segunda-feira, 23 de julho de 2018
A ÁRVORE DA VIDA ANTES DA QUEDA
A Queda representa a queda da natureza e da humanidade (ou materialismo, se preferir tal interpretação).
Esta queda nos protege do mundo espiritual, e umAbismo se abre entre o homem e o divino.
O objetivo do adepto é, novamente,trazer o homem em contato com o divino.
O caminho qabalístico tradicional é oCaminho da Mão Direita, que se foca em restaurar a relação harmônica originalentre o homem e o divino.
A Queda não é somente um mito que pode ser encontrado em fontes bíblicas e judaico-cristãs, mas é refletida em quase todos os mitos. Mitos de insolência para com os deuses, como são retratados na mitologia antiga, são outro exemplo que pode ser transferido para o mundo simbólico da Qabalah e da Árvore da Vida.
A razão por trás da Queda é muitas vezes descrita como sendo insolência, e estas insolências são a busca do homem por conhecimento e forças que originalmente não eram destinadas para ele adquirir.
O conteúdo moral deste mito recai exposto de que tal insolência é punida e o homem é destruído pela força e peloconhecimento que ele ganhou. Todavia, o saber sinistro promete conduzir o adeptopara a divindade individual através da disciplina draconiana.
O Caminho da Mão Esquerda conduz a um segundo nascimento, um renascimento espiritual como um deus.
Os adeptos do Caminho da Mão Esquerda andam por outro caminho mais difícil.
É um caminho que é duro e draconiano, mas que tem o maior objetivo: aquele de se tornar um deus.
Em vez de reparar o dano da Queda, o adepto sinistro glorifica a Queda e permite que a destruição seja realizada.
O adepto sinistro esmaga o velhopara deixar algo novo se erguer em seu lugar. O Caminho da Mão Esquerda conduzda Árvore da Vida e mais adiante na Árvore do Conhecimento.
As diferentes Qliphoth podem ser vistas como frutos da Árvore do Conhecimento.
Quando o homem comeu os frutos do conhecimento, Deus previniu ele de comer da Árvoredo Conhecimento. Os adeptos da luz estão esperando ser ressuscitados após a morte, no céu ou num novo paraíso.
Os adeptos sinistros estão buscando acessar os frutos de uma nova Árvore da Vida através da Árvore do Conhecimento.
Esta luta é a busca alquímica do Elixir Vitae e a Pedra da Sabedoria.
O trabalho da pedrado Filósofo é o processo alquímico de criar uma Árvore da Vida original que se assemelhe e represente o diamante perfeito. Completando o caminho que começou quando foram consumidos, o homem pode agora colher os frutos da vida.
Thomas Karlsson
LILITH-DAATH E A SOPHIA CAÍDA
A concepção mais comum em relação à serpente no Jardim do Éden é que ela é uma forma de Satã ou Lúcifer.
Mas, de acordo com muitos teólogos, a serpente era Lilith, a mulher que, em mitos apócrifos, foi a primeira esposa de Adão, e que era originalmente um demônio sumério feminino das tempestades.
Lilith é muitas vezes retratada como uma mulher com corpo de serpente abaixo de sua cintura. Ela se enrola da Árvore do Conhecimento e induz o homem em comer os frutos do conhecimento.
De uma perspectiva qabalista, Lilith está originalmente conectada à Sephira do conhecimento, Daath. Ela corresponde à filha nos quatro fundamentos originais qabalísticos que consistem do Pai, da Mãe, da Filha e do Filho.
Isto é refletido nos quatro grupos das cartas da corte: Reis (Cavaleiros no Tarot deCrowley), Rainhas, Princípes (Cavaleiros no Tarot de Waite), Princesas (algumasvezes chamadas Escudeiros).
Chokmah é o Pai, Binah é a Mãe, Daath é a filha e Tiphareth é o Filho. Daath-a Filha, é uma forma da Shekinah, o aspecto feminino do divino.
No mito de Lilith, a primeira esposa de Adão, diz-se que ela foi criada independentemente de Adão, diferente de Eva, que foi criada da costela de Adão.
Dessa forma, Lilith não queria se submeter a Adão, algo que levou a um argumento em relação a quem deveria se deitar por baixo durante o sexo. Finalmente, Deus teve de intervir, e ele tentou forçar Lilith a se submeter a Adão. Mas Lilith falou o nome secreto de Deus, Shemhamforash, e conseguiu fugir.
Lilith escapou de fora do Jardim do Éden para as terras selvagens onde ela encontrou demônios, como Samael e Asmodeus.
A interpretação qabalística deste drama místico é de que Daath-a Filha-Lilith na Árvore da Vida original existia acima de Tiphareth, e neste estágio, a ordem na Árvore da Vida original foi quebrada. Daath tomba no Abismo e cai fora da Árvore da Vida original. Como uma compensação da agora perdida Daath-Lilith, Adão recebe uma nova mulher, que é Eva, e a Sephira Malkuth substitui Daath como a Filha.
Malkuth é a mulher caída que se submeteu à força patriarcal e solar de Adão-Tiphareth. Ela é também o princípio que capacita a criação do mundo material, e sua existência contínua através da concepção material.
Mas, dentro de Eva-Malkuth brota Lilith como seu alter ego sinistro esperando se erguer.
Isto corresponde a Maya e Shakti no Tantrismo, que são dois lados do mesmo princípio.
Maya mantém-se e reproduz o nível de ilusões, dualidades e matéria. Ao mesmo tempo, ela é Shakti, a força primeva reptiliana que pode se erguer e destruir as ilusões e o plano material.
Através de sua Queda, Lilith habilita a criação de Eva Malkuth, mas se esconde no Abismo e a Qlipha de Malkuth. Daath significa 'conhecimento' e a contraparte da Daath-Shekinah em Grego e filosofia gnóstica é Sophia: ela que denota sabedoria e conhecimento. Originalmente, 'filosofia', que em grego significa amor à sabedoria, implicava um amor de Sophia num nível que corresponde ao misticismo tântrico.
A Filosofia era realmente um caminho gnóstico-grego no qual o filósofo se empenha para despertar a deusa obscura através de ritos eróticos, para ganhar poder e sabedoria e se tornar um deus.
QABALAH, QLIPHOTH
E MAGIA GOÉTICA
Thomas Karlsson
sexta-feira, 13 de julho de 2018
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