quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Quimbanda - Kimbanda


QUIMBANDA / KIMBANDA:

s.m. Em Angola, adivinho ou médico indígena de Benguela.
ras. Pai de terreiro do culto banto, ao mesmo tempo médico, feiticeiro e adivinho.
 S.f. Bras. Terreiro em que se pratica macumba.
 Seita religiosa brasileira de origem africana. No Brasil, tomou o significado de magia negra, em oposição à umbanda, que representa as forças da magia branca.
 Na estrutura interna, a quimbanda e a umbanda são muito parecidas, sendo que a quimbanda conservou o aspecto mais original da religião africana e voltou-se mais para os mitos de terror dos folclores pagão e ameríndio. A quimbanda também não procurou adaptar-se à mitologia do catolicismo, como o candomblé.
A natureza específica da quimbanda é muito ambígua, pois há casos de prática de quimbanda em terreiros de umbanda, por pequenos grupos.
ORIGEM:

REGISTRA A GRAMÁTICA DE KIBUNGO, DO PROFESSOR JOSÉ L. QUINTÃO, PÁGINA 107:



UMBANDA arte de curar

QUIMBANDA quer dizer o curandeiro.

Vamos observar também as várias definições de QUIMBANDA ou KIMBANDA.

QUIMBANDA tem sua fonte de origem no QUIMBUNDO. que é uma mistura de dialetos africanos, criado pelo governo para ser ensinado nas escolas das colônias portuguesas, afim de que todos angolenses se entendessem entre si nas regiões tribais de angola e moçambique.

BASEADO NESTA ESTRUTURA VEJAMOS:

QUIM ou KIM, quer dizer em linguagem africana, médico ou grão-sacerdote dos cultos BANTOS. 

BANDA quer dizer LUGAR ou CIDADE.



Resumindo, chegamos à conclusão de que em nosso idioma, quimbandeiro quer dizer grão-sacerdote dos cultos bantos, vindos de angola, moçambique e benguela.

QUIMBANDA = curandeiro-adivinho, necromante, exorcista, mago. por extensão: médico, benzedeiro. todo aquele que busca a anunciação e interpretação dos fatos, através dos mais variados processos.

O QUIMBANDA trata as enfermidades diagnosticadas por adivinhação, debela os azares, restabelece a harmonia conjugal ou provoca a inimizade, concede poderes para o domínio do amor ou para a anulação de demandas.          

Busca a cura, nas matas ou campos, cachoeiras, mares, enfim nos elementos da natureza, aonde vai em busca de plantas medicinais.

KIMBANDA = Curandeiro, Mágico. (DICIONÁRIO DE KIMBUNDU - PORTUGUESA COORDENADO POR J. D. CORDEIRO DA MATTA)


Maria de Omolú

A Quimbanda ou Kimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos cultos afro-brasileiros, suas influências não são somente Bantu, Nagô e Yorubá, também abrangem em larga escala vários aspectos da Religião Indígena, Católica,  o Espiritismo moderno, a alquimia, o estudo da natureza fundamental da realidade e Correntes Orientais.

É importante lembrar que o sincretismo entre Exú e o Diabo existe, salvaguardando várias confusões ao verificar que atualmente muitas pessoas pensam que a Quimbanda é um culto satânico ou Magia Negra, tendo aquele sentimento de dualidade aonde as pessoas vêem o bem e o mal em uma luta eterna confundindo a figura do Diabo com tudo de ruim sem lembrar que Ele já teve seu martírio e foi vencido por Deus que é Quem determina o espectro e a liberdade de suas ações desde o princípio dos tempos...

 A FUNÇÃO DA KIMBANDA:

Tida como sinônimo de magia negra ou de baixo espiritismo, a Kimbanda é, no seu sentido mais básico, tão somente a contraparte da Lei de Umbanda, ou as aplicações da Lei ao Mundo da Forma.

A palavra Kimbanda se traduz segundo a Lei do Verbos como o Conjunto oposto da Lei. De fato a Kimbanda exerce um papel contrário a Umbanda, embora no sentido de equilíbrio, uma vez que o Universo e suas Leis se baseiam na harmonia dos opostos.

Se existem Sete Planos ou vibrações na Umbanda, a Kimbanda é composta de Sete planos opostos, sendo a união destes dois planos o que torna a frase esotérica "o que está em baixo é semelhante ao que está em cima" com seu sentido pleno.

Os dois sobrepostos, reunidos formando um HEXAGRAMA simbolizam a harmonia entre os OPOSTOS.

O resgate e a ascenção de todas as almas rumo a espiritualidade. Pois em verdade aquele que se encontra em grau mais alto possui um correspondente em grau mais baixo. Esta simbologia refere-se ainda, a não estaticidade da evolução, pois não existem dores e tampouco infernos eternos, uma vez que. se a evolução é infinita, aquele que se situa no ponto mais alto, ao evoluir, leva consigo todo o sistema. sendo que o que está no grau mais baixo, por sintonia. também subirá.


Mas como surgiu a Kimbanda?

Após a descida do Ser Espiritual ao Universo Astral, vários desses espíritos tomaram-se marginais cósmicos, pois traziam dentro de si a revolta. a insubmissão e o ódio. Por afinidade. estes seres foram atraídos às zonas internas de planetas semelhantes a Terra em seus locus subcrostais (umbral), habitando a contraparte astral destes ambientes é lógico.

Bem estes ditos como "Marginais Cósmicos” não podiam ficar por aí a vagar dentro de um círculo pernicioso tanto a suas consciências quanto a de outros seres. Estes tinham de ser trazidos de volta à Luz e ao caminho da paz e da harmonia. sendo que tal condição deveria ser alcançada por eles através de seus próprios atos, direcionando-os a aprender por força das variações do Karma a conquistar esta harmonia, primeiro interiormente e depois exteriormente com as "forças Cósmicas".

OS EXÚS:

"Muitos anos de incompreensão religiosa, aliados a um sincretismo mal feito com a doutrina católica e um aprendizado incompleto dos novos Babalorixás (donos de terreiros), são os principais motivos para a deturpada visão que ainda hoje se tem do Exu. Mas bem diferente do diabo cristão, essa entidade do panteão africano tem fundamental importância, interligando e dinamizando os diversos planos em que se divide a Criação. Aliás toda pessoa tem seu Exu particular, responsável pela força necessária ao seu desenvolvimento." - Afirma Ari Moraes em seu artigo  da Revista Candomblé e Umbanda. - Revista Planeta.

Em nosso sistema solar, os sete guardiões da Luz para as sombras, os Sete Exús Planetários se encarregaram de arrebanhar milhões de almas insubmissas e colocá-las na Roda das Reencarnações, para que estes adquirissem o equilíbrio há muito perdido. Muitos. após reencarnarem dezenas de vezes conseguiram recuperar o equilíbrio próprio. sendo que agora regenerados, foram chamados a trabalhar dentro da faixa vibratória afim aos Sete Guardiões da Luz para as Sombras, sendo esta a oportunidade que teriam para se reajustarem definitivamente com as Leis Universais.

Assim surgiram após se erguerem das noites escuras do erro, depois de passarem por uma completa reabilitaçâo, aqueles que seriam chamados de Agentes da Justiça e da Disciplina Kármica - Exú de Umbanda. É por isso seu trabalho voltado ao terra-a- terra e as zonas subcrostais , onde combate e impede que entidades ainda presas às correntes do ódio e do rancor se infiltrem nos locais que não lhes dizem respeito. Os Exús conhecem a mentalidade e o modo de agir destes seres, pois que muitos já foram magos negros. e agora trabalham na reabilitação destas outras almas ainda endividadas e endurecidas por séculos de embrutecimento espiritual.

Os Exús são espíritos ainda na fase de elementares, pois evoluem dentro doe determinadas funções kármicas e se agrupam, dentro da Kimbanda em Falanges, subfalanges, Grupos, Subgrupos e colunas, atuando na cobrança do Karma Coletivo Grupal e Karma Individual exercendo sua ação da Luz para sombras e das Sombras para as Trevas.

Nada acontece de cima para baixo de qualquer forma como se o Karma fosse algo sem rumo que se manifestasse espontaneamente. Existe direção e controle para tudo e quem o faz são os Exús de Umbanda que aplicam as Leis Superiores aos casos Kármicos Coletivos Grupais e Individuais Exú de Umbanda não é pois. um Ser Espiritual trevoso, um agente do mal.

Pelo contrário é antes um agente da Justiça (amparador) e da magia celestes com responsabilidades definidas perante os tribunais Kármicos e executor fiel das Leis de Cima para Baixo.

Os Exús atuam mais nos serviços terra-a-terra e talvez seja por isso que a maior parte das pessoas ainda acreditem ser ele o "rei da barganha", que faz o mal em troca de alguma coisa. A verdade não é bem essa.

Exú: trata é verdade dos problemas mais afeitos à matéria tais como demandas, trabalho, dinheiro, etc, mas um Exú jamais dará a alguém algo que este não mereça.

Sabemos de casos em que pessoas pediram o mal para outro em "trabalho” para Exú e disseram ter conseguido seu intento. Na realidade, quem faz os trabalhos de morte e aceita em troca por eles elementos onde existe o sangue e outros, não são os Exús, mas sim os Kiumbas, entidades que odeiam os Exús, por serem por eles policiadas e que não perdem a oportunidade de se fazerem passar por eles, usando-lhes os nomes de "guerra", exatamente para "sujarem-lhes" a imagem.


MAGOS NEGROS:

Os Kiumbas são seres trevosos, desequilibrados, e são seres enviados de determinados Magos Negros que habitam as mais baixas covas do sub-mundo astral e se identificam também. com determinados nomes de "guerra", tais como Maria Padilha (não, leitor amigo, esta não é pomba-gira, como muitos erroneamente acreditam). É uma maga-negra feroz, que destrói completamente a moral e o mediunismo dos aparelhos que utiliza.

Mestre Luis, Mestre Bem-te-vi, Zé Pilintra (este é outro mago negro que muitos acreditam ser Exú. Na verdade o primeiro "Zé-Pilintra", dono de numerosa falange negra já foi desde algum tempo atrás capturado pelos Guardiões e está em prisões corretivas do astral inferior. Mas outros tomaram-lhe o "trono" e ainda utilizam seu nome), Mestre Pintassilgo e outros ... muitos deles baixam nos "Reinados do Catimbó" e vez por outra mandam seus enviados acercarem os terreiros de Umbanda e de Candomblé que se utilizam de Matanças e que tenham uma moral duvidosa. Se acercam igualmente de todo e qualquer lugar onde possam encontrar uma brecha para agirem e mesmo nos centros de Kardec e em outros ambientes considerados "limpos".

Alguns centros ditos Umbandistas, trabalham com a Magia Negra, diretamente com Kiumbas, seres que destroem os médiuns, em troca de algum favorecimento material o que causa graves doenças psicossomáticas, que podem custar ao espírito muitos séculos de recuperação. Os Kiumbas se manifestam dizendo-se EXÚ, usam o nome Kimbanda, como vingança, já que quando enfrentam o EXÚS sempre levam a pior.


Exército de Resgatadores:

Dissemos atrás que existem os Exús que atuam da Luz para as Sombras. Estes são os 49 chefes de Legião chamados também de "Cabeça-Grande". Cada um deles comanda verdadeiros exércitos, que avança da Luz para as Sombras e das Sombras para as trevas.

São eles:

Correspondência entre os Exus e as diferentes irradiações dos Orixás

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Oxalá:
Exú Sete Encruzilhadas
Comando negativo da linha
Exú Sete Chaves
intermediário para Ogum
Exú Sete Capas
intermediário para Oxossi
Exú Sete Poeiras
intermediário para Xangô
Exú Sete Cruzes
intermediário para Yorimá
Exú Sete Ventanias
intermediário para Yori
Exú Sete Pembas
intermediário para Yemanjá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Yemanjá:
Pombo Gira Rainha
Comando negativo da linha
Exú Sete Nanguê
intermediário para Ogum
Maria Mulambo
intermediário para Oxossi
Exú Sete Carangola
intermediário para Xangô
Exú Maria Padilha
intermediário para Yorimá
Exú Má-canjira
intermediário para Yori
Exú Maré
intermediário para Oxalá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Ibeiji:
Exú Tiriri
Comando negativo da linha
Exú Toquimho
intermediário para Ogum
Exú Mirim
intermediário para Oxossi
Exú Lalu
intermediário para Xangô
Exú Ganga
intermediário para Yorimá
Exú Veludinho
intermediário para Oxalá
Exú Manguinho
intermediário para Yemanjá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Xangô:
Exú Gira Mundo
Comando negativo da linha
Exú Meia-Noite
intermediário para Ogum
Exú Mangueira
intermediário para Oxossi
Exú Pedreira
intermediário para Oxalá
Exú Ventania
intermediário para Yorimá
Exú Corcunda
intermediário para Yori
Exú Calunga
intermediário para Yemanjá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Ogum:
Exú Tranca-Ruas
Comando negativo da linha
Exú Tira-teimas
intermediário para Oxalá
Exú Veludo
intermediário para Oxossi
Exú Tranca-gira
intermediário para Xangô
Exú Porteira
intermediário para Yorimá
Exú Limpa-trilhos
intermediário para Yori
Exú Arranca-toco
intermediário para Yemanjá

Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Oxossi:
Exú Marabô
Comando negativo da linha
Exú Pemba
intermediário para Ogum
Exú da Campina
intermediário para Oxalá
Exú Capa Preta
intermediário para Xangô
Exú das Matas
intermediário para Yorimá
Exú Lonan
intermediário para Yori
Exú Bauru
intermediário para Yemanjá

 Os Setes Exus Chefes de Falange da Vibração Espiritual de Yorimá:
Exú Caveira
Comando negativo da linha
Exú do Lodo
intermediário para Ogum
Exú Brasa
intermediário para Oxossi
Exú Come-fogo
intermediário para Xangô
Exú Pinga-fogo
intermediário para Oxalá
Exú Bára
intermediário para Yori
Exú Alebá
intermediário para Yemanjá


 
Relações Existentes Entre as Linhas da Quimbanda e Umbanda:
Uma vez se entendendo que há uma perfeita harmonia entre as ações dos elementos que compõe as linhas da Quimbanda e da Umbanda, cada elemento destes há um paralelo, um elo de ligação entre a Umbanda e a Quimbanda.

Linhas da Umbanda
 Linhas da Quimbanda
Linha de Oxalá
 Linha Malei
Linha de Ogum
 Linha do Cemitério
Linha de Oxossi
 Linha dos Caboclos Quimbandeiros
Linha de Xangô
 Linha de Mossorubi
Linha de Yorimá
 Linha da Almas
Linha de Ibêji
 Linha Mista
Linha de Yemanjá
 Linha Nagô


 

Há ainda outros elos de ligação entre os Orixás da Umbanda com os Exus da Quimbanda.
No caso de Ogum, há uma manifestação de Ogum, para corresponder com cada uma das sete Linhas da Quimbanda. Vejamos:

Ogum de Malei
 Linha Malei
Ogum Megê
 Linha do Cemitério
Ogum Rompe Mato
 Linha dos Caboclos Quimbandeiros
 Linha de Mossorubi
Ogum Megê
 Linha da Almas
Ogum Xoroquê
 Linha Mista
Ogum de Nagô
 Linha Nagô





CICLOS DOS EXÚS:

Estes são os chamados Exús de 32 Ciclo ou Exús coroados os quais recebem as ordens-diretas dos Orixás menores. Abaixo destes se encontram os Exús Cruzados. que recebem as ordens dos Guias e ainda abaixo destes se encontram os Exús Espadado, que recebem as ordens diretas dos Protetores.

Os Exús Cruzados são os Exús de 22 Ciclo e os Exús espadados são os Exús de 12 ciclo. Lembramos novamente e lembraremos sempre que nenhum Exú, em qualquer grau evolutivo se compraz com entregas onde existe o sangue Exú nenhum se alimenta de galinha crua e muito menos de suas emanações fluídicas  como querem explicar alguns.

Quem assim procede são os Kiumbas. São estes que recebem estas entregas e se grudam no aura dos que as fazem para fomentá-los a sempre mantê-los "abastecidos", forçando-os a realizar novas matanças e novas entregas ou arrumando motivos para isso.

Lembramos ainda que os Exús coroados raramente incorporam, pois possuem funções importantíssimas no astral. Mas sempre que podem o fazem. quando encontram médiuns que já se livraram de certos estereótipos atribuídos aos Exús.

Os Cruzados e Espadados são mais constantes e vêm sempre em nome dos "maiorais" como eles mesmo falam e embora sejam Exús de categoria inferior não vêm falando palavrões como marginais ou "dando de beber ao burro (médium)" de modo a deixar o aparelho sem condições até mesmo de andar. Os Exús igualmente não ficam rolando no chão babando e exibindo as mão em forma de garras.

Suas incorporações são fortes e marcantes e suas auras realmente possuem uma constituição mais agressiva além do que, por atuarem na parte Inconsciente do médium, estes liberam determinados bloqueios e traumas, além de certa parte instintiva, que faz com que o médium sinta em si, uma espécie de ronco surdo que sobe das entranhas até as cordas vocais.

Os leitores mais atentos já devem ter percebido que quanto maior for a carga de inconsciente que o médium carregue maior será o grau do estereotipo que ele botará para fora.


Como?

O inconsciente é a parte da mente humana onde estão armazenados desde os processos instintivos como já dissemos, até aos traumas, recalques e mesmo a violência. Num prisma mais abrangente. no inconsciente são armazenadas todas as lembranças das encarnações pregressas do indivíduo e este é praticamente desconhecido por todos nós. Ele é liberado apenas nos chamados atos falhos, nos sonhos e nas neuroses e psicoses. Pode-se entende agora que o médium mostra seu próprio interior quando da incorporação dos Exús guardiões. Estes realmente executam uma espécie de terapia, pois ao Permitirem que os médiuns coloquem suas mazelas para fora. estão os ajudando a se melhorar, para no futuro nas encarnações vindouras poderem ser bons veículos de suas palavras e poderem passar suas mensagens sem distorções.

Para que o leitor possa se situar melhor perante as funções dos Exús Guardiões da Lei, daremos algumas das inúmeras funções dos sete Exús coroados para que o leitor entenda por onde andam as distorções acerca dos trabalhos destas entidades.


Fonte:

Revista UMBANDA Uma Religião Brasileira – por: W. da Mata e Silva; F.Rivas Neto; Diamantino Trindade; Wilson Rivas.

  
Classificação dos Exús:

Classificação Moral (Bem ou Mal):
Exú Pagão ou Exú Batizado?


Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade, quem está agindo é um espírito atrasado. É justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, e procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando a própria evolução.

O chamado “Exú Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora possa ser despertado para evoluir de condição.

Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e, trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra nos reinos da marginalidade.

Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exú com um espíritos zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes de "Guias".

Para evitar essa confusão, não damos aos chamados “Exus Pagões” a denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.


Classificação Pelos Pontos de Vibração dos Exus:

Exus do Cemitério: São Exus que, em sua maioria, servem à Obaluaiê. Durante as consultas são sérios, reservados e discretos, podem eventualmente trabalhar dando passes de limpeza (descarregando) o consulente. Alguns não dão consulta, se apresentando somente em obrigações, trabalhos e descarregos.

 Exus da Encruzilhada: São Exus que servem a Orixás diversos. Não são brincalhões como os Exus da estrada, mas também não são tão fechados como os do cemitério. Gostam de dar consulta e também participam em obrigações, trabalhos e descarregos.  Alguns deles se aproximam muito (em suas características) dos Exus do cemitério, enquanto outros se aproximam mais dos Exus da estrada.

Exus da Estrada: "São os mais "brincalhões".  Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas "brincadeiras" devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente.  São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo. 

Organização E Hierarquia Dos Exus:


Os Exus, estão também, divididos em hierarquias. Onde temos desde Exus muito ligados aos Orixás até aqueles Exus ligados aos trabalhos mais próximos às trevas.

Os exus dividem-se hierarquicamente, em três planos ou três ciclos e em sete graus e a divisão está formada "de cima para baixo" :


Terceiro Ciclo:
Contém o Sétimo, Sexto e Quinto graus.

Neste Ciclo encontramos os chamados Exus Coroados. São aqueles que tem grande evolução, já estão nas funções de mando. São os chefes das falanges. Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da Umbanda. Pouco são aqueles que se manifestam em algum médium. Apenas alguns médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na Terra, tem um Exu Coroado como o seu guardião pessoal.  São os guardiões chefes de terreiro. Não mais reencarnam, já esgotaram há tempos os seus karmas.

Sétimo Grau - Estão os Exus Chefe de Legião e para cada Linha da Umbanda, temos Um Exu no Sétimo Grau, portanto, temos Sete Exus Chefes de Legião

Sexto Grau - Estão os Exus Chefes de Falange. São Sete Exus Chefes de Falange subordinados a cada Exu Chefe de Legião, portanto, temos 49 Exus Chefes de Falange.

Quinto Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Falange. São Sete Exus Chefes de Sub-Falange subordinados a cada Exu Chefe de Falange, portanto, são 343 Exus Chefes de Sub-Falange.


Segundo Ciclo:
Contém o Quarto Grau.

Neste Ciclo encontramos os chamados

Exus Cruzados ou Batizados. São subordinados dos Exus Coroados. Já tem a noção do bem e do mal.  São os exus mais comuns que se manifestam nos terreiros. Também, tem funções de sub-chefes. Fazem parte da segurança de um terreiro. O campo de atuação destes exus está nas sombras (entre a Luz e as Trevas). Estão ainda nos ciclos de reencarnações.

Quarto Grau - Estão os Exus Chefes de Agrupamento. São Sete Exus Chefes de Agrupamento e estão subordinados a cada Exu Chefe de Sub-Falange, portanto, são 2401 Exus Chefes de Agrupamento.


Primeiro Ciclo:
Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro Graus.

Temos dois tipos de Exus neste ciclo :

Exus Espadados - São subordinados do Exus Cruzados. O seu campo de atuação encontra-se entre as sombras e as trevas.

Exus Pagãos (Kiumbas) - São subordinados aos exus de nível acima. São aqueles que não tem distinção exata entre o bem e o mal. São conhecidos, também como "rabos-de-encruza". Aceitam qualquer tipo de trabalho, desde que se pague bem. Não são confiáveis, por isso.

São comandados de maneira intensiva pelos Exus de hierarquias superiores. Quando fazem algo errado, são castigados pelos seus chefes, e querem vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada.

São kiumbas, capturados e depois adaptados aos trabalhos dos Exus.

O campo de atuação dos Exus Pagãos, é as trevas. Conseguem se infiltrar facilmente nas organizações das trevas. São muito usados pelos Exus dos níveis acima, devido esta facilidade de penetração nas trevas.

Terceiro Grau - Estão os Exus Chefes de Coluna. São Sete Exus Chefes de Coluna e estão subordinados a cada Exus Chefes de Agrupamento, portanto, são 16.807 Exus Chefes de Coluna.

Segundo Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Coluna. São Sete Exus Chefes de Sub-Coluna e estão subordinados a cada Exu Chefe de Coluna, portanto, são 117.649 Exus Chefes de Sub-Coluna.

Primeiro Grau - Estão os Exus Integrantes de Sub-Colunas e são milhares de espíritos nesta função.

Os Exus, em geral, não são bons nem ruins, são apenas executores da Lei.

Ogum, responsável pela execução da Lei, determina as execuções aos Exus.

7º Grau






7 - Chefes de Legião

6º Grau





49 - Chefes de Falange
Exú Coroados
5º Grau




343 - Chefes de Sub-Falange

4º Grau



2401 - Chefes de Grupamento
Exus Cruzados ou Batizados
3º Grau


16.807 - Chefes de Coluna

2º Grau

117.649 - Chefes de Sub-Coluna
Exu Espadados e Pagões
1º Grau
- Integrantes de Coluna

Além destes aspectos já abordados, vale à pena mencionar os diversos níveis vibracionais, onde os espíritos ligados à Terra, habitam.

Estes níveis são e foram criados de acordo com cada grau evolutivo. Os níveis estão mais relacionados com o mundo da consciência do que com o mundo físico, ou seja, são mais estados de consciência do que um lugar fisicamente localizado.

Como são níveis gerados por espíritos ligados de alguma forma com a evolução da Terra, estes níveis estão vinculados ao próprio planeta. Portanto, quando vemos descrições de camadas umbralinas localizadas em abismos sob a crosta terrestre, devemos entender que embora elas estejam localizadas com estes espaços físicos, elas estão no lado espiritual deste plano físico.

Temos então, Sete Camadas Concêntricas Superiores e Sete Camadas Concêntricas Inferiores.

A divisão está sempre formada "de cima para baixo" :

Camadas Concêntricas Superiores
Sétima, Sexta e Quinta Camadas - Zonas Luminosas
Seres iluminados, isentos das reencarnações. Cumprem missões no planeta. Estão se libertando deste planeta, muitos já estagiam em outros mundos superiores.

Quarta Camada - Zona de Transição
Espíritos elevados, que colaboram com a evolução dos irmãos menores.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zonas Fracamente Iluminadas
A maioria dos espíritos que desencarnam, estão nestas camadas. Estão em reparações e aprendizados para novas reencarnações.

Superfície:
Espíritos encarnados

Camadas Concêntricas Inferiores
Sétima Camada - Zona Sub-Crostal Superior
Espíritos sofredores de um modo geral que serão em seguida socorridos e encaminhados a planos mais elevados para adaptação e aprendizado, antes de reencarnarem.

Sexta, Quinta e Quarta Camadas - Zona das Sombras, Zona Purgatoriais ou de Regeneração
Espíritos sofredores purgando parte de seus karmas, e que serão encaminhados o mais rápido possível à reencarnação para novas provas e expiações.

Quarta Camada - Zona de Transição
Entre as sombras e as trevas. Zona de seres revoltados e dementados.

Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zona das Trevas ou Zona Sub-Crostal Inferior
Estes espíritos estão em estágio de insubmissos, renitentes e rebelados às Leis Divinas. Não reconhecem Deus como o Ser mais superior.

A atuação dos Exus, está praticamente em todas as camadas inferiores, com exceção das Terceira, Segunda e Primeira Camadas, que eventualmente eles "descem" para missões especiais ou mandam os rabos-de-encruza, pois estão mais "ambientados" com as baixas e perniciosas vibrações. Não que os Exus não possam "descer" até lá, mas porque é desnecessário criar uma guerra com os seres infernais, apenas porque se invadiu aquelas zonas.
A maioria dos livros espíritas, que tratam do assunto dos níveis vibracionais, não chega sequer a mencionar algo além das camadas intermediárias ou médio e alto umbral. Descrevem na maioria das vezes as camadas que ficam as sombras e não as trevas, pois os espíritos que fazem tais incursões não podem ou não devem “baixar” mais, pois somente cabe aos exus, espíritos especializados “descer” tanto.

POMBA-GIRA

QUEM É A POMBA-GIRA?

Quem são as Guardiãs Pomba-Gira?

Vamos falar bem reduzidamente o que seriam as Guardiãs Pomba-Gira:

Se os Guardiões Exus são marginalizados, mais ainda são as senhoras Guardiãs Pomba-Gira (grafa-se também Pomba-Jira).

Há muitas pessoas que as associam com prostitutas, ou simplesmente, mulheres que gostam de se expor aos homens e sedentas por sexo. As distorções e preconceitos são características dos seres humanos quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os. Essas nossas irmãs em Deus nada mais são que espíritos desencarnados, que como os Exus, viveram na Terra e hoje, por afinidade fluídica, militam como mais uma corrente de trabalho portentosa dentro da Umbanda.

Não temos culpa se certos “médiuns” medíocres dão passividade para Kiumbas ou mesmo fingem uma incorporação de uma Guardiã Pomba Gira, para serem aceitos e terem suas opiniões e mesmo trejeitos aceitos pela comunidade religiosa. Com certeza, exteriorizam somente aquilo que suas mentes doentias acham serem certos.

Dentro da hierarquia das Guardiãs Pomba-Gira, estão divididas em níveis diversas outras Pomba-Gira, da mesma forma que as demais legiões. É claro que em alguns casos podem ocorrer que uma delas em alguma encarnação tivesse passado pela experiência dolorosa de ser uma prostituta, mas, isso não significa que as Guardiãs Pomba-Gira tenham sido todas prostitutas e que assim agem. As que foram, hoje estão integradas na Umbanda, a fim de realizarem a grande reforma íntima através da caridade e do mediunismo redentor.

Não se torna uma Guardiã Pomba Gira pelo simples fato de se ter errado perante as Leis Divinas. Afinal, quem nunca errou na vida? Ser uma Guardiã Pomba Gira exige preparo, conhecimento, magia, discernimento e muito amor. É mais uma corrente de trabalho espiritual na Umbanda, onde espíritos seletos atuam na faixa vibratória que mais se afinizam.

As Guardiãs Pomba-Gira não são a representação da sexualidade e nem da sensualidade, mas sim frenam os desvios sexuais dos seres humanos e direcionam essas energias para a construção da espiritualização, evitando a destruição espiritual e material de cada ser.

A sensualidade desenfreada destrói o homem: a volúpia. Este vício moral é alimentado pelos encarnados e desencarnados pela invigilancia das Leis de Deus, criando um ciclo ininterrupto, caso as Pomba-Gira não atuem neste campo emocional, frenando-o e redirecionando-o.

As Guardiãs Pomba-Gira são grandes magas e conhecedoras das fraquezas humanas. São executoras da Lei.

Cabem as Guardiãs Pomba-Gira esgotar os vícios ligados ao sexo, equilibrando o ser humano.

Gostaríamos de salientar que as Guardiãs Pomba-Gira não são Exus fêmeas como dizem muitas das literaturas encontradas, mas sim, é mais uma das hierarquias de Deus;

Tudo que se refere ao estudo sobre os Guardiões Exus vale também para as Guardiãs Pomba-Gira, ou seja, elas se manifestam na Umbanda através de espíritos incorporados as suas hierarquias. Elas são elementos mágicos ativados através de oferendas e elementos religiosos quando ativados num Templo. Também são agentes da Lei de Deus que podem ser ativadas pela Lei Maior. Os Guardiões Exus vitalizam/desvitalizam, as Guardiãs Pomba-Gira esgotam o emocional ou despertam o desejo.

As Guardiãs Pomba-Gira de Trabalho são tão maravilhosas quanto os Guardiões Exus. Elas realizam curas até mesmo de enfermidades dadas como incuráveis, desmancham trabalhos de magia negra, resolvem problemas, nos dão conselhos preciosos de como bem dirigir nossas vidas, enfim, fazem tudo pelas pessoas bem intencionadas que as procuram para a prática da caridade. È uma pena que ainda existam pessoas que as procuram somente para desmanchar relacionamentos amorosos ou conquistar alguém.

Como nossos irmãos Guias Espirituais, os Guardiões Exus, e as Guardiãs Pomba-Gira, quando terminarem o círculo de trabalhos espirituais e permanência nas correntes de trabalho na Umbanda irão para uma faixa de espiritualidade superior, e serão conduzidas pelas Leis do Eterno Amor para o seu verdadeiro destino, a sua perfectibilidade e a verdadeira e eterna felicidade nas moradas do Senhor. Por isso, considerando que as Guardiãs Pomba-Gira são criaturas como nós, filhos de Deus, considerando que bem orientadas por Orixás, e Guardiãs Pomba-Giras de Lei trabalhem somente para o bem, devemos tratá-las com todo carinho, respeito, procurar compreendê-las e conduzi-las (as não esclarecidas. As que estão iniciando o seu caminho rumo a espiritualidade maior) para o caminho da redenção.

 A Legião das Guardiãs Pomba-Giras atuam:
• Nas descargas para neutralizar correntes de elementares/elementais vampirizantes, bem conhecidos como súcubus e íncubos, que atuam negativamente, por meio do sexo, fazendo de suas vitimas verdadeiros escravos das distorções sensuais.

• Cortando trabalhos de magia sexual negativa e as ditas “amarrações”, pois ninguém deve se ligar a ninguém a força. Isto é considerado pelos tribunais do astral como desvio de carma e as sanções para aqueles que realizam tais trabalhos são as mais sérias possíveis.

• Cortando trabalhos de magia negra, pois não é permitido pela Lei Divina que as pessoas ou espíritos possam fazer o que bem entenderem, ainda mais ferindo o Livre Arbítrio alheio.

• Neutralizando correntes e trabalhos feitos para desmanchar casamentos.

• Trabalham incansavelmente no combate as hostes infernais, quando estas procuram atingir injustamente quem não merece.

• Trabalham no combate das viciações que escravizam os médiuns, protegendo-os das investidas do baixo astral, quando se fazem merecedores.

• Fazem à proteção dos Templos onde habita a Espiritualidade Maior, principalmente onde se pautam pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

• Combatem a leviandade, promovendo a firmeza que trás o respeito através do poder da palavra. Tais atributos e a harmonia de seus efeitos combinados, trazem a serenidade mental, onde os Sagrados Orixás atuam, pois quem não sabe o que pensa, não sabe o que diz.

• Trabalham incansavelmente fazendo de um tudo para que seus médiuns possam galgar graus conscienciais luminosos perante a espiritualidade maior, equilibrando-os, auxiliando-os, mas jamais são coniventes com os desmandos de seus pupilos, corrigindo-os, às vezes, implacavelmente, para que possam enxergar seus erros e retomarem a senda da Luz.

• A Guardiã Pomba Gira, como entidade de trabalho, não são e nunca foram espíritos lascivos, tenebrosos, viciados, atrasados e maldosos, como muitos querem doutrinar.

• A Guardiã Pomba-Gira atuam no combate aos Kiumbas (na medida do possível ajudando-os a evoluir) e no combate das energias desvairadas e viciantes; nas cobranças e nos reajustamentos emotivos e passionais; nas cobranças da Lei Divina (carma); nas emoções e nas ações dos indivíduos.

• As Guardiãs Pomba-Gira conhecem profundamente os mais íntimos segredos dos seres humanos e que apesar dos absurdos em seus nomes, ainda assim, nos auxiliam a evoluir, esperando pacientemente à hora de nossa maturidade.

• A Guardiã Pomba-Gira são valorosas Guardiãs da Antiga Sabedoria, da Tradição da Umbanda. Não são vulgares. São guerreiras, heroínas, protetoras e grandes magas.

Lembre-se que nenhuma Guardiã Pomba Gira jamais atua negativamente na vida de qualquer ser, promovendo desuniões, feitiçarias, magias negras, fofocas, maledicências e toda sorte de coisas ruins. Infelizmente a maldade é um imperativo humano. Quando um ser humano, negativamente invoca o poder da Guardiã Pomba Gira, não é a entidade em si que vai atender ao seu pedido maléfico, mas sim, a força Pomba Gira, força magnética ígnea telúrica, que vai ser acionada e utilizada. Seria a mesma coisa que utilizarmos à força elétrica; podemos usá-la para o bem ou para o mal. A força é a mesma, mas não tem vontade própria.
Vamos agora usar de um artigo maravilhoso (de autor desconhecido), adaptando-o, e encontraremos que é a fiel imagem da uma mulher. E isso é ser a Senhora Guardiã Pomba Gira:



SER GUARDIÃ POMBA GIRA….

• Ser Guardiã Pomba Gira é viver mil vezes em apenas uma vida, é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora, é estar antes do ontem e depois do amanhã, é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.

• Ser Guardiã Pomba Gira é caminhar na dúvida cheia de certezas, é correr atrás das nuvens num dia de sol e alcançar o sol num dia de chuva.

• Ser Guardiã Guardiã Pomba Gira é chorar de alegria e muitas vezes sorrir com tristeza, é cancelar sonhos em prol de terceiros, é acreditar quando ninguém mais acredita, é esperar quando ninguém mais espera.

• Ser Guardiã Pomba Gira é identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa, é ser enganada e sempre dar mais uma chance, é cair no fundo do poço e emergir sem ajuda.

• Ser Guardiã Pomba Gira é estar em mil lugares de uma só vez, é fazer mil papéis ao mesmo tempo, é ser forte e fingir que é frágil pra ter um carinho.

• Ser Guardiã Pomba Gira é se perder em palavras e depois perceber que se encontrou nelas, é distribuir emoções que nem sempre são captadas.

• Ser Guardiã Pomba Gira é comprar, emprestar, alugar, vender sentimentos, mas jamais dever, é construir castelos na areia, vê-los desmoronados pelas águas e ainda assim amá-las.

• Ser Guardiã Pomba Gira é saber dar o perdão, é tentar recuperar o irrecuperável, é entender o que ninguém mais conseguiu desvendar.

• Ser Guardiã Pomba Gira é estender a mão a quem ainda não pediu, é doar o que ainda não foi solicitado.

• Ser Guardiã Pomba Gira é não ter vergonha de chorar por amor, é saber a hora certa do fim, é esperar sempre por um recomeço.

• Ser Guardiã Pomba Gira é ter a arrogância de viver apesar dos dissabores, das desilusões, das traições e das decepções.

• Ser Guardiã Pomba Gira é ser mãe dos seus filhos e dos filhos dos outros e amá-los igualmente.

• Ser Guardiã Pomba Gira é ter confiança no amanhã e aceitação pelo ontem, é desbravar caminhos difíceis em instantes inoportunos e fincar a bandeira da conquista.

• Ser Guardiã Pomba Gira é entender as fases da lua por ter suas própria fases. É ser “nova” quando o coração está a espera do amor, ser “crescente” quando o coração está se enchendo de amor, ser “cheia” quando ele já está transbordando de tanto amor e “minguante” quando esse amor vai embora.

• Ser Guardiã Pomba Gira é hospedar dentro de si o sentimento de perdão, é voltar no tempo todos os dias e viver por poucos instantes coisas que nunca ficaram esquecidas.
• Ser Guardiã Pomba Gira é cicatrizar feridas de outros e inúmeras vezes deixar as suas próprias feridas sangrando.

• Ser Guardiã Pomba Gira é ser princesa aos 20, rainha aos 30, imperatriz aos 40 e especial a vida toda.

• Ser Guardiã Pomba Gira é conseguir encontrar uma flor no deserto, água na seca e labaredas no mar.

• Ser Guardiã Pomba Gira é chorar calada as dores do mundo e em apenas um segundo já estar sorrindo.

• Ser Guardiã Pomba Gira é subir degraus e se os tiver que descer não precisar de ajuda, é tropeçar, cair e voltar a andar.

• Ser Guardiã Pomba Gira é saber ser super-homem quando o sol nasce e virar cinderela quando a noite chega.

• Ser Guardiã Pomba Gira é acima de tudo um estado de espírito, é ter dentro de si um tesouro escondido e ainda assim dividi-lo com o mundo.



REVELAÇÃO DE UMA GUARDIÃ POMBA GIRA


Mensagem psicofônica da Senhora Pomba Gira Sete Encruzilhadas – Médium: Luely Figueiró

Nós andamos agitadas nas encruzilhadas, não estamos gostando do que certos escritores mal informados, que apenas cruzam pelos terreiros e que nem possuem a experiência de incorporação ou de trabalhos dentro da curimba de uma Pomba Gira, se arvoram em falar sobre nossa corrente, sobre nossos trabalhos.



Nos comentam como se fossemos lixo do astral ou menos espíritos apaixonados. Como se bastasse apenas nos oferecer elementos físicos, grosseiros materiais, para fazermos a vontade de todas as criaturas da face da Terra.

Pessoas que escrevem sem possuir o menor gabarito espiritual para comentar os mistérios da hierarquia de um espírito.

Nós estamos realmente agitadas no espaço que ocupamos e muito trabalhamos para formar a corrente deste aparelho, para que ela pudesse verdadeiramente receber a vibração e o ensinamento de todo o trabalho de uma Pomba Gira. Vocês não duvidem e não confundam as coisas que vocês vêem por aí. Aprendam se quiserem a ter o merecimento da proteção e do trabalho de uma Pomba Gira, seus giras.

Pomba Gira é gente já com gabarito de incorporação no exército divino, e quem já se encontra incorporado, como elemento deste exército, para a elaboração de evoluções maiores; não é sofredor nem lixo do espaço e nem desavisado e muito menos apegado a elementos tão físicos e baixos como querem nos apregoar.

Tenham mais humildade para aceitar as coisas do grandioso Senhor, que elabora no dia-a-dia a evolução dos universos siderais e não só o vosso.

Não pensais, pois, que sois o centro do universo, porque não sois não. Em todas as horas, em todos os momentos, o grande Senhor nos envia provas através, até mesmo, de aparelhos mediúnicos que nos deixam perplexos, bestializados com os que eles fazem como simples aparelhos e nada mais.


Porque eles são meros veículos de forças maiores; aqui, neste planeta, somos espíritos de certa envergadura, com milênios de aprendizado; nos chamam de Pomba Gira; poderiam ter-nos colocado outros nomes, não importam os nomes que nos tenham colocado.

Nós vos saudamos aqui na Terra, com esta indumentária; respeiteis e saibais compreender nossa natureza espiritual, para que não sejam publicadas aberrações que visem apenas ao comércio medíocre sobre o trabalho sagrado e santificante que traçamos para evolução de todos os paranormais em comunicação conosco.

Isto é de rara importância para todos aqueles que dirigem seus médiuns, seus filhos.

É de rara importância, queridos, que coloqueis sempre a vossa destra sobre os nossos enviados, filhos de Santo, com uma certa humildade e conhecimento de que todos os irmãos que se comunicam através de sua coroa são espíritos já incorporados num exército divino para elaborar uma tarefa de amor e fraternidade e de respeito por vossas vidas e não de desrespeito, porque este sempre parte de vós e não de nós.

Se existem nos planos do baixo astral desrespeitosos Eguns, é porque daqui partiram assim sem o merecimento de serem incorporados em nossas milícias. São esses pobres vagabundos do astral menor que necessitam mais de orações e caridade.

Vós, como chefes de terreiro e guias menores da Terra, que colocais sobre o peito montões de colares para assim serem reconhecidos, pois sois vós que devereis organizar os trabalhos. Sim, de mãos interpostas conosco, os irmãos do outro lado.

Para estes Eguns e sofredores, estes vagabundos, desairosos e desvairados dos espaços, sejam socorridos e não enlameados com vossos propósitos mesquinhos.

Muitas vezes, tomados por vossas vaidades, não sabeis reconhecer quem pisa dentro de vosso terreiro.

Aquele que é sofredor, aquele que é um mistificador de uma Pomba Gira verdadeira.

Porque a vossa vaidade vos cobre os olhos e vosso peito envergado de tantas “guias” não vos permite ver; cuidado…

Por hoje é só.

Dona Sete.

OS KIUMBAS:

O QUE É KIUMBA? (Quiumba)

Existem casos de médiuns desavisados, não doutrinados, ignorantes e não evangelizados, que abrem as portas da sua mediunidade para a atuação de Kiumbas, verdadeiros marginais do baixo astral, que tudo farão para ridicularizar não só o médium, como o terreiro, bem como a Umbanda.

Em muitas incorporações onde a entidade espiritual ora se faz presente como Guia Espiritual e hora como Guardião, ou é a presença do animismo do médium (arquétipo) ou é a presença de um Kiumba. Vamos estudar e entender a atuação dos Kiumbas, para uma fácil identificação:

O Kiumba nada mais é do que o marginal do baixo astral, e também é considerado um tipo de obsessor. Espíritos endurecidos e maldosos, que fazem o mal pelo simples prazer de fazer, e tudo o que é da luz e o que é do bem querem a todo custo destruir. Esses espíritos, “Kiumbas”, vivem onde conhecemos por “Umbral” onde não há ordem de espécie alguma, onde não há governantes e é cada um por si. Muitas vezes são recrutados através de propinas, pelos magos negros para que atuem em algum desafeto.

Na Umbanda existe uma corrente de luz, denominada de Boiadeiros, que são especializados em desobsessão, na caça e captura desses marginais (os Kiumbas os temem muito), e os trazem até nós para que através da mediunidade redentora possam ser “tratados”, ou seja, terem seu corpo energético negativo paralisado através da incorporação e serem levados para as celas prisionais das Confrarias de Umbanda, onde serão devidamente esgotados em seus mentais e futuramente se transformarão em um sofredor, e ai sim estarão prontos a serem encaminhados aos Postos de Socorros Espirituais mais avançados, pois já se libertaram através do sofrimento, de toda a maldade adquirida.

O processo que devemos realizar para evitar os nossos irmãos “Kiumbas” é o mesmo da obsessão, mas, o processo para “tratá-los” é peculiar a Umbanda e cada caso é analisado particularmente pelos Guias Espirituais que utilizam diversas formas (que conhecemos como arsenal da Umbanda) para desestruturar as manifestações deletérias negativas desses nossos irmãos.

Como identificar um Kiumba incorporado

O que infelizmente observamos na mediunidade de muitos é a abertura para a atuação dos verdadeiros Kiumbas, se fazendo passar por Exus, Pombas Gira ou mesmo Guias Espirituais, trazendo desgraças na vida do médium e de todos que dele se acercam.

Notem bem, que um Kiumba, ser trevoso e inteligente, somente atuará na vida de alguém, se esta pessoa for concomitante com ele, em seus atos e em sua vida. Os afins se atraem.

O médium disciplinado, doutrinado e evangelizado, jamais será repasto vivo dessas entidades. Lembre-se que o astral superior é sabedor e permite esse tipo de atuação e vibração para que o médium acorde e reavalie seus erros, voltado à linha justa de seu equilíbrio e iniciação.

Como os Kiumbas são inteligentes, quando atuam sobre um médium, se fazendo passar por um Guardião, e imediatamente assumem um nome, que jamais será os mesmos dos Guardiões de Lei, pois são sabedores da gravidade do fato, pois quando assumirem um nome exotérico ou cabalístico iniciático de um verdadeiro Guardião, imediatamente e severamente serão punidos.

• Pelo modo de se portarem: são levianos, indecorosos, jocosos, pedantes, ignorantes, maledicentes, fofoqueiros e sem classe nenhuma;

• Quando incorporados: machões, com deformidades contundentes, carrancudos, sem educação, com esgares horrorosos e geralmente olhos esbugalhados. Muitos se portam com total falta de higiene, babando, rosnando, se arrastando pelo chão, comendo carnes cruas, pimentas, ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas, fumando feito um desesperado, ameaçando a tudo e a todos. Geralmente ficam com o peito desnudo (isso quando não tiram à roupa toda); utilizam imensos garfos pretos nas mãos.

• Geralmente, nos ambientes em que predominam a presença de Kiumbas, tudo é encenação, fantasia, fofoca, libertinagem, feitiçaria pra tudo, músicas (pontos) ensurdecedoras e desconexas, nos remetendo a estarmos presentes num grande banquete entre marginais e pessoas de moral duvidosa.

• Nesses ambientes, as consultas são exclusivamente efetuadas para casos amorosos, políticos, empregatícios, malandragem, castigar o vizinho, algum familiar, um ex-amigo, o patrão, etc. Os atendimentos são preferenciais, dando uma grande atenção aos marginais, traficantes, sonegadores, estelionatários, odiosos, invejosos, pedantes, malandros, alcoólatras, drogados, etc., sempre incentivando, e dando guarida a tais indivíduos, procedendo a fechamento de corpos, distribuindo “patuás e guias” a fim de protegê-los. Com certeza, neste ambiente estará um Kiumba como mentor.

• Certamente será um Kiumba, quando este pedir o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para derrubá-lo ou destruí-lo.

• Os Kiumbas costumam convencer as pessoas de que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias, olhos gordos, invejas, etc. inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um inocente (parente, amigo, pai de santo, etc.) para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem prejudicar.

• Os Kiumbas invariavelmente exigem rituais disparatados, e uma oferenda atrás da outra, todas regadas a muita carne crua, bebidas alcoólicas, sangue e outros materiais de baixo teor vibratório. Atentem bem, que sempre irão exigir tais oferendas constantemente, a fim de alimentarem suas sórdidas manipulações contra os da Luz, e sempre efetuadas nas ditas encruzilhadas de rua ou de cemitério, morada dos Kiumbas.

• Pelo modo de falarem: impróprio para qualquer ambiente (impropérios); É impressionante como alguém pode se permitir ouvir palavrões horrorosos, a guiza de estarem diante de uma pretensa entidade a trabalho da luz.

• Pelas vestimentas: são exuberantes, exigentes e sempre pedem dinheiro e jóias aos seus médiuns e consulentes.

·         Os Kiumbas incitam a luxúria, incentivam às traições conjugais, as separações matrimonias e geralmente quando incorporados, gostam de terem como cambonos, alguém do sexo oposto do médium, geralmente mais novos e bonitos (imaginem o que advirá disso tudo).

·         Os Kiumbas, nos atendimentos, gostam de se esfregarem nas pessoas, geralmente passando as mãos do médium pelo corpo todo do consulente, principalmente nas partes pudentas.

·         Os Kiumbas incorporados conseguem convencer algumas consulentes, que devem fazer sexo com ele, a fim de se livrarem de possíveis magias negras que estão atrapalhando sua vida amorosa. E ainda tem gente que cai nessa.

·         Se for uma Kiumba, mesmo incorporadas em homens, costumam alterar o modo de se portarem, fazendo com que o homem fique com trejeitos femininos e escrachados. Costumam também travestir o médium (homem) com roupas femininas com direito a maquiagem e bijuterias.

·         Os Kiumbas atendem a qualquer tipo de pedido, o que um Guia Espiritual ou um Guardião de Lei jamais fariam. Ao contrário, eles bem orientariam o consulente ou o seu médium, da gravidade e das conseqüências do seu pedido infeliz.

·         Os Kiumbas (e só os Kiumbas) adoram realizar trabalhos de amarração, convencendo todos de que tais trabalhos são necessários e que trarão a pessoa amada de volta (ledo engano quem assim pensa). Esquecem-se de que existe uma Lei Maior que a tudo vê e a tudo provê. Se fosse assim tão fácil “amarrar” alguém, certamente não existiriam tantos solteiros por este país afora.

·         Os Kiumbas fazem de um tudo para acabar com um casamento, um namoro, uma família, incitando as fofocas, desuniões e magias negras.

·         No caso de Kiumbas se passando por um Guia Espiritual ou mesmo um Guardião, geralmente utilizam de nomes exdrúluxos, indecorosos e horrorosos, remetendo a uma condição inferior (os nomes que daremos são do nosso conhecimento. Não é invenção da nossa parte. Veja como a coisa é grave).


CUIDADO COM OS NOMES USADOS: 

Sempre que encontrarem algum espírito incorporado, dizendo-se ser um Guia Espiritual, um Guardião e utilizando algum nome esdrúxulo, que remete a inferioridade, à condição de baixa moral, tenha cuidado;

Com certeza é a presença de um Kiumba, ou é puro animismo do médium.

Exemplos:

No caso de Guardiãs: (Falsas Pomba-Giras)

Pomba Gira Leviana;

Pomba Gira Assanhada;

Pomba Gira Prostituta;
Pomba Gira Mariposa;

Pomba Gira da Desgraça

Pomba Gira Rameira;

Pomba Gira Siririca;

Pomba Gira Profana;

Pomba Gira Presepeira;

Pomba Gira Rumbiera;

Pomba Gira Peralta;

Pomba Gira Mundana;

Pomba Gira Pervertida;

Pomba Gira Preguiçosa;

Pomba Gira da Perdição;

Pomba Gira Alcoviteira;

Pomba Gira Sete Camas;

Pomba Gira Cortesã;

Pomba Gira Catingosa;

Pomba Gira Cheirosa;

Pomba Gira Faladora;

Pomba Gira Sete Canas;

Pomba Gira Sete Cornos;

Pomba Gira Sete Maridos;

Pomba Gira Pega Homem;

Pomba Gira Sete Maridos;

Pomba Gira Pega Homem;

Pomba Gira Vira Ponto;

Pomba Gira Apaixonada;

Pomba Gira Arrebentada;

Pomba Gira Azarenta;

Pomba Gira Bandalha;

Pomba Gira Vale Tudo;

Pomba Gira Quebra Pé;

Pomba Gira Gargalhada;

Pomba Gira Arrepiada;

Pomba Gira Cantora;

Pomba Gira Elegante;

Pomba Gira Pomposa;

Pomba Gira Dengosa;

Pomba Gira Adúltera;

Pomba Gira Boneca;

Pomba Gira Vaidosa;

Pomba Gira Boêmia;

Pomba Gira Galhofeira;

Pomba Gira Lufa-Lufa;

Pomba Gira Libertina;

Pomba Gira Sedutora;

Pomba Gira Ordinária;

Pomba Gira Sete Homens;

Pomba Gira Encrenqueira;

Pomba Gira Traiçoeira;

Pomba Gira Trapaceira;

Pomba Gira Espantalho;

Pomba Gira Perdida;

Pomba Gira Rita Piranha;

Pomba Gira Amarra Pé;

Pomba Gira Tagarela;

Pomba Gira Tatuada;

Pomba Gira Egoísta;

Pomba Gira Bate Boca;

Pomba Gira Maltrapilha;

Pomba Gira Galante;

Pomba Gira Furacão;

Pomba Gira Provocante;

Pomba Gira Maria Tentação;

Pomba Gira Lambe Lambe;

Pomba Gira Mete Mete;

Pomba Gira Tatuada;

Pomba Gira Egoísta;

Pomba Gira Devassa;

Pomba Gira Valentona;

Pomba Gira do Cais;

Pomba Gira Bolero;

Pomba Gira Carpideira;

Pomba Gira Sapeca;

Pomba Gira Tagarela;

Pomba Gira Vagabunda;

Pomba Gira Tirana;

Pomba Gira Puxa Vista;

Pomba Gira Puritana;

Pomba Gira Invejosa;

Pomba Gira Exótica;

Pomba Gira Curiosa;

Pomba Gira Traiçoeira;

Pomba Gira Sabe Tudo;

Pomba Gira Valente;

Pomba Gira Taberneira;

Pomba Gira Remelexo;

Pomba Gira Puxadeira;

Pomba Gira Pingonheira;

Pomba Gira Explosiva;

Pomba Gira Beiçola;

Pomba Gira Assobiadeira;

Pomba Gira Lava Trapos;

Pomba Gira da Favela;

Pomba Gira da Luxúria;

Pomba Gira Gulosa;

Pomba Gira Invejosa;

Pomba Gira Pintora;

Pomba Gira Bate Punha;

Pomba Gira Assobiadeira;

Pomba Gira Lava Trapos;


E assim por diante……


No caso de Guardião: (Falsos Exús)

Exú Trapaceiro;

Exú Tagarela;

Exu Lambada;

Exú Fracalhão;

Exú Gostoso;

Exú Falador;

Exú Suspiro;

Exú Come Tuia;

Exú Acadêmico;

Exú Galhofeiro;

Exú Arruaça;

Exú Alegria;

Exú Cheira-Cheira;

Exú Malandrinho;

Exú Encrenca;

Exú Topada;

Exú Rola-Rola;

Exú Rola Dura;

Exú Amarra-pé;

Exú Risada;

Exú Pé de Valsa;

Exú Mexe-Mexe;

Exú Pisa Macio;

Exú Vale Ouro;

Exú Vertigem;

Exú Cospe-Cospe;

Exú Vital;

Exu Come-Fogo;

Exú Corneta;

Exú Baderna;

Exú Trapalhada;

Exú Cortezão;

Exú Trapaceiro;

Exú Some-Some;

Exú Renegado;

Exú Capeta;

Exú Vagaroso;

Exú Desengano;

Exú Faiscador;

Exú Grinalda;

Exú Malandro;

Exú Esfarrapado;

Exú Clareza;

Exú Bexiga;

Exú Bordoada;

Exú Zé Pilintra;

Exú Requenquela;

Exu Omulú…

E assim por diante



Nesse caso específico, houve uma massificação no sentido de se considerar o Orixá Omulú como Exu, pelo seu campo de atuação, que seria a morte, e ter sua energia ligada pelos encarnados, ao cemitério.

Então observam que a manifestação de uma entidade com nome de Exu Omulú, ou é um espírito atrasado que assim aje (Kiumba), ou é a mente ignorante do médium (animismo).
E assim por diante.

No caso de se passarem por Guias Espirituais, com certeza utilizarão nomes simbólicos que representam condições humanas degradantes, como:


Caboclo da Saia Curta

Caboclo da Pá Virada

Preto Velho Beiçudo

Preta Velha Barriguda

Baiano 7 Facadas

Baiano da Morte Certeira

Baiano Cabra Macho

Baiana Risca Faca

Boiadeiro Lascado

Boiadeiro Pé de Boi

Boiadeiro Laço da Morte

Marinheiro da Morte

Marinheiro da Cana Forte

Marinheiro do Rum

Cigano da Sorte Grande

Cigano da Azaração

Cigana Mendinga

E assim por diante…



Então. É fácil identificá-los, pois utilizam nomes esdrúxulos, horrorosos, que nos remetem a coisas ruins, e que nada tem há ver com a espiritualidade superior e muito menos com nomes simbólicos que representam os Poderes Reinantes do Divino Criador.

Obs: Dificilmente encontraremos Kiumbas se passando por Caboclos, Pretos Velhos, Crianças ou Linha do Oriente.

Já os Baianos, Boiadeiros, Marinheiros e Ciganos, favorecem aos médiuns incautos a presença de Kiumbas mistificando, pelo fato de terem o arquétipo totalmente desvirtuados pelos humanos.

É só observar. É simples verificar a presença de um Kiumba em algum médium. Tudo o que for desonesto, desamor, desunião, invigilância aos preceitos ensinados pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, personalismos, egocentrismo, egolatrias, sexo, falta de moral, etc., com certeza estará na presença de um Kiumba.

Cuidado meus irmãos. Não caiam nessa armadilha.
Quando um Kiumba se agarra vibratoriamente em um médium, dificilmente largarão aqueles que os alimentam com negatividade, dando-lhes guarida por afinidade.

Segunda Ordem – Bons Espíritos

Características gerais: predominância do espírito sobre a matéria. Desejo do bem. Suas qualidades e seu poder em fazer o bem estão relacionados com o adiantamento que alcançaram, uns tem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais avançados reúnem o saber às qualidades morais.

Compreendem Deus e o infinito e já desfrutam da felicidade dos bons.

Os bons espíritos classificam-se em quatro grupos principais:

• Espíritos benevolentes – sua qualidade dominante é a bondade.

• Espíritos sábios – são os que se distinguem, principalmente, pela extensão dos seus conhecimentos.

• Espíritos de sabedoria – caracterizam-se pelas qualidades morais da natureza mais elevada.

• Espíritos superiores – reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem não revela, senão benevolência, e é constantemente digna, elevada e freqüentemente sublime. Comunicam-se voluntariamente com aqueles que procuram a verdade de boa fé e que têm alma desligada dos laços terrenos.

Distanciam-se daqueles que se animam só de curiosidade ou que a influência da matéria afasta da prática do bem.
A esta ordem pertencem os espíritos designados pelas crenças vulgares sob o nome de gênios bons, gênios protetores e espíritos do bem.

Na Umbanda são conhecidos como Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, Ciganos, Sakaangás, Yaras Mirins, Sereias, Povo do Oriente e Guardiões de Lei.

Primeira Ordem – Espíritos Puros

Caracteres gerais – não sofrem influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos espíritos de outras ordens.

Primeira classe (classe única) – Percorrem todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeições de que é suscetível a criatura, não têm mais que suportar provas ou expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação (venceram a Roda de Samsara, segundo os Hindus) em corpos perecíveis, é para ele a vida eterna que desfrutam no seio de Deus.

Gozam de inalterável felicidade. São os mensageiros e ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os espíritos que lhe são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem e lhes designam as suas missões. Assistir os homens em suas aflições concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os mantêm distanciados da felicidade suprema é, para eles, uma doce ocupação.

São designados à vezes sob o nome de “anjos”, “arcanjos” ou “serafins”.

Os homens podem entrar em comunicação com eles, mas bem presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.
Por Espíritos Puros temos os Guias Espirituais no grau de espíritos ascencionados, que perfazem a direção e a manifestação dos Sagrados Orixás.

Kimbanda


“Exu meia noite
Exu da madrugada
Salve o povo de Quimbanda
Sem Exu não se faz nada”

A Quimbanda é uma religião, tradição e também sistema de trabalho magicko genuinamente brasileiro. Podemos dizer, dentro do âmbito já demonstrado até aqui no blog, que esta é a manifestação do Caos em nossas terras – o que torna um tema quase obrigatório a ser estudado por qualquer um que se relacione com energias caóticas. Tendo em vista a popularização da Umbanda no meio ocultista, nada menos digno do que demonstrar esta corrente “opositora” que vem ganhando cada vez mais espaço nos meios das práticas mais intensas ou herméticas (fechadas a ordens) – inclusive fora do Brasil, na Europa e EUA.


Origens e Raízes Históricas:

A palavra “Kimbanda” vem da língua kimbundo de Angola, significando “curandeiro – sacerdote da arte de curar”.  Para representar-se o culto estritamente brasileiro, distanciando-se da raíz africana, utiliza-se o termo como “Quimbanda”.

Durante a época do Brasil colonial, inúmeros foram os negros exportados para o mundo inteiro através do tráfico negreiro. As tribos guerreavam entre si na África e os derrotados eram vendidos ao homem branco e transportados em navios nada confortáveis para serem vítimas de trabalhos forçados por todo Império e em suas colônias. Essa prática escravista deu origem não apenas aos cultos praticados aqui, mas também os difundidos pelo México, Haiti e mesmo nos EUA, como o Vodu e o Hodoo.

Se tratando de Brasil, a miscigenação foi ainda mais poderosa. Aportaram aqui os negros de tribos sudanesas, bantus (mais númerosos) e muçulmanos (mais agressivos, constantemente utilizados como feitores ou “caçadores” de outros negros). Entre estes traficados, haviam também sacerdotes kimbandeiros (curandeiros) e suas antíteses, chamadas de “mûlojis” – sacerdotes de magia maligna, que amaldiçoavam inimigos por dinheiro, agindo como mercenários.

A adaptação dos negros no Brasil – colônia foi um processo doloroso. Além de tudo ser diferente, sua cultura foi esmagada brutalmente pela imposição do catolicismo e repressão de suas práticas por parte da Igreja católica. Alguns negros mais pacifistas terminaram por aderir em parte o cristianismo europeu – outros, que habitavam áreas mais isoladas da colônia, em especial em seu interior, rejeitaram totalmente essas práticas católicas.

É fato interessante a ser citado que ao adentrar no “novo mundo”, os negros tiveram contato com outra crença desprezada e mutilada: Os indígenas, ex escravos que se compadeciam de seus irmãos fugidos. Os quilombos, os locais onde os escravos fugidos se escondiam, passaram então a abrigar uma miscigenação realmente peculiar, entre os cultos vindos da áfrica, os cultos sincréticos entre tais cultos e o catolicismo europeu e junto a isso, as crenças genuinamente xamânicas, as pajelanças e os cultos indígenas – gerando uma nova e riquíssima cultura.

O Diabo em terra Brasileira – A primeira manifestação de Satã no Brasil:

Quando tiveram contato com os povos africanos e seus Deuses, um deles marcou o homem branco de forma especial: Eshù. Originalmente, os Deuses Yorubás não possuíam representação antropomórfica, apenas símbolos e associações naturais. Ehsù, representando a potência masculina, o movimento, sendo cultuado com sangue, e tendo como símbolo um pênis ereto chocou o homem branco – que imediatamente o associou a Ha-Shatan, ou Satã. O “Demônio” bíblico. No território brasileiro a frase “‘Eshu l’o ti mi’ (Exu que me impeliu) passou a ser utilizada como forma de atribuir a ele (também chamado Elegbara – “aquele que possui”) culpa de atos malignos.

Dentro dos Quilombos, os índios e negros (junto a Judeus, brancos cristãos fugidos e negros muçulmanos) sincretizaram suas crenças, de forma a criar uma oposição também religiosa ao homem branco escravagista. Erguiam totens de Ossos, pintavam seus corpos de negro e vermelho, bebiam, fumavam e cantavam com seus atabaques hinos a suas divindades. Os sacerdotes tiveram uma importância ímpar dentro desse ambiente, curando feridas, fazendo partos, benzendo guerreiros  – tudo como forma de libertação e oposição – totalmente condizente com os ideais Caóticos de libertação espiritual das correntes dogmáticas, mesmo fora do ambiente de batalha deste contexto histórico.

Religião e Sistema Magicko:

A Quimbanda adquiriu então a posição de religião de cunho não somente opositor, mas também Ancestral. Diferente da Umbanda e do Candomblé, ela lida com a Ancestralidade. Os espíritos destes guerreiros, nossos antepassados, que são cultuados de forma a nos fazer entender nosso passado para compreender nossa luta atual – e também nos religam com nossas essências espirituais, despertando nosso real espírito de fogo negro.

Os Exus catiços, que já passaram em encarnação física seriam responsáveis por nossa herança genética e familiar. E os Primordiais, aqueles que são pura essência, os responsáveis por nossas heranças espirituais, com as quais nos reconciliamos através dos cultos da Quimbanda. Estas entidades apadrinham, cuidam e auxiliam o adepto em seu desenvolvimento terreno, atuando como “guias”, para que após seu desencarne ele possa continuar sua evolução.

Os cultos utilizam-se de uma parte religiosa, que visa essa conexão interna com as formas ancestrais, mas também possuem seu cunho místico e sua gnose esotérica. Utilizam-se da magicka e da feitiçaria primal e tribal, herdadas dos Ancestrais. Cura, afligir inimigos, conquistas amorosas, imposição da Vontade são também elementos presentes no exoterismo e feitiçaria, embora não sejam objetivos finais ou cruciais do culto (neste ponto, podemos dizer que os “terreiros” de charlatões aproveitam-se de pessoas desesperadas para cometerem abusos financeiros e toda forma de extorsão – sujando o nome do real culto que serve a grandes propósitos e não se limita a causas mundanas).

A Morte como transição é muito presente no culto. Para entender a vida, é necessário também entender a morte. Os Ancestrais manifestam-se no culto através principalmente dos Exus, entidades com roupagem tipicamente brasileira, Pomba Giras, Malandros, etc.

“O garfo de exu é firme
A capa de exu me rodeia
Passei pela encruzilhada
Exu não bambeia”

Temos que ter em mente ao abordar esta entidade que, embora estejam relacionados em diversos aspectos, os Exus falangeiros presentes na Umbanda/Kimbanda são totalmente diferentes daquele Èshu orixá, presente nos cultos do Candomblé. Enquanto o segundo é uma deidade absurdamente respeitada e temida – cujo contato dos homens brancos com os negros yorubás deu origem ao sincretismo com o “Diabo”, os primeiros são resultados da mesma cruza que deu origem aos Lwas (Loas) Ghede e Papa Legba do Vodu Haitiano. Pode-se dizer que essas falanges são “primas”, embora ainda sejam bem diferentes em seu culto e oferendas possuem comportamentos e frequências energéticas bem próximas.


Os Exus falangeiros são entidades tipicamente brasileiras, existindo da forma como conhecemos somente dentro dos cultos com base naquele surgido nessas terras. Seus comportamentos estereotipam o comportamento comum a entidades originárias de pessoas mortas. E de fato, eles dividem-se em duas classes, os Exus Primordiais, aqueles não nascidos, habitantes de zonas inferiores no Astral e que orientam e “doutrinam” a segunda classe de Exus para seus trabalhos. E os Exus “catiços”, aqueles que são Eguns (espíritos antepassados – um termo usado de forma bem errada atualmente para se referir a espíritos obsessores, mas que nada tem a ver com isso) de magos, feiticeiros, curandeiros, indígenas, caçadores, médicos, bandidos entre diversas outras almas falecidas – que se uniram aos Primordiais no Astral para serem doutrinados e trabalharem por sua evolução.

Evolução é um conceito muito presente no trabalho com Exus. Enquanto os catiços evoluem em seus trabalhos, o médium e os que lidam com essas entidades são conduzidos e protegidos pelas mesmas durante sua própria evolução espiritual.

A própria palavra “Exu” remete aos poderes masculinos e ao movimento, quebra da estagnação. Exus são os protetores, os guardiões dos caminhos, encruzilhadas e portais/entradas. Assim, atuam desde encruzilhadas, ruas, cemitérios, matas (onde existem diversos portais naturais), até praias (onde há a “calunga grande”, a maior das portas – o mar).

É interessante que podemos sincronizar essa origem dos Exus nos movimentos energéticos primordiais com aqueles movimentos de energia que primeiramente geraram as Kliffoth/Qliphoth através do confronto entre Ordem e Caos. Exus são a representação da Chama Caótica do Homem em sua manifestação muito mais pura que a nossa, ainda aprisionada na matéria. Podemos vê-los como as energias que transitam pelos túneis de Caos dentro de NOX.

São energias realmente intensas, e entidades arredias, normalmente controladas por uma mais poderosa, sempre presente. Os palavrões, conotações sexuais, bebedeiras e cigarros típicos de espíritos mundanos são controladas por um “Exu Coroado”, um líder da falange doutrinado a muito mais tempo e de presença sempre marcante. Os Primordiais, ao manifestarem-se, são normalmente mais sisudos e sérios, fazendo menos brincadeiras e exigindo maior respeito.

Para aqueles da Umbanda, essas entidades são emissários dos Orixás, distantes da humanidade. Os mensageiros submetidos aos 7 grandes cabeças das linhas de umbanda, sendo eles: Oxalá; Yemanjá; Ogum; Oxossi; Xangô; Oxum e Omulú. Dentro da Umbanda, os Exus se limitam a mensageiros e guardiões, regidos por uma “lei maior” de Olurún (criador) que não os permitiria causar danos.

Já dentro da Kimbanda, os Exus estariam submetidos 7 linhas (Linha das Encruzilhadas,dos Cruzeiros,das Matas,Cemitério, das Almas, da Lira, e dos Mares), encabeçados por “Exu Maioral”, o grande líder de todas as falanges. Dentro desse culto, eles seriam Amorais, podendo sim ferir e atacar pessoas, caso fosse realmente necessário para defender seus protegidos espirituais. Essa rixa de “moral x amoral” é talvez a maior discussão entre a Umbanda e a Kimbanda em relação a estas entidades.

Existem incontáveis manifestações de Exus, a perder-se a conta, cada um com sua personalidade, área de atuação e modo de trabalho. Mas devido ao sincretismo religioso existe uma classe que nos chama a atenção especificamente – e causa certo rebuliço entre os que lidam com tais entidades. São os Exus que herdaram nomes demoníacos. Entre eles, Exu Beelzebub, Exu Lúcifer, Exu Astaroth, etc. Essas nomenclaturas não querem dizer que estes Entes SÃO de fato esses demônios. Na verdade eles apenas atuam na frequência energética destas entidades maiores.

Ainda na linha de Exu temos duas manifestações que também merecem atenção. Os Exus-Mirins, que normalmente apresentam-se como crianças um bocado “atentadas” e travessas, semelhantes aos Erês (crianças) e as Pomba-Giras. “Pomba-Gira” é uma corruptela brasileira de “Mbùmba Nzila”, nome de um distrito do Congo, e que se traduz em “Mbùmba” = “mistério, segredo” e “Nzila” = “encruzilhada, estrada”. São o lado feminino dos Exus, uma manifestação da sensualidade, da feitiçaria feminina. Normalmente bruxas, curandeiras, ou prostitutas mortas que continuam seu caminho evolutivo.

E não, ao contrário do que dizem, não são apenas mulheres e homossexuais que manifestam esses espíritos. Esse é um mito difundido por charlatões que corrompem a sacralidade do culto com suas perversões mal resolvidas…

Métodos de Trabalho

Os métodos de trabalho com Exus são interessantes. Recomenda-se que antes de tentar sozinho se relacionar com essas entidades, se receba orientação de um sacerdote, dentro de um terreiro. Dessa forma, evita-se cair na mão de Kiumbas (entidades independentes e maliciosas, normalmente vampíricas – que se nutrem nas fraquezas e erros alheios, ou em oferendas feitas de forma errada ou abandonadas) e cometer erros grosseiros.

Não há livro que especifique o trabalho com eles. A melhor forma de aprender é na prática, dentro da tradição e em contato com as entidades. Muda-se a visão de local para local e de autor para autor, devido à variedade de tribos e tradições. Deve-se encontrar aquela que for mais adequada à pessoa.

Apesar das variações, existe uma base em comum que se encaixa em todos os cultos. Os Exus possuem pontos riscados, que são nada menos que sigilos, cada entidade possuindo o seu. Possuem também pontos cantados, invocações vibradas junto aos atabaques (instrumentos de percussão) que fazem os “cavalos” (médiuns de incorporação) entrarem na frequência da entidade. A semelhança com sigilos da Goétia e evocações entoadas é visível e não é coincidência. Embora não estejam diretamente relacionados, todo sistema de evocação/invocação possuí certo padrão básico sistemático. No entanto, enquanto os cultos afros envolvem a Incorporação, a Goétia exige uma prática muito mais avançada na visualização. Por serem entidades mais “próximas” a humanidade, o contato é muito mais direto.

As oferendas concedidas a essas entidades normalmente incluem uma bebida e um fumo específicos a cada um e também uma comida ritualisticamente preparada, cuja energia “alimenta” a entidade.


O culto aos Exus está diretamente ligado a prática de Necromancia. Isso se deve não apenas ao contato com Eguns ancestrais como visto no post anterior, mas também está ligado a prática sacrificial. Os Sacrifícios animais são comuns e recorrentes nos cultos africanos, sendo renegados apenas recentemente por linhas de Umbanda que visam ser mais “brandas”. No entanto, sempre estiveram presentes na história e não deveriam ser um tabu tão grande para nós.

Galinhas, bodes e até bois são utilizados nos cultos, sendo totalmente aproveitados. Nada é desperdiçado. O Sangue, que contém a energia da Morte (aí entrando a prática necromântica) é oferecido aos entes. A carne é consumida pelos praticantes. E dos ossos e couro/penas fazem-se poderosos amuletos e fetiches utilizados no culto, desde construção de “tronqueiras” (altares reservados aos Exus) até amuletos cedidos aos médiuns para proteção.


Conclusão

Esta foi uma muito breve explanação diante de um culto realmente extenso com muitas variações tribais e locais. Os Exus são entidades fascinantes que podem auxiliar muito qualquer adepto de qualquer senda a evoluir e a se proteger (embora seja bom não depender jamais apenas deles). Embora seja corrompido por charlatões, deveria dar-se mais atenção a este trabalho, levando a sério e pesquisando a fundo, para destruir os tabus e as deturpações. Por serem muito próximos de nós, é fácil trabalhar com eles e se identificar com os mesmos, o que torna a Kimbanda uma forma poderosíssima de magicka. São a nossa manifestação de Caos, a forma Brasileira de oposição. E para entendermos a nós mesmos e entender nosso presente e definir nosso futuro, é necessário também conhecer nossas Raízes Ancestrais.


 Laroyê Exu!

 Malachi Azi Dahaka.

Templo de Quimbanda Maioral Beelzebuth e Exu Pantera Negra

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