terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Biografia Alexandre-Emile Béguyer de Chancourtois


Alexandre-Émile Béguyer de Chancourtois foi geólogo nascido em Paris, na França no dia 20 de janeiro de 1820. Sua principal contribuição foi a de observar a periodicidade dos elementos químicos. Foi um dos primeiros a classificar os elementos e assim formar uma tabela periódica.

Filho de Louis Aimé César Béguyer de Chancourtois e de Amélie Louise Clerget, frequentou o Politécnico (1838) e a Escola des Mines de Paris. Foi professor de topografia subterrânea na Escola des Mines até 1852. Depois, foi assistente de uma cadeira de geologia em 1856. Chancourtois foi chefe do gabinete do Príncipe Napoleão e realizou uma expedição com este último (1856) tornando-se um dos mais jovens oficiais da Legião de Honra e mais tarde comandante (1867). Foi subdiretor do serviço da carta geológica de França até 1875 e foi promovido inspetor-geral das minas e inspetor da divisão do Norte e Oeste, em 1880.

Observou a periodicidade das propriedades físicas e químicas dos elementos. Em 1862, ele organizou os elementos em ordem crescente de massas atômicas, colocando-as sobre uma linha helicoidal que recobria uma superfície cilíndrica formando um caracol. Este modelo foi chamado de Parafuso Telúrico de Chancourtois. Chancourtois propôs que as propriedades dos elementos eram as propriedades dos números e observou que estas propriedades se repetiam de sete em sete elementos. Usando esta representação, pôde prever a estequiometria de vários óxidos metálicos.

As regularidades que ele encontrou não funcionavam para todos os elementos conhecidos até então. A ideia, portanto não recebeu muita atenção.

Faleceu no dia 14 de novembro de 1886 na França.

Biografia Julius Lothar Meyer

Julius Lothar Meyer (Varel, 19 de agosto de 1830 — Tübingen, 11 de abril de 1895) foi um químico alemão.

Formado em medicina, dedicou-se entretanto à química. Foi professor de química em algumas universidades. Irmão do físico Oscar Emil Meyer.

Em 1860, em um Congresso em Karlsruhe, na Alemanha, muitos cientistas discutiam sobre pesos atômicos e pesos equivalentes dos elementos. Meyer participou deste Congresso e buscou encontrar uma relação entre os pesos atômicos e as propriedades dos elementos quimicos.

Meyer procurou calcular o volume atômico dos elementos descobertos até então, 63 elementos. Em 1870, Meyer mostrou a relação de periodicidade entre volume atômico e massa atômica, traçando um gráfico destas propriedades. Após isso ele tentou mostrar a mesma relação de periodicidade de outras propriedades dos elementos, em função da massa atômica.
Praticamente na mesma época, Dmitri Mendeleiev consegue mostrar uma relação de periodicidade de várias propriedades dos elementos em função da massa atômica. Entretanto, o seu trabalho recebeu maior destaque, pois, até mesmo, previa elementos desconhecidos na época.

Biografia Johann Wolfgang Döbereiner


Johann Wolfgang Döbereiner (Holf, 13 de dezembro de 1782 — Jena, 24 de março de 1849), foi um químico alemão.Filho de um cocheiro,Döbereiner era em grande parte autodidata. Conseguiu obter um cargo como farmacêutico e frequentava avidamente as conferências públicas locais sobre ciência que se realizavam usualmente. Seu conhecimento químico precoce valeu-lhe a atenção de Karl August, duque de Weimar, que finalmente lhe assegurou uma nomeação para a Universidade de Jena. Ali suas aulas eram regularmente assistidas por Goethe, que tinha um interesse tão intenso em ciência que, em certa época, considerou suas atividades nesse campo mais importantes que seus escritos, tendo influenciado, também, mais tarde, o pensador científico, o filósofo Schopenhauer.

Quando estava trabalhando em suas próprias ideias morfológicas, em 1829,percebeu que o recém-descoberto elemento bromo tinha propriedades que pareciam situar-se a meio caminho entre as do cloro e as do iodo. Não só isso, seu peso atômico ficava exatamente a meio caminho entre os desses dois elementos.

Döbereiner começou a estudar a lista dos elementos conhecidos, registrados com suas propriedades e pesos atômicos, e acabou descobrindo outros dois grupos de elementos com o mesmo padrão. O estrôncio situava-se a meio caminho (em peso atômico, cor, propriedades e reatividade) entre o cálcio e o bário; e o selênio podia ser igualmente situado entre o enxofre e o telúrio. Döbereiner chamou esses grupos de tríades, e começou uma ampla investigação dos elementos em busca de outros exemplos, mas não conseguiu encontrar mais. A “lei das tríades” de Döbereiner aplicava-se aos 54 elementos conhecidos. Ele também foi o descobridor dos elementos: Háfnio (Hf), Zircônio (Zr), Crômio (Cr) e Frâncio (Fr).

Contribuiu para o desenvolvimento da tecnologia dos vidros ópticos quando preparou e caracterizou quanto à refracção e à difracção vidros em cuja composição introduziu o bário e o estrôncio.

O escritor alemão Goethe era um amigo de Döbereiner, participaram de suas palestras semanais, e usou suas teorias de afinidades químicas como base para os seus famosos romances As Afinidades Eletivas, de 1809.

Biografia John Alexander Reina Newlands


John Alexander Reina Newlands (Londres, Inglaterra, 26 de novembro de 1837 — Londres, 29 de julho de 1898) foi um químico britânico.

Foi um químico industrial. Trabalhou em uma usina de açúcar, como químico chefe, e chegou a escrever um tratado sobre o açúcar.

Em 1863, Newlands propôs uma classificação dos elementos químicos. Ordenou os elementos químicos com propriedades semelhantes, em 11 grupos, nos quais os elementos semelhantes possuíam massas em uma relação de multiplicidade 8. Esta era a “Lei das Oitavas”, que buscava a ordenação dos elementos químicos seguindo o exemplo da música, como as notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, ré, mi, fá ...). Esta foi uma tentativa de ordenação dos elementos químicos, que mostrava uma certa periodicidade.

Seu trabalho ficou conhecido como Lei das Oitavas de Newlands, e pode-se dizer que em alguns aspectos fora a mais eficiente classificação dada aos elementos até então. Entretanto, em alguns casos essa regularidade não era observada; “… as propriedades do ferro não são parecidas com as do enxofre e as do oxigênio, e nem o comportamento do manganês lembra o do fósforo ou o do nitrogênio: enquanto o manganês e o ferro são elementos metálicos, duros e bons condutores térmicos e elétricos, o fósforo e o enxofre não têm características metálicas, são relativamente moles e maus condutores de calor e cargas elétricas”.

Assim, apesar de apresentar uma maior sofisticação que os anteriores e de constituir um importante passo ao estabelecimento definitivo da classificação periódica dos elementos, Newlands em sua tabela não encontrou grande receptividade entre os químicos da época. “Conta-se mesmo que, em ocasião em que Newlands exibia seu trabalho perante os membros da London Chemical Society, o físico Carey Foster teria perguntado a Newlands se este, por acaso, não teria descoberto também alguma lei distribuindo os elementos na ordem crescente das iniciais de seus nomes.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Biblioteca


Biblioteca (do grego βιβλιοϑήκη, composto de βιβλίον, biblion - "livro", e ϑήκη theca - "depósito"), na definição tradicional do termo, é um local em que são guardados livros, documentos tridimensionais e demais publicações para o público estudar, ler e consultar estas obras. Dessa forma, os três objetivos das bibliotecas são:

A guarda dos livros e demais publicações em local livre de perigo, onde não sejam roubados, incendiados e demais perigos; conservação, que não sejam estragados porque o público manuseia constantemente as obras, ou porque os documentos ficam úmidos, quentes e ou situações similares; a organização segundo algumas regras para catalogar e arquivar as obras impressas, com intuito de que seja possível de se encontrarem de maneira imediata por meio de classificações como autor, assunto, ou diferente característica de importância.

Os profissionais que lidam com esses objetivos são os bibliotecários, com formação em biblioteconomia, curso ensinado em instituições de ensino superior. Para os visitantes, as bibliotecas têm três finalidades básicas: estudar, ler e consultar as obras.O público procurador comum das bibliotecas está buscando um estudo sobre um certo tema, de simples leitura por diversão, ou de realização de pesquisa a respeito de alguns assuntos. Por essa razão mesmo, há uma grande variedade de pessoas que visitam as bibliotecas quando se é tratado de bibliotecas generalistas. Hoje em dia, as bibliotecas não são somente guardiãs de livros, porém, da mesma forma, de dicionários, enciclopédias, monografias, manuais, documentos tridimensionais, almanaques, atlas, jornais, revistas, mapas, cartazes, manuscritos, filmes, discos, CDs, fitas, VHS, DVDs, BDs, ou bancos de dados, fotografias, telas e microfilmes. Revistas e jornais são classificados como material periódico, também são organizados e armazenados em uma seção da biblioteca denominada hemeroteca - espaço próprio para este tipo de material informativo.
Porém, o velho conceito de "depósito de livros" foi redefinido para "ambiente físico ou virtual destinado à coleção de informações com a finalidade de auxiliar pesquisas e trabalhos escolares ou para praticar o hábito de leitura, material este seja impressos em folhas de papel ou ainda digitalizadas e armazenadas em outros tipos de materiais, tais como CD, fitas, VHS, DVD ou bancos de dados.
A disciplina que rege o funcionamento das bibliotecas é a Biblioteconomia, onde as Leis de Ranganathan ou Cinco Leis da Biblioteconomia são os princípios fundamentais.As Bibliotecas também são denominadas CDI (centros de documentação e informação). São normativamente locais de silêncio para não interromper a leitura de terceiros.

Bibliotecas no mundo: uma epopeia histórica

Guardar o conhecimento, a cultura, a produção cientifica das Civilizações é uma tarefa difícil, pois o nascimento e a decadência de impérios é uma constante da história. Nesse sentido os mosteiros tiveram um papel fundamental: muito da cultura grega, romana, celta, nórdica e cristã da Antiguidade e Medieval foi preservada pelo trabalho árduo e silencioso dos monges copistas. Não por acaso, no século VIII d.C., já surgiam anexas aos mosteiros: grandes centros culturais, as Escolas Monacais.

Momentos históricos

Toda a saga das bibliotecas antecede a própria história do livro e vai encontrar abrigo no momento em que a humanidade começa a dominar a escrita. As primeiras bibliotecas que se tem notícia são chamadas "minerais", pois seus acervos eram constituídos de tabletes de argila: depois vieram as bibliotecas vegetais e animais, constituídas de rolos de papiros e pergaminhos. Essas são as bibliotecas dos babilônios, assírios, egípcios, persas e chineses. Mais tarde, com o advento do papel, fabricado pelos árabes, começam-se a formar as bibliotecas de papel e, mais tarde, as de livro propriamente dito.
Até o momento, os historiadores acreditam que a biblioteca mais antiga seja a do rei Assurbanípal (século VII a.C.), cujo acervo era formado de placas de argila escritas em caracteres cuneiformes. Mas nenhuma foi tão famosa como a biblioteca de Alexandria, no Egito. Ela teria de 40 a 60 mil manuscritos em rolos de papiro, chegando a possuir 700 mil volumes. A sua fama é atribuída, além à grande quantidade de documentos, também aos três grandes incêndios de que foi vítima. Em outubro de 2002 o governo do Egito inaugurou a nova biblioteca Alexandria, desta vez um complexo cultural com bibliotecas, museus, áreas para exposições, centros educacionais e um centro para convenções internacionais. A nova biblioteca adotou modernos recursos de tecnologia, além de ter capacidade para até 8 milhões de volumes e lugares para 3.500 leitores.
Mas outras bibliotecas também tiveram grande importância, como as bibliotecas judaicas, em Gaza; a de Nínive, da Mesopotâmia; e a biblioteca de Pérgamo, que foi incorporada à de Alexandria, antes de sua destruição. Os gregos também possuíam bibliotecas, mas as mais importantes eram particulares de filósofos e teatrólogos. A partir do século XVI é que a biblioteca realmente se transforma, tendo como característica a localização acessível, passa a ter caráter intelectual e civil, a democratização da informação e especializada em diferentes áreas do conhecimento.
No Brasil, a biblioteca oficial é a atual Biblioteca Nacional e Pública, do Rio de Janeiro, que se tornou do Estado em 1825. Essa biblioteca era constituída dos livros do rei de Portugal Dom José I e foi trazida para o Brasil por Dom João VI, em 1807. Junto à Biblioteca Nacional, outra de grande importância no Brasil é a Biblioteca Municipal de São Paulo.

Tipos de biblioteca

As bibliotecas podem ser públicas ou particulares. Nas bibliotecas públicas o acesso aos livros costuma ser gratuito e muitas vezes é possível emprestar livros por um determinado tempo, a depender das políticas definidas, que variam de acordo com o tipo de obra. As bibliotecas públicas buscam ser locais que propiciem a comunidade acesso a informações que de alguma forma sejam úteis e ajudem a desenvolver a sociedade. No contexto atual, muitas bibliotecas buscam oferecer infraestrutura para inclusão digital.
As bibliotecas particulares podem ser mantidas por instituições de ensino privadas, fundações, instituições de pesquisa ou grandes colecionadores. Algumas delas permitem acesso a sua coleção, permitindo a pesquisadores, estudantes ou interessados o acesso as informações armazenadas em suas dependências.
As bibliotecas especializadas oferecem coleções de informações sobre determinado tema, tais como medicina, matemática, cinema ou outros.
As bibliotecas comunitárias geralmente situam-se em áreas residenciais e em bairros da periferia, recebendo pouco ou nenhum apoio governamental. Ela sobrevive por meio de doações de pessoas ou instituições privadas.
Normalmente, as coleções de livros nas bibliotecas são classificadas, de modo a facilitar a localização e consulta por parte dos usuários. A classificação pode obedecer diversos critérios, sendo mais comum a classificação por assuntos, e dentro do mesmo assunto, por nome do autor (alfabeticamente).
Ao longo da história, é possível classificar a evolução das bibliotecas do seguinte modo:

Bibliotecas da antiguidade

As características destas bibliotecas são as seguintes: não são acessíveis ao público, templos e palácios. A religiosidade ficava a cargo de sacerdotes, o saber era sagrado e somente os sacerdotes sabiam ler. O tipo de material utilizado na época eram as tabletas de argila, rolos de papiro ou pergaminho, até o ano 300 aproximadamente.

Bibliotecas comunitárias

O número dessas bibliotecas tem aumentado nos últimos anos, no Brasil, inclusive com um sistema informal de empréstimo que dispensa até mesmo funcionários: nesse sistema, o próprio interessado escolhe seu livro, anota seu nome em um papel, e retira a obra, entregando-a quando puder. É uma maneira inclusive de exercitar a cidadania e o senso de responsabilidade de cada um.
Um exemplo desse sistema ocorre em Campanha (sul de Minas). No município, a ONG Sebocultural organizou algumas bibliotecas em pontos-chave da cidade (rodoviária, delegacia…), locais de acesso ininterrupto aos interessados. Na rodoviária, por exemplo, a biblioteca fica em uma sala sem portas, facilitando assim o acesso irrestrito não da comunidade mas também de viajantes que usam o terminal.

Bibliotecas monacais ou monásticas

Existem três tipos de bibliotecas monacais que são as bibliotecas dos mosteiros, das catedrais ou capitulares, como por exemplo a da Catedral de Chartres e bibliotecas dos Doutores da Igreja, como São Jerônimo, Santo Agostinho, São Bento e São Isidoro, bispo de Sevilha.
As mais célebres bibliotecas monásticas são a Biblioteca do Monte Athos, na Grécia, a Biblioteca de Cassiodoro, escritor e estadista romano e a biblioteca de Monte Cassino.

Bibliotecas universitárias

O grande acontecimento medieval que , de uma certa forma, decide os destinos de toda a civilização, e, por consequência, os destinos do livro, é a fundação das universidades. Estão ao serviço dos estudantes e do pessoal docente das universidades e outros estabelecimentos de ensino. Correspondem à unidade de informação de uma Universidade, pelo que as suas colecções devem reflectir as matérias leccionadas nos cursos e áreas de investigação da instituição. A documentação é sobretudo de carácter científico e técnico, que deve ser permanentemente actualizada, através da aquisição frequente de um grande número de publicações periódicas em suporte papel ou electrónico. A selecção da documentação é feita essencialmente pelos directores de cada departamento da Universidade e não tanto pelo bibliotecário.
Estas Instituições têm como objectivos principais: apoiar o ensino e a investigação; dar um tratamento técnico aprofundado aos documentos, nomeadamente ao nível da indexação; e actualizar constantemente os fundos documentais.

Bibliotecas particulares

As bibliotecas reais, dos grandes senhores, que mais tarde passaram a ser oficiais ou públicas. A mais importante biblioteca pública foi a Biblioteca de Carlos Magno - Rei dos Francos (768-814).
Escritores e intelectuais usualmente possuem grandes bibliotecas, geralmente incorporadas a universidades após a morte dos donos.

Bibliotecas infantis

Oferecem toda uma variedade de serviços e fundos bibliográficos vocacionados especialmente para as crianças. Têm como prioridade criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças desde tenra idade, familiarizar as crianças com os diversos materiais que poderão enriquecer as suas horas de lazer. Visam despertar as crianças para os livros e a leitura, desenvolvendo a sua capacidade de expressão, criatividade e imaginação.
“Para uma aprendizagem baseada no questionamento, usar a biblioteca e seus recursos, não é uma atividade adicional, esporádica, e sim o próprio cerne do projeto político pedagógico. O questionamento é uma forma de aprender e os recursos na biblioteca e o processo de pesquisa são componentes essenciais neste processo.” Carol C. Kuhlthau

Bibliotecas hospitalares

São bibliotecas normalmente criadas a partir da cooperação com o Ministério da Saúde, que visam a humanização da assistência aos doentes. O seu objetivo é fazer com que o período de hospitalização não seja um fator de exclusão para os doentes, pois, veem-se afastados da família, amigos e de sua casa. Também tornar a sua estadia mais lúdica, alegre, o menos traumatizante possível, atenuar situações de angústia e sofrimento, melhorar as relações com a equipe hospitalar e contribuir para o bem-estar físico e psíquico dos doentes. Os seus utilizadores são todos quantos vão ao hospital, crianças e pais, jovens, adultos e idosos, portanto, todos aqueles que se encontrem imobilizados no leito, em períodos de espera, em momentos transitórios ou livres de internamento, consulta ou atendimento ambulatório. Os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e voluntários, exercem de mediadores entre os livros, a leitura e os doentes, pois, vão espalhando a leitura pelos vários ambientes dos hospitais públicos do País.

Bibliotecas do século XXI

As bibliotecas sempre sobreviveram aos diferentes paradigmas tecnológicos, desde a invenção da escrita, passado pela tipografia, até chegar ao atual contexto tecnológicos em coexistem as bibliotecas tradicionais e as modernas. É uma biblioteca híbrida, isto é, com espaços, serviços e coleções simultaneamente físicos e virtuais, em que as novas tecnologias de informação e comunicação passam a ser a base do serviço e da inter-relação com o utilizador; passando a oferecer ao cidadão um conjunto de informações que as novas tecnologias tornam disponível, mas já de forma tratada e selecionada, possibilitando uma maior rapidez de acesso à informação.

Administração da biblioteca

A administração da biblioteca é feita geralmente por um profissional com formação superior em Biblioteconomia. Este é chamado de bibliotecário ou bibliotecária. Capaz de gerenciar todo espaço ao qual a biblioteca se encontra, esse profissional é o responsável direto pelo acervo, tem a formação adequada para organizar e coordenar um grupo de organizadores de documentos ou técnicos auxiliares em organização da informação.
O bibliotecário ou bibliotecária podem ser auxiliados por um profissional treinado para este tipo de serviço denominado auxiliar de biblioteca.

Princípios gerais abordados

As boas práticas dizem que qualquer biblioteca, sem deixar de se empenhar na conservação dos documentos do passado, deverá dotar-se continuamente de documentos do presente.
Dentro deste preceito, a aquisição de novos documentos deve ser realizada de maneira organizada, e para isso segue uma política de compra de livros. A seleção faz-se tendo em conta o fundo documental existente da Biblioteca, a fim de o completar, e ainda de acordo com as necessidades relativas à atualização das coleções existentes. A bibliografia deve ser selecionada seguindo critérios de qualidade e valor, levando em conta a necessidade de quem a utiliza.

Aquisição de novas edições bibliográficas

Para se proceder à aquisição de bibliografia há que conhecer o mercado editorial e estar atento as novidades editoriais. Para se manter informado o responsável pelo serviço de aquisições dispõe de vários recursos: bibliografias, catálogos editoriais e de livrarias ou também de informações e críticas publicadas em periódicos.
Antes de mais a Biblioteca conta com o apoio e orientação do Professor (a) Bibliotecário (a) e dos vários professores dos diferentes Departamentos que, ao iniciarem um novo ano letivo, fazem o levantamento da bibliografia necessária para o novo ano letivo e enviam a respectiva informação para a Biblioteca, para o responsável pelas aquisições verificar o que existe na Biblioteca e por seguinte proceder à aquisição do material que está em falta. As "visitas" periódicas a Livrarias que lançam as novidades também são importantes assim como ter em conta as sugestões dos utilizadores.

Processo de aquisições

O processo de aquisições pode ser descrito em seis etapas:

Pesquisa: Faz-se a solicitação de aquisição de nova bibliografia para a Biblioteca, o responsável pelo serviço deve fazer a pesquisa na base de dados da Biblioteca para verificar se o documento já faz parte do fundo documental como também a pesquisa na base de dados das encomendas já efetuadas, evitando assim a duplicação de bibliografia e desperdício de orçamento.
Verificação bibliográfica: Depois do procedimento em epígrafe, antes de se seguir à encomenda do livro, o responsável pelo serviço, deve verificar se o documento está disponível. Essa verificação ajuda a ter um custo provável do livro, a comparação de preços em várias livrarias ou distribuidores, assim como uma data, mais ou menos definida, de entrega do mesmo.
Encomenda: O pedido de aquisição do livro deverá ser feito à ⦁ livraria ou distribuidor, num modelo pré-definido pelo serviço onde compreenda obrigatoriamente os seguintes dados bibliográficos: autor, título, editor, local de edição, data e isbn. O pedido poderá ser feito em papel, por fax ou carta, ou por correio eletrônico.
Entrada do documento: Quando o documento dá entrada na Biblioteca, todos os elementos bibliográficos têm que ser verificados minuciosamente (Verificar se existem documentos com o mesmo título e mesmo editor, mas de autoria diferente, tornando assim esse documento completamente distinto/diferente do outro). A fatura ou guia de remessa que acompanha o documento ou documentos pretendidos deve ser devidamente verificada, tendo em atenção aos descontos feitos e o total da fatura. Depois de certificada a fatura deve ser assinada e despachada para os serviços de contabilidade e tesouraria, para se dar seguimento ao pagamento.
Teoria sobre o futuro das bibliotecas

Nos dias atuais, as bibliotecas vêm se adaptando ao processo de inovações tecnológicas ocorridas com a evolução da humanidade, sendo que uma das principais características da biblioteca do futuro, e que a mesma apresentara não será mais o volume do seu acervo, e sim a disponibilidade de poder disseminar informações com outras instituições através das novas tecnologias informacionais. Apesar de ainda mostrar muito fôlego, os livros, que compõem a maior parte dos acervos das bibliotecas físicas, provavelmente em um futuro próximo, serão armazenados em multimídias, Internet e outros mecanismos de armazenamento de dados eletrônicos.

Em Portugal

Em Portugal, em 2013, existem 510 bibliotecas públicas nacionais estão acima da média europeia no que respeita à oferta de tecnologias de informação. De acordo com um estudo europeu elaborado pela Fundação Bill e Melinda Gates, em que Portugal participou através da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, mais de 90% das bibliotecas públicas possuem computadores ligados à internet e acesso sem custos, e cerca de 60% de entre elas têm wi-fi.
Em 2012, um milhão de adultos usaram uma biblioteca pública em Portugal (12%) e, desses, 14% utilizaram os computadores existentes para aceder gratuitamente à internet.
Segundo os dados da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, as 194 bibliotecas centrais – as que estão situadas nas sedes de município – despenderam em média, durante 2011, 215 mil euros cada, o que, em termos globais, se traduziu em 42 milhões de euros de despesas totais, sendo que 77% são despesas com pessoal.

Biblioteconomia


Biblioteconomia é uma área interdisciplinar e também multidisciplinar do conhecimento que estuda as práticas, perspectivas e as aplicações de métodos de representação e gestão da informação e do conhecimento em diferentes ambientes de informação tais como bibliotecas e centros de documentação, centros de pesquisa. Atualmente, a área está entrelaçada com diversas outras áreas, principalmente com a Ciência da Informação e a Documentação.A primeira escola de Biblioteconomia do mundo foi criada por Melvil Dewey, que não só participou da criação da American Library Association (ALA), como criou também a Classificação Decimal de Dewey. Outros grandes nomes como Johannes Gutenberg e Gabriel Naudé, além de períodos como o Renascimento e a Revolução Francesa, também estão atrelados à história da área. Atualmente, existem cerca de 30.000 bibliotecários no Brasil, inscritos nos 15 Conselhos Regionais ao redor do país. A profissão de bibliotecário no Brasil é fiscalizada pelo Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB).

A história da Biblioteconomia se data desde o surgimento da Biblioteca de Alexandria em 288 a.C., criada com a finalidade de reunir e classificar todos os conhecimentos registrados em forma documental.Outras bibliotecas também extremamente importantes para a história da profissão são as bibliotecas da Idade Média, inseridas nos conventos e nos mosteiros, também denominadas bibliotecas monásticas, onde o acesso era restrito a apenas ao clero e a nobreza, que acreditavam que ao ter toda a fonte de conhecimento, teriam também o poder.No Renascimento, surge um novo tipo de biblioteca, também conhecidas como particulares. Essas são consideradas as precursoras das bibliotecas modernas, cuja uma das características é a acessibilidade dos livros ao público.Mais tarde, Johannes Gutenberg cria a Imprensa, que permite, a partir do século XVI, a disseminação da informação e a laicização do conhecimento.Com isso, começam a surgir as bibliotecas nacionais no século seguinte, além de ser publicado o primeiro livro destinado a apoiar a organização das bibliotecas: Avis pour dresser une bibliothéque (1627), de Gabriel Naudé. A Revolução Francesa também é de grande destaque por permitir o surgimento de bibliotecas públicas, e também marcar a publicação da primeira enciclopédia.

A criação dos primeiros cursos da área de Biblioteconomia foram o da Ècole Nationale des Chartes, na França, em 1821, e o da Columbia University, em 1887, nos Estados Unidos.O curso da Columbia University foi criado por Melvil Dewey, que se tornou um dos pensadores mais importantes da área, por participar da criação da American Library Association (ALA), da publicação do primeiro periódico especializado - Library Journal - e por criar o CDD, conhecido como Classificação Decimal de Dewey.Em 1888,na Clerkenwell Public Library, James Duff Brown cria o único sistema de classificação da Inglaterra, o livre acesso às estantes. Já no Brasil, a Biblioteconomia se faz presente desde a criação das bibliotecas beneditinas, franciscanas e jesuítas, mas principalmente com a criação da Biblioteca Nacional, no estado de Rio de Janeiro.O Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), entretanto, só considera que a área passou a existir no país em 1911, com a criação do primeiro curso de Biblioteconomia do Brasil, também o primeiro da América do Sul e o terceiro no mundo.O curso era baseado no da Ècole Nationale des Chartes, enquanto que o Colégio Mackenzie cria um em 1930 inspirado no curso da Columbia University.Rubens Borba de Moraes, em 1936, funda o curso de biblioteconomia em São Paulo, posteriormente incorporada a Escola de Sociologia e Política e a Escola de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos (escola e curso que foi incorporado pela UFSCar). A partir desses cursos, há a criação de diversas organizações que apoiam a Biblioteconomia como profissão e a inclusão do curso em graduações como a UFBA e UFMG.
Conceituação
Um dos primeiros conceitos de Biblioteconomia foi criado pela American Library Association, que a definiu como uma "área voltada para a aplicação prática de princípios e normas à criação, organização e administração de bibliotecas."Já para o autor do Diccionario de Bibliotecologia (1963), Domingo Buonocore, a Biblioteconomia é a "área que se destina ao estudo dos princípios racionais para realizar, com a maior eficácia e o menor esforço possível, os fins específicos das bibliotecas," como citado pela coordenadora Mariza Russo do curso da UFRJ.A definição de Maria das Graças Targino, da UFPI, entretanto, é "a área do conhecimento que se ocupa com a organização e a administração das bibliotecas e outras unidades de informação, além da seleção, aquisição, organização e disseminação de publicações sob diferentes suportes físicos."Baseado nessas definições, autores como Francis Miksa mostram o paradigma da Biblioteconomia: a biblioteca como instituição social, destacando que a função maior da instituição é possibilitar o uso dos documentos a um dado público, e para isso, é necessário utilizar técnicas e pessoal qualificado para a aquisição e organização de tais documentos.
  A Biblioteconomia é considerada como uma área do conhecimento, na medida em que compreende um conjunto de organismos, operações técnicas e princípios que dão aos documentos a utilização máxima, em benefício da humanidade.
— SHERA apud RUSSO, 1980\l "

Profissão

O bibliotecário é um profissional que trata a informação e a torna acessível ao usuário final, independente do suporte informacional. Ele trabalha em centros de documentação, bibliotecas, pode gerir redes e sistemas de informação além de gerir recursos informacionais trabalhando com tecnologia de ponta. O bibliotecário é o profissional que classifica, conserva, organiza, divulga e gerencia acervos de bibliotecas, centros de documentação e os mais diversos tipos de unidades de informação. O bibliotecário trabalha como um administrador de dados, que também processa e dissemina a informação. Além de catalogar e guardar as informações, ele orienta sua busca e seleção. Cabe-lhe analisar, sintetizar e organizar livros, revistas, filmes e vídeos que constituam de coleções. É de sua responsabilidade planejar, implementar e gerenciar sistemas de informação, além de preservar os suportes (mídias) para que resistam ao tempo e ao uso. E também compreender o modo de busca do usuário.
O Conselho Federal de Biblioteconomia é uma autarquia federal de fiscalização ou órgão deliberativo.No Brasil, a profissão do bibliotecário é regulamentada pelas leis n° 9.674, de 26 de junho de 1998 e pela lei nº 4.084, de 30 de junho de 1962 e na legislação correlata. Suas atribuições são registrar os profissionais em biblioteconomia, fiscalizar o cumprimento do código de ética profissional e o funcionamento de bibliotecas, dentre outras.

sábado, 19 de dezembro de 2015

La Amistad Por Manly Palmer Hall



¿Qué lazo más noble que el de amigo?

¿Qué algo más noble puede conceder un hombre que su amistad?

Las relaciones que comporta la vida común y corriente se rompen fácilmente, pero hay un vínculo que persiste a través de la eternidad, y es el de la confraternidad, la unión de los átomos, la amistad del polvo estelar en su camino por los espacios infinitos, la hermandad de los soles y los mundos, de los dioses y los hombres.

Las manos enlazadas por la amistad se unen con un lazo eterno: la camaradería del espíritu. Nadie más desolado que el que no tiene amigos. Y nadie más honrado que aquel a quien sus virtudes le han dado una amistad.

Tener un amigo es bueno, pero ser amigo es mejor.
El titulo más noble que se le diera a un hombre, el distintivo más elevado que hayan discernido los dioses, fue aquel que saliera de los labios de Jove al contemplar a Prometeo: “¡He ahí un amigo del hombre!”

Quien sirve a los hombres, sirve a Dios.

Éste es el signo de la fraternidad de nuestra Orden, porque las manos entrelazadas por la amistad sostienen y vivifican el plan divino. Los lazos del parentesco pueden disolverse, mientras que la amistad subsiste.

Servid a Dios mediante la amistad: como amigo del alma de todo lo humano, sirve a sus necesidades, ilumina sus pasos y allana su camino.

Que el mundo, en acorde unísono, pueda decir del Masón: “He ahí un amigo de todo el mundo”.

Que también diga al referirse a la Logia: “Es sin duda un círculo de amigos, camaradas en espíritu y en verdad”.

Invocações e Evocações: Vozes Entre os Véus

Desde as eras mais remotas da humanidade, o ser humano buscou estabelecer contato com o invisível. As fogueiras dos xamãs, os altares dos ma...