segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Gnosticismo: Heresia ou Ortodoxia?



“Sou a voz do despertar na noite eterna” [Hino gnóstico]

O Gnosticismo, doutrina filosófico-religiosa dos gnósticos, é o ensinamento baseado na gnosis, termo grego que significa literalmente conhecimento. Obviamente, neste caso, trata-se do conhecimento sagrado (ou Sophia).

Durante muito tempo, foi encarado como uma heresia, uma simples seita do Cristianismo: primeiro teria existido o Cristianismo, com a sua teologia, e só depois teria surgido a heresia gnóstica. Von Hartman, um historiador alemão dos finais do séc. XIX, ainda considerava que os gnósticos, interpretando a doutrina cristã à luz da filosofia grega, distorceram aquela mensagem e propagandearam formas falsas do ensinamento cristão.

Com o desenvolvimento do estudo da História das Religiões, esta perspectiva foi abandonada, passando a ficar clara e assente a idéia de que o gnosticismo é um fenómeno basicamente pré-cristão e um movimento religioso independente. No início do século XX, Wilhelm Bousset declarou que “o gnosticismo é antes de mais nada um movimento pré-cristão com raízes em si mesmo. Deverá pois ser entendido (…) nos seus próprios termos e não como um rebento ou derivado da religião cristã“. [1].

Walter Bauer publicou em 1934 uma obra que reconhecia que “originalmente, certas manifestações da vida cristã que os autores da igreja denunciam como heresias, não tenham sido nada do género, sendo sim as únicas formas da nova religião; isto é, nessas regiões, elas eram simplesmente o cristianismo”. [2]

As descobertas em Nag-Hammadi – uma nova perspectiva 

Em 1945, um camponês encontrou, em Nag-Hammadi, uma pequena localidade no Alto Egipto, um grande pote de cerâmica contendo 13 livros de papiro encadernados em couro. No total foram descobertos 52 textos. Após longas investigações, os estudiosos chegaram à conclusão de que os papiros tinham cerca de 1500 anos e eram traduções em copta de manuscritos ainda mais antigos. As datas dos textos originais estão estimadas entre os anos 50 e 180 da nossa Era. Pensa-se que os manuscritos foram enterrados por volta do século IV, quando, na época da conversão do Imperador Constantino, os bispos católicos passaram ao poder e desencadearam uma campanha, por vezes muito violenta e inescrupulosa, contra as chamadas heresias. [3]

A descoberta destes textos iniciou uma era de pesquisa completamente nova, iluminando as raízes e os primórdios do Cristianismo, que diferem da versão que o poder vigente quis fazer vingar. A maior parte desta literatura é distintamente cristã; porém, alguns textos aproximam-se da tradição judaica e outros das tradições hindu e budista. No conjunto, tais escrituras apontam para a idéia de que os gnósticos foram dos primeiros e dos verdadeiros cristãos, encontrando-se entre aqueles que melhor compreenderam a mensagem mais profunda do Senhor. Tendo em conta a importância dos Essénios e grupos semelhantes na formação do Cristianismo Primitivo, importa referir que Helena Blavatsky, no Vol. III da sua obra “Ísis sem Véu”, sugere que os gnósticos seriam os essénios: quando estes últimos desapareceram, os gnósticos surgiram e afirmaram a sua doutrina.

Assim, o Gnosticismo deverá ser entendido como um penetrar na face oculta do Cristianismo, compreendendo, não só mas também, os ensinamentos destinados àqueles espiritualmente amadurecidos e capazes de penetrarem nos Mistérios. Num dos seus mais maravilhosos livros, o “Cristianismo Esotérico”, Annie Besant declara que, tal como todas as tradições religiosas, o Cristianismo tem um lado secreto destinado apenas a alguns, pois “as religiões são dadas ao mundo por homens mais sábios que as massas que as recebem. São destinadas a acelerar a evolução humana, e a sua acção, para ser efectiva, deve atingir e influenciar individualmente os homens. Ora, nem todos os homens alcançaram o mesmo grau de evolução (…). É, portanto, inútil querer dar a todos o mesmo ensinamento religioso(…). A religião deve ser graduada como a própria evolução, senão jamais atingirá o seu fim”.

As próprias palavras do Mestre são claras e explícitas: “E quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze apóstolos o interrogaram acerca do sentido desta parábola. Ele disse-lhes: “A vós é dado a conhecer os mistérios do reino de Deus mas, para os que estão de fora, todas estas coisas se dizem por parábolas”. “Assim, lhes anunciava a palavra por muitas parábolas semelhantes, conforme os que eram capazes de ouvir. Ele não lhes falava senão por parábolas, mas quando estava em particular, explicava tudo aos seus discípulos”. [4]

Alguns dos próprios padres da Igreja haviam eles mesmo reconhecido a existência de uma doutrina oculta. São Clemente de Alexandria escreveu que “o Senhor permitiu que participassem desses Mistérios divinos os que fossem capazes de recebê-los. Certamente Ele não revelou aos muitos o que aos muitos não pertencia, mas sim aos poucos a quem sabia que pertenciam, os que eram capazes de recebê-los e de serem moldados de acordo com eles“. [5]

Assim, enquanto os ortodoxos dependiam exclusivamente dos ensinamentos públicos e exotéricos que Cristo e os Apóstolos proporcionavam a muitos, a maior parte dos cristãos gnósticos possuíam o seu conhecimento secreto, conhecido somente por poucos. Note-se que os gnósticos aqui retratados não se referem a nenhum dos modernos movimentos autodenominados gnósticos mas, sim, a homens profundamente sábios como Valentim, Basílides, Marcion e Simão, o Mago, entre outros.

Gnosis – autoconhecimento como conhecimento do Divino 

A gnosis é o conhecimento espiritual e sagrado, correspondente à Gupta-vidyâ dos hindus, a visão com os olhos da alma ou percepção espiritual, e só pode ser alcançado através da Iniciação nos Mistérios Espirituais. [6] Para os gnósticos, a gnosis é (era) essencialmente um processo de autoconhecimento como conhecimento de Deus. Abandonai a busca de Deus e da criação e demais questões de índole semelhante. Procurai-O tomando-vos a vós próprios como ponto de partida. Aprendei quem é que, dentro de vós, faz seu tudo quanto há e diz: “Meu Deus, minha razão, meu pensamento, minha alma, meu corpo”. Aprendei as fontes da tristeza, da alegria, do amor, do ódio (…) Se investigardes cuidadosamente estas questões, descobrireis Deus em vós próprios. [7]

O homem que se conhece a si próprio, ao mais profundo nível, conhece simultaneamente Deus e, para o fazer, “Batei à porta que sois e caminhai sobre a estrada recta que sois. Pois se caminhardes pela estrada, impossível será que vos extravieis (…) Abri a porta por vós mesmos, de forma a poderdes ficar a conhecê-la (…) Tudo aquilo que abrirdes por vós próprios, abrireis efectivamente”. [8]

Entretanto, a idéia, explicitada por Annie Besant na “Sabedoria dos Upanishads”, de que a Natureza do Espírito Universal também se encontra em nós mesmos, de que o Atman ou Eu mais interno, que é (uno com) Brahman conhece a manifestação externa de Brahman, contribui para a compreensão do Reino de Deus referido no Evangelho de Tomé. Tal como o Espírito Universal se encontra em nós e fora de nós, é possível conhecer o Reino de Deus dentro de nós, através do autoconhecimento, e fora de nós, através do conhecimento das leis que regem o Cosmos, sendo estas o Pensamento Divino encarnado. (…) De facto, o reino encontra-se dentro de vós, e ele encontra-se fora de vós. Quando chegardes a conhecer-vos, sereis então conhecidos, e percebereis que sois os filhos do Pai vivo. [9]

Nesta viagem de autodescoberta a mente é o nosso guia fiel e a razão o nosso mestre: (…) trazei o vosso guia e o vosso mestre. A mente é o guia, mas o mestre é a razão. Vivei de acordo com a vossa mente (…) Adquiri força, pois a mente é forte (…) Iluminai a vossa mente (…) Acendei a lâmpada que tendes dentro de vós. [10]

A Ressurreição como Iniciação 

A Ressurreição de Cristo não era interpretada de uma forma literal mas sim simbólica. Ela simbolizava a forma como era possível experimentar a presença de Cristo a um nível espiritual; ela é o momento da iluminação, o momento em que se alcança a gnosis. Sobre este assunto, o Tratado sobre a Ressurreição, diz: Não suponham que a ressurreição é uma aparição. (…) Em vez disso deveríamos era sustentar que é o mundo que constitui uma aparição e não a ressurreição. Ela é a revelação daquilo que em verdade existe e uma migração para a novidade. [11]

O autor deste texto considera a existência humana normal como morte espiritual e que, através da Ressurreição, o homem se torna espiritualmente vivo. No “Evangelho de Filipe” encontramos presente a mesma ideia: Tu viste o Espírito, tu tornaste-te Espírito. Tu viste Cristo, tu tornaste-te Cristo. Tu viste o Pai, tu tornas-te-ás Pai… [12]

“Para os cristãos dos primeiros séculos, Cristo era o símbolo vivo da própria divindade neles, o fruto glorioso do gérmen que eles traziam no próprio coração. A doutrina do Cristianismo Esotérico não era a salvação por um Cristo exterior, mas a glorificação e a perfeição de todos no Cristo interior”. [13]

O Cosmo 

Tal como a tradição hindu, a filosofia gnóstica assenta na concepção de um Deus Absoluto, a Divindade Suprema, Transcendente a todo o universo manifestado. Este Deus é: O único Senhor e Deus (…) Pois ele não foi gerado (…) Por conseguinte, na devida acepção, o único Pai e Deus é aquele que não foi gerado por ninguém. [14]

A Raiz do Todo, o Inefável que reside na Mónada. Ele reside sozinho em silêncio (…) visto que, afinal, ele era uma Mónada, e ninguém existiu antes dele. [15]

No “Livro de Melquisedec”, do Evangelho do Mar Morto, é-nos dada uma magnífica descrição do Deus Imanifestado: Antes que existisse uma estrela a brilhar, antes que houvesse anjos a cantar, já havia um céu, o lar do Eterno, o único Deus. Perfeito em Sabedoria, Amor e Glória, viveu o Eterno uma eternidade, antes de concretizar o Seu lindo sonho, a criação do Universo. Os incontáveis seres que compõem a criação foram, todos, idealizados com muito carinho. Desde o íntimo átomo às gigantescas galáxias, tudo mereceu a Sua suprema atenção.

Valentim, um dos mais sábios entre os gnósticos, começa a sua exposição filosófica com a premissa de que Deus é essencialmente indescritível: nada pode ser dito acerca da Seidade pois o próprio conceito está muito para além da nossa compreensão. No entanto, ele sugere que o Divino pode ser considerado como uma díade “consistindo, por um lado, no Inefável, a Profundeza, o Pai Primordial; e, por outro lado, na Graça, o Silêncio, o Ventre e Mãe-de-Tudo”. A mesma ideia pode ser encontrada num dos textos mais recentemente encontrados, “O Protenóia Trimórfico” (literalmente, o “Pensamento Primordial Triplamente Formado”): Eu sou Protenóia, o Pensamento que reside na Luz (…) Ela que existe antes do Todo. (…) Eu sou percepção e conhecimento, e profiro uma Voz através do Pensamento. [16] Eu sou andrógino. Eu sou tanto Mãe como Pai, já que copulo comigo mesmo (…) Eu sou o Ventre que dá forma ao Todo. [17]

Na Grande Anunciação, a origem do Universo é explicada da seguinte forma: Do poder do Silêncio surgiu um grande poder, a mente do Universo, que gere todas as coisas, e é um macho (…) o outro é uma grande Inteligência (…) é uma fêmea que produz todas as coisas. [18]

Helena Blavatsky, descrevendo a filosofia de Basílides, outro grande sábio gnóstico, diz-nos que ele afirmava que o “Pai desconhecido, Eterno e Incriado, deu nascimento em primeiro lugar ao Nous, à Mente. Esta emanou de si mesma o Logos. O Logos ( o “Verbo” de João) emanou por sua vez as Phronêsis, as Inteligências. Das Phronêsis nasceu Sophia, a sabedoria feminina, e Dynamis, a força. Tais foram os atributos personificados da misteriosa Divindade, o quintérnio gnóstico, que simboliza as cinco substâncias espirituais, mas intelígiveis, as virtudes pessoais ou os seres exteriores da Divindade desconhecida. Essa é uma idéia eminentemente cabalística; ela é ainda mais budista”. [19]

Através do estudo e da análise comparativa de todas as grandes tradições religiosas chegamos, necessariamente, à conclusão de que elas não são mais do que as vestes externas daquela que é a Religião Universal, a Sabedoria de “todos os tempos e lugares”. Mesmo neste artigo, tratando-se de uma pequena introdução, podemos verificar que as semelhanças do sistema filosófico-religioso gnóstico com as tradições hindu, budista e judaica são evidentes. Importa, então, mostrar ao mundo, doente e ferido pela sua própria ignorância, que a unidade de todas as religiões é um facto e que é possível que todas as nações da Terra (se) respeitem e vivam sob a mesma bandeira, a bandeira da Eterna Sabedoria.

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1. W. Bousset, Kyrios Christos; tradução inglesa, 1913
2. W. Bauer, Orthodoxy and Heresy in Earliest Christianity, 1971
3. Originalmente, uma heresia nada mais significava que um grupo; mas, gradualmente, o significado adicional prendeu-se à palavra e tornou-se o de um grupo que professava uma doutrina falsa.
4. S. Marc. IV, 10, 11, 33, 34; S. Mat. XIV, 11, 34, 36; S.Luc. VIII, 10
5. Stromata, Livro I, cap.28
6. H. Blavatsky, Glossário Teosófico
7. Hipólito, REF 8.15.1-2
8. Ensinamentos de Silvano 106.30-117.20, NHL
9. Evangelho de Tomé 32.19-33.5, NHL
10. Ensinamentos de Silvano , 85.24-106.14, NHL
11. Treatise on Resurrection 48.10-16, NHL
12. Evangelho de Filipe, 61.29-35, NHL
13. Annie Besant, O Cristianismo Esotérico
14. Tratado Tripartido, 51.24-25.6, NHL
15. Uma Exposição Valentina, 22.19-23, NHL
16. Protenóia Trimórfica 35.1-24, NHL
17. Protenóia Trimórfica 45.2-10, NHL
18. Hipólito, REF 6.18
19. Helena Blavatsky, Ísis sem Véu

Autor: Ana Isabel Neves
Publicado na revista Biosofia nº13 – Primavera 2002 – Portugal 

La búsqueda de la Nueva Isis, la Divina Sophia (Rudolf Steiner)


Conferencia dada el 24 de diciembre de 1920

El Festival de Navidad le da algo al Cristianismo que hace que los pensamientos de todos los círculos de gente Cristiana se dirijan derechos hacia las preguntas más profundas presentadas por la evolución de la humanidad sobre la tierra. Contemplad la evolución de la historia desde cualquier punto de vista que se os antoje, tomad en consideración los sucesos históricos para comprender la evolución humana, para penetrar el significado de la evolución humana sobre la tierra, y en toda la historia no encontraréis un pensamiento tan ampliamente comprensible o que tenga el suficiente poder para elevar el alma hacia este misterio de la evolución humana como el pensamiento del Misterio del Gólgota, como el pensamiento que está contenido en el Festival de Navidad.

Cuando miramos atrás hacia el comienzo de la evolución humana sobre la tierra, y la seguimos a través de los miles de años que precedieron el Misterio del Gólgota, encontramos que, aunque los logros de los pueblos en todas las diversas naciones fueron tan extraordinarios, sin embargo, en realidad, todos estos logros sólo constituyeron una especie de preparación: eran un paso preparatorio hacia lo que tuvo lugar por el bien de la humanidad en el Misterio del Gólgota. Además, vemos que sólo podemos comprender lo que ha sucedido desde el Misterio del Gólgota cuando recordamos que el Cristo que pasó por el Misterio del Gólgota ha jugado un papel activo en la evolución de la humanidad desde entonces.

Muchas cosas de la evolución humana pueden parecer a primera vista incomprensibles, y sin embargo, si las investigamos sin superstición estrecha de miras, por ejemplo el tipo de superstición que cree que dioses desconocidos deberían venir a ayudar a los seres humanos sin su participación activa, y que tal ayuda debería venir justo cuando los seres humanos la consideren necesaria, si dejamos a un lado tales puntos de vista, encontramos que incluso los sucesos más dolorosos en el curso de la historia del mundo pueden mostrarnos la trascendencia y el significado que la evolución de la tierra ha adquirido por medio del hecho de que Cristo pasó por el Misterio del Gólgota. Es apropiado para nosotros estudiar este Misterio del Gólgota –y el misterio de la Navidad entra en el ámbito de aquel– desde un punto de vista que puede revelar, como si dijéramos, el significado de todo sobre la humanidad terrestre. Sabemos cuán íntima es la conexión entre lo que tiene lugar en la esfera moral-espiritual de la evolución humana y lo que tiene lugar en la naturaleza. Y con una cierta comprensión de este vínculo entre la naturaleza y el orden moral del mundo podemos aproximarnos también a otra relación con la que hemos estado preocupados durante muchos años, es decir, la relación de Jesucristo con aquel ser cuyo reflejo externo aparece en el sol. Los seguidores y representantes del impulso Crístico no fueron siempre tan hostiles hacia el reconocimiento de esta conexión entre el misterio del sol y el misterio de Cristo como lo son ahora tan a menudo los decadentes representantes actuales del Cristianismo. Dionisio el Aeropagita, al que hemos mencionado a menudo, llama al sol el monumento de Dios, y en Agustín encontramos continuamente alusiones similares. Incluso en la Escolástica encontramos referencias al hecho de que las estrellas visibles externamente y sus movimientos son las imágenes de la existencia divino-espiritual del mundo.

No obstante, debemos comprender el misterio de la Navidad en un contexto mucho más amplio, si deseamos comprender qué debería preocuparnos por encima de todo a la vista de las importantes tareas de la era actual. Me gustaría recordaros algo que repetidamente he presentado de diversas maneras en el transcurso de muchos años. Os he dicho: miramos hacia atrás a la primera era post-Atlante, que estaba llena de actos y experiencias del antiguo pueblo Indio; miramos hacia atrás la antigua época Persa de la humanidad post-Atlante, la Egipto-Caldea y la Greco-Latina. Llegamos entonces a la quinta época de la humanidad post-Atlante, nuestra propia época. Nuestra época será seguida por la sexta y la séptima. Y he dirigido vuestra atención al hecho de que la época Greco-Latina, la cuarta época de la humanidad post-Atlante, está, como si dijéramos, en el medio, y que hay ciertas conexiones (podéis leer sobre esto en mi librito The Spiritual Guidance of the Individual and Humanity ( La Orientación Espiritual del Individuo y la Humanidad) entre la tercera y la quinta épocas, es decir, entre la época Egipto-Caldea y la nuestra. Además hay una cierta conexión entre la antigua época Persa y la sexta, y entre la antigua época India y la séptima época de la humanidad post-Atlante. Se repiten elementos específicos de una determinada manera en cada una de estas épocas de la vida.

Una vez señalé que el gran Kepler, el sucesor de Copérnico, tenía la sensación de que su sistema solar y planetario estaba repitiendo, por supuesto de una manera adecuada a la quinta época post-Atlante, lo que había sido la imagen del mundo detrás de los misterios de los sacerdotes Egipcios. Kepler mismo expresó esto en cierto modo muy radicalmente cuando dijo que había tomado prestados los barcos de los antiguos maestros Egipcios de la sabiduría para traerlos a la nueva era.

Hoy, sin embargo, consideraremos algo que permaneció, en cierto sentido, en el centro de la visión encontrada en los rituales de culto realizados por los sacerdotes en la religión de misterios egipcia; consideraremos el misterio de Isis. Para evocar en nuestras mentes la conexión espiritual entre el misterio de Isis y aquello que también vive en el Cristianismo, sólo necesitamos mirar con los ojos del alma la famosa pintura de Rafael de la Madonna Sistina. La Virgen tiene cogido al niño Jesús, y tras ella están las nubes, representando una multitud de niños. Podemos imaginar a la Virgen recibiendo al niño Jesús descendiendo a través de las nubes, a través de una condensación, como si dijéramos, de la fina sustancia de las nubes. Creado a partir de un espíritu enteramente Cristiano, esta pintura no es, después de todo, más que una especie de repetición de lo que los misterios Egipcios reverenciaban cuando representaron a Isis cogiendo en brazos al niño Horus. El motivo de aquella temprana pintura está en completa armonía con el de la pintura de Rafael. Por supuesto, este hecho no debe tentarnos a una interpretación superficial, común entre mucha gente desde el siglo XVIII y del XIX hasta nuestros días, es decir, ver la historia de Jesucristo y todo lo que pertenece a la misma como una mera metamorfosis, una transformación, de los antiguos misterios paganos. De mi libro Christianity as Mystical Fact (El Cristianismo como Hecho Místico) ya sabéis cómo se tienen que entender estas cosas. Sin embargo, en el sentido explicado en ese libro se nos permite destacar una congruencia espiritual entre lo que aparece en el Cristianismo y los antiguos misterios paganos.

El principal contenido del misterio de Isis es la muerte de Osiris y la búsqueda de Isis del cadaver de Osiris. Sabemos que Osiris, el representante del ser del sol, el representante del sol espiritual, es asesinado por Typhon, quien, expresado en términos egipcios, no es otro que Ahriman. Ahriman mata a Osiris, lo arroja al Nilo, y el Nilo se lleva el cuerpo. Isis, la esposa de Osiris, sale en su busca y le encuentra en Asia. Lo trae de vuelta a Egipto, donde Ahriman, el enemigo, corta su cuerpo en catorce partes. Isis entierra estas catorce partes en diversos lugares, para que pertenezcan a la tierra por siempre jamás.

Podemos ver en esta historia cómo concebía la sabiduría Egipcia la conexión entre los poderes del cielo y los poderes de la tierra de una manera profundamente significativa. Por un lado, Osiris es el representante de los poderes del sol. Después de haber pasado por la muerte él es, en varios lugares y simultáneamente, la fuerza que madura todo lo que crece de la tierra. El antiguo sabio Egipcio imagina de una manera completamente espiritual cómo los poderes que brillan desde el sol, entran en la tierra y se hacen entonces parte de la misma, y cómo, como poderes del sol enterrados en la tierra, entregan entonces al ser humano lo que crece de la tierra. El mito Egipcio se funda en la historia de Osiris – cómo fue asesinado, cómo su esposa tuvo que salir en su búsqueda, cómo le trajo primero a Egipto y cómo se hizo activo entonces de otra manera, o sea, desde dentro de la tierra.

Una de las pirámides egipcias representa el suceso completo de una manera particularmente significativa.

Los egipcios no sólo registraron lo que conocían como la solución a los grandes secretos del universo en su propia escritura peculiar, también la expresaron en sus construcciones arquitectónicas. Construyeron una de estas pirámides con tal precisión matemática que la sombra del sol desaparecía en la base de la pirámide en el equinoccio de primavera y sólo reaparecía en el equinoccio de otoño. Los egipcios querían expresar en esta pirámide que las fuerzas de los rayos del sol enterradas desde la primavera hasta el otoño en la tierra, donde desarrollan las fuerzas de la tierra, de tal manera que la tierra pueda producir los frutos que la humanidad necesita.

Esta, entonces, es la idea que encontramos presente en las mentes y corazones de los antiguos egipcios. Por un lado, miran al sol, miran al sublime ser del sol y lo adoran. Al mismo tiempo, sin embargo, relatan cómo este ser del sol se perdió en Osiris, y fue buscado por Isis, y cómo fue encontrado de nuevo de tal forma que es entonces capaz de continuar trabajando de una manera diferente.

Muchas cosas que aparecieron en la sabiduría Egipcia deben ser repetidas de una forma diferente durante nuestra quinta época post-Atlante. La humanidad debe llegar gradualmente a entender desde un punto de vista científico-espiritual los misterios de los sacerdotes Egipcios de una manera apropiada a nuestra propia época, en un sentido Cristiano. Para los Egipcios, Osiris era una especie de representante del Cristo que no había llegado aún a la tierra. A su manera miraban a Osiris como el ser del sol, pero imaginaban que este ser del sol había estado perdido en un sentido, y debía ser encontrado de nuevo. No podemos imaginar que el ser de nuestro sol, el Cristo, que ha pasado por el Misterio del Gólgota pudiera estar perdido para la humanidad, ya que bajó de alturas espirituales, se unió con el hombre Jesús de Nazareth, y desde entonces permanece en la tierra. Está presente, existe, como proclama el villancico de Navidad cada año nuevo “Ha nacido el Salvador”. De ese modo expresa la naturaleza eterna, no transitoria, de este suceso. Jesus no sólo nació una vez en Belén, sino que está continuamente naciendo, en otras palabras, permanece con la vida de la tierra. Lo que Cristo es, y lo que significa para nosotros, no puede perderse.

Pero la leyenda de Isis debe mostrarse cumpliéndose de otra manera en nuestra época. No podemos perder al Cristo y lo que él, en una forma superior a Osiris, nos da; pero podemos perder, y hemos perdido, lo que es representado para nuestro entendimiento Cristiano permaneciendo al lado de Osiris – Isis – la madre del salvador, la divina sabiduría, Sophia. Si la leyenda de Isis ha de ser renovada, entonces no debe simplemente seguir la forma antigua, Osiris, asesinado por Typhon-Ahriman y llevado por las aguas del Nilo, debe ser encontrado de nuevo por Isis para que su cuerpo, despedazado por Typhon-Ahriman, pueda ser hundido en la tierra.

En cierto sentido, debemos encontrar la leyenda de nuevo, el contenido del misterio de Isis, pero debemos crearlo a partir de nuestra imaginación, adecuado a nuestros propios tiempos. Debe surgir de nuevo una comprensión de las verdades eternas cósmicas, y lo hará cuando aprendamos a pensar y componer imaginativamente, como hacían los Egipcios. Pero debemos encontrar la leyenda de Isis correcta.

Los Egipcios estaban impregnados de poderes Luciféricos, como lo estaban todos los seres humanos que vivían antes del Misterio del Gólgota. Si los poderes Luciféricos están dentro del ser humano y estimulan la vida interna, moviéndose y entretejiéndose con ella, el resultado será entonces que los poderes Ahrimanicos aparecerán como una fuerza activa fuera del ser humano. De este modo los Egipcios, que estaban impregnados por Lucifer, ven correctamente una imagen del mundo en la que Ahriman-Typhon está activo.

Ahora, debemos darnos cuenta de que la humanidad moderna está impregnada por Ahriman. Ahriman se mueve y crece dentro de los seres humanos, igual que Lucifer se movía y crecía en el mundo Egipcio. Sin embargo, cuando Ahriman trabaja por medio de Lucifer, entonces los seres humanos ven su imagen del mundo de forma Luciférica. ¿Cómo ve el ser humano esta imagen del mundo? Esta imagen Luciférica del mundo ha sido creada, está aquí. Se ha hecho cada vez más popular en los tiempos modernos y se ha apoderado de todos los círculos de personas que se quieren considerar progresistas e iluminadas.

Si queremos comprender el misterio de la Navidad, debemos tener en mente que Lucifer es el poder deseoso de retener la imagen del mundo de una época anterior. Lucifer es el poder que trata de traer a la concepción del mundo moderno aquello que existía en anteriores etapas del desarrollo humano. Quiere dar permanencia a lo que existía en períodos anteriores. Todo lo que era moral en etapas anteriores también existe hoy por supuesto. (La importancia de la moralidad siempre reside en el presente, donde, como semillas para el futuro, proporciona la base para la creación de mundos por venir). Pero Lucifer se esfuerza en separar la moralidad como tal, todas las fuerzas morales, de nuestra imagen del mundo. Él permite que sólo las leyes de la necesidad natural aparezcan en nuestra imagen del mundo externo. Así el empobrecido ser humano de los tiempos modernos es presentado con una sabiduría del mundo en la que las estrellas se mueven de acuerdo a la pura necesidad mecánica, en la que las estrellas están vacías de moralidad, de tal forma que el significado moral del orden mundial no puede encontrarse en sus movimientos. Esta, mis queridos amigos, es una imagen mundial puramente Luciférica.

Igual que los Egipcios miraban al mundo y veían a Ahriman-Typhon como el que les arrebata a Osiris, así también, debemos mirar nuestra imagen Luciférica del mundo, la imagen del mundo matemático-mecánica de la moderna astronomía y otras ramas de la ciencia natural, y darnos cuenta de que el elemento Luciférico domina en esta imagen del mundo, igual que el elemento Typhon-Ahrimánico dominó en la imagen del mundo Egipcio. Igual que los antiguos Egipcios vieron su imagen del mundo exterior bajo una luz Typhon-Ahrimánica, del mismo modo los seres humanos modernos, porque son Ahrimánicos, la ven con características Luciféricas. Lucifer está presente, está trabajando allí. Igual que los Egipcios imaginaron a Ahriman-Typhon trabajando en el viento y el tiempo atmosférico, en las tormentas de invierno, también los seres humanos, si desean comprender verdaderamente el mundo, deben imaginar que Lucifer se les aparece en el brillo del sol y en la luz de las estrellas, en los movimientos de los planetas y de la luna. La imagen del mundo de Copérnico, Galileo y Kepler es una construcción Luciférica. Precisamente porque surgió de y corresponde a nuestras fuerzas Ahrimánicas de conocimiento, su contenido – por favor, distinguid aquí entre método y contenido – es Luciférico.

Cuando el Misterio del Gólgota tuvo lugar,la Divina Sophia, la sabiduría que nos permite ver el mundo con comprensión, trabajó de una manera doble. La sabiduría divina, la sabiduría celestial trabajó en la revelación a los pobres pastores en los campos, y en la revelación a ellos a causa de nuestro nuevo conocimiento. No carecemos de Cristo, sino del conocimiento de Cristo, la Sophia de Cristo, el Isis de Cristo, nos falta.

Esto es lo que deberíamos grabar en nuestras almas como contenido del misterio de la Navidad. Debemos darnos cuenta de que desde el siglo XIX incluso la teología ha llegado a ver a Cristo simplemente como el hombre de Nazareth. Eso significa que la teología está completamente impregnada por Lucifer. Ya no ve dentro del trasfondo espiritual de la existencia. La ciencia natural externa es Luciférica; la teología es Luciférica. Por supuesto si estamos hablando del aspecto interno del ser humano como podéis ver de mis palabras previas podríamos también decir que en esta teología el ser humano es Ahrimánico. Entonces de la misma forma debemos decir de los Egipcios que eran Luciféricos, igual que decimos de ellos que su percepción del mundo externo era Ahrimánica. Los seres humanos modernos deben comprender el misterio de la Navidad de una forma nueva. Deben comprender que deben buscar lo primero de todo a Isis, para que Cristo pueda aparecérseles. La causa de nuestros infortunios y los problemas de la civilización moderna no es que hayamos perdido a Cristo, que permanece ante nosotros con mucha mayor gloria de lo que Osiris lo hacía a los ojos de los Egipcios. No es que le hayamos perdido y necesitemos partir en su busca, armados con la fuerza de Isis. No, lo que hemos perdido es el conocimiento de Jesucristo, el entendimiento de su ser. Esto es lo que debemos encontrar de nuevo con el poder de Jesucristo que está en nosotros.

Así es como debemos mirar sobre el contenido del festival de Navidad. Para mucha gente moderna la Navidad no es más que una fiesta donde dar y recibir regalos, algo que celebran cada año por hábito. Como tantas otras cosas en la vida moderna el Festival de Navidad se ha convertido en palabras vacías. Y es justo porque tantas cosas se han convertido en nada más que unas palabras, que la vida moderna está tan llena de calamidades y caos.

Esta es en verdad la razón más profunda para el caos en nuestra vida moderna. Si en esta nuestra comunidad, pudiéramos adquirir los sentimientos correctos por todo aquello que se ha convertido en meras frases en la época actual, y si estos sentimientos pudieran hacernos capaces de encontrar los impulsos necesarios para las renovaciones que son tan necesarias, entonces esta comunidad, que se llama a sí misma la comunidad antroposófica, sería merecedora de su existencia. Esta comunidad debería comprender la terrible importancia para nuestra época de que tales cosas como el festival de Navidad son transferidas como una mera frase. Deberíamos ser capaces de comprender que en el futuro esto no debe ser permitido, y que a estas cosas se les debe dar un nuevo contenido. Los viejos hábitos deben ser dejados atrás y nuevos entendimientos deben tomar su lugar. Si no podemos encontrar el coraje interno necesario para hacer esto, entonces participamos de la mentira que mantiene el festival anual de Navidad simplemente como una frase, celebrándolo sin que nuestras almas sientan el verdadero significado del evento. ¿Estamos realmente elevados hasta las más altas preocupaciones de la humanidad cuando damos y recibimos regalos cada año por hábito en este festival de Cristo? ¿Nos elevamos hasta las mayores preocupaciones de la humanidad cuando escuchamos las palabras – que también se han convertido en una frase – pronunciadas por los representantes de las diversas comunidades religiosas? Deberíamos prohibirnos continuar con esta vacuidad en nuestra celebración de la Navidad. Deberíamos tomar la decisión interna de dar a tal festividad un contenido que permita que los más dignos, elevados sentimientos pasen a través de nuestras almas. Una celebración del festival como esa elevaría a la humanidad hasta la comprensión del significado de su existencia.

¡Preguntaos a vosotros mismos si los sentimientos en vuestros corazones y almas cuando estáis delante del árbol de Navidad y abrís los regalos que son dados por hábito, y las tarjetas de Navidad conteniendo las frases habituales – preguntaos a vosotros mismos si los sentimientos que viven en vosotros pueden elevar a la humanidad a una comprensión del significado de su evolución en la tierra! Todos los problemas e infortunios de nuestra época se deben a esto – no podemos encontrar el coraje para elevarnos por encima de las frases huecas de nuestra época. Pero debe suceder, un nuevo contenido debe devenir contenido, que pueda darnos sentimientos completamente nuevos que nos estimulen poderosamente, igual que fueron estimuladas aquellas personas que eran verdaderos Cristianos en los primeros siglos del Cristianismo, y que sentían el Misterio del Gólgota y la aparición de Cristo como lo más elevado que la humanidad pueda experimentar sobre la tierra. Nuestras almas deben adquirir de nuevo algo de aquel espíritu.

Oh, el alma logrará sentimientos completamente nuevos si se siente comprometida a experimentar la nueva leyenda de Isis en la humanidad moderna. Lucifer mata a Isis y pone después su cuerpo en el infinito del espacio, que se ha convertido en la tumba de Isis, una abstracción matemática. Entonces viene la búsqueda de Isis, y su descubrimiento, hecho posible gracias a la fuerza interna del conocimiento espiritual. En lugar de cielos que han muerto, este conocimiento coloca lo que las estrellas y planetas revelan por medio de una vida interna, de tal forma que aparecen entonces como monumentos a los poderes espirituales que entretejen de poder el espacio. Somos capaces de mirar el pesebre hoy de la manera correcta sólo si experimentamos de una forma única lo que está entretejiéndose con poder espiritual por todo el espacio, y después miramos a ese ser que vino al mundo a través del niño. Sabemos que llevamos a este ser dentro de nosotros, pero debemos también comprenderle. Igual que los Egipcios miraban de Osiris a Isis, así debemos nosotros aprender a mirar de nuevo a la nueva Isis, la sagrada Sophia. Cristo aparecerá de nuevo en su forma espiritual durante el transcurso del siglo XX, no por medio de la llegada de sucesos externos sólo, sino porque los seres humanos encuentran el poder representado por la sagrada Sophia. La época moderna ha tenido la tendencia de perder este poder de Isis, este poder de María. Ha sido asesinado por todo lo que surgió con la consciencia moderna de la humanidad. Y las confesiones han exterminado en parte justo esta visión de María.

Este es el misterio de la humanidad moderna: fundamentalmente hablando, María-Isis ha sido asesinada, y debe ser buscada, igual que Osiris fue buscado por Isis en Asia. Pero debe ser buscada en los infinitos espacios del universo con el poder que Cristo puede despertar en nosotros si nos consagramos a él de la manera correcta.

Imaginémonos esto correctamente, sumerjámonos en esta nueva leyenda de Isis que debe ser experimentada, y dejemos que nuestras almas se llenen con ella. Entonces experimentaremos en un verdadero sentido lo que la humanidad en muchos de sus representantes cree, que esta nueva leyenda llena la sagrada Nochebuena, para llevarnos al día de Navidad, el día de Cristo. Esta comunidad antroposófica podría convertirse en una comunidad de seres humanos unidos en amor porque sienten la necesidad, común a todos ellos, de buscar. ¡Seamos conscientes de esta más que íntima tarea! Vayamos en espíritu al pesebre y llevemos al Niño nuestro sacrificio y nuestro regalo, que reside en el conocimiento de que algo completamente nuevo debe llenar nuestras almas, para que podamos cumplir las tareas que puedan dirigir a la humanidad fuera del barbarismo hacia una civilización verdaderamente nueva.

Para lograr esto, por supuesto, es absolutamente necesario que en nuestros círculos estemos preparados para ayudarnos los unos a los otros con amor, para que surja una nueva comunidad de almas en la que todas las formas de envidia y similares desaparezcan, y en la que no nos miremos simplemente unos a otros, sino que encaremos juntos la gran meta que tenemos en común. El misterio traído al mundo por el niño de la Navidad también contiene esto – que podemos encarar una meta común sin discordia porque la meta común significa unión en armonía. La luz de la Navidad debería realmente brillar como una luz de paz, como una luz que trae paz externa, únicamente porque primero trae una paz interior a los corazones de los seres humanos. Deberíamos aprender a decirnos a nosotros mismos: Si podemos lograr trabajar juntos con amor en las grandes tareas, entonces, y solo entonces, entendemos la Navidad. Si no podemos lograr esto, no comprendemos la Navidad.

Recordemos que cuando sembramos discordia, esta discordia nos entorpece en la comprensión de aquel que apareció entre los seres humanos la primera Navidad de la tierra. ¿No podemos verter este misterio de la Navidad en nuestras almas, como algo que une nuestros corazones en amor y armonía? Si no comprendemos correctamente lo que la ciencia espiritual es, entonces no seremos capaces de hacer esto. Nada surgirá de esta comunidad si simplemente la aportamos ideas e impulsos que hemos recogido de todas las esquinas del mundo, donde los clichés y la rutina dominan. Recordemos que nuestra comunidad está encarando un año difícil, que todas nuestras fuerzas deben ser reunidas, y celebremos la Navidad con este espíritu. Oh, me gustaría encontrar palabras que pudieran hablar profundamente al corazón de cada uno de vosotros esta noche. Entonces cada uno de vosotros sentiría que mis palabras contienen una felicitación que es al mismo tiempo es una súplica para prender la ciencia espiritual dentro de vuestros corazones, para que pueda convertirse en un poder que pueda ayudar a la humanidad que está viviendo bajo tan terrible opresión.

Comenzando con tales puntos de vista, he reunido los pensamientos que deseaba contaros. Estad seguros de que estaban pensados como una cálida felicitación de Navidad para cada uno de vosotros, como algo que puede llevaros al nuevo año de la mejor manera posible. Con este espíritu, aceptad mis palabras hoy como fueron pensadas, como una afectuosa felicitación de Navidad.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Comportamiento Organizacional

El comportamiento organizacional es un campo de estudio en el que se investiga el impacto que individuos, grupos y estructuras tienen en la conducta dentro de las organizaciones, con la finalidad de aplicar estos conocimientos a la mejora de la eficacia de tales organizaciones. Es una disciplina científica a cuya base de conocimientos se agrega constantemente una gran cantidad de investigaciones y desarrollos conceptuales. Pero también es una ciencia aplicada, ya que la información sobre prácticas efectivas en una organización puede extenderse a muchas otras y dejar así el departamentalismo.

Es un campo de estudio porque es una especialidad delimitada y con un conjunto común de conocimientos que estudia tres determinantes del comportamiento de las organizaciones: individuos, grupos y estructura. Aplica el conocimiento obtenido acerca de los individuos, los grupos y el efecto de la estructura en la conducta, con la finalidad de un mejor funcionamiento en las organizaciones. El comportamiento organizacional se interesa particularmente en las situaciones que atañen al empleo.

Sustitución de la intuición con el estudio sistemático

En general la conducta es previsible y el estudio sistemático del comportamiento es un medio para hacer pronósticos razonablemente atinados. Se habla de un estudio sistemático al hacer referencia al examen de relaciones en el intento por atribuir causas y efectos y basar nuestras conclusiones en pruebas científicas, es decir, en datos reunidos en condiciones controladas, así como medidos e interpretados de manera razonablemente rigurosa. Este estudio sistemático sustituye a la intuición, que es esa sensación no necesariamente sustentada por las investigaciones.

Niveles de estudio del Comportamiento Organizacional

Los temas que pueden estar incluidos en el estudio del Comportamiento Organizacional son: la estructura organizacional, la motivación, el compromiso organizacional, el poder, la comunicación, el trabajo en equipo, la cultura organizacional, el clima organizacional, el liderazgo y los procesos de cambio. Cada uno de estos temas está presente en los tres niveles básicos de estudio del Comportamiento Organizacional: el individual, el grupal y el organizacional. Este esquema de niveles es muy importante al momento de plantear conclusiones. Por ejemplo, la motivación se puede describir en función de los principales intereses de un grupo de personas, pero como variable es individual ya que es en ese nivel donde se origina.

Otro eje está relacionado con lo concreto o lo abstracto en nuestro discurso sobre los problemas que estudia el Comportamiento Organizacional. El nivel más concreto y objetivo es la conducta, observable y susceptible de cuantificarse con mayor facilidad. Un segundo nivel son las actitudes entendidas como las predisposiciones a actuar de las personas; y finalmente los valores, que son el nivel más abstracto y nos indican una orientación de nuestra conducta. Por poner un ejemplo, podemos pensar que somos colaboradores, pero en una discusión podemos evidenciar una actitud poco colaboradora frente a casos hipotéticos, y en la práctica podemos ser más bien recelosos de dar nuestro apoyo. Esto constituye la mayor dificultad para estudiar las organizaciones: la inconsistencia y la brecha entre lo que se dice y se hace, lo cual se complica cuando le añadimos jerarquías (poder) y patrones de conducta aceptados, algunas veces, por todos (cultura organizacional).

Disciplinas que han contribuido a desarrollar el campo del comportamiento organizacional

El comportamiento organizacional es una ciencia aplicada del comportamiento que se basa en la contribución de varias disciplinas conductuales, ya sea en el plano de análisis individual o microanálisis, como el caso de la psicología, o en el plano de procesos de grupos y organización, en donde entra la colaboración de disciplinas como la sociología, la psicología social, antropología y la ciencia política.

Administración

Ciencia orientada a la organización de las entidades, establecer la visión y la misión, fijar objetivos; asignar y coordinar recursos (humanos, financieros, productivos, tecnológicos), determinar y desarrollar la estructura organizativa formal adecuada y establecer sistemas de control pertinentes. Se ocupa de las actividades de planeaciòn, organización, dirección, y control de los recursos; incluyendo, aspectos culturales, de poder, motivación, liderazgo, comunicación, económicos. Es un disciplina aplicada que integra aspectos de otras ciencias a su cuerpo de estudio, además de generar conocimiento propio.

Ciencias de la Comunicación

Ciencias que intervienen en todos los procesos comunicacionales que están relacionados con una organización. La rama de las Ciencias de la Comunicación que atiende sobre las organizaciones es llamada Comunicación Organizacional o Institucional.

Psicología

Ciencia que pretende medir, explicar y en ocasiones cambiar la conducta de los seres humanos y sus intereses en la sociedad. Los primeros psicólogos se concentraban en los problemas de fatiga, aburrimiento y factores relativos a las condiciones laborales que obstaculizaban un desempeño eficaz en el trabajo. Últimamente sus contribuciones se enfocan hacer un estudio de diagnóstico laboral y clima organizacional dentro de una organización; además se extienden al aprendizaje, percepción, personalidad, emociones, capacitación, eficacia del liderazgo, necesidades y motivadores, satisfacción laboral, procesos de toma de decisiones, evaluaciones del desempeño, medición de actitudes, técnicas de selección de empleados, diseño del trabajo y estrés laboral.

Sociología

Ciencia que estudia a las personas en relación con sus semejantes. Las contribuciones que los sociólogos han hecho al comportamiento organizacional han sido a través de su estudio del comportamiento de los grupos en las organizaciones, particularmente en las formales y complejas. Algunos de estos conocimientos contribuidos al comportamiento organizacional son sobre la dinámica de grupos, diseño de equipos de trabajo, cultura organizacional, teoría y estructura de las organizaciones formales, tecnología organizacional, comunicaciones, poder y conflictos.

Psicología social

Rama de la psicología en la que se combinan ésta y la sociología. Se enfoca en la influencia recíproca de las personas. Los psicólogos sociales hacen aportaciones significativas a la medición, comprensión y cambio de actitudes, pautas de comunicación, fomento de la confianza, medios con que las actividades de los grupos satisfacen las necesidades de los individuos y procesos de toma de decisión en grupo. La psicología en el campo Empresarial.

Antropología

Estudio de las sociedades para comprender a los seres humanos y sus actividades. El trabajo de los antropólogos sobre las culturas y sus entornos ha ayudado a comprender las diferencias en valores fundamentales, actitudes y conductas de personas de diversos países y en organizaciones distintas. En cultura organizacional, gran parte de lo que se sabe sobre ambientes organizacionales y las diferencias entre culturas organizacionales es producto del trabajo de los antropólogos.

Ciencia política

Estudio de la conducta o comportamiento de los individuos y grupos en ambiente político. Se enfoca en la estructura de los conflictos, la distribución de poder y cómo la gente manipula el poder en áreas de sus intereses personales.

Retos y oportunidades del comportamiento organizacional

Existen diversos cambios radicales dentro de las organizaciones a los cuales se tienen que enfrentar los administradores, de igual forma, la competencia mundial exige que los empleados sean más flexibles y aprendan a enfrentar cambios acelerados. Algunos de estos retos y oportunidades para que los administradores apliquen los conceptos del comportamiento organizacional, son los siguientes:

Respuesta a la globalización

Las organizaciones ya no están limitadas por fronteras nacionales, el mundo se ha convertido en una aldea global por lo que los administradores tienen que ser capaces de trabajar con personas de culturas distintas. La globalización afecta las habilidades de trato con la gente de los administradores cuando menos de 2 formas: en primer lugar, el administrador tiene cada vez más posibilidades de recibir una asignación en el extranjero; en segundo lugar, incluso en el propio país va a trabajar con jefes, compañeros y otros empleados que nacieron y crecieron en culturas diferentes. Para trabajar bien con esas personas, tendrá que comprender su cultura, cómo los ha formado y cómo adaptar el estilo de administración a esas diferencias.

Manejo de la diversidad laboral

Uno de los retos más importantes y extensos en las organizaciones es adaptarse a personas que son diferentes, es decir, a la diversidad laboral, la cual atañe a diferencias entre personas en el mismo país. El término de diversidad laboral implica que las organizaciones se han hecho más heterogéneas en términos de género y origen étnico, comprende también a las personas con discapacidad, homosexuales y adultos mayores. El reto para las organizaciones es dar mejor cabida a los diversos grupos de personas ocupándose de sus esquemas de vida, necesidades familiares y estilos de trabajo. Los administradores tienen que cambiar su filosofía de tratar a todos por igual y reconocer la diversidad física y cultural de las personas.

Mejoramiento de la calidad y la productividad

Cada vez más, los administradores tienen que mejorar la productividad de su organización y la calidad de los productos y servicios que ofrecen. Para mejorar la calidad y la productividad, implantan programas como los de administración de calidad

Mejoramiento del servicio a los clientes

La mayoría de los empleados en los países desarrollados ocupan puestos de servicio. Anteriormente se pensaba que concentrarse en los clientes era una tarea de quienes estudiaban y ejercían el marketing. Pero el comportamiento organizacional puede contribuir a mejorar el desempeño de las organizaciones enseñando a los administradores la relación entre las actitudes y la conducta de los empleados y la satisfacción de los clientes. Muchas organizaciones han fracasado porque sus empleados no han sabido complacer a los clientes, por lo tanto, la administración debe crear una cultura de sensibilidad a los clientes, creando culturas en las que los empleados sean amables y corteses, accesibles, capaces, listos para responder a las necesidades de los clientes y dispuestos a hacer lo necesario para complacerlos.

Facultar al personal

La toma de decisiones se está bajando al nivel operativo, lo que proporciona libertad a los trabajadores para tomar decisiones sobre problemas planteados por el trabajo. Lo que sucede es que la administración faculta a los empleados, es decir, los pone a cargo de lo que hacen, con lo cual, los administradores tienen que aprender a ceder control y los empleados tienen que aprender a asumir la responsabilidad por su trabajo y a tomar decisiones convenientes.

Enfrentamiento de la “temporalidad”

El término de administración debe describirse más bien como una actividad con largos periodos de cambios continuos, interrumpidos ocasionalmente por momentos breves de estabilidad. Los puestos que ocupan los trabajadores de nuestros días se encuentran en un estado de flujo permanente, de modo que los empleados tienen que actualizar continuamente sus conocimientos y habilidades para realizar nuevos cometidos laborales. Los administradores y empleados deben aprender a enfrentar la temporalidad, a vivir con flexibilidad, espontaneidad e imprevisibilidad.

Estímulo de la innovación y el cambio

Las organizaciones exitosas deben fomentar la innovación y dominar el arte del cambio o se pondrán en peligro de extinción. El éxito lo alcanzarán las organizaciones que mantengan su flexibilidad, mejoren constantemente la calidad y venzan a la competencia del mercado con una corriente continua de productos y servicios innovadores.

Mejoramiento de la conducta ética

Los miembros de las organizaciones enfrentan cada vez más “disyuntivas éticas”, que son situaciones en las que tienen que definir cuál es la conducta correcta y cuál la incorrecta. En las organizaciones, los administradores redactan y distribuyen códigos de ética que ayuden a los empleados en las disyuntivas, se ofrecen seminarios, talleres y otros programas de capacitación para fomentar el comportamiento ético. El administrador debe generar un ambiente ético sano para sus empleados, donde trabajen productivamente y enfrenten las menores ambigüedades en cuanto a lo que constituyen conductas buenas y malas.

De igual forma, el comportamiento organizacional facilita la comprensión de las relaciones interpersonales, que son aquellas en las que interactúan dos personas (dos compañeros de trabajo o un par formado por un superior y un subordinado). En el nivel siguiente, el comportamiento organizacional es valioso para examinar la dinámica de las relaciones en grupos pequeños, tanto en equipos formales como en grupos informales. Cuando es necesario que dos grupos o más coordinen sus esfuerzos, como por ejemplo en las áreas de ingeniería y ventas, los administradores se interesan en las relaciones intergrupales que surgen. Por último, también es posible ver y administrar a las organizaciones como sistemas internos, que tienen relaciones entre ellos (por ejemplo, las fusiones y empresas conjuntas).

Objetivos del comportamiento organizacional

Hay muchas ciencias que comparten cuatro objetivos: describir, entender, predecir y controlar ciertos fenómenos, incluso el entorno organizacional. Estos son los objetivos del comportamiento organizacional:

El primer objetivo es describir sistemáticamente cómo se comportan las personas en condiciones distintas. Lograrlo permite que los administradores se comuniquen con un lenguaje común respecto del comportamiento humano en el trabajo.
Un segundo objetivo es entender por qué las personas se comportan como lo hacen. Los administradores se frustrarán mucho si sólo pudieran hablar acerca del comportamiento de sus empleados sin entender las razones subyacentes. Por ende, los administradores interesados, aprenden a sondear en busca de explicaciones.
Predecir el comportamiento futuro de los empleados es otro objetivo del comportamiento organizacional. En teoría, los administradores tendrían la capacidad de predecir cuáles empleados serán dedicados y productivos, y cuáles se caracterizarán por ausentismo, retardos o conducta perturbadora en determinado momento (de modo que sea posible emprender acciones preventivas).
El objetivo último del comportamiento organizacional es controlar, al menos en parte, y desarrollar cierta actividad humana en el trabajo. Los administradores son responsables de los resultados de rendimiento, por lo que les interesa de manera vital tener efectos en el comportamiento, el desarrollo de habilidades, el trabajo de equipo y la productividad de los empleados. Necesitan mejorar los resultados mediante sus acciones y las de sus trabajadores, y el comportamiento organizacional puede ayudarles a lograr dicho propósito.
Algunas personas temen que las herramientas del comportamiento organizacional se usen para limitar su libertad y privarlas de sus derechos. Aunque ello es posible, también resulta improbable, ya que las acciones de los administradores están sujetas a revisiones profundas. Los administradores tienen que recordar que el comportamiento organizacional es una herramienta humana para beneficio de los seres humanos. Se aplica de manera amplia a la conducta de las personas en todo tipo de organizaciones, como empresas, organismos de gobierno, escuelas y organizaciones de servicios. Donde haya organizaciones, existe la necesidad de describir, entender, predecir y mejorar la administración del comportamiento humano.

Enfoques del comportamiento organizacional

Enfoque de recursos humanos:
Enfoque contingente:
Enfoque orientado a resultados:
Enfoque de sistemas:
Incluyen los siguientes elementos fundamentales: - Hay muchas variables dentro de un sistema. - Las partes de una sistema son interdependientes (una parte afecta muchas otras partes y es afectada por muchas en una forma compleja). - Hay muchos subsistemas que se contienen en sistemas mayores. - Los sistemas generalmente requieren insumos, realizan algún proceso y obtienen productos. - El mecanismo insumo- proceso-producto es cíclico y autosustentable (es continuo, repetitivo y usa la retroalimentación para ajustarse a sí mismo). - Los sistemas producen resultados tanto positivos como negativos. - Los sistemas producen consecuencias tanto deseables como indeseables. - Las consecuencias de los sistemas pueden ser de corto plazo, largo plazo ambos.

Modelos del comportamiento organizacional

Modelo de custodia:Surge a partir del reconocimiento de los gerentes de los sentimientos de insatisfacción, inseguridad y frustración de los empleados frente al modelo autocrático.
Se comenzaron programas de bienestar social para los empleados, con el objeto de brindarles seguridad. Se basa en los recursos económicos, necesarios para ofrecer todos los beneficios. Luego, la orientación de la gerencia es hacia el dinero. Se genera dependencia del individuo a la organización. Necesidades satisfechas son de manutención y el desempeño es de cooperación pasiva. Ventajas: brinda satisfacción y seguridad a los trabajadores. Desventaja: no logra una motivación efectiva. Los trabajadores producen muy por debajo de sus capacidades y no están motivados para desarrollarlas a niveles más altos. Se sienten complacidos, pero no satisfechos.

Modelo de apoyo: Depende del liderazgo. A través de éste, la gerencia crea un clima que ayuda a los empleados a crecer y alcanzar las cosas que son capaces de realizar en conjunto con los intereses de la organización.
La orientación gerencial es la de apoyo al empleado en su desempeño; sus papel es ayudar a los empleados a resolver sus problemas y ejecutar su trabajo. El resultado psicológico en los empleados es un sentimiento de participación y colaboración en las actividades de la organización. ( “Nosotros” en lugar de “Ellos” al hablar de la organización ). Este modelo funciona mejor en países más ricos

Modelo colegiado:es una útil prolongación del modelo de apoyo. El término colegial o colegiado, alude a un grupo de personas con un propósito común. Encarnación del concepto de equipo, este modelo se aplicó inicialmente con cierta amplitud en laboratorios de investigación y entornos de trabajos similares, aunque actualmente es aplicable a una extensa variedad de sitaciones de trabajo.
Este modelo depende de la generación por parte de la dirección de una sensación de compañerismo con los empleados, teniendo como resultados que los colaboradores se sientan útiles y necesarios. La orientación administrativa se dirige al trabajo en equipo. La dirección funge como el entrenador a cargo de la creación de un equipo de gran calidad. La respuesta de los colaboradores a esta situación es la responsabilidad. El resultado psicológico del modelo colegial en los colaboradores es la autodisciplina. Dado que se saben responsables de sus actos.

Modelo sistémico: Consisten en la aplicación secuencial de conceptos entrelazados que nos permite comprender el funcionamiento dinámico de una comunidad laboral en una fábrica, unidad de producción o conjunto de empresas en cierta localidad, Por consiguiente el desempeño que pueda tener una organización está enmarcado en lo que se conoce como “sistema”, este término se define por contener un conjunto de partes o elementos organizados y relacionados que interactúan entre sí para lograr un objetivo.
Para el logro de las metas es necesario analizar algunos aspectos fundamentales de un sistema, en particular hay que detenerse en los siguientes aspectos:

· las funciones propias de cada sistema; · las estructuras en él identificadas y los procesos estructurales; · los estados sistémicos, o sea, las condiciones en las cuales puede llegar a encontrarse un sistema.

FUNCIONES SISTEMICAS:

La operatividad del sistema, pasa por manejar u operar una cantidad elevada de actividades, las cuáles se vinculan con un grupo fundamental de actividades indispensables para el desenvolvimiento del sistema, que son las funciones.

Las principales funciones sistémicas son: · La introducción de recursos identificados y adquiridos en el ambiente externo, denominadas funciones de inmisión. · La transformación de los recursos introducidos en el sistema, es decir, funciones de transformación. · La emisión de los recursos transformados, o sea, la función de emisión, donde los recursos transformados se restituyen al medio ambiente. · Las actividades de depósito interno de una parte de los recursos utilizados en los momentos de escasez ambiental de recursos. Ésta conoce como función de depósito. · Las actividades de control que buscan orientar el sistema hacia unos objetivos determinados. Esta es una función de gobierno del sistema, que selecciona los objetivos y lo guía hacia su consecución. · Las actividades de regulación que mantienen constantes, dentro de ciertos márgenes críticos, las variaciones de los flujos de los recursos. La función de regulación desempeña una tarea de monitoreo o control y señala la superación de los umbrales críticos, relativos a los flujos internos y externos de recursos. · La reproducción necesaria para superar el decaimiento y deterioro al que se somete un sistema. La función de reproducción restablece y sustituye los componentes del sistema que se desgastan y deterioran con el paso del tiempo. · El transporte necesario para trasladar los recursos al interno del sistema. La función de transporte sirve, por ejemplo, para trasladar los recursos de un punto a otro dentro del sistema y durante el desarrollo de las diversas funciones.

Estas funciones están presentes en todos los sistemas y pueden ser identificadas en una empresa o unidad productiva.

Modelo autocrático:
Fue el modelo prevaleciente durante la Revolución Industrial. Se basa en el poder; los que controlan deben tener el poder para exigir. La gerencia se orienta a una autoridad oficial y formal, que se delega por derecho de jefatura a aquellos a quienes se aplica. La gerencia cree que sabe lo que hace y los empleados deben seguir sus órdenes. Los empleados deben ser persuadidos y presionados, la orientación de estos se dirige a la obediencia al jefe, no al respeto por éste.

Fordismo

El fordismo es un sistema socioeconómico basado en la producción industrial en serie, establecido antes de la Primera Guerra Mundial. El concepto recibe el nombre de Henry Ford, quien popularizó línea de ensamble inventada por Ransom Eli Olds,​ y es atribuido al teórico marxista Antonio Gramsci, quien lo usó por primera vez en su ensayo Americanismo y fordismo (1934), perteneciente a sus Cuadernos desde la cárcel.

Origen y desarrollo del fordismo

El fordismo apareció en el siglo XX promoviendo la especialización, la transformación del esquema industrial y la reducción de costos. La diferencia que tiene con el taylorismo, es que esta innovación no se logró principalmente a costa del trabajador, sino a través de una estrategia de expansión del mercado. La razón es que si hay mayor volumen de unidades de un producto cualquiera (debido a la tecnología de ensamblaje) y su costo es reducido (por la razón tiempo/ejecución) habrá un excedente de lo producido que superará numéricamente la capacidad de consumo de la élite, tradicional y única consumidora de tecnologías con anterioridad.

Aparece un obrero especializado con un estatus mayor al proletariado de la industrialización y también surge la clase media del modelo norteamericano que se transformará en la cara visible del arquetipo del american way. Pero el sistema excluye el control de tiempo de producción por parte de la clase obrera, como solía ocurrir cuando el obrero además de poseer la fuerza de trabajo, poseía los conocimientos necesarios para realizar su trabajo de forma autónoma, de esta manera el capitalista quedaba fuera de los tiempos de producción.

El fordismo (con ayuda anterior del taylorismo) llega para romper con ese monopolio del trabajo, por un trabajo alienante con características que llevan al obrero a perder ese "monopolio" y por ende perder el control de los tiempos de producción. Además antes de esta nueva clase trabajadora, los obreros estaban sindicalizados, lo cual les brindaba un respaldo frente a la opresión capitalista, esta forma de agrupamiento llegó a Estados Unidos a través de la primera oleada de inmigrantes europeos, fuertemente ligados al trabajo de los artesanos y gremios de trabajadores.

La idea de sumar la producción en cadena a la producción de mercancías no sólo significó las transformaciones sociales y culturales que podemos resumir en la idea de cultura de masas o masas media. Como prototipo se puede hablar de la creación de automóviles en serie, de la expansión interclasista del consumo que deviene en nuevos estímulos y códigos culturales mediados por el capital.

También hay que advertir que el modelo madura bajo el esquema económico del keynesianismo (que lleva al Estado de bienestar) lo que promueve un protagonismo histórico de las clases subordinadas y el amarre del capital a consideraciones sociales y de clase. Influido todo esto por el ascenso de los socialismos reales y el miedo a su expansión global por parte del liberalismo capitalista.

En resumen, podemos contar como elementos centrales del modelo fordista:

Aumento de la división del trabajo.
Profundización del control de los tiempos productivos del obrero (vinculación tiempo/ejecución).
Reducción de costos y aumento de la circulación de la mercancía (expansión interclasista de mercado) e interés en el aumento del poder adquisitivo de los asalariados (clases subalternas a la élite).
Políticas de acuerdo entre obreros organizados (sindicato) y el capitalista.
Producción en serie.

El fordismo en la literatura

Aldous Huxley, en su obra Un mundo feliz, satiriza al fordismo al referirse a la producción de niños mediante la fecundación in vitro y la clonación en una especie de cadena de montaje que incluía la instrucción de los seres humanos desde su principio embrionario.5​ En esta obra de ficción, la cual transcurre en "el siglo VII d.F. (después de Ford)" los personajes reconocen a Henry Ford como el referente espiritual supremo. La obra está repleta de frases en donde la palabra "Ford" reemplaza a lo que en vida real se utiliza como Dios.

La película de Charles Chaplin "Tiempos modernos" de 1936, ridiculiza el concepto del fordismo haciendo que su personaje trabaje en apretar una tuerca, sin embargo, su trabajo está tan especializado que sólo le da una parte del giro de la tuerca debiendo los demás obreros terminar de apretarlo. Esta alienante forma de trabajar lleva al personaje a problemas físicos y la locura.

El keynesianismo dirigió al fordismo hacia acuerdos sociales que permitieran un mayor nivel en la calidad de vida en la población históricamente diezmada y esclavizada. Para esto el Estado generó una serie de mecanismos e intervino activamente en la economía, redistribuyendo parte de las ganancias recibidas a través de los impuestos. Sin embargo, los trabajadores no agrupados siguieron estando fuertemente excluidos, sobre todo en los países subdesarrollados. En América Latina este proceso se conoció como I.S.I. (Industrialización por sustitución de importaciones) y fue el proyecto industrial que intentó el subcontinente para lograr despegar de su condición periférica. Los países que lograron desarrollar con relativo éxito este proceso fueron Argentina, Brasil, Colombia, Chile y México. Cuando el sistema económico keynesiano y el sistema productivo fordista dan cuenta de un agotamiento estructural en los años 70, las miradas en la producción industrial comienzan a girar al modelo japonés (toyotismo); modelo que permitió llevar a la industria japonesa del subdesarrollo a la categoría de potencia mundial en sólo décadas. La crisis mundial del mercado del petróleo en 1973 advierte la caída del modelo de bienestar lo que se hará mundialmente efectivo ocho años después con el proyecto neoliberal global impulsado por Estados Unidos e Inglaterra a principios de la década de los 80.

Toyotismo

El toyotismo es una relación en el entorno de la producción industrial que fue pilar importante en el sistema de procedimiento industrial japonés, y que después de la crisis del petróleo de 1973 comenzó a reemplazar al fordismo como modelo referencial en la producción en cadena. Se destaca de su antecesor básicamente en su idea de trabajo flexible, aumento de la productividad a través de la gestión y organización (just in time) y el trabajo combinado que supera a la mecanización e individualización del trabajador, elemento característico del proceso de la cadena Ford.

El toyotismo y la crisis productiva de los años 70

Cuando el sistema económico keynesiano y el sistema productivo fordista dan cuenta de un agotamiento estructural en los años 73-74, las miradas en la producción industrial comienzan a girar al modelo japonés; modelo que permitió llevar a la industria japonesa del subdesarrollo a la categoría de potencia mundial en sólo décadas. Los ejes centrales del modelo lograban revertir la crisis que se presentaba en la producción en cadena fordista. Estos puntos serían:

Flexibilidad laboral y alta rotación en los puestos de trabajo/roles.
Estímulos sociales a través del fomento del trabajo en equipo y la identificación transclase entre jefe-subalterno.
Sistema just in time; que revaloriza la relación entre el tiempo de producción y la circulación de la mercancía a través de la lógica de menor control del obrero en la cadena productiva y un aceleramiento de la demanda que acerca al “stock 0” y permite prescindir de la bodega y sus altos costos por concepto de almacenaje.
Reducción de costos de planta permite traspasar esa baja al consumidor y aumentar progresivamente el consumo en las distintas clases sociales.
La manera en que se manifiesta idealmente esa nueva concepción vinculación/ejecución tiene que ver con una economía que tenga un crecimiento aceptable y un control amplio de mercados externos. A pesar de que sólo un pequeño grupo de países cumplen con ese escenario, el toyotismo también ha manifestado formas híbridas en otros países con el objetivo de perseguir la reducción de costos y el estímulo social a los trabajadores.

Características del toyotismo

Sin duda, las innovaciones introducidas por el ingeniero Taiichi Ohno en la empresa automotriz Toyota, impusieron este modelo al fordista.

Estas son sus características:

Se produce a partir de los pedidos hechos a la fábrica (demanda), que ponen en marcha la producción.
La eficacia del método japonés está dado por los llamados “cinco ceros”: cero error, cero avería (rotura de una máquina), cero demora, cero papel (disminución de la burocracia de supervisión y planeamiento) y cero existencias (significa no inmovilizar capital en stock y depósito, es decir, sólo producir lo que ya está vendido, no almacenar ni producir en serie como en el fordismo).
La fabricación de productos muy diferenciados y variados en bajas cantidades. (No como el fordismo, que producía masivamente un solo producto).
Un trabajador multifuncional que maneje simultáneamente varias máquinas diferentes.
La adaptación de la producción a la cantidad que efectivamente se vende: producir lo justo y lo necesario.
La automatización, que introduce mecanismos que permiten el paro automático de máquinas defectuosas, para evitar desperdicios y fallos.

Taylorismo Digital

Taylorismo digital o taylorismo informático, referido a la organización del trabajo, se denomina a la organización global del trabajo profesional y técnico del conocimiento —tradicionalmente desempeñado por las clases medias profesionales— bajo las condiciones de automatización mediante la digitalización e informatización, reducción de salarios, deslocalización y competencia en los mismos términos a los que en su día fueron sometidos los trabajos artesanales o manuales por el taylorismo.

Origen del término

Los autores Philip Brown, Hugh Lauder y David Ashton en su libro de 2011 The Global Auction: The Broken Promises of Education, Jobs, and Incomes (La subasta global: Las promesas incumplidas de la educación, el trabajo, y los ingresos) denominan taylorismo digital a la organización global del denominado trabajo de conocimiento propio de la revolución informática o tercera revolución industrial —tradicionalmente desempeñado por las clases medias profesionales y técnicos— que, es sometido al mismo proceso de gestión de organización científica que en su día sufrieron los denominados trabajos artesanales, el taylorismo.

Caracterización del taylorismo digital

Digitalización de procesos de decisión

El taylorismo digital somete a las tareas, hasta hace poco consideradas no mecanizables —de carácter creativo, intelectual—, propio de las clases medias y muchos profesionales, al mismo destino que las artesanales. Dichas tareas son codificadas y digitalizadas consiguiendo que la capacidad humana de decisión y juicio pueda ser sustituida por programas informáticos con protocolos de decisión establecidos.

Deslocalización y competencia salarial mundial

Por su facilidad de deslocalización y movilidad técnica de los procesos —propia de las conexiones globales informatizadas— los empleos son fáciles de exportar, cambiar y sustituir.

Son los países desarrollados los que más van a sufrir el taylorismo digital ya que las tareas informatizables aumentan día a día y es en los países en desarrollo y subdesarrollados donde se encuentran salarios notablemente más bajos.

Reducción del trabajo y deslocalización

En el taylorismo digital se aprecian dos procesos unidos: la reducción del trabajo por la informatización y digitalización de procesos junto a la deslocalización y abaratamiento del trabajo.

El taylorismo digital acentúa los procesos de eficiencia productiva —productividad— y contribuye al cada vez más carácter residual de la mano de obra, ya sea cualificada o no cualificada. La demanda de mano de obra no cualificada se ha reducido históricamente por los procesos de mecanización —tanto de las tareas agrícolas como fabriles—; la demanda de mano de obra cualificada se estaría reduciendo, tanto por el aumento de la oferta como por la globalización que reduce la necesidad de trabajadores cualificados.

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