segunda-feira, 13 de julho de 2020

A Invocação de Caim


Caim é o iniciador terreno da magia, o espírito corporificado feiticeiro de Lúcifer e Lilith. Caim também é aquele que anda com o Dragão – o caminho noturno. Em uma mão está o fetiche de Caim – o crânio de Abel que mantém a gnosis do rei sombrio, Azrael, o portal ocidental do crepúsculo e o reino dos fantasmas. Em sua outra mão está o machado, um instrumento da forja que projeta o fogo sábio no barro da carne mortal. Caim é construtor do Templo e progenitor das bruxas, aquele que abre os portões do céu e inferno, o iniciador do sangue bruxo. Caim é visto como um homem do oriente médio, barbado e com a sabedoria obscura preenchendo seus olhos. Caim é também visto como uma besta humana com chifres e barbada, coberta de terra verde e cinza, que é decorada com ossos humanos e animais, seus familiares.
Caim é solicitado nos locais escondidos da terra, pois ele é o antigo que conhece os segredos desconhecidos da terra. Caim também aparece como um velho homem errugado e encapuzado que anda o caminho dos antigos – caminhos de carvalho dentro da nevoa. Ele carrega um livro da arte, dado com o cinto do diabo – por cujos ritos Caim se tornou o pai dos bruxos, nascido de Azazel e Lilith.
Caim é o adversário da carne, que causa tormentas e caos – tal como o próprio Set. Caim testa esses no caminho e abençoa aquele que podem responder as suas charadas. É de fato Caim, que alimentaria a alma de alguém aos lobos das sombras, quando a vontade é fraca.
Invoque Caim em isolação e dentro do circulo destes que são da marca.

Isolação é uma sabedoria silenciosa do qual a fonte nunca seca – busque com o cálice de esmeralda.
Ó Caim, espirito nascido do fogo e escuridão, iniciador sombrio!
Ó Caim, que perambula a terra dos desertos para as florestas – trazido pelo ventre, filho nascido da carne do Dragão e da Deusa Prostituta, mãe do sangue bruxo.
Espirito e senhor do fogo enegrecido da forja, que experimentou a marca de sangue como um X na testa.
Ó Caim, que foi desperto por um cranio carregando o presságio de Abel – Senhor das bestas e iniciador do fogo feiticeiro, lobisomem – metamorfo!
Deixe-me ver dentro e além da membrana fetal do véu de Lilith!
Pai e irmão das cavernas onde reside antigas sombras.
Que carrega o livro do sonhar que é a palavra primal da serpente –
Caim, Senhor das bestas e transformação, eu lhe chamo, lhe invoco internamente –
Seu raio irá atingir a forja e iluminar o meu espirito!
Minha testa marcada em sangue, caminhante cornífero dos mundos!
Atinja agora com o teu machado, abrindo o olho da serpente!
Desvelado no lado noturno, eu venho!
Que eu possa andar o caminho nascido do Dragão.
Conjurador do primeiro círculo de esmeralda e chama vermelha,
Guardião do portal e metamorfo cornífero – abra o caminho impetuoso!
Ilumine a chama enegrecida!
Que eu desperte a serpente nascida da pele do diabo – CAIM EU LHE CHAMO!

Lançando a sombra de Caim

Esse é um pequeno ritual designado para impregnar o feiticeiro com uma corrente focada do Ser, a dedicação no caminho do Antinomianismo Cainita. Pode-se usar o Grande Círculo Sabático (Luciferiano) como um meio de Auto-Deificação Antinomiana. Imolação do espirito pela assunção da mascara do progenitor das bruxas, Caim o ferreiro.

“Eu chamo as sombras infernais que nutrem meu corpo e alma;
Eu invoco o círculo que empodera minha forma de Ser,
Do norte, eu invoco a força de Set, sendo minha sombra do Ser
Permita a chama negra iluminar dessa mesma forja!
Do oeste, eu invoco a força de Anubis, o abridor do caminho.
Permita a luz violeta dos mortos empoderar meu espirito!
Do sul, eu invoco a força de Thoth, cuja lampada ilumina meu caminho
Permita as chamas da sabedoria e auto-descoberta guiarem meu caminho!
Do leste, eu invoco Hórus, sendo o fogo e a força do espirito
Revele tua essência como Azal´ucel, o Djinn impetuoso de mudança e rebelião!

Caim, portador do caldeirão de mudança e auto-transformação, proteja meu estado de Ser, para que possa crescer e ascender na nossa família nascida do puro sangue bruxo.
Eu busco a espiral de Leviatã, a terra obscurecida da sepultura de Ahriman e o plano dos sonhos de Lúcifer. Permita que os portais se abram perante mim!
Eu rodeio a mim mesmo na espiral do Dragão, a Besta do meu pai surge internamente!
Eu seguro o crânio de Abel, sendo o receptáculo de meu Famulus!

Eu seguro o martelo da forja, com o qual eu espalho o fogo astuto do tornar-se!
Meus olhos seguram os contos do deserto de eras esquecidas, enquanto minha carne se esvai, meu espirito é imortal!
Eu visto a membrana fetal carmesim de minha mãe, Lilith, que fala comigo através dos sonhos!
Eu carrego a pele de serpente de Azal´ucel, meu Espirito Santo!
Eu sou Caim, solitário e alma bruxa do fogo imortal!
Está feito!

Christian Rosenkreutz


De acordo com o Fama Fraternitatis, a Fraternidade Rosa-Cruz foi fundada em 1408 pelo monge alemão Christian Rosenkreuz (1378-1484) – de início mencionado apenas como Irmão C.R. – nascido às margens do Rio Reno, filho de uma família pobre, mas fidalga, ficou órfão em tenra idade. Aos 4 anos foi entregue aos cuidados de uma abadia, no mosteiro dos Albijenses, onde aprendeu o grego, o latim, o hebraico. Quando o jovem tinha 15 anos, o seu grupo de estudos deixou o mosteiro e iniciou sua marcha em direção à Terra Santa. Para evitar suspeitas dos discípulos de S. Domingos não viajaram juntos. Em Chipre faleceu o velho monge, líder do grupo, o irmão P.A.L. Embora este irmão tenha morrido em Chipre e não tenha visto Jerusalém, nosso irmão C.R. não retornou, mas embarcou para a outra costa dirigindo-se para Damasco (Damcar), na Arábia, – o que, nessa época, é uma proeza para um cristão – querendo continuar visitando Jerusalém, mas por azar ele adoeceu, tendo que parar a viagem. Em Damasco encontrou um Centro de Iniciação e aí ficou por três anos. Era o que pretendia: viver entre sábios. Atingiu a graduação necessária e resolveu partir. É durante o curso dessa viagem por países Islâmicos que ele entrou em contato com os Sábios do Leste, que lhe revelaram a ciência harmônica universal derivada do “Livro M”, o qual Rosenkreutz traduziu. Ali, ele foi curado por sábios que lhe transmitiram ensinamentos sobre um conhecimento ancestral, e o iniciaram em práticas científicas secretas. Em seguida, confiaram-lhe a missão de propagar esses conhecimentos pelo mundo cristão da Europa Ocidental, e de criar uma irmandade secreta, que “possuísse uma quantidade suficiente de ouro e pedras preciosas, e que pudesse educar os monarcas”.

De Damasco passou ao Egito e deste país foi viajando pelo mediterrâneo até Fez. Daqui resolveu passar a Espanha e juntar-se aos Alumbrados, que o receberam mas acharam os seus pontos de vista demasiado avançados, não o aceitando! A partir de Espanha, Germelshausen adoptou o nome simbólico de Cristão Rosacruz (Christian Rosencreuz).

De posse desse conhecimentos Rosenkreutz volta à Europa com o intuito de tornar público o seu novo saber. Após uma série de dificuldades, Rosenkreutz é rejeitado. Voltando para a Alemanha, ele é ajudado por quatro Irmãos na tradução do misterioso Livro “M”, cujo conhecimento deveria ser mantido em segredo até que a humanidade estivesse devidamente preparada para recebê-lo.

Enquanto a Europa mergulhava na escuridão, a avançada civilização árabe preservou um grande corpo de conhecimentos místicos. A Alquimia, a arte da transmutação, tornada proeminente entre os gregos, foi introduzido aos árabes que transmitiram esta arte que precedeu a Química à Europa.

Nesse tempo a “Santa Inquisição”, fundada por S. Domingos para reduzir a cinzas todo aquele que ousasse perfilhar idéias diferentes das que eram impostas pelo Catolicismo, obrigou Christian Rosencreuz a abreviar a estadia em Espanha e França e a dirigir-se para a Turíngia, na Alemanha, sua pátria, regressando ao mosteiro Albijense em que fora criado. Até hoje não foi possível determinar em que ponto de Espanha era a sede dos Alumbrados (ou Iluminados), que tiveram uma existência de séculos, tendo sido exterminados pela “Santa Inquisição”, durante o século XVI.

Na Turíngia, Christian Rosencreuz foi encontrar no mosteiro os três antigos companheiros e, com eles, estabeleceu a Fraternidade Rosacruz. Em um local secreto, os quatro homens formaram o “Novo Templo do Espírito Santo”, onde curavam doentes e confortavam desamparados. Rosenkreutz foi aos poucos construindo a fraternidade que leva seu nome e que conduz a sua obra missionária. Uma vez por ano, a fraternidade se reúne no Templo do Espírito Santo. Mais tarde foram admitidos novos membros ficando a Fraternidade com 8 membros. Anos depois a Fraternidade Rosacruz tinha 13 membros e não podia ultrapassar esse número. Estava estabelecida no estilo usado por Jesus: 12 membros, simbolizando os 12 signos do Zodíaco e o Sol, que formava o 13º. Assim, é criada a Fraternidade Rosacruz, com o intuito de manter o conhecimento daquele grupo de Iniciados. Seus membros fazem voto de celibato e castidade.

A fim de manter o número de membros da ordem, cada rosa-cruz deve nomear um sucessor antes de sua morte, se possível. Quanto ao fundador, afirma-se que ele teria morrido em 1484 aos 106 anos de idade (longevo, por causa do elixir da longa vida, que ele descobrira). Seu túmulo teria sido descoberto em 1604, 120 anos após sua morte, tal como ele próprio havia predito, por um dos imperators que lhe sucedeu .

Dada a falta de liberdade de pensamento, a Ordem teve que se ocultar durante vários séculos sob diversos nomes, mas nunca cessou suas atividades, perpetuando seus ideais e ensinamentos.

Existiram diversos ciclos de atividades da Ordem Rosacruz. Dentro de um mesmo ciclo, há uma época de plena atividade, seguida por uma época de inatividade de mesma duração. Esses ciclos são necessários por diversos motivos. Um ciclo se iniciou em 1378, com o “nascimento” de Christian Rosenkreutz. Quando ele “faleceu”, em 1459, a ordem iniciou sua fase de inatividade, voltando novamente a plena atividade com a “descoberta” do túmulo de Christian Rosenkreutz e a publicação dos manifesto, em 1614.

A primeira manifestação da Confraria tem lugar em 1589 (ou 1597), quando um tal Nicolas Bernaud percorre a Europa para procurar os amadores da química (alquimistas) e comunicar-lhes as suas idéias políticas. 

O Colégio Invisível Rosacruz



Na Praça da Greve, em Paris, um belo dia aparece o seguinte manuscrito: “Nós, deputados do Colégio Principal dos Irmãos da Rosa-Cruz, fazemos estada visível e invisível nesta cidade pela graça do Altíssimo, para o qual se voltam os corações dos justos. Mostramos e ensinamos, sem livros nem marcas, a falar todas as línguas do país onde queremos estar, para tirar os homens, nossos semelhantes, do erro e da morte”.

Há quem faça uma aproximação com a Escola dos iluminados árabes, discípulos de Abd el Kadir Gilani, em Bagdá no séc. XII. Este personagem foi o fundador de uma Ordem que subsiste ainda, e convidava os seus adeptos a seguir a “via da rosa” (em árabe = sebir-el-uard). Curiosa coincidência: Sebil pode traduzir-se, em certos países orientais, por cruz. Os Alumbrados (Iluminados da Espanha), exterminados pela Inquisição, teriam, então, dado origem aos Rosa-Cruzes.

A Fraternidade Rosa-cruz, segundo a concepção de seus primevos criadores, funcionaria tendo os seguintes seis preceitos e regras básicas, a serem estritamente observados:

Estavam proibidos de exercer qualquer profissão, a exceção daquela que curaria os enfermos, e isso a título de caridade.
Não deveriam usar trajes que os distinguissem da população local, como acontecia com o clero e ordens religiosas, mas antes, deveriam passar como se fossem habitantes dos locais onde eles estivessem.
Todos tinham a obrigação de estar presentes em um dia previamente marcado, denominado de “Dia C”, para reunirem-se anualmente na sede do Templo do Espírito Santo. No caso de impossibilidade, explicar por escrito o motivo da ausência.
Cada Irmão Rosa-cruz deveria procurar e, no caso de encontrar, informar a existência de pelo menos uma pessoa de valor que pudesse sucedê-lo, quando necessário.
As Letras CR seriam o selo maior de reconhecimento.
A Confraria deveria permanecer oculta por pelo menos um século.
Todos os Irmão Rosacruzes daquela época juraram absoluta fidelidade a esses seis preceitos.

A Ordem Rosacruz pode ser compreendida, de um ponto de vista mais amplo, como parte da corrente de pensamento hermético-cristã. Nesse contexto, é clara a influência do Corpus Hermeticum que, após 1000 anos de esquecimento, foi traduzido por Marcílio Ficino, a figura central da Academia Platônica de Florença, em 1460, por encomenda de Cosimo de Médici. Nas “Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz”, é dito que “Hermes é a fonte primordial”.

A própria maçonaria adotou o título de “Cavaleiro Rosa-Cruz” homenagear seus irmãos maçons que eram rosacruzes, para 18º do Rito Escocês Antigo, para o 12º grau do Rito Adonhiramita e para o 7º grau do Rito Moderno ou Francês. Também na Franco-Maçonaria foi instituído o grau de “Cavaleiro Rosa-Cruz”, que tem como símbolos principais o Pelicano, a Rosa e a Cruz. Isto, porém, não significa vínculo jurídico; trata-se de mero relacionamento extrínseco ou de nome.

A partir de 1648 os Rosa-Cruzes, após um brilhante período de exteriorização, entram numa espécie de hibernação.

Por volta do final do século XIX, a tradição rosa-cruz experimentou um reflorescimento. Em 1888, o poeta e advogado francês Stanislas de Guaita (1861 – 1897), um ardente adepto do ocultismo, fundou uma irmandade rosa-cruz na França, com o romancista Joséphin Péladan (1859 – 1918). Pouco depois, no entanto, Péladan abandonou a irmandade, queixando-se de que seu perfil era demasiado anticatólico para seu gosto. Ele fundou outra organização, também sob o rótulo da rosa-cruz, dedicada ao amor fraternal e às atividades intelectuais e artísticas. Péladan abriu um salão rosa-cruz em uma galeria de arte em Paris, que acabou por se tornar um ponto de encontro muito frequentado e de grande influência, especialmente para as pessoas ligadas ao mundo das artes.

Auto-iniciação na Magia Sexual


A ciência da Feitiçaria Sexual forma o arcano interno da Magia, oferecendo experiência direta de estados de ser superiores e criando uma situação onde tanto o corpo quanto a mente podem ser modificados. Esta transformação permite a manifestação da Vontade mais interna sem o impedimento do ego. O processo de auto-iniciação como ensinado pelas escolas de magia sexual não é fácil, envolvendo o recondicionamento do instinto sexual sendo totalmente alheio então às demandas de condicionamento social, operando como uma máquina programada.
Os primeiros estágios dentro dos procedimentos da auto-iniciação tântrica são os mais difíceis, pois eles envolvem a superação da maior parte de apreensões morais e preferências pessoais que todos têm, em favor de uma nova ética baseada na Amoralidade do Humano Superior. O objetivo da iniciação tântrica é alinhar o corpo com o eu superior, para ativar os diversos centros energéticos, ajustando-os para o que é conhecido como o “Animal”; uma criaturas obediente. Esta criatura deve ser domesticada para obedecer os comandos do Eu (Self) sem distinção ao gosto pessoal. O eu superior ou ‘anjo’ realiza seus comandos através da mente treinada ou Adepto e é importante para esta mente ser clara e analítica bem como aberta e intuitiva. Estas três funções, o Animal, Adepto e o Anjo são os três A da Magia Sexual. O Animal deve ser forte e obediente, o Adepto deve ser inteligente e refinado e o Anjo deve ser Pura Vontade e nada mais.

Primeiros Passos na Iniciação Tântrica

Barreiras Psicológicas

O primeiro estágio na iniciação tântrica é explorar seu próprio entendimento da sexualidade e chegar a uma nova compreensão de como você se relaciona com seu corpo e nas relações sexuais com os outros. É imperativo ao mago chegar a um entendimento de que os atos sexuais são atos de Poder, não de dominação deste poder, como a sexualidade subutilizada da Era Vitoriana, mas de poder despertando do próprio ato. Amor é um subproduto deste senso de poder e pode realmente ser sentido apenas por aqueles cuja Vontade é centrada. Todos os outros atos de sexualidade são simples evacuações do organismo. Conforme o mago explorar seu entendimento da sexualidade, o conceito de bissexualidade deve também ser explorado. Para muitas pessoas o conceito de homossexualismo parece repulsivo, ainda que possa ser prontamente visto nos trabalhos da psicologia, especificamente no de Freud e Jung, que todas as coisas são andróginas e um balanço dos arquétipos duais, principalmente feminino e masculino. Conforme exploremos estes arquétipos a tendência é manifestá-los na personalidade, primeiro, como uma tendência à androginia e, posteriormente, em direção a uma manifestação genital da bissexualidade. O conceito da Criança Coroada do Novo Aeon também tange nisto quando percebemos que Hórus é andrógino e aglutina os aspectos opostos de Ísis e Osíris dentro de seu seio e os resolve com sua própria androginia. Este conceito não é para ser tomado como questão dogmática, mas é posto em discussão como matéria de meditação e pensamento. Para preparar o estudante para o processo iniciático da magia sexual, oferecemos os exercícios das páginas seguintes. O primeiro é baseado no processo de redescoberta do corpo, aceitando-o como ferramenta mágika. O segundo é uma visualização baseada no balanço do organismo e estimulação de um potencial mais andrógino.

Concentração na Magia Sexual

Após os exercícios psicológicos básicos, o mago deve começar a trabalhar na habilidade de concentração sobre uma certa imagem e firmar esta imagem claramente em sua tela mental. Esta técnica não é simples visualização pois envolve a fixação da imagem claramente durante o ato sexual. A tarefa central aqui é criar uma dicotomia entre a atividade corporal e a da psique, para que enquanto pratica-se o ato sexual, qualquer que seja a forma que esta atividade possa tomar, a imagem possa ser claramente fixada na tela mental sem qualquer interrupção.
O primeiro passo neste procedimento é experimentar técnicas masturbatórias, não controle o corpo, deixe-se levar pelo processo físico enquanto concentra-se em algo mais. Obviamente, demorará para se atingir o ápice, contudo, acontecerá no final! A chave durante este processo é manter a mente na imagem escolhida. Você pode desejar, de primeira, começar com uma série de imagens, mesmo uma história visual conforme a eficácia aumenta, concentrando-se numa única imagem e aprendendo a fixá-la durante todo o processo, especialmente permitindo a imagem ser vista na sua mais resplandecente glória no momento do orgasmo.

Função de Múltiplos Orgasmos

A função de orgasmos múltiplos é um aspecto importante de muitos trabalhos tântricos avançados, o potencial para tanto macho quanto fêmea atingirem isto está muito além do que a maioria das pessoas imaginam. Por anos, especialmente após as revelações de Masters e Johnson, a realização do potencial feminino orgasmático tornou-se bem conhecida. Mas podemos perguntar : e como fica o macho ?
Nos anos 70 algum material tornou-se disponível a partir de pesquisas conduzidas num laboratório de desenvolvimento na América. Foi tornada pública num artigo da revista Gnostica durante Maio/Junho de 1979. A maioria dos leitores, contudo, não perceberam a importância desta mensagem.
Após muita pesquisa foi descoberto que não apenas havia possibilidade de orgasmo múltiplo masculino, mas que era possível se alcançar um estado de quase constante e contínuo orgasmo. Este estado cobre um período de tempo tal que alguns homens seriam capazes de terem mais de 500 orgasmos contínuos, acompanhados por repetidas (mas não contínuas) ejaculações. Também foi descoberto que há uma relação estatística entre a estimulação do lobo frontal, atividade criativa e orgasmos múltiplos. Foi notado que um grande percentual de adolescentes rebeldes de alto QI chegando ao final da adolescência estavam experimentando uma atividade do lobo frontal na forma de criatividade avançada. Esta estava sendo, contudo, rejeitada pelo sistema social por causa de ser causada sexualmente e tinha, em certos momentos, conotações sexuais incomuns. Deduziu-se desta pesquisa que há uma relação direta entre estados superiores de consciência e impulso sexual excessivo. Este impulso é notado na maior parte da literatura tântrica oriental e ocidental e sugere haver um método de disparar estados alterados através de sua correta utilização. Nós acreditamos portanto que é imperativo para o mago começar a experimentar técnicas de orgasmos múltiplos, estas são mais importantes do que simples exploração sexual, pois abrem portas neurais do cérebro e tornam disponíveis experiências de estados alterados.
As técnicas de orgasmo múltiplo também formam um dos primeiros passos em direção ao despertar da Kundalini e o desenvolvimento do complexo treinado Animal/Adepto para a manifestação da Verdadeira Vontade. A maioria das mulheres tem compreensão de orgasmos múltiplos pois elas não têm aquela obsessão que os homens têm de relacionar a ejaculação ao orgasmo. A ejaculação é apenas um aspecto do orgasmo mas certamente não o fim requerido.
Trabalhando incansavelmente através dos seguintes procedimentos sugeridos, é possível atingir-se uma experiência de orgasmos múltiplos e um estado de “Nirvana Orgasmático” :

1. Comece avaliando seu estado emocional, localizando quaisquer barreiras que impeçam um bom orgasmo. Muitos homens ainda sentem culpa relacionada às questões sexuais, tente resolver estas questões. (Se elas não puderem ser facilmente resolvidas, pelo menos torne conhecida sua existência para si mesmo.)
2. Crie um estado mental de satisfação, entenda que você não tem necessidade alguma de sentir-se retraído ou culpado, crie uma paisagem de energia positiva pessoal, sinta-se relaxado e esperançoso, sinta uma força e vontade internas.
3. Procure o orgasmo, tanto sozinho quanto com um amigo(a).
4. Conforme seu orgasmo se aproxima, o que parece ser seu clímax, deliberadamente abandone o controle da consciência, permita-se ser absorvido pelo orgasmo, dissolvendo os limites de seu ego na experiência orgásmica.
5. Neste ponto assegure-se de não voltar ao seu estado de pensamento normal, permita-se fluir com esta nova sensação, esqueça o passado, presente e futuro e EXPERIENCIE.
Se você se deixar levar, você começará a experimentar uma continuação do espasmo orgásmico.
6. Após a primeira experiência de orgasmo múltiplo, as coisas tendem a tornarem-se mais fáceis no processo.
Entretanto, deve ser lembrado que a chave está em deixar-se levar, deixar o ego esvair-se, com suas restrições acompanhantes e experimentar o orgasmo pelo que ele é.
Um completo estado corporal alterado de magnífico potencial.

A MEDITAÇÃO DE ÁTUM

1. Sente-se pacificamente e entre num estado de profundo relaxamento.

2. Remova as roupas, ao mesmo tempo meditando na remoção das barreiras mentais.

3. Medite na Declaração de Átum. (Declaração Pirâmide 527)

“Átum foi criativo em proceder na masturbação solitária em Heliópolis, ele pôs seu pênis em sua mão para poder obter o prazer da ejaculação pela qual havia nascido irmão e irmã, isto é, Shu e Tefnut, a criação do mundo em termos humanos.”

4. Medite no balanço dos atributos internos femininos e masculinos, criado pelo uso correto do orgasmo sexual.

5. Visualize suas barreiras sexuais sendo removidas e sua natureza como Vontade Verdadeira sendo manifestada.

6. Comece a masturbar-se utilizando o mantram ‘Humn’.

7. Visualize-se atingindo a beleza escura do espaço infinito, use qualquer gênero sexual que preferir e improvise suas próprias imagens.

8. Prolongue o orgasmo por quanto tempo for possível.

9. Alcance o orgasmo e sinta-se libertando-se de suas inibições.
No momento do clímax, utilize o mantram ‘Ghaa’.

10. Relaxe novamente num estado de silêncio meditativo e de iluminação.

MEDITAÇÃO DE ANDROGINIA ASTRAL

Esta meditação deve ser repetida por um período de tempo até que a eficácia seja alcançada. Levará mais tempo para alguns do que para outros.

1. Relaxe profundamente usando exercícios respiratórios.

2. Remova as roupas meditando na remoção das inibições.

3. Comece a masturbar-se visualizando alguém que te atraia sexualmente.

4. Conforme aumenta o ritmo masturbatório, troque o sexo da sua visualização. Transfira todos seus pontos de atração para o sexo oposto ao de sua preferência normal. Por exemplo, veja as belas pernas de uma mulher num homem, note o olhar, etc.
Durante este processo tente aumentar a excitação ao invés de deixá-la esvair.

5. Prolongue a visualização da imagem. Se necessário, retorne para a primeira imagem e então troque novamente para a segunda, continuando este “troca-troca” até que a segunda imagem possa ser sustentada com excitação.

6. No orgasmo, libere-se. Permita com que sua excitação possibilite a aceitação de excitação de uma fonte da qual no passado você não haveria obtido estímulo.

7. Continue este exercício até que você possa praticar usando imagens de ambos os sexos com excitamento físico.

8. Transfira este experimento para a prática.

Exercícios Preliminares na Magia Sexual

Os seguintes exercícios têm o objetivo de levar o mago na experiência do uso da magia sexual na atividade sexual rotineira.
O sexo é um sacramento e o corpo é nosso templo, cada orgasmo deve ser uma experiência de força e poder internos.
Nos exercícios seguintes o mago começará a experimentar algumas das várias possibilidades dentro da antiga arte do sexo.
Os exercícios estão divididos em três categorias :
1. Individual
2. Casal
3. Geral
Quando for especificado o uso de casal, eles podem ser de qualquer orientação sexual, entretanto, a pessoa a trabalhar com você deve ser, pelo menos, concordante ao seu envolvimento com magia, se não desejar experimentá-lo com você.

EXERCÍCIOS INDIVIDUAIS

1. Sente-se num estado meditativo, nu.
Medite no seu estado de nudez, chegue a uma experiência de como o corpo se sente, note movimentos internos, sensações, note o efeito de elementos externos no corpo, a brisa que passa e por aí vai. Torne-se consciente de seu corpo e então prossiga.

2. Experiencie seu próprio corpo.
Explore as várias áreas de seu corpo com cuidado e curiosidade, usando óleo ou creme passe suas mãos por todo seu corpo e experiencie-o plenamente.
Explore as fendas conforme você se torna sexualmente estimulado, explore seu orgasmo sexual, leve-se vagarosamente ao orgasmo experienciando seu corpo e atingindo uma melhor compreensão de suas ações e reações.
Termine a sessão com um longo banho relaxante.

3. Sente-se num estado meditativo.
Comece a vibrar palavras de poder, comece com, talvez, Aum e então prossiga para palavras como Thelema, Agape, Abrahadabra, etc.
Vibre estas palavras, cante estas palavras, adentre numa experiência sonora, varie a altura do som e mova a vibração. Sinta o som sendo transferido do órgão para o orgasmo, experiencie-o como um estimulante sexual e use o som em conjunto com a masturbação para aumentar a força do orgasmo.

RESPIRAÇÃO E MANTRAS NA EXPERIÊNCIA
SEXUAL SOLITÁRIA

1. Sente-se com a cabeça reta e o abdome vazio, a espinha deve estar ereta e a mente alerta, mas relaxada.

2. Inspire pelo nariz, preencha os pulmões completamente, visualizando os mesmos cheios de Fogo Cósmico.

3. Expire todo o ar usando os músculos do abdome e o diafragma, sinta o fogo deixando o corpo, embora reste um resíduo nos pulmões.

4. A respiração deve ser rítmica, contínua e cíclica, sentindo que o resíduo ígneo aumenta a cada ciclo.

5. Conforme o fogo aumenta, assegure-se de manter a respiração num ritmo calmo.

6. Sinta o fogo acumulado explodindo pelo corpo estimulando todos os órgãos, especialmente aqueles de natureza sexual. Continue até que um estado de tensão e êxtase sexual intervenha, dando seqüência ao mesmo com um mantram específico e o ato sexual.

OS MANTRAS MURMURANTES

Humm… primeiramente baixo e então aumentando a altura, sinta o corpo tornando-se vivo com o som monótono. Aumente a sensação durante a experiência sexual.
Um procedimento para os mantras murmurantes poderia ser assim :

1. Pressione a língua contra o céu da boca, aperte o abdome para dentro e para cima.

2. Comece a murmurar suave e calmamente, aumentando em ritmo e volume.

3. Aumente o som até que todo seu corpo pareça vibrar num estado extático. Prossiga com a experiência sexual.

Mantras específicos devem ser usados em conjunto com os procedimentos dados. Alguns mantras murmurantes orientais excelentes são :

Humn / Yungm / Ghaa Mantras usados para rejuvenescimento
sexual.

Humn / Ghaa Humn é para ser usado no congresso sexual
e Ghaa para o orgasmo.

Hunga Este mantram estimulam o chakra básico.

Linga Este mantram estimula as emoções através
do chakra cardíaco.

OS MANTRAS SONOROS

Comece com os mantras murmurantes e então conecte os sonoros com os daquela natureza. Por exemplo, você pode ouvir um som de abelha enquanto murmura, portanto oriente a sonorização para sons de abelha.
Flua com as variedades de som e você se pegará experimentando um largo espectro de estados alterados e experiências.
Esta técnica pode ser adaptada para qualquer experiência sexual, contudo, maestria individual deve ser alcançada primeiro.

EXERCÍCIOS EM CASAIS

Os três primeiros procedimentos esquematizados abaixo têm o objetivo de ajudar casais desenvolverem concentração de uma ordem superior. A importância disto é criar uma dicotomia entre o corpo e a psique para eles poderem controlar seus corpos enquanto suas mentes se concentram na magia.

1. Criaturas Imaginárias

A. Sente-se de frente para seu parceiro, ambos nus.
B. Induza um estado de relaxamento.
C. Pare durante o ato e imagine um elefante cor-de-rosa passando, enquanto ambos viram-se para vê-lo, continue com o ato sexual, evitando conversar.
A chave aqui é que a atenção está no elefante, não no ato sexual.

2. Conversação

A. Faça o mesmo que no exercício um.
B. Agora, no entanto, vocês devem iniciar uma conversa e mantê-la duma maneira coerente até pouco antes do orgasmo.
C. No orgasmo, pare a conversa e jogue-se no orgasmo como se você tivesse disparado um segundo reflexo.

3. Exercício Humorístico

Use as mesmas técnicas mas agora faça uso do humor numa tentativa de afastar o foco para a psique e permitir que o corpo trabalhe automaticamente.

ROTINA SEXUAL PARA NOVE DIAS

Primeiro Dia
– Um centímetro de penetração, conservando-a desta maneira.
– Atinja o orgasmo por exploração corporal e masturbação.
– A penetração não deve ser mais profunda do que especificado.

Segundo Dia
– Como no primeiro, exceto que agora deve-se manter o pênis ereto e em posição por dez minutos ininterruptos.
– Não atinja a ejaculação.

Terceiro Dia
– Sem atividade sexual.

Quarto Dia
– Como no segundo dia.

Quinto Dia
– Use masturbação acompanhada por meditação na União Cósmica de Therion e Babalon (Shiva e Shakti, ou qualquer equivalente que preferir).
Veja seus papéis refletidos no interior de um e do outro e nos seus interiores.

Sexto Dia
– Faça como no primeiro dia, mas mantenha a posição por pelo menos meia hora e no máximo uma hora.

Sétimo Dia
– Realizem o congresso sexual meditando na sua união como a união das duas metades que existem dentro de cada um de ambos.

Oitavo Dia
– Como no sétimo dia, mas explorando orgasmo múltiplo.

Nono Dia
– Retorne para a atividade “normal”.

O Procedimento do Congresso Sexual

Durante os dias sete e oito o seguinte procedimento deve ser usado. Pode também ser explorado durante a prática diária do sexo.

1. Entre em relaxamento profundo.

2. Visualize ambos como encarnações da formas de deuses escolhidos (Therion e Babalon, Shiva e Shakti, etc.)

3. Vibre energia através dos chakras, concentre-se no chakra básico.

4. Vibre o mantram ‘Humn’.

5. Aumente o som do mantram conforme começar o intercurso.

6. Penetre com o som de ‘Humn’ sendo aumentado. Alcance o orgasmo com o mantram ‘Ghaa’.

7. Retorne para o estado de relaxamento.

Conclusão

Todos estes exercícios formam os passos preliminares na Magia Sexual. Experimente-os, torne-os seus. Através destas experiências você deve ter uma ideia do potencial do organismo humano quando usado com intenção mágica. Conforme progredirmos, serão delineadas as técnicas avançadas e serão dados os procedimentos de como a magia sexual pode ser usada para otimizar e acentuar a maior parte das operações mágicas. Lembre-se sempre que o corpo é um Templo vivo e os órgãos sexuais, seu altar.
Para alguns Magos, o uso do corpo pode levar algum tempo, isto é comum. O processo da Magia Sexual pode ser usado por todo Mago não importando o tamanho, a forma ou antecedente pessoal. Os Mistérios da Magia Sexual trabalham pelo seu próprio poder interno e todos os magos os acharão eficazes. Parecerá difícil, para a maioria, num primeiro momento, de diferentes formas, mas conforme a experiência acontece e se desenvolve, os medos cairão e uma nova força interior ascenderá…e este é o começo da iniciação.

Ordo Saturni Yoga


Documenta et Ritualia Fraternitatis Saturni.

Folhas para a arte oculta aplicada da vida, agosto de 1952, edição 29, 1-5 Eugen Grosche: Saturno – Yoga O caminho da luz negra.

Estes ensinamentos não se destinam a criar ou propagar um novo sistema de yoga. Eles são apenas uma combinação de alguns ensinamentos de yoga à luz do conhecimento saturniano. No entanto, eles também apontam novos caminhos que levam a picos muito altos e solitários. Eles não são destinados ao público em geral, mas servem apenas a um certo grupo de pessoas altamente espirituais para cristalizar sua personalidade ainda mais e com mais intensidade.

Saturno, o guardião do limiar, é o demiurgo de uma cristalização muito profunda e espiritual que leva ao conhecimento absoluto e, portanto, à maturidade. Sem luz sem escuridão. A luz brilha na escuridão. E a escuridão é mais poderosa que a luz! Na escuridão primitiva escura, a luz está contida desde o início. Tudo o que você precisa é de uma palavra do logotipo para acender. E isto: SERÁ LUZ!

Exigir a negação de seus sentidos dados por Deus, a fim de alcançar objetivos tão altos em sua pequena vida atual! E quem diz que pecado aqui é perverso de Deus, porque Deus o desejou e somente ele é responsável pelo amplo escopo de seu projeto. Certamente, é importante e correto trabalhar vigorosamente no polimento de sua personalidade, na maturidade de seu ego, na possibilidade dada pelo seu arcabouço dado por Deus da evolução geral da humanidade. Querer mais é um absurdo místico. – Deus também tem um rosto sombrio e claro! Embora poderoso, não é perfeito! E o conceito de divindade é indiscutível! E a divindade não é deus! Não faz sentido falar sobre a energia absoluta ou de ponto zero. Os limites do possível desenvolvimento da mente humana são dados e residem nos campos de força espacial da Terra e nas esferas do nosso sistema solar, do logotipo do sol ao logotipo de Saturno. Querer ou pensar mais é misticismo. Reconheça isso e a luz de Lúcifer tomou conta de você. O portão do Guardião se abre para você e o caminho para o Pai – para o grande Logos do Sol – está diante de você na luz cristalina do conhecimento de Saturno. É assim que o filho pródigo retorna ao pai. E toda pessoa pode seguir esse caminho se for sua vontade mais íntima. Saturno ensina o gênero duplo andrógino do logotipo do sol, que é nosso pai e mãe em um. Este é o culto mais alto do sol e serviço a Deus no conhecimento. Mas além disso está a escuridão completa da divindade inimaginável.

Regras e instruções de Saturno-Yoga

Em primeiro lugar, envolva-se em um culto regular e bem pensado com seu corpo, a fim de torná-lo saudável e mantê-lo através de cuidados corporais realizados conscientemente. Isso inclui lavagens e óleos rituais, o cuidado mais cuidadoso de todos os sentidos. Purifique o sangue e evite todos os excessos. Proximidade com a natureza através do culto ao sol, através de sucos de plantas e ginástica.

1- Treinamento consciente da vontade.
2- Ensino de duas respirações ocultas para despertar o chakra, combinado com a técnica de respiração por vogal.
3- Exercícios de concentração. Auto-sugestão.
4- Exercícios de meditação. Mantra místico. Retiro sonho.
5- Exercícios de imaginação. Treinamento de imaginação aplicado conscientemente.
6- Domínio das forças sexuais através da expressão harmoniosa. Culto ao sexo. Santificação da relação sexual entre parceiros. Reversão de polaridade consciente mútua do poder od. Sublimação do erotismo.
7- Magia prática usada para treinar sua própria personalidade e influenciar conscientemente o meio ambiente.
8- Magia astral prática para dominar a luz baixa.
9- Magia mental prática para usar poderes mentais.
10- Magia planetária prática para conectar-se a forças e entidades cósmicas superiores.
11- Criação de estados de transe para conexão com a vida pré-natal no sentido da teoria da reencarnação.

Todas essas instruções são um campo de trabalho especial em si mesmas e abrangem as disciplinas relevantes. Juntos, eles servem nesse sentido para polir a mente e toda a personalidade. Não é necessária abstinência, castidade ou abstinência, sob qualquer forma. A vontade própria e o autoconhecimento em breve são decisivos. O neófito deve aprender a estar acima das coisas! Ao fazê-lo, ele não os nega, mas os controla para seu próprio bem. Ele nunca cairá no vício porque reconhece as causas. Para ele, o termo VIRTUDE é um termo imaginário. Não está vinculado a dogmas religiosos ou éticos.

Como buscador de Deus, ele segue seu próprio caminho escolhido. Através de um trabalho sistemático em si mesmo, ele é capaz de desenvolver essas disciplinas mencionadas em si e levá-las à plena floração. Então, sua vontade de consciência se estenderá além dos reinos vegetal e animal até as esferas mais altas e será alcançada uma estreita conexão com o espírito da terra. – Os seres intermediários da luz astral o obedecem, assim como os demônios. Seu poder é quase ilimitado, desde que ele não viole as leis da harmonia. Então o conceito de bom ou ruim é supérfluo para ele. Ele se esforça para ter uma conexão harmoniosa com toda a sua alma e conduz uma química do universo consigo mesmo. Ele é conscientemente seu próprio Athanor, que faz brilhar e derreter as forças divinas e cósmicas armazenadas nele, para que as escórias da humanidade inferior caiam e ele possa entrar em esferas superiores purificadas, purificadas e consolidadas. Saturno, o Guardião, o ajuda a fazer isso.

Aleister Crowley e o Caminho Sinistro


Em certo sentido, pode-se dizer que o trabalho de Crowley é uma restauração dos vários mistérios ctônicos principalmente de origem Sumeriana. Por isso, a importância no culto da Thelema a Set/Shaitan/Satã – uma tentativa de reintegrar dentro do consciente do indivíduo a dualidade representada pela fórmula LAShTAL.

No entanto, apesar das muitas reivindicações, Crowley não inaugurou um novo Aeon. Sua restauração é simplesmente uma restauração de algo morto há muito tempo – uma espécie de necromancia, e como uma força mágica, o culto de Thelema poderia muito bem não existir.

No sentido exotérico, ‘Shaitan’ representa os níveis instintivos que são, muitas vezes, em nossa sociedade moderna, reprimidos no indivíduo – e rituais satânicos, quer do tipo tradicional ou o tipo baseado no uso de fórmulas sexuais, são um meio de catarse: um início onde a consciência é preparada e liberado das restrições implícitas na vida comum. Em termos práticos – e para a civilização do ocidente a qual religião dominante e ethos tem atrapalhado, por sua distorção, tudo o que é natural em termos de sexo – isto frequentemente significa participação em rituais como aqueles dados no ‘Codex Saerus’ ou na Missa Gnóstica de Crowley ou algumas forma de trabalho sexual. Tal participação restaura o equilíbrio que frequentemente falta.

No entanto, tal participação é apenas um começo – e as formas rituais de tal participação são apenas um meio. Eles são meios para experimentar e se realizada corretamente deve fornecer o indivíduo com uma compreensão desse aspecto de sua personalidade que foi simbolizado como Satã (para os homens) e Lilitu/Darkat (para mulheres) – o lado mais obscuro, sensual. Tal entendimento é pessoal no sentido de que a personalidade do indivíduo está envolvida, e a perspectiva alcançada é geralmente a da vida, ou Destino, do indivíduo em relação às suas circunstâncias e outros indivíduos. Ou seja, há pouca preocupação com ou valorização, as forças de um Aeon – à exceção talvez de alguma vaga compreensão ‘intelectual’: ou o que é tido como um entendimento.

Esta reintegração dos aspectos obscuros – seja ocorrido através de participação em rituais ou via outras técnicas de magia – é representada, no sistema septenário, por estas três esferas da Árvore do Destino (Lua, Mercúrio e Vênus) e estas esferas simbolizam os três estágios desta reintegração – isto é, Calcinação, Separação e Coagulação para usar termos alquímicos. É durante o próximo estágio que o indivíduo que está seguindo um caminho mágico planejado e prático ganha uma perspectiva cultural e Aeonica. Isto permite uma compreensão da relação existente entre o indivíduo e seu destino único e aquelas forças que são simbolizados por uma fórmula mágica ou ‘palavra’ e que representam um determinado Aeon.
Tal entendimento (associado com ao quarto estágio – a esfera do Sol – e o quinto estágio, Marte) deriva ou tem o seu fundamento em uma abordagem racional e geralmente envolve o indivíduo estudando Aeons, civilizações e as relações entre eles.

No entanto, o sistema de Crowley, assim como muitos sistemas derivando no todo ou em parte de seu trabalho, nunca chega neste estágio porque (a) coloca as fórmulas de magia sexual acima de tudo, e (b) nega com esta abordagem a análise racional requirida. O mesmo é verdade para outros sistemas mágicos envolvidos no lado ‘obscuro’ e os quais tentam de alguma forma deixar os indivíduos a segui-los experimentar sua própria natureza sombria. Uma integração e portanto, o entendimento desta natureza – permitindo ao indivíduo a construção sobre as fundações obtidas dessa forma – da necessidade, implica o desenvolvimento dessas qualidades como a razão, a lógica e entendimento científico, que Crowley et al abandonaram. No entanto, este desenvolvimento não implica uma miscelânea de conceitos ocultos e pseudo-científicos, tais como ‘mecânica quântica’ e ‘relatividade’ – um amálgama instável atualmente em voga em certos círculos. Pelo contrário, ela implica o desenvolvimento da mente e uma certa maneira de pensar.

Em ambos os níveis esotéricos e exotéricos, o passo mais significante até agora na evolução de nossa consciência tem sido o desenvolvimento da análise racional e sua extensão como método científico. A aceitação deste método (o que não impede a aceitação das forças com as quais são lidadas na magia) implica uma certa ‘visão de mundo’ e uma abordagem pessoal à vida: um caminho, que é ao mesmo tempo cauteloso, geralmente otimista, aberto e questionador. Esta ‘visão de mundo’ ou modo de pensar deriva dos Gregos antigos – é expressado em sua filosofia remota (isto é, antes do declínio representado por Platão), em sua atitude religiosa e em seu modo de vida. É essencialmente a mesma atitude exemplificada pelo paganismo ocidental, e é a antítese da visão e caminho representado pela religião do Nazareno. A religião do Nazareno inverte todos os valores naturais – da mesma forma que Nietzsche entendeu. Thelema, e crenças similares, nega,  tal como a filosofia e a vida Nazarena o faz, aquela espontaneidade natural que é a essência desta ‘visão de mundo’ pagã – porque Thelema liga a mente em nós de obscuridade e especulação metafísica (como a cabala em geral o faz) e libera rapidamente o espírito apenas para sobrecarregá-lo com as correntes de sua própria metafísica.

O verdadeiro ethos do Ocidente – que a religião do Nazareno distorceu e suplantou – pode ser simbolizada pela palavra ‘Azif’ e o símbolo da roda do sol; é pagã em essência.

O ethos do Ocidente (que deriva da força Aeonica atual ou ‘corrente’ primeiramente estabelecida em 500 DC) não é e nunca foi patriarcal no sentido que Crowley e seus seguidores acreditavam – tal ethos ‘patriarcal’ representa a distorção imposta ao ethos original pelos Nazarenos. Que Crowley e outros estavam inconscientes disto é indicativo o quão longe Thelema está da genuína tradição esotérica. Esotericamente, o ethos ocidental genuíno é simbolizado pela força que tem se tornado conhecida como ‘Satã’ ou Lúcifer. Exotericamente, isto representa o desejo de conhecer o qual alcançou sua maior manifestação na ciência e exploração modernas.

Uma análise das forças Aeonicas indica que o presente Aeon tem, no nível prático – isto é, em termos de seus efeitos na vasta maioria dos indivíduos que devido a eles não terem sido libertados por iniciação oculta são manipulados por influências externas – aproximadamente mais três séculos de duração. Durante este tempo, a distorção da corrente causada pelos Nazarenos e seus aliados podem ou não continuar – dependendo de como certos Iniciados usam certas forças mágicas poderosas. Seja como for, o ‘Novo Aeon’ (o sexto dos sete que marcam nossa evolução) terá o seu início no nível mágico dentro das próximas décadas – embora no nível prático será cerca de mais de três séculos até que os efeitos sejam visíveis. Este novo Aeon não terá ‘palavra’ e sua magia será a magia de ‘pensamento’, que é a empatia espontânea. Uma das facetas mais fundamentais deste novo Aeon será o desenvolvimento de uma linguagem simbólica, que estende as fronteiras do pensamento. Tal linguagem já está pré-figurada no Jogo Estelar – assim como o Jogo Estelar por si próprio estava pré-figurado na Alquimia tradicional. Outra faceta do novo Aeon será a emergência de um novo tipo de indivíduo: um tipo esboçado por Nietzsche. Este novo indivíduo será feroz, livre (de ambas influências externas e internas/psíquicas), triunfante na exploração e descoberta, possuidor de uma atitude essencialmente pagã para com a vida. Produzir tais indivíduos era e ainda é um dos objetivos das Ordens sinistras genuínas – ao ter seus Iniciados seguindo o caminho septenário sinistro.

O que aconteceu ao longo dos últimos cinquenta anos ou mais é que a distorção do ethos ocidental – e assim da genuína corrente Aeonica – aumentou. Parte deste aumento é, de fato, devido ao Crowley e aqueles que lhe seguiram e a seu sistema sem realmente entender o que eles estavam fazendo. A genuína tradição esotérica ocidental – como distinto do que a maioria dos ocultistas querem acreditar ser a ‘tradição secreta’ – não tem nenhuma ligação que seja, com a qabala, ou mistérios e simbolismo egípcios, também não empregam de forma alguma, feitiçaria de ‘magia de grimório’ e as formas que foram apropriadas para aqueles Aeons que agora estão mortos, sejam tais formas Sumerianas, Babilônias, Egípcias ou qualquer outra.
A base da tradição ocidental foi e sempre tem sido racional no sentido de que aqueles que continuaram essa tradição procuraram compreender a si mesmos, o mundo e o cosmos de uma forma desapegada – livre de dogma religioso/político. Ou seja, entender as coisas como essas coisas são em si mesmos: sem a projeção de crenças e ideias… Para este fim, o sistema septenário foi evoluindo, e os ‘mistérios’ expressados em simbolismo abstrato (do qual a Alquimia foi uma forma). A essência da tradição ocidental não foi algum ‘grande segredo’ ou ‘conhecimento oculto’ revelado apenas aos Iniciados – ao invés disso, era a crença de que tudo no cosmos pode ser entendido se for experimentado, investigado ou pensado o suficiente sobre isto. Isto é, o cosmos era visto como uma ordem natural onde os indivíduos poderiam ganhar insight. Deste insight, um novo indivíduo iria emergir: uma pessoa mais consciente, evoluída.

Dessa maneira a tradição encorajou o desenvolvimento de empatia no indivíduo via experiência pessoal: uma vivência de todos os aspectos de nossa própria natureza assim como dos mundos dentro e fora.

Assim eram desenvolvidas as próprias faculdades ‘mágicas/ocultas’. O caminho desta tradição era essencialmente prático – exemplificado pelos Rituais de Grau, tarefas e assim por diante do caminho septenário. Não havia nenhum sistema metafísico especulativo, nenhuma aceitação de medos e crenças irracionais, nem subserviência a mitologia pessoal de alguém.

O novo Aeon deve ser uma continuação do processo o qual a genuína tradição ocidental começou. No entanto, é possível que este novo Aeon nunca irá emergir. A distorção da corrente ocidental foi e tem representado um desejo por alguns de retornar ao que pode ser descrito como um aspecto do ethos babilônico. Este aspecto deu origem eventualmente à não apenas ao veneno da filosofia e religião Nazarena, más também as muitas ideias e sistemas políticos e sociais fundados na ‘visão de mundo’.

Há, neste momento, um verdadeiro conflito mágico ocorrendo entre duas forças – aquelas representando (conscientemente ou não, é imaterial) este ethos Babilônico/Nazareno, e aqueles representando a genuína (e, portanto, sinistra) tradição ocidental. O próximo Aeon depende do resultado deste conflito – se haverá o novo Aeon com o desabrochar do indivíduo e o desenvolvimento da consciência fornecendo assim uma liberação da tirania da religião e política, ou um retorno aos valores dualistas essencialmente patriarcais, onde ideologias/ideais tem preferência sobre o indivíduo. Cada ato da verdadeira magia sinistra é um passo para o novo Aeon. Thelema é um passo para trás no passado – como são outros sistemas que não possuem a empatia, a experiência e, em seguida a transcendência que sinistro traz.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Yazidismo


El yazidismo es una religión preislámica de Oriente Medio de remoto origen.Pertenece a la corriente minoritaria del yazdanismo, cuyas otras ramas, alevismo y yaresanismo,se diferencian del yazidismo en que no practican la taqiyya . Estas tres ramas no coinciden geográficamente y los contactos entre ellas son poco frecuentes. Su principal ciudad santa es Lalish, en la provincia de Nínive, antes Mosul (Irak).
Los yazidíes forman una minoría preislámica cuyas raíces se remontan a 2000 a.C. Hasta el siglo VII d.C. fue la religión oficial de los kurdos, pero luego la islamización obligatoria fue reduciendo su número.​ Sin embargo, siguen siendo predominantemente de origen kurdo y la mayoría vive cerca de Mosul, existiendo pequeñas comunidades en Armenia, Georgia, Irán, Rusia (31 273 según el censo de 2002), Siria y Turquía. En total suman unos 800 000 fieles, aunque esta estimación es poco precisa debido al secretismo que envuelve a la confesión en cuanto al reconocimiento del propio credo. Desde el siglo XX algunos refugiados yazidíes viven en Europa (especialmente Alemania) y en América del Norte.
Históricamente, los yazidíes son una minoría religiosa kurda. Probablemente hayan existido desde 2000 a. C. Aunque los yazidíes hablan un dialecto del kurdo, el kurmanji, su culto muestra una gran influencia de las antiguas religiones sirio-mesopotámicas, el zoroastrismo persa y el sufismo islámico.
Los yazidíes se autodenominan Êzidî, Êzîdî o, en algunas regiones, Dasinî, siendo este último un nombre tribal. Algunos eruditos afirman que el nombre "yazidí" proviene del persa yazata (ser divino), mientras que otros dicen que tiene su origen en el del califa omeya del siglo VII Yazid I (Yazid bin Muawiyah), asesino del imán chií Husayn ibn Ali, nieto de Mahoma. En cuanto a los yazidíes, creen que su nombre proviene de la palabra Yezdan o Êzid, que significan "Dios", aunque en las lenguas vernáculas del Kurdistán el término izid-u (verbo) significa "mandar" o "amonestar".
La religión yazidí es marcadamente sincretista: mientras que la imaginería sufí es observable en su vocabulario religioso, especialmente en su literatura esotérica, la mayor parte de la mitología yazidí no es islámica y su cosmogonía está emparentada con la de las antiguas religiones persas. Los primeros estudiosos de la religión yazidí trataron de describirla basándose en las religiones islámicas, persas o incluso paganas; sin embargo, los artículos publicados desde 1990 han mostrado que esta aproximación al yazidismo es demasiado simplista.
La teoría más aceptada actualmente presenta el yazidismo como fruto de un proceso sincretista de miles de años que culminó en el siglo XII al contactar los cultos locales del Kurdistán con el islam sufí traído a la zona por el jeque Adi ibn Musafir.

Desarrollo
El sustrato de la religión yazidí se halla en las religiones de la antigua Persia, en particular el zoroastrismo de los siglos VII al IV a.C. de los kurdos del aislado valle de Lalish.
El cristianismo llegó a Persia en el siglo I d.C. de mano, según la tradición, del apóstol Santo Tomás. En el siglo VII, el islam invade toda la región y, aunque sus seguidores respetan a las gentes del libro (cristianos, judíos y zoroástricos), persiguen a estos últimos, de los que una parte se convierte y otra huye. Los adeptos del culto de Yazid, el califa omeya proscrito por el asesinato de Alí, se repliegan alrededor de Mosul, mezclándose con la población kurda y manteniendo sus orígenes y prácticas religiosas en secreto.
En el siglo XII, el maestro sufí Adi ibn Musafir, que por considerársele descendiente del califa omeya Marwán I tiene una buena acogida entre los kurdos, se instala en Lalish y enseña sus preceptos religiosos a la población de la zona.

Persecución
Históricamente, esta religión y sus creyentes fueron perseguidos en varias ocasiones por el Imperio Otomano desde el siglo XVI al XIX.
Contemporáneamente, tras la caída de Saddam Hussein, la comunidad yazidí fue objeto de ataques reiterados por Al-Qaeda​ y posteriormente también ha sido perseguida por los yihadistas del Estado Islámico durante la ofensiva en el norte de Irak de 2014.
Básicamente, los musulmanes fundamentalistas acusan a los yazidíes de adorar al demonio.

Creencias
De acuerdo con la cosmovisión yazidí, Dios creó el mundo, que ahora está al cuidado de siete Seres Santos, conocidos como ángeles o Heft Sirr (los Siete Misterios). El superior es Melek Taus (Tawûsê Melek en kurdo), el Ángel del pavo real, que es considerado por algunos musulmanes y cristianos como Satanás o el Diablo al asimilarlo al Ángel Caído, Lucifer.

Melek Taus
Según la Enciclopedia de Oriente, "la razón de la reputación de los yazidíes de ser 'adoradores del diablo', se debe a otro nombre de Melek Taus, Shaytan, el mismo nombre que el Corán da a Satanás". Sin embargo, según el lingüista kurdo Jamal Nebez, la palabra Taus se asemeja al griego y está relacionada con las palabras Theos, Zeus, Deus y, de acuerdo con tal interpretación, Melek Taus es un ángel de Dios; para otras fuentes, Zeus, Júpiter, Deus, tendrían un antecedente en el término del proto-europeo: 'dyaus', que originalmente significó: 'la claridad', 'la fuerza', y en el mundo griego se concretaría en Apolo, al que estaba dedicada: 'la aurora con sus dedos de rosa'; no sería una fuente del mal, sino que lo consideran primero de los arcángeles. También dicen que la fuente del mal está en el corazón y el espíritu de los seres humanos, cosa que afirma el Nuevo Testamento Cristiano (Mt 15, 18).
Las fuerzas activas de la religión yazidí son Melek Taus y el jeque Adî. El Kitêba Cilwe ("Libro de la Revelación"), considerado como la palabra de Melek Taus y que recoge lo esencial de las creencias yazidíes, indica que Melek Taus asigna responsabilidades, bendiciones y desgracias según su voluntad y que no le compete a la raza de Adán cuestionarlo. El sheij Adî creyó que Melek Taus se había reencarnado en él: "estaba presente cuando Adán vivía en el paraíso, y también cuando Nemrud lanzó a Abraham al fuego. Estaba presente cuando Dios me dijo: 'serás el gobernante y señor de la tierra'. Dios, el compasivo, me dio siete tierras y el trono del Cielo".

Creación
Los relatos yazidíes de la creación son diferentes de los del judeo-cristianismo y el Islam. Cuentan que Dios creó primero, de su propia iluminación (Ronahî en kurdo, semejante a un término de ámbito similar del sánscrito: 'Ruh'= subir, crecer), a Melek Taus y los otros seis arcángeles fueron creados después. Dios ordenó a Melek Taus no inclinarse ante los demás seres. Cuando Dios creó a los otros arcángeles, les ordenó traerle el polvo (Ax) de la tierra (Erd), para construir el cuerpo de Adán. Después Dios dio vida a Adán de su propia respiración y mandó a todos los arcángeles para reverenciar a Adán. Ellos obedecieron, con excepción de Melek Taus. Al preguntarle Dios el por qué, Melek Taus le contestó: "¡Cómo puedo someterme a otro ser! Soy de tu iluminación, mientras que Adán fue hecho del polvo". Entonces Dios lo elogió y lo designó como líder de todos los ángeles y su enviado en la tierra. Por tanto, los yazidíes creen que Melek Taus es el representante de Dios en la superficie de la tierra, adonde desciende cada primer miércoles de Nisan (marzo/abril), en el día que celebran como el Año Nuevo. Creen que Dios creó a Melek Taus de su iluminación en esa fecha. Consideran que respetar y alabar a Melek Taus es una manera de reconocer su majestad y naturaleza sublime. Esta idea se llama "conocimiento del Sublime" (Zanista Ciwaniyê). El sheij Adî observó la historia de Melek Taus y creyó en él.
Una idea dominante del creacionismo yazidí es que todos los yazidíes son descendientes de Adán antes que de Eva.

Otras creencias y prácticas religiosas
Los yazidíes creen que el Bien y el Mal conviven en la mente y el espíritu humanos. Elegir entre ambos depende del propio ser humano. En este proceso, su devoción a Melek Taus es esencial, puesto que fue a él a quien Dios le dio a elegir entre el bien y el mal, y eligió el bien.
Los libros sagrados de los yazidíes son el Kitêba Cilwe (Libro de la Revelación) y el Mishefa Reş (Libro Negro).

Dos características claves e interrelacionadas del yazidismo son:

Preocupación por la pureza religiosa.
Creencia en la metempsicosis.
La primera de ellas se expresa en el sistema de castas, las normas alimentarias, la preferencia por vivir en las comunidades de yazidíes y la variedad de tabúes que gobiernan muchos aspectos de la vida.
La segunda es crucial: los yazidíes creen que los siete Seres Santos se reencarnan periódicamente en forma humana, llamada koasasa. También existe una creencia en la reencarnación de unas pocas almas yazidíes. Como los yaresaníes, los yazidíes usan la metáfora de un "cambio de ropa" para describir el proceso, que llaman en kurdo kira guhorîn.
La mitología yazidí también incluye descripciones del Cielo y del Infierno, y otras tradiciones que incorporan estas ideas en un sistema de creencias que incluye la reencarnación.

Sociedad
La sociedad yazidí es jerárquica. El líder secular es un emir o príncipe hereditario, mientras que un sheij principal dirige la jerarquía religiosa. Los yazidíes son extremadamente endogámicos, porque los miembros de las tres castas yazidíes (murid, sheij y pir) se casan solamente dentro de su respectivo grupo. Esto ha permitido conservar entre ellos a lo largo de los siglos las características físicas de su origen indoeuropeo: aun hoy, la mitad de su población tiene la piel clara, los ojos azules y el cabello rubio.

Prácticas religiosas

Rezos y celebraciones
Los yazidíes tienen cinco rezos diarios:8​ Nivêja berîspêdê (rezo del amanecer), Nivêja rojhilatinê (rezo de la mañana), Nivêja nîvro (rezo del mediodía), Nivêja êvarî (rezo de la tarde) y Nivêja rojavabûnê (rezo del anochecer). Los adoradores deben orientarse hacia el sol y, para el rezo del mediodía, hacia Lalish. Este rezo se acompaña de ciertos gestos. Estos rezos diarios no deben realizarse en presencia de extraños. El día sagrado es el miércoles y el de descanso, el sábado. También hay una festividad de tres días de duración en diciembre.
Se ha dicho que el santuario del templo de Chemera está ligado a la resurrección de Jesucristo. Creen que Dios mandó a Melek Taus a retirar la lápida que cubría la tumba de Jesucristo para que éste pudiera salir y que (Melek Taus) se quedó en el lugar del templo.

Peregrinaje
El ritual más importante es el peregrinaje anual de seis días de duración a la tumba del sheij Adi en Lalish, al norte de Mosul.8​9​ Pese a ser sagrado para los yazidíes, no sólo contiene santuarios dedicados a la koasasa, sino también otros lugares importantes con simbología propia de otras religiones, como Pirra selat (puente Serat) y el monte Arafat. Hay dos arroyos sagrados que se llaman Zamzam y Kaniya sipî (el arroyo blanco). Un yazidí debe peregrinar a Lalish al menos una vez en la vida y aquellos que habitan en la región procuran visitar Lalish una vez al año, especialmente durante el Festival de la asamblea, que se celebra cada otoño del 23 de Elul al 1 de Tishrei (septiembre). Durante esta celebración, los yazidíes se bañan en el río, lavan figurillas de Melek Taus y encienden multitud de luces en la tumba del sheij Adî y de otros santos. También se sacrifica un buey, lo que, junto con la presencia en la iconografía yazidí del perro y de la serpiente, ha llevado a considerar que esta religión está relacionada con el mitraísmo. El sacrificio del buey simboliza la llegada del otoño y sirve para implorar lluvia durante el invierno, de forma que a la primavera siguiente la vida renazca. Además, en astrología, el buey es el símbolo de Tishrei.

Festivales
El año nuevo yazidí cae en primavera, poco después del equinoccio. En este día, las mujeres se lamentan en los cementerios, al son de la música de los Qewals, pero los demás eventos de este día son alegres.

Yazidis en Siria
Los yazidis en Siria son un grupo etnorreligioso y una minoría en el país. Su origen se remonta a la antigua Persia, y son una comunidad estrictamente endogámica.
La religión yazidí se remonta a tiempos preislámicos. Durante los siglos XV y XVI, emigraron desde el sur de la actual Turquía y se establecieron en la fortaleza montañosa de Jebel Sinjar, en el noreste de Siria e Iraq. Aunque algunos están dispersos en Turquía y Armenia, Iraq es el centro de su vida religiosa, el hogar de su emir y la tumba de su santo más venerado, el Jeque Adi. Antiguamente eran semi-nómadas y hoy en día la mayoría de los yazidíes están asentados, no tienen grandes jefes y hablan el idioma kurmanji (de la familia de lenguas kurdas).
Los yazidíes de Siria viven principalmente en dos comunidades, una en el área de Al-Jazira y la otra en los Montes Kurdos (Kurd-Dagh).​ Se desconoce el número de población siria Yazidí. En 1963, la comunidad se estimó en alrededor de 10.000 según el censo nacional, pero los números para 1987 no estaban disponibles.​ Hoy puede haber entre 12.000 y 15.000 yazidíes en Siria, aunque más de la mitad de la comunidad puede haber emigrado de Siria desde la década de 1980.​ Las estimaciones se complican aún más por la llegada de hasta 50.000 refugiados yazidíes de Iraq durante la Guerra de Iraq. Desde 2014, algunos yazidíes de Iraq han entrado en áreas de Siria controladas por los kurdos para escapar del genocidio de yazidíes por parte del ISIS.
En 2014, había alrededor de 40.000 yazidíes en Siria, principalmente en la región de Al-Jazirah (antigua Mesopotamia superior).