domingo, 18 de abril de 2021

Um Guia Satânico para Mágicka do Futuro

 


Prefácio

Este presente volume é uma compilação dos mais recentes escritos de um membro da Ordem dos Nove Ângulos. Ele serve como um guia voltado ao futuro da Mágicka, e da Evolução Ocidental.

O autor é consciente de que tais trabalhos são apenas uma sombra daquilo que não pode, no presente momento, ser totalmente expressado. E ainda, através destes escritos, a real motivação dos Satanistas no mundo pode começar a ser discernida.

Talvez, quando outra inspiração sem nome ser presenciada, mais um Nexion lentamente inicie a se abrir…

ONA – Comunidade Venn, Shropshire, 1998 Era Vulgaris.

 

Introdução: No Reino dos Deuses

A mais pura essência do Satanismo é que nós podemos nos tornar Deuses: Nós podemos ser aqueles seres do futuro que serão reverenciados não apenas por sua própria espécie, mas por outras formas de vida presentes no Cosmos. Utilizando apenas sua Vontade, nós podemos se os indomáveis seres que irão formar e trilhar o caminho para o próximo Aeon. Por grandes atos, nós podemos nos tornar os criadores da história.

Tudo que tem conduzido até este ponto do tempo pode ser ultrapassado – tudo que fez os grandes guerreiros, heróis, descobertas e criatividade, pode ser superado, redefinido e reexpressado. Todos os Deuses, as grandes figuras de nossa história que criaram deuses, podem ser melhorados.

Nós podemos possuir o real segredo guardado por nossos Deuses do passado: Que estes deuses são apenas pálidas imitações de seres que nós mesmos podemos nos tornar. Este segredo é o graal que repousa na alma da raça ocidental, e que tantas formas de ocultismo falharam em despertar.

Todos os deuses das várias tradições ocidentais são obsoletos diante das forças que o Satanismo por si só está despertando. Estas são as forças da evolução cósmica, tomando forma de Magia Aeonica. O Cosmos está agora procurando descartar os velhos deuses cansados do passado, e está faminto por novas expressões, para criar novas formas que darão início ao próximo ciclo da história.

Os símbolos presos a Terra estão sumindo, dando espaço a aqueles das dimensões Acausais, aquelas formas de Númina que presenciam agora o futuro Galático que nos aguarda. Os cânticos estelares estão se erguendo, cerimônias sem palavras, os Nexions vivos que são os mundos se afastam do oculto, dos reinos de templos, círculos e leituras rúnicas.

O Satanista não precisa de estudo ou recriação do passado, e indulgir naquilo que a muito foi estabelecido: Ele próprio é o passado, o presente e o futuro. E cada novo ato de Vontade é outra expressão da essência, outra redefinição do significado cósmico – outra descoberta da potência da vida presenciada em cada um de nós.

Outro lembrete que os indivíduos possuem é a escolha de agir ou não agir para a grandiosa causa da evolução: Cada ato sendo importante e fazendo a diferença…

Nós não simplesmente consumimos e prestamos homenagem aos feitos gloriosos do passado, nos comportando como se a própria história houvesse agora cessado, ou o futuro pertencesse a alguns poucos escolhidos. Estes poucos escolhidos seriam como os Deuses do passado: Eles existem, mas apenas para que nós como indivíduos encontremos nosso próprio potencial – o potencial real, pertencente ao próprio cosmos.

Portanto, Satanistas não seguem Deuses. Então o que é  Satan, o grande e mais mal entendido símbolo? Satan não é atrelado a nenhuma forma cultural, e não representa em imagem uma grande sociedade do passado. Ao invés disso, Satan é a corrente atemporal do Cosmos, buscando existência. Satan é o Graal em si mesmo, secretamente guardado pelos deuses inadequados do nosso passado.

Satan é a essência para se tornar um Deus – Satan é a arrogância interna que nos permite deixar pra trás os deuses arcaicos, e achar a coragem para sermos novos deuses. Satan é como vivemos como morremos e como seremos após a vida Causal.

Satan é a palavra que invoca as presenças de nosso desafio. Como um ser vivo, Satan deseja vida nova, nova expressão, e a superação constante de cada arquétipo sombrio que o representa. Como ser vivo, quando vivemos da forma correta, nós somos Satan – ambos como indivíduo e como coletivo e como nova espécie de ser humano que está por vir.

Deixemos de lado a adoração a velhos arquétipos, paremos de criar “fã-clubes” dos Antigos, e descartemos as superstições tão preciosas e tão inúteis. Nós possuímos o gênio criativo para por em movimento nonas formas esmagadoras da Terra, e a arrogância em comportamento que temos como o futuro que nós somos. O Futuro implica em se erguer da era quase medieval na qual vivemos, e nisso nos tornarmos a evolução, não precisando buscar respostas em nada além de nós mesmos.

Os Deuses do Futuro possuem nossos nomes…


I: A Alquimia Proibida    
                  
Um dos objetivos em longo prazo da Tradição Sombria é trazer a consciência para a maioria da realidade sobre a Força conhecida como Satan. Esta “descoberta” resultará na ascensão evolutiva conhecida como “Novo Aeon”.

Uma ordem magicka como a ONA é uma das diversas formas pelas quais Satan é presenciado – e presenciado nas formas mais puras, sem a obstrução da moral e do medo. De alguma forma, todas as ordens genuinamente sinistras são uma invocação a Satan: Elas constituem a su mesmas de rituais magickos, com cada membro entendendo as condições requeridas para que os objetivos em longo prazo do rito sejam alcançados. Este ritual mágicko, tendo fundamentação nos princípios descompromissados da Natureza, contém em si fatores espontâneos ou desconhecidos que definem  a imposição de dogmas abstratos. Por estes ritos magickos, a criatividade única, a singularidade do Ser possuído por cada Adepto pode livremente se desenvolver.

Mas os Satanistas Tradicionais entendem que a singularidade do Ser é a Vontade do Cosmos, e certos tipos de criatividade individual são manifestados na Vida durante seu curso de Evolução – isso significa, em temos esotéricos, que certos tipos de criatividade presenciam o Acausal.  Praticamente, a criatividade/magicka que marca o Adepto é suprida e expressa pelo indivíduo e os desafios por ele superados – a singularidade que É Satan.

Porque atos genuínos de mágicka presenciam o Acausal, a relação da mágicka com o mundo pode ser dita como “Holística”: Uma relação onde a diferença e diversidade da Natureza e “formas” existem para permitir o espírito (ou Ser) Cósmico a tentar evoluir – não existindo nada externo a essa corrente de evolução, nada que possa ser influenciado ou mudado em isolamento. Um Adepto genuíno entende isso, e inicia a incorporar isso em sua vida individual, seu mais natural caminho esotérico: A Empatia. Como todos os magickos sinistros são rápidos em dizer, essa apreensão existe em contraposição com o esoterismo convencional. Um exemplo bom é a abordagem cabalística (doentemente influente atualmente, como sempre) que envolve o magicko – ou mais precisamente, “feiticeiro” – observando as forças da natureza como separadas, às vezes até como matéria “bárbara” a ser dominada e manipulada para fins pessoais.

Uma ordem esotérica altamente evoluída não seria caracterizada por esta abordagem a “grimórios”, desde que tal abordagem possui falta de propósito, mas possuiria uma grande e clara visão que permitira os membros transcender  o “pessoal” e se tornar a totalidade orgânica da Ordem – uma ordem que é a vida do Cosmos manifestada em uma forma consciente, e pertinente a um momento particular no tempo causal. Uma profusão desta forma de mágicka seria o resultado do Novo Aeon se manifestando.

Em outras palavras, o que poderia ser descrito como ocultismo convencional é superado pelas teorias abstratas sobre observação, intuição, e o genuíno Caminho Ocidental – chamado Caminho Setenário, Satanismo Tradicional e assim por diante – que é focado naquilo que existe além das formas pessoais limitadas. Na mágicka real – há uma tentativa inicial de reproduzir o fluxo de forças naturais, até a integração ser obtida e, em larga escala, mudança pela vontade – que é a evolução Aeonica consciente. Através deste processo mágicko o Cosmos pode progredir para o próximo estágio de existência: viver conscientemente via suas manifestações, evoluindo da infância para uma existência adulta. Este é o segredo da Grande Obra.

Este Caminho de mágicka genuína não envolve, entretanto, o pensamento escravagista de seguir algum dogma ou “doutrina cósmica”. Envolve o indivíduo se libertando de todas as influências para viver e se tornar a realidade das forças da Vida por si mesmo. Assim, o propósito do Caminho Setenário é: Guiar seus iniciados através  da introspecção, onde o “pessoal” existe como um método de expressar o Cosmos e não como uma “fuga” – através de projeções – das apreensões da Vida como um todo. A realidade pode somente ser experimentada por cada Iniciado, desde que a apreensão da Vida é uma “forma de Ser”, e pode somente, ainda, ser partilhada e descrita por métodos abstratos. Assim, cada novo Satanista – e cada ordem genuinamente Satanista – é uma nova Manifestação da vida em essência: E assim, temos a Evolução.

II – Arquétipos e a Essência Satânica

Uma ordem mágicka comoa ONA não é motivada pelas formas de pensamento contemporâneas, ao invés disso ela pode às vezes manipular a “moda” para provocar o resultado apropriado. Todas as formas de sistemas mágickos, Arte, organizações políticas revolucionárias, etc. – tem uma duração de vida finita, mas o critério pelo qual os “ocultistas” nos dias atuais julgam as formas como “útil” ou “fora de moda” é totalmente influenciado pelo pensamento atual, pelo “status quo”.

Um tipo essencial de forma de julgamento é o arquétipo. Como discutido nos MSS relacionados a Magicka Aeonica, a duração de vida de um arquétipo não é atrelada a um “tempo linear”, ou afetada de alguma forma pelos pensamentos da sociedade. Arquétipos morrem quando a civilização que eles estão atrelados morre – quando um Aeon se torna manifesto. Então, eles se tornam objeto para um modo alquímico/aeonico de tempo, não sendo mais uma abstração pela qual tendemos a viver nossas vidas pessoais, pois o “tempo” é simplesmente uma forma de mudança da matéria/energia Cósmica. Este modo aeonico de tempo pode ser descrito como “Racial”.

Mas mesmo no início de um Novo Aeon, um arquétipo pode gerar uma cria – ou continuar mudando de acordo com sua natureza e modo particular de tempo. Isso ocorre quando um Ethos (ética de pensamento) de um Aeon é continuado e evoluído no próximo, como esperançosamente, irá ocorrer durante a transição deste Aeon Ocidental atual quando passarmos para o próximo Aeon Galático.

Com a finalidade de realmente entender tais arquétipos, deve-se ater ao esforço próprio, a anteriormente mencionada libertação de todos os pensamentos contemporâneos – e das influencias fora  das formas temporais. A maioria dos que não seguem o caminho setenário não atingirão estes estágios além da “individualização” porque o presente conceito de “pensamento liberal” ou entendimento oculto ainda é em si ditado pelas influências que arquitetam a atual sociedade/cultura. Na intenção de implantar o propósito mágicko e prático dos arquétipos, a opinião pessoal de “gostar ou não” de uma forma ou outra não valida ou invalida a realidade dessa forma, e não deve prover base para um julgamento do que é ou deixa de ser de significância Aeonica (isso particularmente pode ser referido a “política”).

Em geral, arquétipos exercem influência sobre o inconsciente, o que na maioria das vezes produz resultados indiretos. Entretanto, Satan (ou talvez mais precisamente Satanas) é um símbolo de Númina (divindade), uma manifestação do Acausal ligada a Terra. Como tal, Satan é essa força feita consciente, e o portal pelo qual nós como seres sensitivos nos tornamos a Vontade do Cosmos.

Satan é, portanto, a palavra, “imagem”, vibração, mantra e dever da evolução Cósmica por si mesmo. A mágicka de Satan e dos Deuses Negros em geral é para nós, a chave da evolução. Como as culturas presentes (e passadas) veem Satan não é inteiramente relevante, e não deve ser seriamente considerado por aqueles que querem realizar um Julgamento. Novamente, a realidade deve ser experienciada. Uma organização Sinistra (e Satanás é o epíteto do Sinistro) é imbuída dessa realidade e busca aumentar as Marés Cósmicas através dos trabalhos no “mundo Real”.

O Caos tende a observar todas as formas causais como meramente meios voltados ao “Oculto” quando alguma coisa está errada, porque assim, uma forma puramente causal de referência – particularmente em termos de tempo – é utilizada para julgar aquilo que de fato possui ambos componentes causais e acausais. Deve ser entendido que as técnicas e formas não estão ali somente para experiência/gratificação individual, mas para expressar ou conter um padrão evolutivo. Assim, entender o componente acausal é vital.

Não são todas as formas que por sua natureza causal expressa entendimento limitado de forças acausais. Enquanto alguns métodos são ferramentas práticas pelas quais os indivíduos alcançam vários níveis mágickos (como por exemplo, os Papéis de Introspecção), outros são forças tornadas manifestas no mundo causal: Isso quer dizer, as formas então criadas não são Nexions para canalizar ou presenciar a essência – é a própria essência, a essência evoluindo como deve no tempo-espaço causal. Isso porque tais manifestações possuem grandes capacidades de presenciar um fluxo contínuo de Mudança, que é a Vida (e significantemente, não se conformando com as experiências “ocultas” convencionar e nem com as expectativas: Estas são vistas como exotéricas).

Que algumas formas podem expressar coisas culturalmente entendidas como “plebeias”, “primitivas” ou “do Velho Aeon” é absolutamente irrelevante para sua capacidade de causar mudança Aeonica. Este discernimento requer as qualidades Satânicas de Introspecção, conhecimento, intuição e Razão.

Para aqueles indivíduos únicos cujo Destino está preso a tal forma, não há vivência dessa forma enquanto esconderem a “realidade esotérica”, a sabedoria esotérica – o aspecto oculto. Não há forma inteligente de enganar, não há manipulação habilidosa, porque a forma criada é a realidade, a sabedoria esotérica é real e prática. Este é o domínio do Vindex, a muito mal interpretada incorporação da Mudança. Vindex não precisa de nada “oculto” em termos convencionais, para presenciar ou acessar os ideais de Númina que ele(a) representa. Tais coisas, neste caso, somente obscurecem a essência da Mudança, da evolução – pois podem afastar uma pessoa da númina criativa que provoca a evolução.

Por causa da natureza da consciência humana, nós possuímos a capacidade de estender e criar símbolos e formas (como linguagem, ou mais simples, sons) que podem descrever a essência por si. Nem todos os símbolos abstratos (tanto matemáticos, mágickos ou outros) precisam inerentemente e ultimamente obscurecer a essência, e nem mesmo está em sua natureza – ou na natureza de qualquer forma que importe – presenciar o Acausal através de procedimentos puramente intelectuais. Nisso nós devemos entender e integrar com a existência numinosa os símbolos, para podermos gerar formas totalmente novas – este confronto inicial e sua síntese dos “opostos” (em termos de Psique) permitem as relações orgânicas (e latentes) para desenvolver entre a vida humana os símbolos e outras formas.

III – Síntese

A maioria ainda é seduzida pelas forças arquetípicas descritas como “luz” e “sombra”. Existe uma realidade além destas oposições, o que não significa que essas forças opositoras não existam para a maioria das pessoas. Elas existem e exercem influencia até que sejam confrontadas e transcendidas. Uma ordem mágicka entende isso, e busca guiar seus adeptos através do “reino dos opostos” através de ordálias/rituais de grau – através do fogo da experiência. O fato de que alguns (poucos) transcendam essa dualidade não significa que ela cesse sua existência aos outros, ou que os reinos além da dualidade sejam mais “reais”. Cada reino, do simbolismo do Iniciado até Magus, expressa uma realidade no processo de Evolução, e não pode ser precisamente compreendida de forma linear. Em um sentido prático, o que é “bom” e o que é “mal” podem ser ditos como existentes, pois são conceitos, e neste ponto do tempo, por um ponto de vista social do mundo – pelo qual a vida, para a maioria, é influenciada. A definição de moral absoluta pode se alterar através dos tempos, mas não tem sua essência alterada e por essa essência influencia no processo da vida humana.

A bifurcação ainda existe porque essa é a natureza de nossa espécie no presente, como foi por séculos, independente das muitas mudanças externas que ocorreram, e apesar da existência dos ocultistas/filósofos intelectuais. É incomum causar mudanças de corrente a nível primário até a emersão de  um novo Aeon – em mais ou menos quatrocentos anos da data presente. Entretanto, rituais genuínos como a Missa Negra possuem reais propósitos mágickos para indivíduos a certo nível de desenvolvimento, como também contribuem para o necessário para fazer surgirem mudanças Aeonicas. Tais ritos acessam as energias Nazarenas/Magianas e as redirecionam de um modo Sinistro – e foi estabelecido em outros MSS da ONA que o Satanista não crê na realidade de “Deus” ou dividndade do Nazareno, apenas os outros assim creem. Ainda assim, há grande relevância em promover e praticar o sistema da genuína Magicka “Negra” que visa opor os trabalhos daqueles que promovem e praticam a variedade da magia “Branca”: em termos de psique Ocidental, uma batalha cósmica deve ser travada da síntese da civilização como um todo. Em termos esotéricos, pode-se dizer que nossa civilização não se desenvolveu ao estágio de Adepto, como um todo. O objetivo do Iniciado Sinistro é auxiliar essas sínteses Aeonicas, e os métodos pelos quais eles alcançam esse objetivo irão diferenciar na maioria das instâncias, para cada indivíduo e como ele se opõe a “maioria.”.

Na realidade, ambas as ordens esotéricas “Negras” e “Brancas” não existem, mas a forma convencionalmente instituída como “mal” é o caminho que irá permitir a transição necessária tomar seu lugar, e evitar a estagnação e decadência que resultaria no triunfo das forças Magianas (existentes como ordens “Brancas”). Em uma forma mais profunda, o Caminho Sinistro é o que genuinamente contém a divindade e o fortalecimento da vida…

Nesta batalha real Cósmica, Satan não atua como um dispositivo Judaico-Nazareno para oprimir “O Povo”, mas como um símbolo de Númina para nossa civilização, de tudo que desafia e contraria a evolução das forças Magianas. O que é raramente expresso, entretanto é que tal força contra-evolucionária é parte do processo de Mudança Cósmica, parte da Wyrd da civilização Ocidental. Pois sem tal oposição não existe real evolução, não há triunfo da Vontade – e não há Vida! Portanto opor-se a forças contra-evolutivas é positivamente auxiliar a evolução e trazer a integração com a Natureza tão almejada por aqueles que seguem algum caminho Ocultista.

Frequentemente é dito que essa “oposição” e a identificação das formas inimigas (erroneamente tidas como “bodes expiatórios”.) são agora contra-evolucionárias, e de alguma forma, “Velho Aeon”. Este é um trágico esquecimento do que nós, como Ocidentais – Arianos – ou Raça somos, e sempre seremos: Caçadores e Guerreiro. E é através da oposição que nós nos disponibilizamos – pela virtude do que somos, para lutar, duelar e envoluir. Se nossos instintos ainda são saudáveis e intactos, nós iremos conhecer que as forças que trabalham contra nós e consequentemente como combatê-las em defesa da Honra e de nossa Wyrd.

Como praticantes de Magicka, nós devemos entender e permitir que esses símbolos de númina que presenciam a “Ordem” – a Wyrd de um Aeon que cada um de nós está preso, a evoluir de acordo com seu modo de tempo; para fluir, e consequentemente se tornar essas forças, além de auxiliar os poderes contra-evolutivos permitindo ideias pessoas e projeções a terem o domínio.

Reais praticantes de magia Aeonica não projetam seus entendimentos na sociedade de seu tempo, e não procuram em suas práticas elevar seu entendimento contemporâneo de “auto expressão”. Mudanças na psique coletiva irão durar muito mais que uma vida, e irão crescer em ondas, sobre os Aeons. Assim, um praticante genuíno de magicka Aeonica trabalha com materiais “crus” e possibilidades que caracterizam a sociedade de seu tempo: eles não trabalham além de laços práticos. E nisso, um mago Aeonico não é engolido por seu desejo de testemunhar os frutos de seu entendimento em forma pessoal em seu tempo de vida, ele planeja por séculos a frente de sua morte, e incorpora o Ser na lentidão da evolução, a Sabedoria das Eras…

IV: Eira

Para o ocultista, a maior maldição do esforço de suas mentiras reside em uma capacidade de pensar demais: Intelectualizar demais, analisar – “buscar” muito arduamente expressar verdades práticas via artigos acadêmicos, e afins. Idealmente, nesse estágio de desenvolvimento esotérico, um movimento gradual para longe da abordagem intelectual deve começar, junto com uma aceitação da necessidade de cavar mais fundo em atos futuros práticos. O tempo para buscar obter influencia via palavra acadêmica escrita deveria ser mais curta, sendo substituído pelo entendimento que tal busca somente terá papel significante na realização prática dos próximos estágios esotéricos – ou seja, quando houver sabedoria para ser distinguida de novos deveres.

Neste ponto, deverá existir fome por experiência, por pioneirismo, para re-expressar a essência. A profusão dos escritos ocultos e diários e anúncios de organizações que devem ser vistos pelos ocultistas modernos com tédio e desdém. Deve haver a presença interna no ocultismo moderno do insaciável desejo de falar e criar através de experiência direta, redefinir por experiência extraordinária aquelas coisas que tem se tornado verdades aceitas e conhecimento arcano empoeirado: viver a vida de um herói, preferivelmente a entrar em entediantes debates sobre estratégia, táticas e história.

A atitude acima sendo quintessencialmente satânica, é ainda uma raridade. Em relação a tópicos contemporâneos, o ocultista atual ainda se comporta como um cientista quântico – permitindo ao intelecto que domine em primeira instância, buscando respostas através de análises ao invés de provar e experimentar. O tópico em questão é revelado no ocasional prefácio de artigos começando com “Nós temos observado/visto em outros…”, e daí parte-se para julgamentos sem experiência do que estes “outros” experimentaram. Isso é em particular – e perturbadoramente – a verdade de várias abordagens Aeonicas. O aspecto preocupante é que as técnicas mágickas mais profundas estão se tornando fórum de debate acadêmico, análise e anunciamento de opiniões pessoais sob o disfarce de “insights”.

Magicka Aeonica – a corrente de civilizações – é um processo totalmente orgânico. Não pode ser subjetivado a uma projeção pessoal acadêmica, pois isso o tornaria totalmente diferente. E tem sido constantemente dito, o processo requer que os indivíduos percam o que possuem de pessoal em si mesmos se tornando completamente imersos nas práticas das formas Aeonicas. Há com certeza um guia sutil as vezes, sutilmente alterando estas formas, mas há também, muito significantemente, uma desistência dos aspectos do “self” que não podem ser controlados, que fluem independente da influencia individual. A analogia mais próxima a esse processo está no voo da gaivota, conforme ela cavalga o vento se adaptando a tempestade repentina, voando no tempo calmo, mas indo em direção aos ventos que possam apontar um novo curso. Exige grande habilidade e desenvolvimento de um equilíbrio perfeito entre o que é desejado individualmente e o que é descoberto pela grande corrente da Vida por si mesma.

Consequentemente, Aeons requerem que o indivíduo desbrave o desconhecido e forje uma forma única que não possa ser presa, uma experiência constante de se tornar o Cosmos. Nós temos as ferramentas práticas para fazê-lo por várias formas, discutidas muitas vezes, que existem neste mundo. E cada nova pessoa que realmente viva desta forma, que se torne totalmente imersa e efetivamente sejam estas formas, faz florescer algo que realmente desafia estes debates intelectuais e análises: Algo novo, algo vivo – uma tempestade de mudança para fluir por nossas vidas.

Ocultistas deveriam possuir a introspecção para reconhecer o ponto onde o debate e análises críticas cessam e se torna produtivo a todos os indivíduos, de todas as alianças. Isso é particularmente verdade em relação a formas Aeonicas que ainda estão sendo desenvolvidas, estando ainda em estágios iniciais. Haverá um tempo onde o processo orgânico de mudança como um todo deverá ser deixado sozinho para se desenvolver, e objeções pessoais serão silenciadas. Ocultistas devem estar cientes da necessidade de criar condições pelas quais o processo necessário de tese-antítese-síntese, inerente a todas as formas Aeonicas pode florescer. Este é um processo lento – doloroso quando aprendido dentro da vida útil de um indivíduo causal – e requer em seu crecimento um meio de Vivência da parte dos indivíduos. Indivíduos não podem conduzir seu caminho de Vida pela adoção forçada de opiniões, pois ordens esotéricas não podem ser construídas em cima de opiniões.

Novamente, esta introspecção envolve deixar de lado motivações pessoais – sabendo quando agir e quando se mover com a grande maré da vida. Um exemplo útil onde estratégia e debate semântico está agora se tornando contra-produtivo é a “política” – particularmente onde Raça/Racismo é mencionado. Tais coisas não são entendidas em níveis rudimentares, muito menos em níveis Aeonicos, e ainda são muito práticos para serem subjetivados na crítica de comentadores esotéricos.

É imperativo que alguns indivíduos pelo menos tentem manter viva a promessa de mágicka através do preparo de mudança de suas vidas (incluindo no aspecto oculto) com o objetivo de se tornarem ferramentas de mudança, preparados para sofrer os erros, a “perda da face”, os reais perigos que irão com certeza surgir. Aqueles poucos indivíduos que tem vivenciado, irão testemunhar a profunda, quase indescritível diferença entre viver e se imergir em uma forma Aeonica, em oposição a supostamente ganhar conhecimento através da literatura e observando experiências alheias. A primeira coisa é se tornar parte orgânica da dialética da vida, redefinindo, re-experimentando a essência, esta última sendo uma vítima e perpetuadora da lavagem cerebral.

As formas externas Aeonicas podem sempre ser criticadas – mas as observações críticas não são o ponto, não são mágicka. O ponto repousa solenemente na dialética da Vida anteriormente mencionada: O único meio de obter essa integração é se arriscando – se isso quiser dizer que o indivíduo terá que se tornar por algum tempo um real lutador revolucionário, correndo risco de ser preso por algum tempo, então sendo este o único meio – ou seja, sendo a mais extrema escolha encarada por aqueles que perpetuam o Grande Trabalho ele assim o fará. Entretanto, para a maioria que encara esta difícil escolha, sentimentos pessoais ainda irão ditar, obscurecer e até matar a Vontade do Cosmos presenciada dentro de cada indivíduo. Isso não será ditado por escolha pessoal, mas como o próprio vento, uma realidade repentida sobre a qual nós devemos cavalgar para que o fim seja alcançado. Esta única razão pela qual Satanistas Tradicionais evitam todas aquelas crenças pré-estabelecidas e métodos que trazem conforto, todos aqueles deuses antigos que trazem familiaridade e identidade enervante. Indivíduos podem sinceramente acreditar que tais coisas, e histórias e meios são importantes – mas na realidade não são. Então o que é a realidade? Tristemente, a única realidade presente é que a vida ainda é muito macia, muito fácil para a maioria ser impelida pelo aterrorizante processo da Criação.


V: O Aeon Futuro

Para o presente, nós existimos em uma sociedade caracterizada por uma abordagem de “supermercado” em relação a escolha e consumo, onde indivíduos não criam mais história, mas olham para trás e estudam, e romantizam e distorcem. O reino do Esotérico não é exceção a isso, sendo assim é vital que nós, ocultistas, como indivíduos criativos, não percamos tempo mergulhando em contos, lendas do passado e culturas mortas – sejam Nórdicas, Celtas, Saxônicas ou quaisquer outras que sejam convenientes para o interesse esotérico.

Porque derivar inspiração esotérica dos fracos e distantes deveres de uma rquétipo é desperdício de oportunidade magicka que existe agora, com as pessoas que existem agora e o potencial que elas podem conter para o futuro. Para criar e realizar rituais baseados em contos de fada distantes e fracos – ou empenhar simbolismos do passado e de estilos de vida passados – é indulgência contra produtiva (em termos Aeonicos). Uma “cultura” é magickamente, desimportante. O que importa na civilização – ou mais precisamente, a vivência, envolvendo forças que movem a civilização para frente, e o que é envolvido por essa civilização. Nisso, a criatividade de uma cultura associada é somente relevante se ela presenciar essa vivência, essa força motriz.

Quando entramos em um local enigmático de “interesse histórico”, como um velho círculo de pedras, não precisamos desbravar fisicamente os segredos da comunidade antiga: Nós que vivemos agora somos esses segredos, nós somos esse enigma. Nós devemos somente mover o gênio de nossa criatividade e fluir para frente, deixando os monumentos, as ruínas – as cascas mortas – onde elas pertencem. Se houver alguma mensagem para trancada dentro do domínio desconhecido, é esta.

Entretanto, para usar uma forma antiga de arquétipo para o propósito de realizar algo com este arquétipo no mundo é outra questão. Mas isso implica representar tal figura como um herói de um novo mythos – um mythos inteiramente representativo da corrente aeonica em fase, e com esse caráter uma nova fase será alcançada.

Assim, um novo mythos entraria em cena, estabelecendo um arquétipo realizador de grandes atos de nobreza (e grandes atos de terror), a natureza e forma que iria inspirar e libertar as “massas modernas”. A mágicka do arquétipo deveria ser essa vivida agora no mundo real, e não outra existente em algum reino etéreo do passado, um passado quando as manifestações Humanas na vida eram, em muitos aspectos, muito diferentes das atuais. Essas diferenças estão naquilo que é e que não é praticamente preciso para que as pessoas da “Sociedade Ocidental Moderna” se sentirem inspiradas a superar os problemas auto impostos, entre outros, da sua existência cotidiana.

Os deveres deste arquétipo poderiam ser uma representação dos atos cometidos por um herói moderno da vida real (como um Satanista) – ou criação de uma nova lenda, a base prática a qual ainda está para ocorrer, antes que indivíduos inspirados tragam vida a ela no mundo Causal… Os caminhos e métodos dessa poderosa técnica de mágicka são Legião.

O que é raramente considerado pelos “pagãos” e ocultistas é como os arquétipos organicamente mudam as civilizações de acordo com as várias fases culturais, políticas e históricas. Para o Ocidente, um dos arquétipos primordiais é o do Guerreiro. Enquanto nós como Raça continuamos a viver, este arquétipo nunca deixará de ser relevante: Nunca morrerá. Entretanto, a forma como esse arquétipo exerce influência no Povo sempre muda de acordo com o desenvolvimento das coisas que auxiliam a sobrevivência de uma raça. É essa forma mais tardia de desenvolvimento que define o trabalho de magicka Aeonica, e não, como anteriormente concluído, os tópicos em moda/atuais na sociedade.

Thor, por exemplo, uma vez foi real, vivendo ligado a uma individualidade de um Povo, que atingiu a “imortalidade” e “status de Deus” realizando atos heroicos. Estes atos deram inspiração para este povo, para que eles praticamente emulassem estes feitos – e talvez até superassem eles. Mas, como constatado acima, nós como povo temos nos movido para circunstâncias totalmente diferentes daqueles que viveram em uma época particular da história Nórdica.

Para poder lidar com os reais problemas evolutivos de hoje, nós precisamos de um Arquétipo que possa ser realista e prático para ter seus feitos seguidos. Este novo arquétipo de Herói tem, no escopo da história, somente recentemente evoluído e vive agora na alma da Raça Ocidental. Ele fala do futuro, e permite aos deuses antigos do passado desaparecer com dignidade, como é de seu desejo.

E qual forma nova este Guerreiro toma? Aceitar e usar esse conhecimento é realizar mágicka real e prática – provar o fruto vivo do Cosmos. Mas é responsabilidade de cada adepto em potencial fazer suas próprias descobertas…

VI: A Arte da Mágicka do Futuro

A essência da Magicka do Futuro é bem simples. Não envolve rituais “ocultistas” complicados onde círculos são traçados, implementos brandidos e “palavras de poder” arrasadoras recitadas por um “Alto Sacerdote”. Não envolve incensos fumengantes dentro de um Templo, ou observância de correspondências arcaicas contidas em livros medonhos de coisas mortas.

Não envolve um grupo de indivíduos em capas de pé em círculo observando alguma tradição antiga, ou tambores em honra a alguma amorosa deusa celestial e um deus viril chifrudo. Todos estes estereótipos ocultistas tão óbvios são agora efêmeros e fundamentalmente são do passado. Não é surpresa que a prática de tais coisas é crescente, afinal vivemos em um tempo onde todas as tradições cominais, todo senso de significado espiritual está desaparecendo ou sendo destruído.

Mas não são os segredos contidos no passado – nenhuma mensagem das névoas do tempo que nos guiam a frente. Como constatado anteriormente, nós que vivemos agora somos a mensagem da evolução do futuro: Tudo que ocorre através dos Aeons tem levado a este ponto, e apesar das aparências, nós como espécie sabemos mais agora do que jamais antes na história.

Para podermos ir a frente, nós devemos tornar essa realidade capaz de ser vivida, em cada uma de nossas vidas pessoais. Nós devemos confiar em nosso gênio criativo latente e ter coragem de descartar a roupagem romântica que nos prende como espécies dependentes. O Futuro Galático pode ser presenciado através da mágicka se permitirmos que isso ocorra. Isso requer um salto dentro do Abismo – no Reino de Satan.

Tudo que as novas cerimônias requerem é que os indivíduos que possuem esta nova fé Aeonica se juntem de tempo em tempo específico e talvez acendam uma fogueira que funcione como foco/símbolo para o encontro. Todo resto será criado a partir daí.

As épocas de encontro específicas – ou “festins” são: meio – fim de Abril; Início de Novembro, Equinócio de Primavera, meio – fim de Maio, Solstício de Verão, Inicio – meio de Agosto, Equinócio de Outono, Solstício de Inverno; fim de Janeiro – fim de Fevereiro.

Estas são as épocas quando as energias sazonais/Cósmicas estão em suas correntes mais pronunciadas. Tais energias são em si mesmas livres em quaisquer fases da história, são, em matéria de magicka, reexpressas a cada ano de acordo com as curcunstâncias da celebração e o caráter esotérico modificado durante aquele tempo. Por necessidade de uma forma tradicional, o Rito dos Nove Ângulos concede a base para cada festim – mas tal rito é, em si, livre do imaginário do passado morto e distante (ver O Livro Negro de Satan III). Em essência, a magicka Acausal ou Galática que irá presenciar o futuro, é expressa através de Cânticos e pensamentos, e traz a síntese viva do Ser que cada ato mágicko visa.

Esta é a magicka que sempre foi caracterizada como Satanismo genuíno: O caminho da Empatia. A prática das festas expressa uma integração de consciência com as forças vivas do cosmos, e alcança alturas da expressão quando entrelaçados com a vida da comunidade, desde as comunidades rurais.

VII: Fundi

Grande quantidade de material foi escrito através dos anos sobre o conceito de “Nexion”, e enquanto o significado básico é largamente compreendido – de que Nexion é um ponto onde o Acausal invade o Universo Causal (e vice versa) – a forma externa que um Nexion pode assumir requer explicação um pouco mais além.

Primeiramente, um Nexion pode ter várias formas, e pode ser até mesmo uma combinação de formas. De acordo com uma tradição muito rara, um nexion Aeonico pode ser um indivíduo. Ou uma forma religiosa revolucionária. Ou, como definido, constituído de várias formas co-existentes no mundo para trazer uma transição aeonica.

Entretanto, a imagem mais comum é normalmente de um local isolado, normalmente uma colina, que pode incluir algumas estruturas antigas ou ruínas. São tais locais isolados normalmente buscados por ocultistas quando tentam abrir um portal/Nexion. Essa tentativa irá quase certamente envolver uma performance regular no local escolhido para presenciar o Acausal (como a Cerimônia dos 9 Ângulos ou outras – ver o MSS Thernn). Assim, a tradição é iniciada conforme uma reserva de energia é criada para os futuros adeptos retirarem forças e as dirigirem conforme desejarem. Tais localidades tem sido estabelecidas a anos em ilhas Britânicas, com um nexion natural em particular tendo sido aberto a quase 1,000 anos atrás para inaugurar o Aeon do Ocidente , como documentado na Tradição Negra.

Assim, o Nexion associado com o presente Aeon era realmente uma localidade isolada, genuinamente um local esotérico. Entretanto, foi assim somente porque a natureza do tempo em que foi criado: tempos caracterizados pela opressão Nazarena, que demandou uma abordagem esotérica para preservar o que nós chamamos de Ethos Ocidental.

Isso está em contraste com o nexion que representa o Aeon Hiperbóreo de Albion. Este nexion existe na área de Stonehenge. O Nexion não era o “henge” em si, ou a terra onde foi construído, ou o povo que ali viveu: era uma combinação de todos estes fatores. O nexion de Albion era toda comunidade orgânica que cresceu ali, um centro de trabalho vivo onde todos os traços da natureza e humanidade eram vistos como apenas um. O que pode ser achado neste local agora é uma concha morta do que foi uma vez um organismo vivo – um Nexion onde a vida se desenvolveu de forma significativa.
Por causa da enervante natureza do tempo atual, o Nexion associado com o próximo Aeon e que está se estabelecendo agora, é também orgânico em totalidade – uma comunidade. Mas esta comunidade deve, nesta época presente, desenvolver-se dissimuladamente, pois estabelecê-la abertamente como “ocultista” dificultaria e tornaria lento seu crescimento natural e torná-la-ia em algo de curto prazo: Um projeto tentando dobrar a Vontade da Natureza de acordo com um conjunto de ideias aceitas. Ou seja, tal empreendimento visaria se projetar sobre a essência limitada do entendimento que constitui o “esotérico”, e deveria representar um passo para trás, naquilo que já está morrendo.

A comunidade, ao invés disso, permite a essência ditar os meios de vida, e permanecem sempre separados dos tópicos “ocultos” para que possam presenciar o futuro encontrando uma nova forma de abordagem orgânica da Vida em si. A partir desse lento desenvolvimento Aeonico virão novas formas novas expressões e nova mágicka – deles mesmos, livres de quaisquer pré-concepções ou expectativas, e livres de qualquer passado e arquétipos que estão definhando.

A comunidade em si se tornaria um novo caminho esotérico, uma nova religião – um novo país. Com o objetivo de tornar essa próxima fase significante – ou seja, prática – um salto da fé é necessário: Um romper com o estabelecido, em todos os níveis. O espírito real de pioneirismo é invocado, e não há razão pela qual ultimamente este salto não pode ser repetido através de diversas regiões da Terra.
Estabelecido este Nexion, o ciclo iniciado em Albion terá retornado a seu novo começo. O começo é, em essência, muito simples: é o cultivo da apreensão consciente da causalidade do “tempo”, de onde tudo flui. Somente deste início correto pode emergir uma raça que irá se estender até as estrelas, pois ambas as Vontade e tecnologia para cumprir o Destino Galático podem desenvolver organicamente a partir das revoluções e métodos.

As comunidades ocultas não esotéricas serão o novo início, e deverão ser nutridas de forma que floresçam em até mil anos. Esta nova forma significa o fechamento de tudo que constitui externamente esta era presente, e a essência em si, não meramente um veículo para a expressão da essência. É uma combinação de ambos, Causal e Acausal: É um Nexion vivo – o próximo estágio, tornado prático, em nossa evolução.

O que é descrito acima representa a essência da Magicka do Futuro.

VIII: Addendum

E então, neste e em outros escritos da ONA, o sentido da Magicka é explicado – tudo que é requerido agora de Ordens esotéricas e indivíduos é a Vontade de tornar o sentido uma realidade. Assim, em conclusão, os objetivos magickos de uma organização genuinamente sinistra deve ser como segue:

1)      Continuar e manter a existência da Tradição, disseminando os vários ensinamentos   e métodos [como publicados em MSS como o Codex Saerus, NAOS e outros];
2)      Auxiliar de forma prática as formas exostéricas que trarão o Novo Aeon;
3)      Extender a Tradição, criando novas formas de Sinistro. Isso incluiria Artes [música/imagens/escrita]; Magicka [nova Cerimonial/Hermética]; Prática, Vida Numinosa [criando uma nova comunidade ruralista – ver MSS Thernn].

No Satanismo estão nossos contos modernos – nossas futuras lendas. Diferentemente dos outros, o Satanista vive a vida e morre a morte de um Herói. Isso não é algo assumido levianamente. Como consequência da ação de poucos, os próximos cinquenta anos irão testemunhar o Retorno da devastadora força Criativa que cada vida individual irá se Tornar.
Muitos irão dispensá-la por que não tem coragem de tentar, o Caminho de Satan permanece entre as miríades de “caminhos” da essência da Grande Obra. Experto Credite.
E quando o trabalho está completo, o Satanista desaparece da visão – se voltando ao próximo estágio, deixando pra trás espanto, descrença e muitas questões para se pensar. E então os fracassados começam sua campanha de distorções e mentiras. Ocasionalmente, o Satanista pode ouvir e rir-se delas. 


Beest/ONA. Revised: ONA 1998 – Publicado pela “The Venn Community, Shropshire – 1998 E.V.
Tradução: Kthunae, 2014 – 124 Y.F.
Fonte: Manvs Nigrvm O9A


Jacques Bergier - Melquisedeque

  Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênese, na Bíblia. Lá está escrito: “E Melquisedeque, rei de Salem, trouxe pão e vinho. E...