua condição, que pode ser causada por desequilíbrios energéticos ou por doenças psicológicas. É uma condição nada rara nos dias de hoje.

Segundo seu livro “Toxic Men – 10 Ways of Identifying, Dealing With and Healing from Men who make your life Miserable”, a escritora Lillian Glass identifica vários tipos de transtornos de personalidade que geram Vampirismo Psiquico. Citando-a:

 “Alguns são indivíduos com uma autoestima tão baixa e que se sentem tão deprimidos que conseguem, para melhorar o próprio estado de espírito, absorver a alegria das pessoas que os rodeiam”, afirma a escritora. A estratégia envolvente desses indivíduos, que disfarça o seu poder tóxico, faz que possamos cair nas suas redes sem nos apercebermos. Quando damos conta da situação em que nos encontramos, já é demasiado tarde.”

Ou seja, um vampiro psiquíco raramente sabe que é um vampiro. É o cara que faz intriga, que canta sua namorada, que abusa do seu dinheiro, a amiga falsa que faz fofoca, enfim… os diversos tipos de sociopatas que existem por aí. Livrar-se deles é relativamente fácil, assim que identificados. Basta ser firme e se afastar deles e esses parasitas sociais/emocionais se tornam inofensivos.

Ato III – Vampirismo Energético

Esse é o ponto principal, e essa é a prática difundida no ocultismo e realizada por entidades e por pessoas que treinam manipulação energética. Os Vampiros de energia dividem-se em dois tipos.

Os vampiros por doença, não fazem muitas vezes ideia de que estão sugando a energia (ki, prana, denominem a vontade) do ambiente ou de terceiros. São normalmente pessoas que apresentam grande variação de humor, por absorverem diferentes frequências e pessoas que passam a sensação de “frio” em sua energia. Essa “deficiência” energética, por assim dizer, é proveniente de algum trauma ou disfunção de algum dos Chakras. Pode ser “curado” ou retratado ao se purificar a energia da pessoa e fazer alguma forma de tratamento espiritual.

O outro tipo, é o mais comumente encontrado hoje em dia, devido a divulgação dos vampiros mitológicos citados no outro post. São os Vampiros que de fato treinam e desenvolvem a capacidade de Drenagem da energia alheia. Sim, tem gente que acha que ser um Vampiro “de verdade” é legal, bonito e não “dá nada não”.

A realidade, é que um Vampiro energético, quando despreparado, pode ter problemas. Sugar energia alheia, significa sugar impressões de sensações alheias, o que pode causar alterações no humor e até mesmo problemas físicos. Além de, claro, danificar os chakras e te tornar “viciado”, incapaz de expandir sua própria energia, dependendo sempre de outras pessoas. Então é uma prática que requer muito treino, cuidado e atenção.

Existem diversas técnicas de Drenagem a serem aprendidas. A mais utilizada é manipular a própria energia para “englobar” a do alvo como um pseudópode e puxá-la para si. Outros, criam um vácuo. Algumas pessoas utilizam o contato sexual para drenar o parceiro, esgotando-o. São inúmeras as formas, normalmente um Vampiro experiente incorpora seu estilo próprio a sua técnica, adaptando pro seu meio de vida.

Defender-se da técnica pode ser mais complicado. Exige um bom domínio de energia e auto controle. Normalmente, um “choque” de energia negativa ao perceber a drenagem pode dar uma boa “indigestão” a um vampiro inexperiente.

Identificá-los também não é um grande problema. As técnicas acabam tendo “efeitos energéticos”, que podem ser reconhecidos, como o mal estar sem razão diante de uma pessoa, ou a sensação de frio, entre outras características.

A energia roubada possui os mais diversos usos. Desde a aplicação em ritos, canalização pra sigilos, alimentar entidades, tudo depende da criatividade do Vampiro em questão.

Existem ordens que são totalmente voltadas para essa prática. Podemos citar aqui algumas bem famosas, como a TOV (Temple of Vampire), que prega o culto a “Deuses Vampiricos”, que após um rito de iniciação, passam a ser adorados e alimentados pelos membros. Bom, não me parece uma boa ideia, mas eles possuem uma doutrina séria, então…

A Black Order of the Dragon, guilda interna da The Order of Phosphorus que tem como foco o vampirismo energetico para ser utilizado na magia Yatukih (A feitiçaria Persa de Ahriman) pelos Yatus e Pairikas da Ordem.

Existem diversas outras ordens que praticam/pregam o vampirismo como ferramenta. Concluimos aqui que, apesar de ser errôneamente divulgado como uma prática “bonita”, a predação energética é largamente utilizada, chegando a possuir ordens iniciáticas inteiras voltadas a prática.

Ato IV – Final

Dentro daquilo que denominamos como “Satanismo Tradicional”, já presenciei duas formas bem distintas de abordar o Vampirismo.

Uma delas, desprezava o vampirismo como prática, não aceitando como caminho evolutivo. Estes indivíduos aformam que um Vampiro é um mero parasita, e que tal parasitismo não traz evolução, mas estagnação e dependência de terceiros. Ou seja, você fica preso e se fortalecendo nas emoções e energia do rebanho do qual deveria se afastar ou utilizar de forma manipulativa, sem tal contato íntimo com sua energia fraca e poluída.

Em outro lado, vi uma abordagem totalmente diferente (e a mais difundida, pelo que pude presenciar). O Satanista, como estando além do Bem e do Mal, conceitos meramente mundanos, e possuindo seus códigos pessoais, teria pleno direito de predar sobre o Rebanho humano, sem ter nenhum peso na consciência.

Aqueles que não são dignos devem perecer. Portanto, como cita Michael W. Ford ao falar de sua Black Order of the Dragon, o Vampiro, sendo algo além do homem, e o Homo Hubris sendo um rebanho a ser predado, assume caráter satânico ao promover a destruição dos indignos e fracos e passa a ser uma extensão do Satanismo Tradicional.

Os Satanistas que praticam Vampirismo aprendem, através de seus ritos e contatos com entes, a não apenas sugar a energia que circula ao redor dos corpos de suas vítimas, mas também a sua essência vital, quando se tornam experientes em suas práticas. E sim, isso pode levar a vítima a morte… e sua energia vital utilizada para o próprio vampiro extender sua “vida útil” ou utilizada em rituais ou oferecida a entidades poderosas que negociem com essa energia (é… nem tudo que consome energia é “kiumba” ou entidade baixa. Existem entes superiores que o fazem).

Vampirismo e Licantropia

Como vimos nos Atos anteriores, o Vampirismo e a Licantropia tiveram a mesma raíz – e as associações com um mesmo animal em comum, o Lobo, que também transmitia Hidrofobia, doença característica aos dois mitos.

Isso influiu também no misticismo a volta de praticantes de Vampirismo astral. Diz-se que, ao “assumir a forma” de lobo, morcego ou outro animal no astral, poderia se tornar mais rápido, mais forte, voar, entre outras proezas (NO ASTRAL – Ninguém vai virar animal de verdade). Logicamente isso é uma metáfora e uma simbologia relativa a Magicka Therionica e a Magia Licantrópica, onde o praticante, visualizando a si com a forma do animal através de meditação, altera sua energia para obter alguma característica psicológica que aquele animal simbolicamente represente. O tema “Magicka Therionicka” foi rapidamente tratado aqui no blog no texto “Os três tipos de Magicka Luciferiana”, mas não possuo planos de me aprofundar muito nele agora por aqui…até pela simplicidade do tema.

Uma breve conclusao

Bom, isto é o que tenho a dizer, por enquanto, sobre vampirismo. Espero que alguns pontos sejam analisados, pois requerem uma meditação sobre para serem compreendidos e que as falácias produzidas e divulgadas por charlatões que jogaram muito RPG ou gostariam de viver no mundo de A. Rice sejam postas a prova e principalmente, ao Questionamento a partir de agora…

Ba Nam I Âhereman!

Fonte:https://arautodochaos.wordpress.com/2014/08/17/vampirismo-ato-iv-final/

Magicka Aeonica


Para entender a magicka Aeonica, é necessário primeiro entender que o Universo divide-se em dois: O Causal e Acausal. Dentro do Plano Causal, o Tempo corre de forma linear, indo sempre em um único sentido. É um tempo “limitado”, assim como a matéria, e tudo mais presente dentro deste plano de Causalidades, formado por quatro dimensões básicas (as 3 ângulares e o tempo). Enquanto o Acausal não pode ser medido pela física normal e nem pela ciência convencional.

Dentro destes conceitos, um Aeon é uma determinada expressão evolutiva dentro do plano Causal, ligado fortemente a uma Grande Civilização histórica, a um Ethos (conjunto de tradições de um povo) em particular. Essa expressão evolutiva é uma manifestação de forças Acausais dentro do Causal, de forma mais expressiva.

Um conjunto de forças Acausais nutre a Civilização em sua Ascenção e seu Apogeu e durante seu declínio. Dessa forma, cada trecho histórico da Humanidade está ligado diretamente a uma energia Caótica. Por cerca de 2.000 anos essa energia é manifestada com sua totalidade, até começar a decair e ser substituída por outra, dando lugar a outro povo e a um novo Ethos. É essa raíz no Acausal que determina as ações e o modo de reação de cada grande povo – e também o seu Destino. Ou seja, analisando por este lado, todos os indivíduos daquele grupo estão fadados ao mesmo Destino, como um coletivo. Um único ser orgânico formado por partículas menores, como células. A única forma de escapar deste Destino coletivo, sendo a Introspecção, tornado-se um Adepto e esmagando as correntes que o prendem – para que o Indivíduo então evolua de forma mas avançada e crie seu próprio Destino, diferente dos demais de seu povo.

Um Aeon é também ligado diretamente a uma determinada Área geográfica onde determinado povo reside. Um exemplo é o Aeon Ocidental o qual vivenciamos agora, presente no Ocidente em geral da terra. Isso devido a presença de algum Nexion próximo a área ou pela área estar presenciando de forma intensa uma corrente derivada de um Nexion.

Cada grande civilização que não seja diretamente ligada a outra e que tenha primeiramente renovado o Ethos, é ligada a um Aeon e uma corrente de energia. Tradicionalmente, convencionou-se que Sete destes Aeons são os mais influentes e principais dentro da Magicka Aeonica (embora existam outros diversos), sendo eles:

Primal – Nenhuma civilização

Hiperbóreo – Albion

Sumério – Sumérios

Hellenico – Gregos

Thorian (Ocidental) – Civilizações Ocidentais em geral

Galático – Desconhecida

 Junto com a civilização, mudaria também o Ethos. E com o Ethos, também se altera a forma de Mágicka dominante durante este Aeon. Um dos pontos principais é alterar a ritualística e simbologia do atual Aeon Thorian para o Galático, onde domina a Alquimia e os símbolos do Star Game (o Jogo Estelar da ONA – uma ferramenta mágicka descrita no livro NAOS). E com isso, exaltar o Homo Gálata, em detrimento (ou total desaparecimento) do Homo Hubris (os mundanos – falhos em caráter, em honra e em mentalidade/espiritualidade). Dessa forma seria instaurado um real Império “Galático” (referindo-se ao Homo Gálata), onde o Übermensch seria dominante e formaria uma civilização evoluída.

 A Mágicka Aeonica deve sempre ter um objetivo bem demarcado, como por exemplo: Criar um novo Aeon, Destruir o Aeon presente para dar caminho ao próximo, afetar um coletivo de pessoas, parte de uma civilização, afetar um indivíduo, libertar-se da “Wyrd coletiva” (Destino) e criar a sua própria teia de Wyrd, livre das influências do Aeon presente, ou outros objetivos que o Adepto tenha.  Vale lembrar que quando voltado a indivíduos, a mudança pode ser brusca. Mas a um coletivo de pessoas (tal como uma cidade – país ou toda raça humana), a mudança pode levar séculos. Magicka Aeonica é então um trabalho a longo prazo, quando feito em larga escala.

  A forma pela qual estas energias fluem no Causal, é através dos Nexions, já tratados aqui. Um nexion pode ser geográfico, natural, aberto intencionalmente, ou até um indivíduo criativo, capaz de grandes mudanças (Como os grandes líderes, governantes, ou figuras históricas influentes que tenham mudado de fato o curso da história). Para abrir um Nexion, é necessário utilizar determinados simbolismos, tal como as figuras Alquímicas da Alquimia Negra (e consequentemente do Jogo Estrelar), e determinados rituais. Dentro do Ethos da ONA, a cerimônia dos 9 ângulos e o ritual de Chamada são exemplos de abertura de Nexions – embora outras tradições dentro do Satanismo também lidem com magia Aeonica, como a corrente 218, possuindo suas próprias formas de lidar com Nexions dentro de suas Egrégoras.

O tempo – no Causal e no Acausal

  A magicka Aeonica é uma das formas mais complexas de Magicka presentes dentro do Satanismo. Exige um alto nível de preparo, introspecção e sabedoria para ser utilizada – e também requer muita prática. Ela é melhor tratada no livro NAOS: Um Guia Prático para Mágicka Moderna, e está diretamente ligada aos conceitos da ONA, que a sistematizou pela primeira vez. Futuramente, talvez, eu descreva aqui no blog alguns rituais e formas de prática desta complexa arte mágicka presente no Satanismo – que visa alterar não somente os indivíduos, mas civilizações inteiras para trazer o Ocaso das civilizações Ocidentais e a Emersão de um novo Aeon/Império Galático. Este é um dos principais objetivos dentro do Satanismo Tradicional.

Vampirismo: El Sendero Hacia Inmortalidad


“Bebemos del Sol en la Medianoche, la sangre coagulada
bajo una pálida luna. Bebemos de los éxtasis de los
Qlippot, y salimos fortalecidos e ilesos. Buscamos salir en la noche
en la forma de la bestia, bebiendo de las aguas bajo la Luna.
Devoramos el paraíso y nos bañamos en la sangre de la luna.”
El Credo Luciferino, Michael W. Ford

Dentro de los principios y bases con los que nos identificamos a partir del arquetipo de Lucifer dentro de la Iglesia Mayor de Lucifer reconocemos, sin una jerarquía de uno sobre el otro, al Equilibrio; el reconocimiento de la polaridad en el universo y que encarnamos sin la necesidad de un conflicto de dualismo y negación, la Sabiduría; obtenida a través de las búsqueda del conocimiento y su aplicación; la Fortaleza; en nuestra madurez psicológica como individuos y el amor personal sin rechazo de nuestra humanidad, y finalmente al Poder; el instinto que llevamos todos los seres en lo profundo de nuestras células y genes por crecer, vivir, permanecer - ser; aquel impulso primigenio predador por la vida, originada en un lejano origen caótico que ha dado lugar a la existencia a todos los seres, desde el pasado unicelular hasta el logro más grande de la naturaleza: el hombre.

Nosotros reconocemos a Lucifer como un arquetipo, no como un ser literal basado en supersticiones e interpretaciones caprichosas. Los arquetipos son manifestaciones de fuerzas, en conjunto o individuales, que pueblan el inconsciente colectivo y que compartimos todos los humanos según las teorías del psicoanalista y místico Carl Gustav Jung; una explicación con mayor coherencia y sustento que las visiones animistas de dioses literales y con consciencia propia. Su naturaleza no hace a estos arquetipos menos reales, sino parte de otras categorizaciones diferentes, ejerciendo influencia aún en las personas en la constitución mental y sus actos en mayor o menor medida. Estos arquetipos, incontables en su número y sobresalientes unos más que otros, pueden ser reconocidos como partes del universo y partes de nuestro propia interior y psique. Lux Ferre, el Portador de la Luz, el Rebelde, y lo que entendemos por este en la evolución de su concepto, es uno de ellos y el más complejo dentro de nuestra filosofía, una figura que a su vez puede llegar a envolver a otros arquetipos menores. Otros, más íntimos dentro del Sendero de la Mano Izquierda y el Luciferianismo, son el Dragón, la manifestación de nuestro pasado evolutivo y animal como la fuente de nuestro poder, y el Vampiro, la Sombra que acecha y camina junto a cada ser humano, la que representa todo lo que este teme y rechaza, pero también, en su conocimiento, una de las claves a la magia más poderosa que cualquier practicante de lo oculto puede utilizar para explorar su interior y explotar su Poder interno. 

El vampiro puede ser considerado una forma de interpretar a la Sombra Jungiana, lo que otros sistemas pueden catalogar como el Genio Malvado o Choronzón, la suma de nuestros temores y negaciones presente desde el amanecer de nuestra consciencia como seres humanos. El vampiro ha aparecido en múltiples culturas alrededor del mundo con características compartidas. Los registros más tempranos toman en cuenta a la antigua Mesopotamia con su sin fin de espíritus malignos y demonios, siendo Lamshtu y Ereshkigal sus símbolos más representativos siendo una vampiresa que provocaba abortos, mataba a los niños y la reina la del inframundo. Parte de estas creencias se trasladaron luego a las zonas de levante y el pueblo judío donde floreció una rica tradición que se extendió hasta la edad media y más allá. Roma y Grecia cuentan con sus propios vampiros, los larvae y lémures fueron espíritus que atormentan los humanos. La Europa medieval es famosa por la difusión de las imágenes más recientes de lo que se consideraba un vampiro: un anterior humano que se transforma en su tumba y salía por la noche a cazar a sus víctimas. Este cuenta con las descripciones más horrendas en sus rasgos físicos y naturaleza del retornado: dientes prominentes, aspectos cadavéricos y en ocasiones en descomposición y la característica metamorfosis en murciélagos. Parte de esto sirvió para explicar las miles de enfermedades que solaban ese tiempo a Europa. De este periodo en el tiempo contamos con el folclore de Europa oriental, Alemania y los países aledaños en una locura que no solo condenaba a la muerte a las supuestas brujas sino que desenterraba continuamente tumbas en la búsqueda de estos seres apartados de la gracia de Dios; Vrykolakas, Moroi y Strigoi Nachzehrer, Nachttoter, Alp, Neuntoter y Nosferatu son algunos de los más espantosos vampiros de estos tiempos; de algunos de ellos se decía que se comían a sí mismos en su ataúd al poder no encontrar alimento, lo que era constatado al abrir sus ataúdes y encontrar rastros de sangre alrededor de sus bocas, restos faltantes y un vientre hinchado. Adicionalmente sus rasgos era más los de un animal feroz que los de un humano. La especie de vampiro nórdico Draugr, cuya presencia era presentida por su penetrante olor a putrefacción, era un horripilante ser fantasmal que poseía un sin fin de poderes y hasta podía interferir dentro de los sueños de los vivos; este era casi indestructible e inmortal de no ser por la única forma de eliminarlo el destruir su cuerpo. Muchas de las culturas americanas también tuvieron sus versiones sobre los vampiros; los aztecas tenían a las temibles Cihuateteo que eran diosas que provocan pestes y atacaban a los niños. Los mayas, en el texto sagrado Popol Vuh creían en un murciélago con rasgos humanos llamado Camazotz que era el guardián del inframundo o Xibalbá. En la selva de Ecuador y Perú se creía también en humanos que llegaron a convertirse en murciélagos por su gusto por el derramamiento de sangre y la guerra. En el antiguo Perú existen registros en murales, huacos y orfebrería de seres que recuerdan las características clásicas de estos depredadores sobrenaturales. 

A Bram Stoker le debemos directamente el estereotipo que tenemos hoy por el vampiro por su novela Drácula, de lo que se desprende mucho de lo que vemos en la literatura y el Cine, un depredador sobrenatural y a su vez con una carga erótica y onírica que sobrevive a nuestros tiempos con los cambios que esto genera, llevando en estos días saco y corbata para mezclarse entre la gente, alejado de los clásicos fantasmas y almas en pena del pasado o los horrorosos cadáveres podridos que cazaban a sus víctimas en la noche hace no muchos siglos atrás.

El gusto y sed por la sangre también tuvo representantes históricos, Vlad Tepes, la inspiración para el conocido Drácula, era conocido por su sadismo y derramamiento de la sangre de sus enemigos; se le atribuye al personaje histórico el hecho de que bebía sangre y llegó a volver de entre los muertos tras su asesinato. Casos similares son los de la Condensa Erzsébet Báthory, quien bebía sangre de doncellas para lograr la juventud e inmortalidad y Guilles de Rais quien supuestamente estaba involucrado en magia negra y sacrificios sangrientos. Estos personajes históricos no califican como los vampiros sobrenaturales del folclore pero son atribuidos a las leyendas por sus actos y el fluido vital ajeno que derramaron. Un caso moderno de alguien atribuido al vampirismo, y que se creía en sí uno por su propio gusto de la roja esencia, fue el soldado alemán Fritz Haarman, conocido como el “Vampiro de Hanover” quien bebía sangre literal de sus víctimas tras llevarlos a su hogar y embriagarlos. Sus múltiples crímenes junto con su pareja Hans Grans alcanzaron la suma de 100 personas de quienes bebían su sangre y practicaban el canibalismo. Casos similares se encuentran a lo largo de la historia, teniendo todos como motivación en común a la sangre. 

Dentro del mundo de lo oculto, la primera apariencia de las cosas no es necesariamente el significado final. Los vampiros del folclore no necesariamente buscaban la sangre como tal, sino a la energía de vida, siendo la sangre una representación directa de esta y la que la contiene, siendo tal vez el motivo por el cual siempre se identificó al vampiro con los murciélagos y los animales depredadores, ocultando algo más dentro de su simbolismo. En algunas culturas, esto se distorsionó hasta el sentido literal llegándose a cometer un sinfín de sacrificios y un culto guerrero hacía el derramamiento mismo de la sangre como símbolo de conquista, poder y vida. Los asirios, los aztecas y algunas culturas del antiguo Perú como la moche son ejemplos de esto.

Generalmente, el vampiro es un ser que se alimenta de la sangre de las personas, es un no muerto y a veces un fantasma que acecha a los vivos para drenarles lo que a ellos les falta, la energía vital. Muy pocas veces llegan estos a matar a sus víctimas, y el hacerlo, significaba llevarlos a su reino de inmortalidad. Estas almas en pena eran atribuidos, en medio de la composición judía, a la reina de la noche, la demoneza que se rebeló ante dios y el primer hombre y fue a vagar en soledad por el mundo, Lilith, a quien se considera la reina de los vampiros, además de ser un símbolo de la necromancia, el arte de contactarse con los muertos. Se dice que sus hijos son los súcubos y los íncubos, demonios que acechan y cazan en los sueños a sus víctimas tomando diferentes formas para robar la simiente de los hombres o fecundar a las mujeres para generar así más demonios y mal en el mundo. Se dice también de Lilith y Samael, en la tradición judía, que poseyeron e impregnaron de formas similares a Adán y Eva para engendrar a Caín, otra figura importante dentro del vampirismo. Esta última forma de accionar de los vampiros, el mundo de los sueños y su cambio de forma a voluntad dentro de ellos nos da una idea adicional acerca de su naturaleza, etérea más que una física y literal; seres que deambulan, tal vez, en otros planos solo percibidos por unos pocos. 

En las tradiciones y escuelas ocultistas y místicas se habla de una fuerza que impregna a todo ser vivo y que emana de la persona de forma natural. Una fuerza vital que es afectada por nuestra alimentación, estado animado y salud identificada también como el aura, la cual supuestamente disminuye en tamaño y se opaca en la enfermedad y antes fallecer. Por lo general, la anatomía oculta del hombre se divide en 3 importantes partes:


a) el espíritu, la “chispa divina”, sin forma e inmortal y el que reencarna en distintos nuevos cuerpos humanos (en algunas tradiciones con marcada moralidad, animales, plantas y hasta minerales)
b) el cuerpo astral, el cuerpo sutil que sí cuenta con atributos impregnados del siguiente cuerpo pero que no está limitado por los medios físicos y el envuelve al espíritu; es con este con el que uno puede viajar astralmente hacía otros mundos, y al exterior o el interior de uno; 
c) y finalmente el cuerpo físico; lo material y perceptible por los sentidos que alberga a todo lo anterior. 

La fuerza vital a la que hacemos referencia está directamente relacionada con el cuerpo astral, siendo a veces confundidos uno con el otro. El aura es generada por los dos primeros cuerpos y es la vitalidad del ser en su conjunto que emana como un campo de energía.

Se dice que un paciente de alguna enfermedad terminal o una persona a punto de fallecer aferrada a la vida podrá, en algunas ocasiones, ser vista en sueños y hasta pesadillas y en algunos lugares en el plano físico estando a instantes de partir. Una forma de explicar esto dentro del esoterismo es que al no poder generar más esta fuerza, la persona buscará hacerlo de forma inconsciente para poder sobrevivir, convirtiéndose en una suerte de vampiro por lo que le resta de vida, y en algunos casos en donde existe un fuerte apego hacía este mundo, por lo que dure en desintegrarse el cuerpo astral junto con la humanidad que albergó, su personalidad y una atrofiada memoria. Algunos desarrollarán la forma de apropiarse de la energía que necesitan para seguir con su existencia artificial a través de los poltergeist y el miedo infundado en las victimas de sus ataques, de donde obtienen lo que aún anhelan; otra de estas formas es el ataque mediante los sueños, presentándose en una miríada de figuras, no necesariamente con la del clásico murciélago, sino algo que frecuentemente cause miedo o una gran excitación en la presa en un estado de pesadilla en una parálisis de sueño para poder drenar su energía. Por lo general, los ataque esporádicos no causan mayores daños más allá de debilidad, pues esta energía se renueva constantemente, pero en los casos de ataques frecuentes, podría convertirse esto en un lazo que puede conducir a la víctima a la locura, la enfermedad y finalmente a su propia muerte.

Lo que generalmente se conoce y ve como almas en pena de los muertos que deambulan por los cementerios, sus antiguas casas o una zona donde ocurrió algo fuerte, como el asesinato que acabó con la estadía de la persona en el mundo, puede explicarse como el cuerpo astral atrapado en el tiempo mientras se va disolviendo en la nada…

Eliphas Levi escribe acerca de esta fuerza vital en el capítulo número XIII dedicado al Arcano del Tarot de la Muerte, llevando el título de Nigromancia: “Después de la muerte, el espíritu divino que animaba al hombre, retorna solo al cielo, y deja sobre la tierra, y en la atmósfera, dos cadáveres; el uno terrestre y elemental, y el otro aéreo y sideral; el uno del mundo, pero destinado a morir lentamente, absorbido por las potencias astrales que lo produjeron. El cadáver terrestre es visible; el otro, invisible a los ojos de los cuerpos terrestres y vivientes, y no puede ser apercibido, más que por las aplicaciones de la luz astral al traslucido, que comunica sus impresiones al sistema nervioso, y afecta así, al órgano de la vista, hasta hacerse ver las formas que se han conservado, y las palabras que están escritas en el libro de la luz vital.”

Entre las muchas formas de categorizar a los vampiros, adaptaremos una de las más claras explicadas por el ocultista estadounidense Konstantinos en su libro “Vampiros: La Verdad Oculta” como seres depredadores que buscan su alimento de acuerdo a los métodos utilizados. La creencia acerca de los vampiros literales del folclore puede ser desmitificada a través del uso de la razón, viendo la imposibilidad de ello en muchos sentidos y siendo parte de la superstición que adormecía a la humanidad en los inicios como forma de dar explicaciones a lo que no entendían, como la enfermedad y la muerte. Los vampiros humanos pueden también puede ser explicados a través de la medicina y psicología moderna por los trastornos mentales de las personas que se veían afectadas, siento estas condenadas y demonizadas en lo sobrenatural en su estado por la cultura imperante. Los vampiros energéticos son explicados en parte por las artes ocultas, se necesita de cierto grado de dominio y extensión de los sentidos astrales para poder percibirlos. Uno puede llegar a tener conocimiento de estos en un plano astral, sean habitantes de ese plano o las sombras de personas fallecidas. Junto con ello, es posible tener comunión con estos seres en evocaciones mágicas o utilizándolos como servidores para cumplir tareas y atormentar a los enemigos del nigromante con magia funesta. A los anteriores tres tipos de vampiros, podemos añadir uno más, y el más peligroso de entre todos, el vampiro intencional, un mago consciente que ha decidido adaptar el paradigma del depredador y posicionarse en la cima de la cadena alimenticia, no por una deficiencia de energía, sino para crecer en poder sin límites y alcanzar la inmortalidad de su propia consciencia más allá de la muerte física. Señor de los mundos oníricos y de lo astral y quien puede encarnarse a voluntad si así lo desea, habiendo trascendido la necesidad de un cuerpo físico. Un dios literal.

El paradigma vampírico, dentro del Luciferianismo, puede ser tomado de dos formas. El llamado Lado Diurno El sobresalir por sobre los demás conociendo astutamente la forma en que la sociedad y la cultura se compone, así como la forma en que los humanos reaccionan de acuerdo a su psicología y las ideas que son mantenidas dentro de las masas. Esto es ser un depredador moderno dentro de la sociedad, darwinismo social en la práctica, más allá de la moral y programación cultural. Esta forma encaja a la perfección con alguien por completo materialista o un practicante dentro de lo espiritual, no es un requisito las preconcepciones, lo que es en muchas instancias una característica dentro de las escuelas del Sendero de la Mano Derecha en forma de fe. Tenemos también en nuestra aproximación, al Lado Nocturno que explora las vías de la Espiritualidad Predatoria. Para aumentar la energía vital y el poder, el vampiro utiliza diversas técnicas, comenzando el fortalecimiento y desarrollo de su propio vehículo astral, a desarrollar formas para la perforación e ingreso al aura de la víctima o el vampirismo mediante el tacto o la vista y a la distancia para drenar energía. Se incluye aquí también el dominio del cambio en formas monstruosas o seductoras en el astral para atacar con sueños y pesadillas e implantar pensamientos, de ser así el deseo del depredador. Adicionalmente, se pueden crear espíritus vampíricos artificiales para los mismos fines que llevarían al vampiro la energía recolectada en su cacería. Incluido dentro de los trabajos más extremos dentro del vampirismo está el devorar a los espíritus y demonios qlifóticos evocados y el trabajo mismo con la sombra personificada, Chorozon; la Orden del Dragón Negro dentro de la Orden del Fósforo utiliza en sus trabajos internos este tipo de operaciones proscritas. 

Más detalles sobre la última forma de vampirismo y su práctica como herramienta real en la ascensión personal y espiritual puede ser encontrado en los libros de Michael W. Ford dedicados específicamente al tema como son, Akhkharu, El Libro de la Luna de la Bruja y Sekhem Apep, además de otros autores como Michelle Belanger y los excelentes libros del Templo del Vampiro. Ford menciona en una de sus obras que el camino del vampirismo en cuanto a la magia puede ser comparado como la superioridad al utilizar una motosierra por sobre una simple hacha al cortar un árbol; no obstante, este no es un camino para todos, inclusive dentro del mismo Sendero de la Mano Izquierda, y debe ser abordado con mucha precaución puesto que puede ser un camino rápido hacía la propia destrucción. Se sugiere al practicante activo del vampirismo equilibrar ambas aproximaciones dentro del vampirismo práctico para lograr su propia comprensión.

El vampiro es sin duda el símbolo del Poder, el lado más sombrío de este, las ansias y sed se más, de inmortalidad en el tiempo a través de la consciencia que se extiende más allá del cuerpo físico; el instinto predatorio sin restricciones. Un camino hacía la divinidad con perseverancia y voluntad o hacía la condena sin la precaución necesaria.

Monjes, epicúreos y guerreros



Chaos, Theos y Cosmos. Chaos es el espíritu puro e indiferenciado. Theos es Aquello que ordena el chaos para conformar el universo material. Cosmos es el resultado del ordenamiento del chaos, conformando un universo puro. La “creación jehovática” es un remedo de la creación original, dando como resultado un cosmos impuro y deformado, al que llamaremos matrix.

En Chaos no hay diferenciación, ni individualidad, ni tiempo, ni espacio, ni movimiento. Es el antecedente, el Ser, lo increado. Nada podemos decir acerca de lo que es.

Theos es la figura del orden, la causa, el Chaos mirándose a sí mismo. Puedes llamarlo dios, el creador, el padre bondadoso, Ahura Mazda o como desees, sin que eso lo defina.

Después de Él, surgen lo que las creencias han llamado “jerarquías” y que yo prefiero definir como “funciones“. Estas funciones tienen como objetivo la formación, alimentación y expansión del Cosmos. El Cosmos es el efecto de la causa Theos.

La primera de estas funciones puede ser llamada la Madre Cósmica, la fuente, de la que surge la vida, su objetivo es que la vida medre. Después de Ella surgen como hijos las diferentes funciones del universo.

Los humanos, surgidos del Chaos, en naturaleza similares al Padre e Hijos de la Gran Madre Cósmica, encontramos nuestra diferenciación como individuos en este Cosmos, en el cual podemos tomar nuestras propias decisiones, al igual que las funciones universales que tienen ser (porque las hay también sin espíritu).

Jehova/Yaldabaoth surge como un error o un experimento. Desconoce la naturaleza de su origen, la existencia del Padre y se ve a sí mismo, reflejado en las aguas, como un dios primigenio y omnipotente. Él genera las condiciones de vida de la Tierra, él es el autor de la matrix, él atrapa a los espíritus humanos en una rueda interminable de nacimiento, crecimiento, madurez, enfermedad, vejez, muerte y nuevo nacimiento.

Como Dios Señor de la Tierra, ejerce la doble función de Abraxas, bien y mal, bondad y maldad. Pero estas características, aún en su faceta positiva, no son mas que reflejos deformes del universo real. Es decir, el bien de Jehová es una versión deformada del Bien Universal.
Asimismo, sus arquetipos son copia deforme de los universales y se manifiestan como los doce signos del zodíaco, determinantes de nuestra personalidad terrestre y destino.

Repito todo esto, expresado en anteriores artículos, para generar la base sobre la que voy a explicar el problema de las conductas y caminos de liberación.

Todo lo existente en el dominio del Señor Jehová, está regido por estos arquetipos. Todos nosotros sujetos a un destino y a una mecánica kármica. Lo cual incluye los caminos de “falsa liberación” que propone el mismo Señor de la Matrix.

El camino del monje (aspecto positivo), la bondad, paz interior (muchas veces relacionado con ciertas prácticas de kundalini, meditación, yoga. etc), es la fase ascendente de la rueda del Samsara y lleva a la mejora del karma individual y como promesa, a “morar al lado del Señor”.

El camino de la lujuria (aspecto negativo) conduce a la disolución de la consciencia, exacerbación de animal reptil interno y finalmente, a la ruptura con el nexo espiritual. Es la parte descendente de la rueda del samsara.

Observe las imágenes de la rueda y sobre todo, la de la figura que sostiene dicha rueda.

Ninguno de los dos senderos conduce fuera de los dominios de Jehova/Yaldabaoth y son tan ilusorios como el destino y el karma.

La enseñanza del budismo, por otra parte, busca “el camino del medio”, similar a la de los maestros de la Kabbalah. No obstante, ambos han sido contaminados por los caminos del Señor del Mundo, como lo fue, en su momento, el cristianismo y toda creencia y práctica espiritual que hay en la tierra.

Y es por esto que voy a referirme al camino del guerrero, uno tan difícil de mantener fuera del engaño como todos los demás, pero con algunas herramientas verdaderas, según parece.
El primer engaño a que fue sometido este camino es a hacernos creer que es uno violento, lleno de combates con espada y artes marciales y que al fallar debemos hacernos sepuku (suicidio ceremonial).

Pero es algo bien diferente, porque la búsqueda del verdadero guerrero celeste es la pureza interior, no la castidad monacal, sino la virginidad espiritual.

Los grandes caballeros blancos, templarios, cátaros, caballeros del Rey Arturo, verdaderos samurai, iban en pos de esa pureza,  para convertirse en caballeros perfectos (o impecables)

Y curiosamente, lo que nos ha llegado de ellos, sin explicación aparente, es su devoción a la Diosa Madre en forma de la Virgen Maria, Ginebra y Amaterasu para los sintoístas.

La Madre Universal como madre de todos nosotros y fuente de la vida ejerce como intermediaria y protectora de sus guerreros.

Pero, ¿cómo podemos traducir esta especulación en acciones prácticas para nuestra liberación espiritual?

El primer paso será el autocontrol. Es decir, dominar los impulsos del animal/reptil que se apoderó de nuestra consciencia, recuperarla y tornar a este animal en un sirviente. Esta recuperación incluye salirse de los determinantes personales del zodíaco.

Notaremos, frecuentemente, que el sistema utiliza todas sus herramientas para alimentar a ese animal y que no podamos controlarlo. De esto hemos hablado mucho en artículos anteriores.

En cuanto al desarrollo de una verdadera devoción a la fuente de la vida, dependerá de que podamos revivir en nosotros esa virtud de la caballería tan olvidada. Posiblemente, familiarizándonos con sus relatos y aprendiendo sobre las diferentes hipóstasis (apariciones verdaderas) de la Madre Cósmica.

Fuente:https://centinelanocturno.wordpress.com/2018/10/20/monjes-epicureos-y-guerreros/?fbclid=IwAR0-zYM4B97kB_-mvoDLPA1hE-Kmx8d1JMk6qjGriLRkf9s1S6ahmRAuZHs

Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...