quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Grandes Bruxos


Aleister Crowley

(12 de outubro de 1875 –1 de dezembro de 1947) foi um controverso ocultista britânico, fundamentalmente conhecido pelo tarô que chama pelo seu nome. Mas muito mais que isso, Aleister foi o fundador da doutrina de Thelema. Conheceu Fernando Pessoa, comummente reconhecido como brilhante poeta, contudo outro grande astrólogo e ocultista.O trabalho de Crowley influenciou Paulo Coelho. Edward Alexander Crowley nasceu quase à meia-noite do dia 12 de outubro de 1875, em Warwickshire, Inglaterra, filho de um rico cervejeiro, membro fervoroso de uma seita cristã, das mais puritanas e que impunha á família toda a austeridade e o rigor de uma educação fundamentalmente religiosa. Aos quatro anos, Crowley lia a Bíblia e aos seis, era um exímio jogador de xadrez. Ingressou no Trinity College, onde aprendeu hebraico, grego e latim, demonstrando um elevado intelecto. Na mesma época, começou a interessar-se por ocultismo. Abandonou o colégio em 1898, ano em que foi admitido na Ordem Hermética do Amanhecer Dourado, onde foi iniciado em Magia Cerimonial e Cabala. Aleister publicou entretanto vários textos e poemas que foram considerados ofensivos e pornográficos. Essas publicações escandalosas, a sua vida sexual publicamente desregrada e a inveja provocado pela sua rápida ascensão da Aurora Dourada valeram-lhe muitos conflitos, antipatias e conflitos pessoais. Aleister adquiriu um apartamento em Londres usando o nome de Conde Vladmir Svaref, onde construiu um Templo. Diz a lenda, que certa noite, no Templo Negro, Aleister , envergando trajes cerimoniais, invocou espíritos utilizando o pentagrama mágico com seu círculo traçado no chão.Dizem que 316 demônios apareceram a Aleister. De todos os livros que entranto escreveu até 1911, destacou-se o Liber 333, que impressionou o líder da Ordo Templi Orientis (O.T.O.), na Alemanha, ordem que se auto-proclamava legítima herdeira dos Cavaleiros Templários. Crowley foi nomeado representante da OrdoTempli Orientis para os países de língua inglesa. Em 1920, fundou a Abadia de Thelema, na localidade de Cefalu, na Sicília, Itália. Em breve, suspeitas de actividades escandalosas e boatos sobre missas negras e orgias de sangue levaram a sua expulsão do local, por Mussolini, em 1923. Crowley não só envolveu-se com mulheres, mas também com diversos homens. Viveu com um dos seus colegas de universidade uma relação que ele mesmo reconheceu ser similar à de "marido e esposa", mas acabou optando pelo caminho da busca do conhecimento mágico em detrimento da amizade em questão. O envolvimento de Crowley com drogas deu-se, a princípio, por conta do consumo de morfina para fins terapêuticos, uma vez que ele sofria de asma. Incentivado por Alan Bennett passou a utilizar drogas para finalidades ritualísticas, uma dependência que apenas no fim da sua vida acabou por superar. Outro aspecto marcante de sua biografia refere-se à vida sentimental. Na sua vida existiram duas esposas oficiais e muitas amantes, as chamadas mulheres escarlates, todas elas parceiras de Crowley e sacerdotizas nas suas operações mágicas. Crowley utilizava as mulheres como médiuns, como ponte entre este mundo e o mundo dos espiritos. Dos seus filhos, somente a primeira, do primeiro casamento, sobreviveu. O seu nome era Nuit Ma Ahathoor Hecate Sappho Jezebel Lilith Crowley, um panteão que reúne alegorias representativas de Justiça, Amor, Beleza, Face Negra da Lua, Poetisa, Adoradora de Ba'al e Rainha dos Demônios e dos Mundos Infernais. Quando Crowley morreu, Lilith recusou o legado literário ocultista de seu pai. Entre outros epítetos, todos auto-atribuídos, Crowley foi chamado: Perdurabo (em latim, "Eu perdurarei até o fim"), Parzival, Baphomet , Deus est Homo, "O mago das mil faces", "A Grande Besta", ou ainda, como queriam seus detractores, "O homem mais perverso do mundo". De acordo com a filosofia thelêmica de Aleister, o ser humano possui uma condição divina, condição da qual foi afastado. Os gnósticos defendem que o homem foi afastado dessa condição pela encarnação, ou seja, desde o momento em que o homem foi forçado a encarnar num corpo físico. Ao contrário, Crowlley defende que o homem apenas foi afastado dessa condição por via da não-conscientização dessa natureza. Essa falta de consciência seria mantida por uma série de condicionalismos inibidores, dentre os quais podem-se citar o conceito de pecado enquanto restrição artificial dos impulsos naturais. Assim, cabia ao ser humano caminhar num processo de profunda auto-consciência, ate entrar em contacto com o mundo divino e assim reassumir a sua verdadeira natureza.Segundo Crowley um dos caminhos desta busca pelo auto-conhecimento passava pela experimentação dos próprios limites. Mas essa experimentação, que por muitos podia ser vista como mera libertinagem ou imoralidade Para Crowley, a Magia é «a arte e a ciência de causar Mudanças com o Desejo»


Alex Sanders

Alex Sanders nasceu a 6 de Junho de 1926 e faleceu a 30 de Abril de 1988. Sanders foi proclamado pelos seus seguidores como o «Rei das Bruxas».Alex Sanders nasceu em Inglaterra, e reza a lenda que ele foi iniciado nas artes da bruxaria pela sua avó. Diz-se que o episodio sucedeu quando Alex, ainda em criança, encontrou acidentalmente a sua avo no centro de um circulo magico, nua e praticando as suas artes esotericas. Há quem diga que foi nesse momento que a avó de Alex, apercebendo-se da sua presença, o acolheu no ritual e assim o iniciou nas artes da bruxaria. Alex Sanders estudou e trabalhou como analista quimico num laboratorio em Manchester, onde conheceu Doreen Valiente, uma colega de trabalho com quem viria a casar aos 21 anos. O casamento durou apenas 5 anos, e dele resultaram 2 filhos.Depois do divorcio, Alex Sanders começa a estudar e a particar Magia atraves do Caminho da Mao Esquerda, havendo lido os trabalho de Abramelim, o Mago.Nessa fase da sua vida, consta que Alex Sanders teve varios relacionamentos sexuais, tanto com homens como com mulheres. De alguma forma dizia-se que Alex Sanders tinha uma forma inexplicavel de atrair irresistivelmente pessoas que o sustentassem financeiramente. Ao longo dos seus estudos e no decorrer dos anos 60, Sanders chega a fundar directa ou indirectamente mais de 1.000 convens de bruxos e bruxas que seguiam fiel e atentamente o seu trabalho mistico. Por tudo isso, ele foi eleito pelos seus pares como o «Rei das Bruxas».Em 1967 Sanders casa-se com Maxine. Sanders conhecera Maxine no decorrer da decada de 60 e iniciou-a na bruxaria.Depois de casar, ambos dedicaram-se ao ensino da bruxaria.


Alberico Grunnion

Este nome deve ter sido inspirado pelo de Alberico, o poderoso bruxo do poema épico germânico Nibelungenlied (A Canção dos Nibelungos). O poema é um registro mítico de um evento histórico - a vitória dos hunos sobre o reino da Burgundia (hoje parte da França), em 1437d.C.

Agripa

Heinrich Cornelius Agripa foi um mago que viveu na Renascença. Nascido Heinrich Cornelius, perto de Colônia, Alemanha, em 1486, ele adoptou o nome de Agripa em homenagem ao fundador de sua cidade natal. Trabalhou como médico, advogado, astrólogo e com curas através da fé. Mas fez tantos inimigos quanto amigos e foi acusado de feitiçaria. Em 1529, publicou um livro chamado Sobre a Filosofia Oculta, valendo-se de textos hebraicos e Gregos para argumentar que a melhor maneira de chegar a conhecer a Deus era por meio da magia. A Igreja declarou-o um herético e o prendeu. Morreu em 1535. Agripa foi uma das inspirações de Wolfgang Goethe para escrever a peça Fausto, na qual um homem de ciência faz um pacto com o diabo.


 Balaão

Personagem descrito na Torah Judaica ou Velho Testamento Cristão, em Números 22. Sobre Balaão sabe-se que foi consultado pelo Rei dos Moabitas, pois os Judeus tinham acampado em terras de Moabe, o que deixara o Rei muito apreensivo quanto ás intenções dos Hebreus. Temendo uma invasão ou uma ocupação dos seus teriitorios, o monarca contrata os serviços do mago Balaão, que mandou chamar para amaldiçoar os Israelitas. Apos ter recusado o trabalho de magia uma vez, mas confrontado com a imparável insistência do monarca, Balaão recebeu pela ultima vez os emissários do rei Balaque, e pediu que eles dormissem na sua morada e aguardassem uma resposta pela manhã, pois ele consultaria Deus. Balaão conversa com Deus e este ordena-lhe que não pronuncie o encantamento de maldição contra o povo de Israel. Balaão atendeu prontamente às ordens e mandou os emissários de volta ao Rei.Contudo, Balaque não desistiu e mandou outros emissários, reforçando o seu convite com promessas de grandes e o pagamento de elevadas recompensas financeiras. Balaão aceita então o convite, apenas para de cada vez que o rei encomenda uma maldição, Balaão transformar os pedidos de desgraça em bênção. Furioso, o rei pergunta porque motivo o mago estava fazendo o contrário daquilo para que estava sendo pago, e Balão respondeu que um mago apenas pode fazer o bem ou o mal com a autorização de Deus. Este mago, acaba sendo a justificação de todos os magos e foi inscrito na palavra de Deus.

Circe

Da mitologia grega, feiticeira, filha do deus Hélio e da nereida Perseis. Vivia na ilha de Eéia, que possivelmente ficava na costa oeste da Itália. Com poções e encantamentos, Circe era capaz de transformar seres humanos em animais.

Eliphas Lévi

(Alphonse Louis Constant, Zahed, 1810-1875) Esoterista, cabalista e autor francês. Chegou a ser diácono, porém foi expulso do seminário, devido ás suas tendências e condutas demasiadamente liberais, assim como por demonstrar um invulgar interesse pelas ciências ocultas. Foi iniciado da Societas Rosicruciana in Anglia. Esteve ligado e vários movimentos de natureza maçónica, onde chegou a mestre.

Fernando Pessoa

comummente reconhecido como brilhante poeta Portugues, contudo grande astrólogo e ocultista, do qual se diz ter previsto a data e hora da sua própria morte com infalível exactidão, tão infalível quanto a mesma previsão se veio a verificar. Há quem também defenda que todos os seus heterónimos foram criados com fundamento em ensinamentos cabalísticos, sendo que outros defendem que os mesmos heterónimos foram criados com base em processos espiritistas, sendo que na verdade os heterónimos de Fernando Pessoa eram pessoas que existiram de verdade e que eram espíritos consultados pelo poeta e sobre os quais Fernando Pessoa escreveu. Tanto uma como outra versão, defendem em uníssono que as personagens heterónimas de Fernando Pessoa possuíam um fundamento tão realista devido a serem espíritos que, na realidade, existiram mesmo e foram consultados pelo poeta. Fernando Pessoa possuía ligações com o ocultismo e o misticismo, salientando-se a Maçonaria e a Rosa-Cruz (embora não se conheça qualquer filiação concreta em Loja ou Fraternidade destas escolas de pensamento), havendo inclusive defendido publicamente as organizações iniciáticas, no Diário de Lisboa, de 4 de Fevereiro de 1935, contra ataques por parte da ditadura do Estado Novo. O seu poema hermético mais conhecido e apreciado entre os estudantes de esoterismo intitula-se "No Túmulo de Christian Rosenkreutz".Conheceu o famoso ocultista Aleister Crowley, assim como a maga alemã Miss Jaeger que passou a escrever cartas a Fernando assinando com um pseudônimo ocultista.

Francis Bacon

( 1561-1626) Filósofo, Jurisconsulto e Estadista inglês. Um dos fundadores do Método Experimental . Foi ao mesmo tempo, um importante ocultista, na figura de uma das principais figuras da Autêntica Ordem Rosa-cruz.

Franz Hartmann

(1838-1912) Ocultista, teosofista e médico alemão. Eminente membro da Santa Igreja Gnóstica da Alemanha. Depois de viajar pela Europa e a América, desenvolveu suas faculdades psíquicas com a paranormal Katie Wentworth. Depois, uniu-se com H.P. Blavatsky, de quem foi discípulo na Sociedade Teosófica. Em 1888 fundou na Alemanha a Ordem Rosa-cruz Esotérica,

Fulcanelli

Pseudônimo de um misterioso alquimista contemporâneo desaparecido depois da Liberação Francesa pós Segunda Guerra Mundial. Autor de importantes trabalhos alquímicos, publicados através de Eugene Canseliet, única pessoa que o conheceu pessoalmente.

Grosche

em 1926, Grosche fundou a ordem Fraternitas Saturni. A Fraternitas Saturni reconhece Aleister Crowley como um profeta e professa a Lei de Thelema de uma forma modificada. Diz-se que a Fraternitas Saturni ainda actua na Alemanha, Canadá e outros países. Este sistema é desenvolvido por uma fraternidade chamada "Fraternitas Saturni". Nesta ordem é praticado um sistema mágico denominado Magia Luciferiana. O sistema esotérico de Magia Luciferiana praticado na ordem que Grosche fundou foi beber ao sistema magico da ordem Ordo Templi Orientis ,(O.T.O.), sendo centraliza suas práticas em magia sexual e em magia ritualística. A diferença principal em relação a O.T.O. é que, enquanto esta busca a fusão do indivíduo com a energia criadora, elevando o individuo a um estado superior, a Fraternitas Saturni busca elevar o espírito humano não a um estado superior mas sim a uma permanente condição de Divindade, representada por Lúcifer.

Hengisto de Woodcroft

Este mago é ou recebeu seu nome em homenagem ao rei saxão da Inglaterra. O rei Hengisto e seu irmão Horsa - seus nomes vêm de palavras em alemão para "garanhão" e "cavalo" - chegaram à Inglaterra em 449a.C., com mercenários, para ajudar o rei Vortigern a derrotar a rebelião dos Pictos e dos Celtas da Escócia. No entanto, começaram sua própria rebelião. Hengisto fundou o reino de Kent. É provável que o nome Woodcroft seja simplesmente um dos que a J.K. descobriu num mapa e gostou. Em Peterborough, na Inglaterra, ao Norte de Kent, existe o Castelo Woodcroft, lugar famoso por seus assassinatos e fantasmas

John Dee

Viveu no Sec XVI/XVII, foi conselheiro particular da rainha Elizabeth I, e também exerceu varios ofícios cientificos: foi matemático , astrónomo, astrólogo, geógrafo. Contudo, John Dee ficaria famoso pelos seus trabalhos no campo da alquimia e do oculto. Ele foi um dos homens mais cultos e instruídos de seu tempo, e antes dos 30 anos já era professor na Universidade de Paris . Dee , de forma muito revolucionária, ( até para os dias de hoje), trabalhou tanto no mundo da ciência como na arte da magia. Dee, ultrapassando o pudor que os cientistas geralmente revelam relativamente ao mundo espiritual,  acreditava que tanto a ciência como a magia eram formas diferentes e validas de abordar e estudar a mesma realidade: toda a criação de Deus, desde o mundo terreno ás esferas celestiais. Este brilhante cientista estava profundamente imerso na filosofia hermética e na chamada magia angélica e devotou a última terça parte de sua vida quase que exclusivamente a este tipo de estudo. John Dee deu inicio a um processo mediúnico com a finalidade de contactar e falar com anjos através do uso de um "scryer" ou  um cristal, que agisse como um intermediário entre ele e os anjos. Dee teve sucesso nessa tentativa de comunicação, e segundo disse,  os anjos ditaram-lhe muitos livros que escreveu sobre o assunto. Segundo Dee, os anjos transmitiram-lhe uma  língua angélica que na falta de melhor palavra, ele denominou Enochiana. Dee sujeitou muitos voluntários ás suas sessões de comunicação com os anjos, contudo logo descobriu que este tipo de comunicação podia ser perigosa, pois muitas das pessoas que entraram em contacto com as esferas celestes através dos cristais , ou se fecharam nas suas casas para nunca mais sair, ou simplesmente enlouqueceram completamente. Aparentemente o elevado grau de consciência das entidades angélicas, pode afectar uma mente humana normal danificando-a. È no fundo um risco que este tipo de operação podia acarretar, pois colocar um espírito angélico em contacto directo com uma mente humana é como tentar enfiar um elefante por um buraco de uma agulha e a mente humana corria o risco de não sopurtar o grau de impacto advindo da assimilação de inteligências tão mais vastas. Dee assim descobriu que este tipo de comunicação apenas poderia ser praticada directamente por fortes médiuns e não por pessoas comuns.

Lilith Aquino

Patricia Sinclair adoptou o nome de Lilith Aquino depois de se casar com Michael Aquino, uma das altas figuras da Igreja de Satã, uma instituição fundada por Anton Szandor LaVey em 1966. Antes de entrar no culto de Lavey, Lilith Aquino foi modelo e depois de abandonar essa actividade, tornou-se proprietaria de uma livraria dedicada ao oculto. Depois disso ela ingressou na igreja de Satã e acabou assumindo um papel de elevado perfil no culto. Em 1975 ocorre uma cisão na igreja, e Lilith Aquino juntamente com Michael Aquino abandonam o culto o torna-se membro fundador do Templo de Set. Lilith Aquino casa com Michael e assume tambem o cargo co-Grande Mestre da Ordem do Vampiro, uma ordem pertencente ao Templo de Set.


Marie Leveau

Marie Laveau foi mais famosa rainha Vodu da America do Norte. Ela e a sua filha, Marie Laveau II, foram as figuras mais poderosas e influentes do mundo oculto em Nova Orleães durante os Séculos XIX e XX. Marie Levaeu ensinou a praticou a sua religião vodu, fazendo uso de poderes mágicos para tratar de assuntos de amor, questões sociais, assuntos de negócios, problemas com inimigos e questões sexuais. Marie Laveau era filha ilegítima de Charles Laveau e Marguerite Darcantrel, tendo nascido em Nova Orleães em 1794, e foi considerada uma mulher de cor livre. Marie não era negra, era uma bela mulata ou crioula, descendente de uma mistura de sangues negros, brancos e indianos. Marie Laveau casou-se aos 4 de Agosto de 1819 com Jacques Paris, um rico agricultor que era tembem um homem de cor livre.Eles viveram numa casa que era parte do dote de Charles Laveau, seu pai. Contudo,Paris acabou abandonando Marie e retornando a Saint Dominique. Marie Leveau ultrapassou o abalo, socialmente adoptou o titulo de viúva Paris e arranjou emprego como cabeleireira. Nessa profissão, trabalhou para as mais ricas mulheres, tanto brancas como crioulas de Nova Orleães. Não se pode negar que nessa altura, talvez tenha ficado a saber de alguns dos mais íntimos segredos da alta sociedade branca e crioula, o que a muito ajudou na sua carreira de sacerdotisa Vodu. Em 1826, Marie junta-se a Christopher Duminy de Clapion , que tal como o seu primeiro marido, era tembem de Saint Dominique. Embora nunca tenham casado, Marie teve 15 filhos deste relacionamento. Foi então que abandonou a carreira de cabeleireira, e dedicou-se inteiramente ao sacerdócio Vodu. Ela dedicou todos os seus esforços para ser a Rainha Vodu de Nova Orleães. Rapidamente circularam rumores de rituais vodu secretos, em que se adorava uma serpente chamada Zombie, e nos quais se praticavam danças, se realizavam orgias nas quais abundavam a bebida e o sexo. Tais rumores apenas atraíram ainda mais o numero de frequentadores dos cerimoniais Vodu. Curioso é que um terço, ( ou mais), dos adoradores desta religião eram brancos, que frequentavam os rituais e procuravam Marie desejosos de poder para reaver um amor perdido, para ter um novo amante, para levar uma nova mulher ao leito, para eliminar um sócio nos negócios, ou mesmo para destruir um inimigo. Em meados de 1830, haviam inúmeras rainhas vodu lutando entre si para serem a rainha do Vodu e assim ganharem controlo sob todo o movimento religioso da área. Mas Marie Laveau arrasou com toda a concorrencia. Uma das suas vantagens, era que Marie era Católica, e integrou vários elementos da religião crista nos seus rituais, o que lhe permitia apresentar espectaculares cerimoniais que conquistavam seguidores tanto entre negros, como entre crioulos, como entre brancos. Marie chegou mesmo a abrir as suas cerimonias ao publico. Marie também convidou inúmeras pessoas e instituições a assistir aos rituais, tendo-o feito com a imprensa, a policia, etc… Ela chegou mesmo a abrir portas a todos os sedentos de sensações proibidas, cobrando pelo acesso, o que tornou o Vodu bastante lucrativo pela primeira vez. Diz-se que o espírito empreendedor da Maria foi ainda mais longe, quando chegou a organizar rituais secretos onde se realizavam orgias para homens ricos que procuravam belas negras, voluptuosas crioulas e lindas mulatas. A seu tempo, o seu acesso aos mais íntimos segredos da alta sociedade conseguidos através das suas orgias, aliado á sua grande sabedoria mística e conhecimento sobre feitiços, em combinação com a sua grande beleza, reconhecida fogosidade e personalidade marcante, fizeram de Marie Leveau a mulher mais poderosa de Nova Orleães. Brancos de todas as classes procuravam a ajuda dela para todo o tipo de assuntos, enquanto que muitos na comunidade negra e crioula viam-na como uma líder. Juízes e políticos brancos chegaram a pagar-lhe mais de 1.000 Doláres, ( uma grande soma de dinheiro, na altura) , para ganhar eleições, enquanto que brancos de outras condições sociais mais modestas lhe pagavam 10 dolares por um pó de amor. Aos negros, ela ajudava livremente. Visitar Marie Laveau tornou-se moda, era «chique». Em 1869, aos 70 anos, Marie anunciou que se iria reformar. A sua filha, continuou a sua obra, sob o nome de Marie Laveau II, sendo que a seu tempo, a lenda da mãe e da filha de acabaram por misturar, um pouco devido á fenomenal semelhança física entre ambas. Foi a continuação de uma dinastia que a sua filha, Marie Laveau Clapion optou por fazer perpetuar de sua livre vontade, seguindo assim os passos da sua mãe.

Merlim

É considerado um dos mais sábios magos que já existiram, um bruxo-mestre. Dizem que foi conselheiro dos reis britânicos Vortigern, Uther Pendragon e Artur. Embora a lenda possa ter se baseado em alguém que tenha existido de fato, o Merlim que conhecemos é um personagem tirado da fantasia. Por exemplo, alguns dizem que foi ele quem colocou no lugar as pedras de Stonehenge. Outros dizem que ele possuía o dom da profecia porque vivia ao contrário, do futuro para o passado, e portanto já tinha visto o futuro. Merlim é mais conhecido como o mentor do rei Artur.

Miriam, A Judia

Uma das mais famosas bruxas dos tempos antigos. Irmã de Moisés, dizia-se que fora instruída pelo próprio Deus. Muitos trabalhos importantes de alquimia são atribuídos a ela. Também conhecida pelo nome de Maria.

Morgana

Foi uma feiticeira poderosa da mitologia britânica, especialmente dotada nas artes da cura. Merlim foi seu tutor e, algumas vezes, é dito que ela era meia-irmã do rei Artur. Apesar disso, sempre rivalizou com Artur. De acordo com algumas lendas, ela viveu no Estreito de Messina.

Nostradamus

Michel de Nostredame, mais conhecido sob o nome de Nostradamus, foi um Farmacêutico/ Medico da Renascença que praticava a astrologia e a alquimia (como muitos dos médicos do século XVI). Nasceu em 14 de dezembro de 1503 em Saint-Rémy-de-Provence; sofrendo de Epilepsia psíquica, de gota e de insuficiência cardíaca, morreu em 2 de julho de 1566 em Salon-de-Provence, vítima de um edema cárdio-pulmonar. Seus pais eram Jaumet (ou Jacques) de Nostredame e Reynière (ou Renée) de Saint-Rémy. Ele é o filho mais velho dos 8 filhos do casal. O nome Nostredame vem de seu bisavô judeu, que escolheu o nome de Pierre de Nostredame quando da sua conversão ao catolicismo. Ficou famoso por sua suposta capacidade de vidência. Escreveu um livro de centúrias, versos codificados que seriam previsões do futuro. As previsões de Nostradamus revelam eventos que viriam a suceder no futuro. Entre tais eventos, contam-se a previsão da vida e imperiod de Hitler, a 2ª guerra mundial, a vida e existência de Napoleão, a fundação dos Estados Unidos da América 500 anos antes da sua ocorrências, o assassinato de Kennendy, a existência de armas nucleares, de submarinos e helicópteros ou mesmo aviões a jacto, e diz-se mesmo, o atentado de 11 de Setembro bem como a 3ª guerra mundial. Até hoje, as previsões de Nostradamus tem-se verificado infalíveis. Nostradamus teve contactos com três reis de França (Henrique II, Francisco II e Carlos IX), graças a rainha Catarina de Médicis, esposa do primeiro e mãe dos seguintes. Nostradamus ganhou a preferência da rainha, pois previu com exactidão a morte do rei, assim como a morte e sobrevivência de todos os filhos da monarca, sem falhar em nenhuma circunstancia. Não fosse pela protecção da rainha, e Nostradamus teria sido condenado á fogueira pela Santa Inquisição, que defendia que toda a pratica adivinhatória era fruto de possessão demoníaca. Nostradamus frequentou o curso de Medicina, contudo não concluiu os seus estudos. Optou depois pela carreira de Farmacêutico / boticário, tendo sido razoavelmente bem sucedido nessa pratica. Nos tempos em que a peste negra atingiu a Europa, Nostradamus conseguiu bons resultados na luta contra a peste, em parte através da aplicação de praticas de higiene publica e técnicas de higiene pessoal. No entanto uma tragédia atingiu a vida de Nostradamus. O homem que tantos resultados tinha obtido ao lutar contra a peste, perdeu a sua esposa e filhos, que morreram da doença que infestou a Europa. Nostradamus ficou devastado. Prosseguiu com a sua vida, voltando a casar e tendo mais filhos. Casou novamente com segunda esposa, numa pequena cidade, com uma viúva de nome Anna Gemella, de quem teve seis filhos. Foi nessa altura que começou a escrever as suas Centúrias. Alcançou boa fama e muito dinheiro por publicar anualmente almanaques, o que fez por mais de dez anos, ganhando considerável fortuna. Os Almanaques da Nostradamus tinham muito de astrologia e continha, as previsões para os próximos tempos escritas em geral de forma corrente. Nostradamus ganhou fama e foi imensamente procurado por pessoas que procuravam as suas consultas, de forma a saber desde previsões sobre o tempo, ( para fins de agricultura), até previsões pessoais. Diz-se que a sua dor pela perda da sua primeira esposa e filhos, levou-o a aprofundar os conhecimentos esotéricos. Nostradamus trabalhava de dia dando consultas, e á noite, refugiava-se para praticar as suas artes esotéricas, das quais escorriam os conhecimentos que inscreveu nas suas profecias sobre o futuro. Nostradamus sempre defendeu que as suas profecias não se tratavam de eventos destinados a acontecer, mas antes de um aviso á humanidade, pois de ela mudasse o seu comportamento, os destinos previstos pelas suas visões poderiam ser alterados.

Papus

Gerard Anaclet Vincent Encausse, mais conhecido pelo pseudônimo de Papusnasceu em Corunha, a 13 de Julho de 1865, vindo a falecer em Paris, a 25 de Outubro de 1916. Foi um médico, escritor, ocultista, rosacrucianista, cabalista, e maçon. Fundou o martinismo moderno

Paracelso

Pseudônimo de Theophrastus Bombastus von Hohenheim (c. 1493-1541), médico e químico suíço. Recusou as crenças médicas de sua época, afirmando que as doenças se devem a agentes externos ao corpo e que poderiam ser combatidas por meio de substâncias químicas. Identificou as características de várias doenças, como o bócio e a sífilis, e usou ingredientes como o enxofre e o mercúrio para combatê-las

Ptolomeu

astrônomo e matemático, cujas teorias e explicações astronômicas dominaram o pensamento científico até o século XVI. Também é famoso por suas contribuições em matemática, ótica e geografia. A primeira e mais famosa obra de Ptolomeu é conhecida simplesmente como Almagesto. Ela propõe uma teoria geométrica para explicar matematicamente os movimentos e posições aparentes dos planetas, do Sol e da Lua

Salomão

filho do Rei David com Bate-Seba, tornou-se no terceiro rei de Israel (reino ainda unificado) e reinou durante quarenta anos. O nome Salomão ou Shlomô , que em hebraico deriva da raiz Shalon, que significa "paz", tem o significado de "Pacifico". Foi adicionalmente chamado de Jedidias pelo profeta Natã, nome que em hebraico significa "Amado de IHVH". (II Samuel 12:24, 25)Foi ele quem ordenou a construção do Templo de Jerusalém, também conhecido como o Templo de Salomão. Salomão notabilizou-se pela sua grande sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem guerras. Salomão sucedeu a seu pai, David, no trono de Israel, em cerca de 997 a. C.. Depois de guiar o seu povo com grande sabedoria, e depois de construir o grande Templo de Jerusalém, ( do qual nos dias de hoje resta apenas um muro, chamado «muro das lamentações»), Salomão foi um grande praticante de magia negra. Há relatos que indicam que Salomão , no seu tempo, terá sido o rei mais rico á face da terra e que, ainda hoje e em termos comparativos, seria muito mais rico e poderoso que qualquer chefe de estado existente.Há quem afirme que a sua enorme fortuna advem do poder de Deus, enquanto que outros defendem que advem do seu profundo conhecimento de magia negra e demoniologia, sendo que teria sido do controlo sobre os demónios que Salomão ganhou a sua incomensurável riqueza. O Rei Salomão prestou culto e praticou artes magicas ligadas a Deuses que mais tarde vieram a ser classificados como demónios, tais como os Astarote (dos sidônios), Moloque (dos amonitas), e Camós (dos moabitas), aos quais edificou altares e santuários no Monte das Oliveiras. (I Reis 11:1,2; Neemias 13:26) Salomão prestou culto e praticou artes magicas relacionadas com Astarte, uma Deusa reconhecida pelos fenícios, sidónios, sumérios acádios, e mesmo egípcios e gregos. Os seus rituais desta deusa a que Salomão cedeu a sua devoção e artes de magia, eram multiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O seu principal culto ocorria no equinócio da primavera e era altura de grandes celebrações à fertilidade e sexualidade. A sexualidade e o erotismo ligados á pratica do seu culto fazia dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, e o rei Salomão acabou por adorar esta deusa (1Reis 11:15), contrariando o seu Deus.

Bruxas e demónios



O Papa Eugénio IV, em 1437, escreveu uma missiva na qual descrevia a bruxaria.

Na carta são referidos:

1 Sacrifícios e/ou adoração aos demónios

2 O conceito de «pacto demoníaco»,  por via do qual são concedidos grandes poderes para praticar malefícios

3 O uso de imagens de cera para praticar feitiçarias

4 A inversão ou reversão de símbolos cristãos, assim como a perversão da liturgia cristã – a missa negra -

5 O contacto carnal com demónios, ( «incubi» ou «sucubi»), por via do qual a luxúria com os demónios é porta aberta á celebração de pactos infernais com entidades das trevas que possuem aquela que se ofereceu como consorte de um demónio, o que consequente configura um meio de obtenção de poderes maléficos


Pois na verdade, a bruxa foi em tempos encarada como um ser sobrenatural, uma espécie de vampiro ou mais concretamente um «succubus» que á noite invadia o lar das pessoas, fosse na forma de um gato negro, ou de uma traça, ou de neblina, para ter relações sexuais com um ou mais dos humanos daquela casa, extraindo assim as forças vitais desses humanos para seu próprio alimento.

A bruxa, enquanto ser espiritualmente infernal e vampiresco, muita das vezes poderia actuar para beber o sangue ou extrair o esperma das suas vitimas, ou noutros casos, apenas alimentar-se da sua energia vital, o que causava um estado de grande debilidade, falta de forças e fraqueza generalizada das suas vitimas.

È desse tipo de lenda que nasceram diversas superstições que ainda hoje perduram, como superstições relativamente a gatos negros ou a traças.

Julgava-se na Idade Media, que o gato negro era na verdade uma bruxa que tinha assumido a forma daquele animal, e julgava-se que ao aparecer a uma pessoa, a bruxa na forma de gato negro estava anunciando que essa pessoa havia sido embruxada. Dai que nos dias de hoje, se julgue que á má sorte ver ou cruzar com um gato negro.

Com as traças passa-se o mesmo. Em muitos locais, ainda se diz que ver uma traça dentro de casa é sinónimo de bruxaria. Tal superstição advêm das crenças medievais, nas quais se dizia que a bruxa entrava nas casas das suas vitimas sob a forma dessa insecto, para depois atacar as pessoas dessa casa enquanto elas dormiam.

Colocar uma vassoura ao contrário atrás de uma porta, ainda em certos locais é uma superstição que supostamente afasta pessoas indesejáveis de entrar naquela casa. Tambem essa superstição tem raízes na bruxa, pois acreditava-se que as bruxas tinham a capacidade de usar vassouras para se deslocarem até á casa da pessoa que iam atacar. Ao inverter uma vassoura junto da porta, estava-se no fundo querer influenciar o voo do ser nocturno, ( a bruxa), invertendo-o a afastando o voo daquela residência.

De qualquer das formas, na antiguidade o bruxo era tido não como apenas um mero ser humano, mas sim um ser humano possuído por um espírito demoníaco, o que conferia a essa pessoa poderes sobre - naturais.

Uns acreditavam assim que a bruxa era invadida pelo demónio através de um pacto infernal, que era geralmente consumado através de união sexual entre a bruxa e o diabo.

Segundo tais versões, as bruxas na Mitologia Crista e segundo a visão dos manuais de Inquisição na Idade Media, eram conhecidas por manter relações sexuais com o demónio, e por essa via obterem os poderes do diabo para poderem praticar todo o tipo de acções sobrenaturais ou acções magicas.
Estas noções são na verdade herdadas das mais ancestrais tradições místicas hebraicas. Já no I Livro de Henoc é possível observar que a Bruxaria é praticada pela primeira vez quando Satã, Azazel e outros 198 anjos descem á terra.
Na verdade, o I Livro de Enoch descreve como 200 anjos caíram, ou seja, abandonaram a esfera celeste e habitaram neste mundo. E assim continua o apócrifo  Enochiano:

Eles, tal como os seus chefes, tomaram as mulheres para si. Escolhiam quem queriam.

Penetram-nas e desonraram-nas. Ensinaram-lhes bruxaria, fórmulas magicas e como cortar raízes e ervas

para usarem nos seus conjuros (….)

começaram [ os anjos caídos] a revelar segredos mágicos ás suas mulheres

I Livro Enoch



Segundo o I Livro de Enoch, no inicio da humanidade, ( após a expulsão de Adão e Eva do paraíso), alguns anjos
estavam encarregues de vigiar o ser humano na terra , chamando-se esses os «vigilantes».

Entre eles, encontrava-se Satã, Azâzêl, Samîazâz, Arâkîba, Râmêêl, Kôkabîêl, Tâmîêl, Râmîêl, Dânêl, Êzêqêêl, Barâqîjâl, Armârôs, Batârêl, Anânêl, Zaqîêl, Samsâpêêl, Satarêl, Tûrêl, Jômjâêl e  Sariêl.

Os anjos vigilantes, desejaram as filhas dos homens, as mulheres.

Em conjunto, decidiram abandonar o céu para se unirem carnalmente ás mulheres.

Assim o fizeram, e 200 anjos abandonaram o céu e uniram-se carnalmente ás mulheres, escolhendo dentre elas todas as que quiseram. Os anjos penetraram-nas e amaram-nas e com elas casaram.

Foi nesse momento que os anjos rebeldes ensinaram ás suas mulheres os segredos das artes da magia negra em troca do sexo que com elas tinham, e assim nasceu a magia negra.

Não só nasceu a magia negra,  como da união sexual entre os anjos caídos e as mulheres,  nasceram filhos: os neffilins.

Deus desaprovou tanto a fuga dos anjos, como a união entre esses e as mulheres, e gerou o dilúvio que tudo destruiu á face da terra.

Ao faze-lo, lançou uma maldição:

I as mulheres dos anjos seriam mortas, bem como os seus filhos;

II não só perderiam para sempre as suas mulheres e filhos, como próprios anjos caídos seriam para sempre espíritos sem descanso nem paz aprisionados num dos cantos do reino dos mortos;

III os espíritos dos filhos que nasceram do amor entre os anjos e as mulheres, ( entretanto mortos no dilúvio), passariam a ser espíritos terrenais, espíritos impuros, espíritos maus.

Assim sendo:

Segundo Enoch, é neste momento que nascem os demónios, ou seja:

eles são tanto os 200 anjos caídos que amaram as mulheres, como os seus filhos, ( ou os espíritos dos seus filhos), condenados a vaguear eternamente na terra.

Rezam as crenças Enochianas, que os anjos caídos e os seus filhos continuam vagueando neste mundo, amando as mulheres, desejando a carnalidade com elas,  e concedendo-lhes o seu poder e sabedoria. A essas mulheres, chamam-se bruxas, e aos homens que por causa dessas mulheres possuem uma aliança com esses espíritos chamam-se bruxos.

Os demónios facultam ás bruxas:

I Conhecimento sobre o passado, o presente e o futuro

II Saber sobre as propriedades secretas tanto de ervas como de pedras que servem de base ao fabrico de pós ou essências místicas.

III A alteração de certos eventos, ( tanto a nível de fenómenos naturais, como na vida das pessoas), através da sua acção ou influencia sobrenatural sobre esses mesmos, a pedido da bruxa e com a finalidade de causar a concretização de certa finalidade.


Os espíritos terrenais, (ver: dicionário de demónios), manifestam-se nas bruxas através de incorporação, ( incorporação sucede quando um espírito desencarnado habita momentaneamente no corpo de um humano, ao mesmo tempo que a alma desse mesmo humano),  que é permitida através do processo de possessão voluntária, sendo que essa é angariada através da carnalidade.

Sobre tal tipo de processos místicos entre bruxas e demónios, recomenda-se leitura do Malleus Maleficarum e sobre o Sabbath.
Ora, verifica-se assim que a mais ancestral teologia hebraica revela que a bruxaria foi oferecida ás mulheres em troca do acto sexual com os anjos caídos, e assim nasce a arte da bruxaria tal como ela é conhecida.

Tanto as visões teológicas medievais,  como as revelações místicas e apócrifas, são unânimes  em encarar as bruxas como «consortes» do Diabo, muitas das vezes apelidando as bruxas de «prostitutas do Diabo», ou «amantes do Demonio», etc....

Mais que uma vez a bruxaria é nas escrituras relacionada com a sexualidade impura, com a relação e os pactos que se estabelecem entre bruxas e demónios através da carnalidade. Senão vejamos:


Celebram ritos onde (…) realizam mistérios ocultos, ou fazem banquetes orgiásticos com rituais estranhos

Sabedoria 14,23

Como pode estar tudo bem, se continuam as prostituições de tua mãe Jezebel e as suas inúmeras magias?

II Reis 9,22
quem recorrer aos necromantes e adivinhos para se prostituir com eles (….)

Levítico  20,6

Filhos de feitiçaria (….) não sois vos que procurais a ardência do sexo? (…) que tiravas partidos dos teus amantes, com os quais gostavas de ter relações; e (….) multiplicavas as tuas prostituições

Isaías  57,3-5

Este tipo de sabedoria [ a bruxaria] não vem do alto, é sabedoria (…) animal, demoníaca

Tg 3,15
As obras dos instintos (…) são bem conhecidas: fornicação, (….) libertinagem, idolatria, feitiçaria

Gl 5,19-21



A bruxaria é tida como uma «prostituição com os seres do oculto», sendo que se trata de uma «prostituição aos demónios», um meio esotérico por via da qual se obtêm poderes ou favores dos «filhos das trevas» (Tl 5,5).

Pois devido á forma essencialmente sexual por via da qual alegadamente as bruxas e bruxos compactuariam com o Diabo para obter os seus poderes, as perseguições da Santa Inquisição Católica incidiram fundamentalmente numa violenta perseguição ás mulheres, ( especialmente as mais atraentes, pois essas eram consideradas uma verdadeira tentação do demonio), e aos homossexuais, sendo que tanto uns como outros eram considerados potenciais parceiros sexuais do Diabo, pois seriam alegadamente espiritualmente mais passivos de serem mais fácil e fortemente seduzidos pelo demónio através da grande tentação dos prazeres carnais.

A sedução satânica era considerada uma sedução realizada pelo Diabo ou pelos dos seus demónios, numa tentativa desses se infiltrarem nos corpos dos que se lhe oferecessem, assim possuindo-os. O que essas pessoas ganhariam em troca de serem possuidas atraves do sexo com os demónios, seriam poderes sobrenaturais, poderes ocultos cuja a fonte reside no poder satânico do próprio Diabo.

Satã é um anjo caído, e sendo anjo é um espírito. Pois sendo um espírito, Satã não tem corpo nem sexo. No entanto, Satã foi considerado ou convencionado pela teologia religiosa como sendo um ser de essência masculina.

Por isso mesmo, consideravam os manuais inquisitórios que o Diabo ou Satã:

I procurava ter relações sexuais essencialmente com mulheres bonitas e com maior apetite sexual,  tal como Eva teve relações com Lúcifer, ou outras mulheres tiveram relações com Satã e Azazel, em troca das quais receberam sabedoria e poder. Tal como aconteceu no passado histórico descrito na Bíblia e nos escritos de Enoch,  essas lindas, desejáveis e lascivas mulheres  eram o «alvo» preferido do demónio, ao passo que as mais permeáveis á tentação da carne, sendo essas as bruxas;

II ou então que o diabo procurava também homens que aceitassem servi-lo. E os homens poderia faze-lo submetendo-se ao poder do Diabo. Por via dessa submissão, renunciavam a Deus e oferendavam as suas belas mulheres o demónio, tal como Adão aceitou mansamente que Eva fosse amante de Lúcifer ,( dessa relação nasceu Caim), ou da mesma forma como os descendentes da tribo de Caim aceitaram que Satã, Azazel e os restantes 198 anjos caídos fossem amantes das suas esposas em troca de grande poder, saber e prosperidade; assim, acreditava-se que o homem que em troca de poder sobrenatural,  compactuasse e participasse como o demónio na sua luxúria, tornar-se-ia seu servo e sacerdote, sendo esses os bruxos.

Para mais informação histórica, consulte: Malleus Maleficarum


Dizia-se que dessas relações carnais,( a génese do pecado original que desgraçou Adão e Eva, assim como gerou a causa do dilúvio ),  nascia o pacto satânico que facultava os poderes sobrenaturais que as bruxas e bruxos possuíam, que eram na verdade os poderes das trevas, ou o «dom das trevas».
Acreditava-se também que eram nas missas negras e nos Sabbath, que o pacto demoníaco era não só selado, como ciclicamente celebrado e repetido para agrado dos prazeres demoníacos.

Segundo tais versões mitológicas, uma bruxa seria sempre o resultado de um fenómeno de possessão consentida, ou seja, um espírito de bruxaria possuía a bruxa ou o bruxo, não contra a sua vontade, mas sim através de um acto de entrega voluntária por parte desses.

Na verdade, havia mesmo quem defendesse que essas bruxas e bruxos não possuíam poderes «em si» e «por si», mas antes eram consortes ou amantes do Diabo e que por isso, podiam invocar os favores de Satã ou da sua corte de anjos caídos, para realizarem as suas obras magicas neste mundo.
As teses que professavam que a Bruxa nascia de um Pacto com o Diabo assinado em sangue ,( sangue da própria bruxa), e celebrado através de sexo, ( com o próprio corpo da bruxa que assim se prostituía ao demónio), alegavam igualmente que uma das características identificativas das bruxas, ( de acordo com os manuais inquisitórios), é a «marca da bruxa».

Essa marca corporal confirmava que a bruxa era na verdade uma bruxa. A marca não pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou que o demónio escolheu essa pessoa para ser seu servo, aliado e sacerdote.

A «marca do Diabo» é um sinal deixado pelo demónio no corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo.

Tradicionalmente, acreditava-se que a «Marca do Diabo» era criada de diversas formas:

ou pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca.

Professava-se por isso que a «marca» podia-se manifestar em diversas formas:

Uma verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente insensível.

Nas teses ocultistas de magia negra, a «marca da bruxa», ou o «sinal do Diabo», possui o nome de: a «marca de Caim».

Hoje em dia muitos ocultistas acreditam que a «marca do diabo» não é na realidade uma marca física que é impressa pelo demónio no corpo da bruxa, ( tal como um selo é marcado com ferro em brasa na carne de um animal), mas antes trata-se de uma marca espiritual que fica impressa na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», ou o seu «nome demoníaco», por oposição ao seu nome de baptismo cristão .

Alegam essas teses ocultistas, que quando um pacto é realizado, o demónio que apadrinhou uma bruxa concede-lhe um «nome espiritual», que é um «sinal» que ficará marcado para sempre no espírito de quem vendeu a alma ao Diabo.

È com esse nome que a bruxa passará a viver, a trabalhar nas artes da bruxaria, e mesmo será recebida no mundo dos espíritos depois da sua morte neste mundo.

Por esse motivo, todos os grandes bruxos adoptaram nomes esotéricos diferentes dos seus nomes de baptismo cristão:

Papus, cujo o nome de baptismo era Gerard Encausse;
Eliphas Levi, cujo o nome de baptismo era Alphonse Constant;
Aleister Crowley, cujo o nome de baptismo era Edward Alexander
etc


Se os «nomes de baptismo» cristão identificam uma alma perante Deus, o «nome espiritual» que provem de um Pacto é o «sinal» que identifica um bruxo diante do demónio.
Sendo a bruxa o resultado de um Pacto por via do qual lhe é concedida uma nova e eterna vida ao serviço do Diabo, então no momento do Pacto a bruxa é «baptizada» com o sinal, ( «nome»), que para sempre a identificará perante o Demónio.

§ § § §

Outras crenças porem, apontavam para a natureza demoníaca da bruxa, defendendo que a bruxa já nascia bruxa tal como uma cabra já nasce cabra, ou seja, a bruxa já nascia com um com um espírito de bruxaria dentro de si, pois tinha sido fruto de uma união sexual impura entre um humano e o demónio.

Segundo essas teses defendidas em alguns manuais inquisitórios, a bruxa era um ser condenado, pois a alma humana da bruxa, ao conviver intimamente ,(desde a nascença), com o espírito demoníaco que habita no corpo dela, era uma alma impura, uma alma contaminada pelo espírito de feitiçaria, uma alma contagiada pelo espírito das trevas que habita no corpo da bruxa, uma alma condenada a não ingressar no céu e a permanecer eternamente aprisionada nesta terra.
Dizia-se por isso que alma da bruxa nunca descansaria em paz após a morte, vagueando neste mundo, procurando prazeres carnais, procurando instigar a actos de bruxaria, apadrinhando outros bruxos, atacando vitimas inocentes, etc.
Prova dessa mesma noção, encontramos no antigo Livro de São Cipriano, (Cap. V – Poderes ocultos – Secção 11,  p. 183), onde o santo depois de ter renegado a bruxaria e se ter convertido á fé em Deus, ainda foi atormentado por fantasmas que eram os espiritos de bruxas mortas,  vagueando sem descanso por este mundo.
Por isso mesmo a bruxa era queimada, pois julgava-se que pelo fogo era possível expulsar o espírito demoníaco daquele corpo, ao mesmo tempo que enviando a alma condenada da bruxa aos infernos de forma a que ela não pudesse regressar a este mundo para atormentar os fieis de Deus. Outra forma de evitar que o espírito da bruxa regressasse a esta mundo e vagueasse pela terra atacando vitimas inocentes, era amarrar o corpo da bruxa a uma pesada pedra e atirar a bruxa a um rio, ou a um poço, ou a um lago, acreditando-se que assim a alma da bruxa permaneceria enclausurada no corpo, não podendo abandona-lo para regressar a esta mundo e «vampirizar» os filhos de Deus.

Tais versões teológicas existentes na idade media, defendiam por isso um certo tipo de praticas medievais de combate á bruxa, um certo tipo de forma de eliminação do espírito demoníaco da bruxa, da mesma forma que se defendia que um vampiro apenas poderia ser morto trespassando o seu coração com uma estaca e cortando a sua cabeça, ou que um lobisomem apenas poderia ser eliminado através do uso de prata e da sua degolação, ou que um demónio apenas poderia ser expulso deste mundo através do ritual de exorcismo e água benta, ou que o Diabo apenas respeitava o poder da cruz de Cristo.

Bruxas, vampiros, lobisomens, demónios e o próprio diabo, eram rotuladas criaturas da noite, todas elas vistas por uns como seres condenados e a eliminar , e por outros como forma de produzir algum tipo de resultado na sua vida.

Seja como for que fosse encarada a origem da bruxa, acreditava-se que ao encomendar um trabalho a uma bruxa, estava-se encomendando o trabalho ao demónio que habitava na bruxa, e em ultima instancia, ao próprio diabo, pois a bruxa era um representante do diabo na terra, tal como os padres eram representantes de Deus na terra.

Fonte: magianegra.com.pt

Oração Das Bruxas


 
Salve o meu Anjo da Guarda, Salve a Minha Estrela-Guia!
Salve a Paz,Salve a Esperança... Salve a Fé, Salve a Alegria!

Salve o meu Anjo da Guarda, Salve a minha Estrela-Guia!
Salve o Sol, Salve a Bonança, Salve o Amor, Salve a Harmonia!

Salve o meu Anjo da Guarda, Salve a minha Estrela-Guia!
Salve a Família Sagrada, Jesus, José e Maria!

Salve o meu Anjo da Guarda, Salve a minha Estrela-Guia!
Salve a Noite, Salve o Tempo, Salve a Vida, Salve o Dia!
Salve a Caridade, a Compaixão,a Bondade, a Solidariedade,
a Oração, a Amizade, a Humildade...
Salve tudo que é de salvar! Tudo que é de salvar! Tudo que é de salvar!

Salve o meu Anjo da Guarda, Salve a minha Estrela-Guia!
 Salve, sete vezes salve... muitas vezes salve a Santa Bruxaria,
a Iluminada Magia, a Poderosa Alquimia!
Salve a Verdade, a Luz, o Bem!...
Por todos os séculos dos séculos
E além dos séculos, Amên! Amên! Amên!!!...

Obs.: Rezar às sextas-feiras, ou no dia do seu aniversário, com uma vela dourada e outra da cor do seu Anjo, Signo ou Orixá.

(Fonte: Bruxas Angelicais, de Clara Luz)

sábado, 14 de outubro de 2017

Drogas enteogénicas y registro arqueológico

La relación de la humanidad con las drogas enteogénicas es larga y tiene variados y múltiples registros en la arqueología.

Tradiciones indígenas contemporáneas

Existen varias culturas modernas que siguen la práctica de la aplicación de drogas que alteran la mente con fines religiosos. Algunas de estas culturas son los chamanes de Siberia (que emplean el hongo matamoscas para inducir alucinaciones), los huicholes de México (que utilizan cactus Peyote), los curanderos de la mesa norteña en Perú (que utilizan el cactus San Pedro),​ las tribus de la región del Putumayo en la Amazonia suramericana (que utilizan ayahuasca o yagé) y los rastafaris del Caribe (que usan la marihuana).

Problemas en el registro arqueológico

Hay varios problemas con la identificación de drogas enteogénicas dentro de una sociedad antigua.

Identificación de una sustancia enteogénica. ¿Se fumaba? ¿Se ingería?
Prueba de inspiración enteogénica en artefactos. ¿El artefacto da pruebas directas del consumo de drogas para fines enteogénicos?
Como observador de arte que tiene 20.000 años de antigüedad, ¿vemos patrones que el creador original quería indicar? En otras palabras, ¿nuestros propios intereses personales y prejuicios pueden alterar la manera en que percibimos obras de arte de una manera no apuntada por el autor?

Las pruebas arqueológicas de drogas enteogénicas en las sociedades antiguas

Las drogas enteogénicas han sido utilizadas por diversos grupos durante miles de años. Existen numerosos informes históricos, así como informes modernos contemporáneos de grupos indígenas que usan enteógenos. Sin embargo, hay mucho debate acerca de qué papel han desempeñado los enteógenos en las sociedades antiguas y qué sociedades han hecho uso de enteógenos.

En América

El uso mesoamericano de drogas enteogénicas es el más icónico en la conciencia popular. Los mayas, olmecas, aztecas poseían complejos enteogénicos bien documentados.

Las culturas indígenas de América del Norte tenían también una larga tradición en el uso de drogas rituales.

Enteógenos olmecas

Los olmecas (1200 a 400 a. C.) vivieron en Mesoamérica y son considerados por muchos como la cultura madre de los mayas y aztecas. Los olmecas no dejaron obras escritas de sus estructuras y creencia, por lo que muchas interpretaciones sobre las creencias olmecas se basan en gran medida en la interpretación de los murales y artefactos. Los arqueólogos fueron conducidos a creer que los olmecas utilizaron enteógenos por tres razones:

Entierros de sapos bufo acompañando a sus sacerdotes.
El uso posterior de enteógenos en culturas bajo la influencia directa de la civilización olmeca.
Esculturas de chamanes y otras figuras fuertemente teriantrópicas.

Enteógenos mayas

Los mayas (250 a. C. a 900 d. C.) florecieron en Mesoamérica y fueron prevalentes, incluso hasta la llegada de los españoles. La tradición religiosa maya es muy compleja y muy bien desarrollada. A diferencia de los olmecas, los mayas tienen textos religiosos que han sobrevivido hasta el día de hoy. La religión maya muestra la característica mitología mesoamericana, con un fuerte énfasis en un individuo que es un comunicador entre el mundo físico y el mundo espiritual. Efigies de setas de piedra, del 700 d. C., dan pruebas de que las setas eran veneradas por lo menos en una forma religiosa. La evidencia más directa del uso moderno maya de enteógenos proviene de los descendientes de los mayas, los cuales usan drogas enteogénicas hasta hoy.

Enteógenos mexicas

El complejo enteogénico mexica está muy bien documentado. A través de datos históricos, hay evidencias de que los mexicas utilizaron varios tipos de drogas psicoactivas. Estos medicamentos incluyen ololiuqui (la semilla de Rivea corymbosa), teonanácatl (traducido como ‘seta de los dioses’, un hongo psilocybe) y sinicuichi (una flor añadida a las bebidas). La estatua de Xochipilli, de acuerdo con Wasson, presenta varias plantas enteogénicas. Este mismo autor ha sugerido que la categoría péyotl es el origen etimológico de la palabra mexicana piule,​ utilizada en la actualidad para referirse a los enteógenos y a la embriaguez visionaria en general.

Otras pruebas del uso de enteógenos por los mexicas vienen del Códice Florentino, una serie de 12 libros que describen vívidamente el uso de drogas enteogénicas dentro de la cultura y de la sociedad mexica.

Tras la imposición forzosa del catolicismo en América, los mexicas siguieron practicando el uso de enteógenos pero bajo máscara cristiana.

Uso de enteógenos en América del Norte

Hay varios grupos indígenas contemporáneos que utilizan enteógenos especialmente los nativos americanos del suroeste de los Estados Unidos. Diversas tribus de California son conocidos por el uso de bebidas alcohólicas fuertes, así como Peyote,​ a fin de lograr visiones y experiencias religiosas. Un fraile franciscano fue el el primer blanco que describió el efecto de este cactus y el uso sagrado que le daban los indígenas. Este conocido misionero de la época colonial lo detalló de esta forma:

Ay otra yerva que se llama peiotl... hazese hazia la parte del norte: los que la comen o beben ven visiones espantosas o de risas, dura este emborrachamiento dos o tres días y después se quita. Es como un manjar de los chichimecas que los mantiene y da ánimo para pelear y no tener miedo, ni sed ni hambre y dicen que los guarda de todo peligro.
Franciscano fray Bernardino de Sahagún, 15609​

Uso de enteógenos en América del Sur

Enteógenos en la Cultura Llolleo

Es muy común encontrar pipas de cerámica o de piedra en sitios de la Cultura Llolleo, una cultura del Chile prehispánico, lo que permite inferir acerca del uso de sustancias alucinógenas como parte de los rituales de esta sociedad. De hecho, se han encontrado sitios arqueológicos que podrían corresponder a lugares ceremoniales donde se reunía una gran cantidad de personas y en donde el uso de las pipas jugó un rol central, a juzgar por la gran cantidad de estos implementos encontrados en esos lugares.

Enteógenos en la tradición Bato

En relación a hallazgos arqueológicos de la Tradición Bato,(Chile) se encontraron pipas, las que solían tener forma de “T” invertida.Muchas de estas sociedades usaba alucinógenos en sus prácticas rituales, importadas desde el Planalto Brasileiro de donde eran originarias.

Uso de enteógenos en los atacameños

El "segundo periodo" atacameño es decir, entre 900 y 1200, muestra el empleo de una alfarería negra pulida, la influencia de la cultura del Tiahuanaco o Tiwanaku -horizonte cultural Tiahuanaco-, el empleo de las tabletas para aspirar alucinógenos, principalmente el cebil y cacto " san pedro " o huanto, con figuras esculpidas de hombres, cóndores y felinos y el uso del tembetá (palabra de origen guaraní) o adorno labial.​ El uso de alucinógenos o "enteógenos", como en todas las otras etnias originarias de América antes de la conquista europea, era ritual, es decir únicamente se podían consumir en muy específicas situaciones, por ejemplo cuando un chamán debía intentar hacer una adivinación poniéndose en contacto -según creían- con los dioses.

Uso de enteógenos en las culturas originarias en Perú

La evidencia más antigua de uso de enteógenos en los andes peruanos se encuentra en la Cueva de Guitarrero en la región Áncash, con restos arqueobotánicos de aproximadamente 10 600 años AP del cactus San Pedro encontrados por el arqueólogo Thomas Lynch. Posteriormente, en sitios como Las Aldas la arqueóloga Rosa Fung también encontró restos arqueobotánicos de San Pedro en la década de 1960, que contiene el alcaloide psicoactivo mescalina.

Ya en el periodo denominado Formativo Tardío u Horizonte Temprano, desde el 1500 a. C. hasta el 500 a C., al parecer el uso del cactus fue más difundido en culturas como Chavin y Cupisnique, evidenciado tanto en las cerámicas y esculturas en piedra de la época.​ Del mismo periodo, también hay dibujos representando al cactus San Pedro sobre los textiles del sitio Karwa, asociado a la cultura Chavin.

Posteriormente, en el periodo Intermedio Temprano, en culturas como Moche y Nazca el uso del cactus se muestra en varias cerámicas de la época. El antropólogo Douglas Sharon publicó un trabajo sobre el material cultural en donde se encuentra la representación del cactus San Pedro en los objetos cerámicos y de piedra de las culturas mencionadas. Adicionalmente a la representación directa de la especie botánica, muchas de las cerámicas muestran a los animales de poder o aliados así como la transformación chamánica de los especialistas rituales.

Calcu mapuche

El Calcu al igual que la Machi también puede tener clientes, pero los clientes del Calcu pueden pedirle ayuda para tomar venganza o hacer daño a otras personas, a menudo a raíz de situaciones de celos. Se dice que los calcu (persona) pueden asumir tres funciones: Kalkutufe, Dawfe y Choñchoñ; y si son poderosos pueden realizarlas todas simultáneamente. Los calcu merodearían por los cementerios para apoderarse del pillü (fantasma del muerto reciente), con el propósito de utilizarlo en sus hechizos del calcutun. Esto último es uno de los motivo de la realización del Aun (Ritual funerario), para evitar la acción de los Calcus.

El Calcu además utilizaría numerosas pócimas, destacando el kalku-mamüll también conocido como latúe, latuy; que significa "el mortífero" o "la tierra de los muertos". conocido con el pelativo español de "árbol de los brujos", "palo mato" o "palo de brujos", y conocido actualmente con la nomenclatura científica actual Latua pubiflora. esta planta se caracteriza por ser un alucinógeno clásico de la etnología mapuche.

Enteógenos en el Caribe precolombino

También los taínos en el Caribe se valían, durante el rito de la cohoba, del uso de una sustancia alucinógena derivada del tamarindo macho y de una mezcla de caracoles. Este ritual es muy similar al practicado por grupos indígenas de la selvas de Venezuela, donde esta sustancia se conoce como ebena o yopo.

Europa

Paleolítico

Durante el Paleolítico, hay amplia evidencia del uso de drogas como se puede ver en conservas y restos botánicos en sus coprolitos. Algunos estudiosos sugieren que el entierro floral de la Cueva Shanidar (un sitio Paleolítico en Irak) muestra evidencia del Ritual de la Muerte chamanista, pero esto sigue siendo objeto de debate. La evidencia más directa que tenemos del paleolítico, como obra, proviene de Tassili n'Ajjer, Argelia. De esta región, hay varias imágenes teriantrópicas en las que se retrata al pintor y animales alrededor de él. Una imagen, en particular, muestra a un hombre que se ha unido en una forma común con un hongo. Hay varios sitios que muestran imágenes teriantrópicas del Paleolítico. Sin embargo, aún se debate el hecho de que sitios como Lascaux o Chauvet fueron inspirados enteogenicamente.

Misterios eleusinos

Los misterios eleusinios eran ritos de iniciación anuales al culto a las diosas agrícolas Deméter y Perséfone que se celebraban en Eleusis (cerca de Atenas), en la antigua Grecia. De todos los ritos celebrados en la antigüedad, éstos eran considerados los de mayor importancia. Estos mitos y misterios se extendieron posteriormente al Imperio romano. Los ritos, así como las adoraciones y creencias del culto, eran guardados en secreto, y los ritos de iniciación unían al adorador con el dios, incluyendo promesas de poder divino y recompensas en la otra vida.

Teoría del LSA en los misterios eleusinos

Algunos investigadores creen que el poder de los misterios eleusinos procedía de la función del ciceón como agente psicodélico, teoría extensamente argumentada en El camino a Eleusis (de R. Gordon Wasson, Albert Hofmann y Carl A. P. Ruck). La cebada podía haber sido parasitada por el hongo cornezuelo, que contiene LSA (amida del ácido d-lisérgico), un precursor del LSD (dietilamida del ácido lisérgico). Es, por tanto, posible que los iniciantes, sensibilizados por su ayuno y preparados por las ceremonias precedentes, fueran elevados por los efectos de una potente poción psicoactiva a estados mentales revelatorios con profundas ramificaciones espirituales e intelectuales.

Esta teoría sigue siendo controvertida, pues preparaciones de ciceón hechas a partir de cebada parasitada por cornezuelo han arrojado resultados no concluyentes.

Terence McKenna ha propuesto que los misterios giraban en torno a una variedad de hongos psilocíbicos, aunque parece haber pocas evidencias a favor de esta teoría. También se han sugerido algunos agentes enteogénicos más, como la salvia y las amanitas, pero todas estas teorías carecen de pruebas consistentes.

Psicoactivos y principales religiones del mundo

Existen varios informes de que la Biblia y los Vedas tienen varias referencias a drogas enteogénicas. Aunque la mayoría de los estudiosos rechazan estas alegaciones, son aceptados por muchos grupos marginales.

Maná y setas

Algunos investigadores especulan que el Maná, el alimento que cosecharon las tribus de Israel, fueron en realidad drogas enteógenas.

Y cuando el rocío que se había ido a sentar, he aquí, sobre la faz de la naturaleza existe establecer una pequeña cosa redonda, tan pequeño como el Hoar, heladas sobre el terreno. Y cuando los hijos de Israel se vieron, dijeron uno a otro, es el maná: porque ellos no sabían lo que era. Y Moisés les dijo: Este es el pan que el Señor ha dado de comer.

Libro del éxodo 16:14
Algunos apuntan a las similitudes de Psilocybe y la descripción bíblica del maná como prueba.

Soma y setas

En el Rig-veda (el texto más antiguo de la India, de mediados del II milenio a. C.). ha habido mucha especulación sobre la naturaleza del soma, el alimento de los dioses. A continuación se muestra un pasaje de los Vedas:

Hazme inmortal en ese reino donde la felicidad y transportame adonde la alegría y la felicidad se combinan...Rig-veda

Estudiosos como R. G. Wasson sugieren que el soma es la Amanita muscaria, un hongo comúnmente utilizado por los chamanes de Siberia.

Misa Negra


Se denomina Misa negra a la ceremonia que emula a la misa católica. Comúnmente es considerada como un ritual de culto a Satanás y como la parodia a la misa cristiana. En general se denomina a un conjunto de rituales de posible trascendencia mágica, que se celebran por grupos de personas afines a diversas creencias, siendo vinculada principalmente con el satanismo y la magia negra. Su origen es discutido, dependiendo de las creencias de sus practicantes, habiéndose encontrado indicios de su existencia desde los inicios de la era cristiana y fue investigada por distintas personalidades tales como Aleister Crowley, Eliphas Levi e incluso el conocido satanista moderno Anton Szandor LaVey.

Definiciones

La Misa Negra es un ritual sacrílego en el que la misa cristiana se oficia al revés.
Ceremonia esotérica satanista consistente en una misa ofrecida al diablo que invierte todos los signos cristianos por signos satanistas y, en lugar de consagrar el pan y el vino, se consagra la sangre de un animal y en ocasiones una criatura humana ritualmente sacrificada.
Ceremonia del culto de Satán. Parodia de la misa católica (LS.)

Hipótesis satanista

Según Anton Szandor Lavey y los seguidores de la Iglesia de Satán, el propósito de la misa negra es ridiculizar la ceremonia religiosa cristiana y, más que nada, el sacrificio de Jesús en la Cruz. Con la finalidad de reafirmar la naturaleza animal del ser humano, razón por la cual se pueden observar ritos sexuales, de carne y de sangre.

Todos los pasos normales de una misa son desvirtuados, aquí es donde toma especial importacia la Hostia Consagrada (el cuerpo de Jesús). Es normal entre las misas negras que la hostia acabe pisoteada, mezclada con drogas o siendo parte de actos sexuales.

Si bien en algunos grupos las ceremonias son netamente simbólicas, en otros que se han hecho con el tiempo más numerosos existen ritos violentos, en los que se producen incluso violaciones y homicidios.

Una mujer desnuda se utiliza como el altar en los rituales paganos porque es el mejor receptor pasivo natural y representa a la madre Tierra, los demás utensilios deben estar colocados sobre una mesa al alcance del sacerdote.

El color negro es el elegido para vestirse en la cámara del ritual porque es el símbolo de los poderes de las tinieblas y del demonio.

Los amuletos que llevan la sigla del Baphomet o el pentáculo tradicional de Satán, son llevados por todos las personas que esten juntas

Se espera que la misa negra culmine con la llegada del Diablo, que generalmente aparecerá con forma humana y cabeza de chivo. Sólo hasta que el maligno hace su aparición es cuando tienen lugar los sacrificios, la quema de libros y otras actividades prohibidas por el cristianismo.

Un ejemplo: la misa negra de las brujas de Zugarramurdi

Según lo que averiguaron los inquisidores del caso de las brujas de Zugarramurdi —en cuyo acto de fe celebrado en 1610 fueron quemados vivos seis supuestos brujos y brujas—, en algunas noches señaladas como la víspera de Reyes, de la Ascensión, del Corpus Christi, de Todos los Santos, de la Asunción de la Virgen o de San Juan se celebraba un ritual especial, que constaba de dos partes. En la primera los brujos y brujas se confesaban ante el demonio y se acusaban de haber entrado en una iglesia, de haber oído misa... y de los males que habían podido hacer y no habían causado. La segunda era la misa sacrílega celebrada por el demonio revestido con ornamentos negros, feos y sucios. Durante la misma se seguían los mismos pasos que en la misa cristiana. Tras el sermón en el que el demonio exhortaba a los brujos y brujas a hacer el mal, prometiéndoles a cambio el paraíso, los "feligreses" uno por uno se acercaban al demonio y se arrodillaban ante él besándole la mano izquierda, los pechos, los genitales y el ano (el llamado osculum infame).

Según las confesiones de los brujos y brujas, cuando llegaba el momento de la consagración el demonio alzaba algo parecido a una suela de zapato donde estaba su figura y decía Esto es mi cuerpo y a continuación un cáliz de madera, negro y feo, mientras los brujos lo adoraban arrodillados. Después los brujos y brujas se acercaban al "altar", que estaba cubierto con un viejo paño negro, feo y deslucido y comían y bebían lo que el oficiante había "consagrado". Hasta aquí la misa negra había sido una réplica exacta de la misa cristiana, pero el final era completamente diferente. El demonio copulaba con las brujas y sodomizaba a los brujos y después comenzaba la orgía, en la que volvía a participar el diablo. "Brujos y brujas se mezclan sexualmente y aparean unos con otros en total promiscuidad, sin consideraciones de sexo ni grados de parentesco".

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